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Patologia Pulmonar Anormalidades Congênitas, Atelectasia, Edema Pulmonar e SARA Anormalidades congênitas Hipoplasia pulmonar · Desenvolvimento defeituoso de um dos pulmões. · Ocorre diminuição do peso, volume e número de ácidos em relação ao peso e idade gestacional. · Causada por anormalidades que comprimem o pulmão ou impedem a expansão; hérnia diafragmática congênita e oligoidrâmnio. Cistos do intestino anterior · Separação anormal do intestino anterior primitivo. · Geralmente é localizado no hilo pulmonar ou no mediastino médio. · Podem ser classificados em broncogênicos (mais comum), esofágicos ou entéricos. · São revestidos por epitélio colunar ciliado pseudoestratificado. A parede contém glândulas brônquicas, cartilagem e musculo liso. · Geralmente se manifestam por compressão de estruturas ou achado incidental. Sequestro pulmonar · É uma área distinta do tecido pulmonar que não tem qualquer conexão com o sistema aéreo e tem um suprimento anormal de sangue que vem da aorta e seus ramos. · Extralobar: externo ao pulmão, crianças pequenas com efeito de massa. Pode estar associado com outras anormalidades congênitas. · Intralobar: crianças mais velhas, frequentemente devido a infecções ou bronquiectasias localizadas recorrentes. Atelectasia · É a expansão incompleta dos pulmões ou colapso do pulmão previamente infiltrado, produzindo um parênquima pulmonar sem ar. · Atelectasia de reabsorção: · Ocorre uma obstrução da via aérea e o ar presente é reabsorvido pelos alvéolos que entram em colapso. · O mediastino se desvia para o local acometido. · Causas: obstrução por secreções ou exsudatos, aspiração de corpos estranhos e fragmentos de tumores brônquicos. · Atelectasia de compressão (passiva): · Volumes significativos de fluido, tumor ou ar se acumulam na cavidade pleural. · Derrame pleural e pneumotórax. · O mediastino se desvia para longe do pulmão afetado. · Atelectasia de contração: · Quando a fibrose pleural ou pulmonar focal ou generalizada evita a expansão total do pulmão. Edema Pulmonar · É o vazamento do fluido intersticial em excesso que se acumula nos espaços alveolares. Edema Pulmonar Hemodinâmico · Geralmente o líquido se acumula primeiro nas regiões basais dos lobos inferiores. · Microscopia: capilares alveolares túrgidos e um transudato intra-alveolar (material rosa-pálido), micro-hemorragias e macrófagos contendo hemossiderina (pigmento da “insuficiência cardíaca). · Em longa duração pode causas fibrose e espessamento das paredes alveolares. · Etiologias: · Aumento da pressão hidrostática: IC do lado esquerdo, sobrecarga de volume e obstrução da veia pulmonar. · Diminuição da pressão oncótica: hipoalbuminemia, síndrome nefrótica, doenças do fígado e enteropatia perdedora de proteína. Edema Pulmonar causado por lesão microvascular ou alveolar · Ocorre devido a destruição do septo alveolar. · A lesão primária produz exsudato inflamatório que vaza para dentro do espaço intersticial. · Na maioria das pneumonias se encontra localizado, quando difuso evolui para SARA. · Etiologias: · Lesão direta: infecções, inalação de gases e aspiração de líquidos. · Lesão indireta: sepse, reação a transfusão sanguínea, choque, trauma, drogas e substâncias químicas (quimioterápicos, metadona, anfotericina B, heroína, cocaína, querosene e paraquat). OBS: existe o de origem indeterminada causado por alta altitude e o neurogênico. Síndrome da Angústia Respiratória Aguda (SARA) · Caracterizado pelo início abrupto de hipoxemia significativa e infiltrados pulmonares bilaterais na ausência de insuficiência cardíaca. · Ocorre uma lesão capilar alveolar e epitelial difusas. · Mortalidade de 50 a 60% · Etiologia: infecção (sepse, infecção pulmonar difusa, aspiração gástrica), trauma, contusões, afogamento não fatal, fraturas com embolia gordurosa, queimadura, radiação ionizante), tabagismo, toxidade do oxigênio, gases e substâncias químicas irritantes, overdose de heroína ou metadona, ácido acetilsalicílico, overdose de barbitúricos, paraquat, lesão pulmonar associada a transfusão (TRALI), CIVD, pancreatite, uremia, revascularização cardiopulmonar, reações de hipersensibilidade. · Patogenia: · Iniciada com lesão dos pneumócitos e do endotélio vascular. · Ocorre ativação endotelial que ativa macrófagos que secretam mediadores como o TNF, IL-8 e IL-1 que podem lesar o endotélio ou produzir moléculas de adesão, proteínas coagulantes e quimiocinas. · As quimiocinas promovem a adesão e extravasamento de neutrófilos que liberam mediadores inflamatórios (proteases, iNOS e citocinas). · A liberação dos mediadores inflamatórios dos neutrófilos causasm acúmulo de fluido intra-alveolar e formação de membranas hialinas (fluido, proteína e restos celulares). · A necrose e os danos dos pneumócitos tipo II acarretam em anormalidades do surfactante e comprometimento da troca gasosa. · A resolução da lesão é impedida devido a necrose epitelial e danos inflamatórios que comprometem a habilidade de as células remanescentes ajudarem na reabsorção do edema e a membrana hialina por fagocitose. · Os pneumócitos tipo I lesados são substituídos por pneumócitos tipo II, que são cúbicos e prejudicam as trocas gasosas. · Quando a inflamação diminui, os macrófagos secretam TGF-B e PDGF que estimulam o crescimento dos fibroblastos e depósito de colágeno, levando a fibrose das paredes alveolares. · As células-tronco bronquiolares proliferam para substituir os pneumócitos. · Morfologia: · Estado agudo, os pulmões estão pesados, firmes, vermelhos e encharcados. Microscopida: membrana hialia, congestão, necrose das células epiteliais, edema intersticial e intra-alveolar, inflamação, depósito de fibrina e dano vascular difuso. · O alvéolo é revestido por membranas hialinas: líquido de edema rico em fibrina, misturado com resíduos citoplasmáticos e lipídicos de células epiteliais necróticas. · Fase fibroproliferativa: numeroos pneumócitos tipo II, reabsorção da membrana hialina, fibrose intra-alveolar e espessamento dos septos. · Clínica: dispneia e taquipneia profunda seguida de cianose e hipoxemia crescentes, insuficiência respiratória e o aparecimento de infiltrado bilateral na radiografia de tórax. Hipoxemia pode ser refratária com terapia de oxigênio. Pode ocorrer acidose respiratória. OBS: Pneumonia intersticial aguda · Termo usado para descrever a LPA difusa de etiologia desconhecida. · Doença pouco comum que ocorre em idade média de 59 anos, sem predileção por sexo. · Apresenta com insuficiência respiratória aguda, geralmente após uma doença de menos de 3 semanas de duração que lembra uma infecção do trato respiratório superior. Observação: · Os pneumócitostipo I são células pavimentosas, com pequena quantidade de citoplasma. Essa característica facilita a passagem de gases. · Os pneumócitostipo IIsão células ovais e volumosas. Essetipode célula produz uma secreção lipoproteica, chamada de surfactante. A função do surfactante é manter os alvéolos abertos e auxiliar na difusão dos gases pela membrana alveolar. · Doença da membrana hialina: neonatos pela deficiência de surfactante.
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