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1 Keyse Mirelle – 6° Período Oftalmologia - 16/08/2021 ANATOMIA FUNCIONAL DO OLHO - O olho ocupa 1/3 da cavidade orbitária - Diâmetro anteroposterior médio de 24 mm, da córnea a lâmina crivosa (que é a saída do nervo óptico). No exame podemos observar a pálpebra, pupila, íris e esclera. Na imagem acima, vemos, a córnea, câmara anterior (que é o espaço entre a córnea e a íris), câmara posterior (que é entre íris e o início do humor vítrio, além disso temos o cristalino nessa câmara), cavidade posterior (cavidade que compete ao humor vítreo, coroide, retina e nervo óptico). ANATOMIA DO OLHO O olho possui dois envoltórios que é a capsula de Tenon ao redor da esclera que é a parte “branquinha do olho”, nela existe uma membrana bem fininha que é essa capsula. Então, temos a esclera, a cápsula de Tenon e a conjuntiva. Ademais, pode ser dividido em câmaras anterior, posterior e cavidade vítrea. Por fim, existem três túnicas: uma túnica fibrosa que é a córnea, limbo e esclera; vascular e sensorial. TÚNICAS OCULARES: 1. Fibrosa - Córnea - Esclera - Limbo: é a transição da córnea e da esclera. 2. Vascular: os tecidos bem vascularizados fazem parte. - Iris - Corpo ciliar - Coroide: é uma camada praticamente só de vasos. 3. Sensorial - Retina - Epitélio Pigmentar da Retina (=EPR) ENVOLTÓRIOS 1. Cápsula de Tenon 2. Conjuntiva CAMARAS E CAVIDADES 1. Câmara anterior 2. Câmara posterior 3. Cavidade vítrea PÁLPEBRAS - Estruturas mais importantes na proteção do globo ocular - 2 conjuntos de PS (pálpebra superior) + PI (pálpebra inferior) Vale ressaltar que a pálpebra inferior encosta o limbo inferior e a pálpebra superior normalmente recobre 2 mm de limbo superior. Temos também a fenda palpebral tem de 9 a 11 mm. 2 Keyse Mirelle – 6° Período Oftalmologia - 16/08/2021 No exame ocular externo pode ser observada a carúncula, a prega semilunar, os canalículos lacrimais (as vezes, os canalículos superior e inferior), papila lacrimal, esclera, conjuntiva, íris, pupila e cílios. CÍLIOS - Eles estão presentes nas pálpebras, com 2-3 fileiras. Sendo que na pálpebra superior está em maior número de 100-150 cílios na PS. - Ricamente inervados - Duração 3-5 meses, para crescer e cair. GLÂNGULAS São localizados na borda palpebral: BASE DO CÍLIOS - Zeiss (glândulas de gordura) ; - Moll (glândulas sudoríparas): Localizados na base dos cílios, ou seja, na parte anterior. - Meibomius (glândulas sebáceas, está localizada na parte posterior da pálpebra- parte mais interna, localizado atrás do Tarso (25 a 40 no TS) - Glândulas lacrimais acessórias: Krause e Wolfring – Borda superior do tarso. OBS: Superior temos as glândulas de Krause, Wolfring , Marz e Henle. HISTOLOGIA - Linha cinzenta ▪ Anterior - Pele - Tecido celular subcutâneo - Orbicular (camada muscular) ▪ Posterior - Tarso (camada fibrosa) - Conjuntiva (camada mucosa) Podemos dividir a pálpebra na lamela anterior e na lamela posterior, vale ressaltar que o que divide é uma linha cinzenta (ao fazemos a exposição da pálpebra inferior podemos ver). Na lamela anterior podemos ver a pele, tecido celular subcutâneo e a camada muscular do músculo orbicular. E a lamela posterior tem o tarso (dá sustentação na pálpebra inferior, ou seja, ela mantém a pálpebra em “pé”). A face interna vai ser formada pela conjuntiva, ela recobre o fórnice e sobe o olho inteiro e faz o mesmo movimento (onde está a seta). 3 Keyse Mirelle – 6° Período Oftalmologia - 16/08/2021 Temos também a glândula de Meibomius, essa glândula quando inflama acontece a meibomite, blefarite (casquinha nos cílios), sendo assim vemos algo espumoso (onde está a seta abaixo) na glândula de meibomius e é ela que depois infecta causando o conhecido terçol. CAMADA MUSCULAR A pálpebra tem a camada muscular porque têm movimento, logo são responsáveis pela abertura e fechamento ocular. Então a camada muscular é quem abre o olho e temos os músculos associados. ▪ MM Orbicular (VII Par – inervado pelo nervo facial). Temos várias porções do MM orbicular, são elas: - Palpebral: oclusão voluntária e involuntária (ato de piscar) da pálpebra ❖ Pré-tarsal ❖ Pré-septal - Orbitária: oclusão voluntária - Lacrimal (MM de Horner- é formado por uma porção do orbicular e vai ajudar no bombeamento da lagrima): bomba lacrimal - MM de Riolan: pequena porção ao nível da linha cinzenta Obs: Responsável pelo fechamento ocular. OBS: Em uma paralisia de nervo facial, ele fica com um olho ‘’bem abertão’’. ▪ MM Elevador da pálpebra superior (inervado pelo III Par craniano – oculomotor): abertura das pálpebras Obs: Em um traumatismo craniano o paciente cursa com ptose ocular. ▪ MM Tarsal superior de muller (SNA simpático): abertura das pálpebras (é uma abertura pequena da pálpebra superior de 2 mm) Obs: Quando temos uma paralisia do sistema nervoso simpático temos uma ptose mínima de 2 mm, por exemplo, isso acontece na síndrome de Horner (afeta um lado da face, fazendo a pálpebra cair, pupila fica contraída e há diminuição do suor). ▪ MM retratores da pálpebra inferior: abertura das pálpebras (ela abre um pouco). Os músculos responsáveis são: - Fáscia capsulopalpebral do reto inferior - MM tarsal inferior Obs: Os três citados acima são responsáveis pela abertura ocular. CAMADA FIBROSA ▪ Septo orbital: é de fundamental importância, porque ele vai separar tudo que está na face anterior (seta azul) e na face posterior (seta verde), porque tudo que tiver na parte posterior, ou seja, pós septo (vermelho) tem um acesso ao sistema nervoso central. Então, o septo faz uma divisão anatômica muito importante, por exemplo nos casos de celulite, quando tempos uma celulite pré- septal é uma celulite mais tranquila, temos edema, rubor, calor, tratar com antibioticoterapia via oral, já quando temos uma pós-septal é uma celulite perigosa, com acesso ao SNC, então tem alta incidência de abscesso encefálico, de meningite, logo por ser uma urgência médica devemos internar o paciente para o tratamento com antibioticoterapia venosa. - Fáscia situada atrás do orbicular - Barreira entre a pálpebra e a órbita ▪ Tarso - Tecido fibroso denso 4 Keyse Mirelle – 6° Período Oftalmologia - 16/08/2021 VASCULARIZAÇÃO - Artéria angular, artéria palpebral medial e lateral (ramos da oftálmica e lacrimal) - Drenagem venosa pré e pós tarsal: veia angular, temporal e orbitária. - Linfonodos submaxilares, parotidianos e pré-auriculares - Inervação: ramos oftálmico e maxilar do trigêmeo (V par). Obs: A função da abertura ocular é de inervação do oculomotor e o fechamento de inervação do facial. - Piscar (movimento involuntário da pálpebra): 10-15x/min. - Fenômeno de Bell - Funções: oclusão/ proteção/ limpeza. SUPERCÍLIOS - Separados pela glabela - Histologia ▪ Pele rica em pelos ▪ Tecido subcutâneo ▪ MM: occiptofrontal, orbicular, corrugador e prócero (contribuem para o fechamento palpebral) ▪ Submuscular ▪ Periósteo (Funções: proteção e mímica facial) FILME LACRIAL É muito importante, porque vemos muito na clínica os olhos secos, ceratite, sendo assim é importante saber a composição do filme lacrimal. - 6 microlitros (1,2 microlitros/minuto) – Ph 7,35 – composto por água, proteínas, eletrólitos e enzimas. Possui três camadas de grande importância: - Camada lipídica ▪ Produzida pelas glândulas de meibomius, zeiss e moll ▪ Estabiliza o filme lacrimal, impedindo sua evaporação rápida, lubrifica as pálpebras. - Camada aquosa ▪ Produzida pela glândula lacrimal (responsável pela secreção reflexa) e glândula de Krause e Wolfring (responsável pela secreção basal) Obs: Se cair um cisco no olho ou ao chorar quem vai produzir o excesso de lagrima é a glândulalacrimal principal, sendo assim ela produz a porção aquosa da lagrima. ▪ Responsável pela nutrição da córnea, função antibacteriana, regulariza a superfície, limpa os debris. - Camada mucosa ▪ Produzida pelas células caliciformes, criptas de henle e glândulas de manz. ▪ Transforma a córnea em uma superfície hidrofílica, estabiliza o filme lacrimal. OBS: Ainda podemos destrinchar em mais porções, mas grosseiramente são essas três porções da lagrima. E é importante sabermos as glândulas que ajudam nessa produção e na composição. APARELHO LACRIMAL A lagrima é drenada pelo canalículo superior e pelo canalículo inferior que estão na borda palpebral (seta azul). OBS: Isso acima justifica do idoso as vezes o lacrimejamento, porque ele tem um ectrópio senil e o canalículo ilior ou inferior (fiquei na dúvida, procurei na internet e não achei, mas acho que é inferior- 11:50-) desencosta do filme lacrimal, consequentemente não consegue descer a lagrima e a lagrima fica escorrendo. Os dois canalículos inferiores e superiores vão se juntar no canalículo comum e desemboca no canal lacrimal principal. 5 Keyse Mirelle – 6° Período Oftalmologia - 16/08/2021 Então, existe algumas válvulas nesse canal, sendo a primeira a Rosenmuller (fica entre o canalículo comum e o canal lacrimo nasal) e a segunda é a válvula de Hasner (controla a desembocadura da lagrima no meato inferior – seta preta-). Isso explica porque ficamos ‘’fungando’’ o nariz quando choramos, que é por conta da lagrima que desemboca no meato inferior e cai no nariz. - Canalículo comum: 3-5mm - Válvula de Rosenmuller - Válvula de Hasner: Desemboca ao nível do corneto inferior do meato inferior. - Glândula lacrimal principal: ela fica localizada na temporal superior. COMPOSIÇÃO DO APARELHO LACRIMAL - Glândula lacrimal principal: ▪ Quadrante temporal superior ▪ Ductos desembocam na conjuntiva do fórnice lateral superior ▪ Responsável pela secreção reflexa ▪ Via aferente: nervo lacrimal (divisão oftálmica do trigêmeo) ▪ Via eferente: fibras simpáticas e parassimpáticas (mais imp.) ▪ Art. Lacrimal, veia oftálmica, LN pré-auiculares - Glândula lacrimais acessórias: estão localizadas da pálpebra. ▪ Secreção basal ▪ São elas: Zeiss, Moll, Meibomius, Krause e Wolfring, células calciformes, criptas de Henle e glândulas de Manz. Dúvida da aula: A produção excessiva desse líquido durante o bocejo está associada aos músculos que movimentam a boca.No caso do bocejo, os nervos que controlam os músculos responsáveis pelo movimento de abrir e fechar a boca estão ligados também às glândulas lacrimais. Quando os músculos do maxilar fazem movimentos bruscos ou esforços muito grandes, as glândulas lacrimais são atingidas pela excitação que passa pelos nervos.A sensibilidade a esse estímulo varia muito. Há pessoas que choram sempre que bocejam, outras não. CONJUNTIVA - Membrana transparente que recobre a superfície interna das pálpebras e a esclera anterior - Conjuntiva palpebral - Conjuntiva do fórnix - Conjuntiva bulvar HISTOLOGIA - Epitélio: pode queratinizar em condições patológicas - Lâmina basal - Estroma: camada superficial formada por tecido linfoide - Irrigação: Artérias ciliares anteriores e artérias palpebrais - Inervada pela divisão oftálmica do trigêmeo (V par) Nessa imagem vemos, o que foi falado anteriormente, que a conjuntiva rebate a pálpebra (= conjuntiva palpebral) em seguida vai no fórnix (=conjuntiva do fórnix), depois recobre todo o olho (= conjuntiva bulbar). Ela é uma membrana fina que é ricamente vascularizada e inervada, então qualquer coisa que caia nos olhos tem uma sensibilidade grande e também já faz uma vasodilatação e deixa o olho bastante vermelho. Vale ressaltar, que é ela que http://boca.no/ 6 Keyse Mirelle – 6° Período Oftalmologia - 16/08/2021 tem as infecções de conjuntivite viral, bacteriana, alérgica e tóxica, então são afecções dessa conjuntiva. CÁPSULA DE TENON Fica localizada abaixo da conjuntiva, ela é uma membrana mais firmemente aderida a esclera e mais frouxa a conjuntiva, então se pinçarmos não vem a capsula de Tenon, mas vem a conjuntiva e a capsula de Tenon fica na esclera. - Membrana delgada do limbo até o NO - Está separada da conjuntiva por um tecido frouxo, formando assim dois espaços virtuais. ▪ Espaço subconjuntival: entre a conjuntiva e de Tenon ▪ Espaço subtenoniano: entre Tenon e esclera. CÓRNEA - Porção anterior do globo - Transparente e avascular - Poder refrativo do olho é 60 D, mas a córnea tem o poder refrativo de 40 Dioptria (=D) que corresponde há 2/3. - Lente convexa ❖ Diâmetro vertical de 11mm e horizontal de 12mm - Ricamente inervada: sendo assim tem bastante sensibilidade e qualquer cisco/corpo estranho corneano ele gera bastante sensibilidade e qualquer afecção epitelial da córnea o paciente fica com sensibilidade e é extremamente dolorosa. Logo, casos de ulcera de córnea são dolorosas, casos de ceratite avançado são dolorosas, além disso tem a função trófica, ou seja, as camadas mais superficiais elas têm um tremor uveral (veremos mais a frente). ▪ Ramo oftálmico do trigemio (V par) e fibras simpáticas do gânglio cervical. ▪ Função trófica. HISTOLOGIA 1. Epitélio: estratificado não queratinizado (alto potencial de renovação, de 3 a 5 dias e ele não deixa cicatriz) Obs: temos cicatriz corneana a partir da membrana de Bowman. Logo, toda vez que temos uma lesão na córnea. 2. Membrana de Bowman (camada fina fica abaixo do epitélio): fibras colágenas e glicosaminoglicanos (formação de cicatrizes se lesada) 3. Estroma (traço verde): camada mais espessa 90%, fibras colágenas entremeadas por proteoglicanos, ela é bem organizada para manter a transparência corneana. 4. Membrana de Descemet: membrana colágena bastante resistente, ela faz a transição entre a membrana e o endotélio. 5. Endotélio (camada mais interna): fila única de células, sua função é de regular as trocas entre a córnea e o humor aquoso (HA). Obs: Como a córnea não é vascularizada, então o oxigênio corneano vem através do epitélio, da lagrima, e através do humor aquoso. Então quem coordena essa troca é o endotélio. OBS: O endotélio tem uma função importante, de não permitir edema, porque se houvesse uma quebra de superfície endotelial ia produzir edema corneano, justamente porque incharia a osmolaridade do humor aquoso. OBS: Qualquer uma das lesões das camadas é grave para o paciente, exceto o epitélio, porque como o epitélio tem uma alta renovação, então uma lesão no epitélio no máximo vai gerar dor no paciente, mas não gera nenhuma cicatriz e entre 3 a 5 dia já está regenerado. Obs: O restante das regiões quando são lesionados vão gerar cicatrizes, edemas, opacidade e uma baixa divisão grande se for no eixo visual. ESCLERA - Branco do olho, faz a proteção ocular. - Tecido conjuntivo denso de fibras colágenas 7 Keyse Mirelle – 6° Período Oftalmologia - 16/08/2021 - Faz todo o revestimento de 5/6 da superfície do olho até o limbo (transição entre a esclera e a córnea) - Forma do globo e proteção contra danos intra-oculares - Une-se a córnea no limbo - Algumas fibras esclerais se continuam através do e formam a lâmina crivosa (saída no nervo óptico- seta azul). HISTOLOGIA - Episclera (densa vascularização) - Estroma - Lâmina fosca (melanócitos abundantes) VASCULARIZAÇÃO - 4mm posterior ao limbo: penetram as 4 artérias ciliares anteriores (realiza a irrigação). - Pouco atrás do equador: 4 veias vorticosas (realiza a drenagem) - Em volta do nervo óptico: 2 artérias e 2 nervos ciliares posteriores longos; 20 artérias (círculo de Zinn) e nervos ciliares curtos. EPISCLERA - Fica localizada entre a esclera e a tenua (fica entre a episclera e a conjuntiva).- Fina camada de tecido fibroso e elástico frouxo, ricamente vascularizado, entre a esclera e a conjuntiva, recoberta pela cápsula de Tenon. ÍRIS - Divide o espaço entre a córnea e o cristalino – faz a divisão anatômica entre a câmara anterior e câmara posterior. - Pupila: orifício central da íris 2 músculos participa do movimento pupilar, são eles: - MM Esfíncter da pupila: é responsável pela miose, ou seja, ele tem uma inervação parassimpática que são de: ▪ Fibras circulares, localizados na área pupilar ▪ Parassimpático – oculomotos (III par) - MM dilatador da pupila ▪ MM Radial: inervação simpática (adrenérgico) 1- Músculo circular que vai fechar a pupila e vai fazer a miose, feito pelo parassimpático. 2- Músculo radial ele vai abrir a pupila, que é inervação simpática, sendo essa responsável pela midríase. - Face anterior – Lâmina marginal anterior e estroma ❖ Zona pupilar: - Criptas e pseudocriptas de Fuchs ❖ Zona Ciliar: - Parte plana – parte ondulada – raiz da íris Obs: Separadas pelo Colarete (círculo arterial menor da íris) Obs: então a íris pode ser dividida em estroma e epitélio. - Face posterior: epitélio iriano. 1. Estroma: - Tecido conjuntivo frouxo ricamente vascularizado e inervado - Determina a cor da íris - MM esfíncter da pupila 2. Epitélio: - Dupla camada de células cúbicas pigmentadas - Na região da pupila forma o bordelete - A camada anterior contém o MM dilatador da pupila - A camada posterior é rica em melanina 1 2 8 Keyse Mirelle – 6° Período Oftalmologia - 16/08/2021 Obs: Ao nascer há pouco ou nenhum pigmento na superfície anterior da íris, por isso na maioria dos RNs possuem uma coloração azulada. - Irrigação sanguínea é feita pelo círculo arterial maior e menor da íris ▪ Arterias ciliares anteriores e posteriores longas – artéria oftálmica. - Drenagem venosa para coroide – vorticosas - Inervada pelos nervos ciliares curtos, longos e nasociliar que saem do gânglio ciliar. OBS: Isso é importante saber porque a íris é ricamente inervada, logo é muito dolorosa. As vezes, em pós- operatório, deixamos a trompina que é justamente para a pupila não ficar abrindo e fechando e o paciente sentindo dor. Então nos quadros de inflamação intraocular, o fechamento iriano é doloroso então deixamos a pupila sempre dilatada para não ficar tendo esse movimento. CORPO CILIAR - Entre a íris e a coroide -seta azul- (do limbo a ora serrata) O corpo ciliar é muito importante porque ele produz o humor aquoso, seu movimento acontece da seguinte forma: ele é produzido no corpo ciliar, depois passa entre o cristalino e a íris e vem para a câmara anterior, então o líquido que está na câmara anterior é o humor aquoso. Ele vai ser drenado pelo trabeculado (=região trabecular = trabeculo). Ex: em glaucoma iremos ver bastante, pois isso gera a crise de glaucoma agudo. O corpo celular é o que promove a aderência do cristalino no olho, através das fibras que chamamos de zonula. E ele é responsável também pelo processo de acomodação que é chamado de miopização, responsável por puxar o foco para perto. Obs: Cristalino é a estrutura onde dá catarata. Então quando o músculo ciliar contrai, consequentemente as fibras zonulares relaxam e aumentam o diâmetro antero- posterior, aumentando também a curvatura do cristalino, ou seja, aumenta o poder dióptrico (=capacidade de convergir os raios de luz) do olho para focarmos para perto. Então, o corpo ciliar ajuda no processo de acomodação. - Forma um anel em volta do cristalino - Fibras zonulares: mantém o cristalino no lugar - Pars plicata: processos ciliares (70) – formação do HA - Pars plana: secreção de ácido hialurônico para o vítreo. HISTOLOGIA - Camada supraciliar: fibras colágenas, elásticas, melanócitos e fibroblastos. - Estroma: ▪ Ricamente vascularizado ▪ MM ciliar (MM liso circular): responsável para no movimento para acomodação. - Sua contração – Fibras zonulares frouxas - Cristalino aumenta a convexidade - Aumenta o poder refrativo do olho (reflexo de acomodação- o responsável é o centro encefálico, ele é responsável pelo reflexo de acomodação, convergência e miose. Sempre que focarmos para perto iremos colocar o foco e o olho em enxergar de perto, esse centro é ativado e então ele faz a miose para que o olho fique só com a visão central da córnea que é a córnea sem acomodações) - fibras parassimpáticas. Na imagem abaixo temos, com acomodação, um olho contraído (1) e aumenta o diâmetro antero-posterior. Ele tem mais divergência, ou seja, miopiza, consequentemente é como se fosse um olho com a córnea curva como se fosse o olho do míope. Quando está relaxado (2), sem acomodação, essa zonula se estica e diminui o diâmetro antero-posterior. Ele diminui a convergência e ele hipermetropiza. 2 1 9 Keyse Mirelle – 6° Período Oftalmologia - 16/08/2021 - Epitélio pigmentar ▪ Prolongação do EPR (= epitélio pigmentar da retina) - Epitélio ciliar não pigmentado ▪ Continuação da neuroretina ▪ Dupla camada – camada superficial – produção de HA Dúvida: A abertura e fechamento da pupila é controlado por simpático e parassimpático, essa diferença de controle tem alguma repercussão clínica? Temos duas vias simpática e parassimpática. A simpática é composta por três neurônios, começa no hipotálamo posterior e vai até o centro cílioespinhal de budge – de C8 até T2-, faz a sinapse por segundo neurônio e vai até o íleo cervical superior, em seguida passa pelo ápice de pulmão, então temos o tumor de Pancoast, tumores de ápice pulmonar e pega a via simpática fazendo a síndrome de Horner, em seguida faz sinapse com 3° neurônio que vem do gânglio ciliar superior e vai até o musculo dilatador da pupila. Temos acima uma reação de luta e fuga, ocorre a midríase para aumentar o campo visual. Ela não tem grande repercussão a não seja na síndrome de Horner, que vai pegar e fazer uma ptose mínima por conta do acometimento do músculo de muller e uma miose por conta da incapacidade de fazer midríase (=incapacidade de dilatar). Já a parassimpática ele faz ‘’tipo’’ um arco-reflexo e sai junto com nervo óptico e volta, então serve para avaliar a viabilidade do nervo óptico. Então, as neuropatias ópticas geralmente cursam com defeitos de aferência da pupila. Logo, ao jogarmos luz conseguimos ver a contração pupilar. Sendo assim, podemos ter um efeito de aferência dessa via ou de eferência dessa via. Ele se diferencia do simpático, pois o parassimpático tem duas vias e o simpático só tem uma única via que é de eferência. Então temos várias repercussões clinicas, nessas vias. Principalmente na via parassimpática, pois a via aferente ser para testar nervo óptico e a eferente o nervo oculomotor. ÂNGULO CAMERULAR = TRABECULADO - Responsável pela drenagem do humor aquoso - Avaliado através da gonioscopia Na imagem acima, percebemos (seta azul) que ele se localiza no ângulo entre a córnea e a íris. Se esse ângulo for agudo, do olho apertadinho (<) é diferente se for de um olho maior (L), como mostrado na imagem abaixo. Logo o primeiro é um olho hipermetrope, que é um olho pequeno, tem uma grande chance de fazer uma crise de glaucoma agudo, chamamos de câmara rasa, estreita ou ângulo estreito ou fechado. Já o segundo é o ângulo aberto. Essa avaliação é feita pelo agulho-endoscopia, na clínica. Obs: falamos nele muito em glaucoma. CORÓIDE - É a camada mais vascularizada, fica na parte mais posterior da retina. (temos primeiro esclera -> coroide -> retina; é uma camada praticamente sobre vasos e é dividida em três camadas) - Camada nutrícia do olho - Grande número de melanócitos - Espaço supracoroideo (espaço virtual entre a coroide e a esclera) - Estroma ricamente vascularizado ▪ Formado pelas artérias ciliares posteriorescurtas (círculo de Zinn) e ramos recorrentes do círculo 10 Keyse Mirelle – 6° Período Oftalmologia - 16/08/2021 arterial maior da íris (ciliares anteriores e posteriores longas) ▪ Camada externa (Haller): grandes vasos ▪ Camada intermediária (Satter): médios vasos ▪ Coriocapilar: capilares frenestados (de extrema importância, porque faz a nutrição do terço externo da retina). Ela vai nutrir a: - Membrana de Bruch: Entre a coroide e a retina, fina espessura mantém essas estruturas unidas. - Vai nutrir EPR. - Vai nutrir os fotorreceptores (parte mais externa da retina). CRISTALINO - Lenta do olho - Transparente Obs: Quando opacifica gera a catarata. - Biconvexa - Responsável pelo Poder refrativo 20D (1/3) - Diâmetro 9 mm CORPO VÍTREO - Gel transparente que preenche 4/5 do volume ocular - Volume de 4 - 8mL - Composição: 99% de água, proteínas e ácido hialurônico - Envolto pela Camada superficial que é a membrana hialoide Obs: Temos a membrana hialoide posterior e a membrana hialoide anterior. - Aderido a retina na ora serrata – principalmente na base vítrea (nunca devemos tentar descolar, porque se não desloca a retina), também é bastante aderida nos nervos ópticos, nos vasos e na mácula, e na papila. RETINA RETINA - Composta pelo nervo óptico, vasos, mácula (região central) - Função: converte o estímulo luminoso em estímulo elétrico. - Retina periférica: é mais fina. ▪ Limite periférico: ora serrata (6mm do limbo) - Retina central: mácula anatômica = polo posterior (tem uma melhor acuidade visual). ▪ Maior espessura ▪ Fóvea: depressão central, apenas cones, maior AV. - Camadas externas da retina: nutrição pelo plexo coriocapilar. - Camadas internas da retina: vasos provenientes da artéria central da retina (é a artéria que entra pelo nervo óptico e irriga 2/3 internos da retina – artérias e veias-). 11 Keyse Mirelle – 6° Período Oftalmologia - 16/08/2021 - Polo posterior (mácula anatômica): seta azul acima ▪ 5-6mm entre as arcadas temporais, então tem 5000 micras - Mácula (fóvea anatômica= conhecido também como mácula clínica) ▪ 1,5mm avascular; tem 1500 micras ▪ Situado 4mm temporal e 15° inferior a cabeça do nervo óptico (NO). - Fóvea (Fovéola anatômica- região mais central, e não vai ter células ganglionares, mas vai ter praticamente só uma região de cunea, local de melhor visão): temos a depressão central com maior concentração de cones, tem uma espessura mais central. (seta verde) ▪ 0,57 mm não possui células ganglionares Fóvea anatômica: Azul; Fovéolar: verde; Fóveal: amarelo; Parafoveal: vermelho; Prifoveal: roxo. ANATOMIA DA RETINA NEUROSSENSORIAL - Estende-se do nervo óptico (NO) até ora serrata -> continuidade com epitélio não pigmentado da pars plana. - Espessura: mais espessa no meio e fina na periferia. ▪ Polo posterior: 560 micrometros ▪ Equador: 180 micrometros ▪ Ora serrata: 100 micrometros ▪ Composta por 9 camadas A imagem acima, é de OCP, que permite praticamente uma avaliação microscópica em um ser humano. Conseguimos diferenciar cada camada da retina. Obs: A retina tem 10 camadas, sendo 3 delas de neurônios, logo a via visual na porção retiniana é composta por três neurônios (fotorreceptor, células bipolares e células ganglionares) e todas essas camadas abaixo conseguimos avaliar a OCP. RETINA - Epitélio pigmentar da retina (EPR) Obs: é praticamente uma outra camada, tem gente que engloba na retina e tem gente que exclui. ▪ Camada única de células cuboides contendo melanina ▪ Adesão firme a membrana de Bruch, ele vai meio que mediar as trocas entre coroide e retina. ▪ Previne o acúmulo de líquido na camada de fotorreceptores armazena e recicla o retinol (vitamina A), sintetiza a matriz entre os fotorreceptores, parede opaca evita a dispersão a luz no interior do globo. - Camada de Fotorreceptores (uma das mais importantes, ela é a primeira camada de neurônios): 12 Keyse Mirelle – 6° Período Oftalmologia - 16/08/2021 ▪ Cones (centrais) e bastonetes (mais na periferia do olho) ▪ A luz é absorvida pelo pigmento visual ▪ Cones (6-7 milhões): Iodopsina: nitidez da visão diurna e visão de cores, logo é responsável pela qualidade e visão de cores. Então a leitura só é permitida porque temos os cones. Obs: Os daltônicos ou acromatopsia (dificuldade de diferenciar cores), é um defeito dos cones. ▪ Bastonetes (120 milhões): rodopsina: visão noturna e movimento. Obs: Pacientes com distrofia de bastonetes, alguns chegam com a visão normal, mas se queixa de baixa visão a noite, chamada de nictalopia. ANATOMIA DA RETINA NEUROSENSORIAL - Cones ▪ 5% do fotorreceptores – 5 milhões ▪ Vermelho/verde 90% x azul/amarelo 10% ▪ Responsável por melhor resolução visual e visão de cores ▪ Mais concentrados na mácula - Bastonetes ▪ 95% dos fotorreceptores – 120 milhões ▪ Responsável pela visão na baixa luminosidade, visão de contraste e percepção de movimentos. ▪ Mais concentrados na periferia RETINA - MLE (=membrana limitante externa, ela dá sustentação) - Camada nuclear externa (onde se localiza do núcleo os fotorreceptores) ▪ Núcleo de cones e bastonetes – 1 neurônio - Camada plexiforme externa ▪ Sinapses entre fotorreceptores e neurônios bipolares - Camada nuclear interna ▪ Núcleo dos neurônios bipolares – 2 neurônios ▪ Células horizontais ▪ Células amácrinas - Camada Plexiforme interna ▪ Sinapse entre os neurônios bipolares e as células ganglionares - Camada de células ganglionares – 3° neurônios - Camada de fibras nervosas: elas representam o nervo óptico ▪ Axônios de células ganglionares ▪ Se dirigem à papila do nervo óptico (II par) Obs: A camada de fibras nervosas vão sair de um buraco que é a lâmina nervosa, só muda o nervo óptico, que vai lá para a região occiptal para levar a informação visual para o cérebro. - MLI (= camada limitante interna, ela dá sustentação) - Artéria oftálmica (ramo da carótida interna) ▪ Artéria e veia central da retina: irriga a parte mais interna - Entra no olho através da papila óptica - Irriga 2/3 internos da espessura da retina (CFN até a CPE) Obs: Ele não arborifica, mas sim tricotomiza, fazendo então bifurcações. ▪ Coriocapilar: irriga a parte mais externa - Camada da coroide adjacente a membrana de Bruch - Irriga o 1/3 externo da espessura da retina (CNI até EPR) - Células de muller: células gliais, verticais - Espaço subretiniano: espaço virtual entre a retina neural e o EPR (DR) MUSCULATURA EXTRAOCULARES - Reto medial: adução – III Par (oculomotor) - Reto lateral: abdução – VI Par (abducente) - Reto superior: elevação, adução e intorção – III par (oculomotor) - Reto inferior: depressão, adução e extorsão – III par (oculomotor) 13 Keyse Mirelle – 6° Período Oftalmologia - 16/08/2021 - Oblíquo superior: intorção, depressão e abdução – IV par (troclear) - Oblíquo inferior: extorsão, elevação e abdução – III par (oculomotor) A musculatura ocular é dada por três nervos cranianos são eles: oculomotor, troclear, abducente. Sendo que o III Par que é o oculomotor ele vai inervar quase todos, são eles: reto superior, inferior, medial e dos obliquos o inferior. O troclear só inerva o obliquo superior e o abducente só inerva o reto lateral. Movimentos oculares: A elevação: reto superior e obliquo inferior. A depleção: reto inferior e obliquo superior. A abdução: reto lateral. A adução: reto medial.
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