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Foto fonte: siteware.com 
 
 
Custos logísticos no Brasil 
Fonte: Cargo News 
Acesso: http://www.cargonews.com.br/custos-logisticos-no-brasil/ 
Data: 17/04/2021 15h45 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
Na competitividade empresarial, o custo tem enorme relevância. Entretanto, na busca cega 
por redução de custos (“visão míope” de redução de custos), as empresas têm dificuldade em 
enxergar custos relacionados à Logística. Custo Logístico, para a maioria da doutrina, é 
basicamente o somatório dos custos de transporte, armazenagem e manutenção de estoque. 
 
Sendo o modal rodoviário o principal modal utilizado no Brasil, sabe-se que os custos logísticos 
envolvidos são significativos, impactando em muito o preço final dos produtos. Conforme o 
Plano de Transporte e Logística da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), custos com 
logística neste modal alcançam 12,7% do Produto Interno Bruto (PIB), ao passo que nos EUA 
este resultado é de 8,7% (ILOS), diferença que para os empreendedores representa um grande 
potencial de ganho, se bem explorado. 
No Brasil o transporte rodoviário é responsável por 58% da carga transportada. 
Diferentemente de Austrália (30%), EUA (28%) e China (19%). Veja que para os norte-
americanos, o custo do transporte rodoviário é 3,5 vezes maior do que o ferroviário, seis vezes 
maior do que o dutoviário, e 9 vezes maior do que o hidroviário. 
 
http://www.cargonews.com.br/custos-logisticos-no-brasil/
 
 
 
Foto Fonte: economia.uol.com.br 
 
 
Para o Banco Mundial, os gargalos logísticos brasileiros acrescentam 7% ao custo dos produtos 
exportados. Veja, por exemplo, que a produtividade de nossa mão-de-obra portuária era, há 
poucos anos atrás, 20% da europeia. É comum e notório que no Brasil navios esperem mais 
de uma semana para atracar, enquanto o padrão internacional é de menos de 24 horas. 
Enquanto a produtividade dos guindastes nos portos do Rio e Santos eram respectivamente 
de 9 e 12 contêineres/hora, em Buenos Aires é de 22 e em Hamburgo, 28. Talvez por isso, 
Brasil ocupasse a 123ª colocação num ranking de 185 países no Índice Ease of Doing Business, 
de 2013. 
 
Sem falar no tamanho dos navios de carga. Em 2017 nos gabávamos de receber no Porto de 
Santos o maior navio cargueiro possível de atracar no Brasil, o conteineiro Hyundai Loyalt (340 
metros de comprimento, capacidade máxima de 8600 contêineres TEU e 14,5m de calado). O 
calado máximo operacional do Porto de Santos, divulgado em 26 de fevereiro de 2018 está 
em 13,20m. Entretanto, o maior navio cargueiro do mundo, o OOCL Honk Kong (que já está se 
tornando “fichinha” devido aos novos projetos de navios) possui 399,87 metros de 
comprimento, capacidade para mais de 21413 contêineres TEU e calado de 16,2 metros. 
Navios deste porte já são corriqueiros na região dos tigres asiáticos, região de intenso 
comércio internacional. Daria para fazer um artigo crítico tratando só da logística marítima. 
Mas não me estenderei mais do que isto. 
 
 
Foto Fonte: marinetraffic.com 
 
 
ESTUDOS, ÍNDICES E COMPARATIVOS 
 
Dentre as diversas chagas enfrentadas pela logística nacional brasileira, existem ainda as 
referentes à integração modal. Conforme informação do Ministério dos Transportes, o modal 
rodoviário possui a maior representatividade nacional, com cerca de 80% dos transportes 
realizados nas rodovias. Índice alto se comparado com países como Alemanha, Inglaterra e 
EUA, países com boa infraestrutura de transportes e forte integração modal. O modal 
rodoviário, mesmo sendo flexível, tem custos ampliados pela limitação de carga e necessidade 
de infraestrutura. A saída (brasileira) seria harmonizar o modal rodoviário com outros mais 
eficientes, baratos e seguros, a exemplo do ferroviário. Entretanto, o Brasil peca em pontos 
de integração modal, comprometendo o uso conjugado de outros sistemas e perdendo em 
eficiência logística. 
 
Veja, por exemplo, o caso do modal ferroviário. Em países onde o sistema ferroviário é 
priorizado, custos logísticos são menores devido ao baixo valor deste modal (em comparação 
com outros modais), além de sua maior confiabilidade e segurança. Entretanto, no Brasil, 
existe enorme carência e necessidade de ampliar a malha ferroviária, inclusive com mais 
pontos de integração entre sistemas (já que no passado, as ferrovias brasileiras destinavam-
se ao comércio exterior, existindo pouca integração e radiação das linhas férreas). 
 
 
Cite-se ainda o caso do agronegócio nacional, que teve incremento em produtividade nos 
últimos 50 anos, porém o alto custo logístico resultante de falhas de infraestrutura 
compromete sua competitividade perante o mercado internacional. Para Luiz Fayet (consultor 
da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), “O custo do produtor, da saída da 
porteira da fazenda até o porto onde o grão vai ser despachado para o exterior é cerca de 
quatro vezes maior que nos EUA ou na Argentina. O mundo não vai pagar 20% ou 30% a mais 
no valor final”. 
 
Conforme estudos da EMBRAPA, se o Brasil solucionasse os problemas no escoamento de 
produtos do agronegócio, produtores teriam um ganho 35% superior ao atual. O problema, 
conforme Gustavo Spadotti (analista do grupo de inteligência territorial da EMBRAPA), é que 
o país investe pouco e mal em logística. Nos últimos 50 anos, o agronegócio se deslocou do 
Sul e Sudeste para o Centro-Oeste, dificultando o transporte. Assim, para o pesquisador, o 
desafio é exportar tais produtos pelos portos do eixo Norte, como o de Santarém, ao invés de 
usar portos do Sudeste. Contudo, dificuldades do transporte rodoviário em trechos não 
asfaltados da BR-163 obrigam os produtores a evitar a rota do Centro-Oeste ao Norte. Para 
Fayet, da CNA, a troca derrubaria o custo de transporte de cerca de US$125/tonelada para 
US$80. Com problemas como este, como o Brasil pode competir com produtos similares 
americanos, que são transportados por enormes e altamente integradas linhas ferroviárias? 
Fica a reflexão. 
 
A título de comparação com países desenvolvidos, no Brasil os custos logísticos representam 
12,1% do PIB (COPPEAD/UFRJ), ao passo que nos EUA é de 8,19%. Verifica-se claramente que 
no Brasil os gastos com logística são enormes, considerando-se tamanho da economia. A 
precária infraestrutura brasileira obriga os empresários brasileiros a gastarem R$4,4 bilhões a 
mais que os EUA. Assim, a logística no Brasil é excessivamente cara, principalmente pela falta 
de investimento na infraestrutura e no transporte. 
 
Dentre outros aspectos isto impacta, por exemplo, no estoque, que que acaba se tornando 
uma segurança contra imprevistos gerados por um sistema nacional pouco confiável, que 
causa atrasos constantes, bem como perdas devido a roubos, acidentes e avarias. Um 
desperdício que poderia ser eliminado ou minimizado com melhores investimentos na malha 
de transportes brasileira. 
 
Continuemos na comparação com EUA, que de uma forma ou de outra, é um dos parâmetros 
mundiais. Se nossa matriz de transportes fosse semelhante à deles, e se para os mesmos 
 
modais o Brasil tivesse os mesmos custos dos americanos, nosso país economizaria R$ 113 
bilhões, ou 37% dos custos com transporte de carga no Brasil. A principal causa desta diferença 
é que há cerca de 35 anos o Brasil mantém a mesma infraestrutura para transporte de carga, 
ao passo que os americanos vêm investindo pesadamente, e consequentemente colhendo 
frutos em termos de eficiência e competitividade, enquanto mesmo quando comparado aos 
outros BRICs (Rússia, Índia e China) o Brasil continua sendo o mais carente em termos de 
infraestrutura (Figura 3). 
 
 
Figura1: Infraestrutura de transportes de carga pelo mundo. Fonte: World FactBook, Banco Mundial – 2014 (Apud ILOS) 
Tal carência aloca o Brasil em péssima posição em termos de desempenho logístico, em 
comparação com outros países. Veja a pesquisa do Banco Mundial (figura abaixo). Na edição 
de2014, o Brasil ficou na 65ª posição. Neste ranking, o Banco Mundial analisa seis itens: 
1. Consistência/Confiabilidade 
2. Rastreamento de Carga 
3. Competência dos Serviços 
4. Disponibilidade de Transporte 
5. Procedimento de Alfândega 
6. Infraestrutura 
 
 
 
Figura 2: Ranking do Índice de Desempenho Logístico do Banco Mundial – 2007 a 2014 
Fonte: Banco Mundial (Apud ILOS) 
 
Neste comparativo entre Brasil e EUA se percebe que a diferença não reside apenas no custo 
de cada modal, mas também na proporção de modais utilizados no transporte de cargas. O 
Brasil transporta 2/3 de suas cargas por modal rodoviário, ao passo que os EUA movimentam 
menos de 1/3 da sua produção por este modal. 
 
Figura 3: Matriz de transportes de carga de Brasil e Estados Unidos e os respectivos custos por modal 
Fonte: BTS; AAR; AOPL; US Army Corps of Engineering; 24th CSCMP’s Annual State of Logistics Report (Apud ILOS) 
 
CONCLUSÃO 
 
Neste panorama, é premente que haja políticas e investimentos governamentais na 
 
infraestrutura de transporte, incrementando a disponibilidade de modais, e propiciando 
eficiência e competitividade. Os indicadores mostram sinais de recuperação econômica, sendo 
necessário aprimorar a logística nacional para minimizar gargalos e fortalecer a 
competitividade nacional frente aos players mundiais. Entretanto, o setor produtivo não pode 
esperar de braços cruzados, de maneira que precisa empreender esforços na busca por mais 
eficiência e competitividade, apesar das adversidades. Lembremo-nos de que um país com 
deficiências também é um país com oportunidades. 
 
E uma das principais soluções, que até o momento se torna mais promissora para driblar as 
adversidades, apresentar vantagem competitiva e melhorar o nível de serviço ao cliente, é o 
uso de logística integrada com suporte em tecnologia (para gestão, relacionamento com 
fornecedores, monitoramento, rastreamento, roteirização…). 
 
Por meio da logística integrada com o uso de operadores logísticos é possível a 
intermodalidade, oferecendo ao cliente fluxo de produto “porta a porta”, abrangendo a cadeia 
de suprimentos completa, desde o fornecedor da matéria prima até o cliente final. É nesta 
busca por eficiência e redução de custos que o uso de vários modais de transporte se 
apresenta como estratégia competitiva em um país de enormes dimensões e que tem o modal 
rodoviário como matriz predominante, porém altamente precária. 
As organizações que fazem uso da logística integrada têm obtido bons resultados na 
integração entre os elos de sua cadeia de suprimentos no que tange a visão sistêmica, 
planejamento, comunicação, previsão de vendas, armazenagem, gestão de estoques, 
transportes e consequentemente nível de serviço ao cliente. 
 
E o nível de serviço ao cliente é o objetivo finalístico da logística integrada. 
Logística integrada vem se apresentando cada vez mais como uma estratégia promissora, 
especialmente porque com a melhoria nos indicadores econômicos é esperado que as 
movimentações de carga tenham incremento neste país de dimensões continentais, seja por 
meio rodoviário, aéreo, marítimo (exportação e cabotagem), e mesmo no precário e limitado 
modal ferroviário. Assim, a logística promete ser o foco das atenções em termos de gestão, 
sendo a logística integrada o diferencial que as empresas terão à mão para se diferenciar no 
mercado. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
• MACHADO, Ricardo; CASTRO, Lucia et al. Seminário de logística e gestão da cadeia de suprimentos Rio de 
Janeiro, 2006. 
• Panorama ILOS – Custos Logísticos no Brasil (2013). Connecting to Compete – Trade Logistics in the Global 
Economy (2014), Banco Mundial. 24th CSCMP’s Annual State of Logistics Report. 
• http://www.pauloangelim.com.br/artigos3_52.html 
 
• http://www.centrodelogistica.com.br/new/fs-busca.htm?fr_art_custo_financeiro_estoque.htm 
• http://www.centrodelogistica.com.br/new/fs-busca.htm?fr-perspect.htm 
• http://www.remade.com.br/revista/materia.php?edicao=96&id=902 
• http://www.administradores.com.br/artigos/economia-e-financas/custos-logisticos-na-economia-
brasileira/13156/ 
•http://www.remade.com.br/br/revistadamadeira_materia.php?num=902&subject=Log%EDstica&title=Perspe
ctivas%20para%20a%20log%EDstica%20brasileira 
• http://www.ilos.com.br/web/perspectivas-para-a-logistica-brasileira-2/ 
• https://blog.portodaserraimoveis.com.br/custo-logistico-no-brasil-7-informacoes-que-voce-deve-saber/ 
• www.cnt.org.br/Imprensa/noticia/custo-logistico-consome-12-do-pib-do-brasil 
• http://www1.folha.uol.com.br/seminariosfolha/2017/09/1918752-custo-logistico-de-transporte-derruba-
competitividade-brasileira-no-exterior.shtml 
• http://www.fdc.org.br/blogespacodialogo/Lists/Postagens/Post.aspx?ID=482 
• http://port.pravda.ru/news/russa/16-09-2014/37319-santos_roterda-0/ 
• http://www.atribuna.com.br/noticias/noticias-detalhe/porto%26mar/porto-de-santos-recebe-maior-navio-a-
escalar-em-suas-instalacoes/?cHash=654b3f66327db52028c3ceb359730650 
• https://en.wikipedia.org/wiki/List_of_largest_container_ships 
• http://www.atribuna.com.br/noticias/noticias-detalhe/porto%26mar/porto-de-santos-aumenta-o-calado-
operacional-para-13-metros/?cHash=87b81569b63fa94b16a4c2d15f80dadf 
• http://www.portodesantos.com.br/calado.php