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Eng Trafego aula 9 - Mobilidade Urbana Sustentável(1)

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Engenharia de Tráfego 
Prof. Ms. Alexsander Amaro Parpinelli 
 
Aula 9 
Mobilidade urbana sustentável 
 
Mobilidade Urbana 
1. ESTATUTO DAS CIDADES 
 
 Instituído pela Lei Federal nº 10.257, de 10 de 
julho de 2001 - estabelece diretrizes para ações e 
programas municipais, no âmbito da política 
urbana. 
1.1 Diretrizes 
 
Ordenamento do pleno desenvolvimento das funções sociais 
da cidade e da propriedade urbana, por meio da garantia do 
direito a cidades sustentáveis para as atuais e futuras 
gerações. 
 
 direito à terra urbana 
 à moradia 
 ao saneamento ambiental 
 à infraestrutura urbana 
 ao transporte 
 aos serviços públicos 
 ao trabalho 
 ao lazer 
Mobilidade Urbana 
1.1 Diretrizes (Cont.) 
 
Cooperação entre os governos, a iniciativa privada e os 
demais setores da sociedade no processo de urbanização, 
em atendimento ao interesse social e a oferta de 
equipamentos urbanos e comunitários, transporte e serviços 
público adequados aos interesses e necessidades da 
população e às características locais (art. 2º, incisos I, III e V). 
Mobilidade Urbana 
1.2 Estatuto das Cidades – trânsito e transportes 
 
O tema mobilidade urbana passou a integrar os assuntos 
relacionados a trânsito e transporte no planejamento urbano 
das cidades, por meio de políticas que tornem as cidades 
mais acessíveis, inclusivas e com trânsito seguro. 
Mobilidade Urbana 
1.3 Mobilidade urbana sustentável 
 
Resultado de um conjunto de políticas de transporte e 
circulação que visa proporcionar o acesso amplo e 
democrático ao espaço urbano, através da priorização dos 
modos não-motorizados e coletivos de transportes, de forma 
efetiva, que não gere segregações espaciais, socialmente 
inclusiva e ecologicamente sustentável, ou seja, baseado nas 
pessoas e não nos veículos. (MCidades, 2004). 
Mobilidade Urbana 
1.4 Plano Diretor 
 
 Objetivo: ordenar a política urbana 
 
Obrigatório para municípios: 
 
 com mais de 20 mil habitantes; 
 integrantes de regiões metropolitanas e aglomerações 
urbanas; 
 áreas de especial interesse turístico; 
 situados em áreas de influência de empreendimentos ou 
atividades com significativo impacto ambiental regional ou 
nacional. 
Mobilidade Urbana 
1.5 Plano de Transportes 
 
Obrigatória a elaboração do Plano de Transporte Urbano 
integrado para municípios com mais de 500 mil habitantes e 
ações que regulamentem a instalação de PGTs. 
 
Mobilidade Urbana 
1.6 Estudo Impacto de Vizinhança 
 
Art. 36º, 37º e 38º do Estatuto das Cidades, remetem ao 
Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) e ao Estudo de 
Impacto Ambiental (EIA) para empreendimentos PGTs 
 
O EIV é necessário para obtenção de licenças, autorizações 
de construção, ampliação ou funcionamento a cargo do Poder 
Público Municipal. 
 
Dentre muitas questões (adensamento populacional, 
equipamentos urbanos e comunitários, uso e ocupação do 
solo), o EIV deve analisar: 
 
Geração de tráfego e demanda por transporte público. 
 
Mobilidade Urbana 
1.7 Sustentabilidade urbana 
 
Os instrumentos legislativos e de ordenamento territorial 
buscam a construção ou a adequação das cidades brasileiras 
aos princípios da sustentabilidade urbana: 
 
 aspectos ambientais 
 acessibilidade urbana 
 inclusão social 
 gestão participativa 
 democratização do espaço público 
 equidade social 
 
Mobilidade Urbana 
2. LEI DE MOBILIDADE URBANA 
 
A Lei 12.587/2013 tem como objetivo central propor 
mudanças na matriz modal dos municípios brasileiros, com 
foco nos modos não motorizados e o transporte público em 
detrimento dos motorizados e individuais (automóveis e 
motocicletas) reduzindo, assim, o quadro de 
insustentabilidade das cidades brasileiras, principalmente as 
de médio e grande porte (SUDÁRIO e ALVES, 2013). 
Mobilidade Urbana 
2. Lei mobilidade urbana (cont.) 
 
Princípios 
 
 Acessibilidade universal; 
 Desenvolvimento sustentável das cidades, nas dimensões socioeconômicas e 
ambientais; 
 Equidade no acesso dos cidadãos ao transporte público coletivo; 
 Eficiência, eficácia e efetividade na prestação dos serviços de transporte 
urbano; 
 Gestão democrática e controle social do planejamento e avaliação da Política 
Nacional de Mobilidade Urbana; 
 Segurança nos deslocamentos das pessoas; 
 Justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do uso dos diferentes 
modos e serviços; 
 Equidade no uso do espaço público de circulação, vias e logradouros; 
 Eficiência, eficácia e efetividade na circulação urbana (BRASIL, 2012). 
 
 
Mobilidade Urbana 
2. Lei mobilidade urbana (cont.) 
 
Diretrizes 
 
 Integração com a política de desenvolvimento urbano (habitação, saneamento 
básico, planejamento e gestão do uso); 
 Prioridade dos modos de transportes não motorizados sobre os motorizados e 
dos serviços de transporte público coletivo sobre o transporte individual 
motorizado; 
 Integração entre os modos e serviços de transporte urbano; 
 Mitigação dos custos ambientais, sociais e econômicos dos deslocamentos de 
pessoas e cargas na cidade; 
 Incentivo ao desenvolvimento científico-tecnológico e ao uso de energias 
renováveis e menos poluentes; 
 Priorização de projetos de transporte público coletivo, estruturadores do território 
e indutores do desenvolvimento urbano integrado; 
 Integração entre as cidades gêmeas localizadas na faixa de fronteira com outros 
países sobre a linha divisória internacional (BRASIL, 2012). 
 
Mobilidade Urbana 
2. Lei mobilidade urbana (cont.) 
 
Obrigatoriedade de elaboração de Plano Municipal de 
Mobilidade Urbana, articulado com o Plano Diretor para 
todos os municípios com população superior a 20 mil 
habitantes. 
 
Em 2001, o Estatuto das Cidades previa a elaboração de um 
Plano de Transportes para cidades com mais de 500 mil 
habitantes. 
 
Mobilidade Urbana 
3. MOBILIDADE URBANA 
 
Compreender a organização espacial das cidades deve 
considerar o sistema de transportes, por meio de um 
planejamento adequado às necessidades de mobilidade e 
acessibilidade da população, independente da condição 
física. 
 
Mobilidade Urbana 
3.1 Aspectos físicos 
 
 Infraestrutura viária (geometria, pavimentação, largura 
de vias, número de faixas, rampas e sinalização); 
 
 Modos de transporte (motorizados individuais, coletivos 
e não motorizados). 
 
 
A organização e a integração do sistema de trânsito e 
transportes afetam diretamente as condições de mobilidade 
urbana (Brasil 2004) 
Mobilidade Urbana 
3.2 Mobilidade urbana sustentável 
 
 Sustentabilidade urbana: 
 
• Desenvolvimento urbano (uso do solo); 
• Mobilidade; 
• Meio ambiente 
 
 
Visa promover a restrição dos modos de transporte que 
geram altos níveis de poluição (sonora e do ar), que 
comprometem a qualidade de vida da população, 
causando impactos ao meio ambiente 
Mobilidade Urbana 
3.3 Transporte coletivo 
 
O movimento de periferização (descentralização urbana), 
consistiu na ocupação de áreas periféricas pela população de 
baixa renda, intensificando os deslocamentos urbanos. 
 
Aumento do número de veículos motorizados individuais em 
circulação nas vias, gerando saturação do sistema viário. 
Mobilidade Urbana 
3.3.1 Modo Ônibus 
 
O ônibus é a forma de transporte público mais comum do 
mundo, de menor custo de implantação e infraestrutura. 
(Vasconcelos, 2005) 
 
Melhor relação custo x benefício e boa capacidade de 
transporte: 
 
- Padron: 80 passageiros (sentados e em pé); 
- Articulado: 160 passageiros (sentados e em pé); 
- Bi-articulado: 220 passageiros (sentados e em pé). 
Mobilidade Urbana 
3.3.1 Modo Ônibus (cont.) 
 
Mobilidade Urbana 
3.3.1 Modo Ônibus (cont.) 
 
A infraestrutura viária é um dos fatores determinantes para a 
qualidade da operação do transporte público. 
Faixas exclusivas, preferenciais, corredores (canaletas),reduzem o tempo de viagem, tornando mais atrativo ao 
usuário. 
Mobilidade Urbana 
3.3.2 Tarifa 
 
Elemento considerado de exclusão ou inclusão de 
usuários. 
Integração entre diversos modais, conforto e flexibilidade 
de horários são atrativos de usuários, além de promover 
menor impacto ambiental. 
Sistema de bilhete único colaborou significativamente para 
a atração de usuários. 
 
Mobilidade Urbana 
3.4 Modo Bicicleta 
 
Atualmente, a bicicleta tem se destacado como modal de 
transporte econômica e ecologicamente mais viável. 
 
Além de proporcionar benefícios à saúde dos indivíduos e 
consequentemente, gerar economia à saúde pública. 
 
Investimento em infraestrutura viária (compartilhamento ou 
segregação do espaço público) é um dos fatores que 
contribuem para a qualidade e atração de usuários. 
Mobilidade Urbana 
3.4 Modo Bicicleta 
 
Mobilidade Urbana 
3.4.1 Alternativas - Modo Bicicleta 
 
- Bicicletas compartilhadas 
- Patinetes 
Mobilidade Urbana 
4. ACESSIBILIDADE 
 
Priorização do deslocamento das pessoas e não dos veículos, 
considerando, especialmente, aquelas que possuem restrição de 
mobilidade (mobilidade reduzida). 
 
Pessoa com mobilidade reduzida é aquela que, temporária ou 
permanentemente, tem limitada a sua capacidade de relacionar-
se com o meio e/ou de utilizá-lo. 
 
O universo dessas pessoas pode ser definido nas seguintes 
categorias: pessoa com deficiência, idosa, obesa, gestante, 
múltiplos traumas entre outros. 
 
(NBR 9050/ 2004, P.5). 
 
 
Mobilidade Urbana 
4. Acessibilidade (cont.) 
 
Em sentido mais amplo, a acessibilidade é entendida como 
equiparação das oportunidades de acesso ao que a vida 
oferece: estudo, trabalho, lazer, bem estar social e 
econômico, enfim, a realização de objetivos que são, na 
verdade, direitos universais. 
O espaço urbano é público e toda pessoa, 
independentemente de sua condição social, econômica e 
física, deve ter acesso a ele de forma igualitária, devendo 
ser projetado de acordo com os princípios do desenho 
universal, a fim de garantir a eficiência do ambiente urbano 
e que os deslocamentos ocorram de forma segura e com 
conforto ambiental. 
Mobilidade Urbana 
4. Acessibilidade (cont.) 
 
O conceito de Desenho Universal foi criado nos Estados 
Unidos (1963), com o objetivo de considerar a diversidade 
humana e garantir a acessibilidade a todos os componentes 
dos ambientes, tais como edificações, áreas urbanas, 
mobiliários, comunicações, etc. (BRASIL 2007). 
 
 
Mobilidade Urbana 
4. Acessibilidade (cont.) 
 
Princípios do desenho universal: 
 
 uso equiparável (para pessoas com diferentes capacidades); 
 uso flexível (com leque amplo de preferências e habilidades); 
 simples e intuitivo (fácil de entender); 
 informação perceptível (comunica eficazmente a informação 
necessária); 
 tolerante ao erro (que diminui riscos de ações involuntárias); 
 com pouca exigência de esforço físico; 
 tamanho e espaço para o acesso e o uso. 
 
 
Mobilidade Urbana 
4. Acessibilidade (cont.) 
 
 
Mobilidade Urbana 
4. Acessibilidade (cont.) 
 
 
Mobilidade Urbana 
5. “Traffic Calming” (Moderação de Tráfego) 
 
 
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5. “Traffic Calming” (Moderação de Tráfego) 
 
 
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5. “Traffic Calming” (Moderação de Tráfego) 
 
 
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5. “Traffic Calming” (Moderação de Tráfego) 
 
 
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5. “Traffic Calming” (Moderação de Tráfego) 
 
 
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5. “Traffic Calming” (Moderação de Tráfego) 
 
 
Mobilidade Urbana 
Obrigado! 
Prof. Ms. Alexsander Amaro Parpinelli 
 
e-mail: alexsander.parpinelli@anhembi.br

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