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Grupos Operativos: Aprendizagem e Mudança

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pichon 
 Processos grupais 
GRUPOS OPERATIVOS 
O grupo operativo está envolvido em uma ação. os 
“menos comprometidos”, uma assistência para com os 
“mais comprometidos”. (questões de saúde em um caso 
por Pichon ) 
 Demanda a disponibilização de tempo para pensar, 
articular e executar alguma tarefa comum. 
 Seu objetivo é propiciar a superação de a partir das 
atividades do grupo, possibilitar que os integrantes do 
mesmo passem pelo aprendizado de pensar e operar em 
grupo, habilitando-se para a resolução das dificuldades, 
individual e grupal. 
“ Os grupos operativos se definem como grupos centrados na 
tarefa(...) para nós a tarefa é o essencial do processo grupal; 
por isso, nossa insistência em chamá-los grupos centrados na 
tarefa.” 
(Pichon Rivière) 
Para ele todo grupo terapêutico proporciona 
aprendizagem na forma como se relacionar com o outro, 
assim como todo grupo de aprendizagem cria um 
ambiente propício à resolução de conflitos pessoais. 
 Todo grupo operativo é terapêutico, embora nem 
todo grupo terapêutico seja operativo. 
A TAREFA GRUPAL 
Seu objetivo é superar e resolver situações fixas e 
estereotipadas, chamadas por Pichon de dilemáticas, 
para uma postura mais flexível, que permite 
questionamentos dialética. 
 Busca passar da imobilidade e resistência à 
mudança para o movimento e propensão às trocas. 
O grupo operativo centra-se, de forma explícita, em uma tarefa, 
sendo que à esta tarefa há outra implícita que aponta para a 
ruptura. 
Tarefa explícita- dada pelo coordenador 
Tarefa implícita- modo como cada um vivencia o grupo e aprende 
com ele. 
RESISTÊNCIA À MUDANÇA 
Dois medos básicos do porquê da resistência à mudança em cada 
sujeito num grupo: 
 O medo da perda - perda do conhecimento já adquirido, perda 
do que já se tem. (ansiedade depressiva) 
 O medo do ataque - temor frente ao desconhecido, encontra-se 
vulnerável diante de uma nova situação 
A execução da tarefa implica em enfrentar alguns obstáculos que 
se referem à desconstrução de conceitos estabelecidos, 
desconstrução de certezas adquiridas. 
 Para o grupo implica em trabalhar sobre tarefa explícita e 
sobre si tarefa implícita, buscando romper com estereótipos e 
alcançar mudanças. 
CONCEITOS IMPORTANTES 
Ao pensarmos o que ocorre em um grupo, tenhamos em mente 
sempre dois eixos: 
 Verticalidade grupal: assinala tudo aquilo que diz respeito a 
cada elemento do grupo individualmente, distinto e diferenciado 
do conjunto (histórias, experiências pessoais). 
 Horizontalidade grupal: atravessa a todos, põe em evidencia o 
emergente grupal (denominador comum compartilhado grupo). 
A intersecção entre a verticalidade e a horizontalidade dá origem 
aos diferentes papéis que o indivíduo assume no grupo, os quais se 
formam de acordo com a representação que cada um tem de si 
mesmo e que responde às expectativas que os outros têm de nós: 
1-Porta-voz 2-Bode expiatório 
3-Líder 4-Sabotador. 
 
PORTA-VOZ: 
 É aquele que expressa as ansiedades do grupo, 
enuncia algo que até então estava latente. 
 Não tem consciência de que esta expressando algo de 
significação grupal, pois vive como se fosse seu. 
 Ele que denuncia a ansiedade predominante no grupo 
a qual está impedindo a tarefa; 
 O material veiculado pelo porta-voz é o emergente 
grupal, trata-se daquilo que numa situação ou outra 
se enche de sentido para aquele que observa, para 
quem escuta. 
BODE EXPIATÓRIO: 
 Diferente do porta-voz, sua opinião não é aceita pela 
grupo, 
 Pode-se dizer dele como depositário de todas as 
dificuldades do grupo e culpado de cada um de seus 
fracassos 
 O culpado 
LÍDER: 
 Pode ser desempenhado naturalmente Grupo 
terapeuta ou direcionado a algum membro do grupo. 
 A estrutura e função do grupo se configuram de 
acordo com os tipos de liderança assumidos pelo 
coordenador, apesar de a concepção de líder ser muito 
singular e flutuante. 
 Existem quatro tipos de liderança pensadas por Pichón: 
autocrática, laissez-faire demagógica, democrática. 
SABOTADOR: 
 É aquele que conspira contra a evolução e conclusão 
da tarefa podendo levar a segregação do grupo; 
 Através de atuações bloqueia o andamento da 
conclusão da tarefa grupal 
 Quanto mais plásticos os papéis, mais saudável é o 
grupo, e quanto mais estereotipados os mesmos papéis, 
mais patológico ele se torna por não possibilitar a 
ruptura dos mecanismos estereotipados de delegação e 
assunção de papéis. 
 O grupo é o agente da cura e a tarefa se constitui num 
organizador dos processos de pensamento, comunicação e ação 
que se dão entre os membros do grupo. 
 Entende-se como cura a mudança de pautas estereotipadas de 
funcionamento e a integração do sentir, pensar e agir. 
FASES DO GRUPO OPERATIVO 
PRÉ-TAREFA- Resistência à mudança; observa-se o predomínio de 
ansiedades e medos basicamente frente ao desconhecido que 
obstaculizam o ‘entrar na tarefa’. 
TAREFA- Neste momento ocorre a elaboração da ansiedade e 
integração do pensar, incluindo a tomada de consciência, passando 
a investir na elaboração de ações que sejam facilitadoras para a 
mudança. 
PROJETO-Durante a realização da tarefa, surge o projeto que 
permite planejar o futuro, quais serão os objetivos para além do 
processo grupal . 
TEORIA DO VÍNCULO 
VÍNCULO 
“Estrutura psíquica complexa, dialética que inclui um sujeito, um objeto [de 
investimento], e sua mútua interrelação, que passa pelo processo de 
comunicação e aprendizagem” 
Pichon Rivière 
 É a representação subjetiva que cada um dos membros tem sobre 
si e sobre os outros; 
 É construído na interação dos mesmos num tempo e espaço comum 
 É mútuo porque acontece quando internalizamos o outro e somos 
internalizados por ele; 
 O vínculo parte de necessidade fundamentais do ser humano; 
 Vínculo como veículo das primeiras experiências sociais, constitutivas 
do sujeito; 
 Sempre tem um emissor e um receptor; 
 O tempo todo nos transformamos e transformando o mundo 
(espiral dialética); 
 Primeiro lugar onde a gente aprende com o outro, onde temos as 
primeiras experiências sociais.

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