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Ramo ou especialidade das ciências médicas que utiliza as radiações para a realização de diagnósticos, controle e tratamento de doenças. Qual a importância da radiologia? Duas especialidades distintas: • Radioterapia; • Radiodiagnóstico. Objetivos da radiologia veterinária: • Avaliação das estruturas anatômicas; • Obter informações das estruturas sobre: o Tamanho; o Densidade radiográfica; o Localização; o Presença de estruturas anômalas. • Avaliação espacial bidimensional de toda área radiografada. O que são raios x? São radiações eletromagnéticas (ionizantes) produzidas por alta descarga de energia a partir de elétrons gerados pela ampola de raios-x. Radiação São variados tipos de energia na forma de partículas ou de ondas eletromagnéticas que se deslocam no espaço. • Exemplos: o Alfa; o Beta; o Gama; o Raio X; o Ultravioleta; o Luz visível; o Ondas de rádio; o Infravermelha; o Micro-ondas. Classificação das radiações – de acordo com sua origem: • Naturais: partem de uma fonte não produzida por tecnologia humana. Ocorrem de forma espontânea. o Exemplos: radiações cósmicas: explosões solares e estrelares. • Artificiais: produzidas a partir de equipamentos elétricos – partículas: como os elétrons. São aceleradas. o Exemplo: raio X. • Nucleares: partem do interior do núcleo de um átomo instável. o Exemplo: alfa, beta e gama. Tipos de radiações – capacidade de interagir com a matéria: • Ionizantes: podem provocar ionização e excitação dos átomos e moléculas, provocando modificação (ao menos temporária) na estrutura das moléculas. O dano mais importante ocorre no DNA. Têm-se: o Radiação alfa; o Radiação beta; o Radiação gama; o Radiação X. • Não ionizantes: não provoca ionização e excitação dos átomos e moléculas. Assim, não provocam modificação (ao menos temporária) na estrutura das moléculas. Têm-se: o Infravermelho; o Micro-ondas; o Ultravioleta; o Ondas de rádio. radiologia Histórico: Wilhelm Conrad RÖNTGEN – Alemão, Professor de Física da Universidade de Würzburg na Barviera. Em 8 de novembro de 1895, produziu e detectou radiação eletromagnética em um comprimento de onda conhecido como raios X ou raios Röntgen. Princípios físicos dos raios X: Miliamperagem (mA): O mA representa: o número de elétrons emitidos. MA = quantidade de radiação = densidade radiográfica. • Miliamperagem (mA) x Tempo (s) = mAs. – quantidade de raios X produzidos na ampola durante um determinado tempo (segundos). Kilovoltagem (Kv): O Kv é que imprime velocidade aos elétrons no interior da ampola de raios-x. Assim, quanto maior a kV, maior será a força de penetração. kV → ve → penetração → CONTRASTE. Apresentam-se proposições sobre o funcionamento da ampola nos equipamentos geradores de raios-x: I- A mA (miliamperagem) é responsável pelo aquecimento do filamento de tungstênio localizado no cátodo, com o intuito de disponibilizar elétrons para que os raios-x sejam formados no ânodo. II- A Kv (quilovoltagem) tem por objetivo acelerar os elétrons fornecidos pelo cátodo em direção ao ponto focal localizado no ânodo; III- Os elétrons acelerados, oriundos do ânodo, irão se descolar até o cátodo produzindo calor e raios-x. Marque a(s) correta(s). Propriedades dos raios-x: • Propagam-se em linha reta e a mesma velocidade da luz (310.000 Km/s); • Atravessam corpos espessos; • Quando incidem em substâncias: sulfato de zinco, tungstato de cálcio ou cádmio tornam-se fluorescentes; • Impressionam chapas fotográficas; • Produzem modificações biológicas: o Somática; o Genética; o Carcinogênica. Qualidade da imagem radiográfica: Densidade radiográfica: • Grau de enegrecimento da radiografia (enegrecimento → densidade); • mAs: densidade: mAs: superexposição – imagem escura. mAs: subexposição – imagem clara. Contraste radiográfico: • Diferença de densidade em áreas adjacentes de uma imagem radiográfica (variação na densidade – variação nos tons de cinza); • Influenciado pelo kV: kv → contraste; • Boa imagem: kv/mAs. De acordo com Soares e Lopes (2015) “O contraste é controlado exclusivamente pela kilovoltagem – kV. Segundo Bontrager (2018) “O kV controla a energia do feixe dos raios X e o poder de penetração da radiação e é o fator primário para o contraste.” Alto kV: resultará em um baixo contraste radiográfico; Baixo kV: resultará em um alto contraste radiográfico. Muito kVp: baixo contraste: • A imagem tende a ficar cinza; • Não se distingue músculos, gordura; • Estruturas ósseas acinzentadas. Pouco kVp: alto contraste: • A imagem tente a ficar com muito “preto e branco”; • Não é possível distinguir tecidos moles; • Estruturas ósseas muito brancas. Detalhe radiográfico: • Caracteriza a presença de nitidez das estruturas na radiografia; • Insuficiência de detalhe ou definição radiográfica: o Movimento voluntário/involuntário: tempo de exposição. Distorção radiográfica: • Representação errada do tamanho ou formato do objeto (órgão) radiografado; • Ampliação do tamanho cardíaco: cardiomegalia. Minimizar e controlar a distorção: o Raio central; o Distância filme objeto; o Foco-filme; o Alinhamento do objeto. Obtenção da imagem: raio x convencional: • Filme de raio x: filme fotográfico – emulsão sensível à luz – halogeneto de prata; • Exposição aos raios X – precipitação do cristais – depósitos de prata – preto no filme e processado; • Cristais não expostos são removidos durante a fixação, deixando áreas claras; • Quantidade de prata precipitada: preta, cinza ou clara; • O grau de escurecimento do filme é afetado pelo número de raios X que atingem o filme que está relacionado com o mAs; • Os tons mais brancos representam materiais densos, que absorveram toda a radiação e impediram que o filme se “queimasse”; • Já os tons mais escuros representam as estruturas pouco densas, onde a maioria dos raios x conseguiram atravessar e “queimar” o filme. Revelação manual: • Revelador: 1 minuto; o Dura aproximadamente 2 meses. • Fixador: 1 minuto; o Dura aproximadamente 4 meses. • Lavagem abundante. Água deve ser sempre corrente quando está se revelando. Raio X convencional – desvantagens: • O paciente recebe maior quantidade de radiação; • Índice de repetição dos exames é maior – qualidade das imagens nem sempre atinge as expectativas; • Arquivamento dos exames, que requer muito espaço em clínicas e hospitais. Obtenção da imagem: raio x digital: Radiologia digital indireta (CR): • Chassi para receber uma placa de fósforo digital sensível a radiação, onde as imagens são digitalizadas; • Após a aplicação dos raios x, a placa recebe imagem do paciente; • A placa é colocada em um leitor para que possa ser transferida para o computador. Radiologia digital direta (DR): • Os equipamentos digitais semelhante aos equipamentos indiretos; • Não é preciso utilizar a placa digital e leitor de placa; • Os raios x são capturados por uma placa de circuitos sensíveis à radiação, que gera automaticamente a imagem e envia diretamente ao computador. Raio X digital – vantagens: • Permite o ajuste do contraste de forma a favorecer a identificação de lesões; • Mais sustentável – redução do uso de filmes e substâncias poluentes; • Possibilidade de processar a imagem em momento posterior; • Armazenamento das imagens em menor espaço e por maior tempo; • Disponibilização das imagens em redes e transmissão das mesmas para locais distantes com rapidez e qualidade; • Favorece a lucratividade, visto que a repetição de exames diminui e a agilidade aumenta. Equipamentos de radiodiagnóstico em grandes animais Interação dos raiosx com a matéria: • Ao interagir com a matéria, os raios x podem: o Dispersar; o Absorver; o Espalhar. Raios dispersos: a radiação é apenas desviada da sua trajetória. Podem degradar a qualidade da imagem ou podem atingir o radiologista. Efeito foto-elétrico: processo que leva a formação da imagem. • Raios x são absorvidos; • Não há radiação dispersa; • Esses raios x característicos são absorvidos pelos tecidos locais e formam o contraste da imagem. Efeito Compton: parte da energia da radiação é transferida aos átomos e os raios incidentes continuarão sua trajetória; • Não é absorvido como no efeito fotoelétrico (fótons dispersos: degradam a imagem). Peso atômico (PA): está relacionado com o número de carga positivas contidas no núcleo dos átomos dos elementos químicos: Elemento químico Peso atômico Tecidos moles: músculos, sangue, pele, tendões, etc. Hidrogênio Carbono Oxigênio 1 6 (média: 6) 8 Ossos Cálcio 20 Meios de contraste Iodo Bário 53 56 Aparelhos de proteção (avental, luvas, etc.) Chumbo 82 PA: > a capacidade de absorver raios X, maior a radiopacidade. Densidade: • Depende da organização das moléculas das estruturas radiografadas; • Ossos > denso + PA (20): aparência branca – radiopaco; • Tórax: pulmão (ar alveolar) – radioluscente/radiotransparente. As 5 densidades: 1. Ar; 2. Gordura; 3. Água; 4. Osso; 5. Metal. Espessura: • Quanto maior a espessura da área radiografada, maior a absorção de raios-x; • Fórmula do kV: esp. X 2 + constante do aparelho. Necessitando radiografar o fêmur de uma cadela 5 anos de idade que havia sofrido atropelado no dia anterior, calcula o kV, sabendo-se que a espessura da coxa é de 15cm e a constante do aparelho é 30. a) 50 b) 40 c) 30 d) 60 e) 70 Dispositivos usados para diminuir a distorção da imagem radiográfica: • Diafragma ou colimador (cone): restringe e direciona os raios-x primários emitidos da ampola até a área a ser radiografada, reduzindo os raios dispersos e a distorção geométrica. • Grade antidispersora ou diafragma de Bucky: impede que os raios dispersos ou secundários atinja a radiografia (filtra), melhorando a qualidade da imagem de grandes espessuras. • Ecran reforçador ou intensificador de imagem: aumenta a precipitação da prata na película radiográfica, dando maior nitidez a imagem e diminui os fatores de exposição (kV e mA). Perigos da radiação: São capazes de causar modificações biológicas. • Somáticas: interferindo no equilíbrio químico celular (inflamação e necrose: órgão hematopoiéticos, gônadas e camada germinativa da pele); • Genéticas: interferindo nas cadeias de DNA, rompendo-as. Medidas de proteção: • Avental plumbífero; • Protetor de tireoide; • Luvas; • Óculos plumbífero e refletível; • Dosímetro – avaliado mensalmente; • Paredes baritadas; • Controle hematológico – anual.
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