Buscar

Grupos operativos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

No momento em que um grupo se “une” seu desenvolvimento não 
ocorre de forma linear, mas sim em uma espiral progressiva, desde os 
aspectos mais implícitos até os mais explícitos (ROCHA, 2005)
O grupo trabalha como o cone, de baixo para cima, quando os conteúdos mais implícitos, aos poucos vem a tona, tornando-se explícitos de forma dialética. A 
Espiral Gráfica, representa a indagação e esclarecimento que vai do explicito ao implícito, com o objetivo de explicitá-lo a medida que o grupo se desenvolve, 
como quando os preconceitos são revistos a medida que o grupo se desenvolve .(SILVA; VILLANI, 2009) 
Vai refletir, a capacidade do grupo em se 
comunicar. É um dos fatores fundamentais, 
em relação a interação grupal, onde caso ocorra ruídos na comunicação, que 
pode ser: verbal, pré-verbal ou gestual, os ruídos provocados, podem dificultar a 
aprendizagem que deveria resultar na formulação de novas condutas no 
grupo e nos indivíduos (ROCHA, 2005)
A aprendizagem, é quando ocorre uma mudança 
qualitativa no grupo. Esse processo, ocorre 
pela soma das informações de cada um dos integrantes, isto é, pela possibilidade do 
grupo, em operar com esse conhecimento, em prol da tarefa, sendo a capacidade do 
grupo de desenvolver um papel ativo nele e demonstrar a capacidade de enfrentar 
as mudanças (ROCHA, 2005).
Aqui, refere-se ao clima grupal, sendo uma 
transferência positiva ou negativa entre
os indivíduos e entre as relações do grupo, sendo a disposição e sentimento de atração e 
rejeição. Uma tele negativa, por exemplo, pode perturbar o desenvolvimento do grupo em prol da 
tarefa, podendo significar que algo está errado no vetor aprendizagem (ROCHA, 2005)
Os conteúdos explícitos, são aqueles mais perceptíveis nas 
ações dos indivíduos ou grupo. Sendo assim, são mais 
facilmente evidenciados (ROCHA, 2005).
Podem emergir 
durante a análise
do processo
grupal
Processos grupais
Pichon (1994), caracteriza o grupo operativo, como um conjunto restrito de pessoas, que estão ligadas por 
constantes de tempo e espaço, que estão ligadas por uma mútua representação externa a uma mesma tarefa. Ou seja, de forma mais clara, é um grupo, cujos 
membros possuem um objetivo em comum, e assim, buscam abordá-lo em equipe (BLEGER,2001) , representa o 
movimento do grupo, sendo representado pelos 7 vetores, que são a escala de avaliação criada por Pichon, para classificar a conduta do grupo (ROCHA, 2005).
Para o grupo, implica trabalhar sobre o objeto-objetivo (tarefa 
explicita) e para o sujeito, (tarefa implícita) buscando romper ideias 
preestabelecidas e integrar pensamento e conhecimento
Os conteúdos explícitos, são aqueles mais perceptíveis nas 
ações dos indivíduos ou grupo. Sendo assim, são mais 
facilmente evidenciados (ROCHA, 2005).
Podem emergir 
durante a análise
do processo
grupal
São os graus de identificação dos membros do grupo 
entre si e a tarefa. A afiliação, é o primeiro grau de 
identificação com o grupo e a tarefa e assim,
expressa o quanto cada elemento demonstra estar se tornando membro do grupo, 
porém ainda um pouco afastado. A pertença, é quando ocorre um maior grau de 
afiliação permitindo a elaboração da tarefa (ROCHA, 2005).
A cooperação, consiste na contribuição que os indivíduos
dão para a tarefa do grupo. Expressando-se na
forma como os membros do grupo integram os seus diferentes papéis. Sendo 
assim, é a capacidade de ajudar-se entre si, para o cumprimento do objetivo.
O grau de identificação com a tarefa, mede-se pelo grau de responsabilidade 
que se emprega a tarefa (ROCHA, 2005). 
É a capacidade de centrar-se na tarefa, o que implica: 
pensar, sentir e agir em direção a tarefa proposta.
Que tratando-se do aqui, e agora, diz respeito a cura, colocando-se 
direccionalmente sobre a tarefa, atingindo a pertinência. Vencendo a 
resistência imposta pela pré-tarefa, a resistência
Processos grupais
O grupo enquanto opera, passa por 3 fases principais que 
estão relacionadas com o grau de envolvimento dos membros 
a tarefa. (SILVA; VILLANI, 2009). É o momento antes da 
realização da tarefa prevista, é nesse momento que 
observamos o uso de técnicas defensivas e um predomínio 
das ansiedades e medos relacionados a mudança ou na 
realização da tarefa (FISCMANN, 1997).
Processos grupais É o elemento essencial do processo grupal, uma vez que 
todo grupo se propõe a realizar explícita ou 
implicitamente uma tarefa com um objetivo final, que é 
justamente o que une o grupo operativo (FABRIS, 2014).
Finalmente o grupo entra no projeto, quando são 
propostos objetivos para além do “aqui e agora” e 
planejar o futuro dos integrantes do grupo.
O grupo, entra com o auxílio do coordenador no
passo da tarefa, onde serão trabalhadas as ansiedades e
questões do grupo ou seja a sua tarefa e as mudanças (objetivo).
Pichon-Rivière começou a trabalhar com grupos na medida em que 
observava a influência do grupo familiar em seus pacientes. Sua prática 
psiquiátrica esteve subsidiada principalmente pela psicanálise, psicologia 
social e ciências sociais Iniciou seus estudos na área psicológica estudando 
a Psicossomática no Asilo de Torres e no Hospício de Mercedes, 
desenvolvendo o Grupo Operativo onde discutia com enfermeiros casos 
psiquiátricos do hospício (BASTOS, 2010)
Rivière, concebe o sujeito numa permanente relação 
mutuamente transformadora com o mundo (contexto 
em que está inserido), onde existe a totalidade da 
pessoa, que Pichon, interpreta como uma Gestalt em 
constante processo de evolução e aprendizagem 
(BARROS, et al, 2009). Toda a estrutura do sujeito, é 
baseada em seus grupos primários, e estes por sua 
vez, nas suas próprias histórias. O sujeito não é só um 
sujeito relacionado, é um sujeito produzido em uma 
práxis. Nele não há nada que não seja a resultante da 
interação entre indivíduo, grupos e classes" (PICHON-
RIVIÈRE, 1986, p.174)
A subjetividade se constitui no encontro e no 
desencontro com o outro. Nós somos integrados com 
o mundo, desde que nascemos nossa subjetividade é 
configurada em um espaço e momento histórico 
especifico devido a nossa história (quando no 
encontro com o outro, eu me vejo nele)
De maneira simples, pode-se dizer que ECRO é o conjunto de 
experiências, conhecimentos e afetos com os quais o sujeito 
pensa/sente/age (MEDEIROS; DOS SANTOS, 2011). Assim, pode-se 
dizer, mediante a concepção de sujeito, que o que nos faz ser como 
somos, é construído com pedacinhos de vivências do ECRO.
nossos valores, crenças, medos e 
fantasias. Dialogamos com os outros, ou melhor, com
os ECROs dos outros, e levamos também nosso ECRO. Ou seja, 
quando trabalhamos em grupo, o processo pode ser dificultado 
pela diferença dos ECROS
Este ECRO seria um esquema comum para 
as pessoas que participam de um determinado grupo
Devem permanecer com individualidades mas trabalhando em grupo
Processos grupais
O vínculo, é definido como uma estrutura complexa, que inclui o 
sujeito, e a sua relação com um determinado sujeito ou objeto, 
sendo esta, uma estrutura dinâmica. Esse vínculo, é estabelecido 
pela totalidade da pessoa, que Pichon, interpreta como uma Gestalt 
em constante processo de evolução e aprendizagem
(BARROS, et al, 2009) 
De acordo com Fabris (2014), na teoria de Rivière, 
todo grupo operativo é terapêutico, mas nem todo 
grupo terapêutico é operativo. Pois os grupos 
operativos terapêuticos, são aqueles que tem uma 
tarefa a ser realizada, e que através do trabalho 
realizado em grupo, podem ser esclarecidos problemas 
evidenciados, ou seja transforma em palavras o 
adoecimento. 
Nos grupos operativos, a verticalidade, designa a 
história, as experiências, e as circunstâncias 
pessoais de um membro do grupo até o 
momento de sua afiliação a esse grupo. É 
basicamente o indivíduo antes de adentrar no 
grupo e realizar a tarefa, este que já possui 
crenças, histórias e pensamentos anteriores ao 
grupo operativo (FABRIS, 2014).
A horizontalidade, pode ser definida por Rivière, de 
acordo comFabris (2014), como o denominador 
comum compartilhado pelo grupo consciente ou
Inconscientemente. Ou seja, são os aspectos que 
fazem com que um indivíduo em sua verticalidade, 
ingresse no grupo.
A horizontalidade e a verticalidade, quando unidos 
resultam no chamado emergente grupal, que é: 
uma resposta a interpretação de uma nova
situação grupal ou seja, a situação grupal de 
enfermidade é o emergente ( porta-voz). 
Denunciando ao grupo (horizontalidade) algo que ele 
pensa pertencer apenas a ele em sua 
verticalidade (FABRIS, 2014).
Quando o adoecimento é apresentado, podemos “investigar” a 
intersecção entre a verticalidade e a horizontalidade do problema
Um grupo se torna operativo quando preenche as 
condições preconizadas nos chamados 3 Ms:
para realiza a tarefa que foi proposta 
inicialmente como o objetivo do grupo; 
nos papéis a serem desempenhados, uma vez que, os 
papéis na teoria de Rivière, precisam estar em 
constante interjogo; Disponibilidade para 
que se evidenciam necessárias, caso não ocorra a 
disponibilidade para mudanças, o grupo fica estagnado 
em uma fase de pré-tarefa.
É superar e resolver situações fixas e
estereotipadas, as quais P. R. denominou dilemáticas, 
possibilitando sua transformação em situações 
flexíveis, que permitem questionamentos, ou seja, 
dialéticas. Passando da imobilidade e resistência à 
mudança par o movimento e propensão aos 
câmbios (OSÓRIO, 1989).
Processos grupais
O vínculo, é definido como uma estrutura complexa, que inclui o 
sujeito, e a sua relação com um determinado sujeito ou objeto, sendo 
esta, uma estrutura dinâmica( ROCHA, 2005). Se inclui na teoria do 
vínculo, pois o papel é algo transitório, e pode aparecer em cada 
pessoa e em cada situação de forma singular (BARROS et al, 2007)
De acordo com Rivière, nossas relações estão 
fundamentadas na atribuição de papéis, que são 
atitudes assumidas consciente ou inconscientemente, 
em um contexto. Cada um dos integrantes de um 
grupo, constrói seu papel em relação aos outros;
assim, de uma articulação entre o papel prescrito e 
o papel assumido, surge a atuação característica de 
cada membro do grupo. (ROCHA, 2005). Os papéis 
desempenhados são os seguintes:
O porta-voz, é aquela pessoa que denuncia o problema 
do grupo, algo que até então permaneceu latente ou 
implícito na relação. Essas situações que são denunciadas, 
são expressas, pois a pessoa percebe e se incomoda 
com esse “problema”. Ela menciona para o grupo, pois 
sente como se fosse um problema apenas seu(BARROS 
et al, 2007). Existem
de interpretação da informação pelo grupo, que torna o 
porta-voz, o líder ou o bode expiatório
Se o grupo encara “numa boa” o problema evidenciado 
pelo porta-voz, e busca enfrentar e tentar resolver as 
dificuldades, ele se torna o líder do grupo (ROCHA, 
2005). Com base no que ele evidencia, o grupo busca 
soluções para os dilemas, criando uma intensa utilização 
do vetor cooperativada para resolver (Cone invertido). 
Caso isso ocorra, temos 4 tipos de lideranças.
O papel do líder pode se destacar em 4 tipos (ROCHA, 2005):
Atua como um “tirano”, que possui uma 
técnica rígida e favorece a dependência dos integrantes. Diante dessa 
atuação, o grupo pode resistir a mudança e paralisar a tarefa.
Delega ao grupo, uma auto-estruturação, 
assumindo apenas parcialmente a liderança, ao não assumir 
responsabilidades, banaliza a tarefa e o objetivo grupal.
Mantém a aparência democrática, mas 
possui uma impostura com atitudes contraditórias, já que parece ser 
democrático mas pode ser laissez-faire as vezes.
Remete a um tipo de papel ideal de 
liderança. Vai ajudar o grupo a lidar com o problema evidenciado, 
levando em conta as ideias do grupo
Caso, o grupo não acate o que foi denunciado pelo porta-
voz, este, pode tornar-se o bode expiatório do grupo. 
Afirmam que a dificuldade evidenciada, não é do grupo, 
apenas dele (BARROS et al, 2007). Dessa forma, de 
acordo como Rocha (2005), ele expressa o conteúdo que 
é negado pelo grupo.
Surge, quando o nível de ansiedade é tão grande, que 
“fugir” da tarefa, é mais interessante (SILVA; 
VILLANEI, 2009). Sendo assim busca desviar a atenção 
do grupo da tarefa, criando outras necessidades para 
o grupo (ROCHA, 2005)
O interjogo de papéis, é o que torna a relação 
grupal saudável, ou seja a troca de papéis. Se os 
papéis tornam-se fixos, algo pode estar errado na 
dinâmica de um grupo operativo.
É o grupo ou o sujeito, que realiza 
a projeção, isto é, transfere para o outro algo.
Processos grupais
De acordo com Rivière (1994), um grupo que funciona de forma 
operativa, é aquele que atende as finalidades comuns, em que 
todos os membros trabalham como uma equipe centrada em 
torno de uma tarefa. Tratando-se do exemplo da terapia familiar, 
Rivière, explica no livro “O processo grupal”, sobre o 
funcionamento operativo na terapia familiar.
Para Pichon, existe uma relação intima entre os papéis, o 
vínculo e os conceitos de (SILVA; VILLANI, 2009):
É o objeto externo sobre o qual se 
situa a projeção. Ou seja, recebe os depósitos do depositante
É o conteúdo que foi projetado, 
pelo depositante, no depositário da relação.
Esses significados, na teoria do vínculo, permitem a construção 
de imagens que auxiliam na compreensão das projeções e 
introjeções do grupo (SILVA; VILLANI, 2009).
Para facilitar essa explicação de
projeção e introjeção de conteúdos nos 3 D’s, 
vamos usar como exemplo a terapia familiar.
Quando trata-se do caso da terapia familiar, de acordo 
com Rivière, quando um dos indivíduos (depositário), 
recebe esse conteúdos (depositados), projetados pelos 
outros membros do grupo familiar (depositantes), como 
é o caso do filho, que está “doente”, o papel de bode 
expiatório, torna-se cristalizado, e o grupo operativo 
não funciona corretamente, pois como já foi discutido 
os grupos entre 
seus papéis para existirem de forma saudável
(SILVA; VILLANI, 2009).
Em um grupo familiar, que é definido como uma 
estrutura básica para o sujeito, quando saudável, ocorre 
o interjogo de papéis (RIVIÈRE,1994). Quando ocorre o 
adoecimento de uma das partes, podemos utilizar a 
teoria dos grupos e a ideia do grupo operativo 
para esses conceitos de grupo :
Existe um grupo familiar doente, o paciente vai 
emergir no grupo como o da 
enfermidade grupal. Esse paciente age como o 
das ansiedades e tensões da sua 
família, que exibe os aspectos do adoecimento, mas 
não enxerga com clareza (RIVIÈRE,1994).
O depositário, é portador de diversos aspectos 
patológicos que foram por cada um 
dos outros membros do grupo que são os 
, e compromete a família como um 
todo, que chamam o paciente de “louco”, pois este assume 
a parte “louca” de cada um dos membros que tratam como 
“louco” o porta-voz da enfermidade (RIVIÈRE,1994). 
Quando a projeção dos aspectos patológicos é forte, o
indivíduo fica paralisado, seu 
e fracassando na elaboração de uma ansiedade 
tão forte que acaba adoecendo. Então, o paciente passa 
da condição de agente protetor da enfermidade para a 
de

Continue navegando