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III Encontro Científico do Programa Nacional de Formação 
em Administração Pública- PNAP 
Centro de Ensino e Aprendizagem em Redes- UEG 
 
 
 
 
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS APLICADOS NA 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: 
Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência 
 
 
 
Denise Pereira de Morais 
Ítalo Alessandro Lemes Silva 
Pós-Graduação Lato Sensu em Gestão Pública Municipal 
 
 
 
RESUMO: Este artigo busca elucidar a importância da harmonia entre os princípios 
constitucionais e a supremacia do interesse público sobre o particular. O objetivo do 
trabalho é apresentar de forma concisa o valor dos princípios constitucionais da 
Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência descritas no art. 37, 
caput, da Constituição Federal de 1988 quando aplicados habitualmente na 
Administração Pública. Tais princípios são concepções basilares e fundamentais para o 
ordenamento jurídico brasileiro servindo como alicerce para o desempenho da função 
pública. Com o uso dos recursos bibliográficos sobre o tema proposto é demostrado a 
importância destes princípios explicitados na Constituição como forma de coibir atos 
eivados de vícios e irregularidades por parte dos gestores públicos. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Democracia; Governança e Interesse Público. 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Neste início do século XXI no Brasil verifica-se a busca por democracia pautada na 
dicotomia de interesses do Estado versados ao interesse do Particular. Nisto entende como 
o Estado demanda atender o interrese público em detrimento do individual. Tornando 
fundamentado nesta ideia, o interesse da coletividade, que é o estabelecido nos limites da 
forma de atuar previstos pelos princípios constitucionais. 
Comentado [IALS51]: Título todo em CAIXA ALTA 
III Encontro Científico do Programa Nacional de Formação 
em Administração Pública- PNAP 
Centro de Ensino e Aprendizagem em Redes- UEG 
2 
 
Os princípios constitucionais da legalidade, impessoalidade, moralidade, 
publicidade e eficiência contribuem para ações no âmbito da Administração Pública. Nisto 
as ações gerenciais públicas aparecem como forma de desenvolvimento econômico e social 
em todas as esferas do ente federativo. Conotam ainda a possibilidade de processos de 
gestão das políticas públicas com maior controle dos órgãos responsáveis como o tribunal 
de contas e a sociedade envolvida. O que enseja transparência, ética e efetividade nos 
servidos de interesse social como saúde, educação, saneamento, segurança, entre outros, 
por meio de garantias normativas e concretude prática. 
Para compreender o alicerce do Estado Democrático de Direitos e nortear a atuação 
da Administração Pública é fundamental a existência dos princípios expressos no artigo 37, 
caput, da Constituição Federal de 1988 que dizem reza o seguinte: 
A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes 
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, 
moralidade, publicidade e eficiência (...). 
 
Tal noção legal sugere a garatia do interesse público e se justifica diante da 
aplicação na atuação do gestor público. Podemos considerar também que a atividade do 
gestor por congruência aos ditames constitucionais e legais, deve obedecer aos princípios 
constitucionais descritos anteriormente. Por fim é entendido que os fundamentos 
constitucionais sustentam as bases valorativas de todo o ordenamento jurídico brasileiro, 
por tal razão devem passar pela apreciação de todas as pessoas administrativas 
independente dos entes federativos. 
Na administração Pública, geralmente o gestor se vê em meio à problemática do 
que é nortatizado sobre os fundamentos legais e a forma de aplicabilidade dos mesmos. 
Diante de tal fato os gestores públicos devem levantar alguns questionamentos, uma vez 
que, a ofensa a esses valores introduz na Administração Pública um perigoso fator de 
desequilíbrio sistêmico que podem, por consequência, romper com a harmonia das relações 
entre o indivíduo e o Estado. 
O presente artigo tem por finalidade analisar de forma geral a aplicabilidade dos 
princípios constitucionais ora supracitados no exercício diário da Administração Pública. 
Colocamos ainda que a pesquisa que este artigo narra possui os objetivos específicos de: a) 
Relatar o direcionamento dos princípios constitucionais quando aplicados na atuação da 
III Encontro Científico do Programa Nacional de Formação 
em Administração Pública- PNAP 
Centro de Ensino e Aprendizagem em Redes- UEG 
3 
 
Administração Pública; b) Evidenciar o papel do gestor público como condutor na 
governança em prol da coletividade e por fim, c) Descrever sobre a necessidade de um 
Estado eficiente no desenvolvimento das políticas públicas. 
A dificuldade em aplicar as noções legais por parte do poder público gera condutas 
ilegais, corruptas, abusivas que influenciam a formação da consciência política o que 
impõe ao administrador a função de utilizá-los como instrumento para embasar a tomada 
de decisões, o que legitima o funcionamento do Poder Público. 
 
 
2. METODOLOGIA 
Este estudo descreve a importância dos princípios constitucionais da legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência segundo narra o art. 37, caput da 
Constituição Federal os quais devem ser aplicados na Administração Pública através da 
oferta de serviços com responsabilidade para a população. Em outras palavras, o artigo 
consiste em demonstrar a relevância de tais princípios na governança em prol do bem 
comum. 
O tipo de pesquisa aqui apresentado é a exploratória, uma vez que o tema proposto 
considerou os mais variados aspectos relacionados ao assunto com a finalidade de ampliar 
o conhecimento sobre o mesmo. 
Já os procedimentos utilizados para o estudo foram pesquisas bibliográficas 
possuindo os argumentos fundamentados em todo o texto. Foram observadas as normas 
constitucionais e doutrinárias do ordenamento jurídico brasileiro de forma a subsidiar o 
embasamento teórico apresentados nesta pesquisa. Foram analisados artigos, livros, 
monografias, revistas online como forma de agregar conhecimento ao trabalho e entender 
as diferenças entre o normatizado e o aplicado no cotidiano da Administração Pública 
contemporânea. A forma de pesquisa, é assim classificada pois “buscou-se proporcionar 
maior familiaridade com o problema central de pesquisa de forma a torná-lo mais 
explícito”. (GIL, 2008). 
 
 
III Encontro Científico do Programa Nacional de Formação 
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4 
 
3. DESENVOLVIMENTO OU RESULTADOS E DISCUSSÕES 
3.1. Administração Pública e a Governança 
 
O Estado brasileiro democratizou com a chegada da Constituição Federal de 1988 
e, por conseguinte, trouxe um viés inovador na Gestão Pública. Neste sentido a 
Administração Pública se tornou instrumento de governança do Estado Democrático de 
Direitos por meio da organização político-administrativa. 
Do ponto de vista de Marques (2003) a Gestão Pública da contemporaneidade vem 
inovando com mudanças no campo da eficácia tanto econômica quanto social, o que por 
consequência traz efetividade ao Estado. Ressalta-se que esta efetividade dependerá da 
eficiência do governo, assim como a qualidade deste dependerá da funcionalidade da 
Administração Pública. Vejamos o que o O referido autor fala que a conceitua sobre 
Gestão Pública 
[...] trata de renovar e inovar o funcionamento da Administração, 
incorporando técnicas do setor privado, adaptadas às suas características 
próprias, assim como desenvolver novas iniciativas para o logro da 
eficiência econômica e a eficácia social, subjaz nela a filosofia de que a 
administração pública oferece oportunidades singulares, para melhorar as 
condições econômicas e sociais dos povos (MARQUES 2003, p. 221 
apud LEAL, 2014, p. 16). 
 
O surgimento dagovernança se consagrou na década de 90, isto se deu devido as 
fortes crises financeiras que aconteceram neste período. Esta mudança trazida pela 
Constituição Federal de 1988 trouxe o ser humano para o centro desta relação político-
administrativa surgindo a partir daí o termo governança. Neste momento, várias das 
organizações passaram a ser geridas por terceiros e não mais por seus próprios donos. 
Observamos ainda que este fenômeno exigiu do setor público iniciativas para buscar tornar 
o Estado mais forte e eficiente no âmbito das políticas sociais. 
No ano de 2017 veio o decreto nº 9.203 com um viés inovador para o termo governança 
público, trazendo um maior direcionamento para a gestão no âmbito das políticas sociais. Veja o 
que considera o art. 2o e art. 3º do referido decreto: 
I - governança pública - conjunto de mecanismos de liderança, estratégia e 
controle postos em prática para avaliar, direcionar e monitorar a gestão, com 
vistas à condução de políticas públicas e à prestação de serviços de interesse da 
sociedade. Art. 3º: São princípios da governança pública: I - capacidade de 
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resposta; II - integridade; III - confiabilidade; IV - melhoria regulatória; V - 
prestação de contas e responsabilidade; e VI - transparência (BRASIL, Decreto 
nº 9.203, 2017). 
Como colabora o texto do decreto nº 9.203 (2017), a governança pode ser entendida 
como um processo de identificação de necessidades e construção de objetivos quanto à 
efetividade de sua implementação, assegurando aos interessados legítimos influenciar e 
conhecer os seus resultados. 
Na opinião de Löffer (2001) a governança é representada pela interação entre 
governantes e governados dando agilidade nos processos em prol de melhoria da res 
publica. Observe o que o mesmo colabora: 
Uma nova geração de reformas administrativas e de Estado, que têm como 
objeto a ação conjunta, levada a efeito de forma eficaz, transparente e 
compartilhada, pelo Estado, pelas empresas e pela sociedade civil, visando uma 
solução inovadora dos problemas sociais e criando possibilidades e chances de 
um desenvolvimento futuro sustentável para todos os participantes. (LOFFER, 
2001, p. 2012 apud KISSLER; HEIDEMANN, 2006, p. 482) 
 
Outro ensinamento trazido por Pisa (2014) evidencia que através da governança é 
possível concluir que a mesma é o meio de atenuar o conflito de interesses existentes entre 
os administradores e os administrados concedendo meios para a extinção desse conflito por 
intermédio de uma gestão competente e equilibrada. Veja o que alega a A referida autora 
sobre o termo alega que a governança: 
 
é um modelo de gestão pública no qual interagem diferentes atores: 
políticos, administradores públicos e representantes da sociedade que 
buscam alcançar os objetivos conjuntamente definidos, por meio de uma 
gestão compartilhada e pautada nos princípios da legalidade, ética, 
integridade, equidade, transparência e prestação de contas 
(accountability) (PISA, 2014, p.120). 
 
No contexto evolutivo do termo governança abordado neste breve relato observou-
se que a mesma está a aplicação do termo governaça é associada às mudanças políticas da 
contemporaneidade, isto é, as transformações que inclui o cidadão como parte integrante 
do processo de gestão. 
 
3.2. Princípios Explícitos 
 
Comentado [IALS52]: As citações diretas são sempre -1 do 
tamanho da letra. No caso esta escrevendo em 12, logo tais citações 
devem estar em 11. Estou pontuando isto mas fui informado que a 
tutoria fará o trabalho de correção da formatação. 
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A Constituição de 1988 em seu art. 37 nos demonstra o que vem a serem os 
princípios Explícitos inerentes a Administração Pública. Analisemos o caput do referido 
artigo: “A Administração Pública direta e indireta de qualquer dos poderes da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios da legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência” (BRASIL, 1988). 
Já Reale nos relata que os princípios constitucionais: “São “são verdades fundantes 
de um sistema de conhecimento, como tais admitidas por serem evidentes ou por terem 
sido comprovadas” (REALE 2006, p.303 apud FONTANA, 2016). 
Descreve Mello (2005) abaixo que no ordenamento jurídico brasileiro os princípios 
são verdades que armazenam o núcleo essencial que abarcam o ramo do Direito 
Administrativo, pois definem a feição valorativa acerca do papel da Administração Pública 
de forma clara e eficiente. Vejamos como o autor descreve: 
Mandamento nuclear de um sistema, verdadeiro alicerce dele, disposição 
fundamental que se irradia sobre diferentes normas compondo-lhes o espírito e 
servindo de critério para sua exata compreensão e inteligência exatamente por 
definir a lógica e a racionalidade do sistema normativo, no que lhe confere a 
tônica e lhe dá sentido harmônico. É o conhecimento dos princípios que prende a 
intelecção das diferentes partes componentes do todo unitário que há por nome 
sistema jurídico positivo (MELLO, 2005, p. 882-883 apud FONTANA, 2016). 
 
Como descrevem narram os referidos autores os princípios expressos devem ser 
coadunados com os atos administrativos de seus gestores devido sua a obediência ao 
indicado na Constituição Federal de 1988. 
 
 
3.3. Princípios Constitucionais Aplicados Na Administração Pública 
 
Diante da formulação da separação dos poderes atribuiu-se à Administração Pública 
a ideia de Estado de Direitos, surgindo a partir daí regras jurídicas para nortear sua a 
atuação e inspirar seu o modo de agir. Desta maneira, os princípios constitucionais da 
Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência revelam as diretrizes 
fundamentais da Administração demostrados na Carta Magna no em seu art. 37, caput, em 
que delimita a atuação do Estado através de concepções basilares que constrói e alicerça 
todos os seus atos de forma a garantir o interesse público. 
Comentado [IALS53]: Repeindo termos. 
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“Princípio é, portanto, começo, alicerce, ponto de partida, "vigas mestras", requisito 
primordial, base, origem, ferramenta operacional” (MARTINS, 2007, p.28 apud 
FONTANA, 2016). 
Já Saldanha (2006) vem complementar de forma clara qual o objetivo da 
Administração Pública devendo a mesma realizar os objetivos do governo combinando 
funções de modo a gerir os recursos em prol do bem comum. Observemos o que ele diz 
cita: 
 
Os fins da gestão pública resumem-se em um único objetivo: o bem comum da 
coletividade administrada. Toda atividade do gestor público deve ser orientada 
para esse objetivo. Se dele o gestor se afasta ou se desvia, trai o mandato de que 
está investido, porque a comunidade não instituiu a gestão senão como meio de 
atingir o bem-estar social. (SALDANHA, 2006, p. 13 apud SANTOS, 2011, 
p.12). 
 
A combinação de função é representada pelo conjunto de órgãos em que o Estado 
dá prerrogativas aos seus agentes para atuarem de forma plena. Devendo este atuar 
conforme o interesse público, sob pena do ato praticado se tornar inválido quando eivados 
de vícios e desobedecidos os preceitos constitucionais. 
Exemplifica Kanaane (2010) a importância dos princípios constitucionais ao 
direcionar todo e qualquer ato, atingindo de maneira correta seus os verdadeiros fins para o 
qual deve se prestar a Administração Pública, que são os interesses em prol da 
coletividade: 
A gestão eficiente decorre do conhecimento pleno da função do agente público 
enquanto legítimo representante do Estado, paraatuar no interesse público. Ao 
gestor da coisa pública não é permitido criar situações, mas aplicar de forma 
adequada e balizada a lei, para alcançar o objetivo único da administração 
pública: “O bem estar do cidadão”. [...] A gestão, para ser eficiente, tem que 
servir de modelo para a comunidade. Quando o cidadão lida, diariamente, com 
denúncias de corrupção, a falta de uma resposta eficiente por todos os segmentos 
sociais e a impunidade, resta o questionamento: “foram obedecidos os preceitos 
constitucionais?”. (KANAANE, 2010, p. 30 apud SANTOS, 2011, p. 13). 
 
Através do disposto por Kanaane (2010) nos é evidenciado o elo necessário entre a 
gestão pública e o cidadão por meio da transparência de seus dos gestores públicos. Pois 
quando há obediência aos princípios constitucionais, há tambpém a soluções de problemas 
sociais. 
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em Administração Pública- PNAP 
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Por conseguinte podemos reforçar esta ideia na afirmação de Medauar (2010) que 
diz que os princípios constitucionais direcionam a Administração Pública de modo que ela 
atinja a finalidade com vistas ao interesse público coadunando seus os atos por meio da 
efetividade das ações. Afirma Odete Medauar (2010): 
Hoje, no estudo, pesquisa, interpretação e aplicação do direito administrativo, 
torna-se essencial o encadeamento dos seus temas ao sistema constitucional 
pátrio, o que leva à necessidade de leitura de toda a Constituição para conhecer o 
nexo caracterizador da Administração no ordenamento geral do Estado. Por 
outro lado, a atuação rotineira da Administração é um dos elementos reveladores 
da efetividade das normas constitucionais na vida da coletividade. (MEDAUAR, 
2010, p. 52 apud BERTOLINO, 2018, p. 3). 
 
A atuação rotineira da Administração Pública se dá por meio da divisão de poderes, 
sendo estes Legislativo, Executivo e Judiciário, há o Poder Executivo que por meio de seus 
dos agentes desempenham atividades de forma a obedecer aos ditames legais com o intuito 
de satisfazer o bem-estar da coletividade e a manutenção da ordem social. Nisto 
entendemos que a eficacia da gestão pública é possível tendo como base estes princípios, 
com um único fim que é a supremacia do interesse público em detrimento do particular. 
De acordo com o voto do Min. Celso de Mello, proferido na PET-1458/CE (DJ 04-
03-98, Julgamento 26/02/1998) que estas regras que impõe e orienta todo ato praticado 
auxilia a tomada de decisões políticas de modo a embasar, legitimar e dar harmonia ao 
funcionamento do Poder Público, evitando-se atos pautados em vícios e irregularidades. 
Vejamos o que o mesmo afirma: 
 
O respeito incondicional aos princípios constitucionais evidencia-se como 
dever inderrogável do Poder Público. A ofensa do Estado a esses valores 
- que desempenham, enquanto categorias fundamentais que são um papel 
subordinante na própria configuração dos direitos individuais ou 
coletivos - introduz um perigoso fator de desequilíbrio sistêmico e rompe, 
por completo, a harmonia que deve presidir as relações, sempre tão 
estruturalmente desiguais, entre os indivíduos e o Poder. 
 
Vejamos o que ainda afirma o referido autor: 
Violar um princípio é muito mais grave que transgredir uma norma 
qualquer. A desatenção ao princípio implica ofensa não apenas a um 
específico andamento obrigatório, mas a todo o sistema de comandos. É a 
mais grave forma de ilegalidade ou inconstitucionalidade, conforme o 
escalão do princípio atingido, porque representa insurgência contra todo o 
sistema, subversão de seus valores fundamentais, contumélia irremissível 
III Encontro Científico do Programa Nacional de Formação 
em Administração Pública- PNAP 
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a seu arcabouço lógico e corrosão de sua estrutura mestra (MELLO, 
2000: p.748 apud SILVA, 2017, p. 8). 
 
As referidas citações de Mello (1998/2000) demostram a importância e 
responsabilidade dos atos administrativos pautados nos princípios ora supracitados, sendo 
que sua insurgência implica na inconstitucionalidade e em ilegalidades. 
 
3.3.1 Princípio Da Legalidade 
 
O princípio da Legalidade se justifica pelo art. 5º da Carta Magna que dispõe que 
“ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude da lei” 
(BRASIL, 1988). Desta maneira, a constituição aduz que estes são direitos e garantias 
fundamentais e que somente a lei gera obrigações. 
A tese defendida por Mello (2010, p.101) complementa o conceito de que a 
Administração Pública deve obedecer à lei devido sua submissão a legalidade, e Carvalho 
Filho (2014, p. 20) reforça este conceito afirmando que “só é legítima a atividade do 
Administrador Público se estiver condizente com o disposto na lei”. 
Devido à importância nas ações, posto em prática através deste princípio, todos os 
atos praticados tem sua eficácia condicionada ao estabelecido em lei limitando o 
administrador a fazer o que a lei determina afastando a vontade pessoal. Com toda esta 
limitação dos atos teoricamente evita-se na Gestão Pública um descompasso entre a lei e a 
conduta do agente, evitando possíveis ilicitudes. 
Observa-se na afirmação de Figueiredo (2008) que o princípio da legalidade 
proporciona atos vinculados e discricionários que são aspectos diferenciadores que permite 
ao gestor público agir com amparo legal hipóteses gerais, devido não encontrar em lei 
exatamente o que ocorreu no caso concreto. Vejamos o que afirma: 
Todavia, o princípio da legalidade não pode ser compreendido de maneira 
acanhada, de maneira pobre. E assim seria se o administrador, para 
prover, para praticar determinado ato administrativo, tivesse sempre que 
encontrar arrimo expresso em norma específica que dispusesse 
exatamente para aquele caso concreto (FIGUEIREDO, 2008, p. 42 apud 
BERTOLINO, 2018, p. 5). 
 
O objetivo decorrente deste princípio é o de evitar que o Estado aja quando o povo 
não deseja, dando a este a expressão máxima de Estado Democrático de Direito e ao poder 
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público a ideia de não poder atuar “sem lei”. Observa-se sua extrema importância no que 
tange seu o efeito, pois reflete na garantia dos direitos entre a atividade administrativa e a 
lei. 
 
3.3.2 Princípio Da Impessoalidade 
 
O princípio da impessoalidade decorre da isonomia nos atos devendo o 
administrador agir não em seu próprio nome, mas como representante do órgão do qual é 
mandatário de forma a representá-lo. 
Toda e qualquer ação do agente público se justifica quando este atua como 
destinatário do ato agindo de forma impessoal, dando objetividade em sua atuação 
evitando decisões baseadas em preferência pessoal. Desta maneira, o administrador 
utilizará este princípio como norteador em prol apenas do interesse público. 
Um problema claro que podemos citar em que tal princípio poderá ser violado é 
quando o administrador cita seu o próprio nome como realizador de uma determinada obra. 
Devemos entender que quem realiza a obra é a administração pública por meio dos de seus 
agentes. Outro problema comum é o nepotismo, isto é, casos Nepotismo em que agentes 
públicos nomeiam parentes para cargos públicos restando claro que tais condutas violam o 
princípio estudado. 
O objetivo deste estudo se detém em expor a importância deste princípio na atuação 
da Administração Pública de forma a inibir atos que satisfaçam interesses privados por 
favoritismo ou perseguição dos agentes. Ressalta-se que todo ato que se afasta deste 
princípio se sujeita a invalidação do mesmo através do desvio de finalidade. 
Bernardo Strobel Guimaraes (2002, p. 34) em sua obra Princípios do Direito 
Administrativo, nos reforça tal importância ressaltando que “qualquer açãoem que um 
servidor ponha seus interesses acima daqueles acolhidos pelo sistema será reprovável à luz 
do conteúdo que diretamente se extrai do princípio da impessoalidade”. 
 
3.3.3 Princípio da Moralidade 
 
 Este O princípio da moralidade rege-se através de atos probos, de boa-fé, pautada 
em condutas éticas do agente público, devendo este agir conforme estes preceitos de forma 
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a dar validade em suas ações. Estas condutas devem existir tanto nas relações da de 
administração e como nas ações dos administrados em geral, quanto também na relação de 
administração e agentes públicos. 
 O princípio da moralidade quando citado em nossa Constituição em no seu art. 37 
nos demostra uma problemática em questão que é o de coibir a imoralidade em todo 
âmbito administrativo, de modo que a conduta do bom administrador deverá estar 
inteiramente ligada aos seus princípios éticos necessários para o desempenho da função 
administrativa. Devendo os atos com possíveis irregularidades ser invalidados e seus os 
agentes responsáveis punidos. 
Um exemplo evidente desta irregularidade se faz presente nos atos de improbidade, 
visto que os mesmos causam prejuízos ao erário, de modo a desviar-se de sua verdadeira 
finalidade que é o de proteger os cofres públicos. 
Conforme descreve Allaymer Ronaldo Bonesso (2009) o referido princípio 
justificar sua importância, pois pode afetar vários aspectos dentro da atividade 
administrativa. Quando configurada sua ausência pode demostrar um desequilíbrio na 
proteção ao bem social. 
 
 [...] quer exigir o legislador que o administrador público dentro a probidade e 
moralidade administrativa, afastando os interesses particulares para preservar os 
interesses públicos. Não se quer apenas que a administração leve vantagem 
econômico, mas sim, que os interesses da coletividade sejam preservados para a 
ampliação de um Estado Democrático legítimo. (BONESSO, 2009, p. 33 apud 
BERTOLINO, 2018, p. 6). 
 
A imoralidade na gestão pública gera, também um da mesma forma, o desequilíbrio 
entre os outros princípios constitucionais. Um exemplo de imoralidade que podemos citar 
seria também o nepotismo que pode gerar desvios de vários tipos de condutas em uma 
única ação como da moralidade, da impessoalidade, e da legalidade. 
Com exemplifica Celso Antônio Bandeira de Mello “A Administração e seus os 
agentes públicos têm de atuar, como exemplifica Celso Antônio Bandeira de Mello, “na 
conformidade de princípios éticos. Violá-los implicará violação ao próprio direito, 
configurando ilicitude que está sujeita a conduta viciada a invalidação (...)” (MELLO, 
2007, p. 119 apud ALMERON, 2010, p.57). Desta maneira, entendemos que ética e moral 
inspiram todo o sistema jurídico brasileiro sendo impossível dissociá-las. 
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3.3.4 Princípio Da Publicidade 
 
 Este O princípio da publicidade é mencionado na em nossa Constituição brasileira e 
nos indica a importância da divulgação dos atos praticados na Administração Pública, 
sabemos que tal é posto de modo a torná-los transparentes. Isso Isto porque possibilita aos 
administrados o controle da legitimidade das condutas garantindo desta forma um maior 
grau de eficiência por parte do Estado. 
Diante da afirmação feita por Justen Filho (2010a), é possivel compreender que o 
princípio da publicidade este princípio se justifica pela evidente troca de informações que 
se faz necessária entre cidadão e Governo, uma vez que, ainda pelo texto constitucional, 
entendemos que o poder emana do povo e seu o exercício governamental se baseia em 
proveito deste. Por conseguinte, o cidadão como principal interessado tem o direito a todas 
as informações relacionadas á Administração da coisa pública. mantendo Em outros 
termos, é desta maneira, um constante elo necessário para geração de democracia. 
Observe: 
O princípio da publicidade significa vedação a atividades ou atos 
sigilosos (...). O exercício do poder deve ser acessível ao conhecimento 
de toda a comunidade e, especialmente, daqueles que serão afetados pelo 
ato decisório. A publicidade se afirma como instrumento de transparência 
e verificação de lisura dos atos praticados (JUSTEN FILHO, 2010a, p. 
315-316 apud BERTOLINO, 2018, p. 9). 
 
 O princípio da publicidade tem como principais objetivos fundamentais: a) permitir 
o acesso ao cidadão à informação e b) propiciar o controle da atuação do Estado. Deve-se 
ressaltar que, a partir da consideração destes fundamentos, a publicidade dos atos 
praticados, é um requisito de eficácia, por isso tão necessário dentro da Administração 
Pública. O princípio da publicidade não torna tornando apenas pública a informação, mas 
também marcando marca o início dos efeitos externos do ato divulgado e a contagem de 
prazos, por exemplo. 
Não se pode deixar de É interessante, ainda sobre tal importância, complementar 
que existem casos dentro da Administração Pública que exigem sigilo das informações. 
Sobre isto como cita o Art. 5 da CF- 1988, inciso XXXIII ao considerar que o “Cujo sigilo 
seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado”. E no mesmo dispositivo, inciso 
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13 
 
LX prevê ainda “A lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a 
defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem”. Por isso entende-se que a atividade 
de publicitar os atos se restringem a tais requisitos devido à segurança social. 
 
3.3.5. Princípio Da Eficiência 
 
 O princípio da eficiência Tal princípio defende que os atos praticados pelos 
administradores devem alcançar maiores e melhores resultados, ou seja, seu o intuito é 
aliar produtividade e economicidade. É notável para que desta maneira reduza os 
desperdícios de dinheiro público, impondo a execução de serviços com qualidade, 
rendimento funcional, rapidez e produtividade. 
 Desta maneira, entende-se que o princípio da eficiência esta relacionada ao modo 
em que se processa o desempenho da atividade administrativa respeitando as diretrizes e 
prioridades dos administradores públicos e também os recursos financeiros disponíveis. 
Ressalta-se na afirmação de Moraes (1999) a importância deste do princípio da 
eficiência por tratar de um instrumento de amparo ao cidadão. Sobretudo naquilo que orna 
na cobrança por qualidade dos serviços e produtos ofertados pelo Estado. É necessário 
colocar que o princípio da eficiencia não possui caráter absoluto, mas emite seus os efeitos 
por meio das ações. Vejamos esta afirmação que esclarece tais problemáticas: 
Assim, princípio da eficiência é o que impõe à administração pública 
direta e indireta e a seus agentes a persecução do bem comum, por meio 
do exercício de suas competências de forma imparcial, neutra, 
transparente, participativa, eficaz, sem burocracia e sempre em busca da 
qualidade, rimando pela adoção dos critérios legais e morais necessários 
para melhor utilização possível dos recursos públicos, de maneira a 
evitarem-se desperdícios e garantir-se maior rentabilidade social 
(MORAES, 1999, p. 30 apud MACHADO, 2011, p. 3). 
 
Toda ação da administração pública implica controle, tendo em vista um modo de 
gestão que atenda os anseios sociais. Vejamos o que complementa Resende complementa 
a respeito do assunto dizendo que “a comprovação da ineficiência da máquina pública se 
sujeita à aplicação de responsabilidade” (RESENDE, 2005, p. 13). 
Para Modesto (2007) a eficiência do Estado se faz necessária em toda e qualquer 
atividade desempenhada pelo mesmo. Observemos como O autor afirma esta exigênciadizendo que 
Comentado [IALS54]: Isto ficou repetitivo no seu texto e não é a 
melhor mandeira de fazer uma citação. Caso tenha tempo reveja as 
várias vezes que colocou o “Vejamos” 
https://jus.com.br/tudo/adocao
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se entendermos a atividade de gestão pública como atividade necessariamente 
racional e instrumental, voltada a servir ao público, na justa proporção das 
necessidades coletivas, temos de admitir como inadmissível juridicamente o 
comportamento administrativo negligente, contra-produtivo, ineficiente. 
MODESTO (2007, apud MENEGUIN; SANTOS, 2013, p. 7). 
 
Importa salientar, sobre a eficiencia governalmental, que “a menção a dificuldades 
diversas, que são ínsitas ao serviço público, não pode servir como justificativa 
suficientemente válida para eximir o Estado de seu dever constitucional de prestar o 
serviço que é essencial à Dignidade da Pessoa Humana” (SOUZA, 2013, p. 8). 
Na visão de Medauar (2007) o princípio da Eficiência está associado ao resultado 
que satisfaça aos anseios sociais. Vejamos: 
Agora a eficiência é princípio que norteia toda a atuação da 
Administração Pública. O vocábulo liga-se à idéia de ação, para produzir 
resultado de modo rápido e preciso. Associado à Administração Pública, 
o princípio da eficiência determina que a Administração deve agir, de 
modo rápido e preciso, para produzir resultados que satisfaçam as 
necessidades da população. (MEDAUAR, 2007, p. 127apud 
MACHADO, 2011, p. 4). 
 
Diante do exposto notamos que este o princípio da eficiência deve nortear o agir do 
Poder Público de modo a ser levado como regra indispensável, ou seja, a gerência pública 
deve atuar possuindo como foco o atendimento de necessidades com o menor custo 
financeiro possível e evitando despedícios. 
 
 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A problemática apresentada neste estudo, sobre os princípios fundamentados na 
constituição federal aplicados na atuação da administração pública, visou, objetivamente 
demonstrar a importância da aplicabilidade dos Princípios Constitucionais. Sobretudo 
entendendo a importância da gestão pública considerar como fundamental a: a) Legalidade, 
b) Impessoalidade, c) Moralidade, d) Publicidade e e) Eficiência na prática diária da 
Administração Pública. O artigo elucidou tais princípios descrevendo a importância da 
governança em prol da coletividade na Administração Pública. Notandando também em 
que a mesma deve ser aplicada coadunada com tais princípios basilares. Entendemos ainda 
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que tais bases podem aparecer por demostrar como um grande instrumento de gestão no 
desempenho da função pública responsável. 
Constatou-se que as diversas dificuldades estatais advêm do descumprimento de 
tais princípios, citados anteriormente, que é um dever constitucional. Ressaltou-se a 
necessidade de uma análise principiológica de todo e qualquer ato desenvolvido pela 
Administração Pública, pois por meio deles assegura harmonia entre o controle exercido 
pela sociedade envolvida e o Estado. 
Observou-se que há dois lados da questão do pêndulo, de um lado a sociedade que 
contribui por meio do pagamento de tributos e do outro, o Estado que deverá cumprir o seu 
papel por meio da efetivação dos serviços com qualidade. 
Procurou demostrar Mostrou neste artigo que é necessária uma a busca constante 
pela efetividade do desempenho ético e responsável do gestor público de maneira a atender 
as necessidades da coletividade. E para que isto ocorra será é necessário também que os 
atos da Adminsitração Pública tenha passem pela observação e pela obediência aos 
princípios constitucionais de maneira a otimizar recursos, habilidades e ferramentas no 
desempenho da função pública. 
Entendemos a partir desta pesquisa que no princípio da eficiência esta o resultado 
da aplicabilidade dos demais princípios. Neste momento aspecto de consideração ética o 
gestor público alia produtividade com economicidade o que, por consequencia, resulta na 
qualidade dos serviços prestado por meio da redução dos desperdícios na justa proporção 
das necessidades sociais como nos demostra a citação de Modesto (MODESTO, 2007). 
Como nos demonstra Souza (2013) toda à problemática envolvida na gestão da 
contemporaneidade não deve incorrer como justificativa de má gestão tendo em vista todo 
o aparato constitucional como base e também todos os mecanismos de defesa existentes 
em prol do cidadão como já citados. Observa-se que há uma exigência constitucional que 
implica que o Estado deve agir eficientemente de forma a empregar os recursos gerados 
por meio dos impostos cobrados de forma coerente e ética. Souza (2013) menciona que o 
Estado é responsável por suas pelas ações administrativas e em caso de a sua ineficiência 
implica responsabilizá-lo. 
Conclui-se Considera em resumo que a inobservância aos princípios ora 
supracitados na Administração Pública enseja um descompasso entre o que se deve fazer e 
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o aplicado. Os princípios Constitucionais da Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, 
Publicidade e Eficiência alicerca deverão alicerçar as ações do Poder Público de forma a 
limitá-los. Isto também é o que garante a supremacia do interesse público. Ficando 
evidente, ao final da pesquisa e análise realizadas, que o distanciamento dos atos 
praticados na Adminstração Pública por intermédio de seus dos agentes aos princípios 
constitucionais citados no art. 37, caput, Constituição Federal de 1988 gera um 
esquecimento o não atendimento ao do próprio direito o que, por conseguinte, prejudicará 
toda uma coletividade. 
 
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