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suicídio Ebook Gratuito IZAMARA ANDRADE Precisamos falar sobre isso Venda Proibida ALÉM DE SETEMBRO "O suicídio é a pior de todas as tragédias humanas. Não apenas representa a culminância de um sofrimento insuportável para o indivíduo, mas também significa uma dor perpétua e um questionamento torturante infindável, para os que ficam". Diego DE Léo, DSc- in O suicídio e sua prevenção - Bertolote, José Manoel. ") Ebook Gratuito - Além de setembro: Suicídio, Precisamos falar sobre isso. E-book Suicidio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade E-book Suicidio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade Ebook Gratuito - Suicídio, Precisamos falar sobre isso, Além de setembro. Suicídio: precisamos falar sobre isso. Por que algumas pessoas pensam em suicídio? Fatores que podem colaborar para a ideação suicída O suicídio no Brasil A população negra e o risco de suicídio Suicídio Indígena Suicídio e Transtornos mentais Estigma e Tabu Mitos e Verdades sobre o suicídio Sinais de alerta Adolescência, uma fase de muitas tranformações Apresentação 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. Conteúdo E-book Suicidio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade E-book Suicidio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade Ebook Gratuito - Suicídio, Precisamos falar sobre isso, Além de setembro. Conteúdo 12. A escola como um local de escuta e acolhimento 13. Prevenção do Suicídio e o papel da escola 14. Adolescência e a autolesão 15. Fatores de risco e proteção para a prevenção do suicídio 16. A escola e o seu papel na promoção da saúde mental 17. Bullying, um problema de todos nós 18. Suicídio e terceira idade 19. Ouvir pode ser a melhor ajuda que você pode oferecer 20. Aonde procurar por ajuda? 21. Setembro Amarelo 22. Considerações finais 23. Referências E-book Suicidio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade E-book Suicidio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade SOBRE A AUTORA: Ebook Gratuito - Suicídio, Precisamos falar sobre isso, Além de setembro. Olá! Meu nome é Izamara Andrade, mas sou mais conhecida como Iza. Sou pedagoga, com Especialização em Educação Especial e Inclusiva, estudante do oitavo semestre de Psicologia. Sou também Pós graduanda em Suicidologia: Prevenção, Posvenção, Processos Autodestrutivos e Luto, pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul - USCS. Sou idealizadora da página do Instagram - "Alémde_Setembro_ by_ Iza Andrade", onde divulgo informações sobre os assuntos relacionados ao suicídio e tudo que esteja ligado a essa temática e ao sofrimento que essa ação provoca em muitas vidas. Na página, também é tratado assuntos relacionados a saúde mental, bem-estar físico e emocional e psicoeducação como uma forma de contribuir com informações que possam auxiliar e atingir um número maior de pessoas durante todos os meses do ano... Além de Setembro. @alemde_setembro_by_izaandrade E-book Suicidio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade E-book Suicidio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade E-book Suicidio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade E-book Suicidio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade "Nada proporciona melhor capacidade de superação e resistência aos problemas e dificuldades em geral do que a consciência de ter uma missão a cumprir na vida". ( Viktor Frankl) https://www.instagram.com/alemde_setembro_by_izaandrade/ suicídio pRECISAMOS FALAR SOBRE ISSO IZAMARA ANDRADE São Paulo 2020 ALÉM DE SETEMBRO E-book Suicidio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade Ebook Gratuito - Suicídio, Precisamos falar sobre isso, Além de setembro. E-book Suicidio, precisamos falar sobre issoalém de setembro Izamara Andrade Atenção: Os dados contidos nesse e-book são destinados apenas para informar. Não substitui em nada a consulta com um especialista. Na dúvida e na busca por mais informações, procure um profissional de Saúde Mental. E-book Suicidio, precisamos falar sobre issoalém de setembro Izamara Andrade APRESENTAÇÃO Todos os anos, milhares de pessoas perdem a vida pelo suicídio no mundo. No Brasil, isso não é diferente. Devido ao grande número de casos esse é um assunto que passou a ser uma preocupação de toda sociedade, passando a ser tratado como um problema de saúde pública em muitos países. Assim, fica claro a importância de produzir materiais que possam dar maior visibilidade a esse problema que acomete tantas pessoas pelo mundo. Falar sobre suicídio é de extrema importância, pois é necessário que um número maior de pessoas possam ser conscientizadas do enorme problema que os cerca e que por seu aumento no número de casos, acaba impactando um número grande de famílias que perdem seus entes queridos por suicídio anualmente. Todavia, no Brasil, essa temática ainda está longe de ser abordada com a importância que deveria. Sabe-se que a prevenção do suicídio não é uma tarefa fácil, pois envolve muitos fatores não existindo uma causa única para culpabilizar esse fenômeno. Entretanto, não falar sobre o assunto não faz com que ele diminua ou deixe de existir. Esse material tem como objetivo, divulgar informações de forma clara para que essas possam alcançar o maior número de pessoas na tentativa de conscientizá-las da importância de se falar sobre as questões que envolvem a saúde mental e a prevenção do suicídio e, assim, diminuir a desinformação sobre as formas de prevenção e todo mito e estigma em torno do suicídio, possibilitando que mais pessoas possam ter acesso a essas informações e entendam a necessidade e a importância de se falar sobre esse assunto na tentativa de mitigar os números de casos. Os dados e as informações utilizados na produção desse conteúdo foram retiradas de fontes confiáveis de livros e artigos que encontram-se ao final nas referências e têm como propósito, validar as informações e demonstrar a importância do estudo e da prática da prevenção do suicídio por meio da elaboração de mais materiais que possam auxiliar na discussão desse problema, aumentando assim a necessidade do cuidado e do olhar acolhedor para o outro e para todo o seu sofrimento seja pelo ideação suicída, seja pelo impacto de um suicídio. Que esse material elaborado sirva também como um instrumento de reflexão e inquietação por fazeres que estejam engajados principalmente na valorização da vida, porque para mim, falar de suicídio não é somente falar de morte. Falar sobre suicídio é falar de vidas, mas vidas em sofrimento e sobre essas vidas, precisamos falar ... Além de setembro. Ebook Gratuito - Suicídio, Precisamos falar sobre isso, Além de setembro. E de setembro Izamara Andrade E-book Suicidio, precisamos falar sobre issoalém de setembro Izamara Andrade Qual é o valor da vida para você? Enquanto você está aqui lendo, algumas pessoas estão morrendo por suicídio no Brasil e no mundo. Isso é assustador, não é? Segundo a Organização Mundial de Saúde ( OMS ), a cada 40 segundos uma pessoa perde a vida por suicídio no mundo. No Brasil, os casos de suicídio crescem a cada ano nas grandes e pequenas cidades. No mundo, as pessoas que mais tentam o suicídio estão na faixa dos 15 aos 44 anos. Apesar de não ser muito divulgado, o suicídio também acomete crianças na faixa etária de 5 a 11 anos eidosos acima dos 60 anos, e isso não é tão diferente aqui no Brasil. A maioria dos casos de suicídio apresentam algum histórico de problemas relacionados a transtornos mentais entretanto, nem sempre essa é a causa principal de um suicídio. Nem todas as pessoas que apresentam algum tipo de transtorno mental apresentarão um comportamento suicida, porém as doenças mentais são um fator de risco para esse comportamento. Entre os jovens, a depressão e o transtorno borderline parecem ser um fator que está mais associado a este problema. Nem sempre é fácil perceber quando uma pessoa está passando por algum problema que a leve a pensar em acabar com a própria vida. Vivemos em um mundo onde o olhar para o outro está cada vez mais difícil de ocorrer. Todos estamos vivendo na correria do dia a dia e, muitas vezes, não nos damos conta de que o nosso próximo está precisando de ajuda e passando por algum tipo de sofrimento. Deixar de viver é uma saída que muitas pessoas que estão passando por algum tipo de inquietação acreditam ser o ideal, pois essas pessoas vivem imersas em angústia e sofrimento. São tantos os casos de suicídio pelo mundo que em alguns países essa temática já é tratada com um problema de saúde pública, envolvendo ações que ajudem as pessoas que se encontram em sofrimento a terem ajuda profissional na área de saúde mental na busca de prevenir as tentativas de suicídio e, assim, tentar amenizar as angústias desses indivíduos e diminuir os casos de morte por suicídio. Por esses e muitos outros motivos precisamos falar sobre o suicídio, porque só falando sobre o problema é que ele pode ser combatido. Só falando sobre o suicídio é que podemos reduzir o estigma que o cerca e tentar diminuir o número de casos pelo mundo e ajudarmos a esses indivíduos a encontrarem uma forma de amenizar toda sua dor e o seu sofrimento. " A questão central do suicídio não é sobre a morte ou sobre matar antes, é a questão de cessação da consciência a fim de evitar uma dor psíquica insuportável" . ( Edwin Shneidmam) SUICÍDIO: PRECISAMOS FALAR SOBRE ISSO Ebook Gratuito - Suicídio, Precisamos falar sobre isso, Além de setembro. E-book Suicídio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade E-book Suicídio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade E-book Suicídio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade Muitos são os motivos que levam alguém a pensar em acabar com a própria vida. Edwin Shneidmam, o pai da suicidologia moderna, define o suicídio como Psychache, o que a Psicóloga e Dra. em suicidologia, Karina Fukumitsu, traduziu por sofrimento existencial, ou seja, o sofrimento daquele que pensa em se matar é intolerável. Para Fukumitsu (219 p. 23), "Por não se sentir compreendido, o indivíduo entra em isolamento e, mesmo que outras pessoas ofereçam auxílio, a pessoa começa a pensar no suicídio como possibilidade de eliminar a tormenta". Esse sentimento muitas vezes vem acompanhado de muito desespero e muita dor que em sua maioria beira o insuportável, tornando a vida e o viver intolerável para algumas pessoas. Muitas vezes, o sofrimento é tamanho que não se consegue enxergar uma saída que não seja acabar com a própria existência e, por mais que se tente expressar ou explicar a tristeza que se sente, as pessoas não conseguem compreender, escutar ou enxergar esse sofrimento. Botega ( 2015 p.94) nos descreve que: "segundo a opinião de psicoterapeutas, cujos pacientes cometeram suicídio, o desespero foi o principal estado afetivo capaz de diferenciar as pessoas que se matavam". Assim, entende-se que o sofrimento para alguns é tão insuportável que a vida acaba perdendo o sentido, ficando sem valor. Fica vazia, sem propósito e, com isso, o desespero e a desesperança tomam conta e a pessoa precisa encontrar uma forma de interromper a dor psíquica que assola sua existência. Para Edwin Shneidmam, de acordo com Botega (2015) cada suicídio é um evento único, próprio e particular de cada pessoa, não podendo ser enxergado como um ato que tem a mesma importância para cada indivíduo. Muitas são as causas que levam alguém a pensar em suicídio, porém o que essas pessoas NÃO precisam é de julgamentos. Elas precisam ser acolhidas e ouvidas em sua dor e seu sofrimento. "Acredito que a dor precisa ser transformada, mas não esquecida; contrariada, não suprimida". (Andrew Solomon) POR QUE ALGUMAS PESSOAS PENSAM EM SUICÍDIO? Ebook Gratuito - Suicídio, Precisamos falar sobre isso, Além de setembro. E-book Suicídio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade E-book Suicídio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade E-book Suicídio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade Há por trás do comportamento suicida uma combinação de diferentes fatores. Esses fatores podem estar relacionados aos biológicos, emocionais, socioculturais, fisiológicos, econômicos e espirituais. Não se pode dizer que existe uma única causa para o suicídio. Desta forma, quando esses fatores são relacionados podem acabar contribuindo para o suicídio. As pessoas pensam em suicídio por diferentes razões. Esse pensamento - ideação, pode ocorrer em diversos momentos da vida independente da idade e do tipo de vida que a pessoa leve. Diante das diveras situações que podem levar alguém a tirar a própria vida, podemos destacar o uso de álcool, depressão, solidão, os casos de problemas financeiros, términos de relacionamentos, doenças, dores crônicas, desastres, violência, abusos, perdas, desilusões, entre outros. Entretanto, outras questões também servem como gatilhos e podem levar uma pessoa a pensar em acabar com a própria vida como por exemplo, quando se sentem incompreendidas, não se enquadram socialmente, por não conseguirem encontrar seu lugar no mundo ou se sentir fracassada emocionalmente. Também há taxas elevadas de suicídio em grupos de vulnerabilidades que acabam sofrendo discriminação como : refugiados, indígenas, imigrantes lgbtqia+. Esse último grupo por exemplo, apresenta muito sofrimento por muitas vezes não conseguirem ser aceitos como são. Por não conseguir lidar com a indiferença, a não aceitação de si mesmo, o preconceito, a violência, e a falta de apoio em suas vidas. Acabam buscando no suicídio um fim para todas as dores que sofrem. Todos esses e muitos outros motivos podem levar uma pessoa a acreditar que o suicídio seja a melhor saída, mas não é. Sempre existe uma saída que não seja acabar com a própria existência. Viver é sempre a melhor escolha a se fazer e essas pessoas precisam conseguir enxergar isso em suas vidas, porém muitas vezes sozinhas elas não são capazes disso. "Eu acredito que as palavras são fortes, que podem esmagar o que mais tememos quando o medo parece mais terrível do que o lado positivo da vida". (Andrew Solomon) FATORES QUE PODEM COLABORAR PARA A IDEAÇÃO SUICIDA Ebook Gratuito - Suicídio, Precisamos falar sobre isso, Além de setembro. E-book Suicídiorcisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade " E-book Suicídio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade E-book Suicídio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil está em oitavo lugar entre os países com maior número de suicídios. A taxa de suicídios a cada 100 mil habitantes aumentou 7% no Brasil, ao contrário do índice mundial, que caiu 9,8%. No Brasil, os números são preocupantes: de 2007 a 2016, 106.374 pessoas morreram em decorrência do suicídio e em 2016, a taxa foi de 5,8 por 100 mil habitantes. Segundo a Organização Pan-americana de Saúde, (OPAS 2014), estima-se que acontecem 800 mil mortes por suicídio a cada 40 segundos ao redor de todo mundo. NoBrasil, estima-se que a cada 45 minutos uma pessoa morre por suicídio e isso correspende a 32 pessoas mortas por suicídio por dia, o que é assustador. As três principais características das pessoas que tentam o suicídio segundo a (OMS), são: Ambivalência: conflito entre a vontade de viver e o desejo de morrer. Anseio de se livrar da dor e encontra na morte sua única alternativa para fugir de toda angústia e de todo sofrimento. Impulsividade: a tentativa de suicídio se dá por um ato de impulsividade que é desencadeado por pensamentos e sentimentos negativos que podem ser temporários. Rigidez: os indivíduos que pensam em suicídio apresentam pensamentos fixos e constantes sobre isso e acabam encarando esse ato como a única alternativa para enfrentar o seu problema. Quando essas três características estão presentes em um pensamento o risco de suicídio é muito alto. Suicídio e gênero Historicamente, a taxa de suicídio é maior no sexo masculino, chegando a ser de três a quatro vezes maior do que no sexo feminino. Segundo Bertolote (2012), a explicação mais aceita para essa diferença está relacionado aos métodos utilizados. Os métodos usados pelos homens em geral são mais violentos e mais letais, ao passo que as mulheres escolhem métodos menos letais. As mulheres superam os homens no número de tentativas. Porém, segundo Fleischmann e Bertolote (2008) a partir dos anos 90 vem sendo observado uma diminuição dessa taxa entre o suicídio de homens e mulheres. Possíveis explicações para isso segundo esses autores pode ser o aumento da igualdade entre homens e mulheres em diferentes aspectos da sociedade ( comportamental, direitos, político, acesso a bens, etc.) Ebook Gratuito - Suicídio, Precisamos falar sobre isso, Além de setembro. O SUICÍDIO NO BRASIL E-book Suicídio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade E-book Suicídio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade E-book Suicídio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade Ebook Gratuito - Suicídio, Precisamos falar sobre isso, Além de setembro. E-book Suicídio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade E-book Suicídio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade E-book Suicídio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade Suicídio e faixa etária As taxas mais elevadas de suicídio encontram-se entre as pessoas com mais de 70 anos. Entre os jovens de 15 a 29 anos o suicídio é a segunda causa principal de morte. A maior proporção de morte por suicídio ocorreu entre solteiros, viúvos ou divorciados, tendo uma proporção semelhante entre os sexos. Podemos associar esse fenômeno a questão da solidão. Muitas pessoas não dão conta de viverem suas vidas sozinhas e acabam encontrando no suicídio uma forma de diminuir o seu sofrimento e sua solidão. Suicídio e as diferentes raças e cor Na comparação entre raça e cor, a população de jovens e adolescentes negros têm maior chance de cometer suicídio no Brasil de acordo com o Ministério da saúde. O risco foi 45% maior entre os jovens de 10 aos 29 anos, que se declararam pardos ou pretos do que os brancos no ano de 2016. A diferença no grupo de jovens e adolescentes que se declaram negros a chance de suicídio subiu para 50% a mais do que em jovens e adolescentes brancos na mesma faixa etária. No caso dos indígenas, essa população foi a mais acometida, sendo quatro vezes maior do que os registrados em brancos e negros. Mais à frente iremos abordar de forma breve as possíveis causas do suicídio na população indígena. Suicídio por regiões As informações do DATASUS revelam que o Rio grande do Sul tem a maior taxa de morte por suicídio seguido pelos Estados de Minas Gerais, Roraima, Mato, Grosso do Sul e Santa Catarina. Segundo Botega (2015 p.55) "contradizendo o senso comum, que liga o suicídio ao fenômeno da urbanização, as maiores taxas de suicídio encontram-se em cidades de pequeno ou médio porte populacional". Existe uma combinação de fatores que parece contribuir para os altos índices de suicídios nessas regiões como por exemplo nos Estados do sul o fácil acesso aos defensivos agrícolas muito utilizado na agricultura familiar, as doenças provocadas pelos agrotóxicos nas plantações, a condição de vida do agricultor, entre outros fatores. Fatores sociodemográficos: sexo, idade, orientação sexual, grupos étnicos, estado civil, etc. Transtornos mentais: histórico familiar de suicídio e doença mental, ideação ou plano suicida, tentativa de suicídio pregressa, falta de continuidade de tratamento efetivo de saúde mental, etc. Fatores psicossociais: abuso físico e psicológico, perda ou separação, isolamento social, baixa autoestima, desemprego, bullying, rigidez de pensamento, traços de personalidade- impulsividade, agressividade, etc. Diversos: acesso a meios letais - arma de fogo, veneno; doenças físicas incapacitantes e estigmatizantes, dor crônica, queimaduras importantes, etc. Suicídio e grupos de riscos Entende-se por grupos de riscos, "um conjunto de pessoas que, por apresentarem determinados atributos ou por terem sido expostas a circunstâncias específicas ( fatores de riscos) passam a ter maior probabilidade de desenvolverem uma doença ou condição clínica." (Botega 2015, p.104). Diferentes fatores podem ser sinalizadores do risco de suicídio, tornando-se alvo tanto de atenção clínica quanto de estratégias de prevenção na tentativa de minimizar os efeitos desse comportamento. Entre eles, destaca-se os seguintes fatores: Ebook Gratuito - Suicídio, Precisamos falar sobre isso, Além de setembro. E-book Suicídio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade E-book Suicídio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade E-book Suicídio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade Se uma coisa não der muito certo, Tudo bem. Existem outros caminhos... Outras Possibilidades... a vida não acaba por aqui. Que a gente nunca desaprenda a (re)começar... Sempre. A população negra sem sombra de dúvida é um dos grupos mais vulneráveis no Brasil em diferentes con- textos. Eles são também os mais afetados quando o assunto é o suicídio. O estigma e o tabu que estão associados ao suicídio acabam por contribuir e silenciar ainda mais essa questão. A política Nacional de Saúde Integral da população negra, reconhece o racismo, a desigualdade étnico-racial e o racismo institucional como determinantes sociais das condições da saúde da população negra. Podemos relacionar as grandes taxas de suicídio na população de jovens e adolescentes negros a elementos estruturantes como o racismo, porém não é somente por esse motivo que isso ocorre. As principais causas associadas ao suicídio de população negra são: rejeição ausência de sentimento de pertencimento negligência falta de oportunidade abuso maus tratos violência inadaptação baixa escolaridade solidão sentimento de inferioridade Outros fatores também podem estar associados como: não aceitação da identidade racial, sexual e afetiva, de gênero e de classe social. Ebook Gratuito - Suicídio, Precisamos falar sobre isso, Além de setembro. A POPULAÇÃO NEGRA E O RISCO DE SUICÍDIO “Que as pessoas finalmente percebam que só há uma raça, a raça humana, e que todos somos membros dela”. ( Margaret Atwood ) E-book Suicídio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade E-book Suicídio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade E-book Suicídio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade No Brasil e no mundo há relatos de suicídio em grupos indígenas. O Conselho Indigenista Missionário (CIMI), em relatório, apontou que o número de suicídiosno Brasil subiu 20% em um ano. Como deixa claro o relatório, em 2017, foram 128 óbitos - 22 a mais que o ano de 2016. Segundo o Ministério da Saúde, ao contrário das mortes por suicídio no panorama nacional, onde o maior índice de morte de adolescentes e adultos por suicido está na faixa etária de 15 a 20 anos, na cultura indígena as mortes são de crianças e adolescentes entre 10 e 19 anos. De acordo com Botega ( 2015 p.76 ), "Entre os motivos para o suicídio, encontra-se a evitação da desonra, reações de luto, a fuga da escravidão ou a frustração amorosa. Em algumas tribos nômades, o suicídio de idosos ocorre de forma ritualista e com certo grau de coerção social, ainda que velada". Para o CIMI, são muitos os fatores que estão por trás das altas taxas de suicídio nesse povo. "Os jovens e as crianças carregam grandes sentimentos de desesperança, de estar sem saída, e querem de alguma forma se sentir pertencentes a algo - não pertencem ao mundo capitalista branco, embora as vezes, almejam algo que os brancos têm ou fazem". Entretanto, mesmos os indígenas que se orgulham de suas raízes e suas tradições, devido as grandes mudanças sociais que estão ocorrendo envolvendo a população indígena estão os impedindo de viver como gostariam e, assim, acabam se sentindo ameaçados e oprimidos onde a única saída encontrada por eles é o suicídio. Botega (2015) nos deixa claro que, ainda que o suicido seja influenciado por diferentes fatores, políticas de saúde pública devem ser focadas para as precárias condições que são encontradas nessas comunidades onde como em outras sociedades, há a depressão, o abuso de álcool, a violência familiar, e a escassez de serviços de saúde mental, o que impossibilita que esse grupo seja atendido em suas demandas emocionais, aumentando a chance do suicídio ocorrer. “A soma de todos esses fatores preconceituosos e humilhantes sofridos afeta diretamente a nossa psicologia e influencia os nossos comportamentos (...) Nós jovens nos sentimos ofendidos, maltratados, excluídos, taxados de violentos e sem valor”. ( Carta de jovens guarani-kaiowá presentes na Assembleia da Retomada Aty Jovem, de julho de 2019 ) Ebook Gratuito - Além de setembro: Suicídio, Precisamos falar sobre isso. SUICÍDIO INDÍGENA ) E-book Suicídio, prcisamos falar sobre isso além de setembro Izamara AndadeS E-book Suicídio, precisamos falar so bre isso além de setembro Izamara Andrade E-book Suicídio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade Devemos ter em mente que existe uma associação clara entre o suicídio e os transtornos mentais. Porém,o suicídio não é um transtorno mental, mas sim um problema de comportamento. Segundo a Organização Mundial de Saúde, (OMS, 2000), as principais características do comportamento suicida são: ambivalência, impulsividade e rigidez. O comportamento suicida engloba - ideação (pensamentos de morte), os planos ( podem ser estruturados ou não, imediatos, ou não) e o ato em si. O transtorno mental é uma doença que está associado a algum distúrbio psiquiátrico que acometem padrões mentais e/ou comportamentais e causam algum sofrimento, incapacidade ou anormalidade. Podem ser ocasionados por fatores ambientais, sociais, psicológicos e não dependem de etnia, nem de gênero, idade, classe social e podem fazer parte do indivíduo a qualquer momento da sua vida. O diagnóstico de transtorno mental é feito por um profissional de saúde mental. Os transtornos mentais mais comumente associados ao suicídio são: transtorno de humor (depressão e bipolaridade), esquizofrenia, transtornos de ansiedade, transtornos de personalidade (borderline), associados a dependência de álcool e uso de outras drogas psicoativas, esses transtornos mentais também estão relacionados ao suicídio. A situação de risco é agravada quando duas ou mais dessas condições são associadas, como por exemplo, depressão e uso de álcool e drogas, transtorno de personalidade e depressão. É importante que fique claro que nem todas as pessoas que morrem por suicídio possuíam algum transtorno mental. Entretanto, podemos dizer que é bem provável que essas pessoas segundo (Edwin Sheneidman apud Botega 2015) apresentem uma necessidade urgente de evitar a dor e a aflição o que os remete a uma dor psíquica insuportável. "O que é certo: ninguém tem ombro para suportar sozinho o peso de existir". ( Mia Couto) Ebook Gratuito - Suicídio, Precisamos falar sobre isso, Além de setembro. SUICÍDIO E TRANSTORNOS MENTAIS E-book Suicídio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade E-book Suicídio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade E-book Suicídio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade O suicídio é um assunto proibido. A palavra suicídio por si só já vem carregada de muito tabu e preconceito. Muitos acreditam erroneamente que abordar essa temática é incentivar as pessoas a se suicidarem. Quando assuntos como suicídio e a morte são tabus, as pessoas não os discutem abertamente e tentam jogar o assunto para "debaixo do tapete", como se não se falar, ele deixasse de existir. O que na verdade é um erro. O suicídio não é um problema contemporâneo, ele existe desde a existência do ser humano. Há relatos de suicídio nas mais diferentes e variadas culturas e por diferentes e variados motivos as pessoas escolhiam tirar sua própria vida como por exemplo, no caso de doenças, velhices, vergonha ou guerras. Segundo George Minois (2018,p.3), "Cada um tinha suas razões e, é importante compreendê-las, pois essa atitude revela os valores fundamentais da sociedade. Ela afeta ao mesmo tempo o indivíduo e o grupo." Segundo esse mesmo autor, essa importância foi muito bem manifestada na fala do filósofo, Albert Camus, quando ele diz que : "Só existe um problema filosófico realmente sério: é o suicídio. Concluir que a vida vale ou não vale a pena ser vivida é responder à questão fundamental da filosofia(...). É preciso seguir e compreender esse jogo mortal que leva da lucidez diante da existência à fuga para longe da luz". Ao longo dos tempos a temática do suicídio veio passando por algumas transformações, deixando de ser enxergado como um crime. Entretanto, ainda hoje é visto como um grande pecado, o maior de todos - contra si mesmo segundo algumas religiões. O suicídio por si só não é um crime, mas quem morre por suicídio aos olhos da sociedade geralmente é visto como um criminoso ou pecador. No entanto, não é só quem se suicida que é visto com preconceito. Aquele que tentou a morte por suicídio, mas ela não foi efetiva, pois a pessoa foi socorrida a tempo e levada ao hospital também sofre preconceito o que pode muitas vezes levar ao sentimento de vergonha por estarem vivas podendo levar a uma nova tentativa de suicídio. Assim, também as famílias que perdem um ente querido por suicídio, carregam o estigma para sempre e, por isso, muitas vezes acabam escondendo a verdadeira causa da morte por medo de serem julgadas e condenadas. E-book Suicídio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade E-book Suicídio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade Ebook Gratuito - Suicídio- Precisamos falar sobre isso além de setembro ESTIGMA E TABU "Quem troca a lente do julgamento pela da empatia passa a ter outros olhos não somente para o outro, mas para si mesmo". (Alexandre Coimbra Amaral) Ebook Gratuito - Suicídio, Precisamos falar sobre isso, Além de setembro. E-book Suicídio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade E-book Suicídio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade Segundo Fukumitsu (2019 p.68), ''o sobrevivente do suicídiolida com o estigma* e com o preconceito, reforçados pela vergonha de mencionar a causa da morte e pelo receio de se sentir acusado e julgado (...)". "Os familiares passam a ser olhados de forma diferenciada, o que as faz muitas vezes, se calarem a respeito do ocorrido, viver o luto de forma isolada, esconder a verdadeira causa da morte, por medo do que as pessoas pensarão ou dirão, o que pode fazer muitas vezes as mortes por suicídio serem subnotificadas, aumentando ainda mais os seus números". Para tentar diminuir o preconceito e o estigma sobre o suicídio falar sobre ele é a melhor solução. Quanto mais as pessoas falarem e se informarem sobre o assunto, maiores serão as chances dos números desse problema diminuírem não só no Brasil, mas também em todo mundo. Possivelmente, toda reação social negativa ligada ao suicídio seja pela falta de conhecimento sobre o assunto o que nos mostra a necessidade de cada vez mais falarmos sobre isso não só no Setembro Amarelo, mas além de setembro. Somente pela educação é que podemos contribuir com a diminuição do estigma e do preconceito que cerca o fenômeno do suicídio contribuindo assim para concientização da importância da sua prevenção e da importância do acolhimento respeitoso dessas famílias. *Estigma significa algo que é considerado ou definido como indigno, desonroso ou com má reputação. Recebe uma valoração social negativa. Para tentar diminuir o preconceito, o estigma e a desinformação sobre o suicídio falar sobre ele é a melhor solução. COMBATER O ESTIGMA É SALVAR VIDAS! 1- Pessoas que falam sobre suicídio não tem intenção de se matar. 2- A maioria dos suicídios acontece de forma repentina. 3- Alguém que pensa em suicídio está determinado a morrer. 4- Somente pessoas com transtornos mentais cometem suicídio. 5- Conversar sobre suicídio pode encorajar a pessoa a cometê-lo. 6- Suicídio é um ato de Coragem, de covardia ou é falta de Deus. 1. A maioria das pessoas que falam sobre suicídio, chega ao ato. 2. A maioria dos suicídios é precedido de sinais de comportamento ou verbais. 3. A pessoa em risco de suicídio apresenta dúvida entre querer morrer e querer viver. 4. O comportamento suicida geralmente se apresenta quando há sofrimento intenso, e insuportável independentemente da existência de transtornos mentais. 5. Conversar abertamente pode fazer a pessoa se sentir acolhida em seu sofrimento e consiga pedir ajuda. 6. Suicídio é um ato de desespero, de quem já não consegue enxergar alternativas para lidar com a sua dor. Ebook Gratuito - Suicídio, Precisamos falar sobre isso, Além de setembro. MITOS E VERDADES SOBRE O SUICÍDIO Mitos Verdades "Uma única tentativa de suicídio, independente da intenção suicida, já aumenta o risco de novas tentativas". ( Botega 2015, p.181) E-book Suicídio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade E-book Suicídio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade E-book Suicídio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade Se alguém perguntar se ele ( a) está pensando em se suicidar, isso poderá estar induzindo a isso? Não. Perguntar sobre ideias suicida feito de modo sensato e franco pode fortalecer o vínculo com a pessoa que esteja passando por um sofrimento psíquico. Assim a pessoa pode sentir que alguém se interessa por ela e pelo que ela está passando. A pessoa está falando em se suicidar apenas para manipular... Pode não ser essa a ideia. A menção ao suicídio pode ser um pedido de ajuda. Muitas pessoas que morrem por suicídio haviam dado sinais verbais ou não verbais de sua intenção para amigos, familiares e até profissionais da saúde. Não se pode saber e desconsiderar o risco da pessoa realmente se matar. Quem quer se matar se mata mesmo. Geralmente as pessoas que pensam em suicídio não querem de fato morrer. Elas querem apenas cessar uma dor e um sofrimento insuportável para elas. Quando elas obtêm apoio, escuta e acolhimento, podem desistir do suicídio. Segundo Botega, falar de prevenção ao suicídio não é evitar todos os suicídios, mas falar de prevenção ao suicídio é evitar os suicídios que podem ser evitados. Ebook Gratuito - Suicídio, Precisamos falar sobre isso, Além de setembro. E-book Suicídio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade Ideias erradas sobre o suicídio e sobre quem pensa nessa possibilidade Existem algumas situações que geralmente dão sinais de que algo está errado. Porém, os sinais não devem ser considerados de forma isolada. Não há fórmula certa que ajude a detectar seguramente quando uma pessoa está vivenciando uma crise suicida. Entretanto, um indivíduo em sofrimento pode dar certos sinais que devem ser levados em consideração e chamar atenção de familiares e amigos próximos, sobretudo se muitos desses sinais se manifestam ao mesmo tempo. - "Os outros vão ser mais felizes sem mim". - "Vou deixar você em paz". SINAIS DE ALERTA Ebook Gratuito - Suicídio, Precisamos falar sobre isso, Além de setembro. . Preocupação com a própria morte - "Eu não sirvo pra nada". Manifestações verbais - "Eu sou um perdedor e um peso para os outros". - "A vida não tem nenhum sentido". -"Melhor sumir". . Afastamento de amigos, familiares e comunidade . Mudanças de humor dramáticas . Fazer comentários sobre estar desesperado, desamparado ou sem valor . Se desfazer de objetos de estimação - "Eu queria poder dormir e nunca mais acordar". Frases de Alerta . Falta de esperança - "Eu preferiria estar morto". - "Eu não aguento mais". E-book Suicídio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade E-book Suicídio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade"' ADOLESCÊNCIA, UMA FASE DE MUITAS TRANSFORMAÇÕES Ebook Gratuito - Suicídio, Precisamos falar sobre isso, Além de setembro. A adolescência é uma fase difícil. Nessa fase da vida eles, os adolescentes, ainda estão passando por muitas transformações biológicas e apresentam ainda uma imaturidade emocional além de todas as mudanças hormonais e corporais que acabam por comprometer ainda mais essa fase. Durante esse período, eles precisam dar conta de muitas questões que acabam por aumentar a ansiedade, insegurança, impulsividade e o estresse. É nessa fase que muitos jovens passam pela grande transformação de suas vidas indo em busca de sua própria autonomia, da afirmação social e da consolidação das questões ligadas a sexualidade. Uma questão muito importante nessas transformações é a forma impulsiva como muitos adolescentes lidam com as situações conflitantes, não tendo capacidade muitas vezes de ponderar e amadurecer os problemas, o que pode levar muitas vezes a tomar decisões impulsivas e achar que a única saída para os problemas é o suicídio. Alguns pensamentos suicidas são frequentes nessa fase, principalmente quando passam por alguma dificuldade, porém na maioria das vezes são passageiros, não indicam psicopatologias ou necessidades de intervenção, como afirma Botega (2015). Portanto, é necessário ficar atento quando esses pensamentos se apresentam de forma intensa e se prolongam por muito tempo; eles podem levar a um risco aumentado de suicídio. Um fato importante que precisa ser destacado é que nos casos de tentativas ou mesmo de suicídio de jovens e adolescentes, isso não ocorre por um desejo real de morrer, mas por uma tentativa de escapar de uma situação ruim e/ou sentimentos dolorosos que os leva a essa atitude. A adolescência traz as vezes junto a falta de uma compreensão sobre si e uma sensação de inexistência. Muitos vivenciam a solidão e uma ausênciade si que acabam muitas vezes os levando a comportamentos autodestrutivos que Fukumitsu (2019), denominou de processo de morrência. Segundo ela, "O processo de morrência é o processo do sentimento do "definhar existencial" que acontece gradualmente (...) "o processo de morrência exige uma complexidade de comportamentos autodestrutivos que, de maneira gradativa provoca o esvaziamento de quem somos". (Fukumitsu, 2016, p.166). "Quando esse processo se instala, o flerte com a morte tem seu início e o suicídio é o ápice desse processo". ( Fukumitsu 2019, p.20). E-book Suicídio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade E-book Suicídio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade A escola como lugar de escuta e acolhimento precisa ser um local que passe confiança para seus alunos, pois muitos que hoje frequentam o ambiente escolar trazem consigo um sofrimento tamanho que muitas vezes chega a ser intolerável e muitos acabam buscando uma válvula de escape nas drogas, na bebida, nos comportamentos autodestrutivos e muitas vezes também acabam abandonando o ambiente escolar ou cabulando as aulas para não terem que lidar com as cobranças dos amigos e dos professores. A escola como espaço de transformação, precisa estar atento ao comportamentos de seus alunos. Promovendo nesse ambiente um local de conversa e reflexão, pois muitas vezes ali encontram-se muitos jovens e adolescente que estão passando por conflitos sem saber lidar e nem a quem recorrer e pedir ajuda, já que muito jovens e adolescentes não podem contar com a família para ouvi-los em seus problemas, visto que muitos vêm de famílias desestruturadas onde a escola acaba sendo o único local onde eles podem ser vistos como indivíduos. A escola pode buscar por meio de programas de prevenção ao suicídio, estabelecer uma forma de comunicação com esses adolescentes, estimulando a autoestima desses indivíduos, criando espaços de diálogos e acolhimento. Além disso, a escola também pode auxiliar a relação desses jovens e adolescentes com suas famílias, pois os pais e responsáveis desses indivíduos muitas vezes se encontram perdidos, sem saber como lidar com a demanda que a adolescência traz, ajudando a esses a entenderem todo o processo pelo qual esses jovens e adolescentes passam em seu desenvolvimento e nas suas relações com o mundo e com seus pares. A escola através de seu corpo docente pode promover palestras, encontros, rodas de conversas com esses pais e responsáveis possibilitando assim um novo olhar sobre esses indivíduos e suas vivências e uma melhor relação deles com suas famílias. " Importante na escola não é só estudar, é também ciar laços de amizade e convivência." ( Paulo freire ) A ESCOLA COMO UM LOCAL DE ESCUTA E ACOLHIMENTO E-book Suicídio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade Ebook Gratuito - Suicídio, Precisamos falar sobre isso, Além de setembro. E-book Suicídio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade Recria a tua vida, sempre, sempre. Remove pedras e planta roseiras e faz doces. Recomeça. (Cora Coralina) Ebook Gratuito - Suicídio, Precisamos falar sobre isso, Além de setembro. A escola tem um papel importante na vida das crianças e dos adolescentes. É na escola que eles passam uma boa e importante parte da sua vida. É lá que eles se socializam, criam laços, fazem descobertas, aprendem valores além dos que adquirem na família e aprendem a conviver em sociedade. A escola tem uma função importantíssima na prevenção do comportamento suicida e na promoção da saúde mental. Ao contrário do que se pensa, falar sobre esse tema dentro do ambiente escolar não é promover o suicídio, mas sim trazer informações que auxiliem os alunos a lidarem com as questões que para muitos ainda é um tabu. Entretanto, as escolas não estão preparada para lidarem com esse assunto. Segundo Bertolote (2012, p.114), "as escolas podem se deparar com duas situações distintas relacionada ao suicídio: uma é de antes que surja algum comportamento suicida na escola - prevenção, a outra é após a ocorrência de algum comportamento suicida em alguém aluno ou outra pessoa envolvida na escola - posvenção". Nesse sentido, a escola precisa ser um local de escuta e acolhimento para os seus alunos. Muitos jovens e adolescentes que hoje frequentam o ambiente escolar são mais propensos ao imediatismo e a impulsividade como afirma Botega (2015). Pensamentos suicidas são frequentes em adolescentes, ainda mais durante as pressões impostas pelo dia a dia desses indivíduos, porém tendem a desaparecer na medida que eles vão aprendendo a lidar com as questões que vão surgindo. Ter um local que os ajude a acolher suas angústias e poder pedir ajuda quando se sentirem em desespero pode auxiliar e muito nos casos de suicídio, autolesão e ideações suicidas. A escola como local de educação precisa unir forças com a sociedade para fazer desse local, um local de não só de educação tradicionalista, mas também de ajuda para desenvolverem suas competências sociemocionais na tentativa de auxiliar esses indivíduos em seu desenvolvimento não apenas acadêmico, mas também ajudando a esses indivíduos a lidarem com suas emoções e sentimentos diante das demandas do dia a dia. "O ato de ouvir exige humildade de quem ouve. E a humildade está nisso: Saber não com a cabeça, mas com o coração, que é possível que o outro veja mundos que nós não vemos(...)" . ( Rubem Alves- no livro “Ostra feliz não faz pérola”.) PREVENÇÃO DO SUICÍDIO E O PAPEL DA ESCOLA E-book Suicídio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade E-book Suicídio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade E-book Suicídio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade Não é de hoje que o corpo tem sido usado como um instrumento de comunicação em diferentes culturas, seja pelo uso de adereços, de tatuagens ou por meio de lesões autoinfligidas. Nesse sentido, atualmente as lesões autoinfligidas têm tido um foco maior de atenção por estarem relacionadas a prática de muitos adolescentes. Muitos jovens e adolescentes por apresentarem uma dificuldade de colocarem para fora em palavras todo seu sofrimento, acabam encontrando no ato autolesivo uma forma de amenizar toda sua angústia e sofrimento. A autolesão ou Cutting, como também é conhecida o comportamento de se cortar, é uma conduta que infelizmente está cada dia mais presente na vida de muitos desses indivíduos. As lesões são feitas em diferentes partes do corpo e muitas vezes ficam escondidas embaixo das roupas que eles usam para esconder as marcas. As lesões vão desde cortes na parte interna das coxas, virilhas, antebraços, abaixo dos seios (no caso das meninas), língua, na boca etc. Também está relacionado a essa prática o ato de queimar partes do corpo e bater partes do próprio corpo no chão ou em paredes para que sintam dor. Essa atitude serve como uma busca para um alívio de dores maiores, mais intensas que acompanha muitas vezes uma sensação de sofrimento que beira o insuportável ou até para se sentirem vivos, aplacando o vazio existencial. Segundo Rezende (2019,p.125), "Os adolescentes nos dizem que o comportamento de automutilação, às vezes vem seguido de uma vontade intensa de morrer, pois para eles nada faz sentido, estão desesperançados, perdendo o interesse em viver". Essa fala nos deixa claro o grande problema que estamos enfrentando pela frente envolvendo as expectativas desses jovens e adolescentes pela vida. Muitos não conseguem dar conta de todas as demandas e exigências as quais são impostos todos os dias e procuram um meio de fugir do sofrimento que internamente e externamente vivenciam. Muitos se sentem excluídos, vivenciam lutos e perdas, não conseguem dar conta da mudançaque é passar da fase de criança para adolescência, podem sofrer dentro de seu meio familiar agressões, humilhações, desrespeito, problemas na escola, mudanças físicas e emocionais, dentre tantas outras questões. Outro fator importante é a alta exposição desses adolescentes ao uso sem limite das tecnologias, onde esses adolescentes passam a maior parte do seu tempo em redes sociais participam de grupos em que o comportamento de autolesão é encorajado, ensinado e compartilhado. Muitos adolescentes se identificam com esses ambientes, pois ali encontram-se outros que assim como eles trazem as marcas de seu sofrimento e angustia no corpo. ADOLESCÊNCIA E A AUTOLESÃO Ebook Gratuito - Suicídio, Precisamos falar sobre isso, Além de setembro. E-book Suicídio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade E-book Suicídio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade E-book Suicídio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade "Não importa o que fizeram de mim, o que importa é o que eu faço com o que fizeram de mim". (Jean-Paul Sartre) Fica claro nesse comportamento de se cortar, um ato de comunicação desses jovens e adolescentes. Muitos, por meio desse ato pedem socorro. Pedem por ajuda e querem deixar claro o seu sofrimento. É importantíssimo que pais, escola, e toda sociedade não fechem os olhos para o que está acontecendo com esses indivíduos. Precisamos juntos encontrar uma forma de reconhecer e validar a dor e o sofrimento desses que encontram na autolesão uma maneira de pedir ajuda para conseguir lidar com a vida que por muitas vezes os incapacita e os torna os "algozes de si mesmos". É necessário validar esse sofrimento que muitas vezes acaba levando-os a acabar com sua própria vida não na busca da morte, mas na tentativa de eliminar todo seu tormento. E-book Suicídio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade " Quando sou ouvido, torno-me capaz de rever meu mundo e continuar. E incrível como alguns aspectos que antes pareciam insolúveis tornam-se passíveis de solução quando alguém nos ouve. E incrível como as confusões que pareciam irremediáveis transformam-se em correntes que fluem com relativa facilidade quando somos ouvidos." (Carl Rogers) E-book Suicídio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade Ebook Gratuito - Suicídio, Precisamos falar sobre isso, Além de setembro. Para muitos, a dor física é a única maneira de dar alívio a dor na alma. Não Julgue a dor do outro. Dor não se compara. Dor se Ampara! sexo, (o masculino em sua maioria), nível socioeconômico baixo orientação sexual ( homossexual, transgênero, bissexual, ect ). baixo rendimento escolar entre outros. separação/divórcio dos pais abuso físico e sexual comportamento suicida na família bullying dificuldade de se relacionar com outras pessoas perdas importantes ( amigos, familiares e personalidades cultuadas) entre outros. baixa autoestima tentativas prévias de suicídio transtornos mentais uso de álcool e drogas psicoativas autoagressão desesperança impulsividade e comportamento agressivo Comportamento imitativo ( efeito Werther)* entre outros. Alguns fatores de risco podem estar mais relacionados ao comportamento suicidas entre jovens e adolescentes, entre eles detaca-se alguns: Fatores sociodemográficos e educacionais Fatores psicossociais e vida familiar Fatores psicológicos e psiquiátricos * A expressão " Efeito Werther, está relacionado quando ocorre um aumento do número de suicídios depois de um caso amplamente divulgado. O termo foi proposto pelo americano David Phillips, em 1974. O nome Werther, está relacionado ao romance "Os sofrimentos do Jovem Werther, do alemão Johann Wolfgang von Goethe. Segundo a Dra. karen Scavacini, psicóloga, em entrevista para a Revista Galileu em setembro de 2019, "o suicídio por imitação só acontece quando a pessoa já está em estado de vulnerabilidade". FATORES DE RISCO E DE PROTEÇÃO DO SUICÍDIO Ebook Gratuito - Suicídio, Precisamos falar sobre isso, Além de setembro.. E-book Suicídio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade E-book Suicídio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade VOCÊ NÃO ESTÁ SOZINHO! SE PRECISAR, PEÇA AJUDA! Ebook Gratuito - Suicídio, Precisamos falar sobre isso, Além de setembro. bom relacionamento com a família pais atenciosos e consistentes ter apoio em situações de necessidades ter um bom diálogo entre outros. habilidades para se comunicar capacidade de ter uma boa noção de realidade disposição para ir em busca de ajuda capacidade de resolver problemas que surjam na vida flexibilidade cognitiva entre outras. estar integrado a grupos ( amigos, colegas, vizinhos) práticas religiosas e coletivas ( igreja, clubes, esportes, etc) estar empregado ter facilidade em aderir a valores e normas sociais entre outras. regularidade do sono boa qualidade de vida ser acolhido e orientado ter apoio de políticas públicas/particular de saúde mental entre outros. Segundo estudiosos, os fatores que podem proteger um indivíduo contra o suicídio são sem dúvida nenhuma aqueles que podem conduzir o indivíduo a uma vida mais saudável e equilibrada. Porém, devemos deixar claro que cada indivíduo é único e que algum fator que possa ser protetivo para um, pode ser gatilho para outros. Abaixo destacam-se alguns fatores que podem agir como proteção contra o suicídio: Estrutura familiar: Personalidade e questões cognitivas: Fatores Socioculturais: Outros: E-book Suicídio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade E-book Suicídio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade "Ninguém se torna completamente humano sem sentir dor". (Rollo May) A escola como ambiente de acolhimento e reflexão, o que ela pode fazer para ajudar na prevenção do suicido? Esse espaço é estratégico e privilegiado na implementação de políticas públicas de saúde que contemplem os jovens e adolescentes que podem servir de fatores protetivos para seus alunos. O que fazer na prevenção do suicídio no ambiente escolar? .Promover a escuta dos alunos por meio de ações de acolhimento-Ter um local para uma escuta ativa. .Reforçar a saúde mental de todos os envolvidos na escola- funcionários e corpo docente. .Utilizar diferentes recursos para promover o diálogo e falar das forma de prevenção e de ajuda disponíveis. .Promover rodas de conversas, palestras, seminários, para debater sobre assuntos que envolvam o interesse dos alunos, ( sexo, drogas, gravidez na adolescência, relacionamentos abusivos, etc.) .Reforçar a autoestima dos alunos. .Capacitar professores, funcionários e todos os envolvidos na instituição para serem agentes de mudança e observadores dos comportamentos dos alunos e se identificar alguém em risco que busque conversar ou procurar por ajuda, encaminhando aos profissionais de saúde mental. .Combater o Bullying e o preconceito dentro e fora da escola. .Remover os meios mais letais do ambiente do corpo discente. O que não fazer quando abordar a temática do suicídio .Não abordar o assunto de forma romantizada. .Não falar sobre métodos; não divulgar vídeos e imagens de suicídio. .Não utilizar expressões preconceituosas como por exemplo: " ser louco, fraco, ou não ter Deus no coração". .Não fale em suicídio "exitoso" ou " bem sucedido". Fale em suicídio consumado, pessoa que tentou suicídio e morte por suicídio. .Não desmerecer a dor e o sofrimento da pessoa A ESCOLA E O SEU PAPEL NA PROMOÇÃO DA SAÚDE MENTAL Ebook Gratuito - Suicídio, Precisamos falar sobre isso, Além de setembro. E-book Suicídio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade E-book Suicídio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara AndradeFalar sobre o assunto sempre é a melhor forma de prevenção. Verbal - insultar, ofender, xingar, falar mal, colocar apelidos que são pejorativos, ficar " zoando " a pessoa por algum motivo etc. Físico - bater, empurrar, beliscar etc. Material - destruir pertences, rasgar as roupas, furtar os materiais que essa pessoa possui. Psicológico - humilhar, xingar, discriminar, chantagear, intimidar, difamar, isolar etc. Sexual - obrigar a pessoa a fazer atitudes que ela não queira, abusar, violentar, assediar etc. Virtual - filmar, gravar por meio de ferramentas tecnológicas a pessoa sem sua permissão e divulgar nas mídias sociais- Cyberbullying. Muito se fala sobre o problema do Bullying dentro e fora do ambiente escolar e o risco de suicídio para os indivíduos que passam por esse problema. Apesar de muito falado, o bullying ainda é um termo pouco conhecido do grande público. Esse termo é utilizado para qualificar comportamentos agressivos que acontecem dentro do ambiente escolar e são praticados por meninos e meninas. São ações de violência física ou verbais que ocorrem de forma intencional e repetitiva contra um ou mais alunos que muitas vezes por diferentes motivos se encontram impossibilitados de reagir as agressões sofridas. Formas de Bullying que geralmente são vistas: Segundo a Psiquiatra Ana Beatriz Barbosa (2010), "Estudos revelam um predomínio dos meninos sobre as meninas. No entanto, por serem mais agressivos e utilizarem a força física, as atitudes dos meninos são mais visíveis. Já as meninas costuma praticar bullying mais na base de intrigas, fofocas e isolamento das colegas. Podem, com isso, passar despercebidas, tanto na escola quanto no ambiente doméstico". Uma das formas de bullying que toma um grande espaço dentro da nossa sociedade atual é o cyberbullying ou o bullying virtual que ocorre por meios virtuais e utiliza a internet, para realizar o efeito multiplicador do bullying e de todo sofrimento que ele causa a suas vítimas. Muitas vezes o cyberbullying começa pelo bullying dentro do ambiente escolar e acaba extrapolando seus muros e colocando a vítima exposta publicamente causando assim, um sofrimento maior e mais perverso. Quem comete esse tipo de crime muitas vezes, não se dá conta de todo sofrimento que acarreta à vida da vítima. BULLYING, UM PROBLEMA DE TODOS NÓS Ebook Gratuito - Suicídio, Precisamos falar sobre isso, Além de setembro. Lei de Combate ao Bullying (Lei 13.185/15). Fonte: Agência Câmara de Notícias E-book Suicídio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade E-book Suicídio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2015/lei-13185-6-novembro-2015-781868-publicacaooriginal-148595-pl.html http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13185.htm https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2015/lei-13185-6-novembro-2015-781868-publicacaooriginal-148595-pl.html https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2015/lei-13185-6-novembro-2015-781868-publicacaooriginal-148595-pl.html E-book Suicídio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade Muitas vezes o critério adotado pelos agressores são os alunos que se encontram de certa forma mais vulneráveis seja pela situação socioeconômica, pela idade, desigualdade de poder, ação, estar em menor número, porte físico, ou por questões mais comportamentais - ser mais tímido, introspectivo, se darem melhor nas aulas, serem de outras religiões, orientação sexual, serem mais vulneráveis. É de grande importância que os adultos estejam preparados para identificarem, lidarem e combaterem esse problema dentro do ambiente escolar. Em casa, é importante que os responsáveis por esses jovens e adoelscentes observem e fiquem atentos, pois muitas vezes eles apresentam alguns comportamentos que podem estar relacionados a estarem sofrendo bullying. Na escola, geralmente encontram-se mais isolados e introspectivos. Em sala de aula apresentam uma postura retraída, as vezes faltam muito a aula, mostram-se tristes e retraídos, em algumas atividades em grupos costumam ser sempre os últimos a serem escolhidos ou deixados de fora. Em casos mais graves apresentam hematomas, objetos e roupas rasgadas e destruídas. Em casa, frequentemente apresentam sempre uma desculpa para não irem à escola. Queixam-se de dor de cabeça, problemas estomacais, enjoo, tonturas. Apresentam problemas para dormir, se alimentar, mudanças frequentes de humor, explosões de raivas, ou retraimento. Geralmente evitam sair com amigos, recebem poucos convites para passeios e festas. Muitas vezes podem passar a gastar mais dinheiro na cantina, pois podem estar sendo obrigados a pagarem lanches a seus agressores. Ao chegarem em casa podem apresentar hematomas, roupas e objetos destruídos. Muitas vezes é em casa que o problema do bullying se inicia. Alguns pais, muitas vezes acabam corroborando para a prática do bullying quando deixam de policiar suas próprias condutas e valores. Deixando de ensinar a seus filhos questões de ética, solidariedade e respeito ao próximo. Geralmente quem sofre o bullying não consegue pedir por ajuda na escola ou em casa. Acaba sofrendo muitas vezes por anos achando que essa postura é o melhor que ele tem a fazer para evitar maiores problemas. Os que praticam o bullying geralmente são aqueles que demonstram ser os mais populares na escola, as vezes andam em grupos, são mais desafiadores e agressivos, apresentam muitas vezes problemas na estrutura familiar. São mais arrogantes ao falar, sabem manipular as pessoas e se safar de situações e confusões em que se envolvem. Muitas vezes esses indivíduos precisam de ajuda, pois estão lidando com algum tipo de problema seja em questões relacionadas a escola, seja dentro de seus próprios lares, ou até consigo mesmo. Ebook Gratuito - Suicídio, Precisamos falar sobre isso, Além de setembro. E-book Suicídio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade E-book Suicídio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade Segundo a Psiquiatra Ana Beatriz barbosa, o bullying (2010), não é um problema somente de escolas públicas. Nas escolas particulares esse tipo de problema também se faz presente e, muitas vezes, é mais demorado a tomada de providências a respeito desse problema, pois seus gestores possuem medo de perder o aluno que sofre e o que pratica o bullying. Entretanto, esse problema está cada vez mais obrigando todos os envolvidos no processo escolar estarem atentos aos problemas que essa prática pode acarretar a todos os seus alunos e a sociedade. A escola acaba tendo um responsabilidade maior em identificar esse fenômeno, pois é lá que os alunos passam a maior parte do tempo, sendo em seu ambiente também aonde a maiores práticas de bullying acontecem. A direção da escola, identificando que algo está acontecendo deve acionar os responsáveis dos envolvidos, os Conselhos Tutelares, e os órgãos de proteção à criança e ao adolescente etc. Caso ela não tome providência poderá ser responsabilizado por omissão. Em situações em que ocorram atos ilícitos ou infracionais é papel da escola também entrar em contato com o órgão policial. Atualmente, diante de todas as inversões de valores que acompanhamos, o ter acaba sendo mais importante do que o Ser. Muitos dos valores éticos estão sendo perdidos. A educação acaba sendo delegada à escola e somente a ela. Pais e responsáveis acabam delegando suas funções e deixando de ensinar a seus filhos valores, passando a ser mais permissivos e muitas vezes mais distantes de seus filhos. É de extrema importância que todos nós estejamos empenhados em auxiliar as nossas crianças jovens e adolescentes a importância do respeito ao próximo, sendo necessário que as novas gerações sejam educadas e orientadas a construírem uma sociedade mais justa, menos violenta onde o respeito ao próximo seja um valor que comece desde do seio familiar e sejalevado a todos outros contextos onde esses indivíduos estejam inseridos, sendo o respeito ao próximo o primeiro passo e a base de qualquer relação. Ebook Gratuito - Além de setembro: Suicídio, Precisamos falar sobre isso. Se for vítima de bullying ou Cyberbullying não aceite, procure ajuda! E-book Suicídio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade E-book Suicídio,(2010 precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade Você sabia que a incidência de suicídio na população idosa é muito grande no Brasil? A população do mundo e também do Brasil está envelhecendo. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam ainda que a população brasileira com 60 anos de idade ou mais cresceu 18,8% entre 2012 a 2017. Esse crescimento já justifica um olhar mais atento e cuidadoso para essa população, já que esses apresentam duas vezes mais chance de morte por suicídio do que a população em geral. Infelizmente, no que se refere ao fenômeno do suicídio em idosos, não existem muitos estudos específicos sobre esse tema. A literatura mostra que nos casos que foram estudados, as doenças e os transtornos mentais estão fortemente relacionados com o suicídio nesses indivíduos. Entre as doenças que geralmente acometem essa população nessa faixa etária, podemos destacar o câncer, Alzheimer, demências severas, enfermidades ligadas à memória e, junto a isso, a depressão. No caso da depressão, existe um fator importante a ser destacado já que apesar de muitos acreditarem, a depressão não é um fator normal do envelhecimento, sendo este um fator importante a ser considerado na prevenção do suicídio nesses indivíduos. Sabe-se que o suicídio não se dá por uma causa única e que esse comportamento é um fenômeno que engloba muitos fatores e, no caso dessas pessoas, isso não é diferente. Existe nessa população elementos situacionais importantes que estão relacionados ao problema do suicídio. Estudos demonstram que quando chegam nessa fase da vida, essa população muitas vezes sofre perdas significativas que acabam por fazê-los ter o desejo de antecipar o fim da sua existência. Muitos, com a chegada da idade perdem a saúde, a autonomia, perde cônjuges, produtividade, e outras pessoas que a eles traziam segurança e confiança. Muitos também, nesse início de entrada na terceira idade se aposentam e, com isso, acabam perdendo sua funcionalidade, perdem amigos de trabalho e sua rotina. Deixam para traz uma vida onde eles tinham os seus papéis sociais bem definidos e muitas vezes sem ter o que fazer de forma significativa e rotineira, eles acabam sentindo-se sem funcionalidade o que causa uma tristeza, solidão e angústia tamanha para essas pessoas. Outra situação que é muito comum acontecer com esses idosos é dentro de sua própria família perderem "sua voz", passando a ser tratados muitas vezes como crianças, perdendo o espaço físico e moral naquela ambiente. Alguns passam a sofrer humilhações, vio- lências físicas, abandonos e são muitas vezes negligenciados em cui- dado e atenção. Passam a ser isolados, perdendo o vínculo social, não tendo mais lazer e nem prazer pela vida. SUICÍDIO E A TERCEIRA IDADE Ebook Gratuito - Suicídio, Precisamos falar sobre isso, Além de setembro. E-book Suicídio, precisamos falar sobre isdso além de setembro Izamara Andrade E-book Suicídio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade E-book Suicídio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade Esses indivíduos muitas vezes manifestam a ideação suicida de forma discreta. Essas manifestação acontecem por meio de falas do tipo "estou cansado(a) de viver", "vocês não precisam mais de mim", "não quero incomodar ninguém". Apresentam também atitudes como mudanças repentinas no comportamento, ficando mais calados, irritados ou sonolentos. Podem passar a beber e a usar drogas. Deixam de fazer coisas que antes davam prazer, se descuidando de medicações, da alimentação, do cuidado de si, falando sobre divisão de bens e herança, por exemplo. Dados da (OMS), revelam que para cada suicídio consumado há cerca de vinte pessoas que o tentam. Entre idosos, a razão entre tentativas e suicí- dios efetivos chega a ser de aproximadamente dois para um. Aqui também homens se matam mais que as mulheres. Esses dados nos revelam que as população mais velha não apresenta aquela ambivalência em relação a morte como a maioria dos adolescentes. Eles quando manifestam a ideação suicida não apresentam dúvidas sobre a necessidade do fim e, a morte passa a ser uma prioridade em sua vida. A psicóloga Claudia Weyne Cruz, especialista em saúde da Escola de Saúde Pública (ESP/RS), e com doutorado sobre o tema “suicídio de idosos em municípios do Rio Grande do Sul”, em entrevista para a Secretaria de saúde do Rio Grande do Sul, deixa claro que os sinais muitas vezes para esses idosos são uma forma de despedida silenciosa da vida e não devem ser negligenciados por familiares, amigos e profissionais de saúde e que esses profissionais de saúde precisam estar atentos, pois muitos idosos acabam procurando frequentemente o serviço de saúde alegando sintomas vagos, como um aperto no peito, mas que eles na verdade podem esconder um sofrimento. Ela também destaca que se bem atendidos nessas instituições eles poderão confidenciar suas ideações suicidas à equipe e esta ao propiciar um espaço para acolher esse sofrimento, dará a chance a esse indivíduo de se sentir respeitado e acolhido, podendo fazer com que ele consiga falar sobre suas emoções e sentimentos, conseguindo colocar para fora uma parte do seu sofrimento e até repensar o seu pensar sobre a vida. É importante promover um envelhecimento digno e respeitoso e reconhecer esses indivíduos como detentores de direitos, deveres e vontades dentro da nossa sociedade e da nossa família. , Os familiares e pessoas próximas desses idosos precisam estar alertas para esses sinais que apesar de muitas vezes acontecerem de forma camufladas, podem dar indícios de que esse indivíduo esteja pensando em suicídio. Ebook Gratuito - Suicídio, Precisamos falar sobre isso, Além de setembro. E-book Suicídio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade E-book Suicídio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade Precisamos valorizar as experiências de vida de nossos idosos. Envelhecer não é vergonhoso. Envelhecer faz parte da vida. Se dispor é importante: Fale para a pessoa que você está disponível para ouvi-la, sem nenhum julgamento se ela precisar. Não Julgue: Muito importante não julgar, aconselhar ou fazer qualquer comentário que possa trazer mais sofrimento ou sentimento de culpa ou autopunição para aquela pessoa. Pergunte: Se não entendeu, pergunte! Mostre que está interessada no que a pessoa está falando pra você. Seja sincero e respeitoso, para o outro isso é muito importante nesse momento. Não aconselhe: Apenas esteja ali para ouvi-lo. Você não precisa ter respostas para os problemas. Apenas estar ali inteiro, ouvindo é mais importante do que dar milhões de conselhos. Seja empático: Procure se colocar no lugar da pessoa que você está acolhendo. Empatia não é o mesmo que simpatia, ok? Se observar a necessidade de ajuda profissional: tente de forma discreta e respeitosa, orientar a pessoa a procurar por um profissional de saúde mental. Se for o caso, ofereça-se para acompanhá-la ao profissional ou mediar o contato inicial, se assim for melhor e mais fácil pra ela. Muitas vezes observamos algumas pessoas que estão passando por momentos difíceis em sua vida e em muitos momentos não sabemos como podemos ajudá-la. A grande ajuda que pode ser dada a quem esteja passando por algum problema ou sofrimento psíquico é a escuta e o acolhimento. Segundo Carl Rogers (1980), quando o indivíduo é ouvidoele é capaz de rever seu mundo e continuar e, alguns aspectos que antes não pareciam ter solução passam a ser passíveis de ser solucionados quando alguém é capaz de ouvi-lo e compreender a sua dor. Algumas atitudes podem ajudar uma pessoa que está pensando em acabar com a própria vida, entre elas destaca-se: OUVIR, PODE SER A MELHOR AJUDA QUE VOCÊ PODE OFERECER Ebook Gratuito - Suicídio, Precisamos falar sobre isso, Além de setembro. E-book Suicídio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade E-book Suicídio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade E-book Suicídio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade (...) "Se as pessoas são aceitas e consideradas, elas tendem a desenvolver uma atitude de maior consideração em relação a si mesmas. Quando as pessoa são ouvidas de modo empático, isto lhes possibilita ouvir mais cuidadosamente o fluxo de suas experiências internas (...)". (Carl Rogers) Ebook Gratuito - Além de setembro: Suicídio, Precisamos falar sobre isso. AONDE PROCURAR POR AJUDA? Você não está sozinho. Se precisar, Peça ajuda! E-book Suicídio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade E-book Suicídio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade Você conhece o CVV? O CVV é o centro de valorização da vida. O Centro de Valorização da Vida realiza apoio emocional e prevenção ao suicídio, atendendo de forma voluntária e gratuita a todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, e-mail e chat 24 horas todos os dias. O CVV conta com o número 188, que vale em todo território nacional e você não paga nada pela ligação. Lá é possível conversar com um dos voluntários da equipe que dão apoio emocional para as pessoas que precisam e querem conversar. Se você precisar, ligue! Eles estão prontos para lhe ouvir Existem muitos locais que prestam apoio e auxílio as pessoas que estejam passando por algum tipo de sofrimento psíquico. UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE (Saúde da Família, Postos e Centros de Saúde) UPA 24H, SAMU 192 Pronto Socorro, Hospitais CRAS - CENTRO DE REFERÊNCIA ASSISTÊNCIA SOCIAL CAPS - CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL CVV - CENTRO DE VALORIZAÇÃO DA VIDA. ASSISTÊNCIA É FATOR DE PROTEÇÃO – Os serviços de assistência psicossocial tem papel fundamental na prevenção do suicídio. O Ministério da Saúde através do seu boletim epidemiológico apontou que nos locais onde existem Centros de Apoio Psicossocial (CAPS), uma iniciativa do SUS, o risco de suicídio reduz em até 14%. Fique sabendo! @alemde_setembro_by_izaadrade https://www.cvv.org.br/ https://www.cvv.org.br/ https://www.instagram.com/alemde_setembro_by_izaandrade/https:/www.instagram.com/alemde_setembro_by_izaandrade/ https://www.instagram.com/alemde_setembro_by_izaandrade/https:/www.instagram.com/alemde_setembro_by_izaandrade/ O Setembro Amarelo é uma campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio. No Brasil, foi criado em 2015 pelo CVV (Centro de Valorização da Vida), CFM (Conselho Federal de Medicina) e ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria), com a proposta de associar à cor ao mês que marca o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio, o dia que marca essa campanha é o dia 10 de setembro, mas por todo mês é falado sobre a temática do suicídio. Mas você sabe como sabe como surgiu o Setembro Amarelo? A cor amarela é usada para representar o mês da prevenção do suicídio por causa de Dale Emme e Darlene Emme, ambos pais de Mike Emme, que com apenas 17 anos morreu por suicídio. Mike era conhecido por sua personalidade caridosa e por sua habilidade mecânica. Restaurou um Mustang, do ano de 1968, e o pintou de amarelo. Mike amava aquele carro e por causa disso começou a ser conhecido como " Mustang Mike". Entretanto, aqueles que eram mais próximos de MIKE não repararam nos sinais de seus sofrimento e sua morte se deu. No dia do seu funeral, os amigos de Mike, confeccionaram uma cesta com cartões com fitas amarelas presas a eles e deixaram disponíveis para quem quisesse pegá-los. Os cartões possuíam mensagens do tipo: " se você precisar, peça ajuda". Os cartões se espalharam pelos Estados Unidos e em poucas semanas começaram a surgir ligações. Um professor de outro Estado, havia recebido um desses cartões de uma aluna, pedindo por ajuda e diversas cartas foram chegando de adolescentes buscando por ajuda. Com isso, a fita amarela foi escolhida como símbolo do programa. O objetivo do Setembro Amarelo é levar informações sobre a prevenção do suicídio a um número maior de pessoas e auxiliar as pessoas que sofrem com ideação suicida mostrando que elas não estão sozinhas e podem pedir ajuda sempre, porém é importante que essa conscientização e toda discussão sobre o suicídio seja feito não só no mês de setembro, mas além de setembro é fundamenta para diminuir o tabu que cerca essa temática. " se você precisar, peça ajuda!". SETEMBRO AMARELO Ebook Gratuito - Suicídio, Precisamos falar sobre isso, Além de setembro. E-book Suicídio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade E-book Suicídio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade "A palavra é o único modo de elaborarmos. Com aquilo que vira palavra podemos fazer algo. Mas aquilo que não vira palavra nos faz refém dos acontecimentos". ( Ana Suy Sesarino) CONSIDERAÇÕES FINAIS Ebook Gratuito - Suicídio, Precisamos falar sobre isso, Além de setembro. E-book Suicídio, precisamos falar sobre isso além de setembro Imara Andrade E-book Suicídio, precisamos falar sobre isso além de setembro Izamara Andrade Abordar a temática do suicídio como visto não é uma tarefa muito fácil, pois quando falamos sobre as questões que envolvem esse fenômeno não temos como não falar de muito sofrimento e dor. Sofrimento e dor dos que se vão pelo suicídio e um sofrimento e dor também para os que ficam e são impactados por ele. Nunca um suicídio acontece sem que muitas pessoas sejam afetadas e isso inclui não somente essa ou aquela pessoa ou família, mas a toda sociedade, pois há no suicídio implicações que acometem a todos em virtude desses atos e que em sua maioria tentamos deixar de lado, não falar e não saber. Entretanto, o suicídio está alí, do nosso lado impactando pessoas e famílias que muitas vezes são próximas as nossas, nossos parentes ou amigos. São Jovens, adolescentes, adultos, idosos, homens e mulheres que por acreditarem ser esse o único jeito de eliminar o sofrimento que assola sua existência, acabam por encontrar no suicídio uma forma radical para se livrar de uma dor psíquica insuportável. Falar sobre a prevenção do suicídio é, antes de tudo, falar sobre a preservação da vida, objetivando a esse indivíduos uma forma de fazer com que esses, enxerguem a vida por uma lente que não somente a do sofrer. Sendo assim, a melhor forma para que se possa prevenir as questões que envolvem o suicídio é abrir espaços para os diálogos e reflexões sobre as questões que envolvam a saúde mental em todos os contextos dentro da nossa sociedade. Não falar sobre as questões que envolvam o risco para o suicídio pode dar
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