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Sistemas de Garantia da Qualidade ISSO, QS, BS 1 Sistemas de Garantia da Qualidade ISSO, QS, BS Professora Salete Xavier Sistemas de Garantia da Qualidade ISSO, QS, BS 2 Introdução 3 História da gestão da qualidade 3 A Evolução do Conceito de Qualidade 4 A Necessidade de Padronização 5 Histórico sobre a ISO 6 ISO Série 9000 6 Considerações sobre a qualidade 7 Gestão da qualidade 7 Conceitos da Qualidade 8 Qualidade em Serviços 9 Garantia versus controle de Qualidade 11 Os critérios da garantia da qualidade 12 Organização 12 Documentação 13 Revisão do Contrato 13 Garantia do Projeto 13 Controle dos Documentos 13 Aquisição 14 Equipamentos de Medição e Ensaio 14 Inspeção de Recebimento 14 Produção e Construção 14 Inspeção Durante a Produção 14 Situação da Inspeção 14 Inspeção Final 15 Não Conformes 15 Ação Corretiva 15 Registros da Qualidade 15 Auditoria 15 O Profissional – Auditor 16 Certificação 17 Manuais da Qualidade 19 Propósitos dos Manuais da Qualidade 19 Variações de um Manual da Qualidade 19 Buscando Excelência 20 Sucesso sustentado 23 Envolvimento e motivação das pessoas 24 Modelo de Maturidade 24 Referências 25 Sumário Sistemas de Garantia da Qualidade ISSO, QS, BS 3 introdução O objetivo desta matéria é conhecer os sistemas que garantem a qualidade, mostrando desta maneira a grande aplicabilidade das técnicas que envolvem este processo. Atualmente a palavra qualidade tem sido muito utilizada pela sociedade porem predomina ainda a falta de informação, quanto ao objetivo e vantagens da implantação de um sistema que garanta a qualidade. Não aspiramos dizer que é uma tarefa fácil e que seja um sistema simples para implantar. Dependendo do foco da empresa a garantia da qualidade torna-se uma forte alavanca para o sucesso. Cada uma dentro das suas características próprias, seja ela de pequeno, médio ou de grande porte, encontrara ferramentas para sanar suas deficiências e garantir direções apropriadas. Cada ano que passa os desafios aumentam para as organizações. Fatores como novas exigências dos mercados, consumidores, antigos desequilíbrios de demandas da sociedade, globalização, aumento da competitividade, evolução tecnológica e disputa por recursos escassos, têm exigido mudanças significativas no modo de gerir um negócio. Para o início do século 21 visualizamos uma completa revolução organizacional, na medida em que as organizações estão operando cada vez mais sob a forma de redes, dinâmicas e abertas, viabilizadas pela complementaridade de suas atividades e pela comunhão de valores e princípios. Em resposta a esse cenário, as organizações têm buscado, ao longo do tempo, a melhoria dos seus processos e resultados. Hoje, os empresários e dirigentes contam com alguns modelos gerais e diversas ferramentas, com o objetivo de tornarem-se cada vez mais competitivos e interconectados. Nesta aula apresentaremos um foco maior nos sistemas que garantem a qualidade e algumas ferramentas que desencadeiam este sucesso. HiStória da geStão da qualidade Zerar os defeitos nos produtos e processos deve ser preocupação de toda empresa que quiser crescer e se manter viva. A qualidade começou a ser incorporada à produção industrial no início do século XX para impedir que produtos defeituosos chegassem às mãos dos clientes. Com a ampliação da produção em massa, foram introduzidas técnicas de controle estatístico da qualidade, de maneira que fossem atendidos de forma mais segura os mercados em crescimento. Esta abordagem foi conhecida como controle da qualidade. O período seguinte ao fim da 2ª Guerra Mundial trouxe o controle de processos. Este tipo de controle engloba toda a produção, desde o projeto até o acabamento. O objetivo da qualidade nos processos de produção era garantir a segurança e zerar os defeitos. O conceito de controle de qualidade evoluiu para a garantia da qualidade. Isso consiste na demonstração, aos clientes e ao público em geral, de que determinados produtos ou serviços da empresa têm a qualidade desejada. Os avanços nas tecnologias de informática, transportes e comunicação aumentaram ainda mais a velocidade das mudanças e transformaram o diferencial competitivo, que passa a ser a rapidez e a competência da empresa em aprender, interagir e responder ao mercado. A empresa precisa atender e superar as expectativas do cliente. Sistemas de Garantia da Qualidade ISSO, QS, BS 4 a evolução do Conceito de qualidade De onde surgiu a necessidade de uma preocupação com a qualidade? No modo de produção anterior à Revolução Industrial, o artesão se ocupava de todas as tarefas: desde a escolha e aquisição da matéria-prima até a fase de acabamento e entrega do produto. O controle da qualidade era exercido pelo próprio artesão. As características do modelo artesanal eram a baixa produção e o alto padrão de qualidade. Fonte: http://www.perankhgroup.com Com o advento da industrialização, surgiu o processo de multidivisão das tarefas na confecção de um produto. O controle da qualidade passou às mãos do mestre industrial, que exercia a supervisão desses grupos. Com o aumento das escalas de produção e do número de trabalhadores, o sistema tornou-se inviável, pois não era possível um só mestre supervisionar todo o processo. A resposta para o problema foi a padronização dos produtos. Com a 2a Guerra Mundial, houve uma grande evolução tecnológica, acompanhada por uma complexidade técnica de materiais, processos de fabricação e produtos. Essa situação ameaçava inviabilizar a inspeção total da produção. Surgiu então uma evolução do controle da qualidade: o controle estatístico, baseado em inspeção por amostragem e gráficos de controle (timidamente começava a despontar o conceito de prevenção de falhas). Entretanto, as ações corretivas desencadeadas ainda eram de eficiência restrita. Esta ineficiência das ações corretivas e a acirrada competição pelo mercado consumidor acabaram contribuindo significativamente para que se adotasse um novo enfoque em termos de controle de qualidade, o Controle da Qualidade Total - CQT (em inglês, Total Quality Control - TQC, também conhecido por Total Quality Management - TQM). Fonte: http://www.fhwa.dot.gov Pode-se dizer que o CQT foi um modelo para o sistema da garantia da qualidade e apresentava certos aprimoramentos em relação ao sistema anterior (controle estatístico), tais como: • Preocupação com a satisfação do cliente. • Conceito de aperfeiçoamento contínuo (os japoneses diziam que o dia não poderia passar sem que algum tipo de melhoria fosse feita em algum lugar na empresa). • Envolvimento e participação de todos os funcionários (desde a alta gerência até o escalão mais baixo da empresa). • Valorização do respeito ao indivíduo. O CQT é mais do que uma simples utilização de metodologias, técnicas, sistemas ou ferramentas. O CQT é uma filosofia organizacional, expressa através de ações da gerência, de cima para baixo, que focalizam o processo de organização como um todo e que buscam a vantagem competitiva a longo prazo, tendo como recursos estratégicos: a qualidade, o respeito, a participação e a confiança de todos os funcionários. Sistemas de Garantia da Qualidade ISSO, QS, BS 5 A filosofia do CQT teve um grande impacto nas práticas de engenharia e gerência, o que serviu como base para a evolução aos atuais sistemas da qualidade. Fonte: http://kdimagens.com/imagem/globalizacao-1108 Os sistemas da qualidade proporcionam os instrumentos necessários para assegurar que os requisitos e atividades especificados sejam acompanhados e verificados de uma maneira planejada, sistemática e documentada. Deste modo, estabelecer um sistema da qualidade não significa aumentar ou reduzir a qualidade dos serviços ou produtos, mas sim, aumentar ou reduzir a certeza de queos requisitos e atividades especificados sejam cumpridos. O ponto central nesta evolução do conceito de qualidade foi a mudança do enfoque tradicional (baseado no controle da qualidade e na garantia de qualidade) para o controle de gestão e melhoria de processos, que garante a produção da qualidade especificada logo na primeira vez. No contexto atual a qualidade não se refere mais à qualidade de um produto ou serviço em particular, mas à qualidade do processo como um todo, abrangendo tudo o que ocorre na empresa. a necessidade de Padronização Chegou-se ao ponto em que se torna necessário, nos dias atuais, que as empresas adotem um sistema de gestão da qualidade, pois a empresa que atua sob um sistema deste tipo, fornece aos seus clientes uma evidência tangível da sua preocupação com a qualidade, principalmente no que diz respeito em manter a qualidade alcançada. Entretanto, com as atuais tendências de globalização da economia (queda de barreiras alfandegárias: MCE, Mercosul, NAFTA), torna-se necessário que clientes e fornecedores, a nível mundial, usem o mesmo vocabulário no que diz respeito aos sistemas da qualidade. Caso contrário ocorreria problemas do tipo: uma empresa fornecedora do México possui um sistema de gestão da qualidade próprio que, além disto, utiliza um vocabulário diferente do utilizado pela possível empresa compradora inglesa que tem conhecimento somente das normas de gestão da qualidade britânicas BS 5750. Portanto, o cliente inglês tem de se inteirar do sistema de gestão da qualidade do fornecedor em questão, o que significa uma perda de tempo e dinheiro. Para evitar conflitos desta natureza, foram emitidas, pela ISO, normas internacionais sobre sistemas de gestão da qualidade. Fonte: http://ilustradores.ning.com Sistemas de Garantia da Qualidade ISSO, QS, BS 6 Histórico sobre a iSo A ISO, cuja sigla significa International Organization for Standardization, é uma entidade não governamental criada em 1947 com sede em Genebra - Suiça. O seu objetivo é promover, no mundo, o desenvolvimento da normalização e atividades relacionadas com a intenção de facilitar o intercâmbio internacional de bens e de serviços e para desenvolver a cooperação nas esferas intelectual, científica, tecnológica e de atividade econômica. Os membros da ISO (cerca de 90) são os representantes das entidades máximas de normalização nos respectivos países como, por exemplo, ANSI (American National Standards Institute), BSI (British Standards Institute), DIN (Deutsches Institut für Normung) e o INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia). O trabalho técnico da ISO é conduzido por comitês técnicos (TC’s) e o estudo sobre a emissão das normas da série ISO 9000, por exemplo, foi feito pelo TC 176 durante o período 1983-1986 (no Brasil, o comitê técnico responsável pelas normas da série NBR-ISO 9000 é o Comite Brasileiro 25, da Associação Brasileira de Normas técnicas - ABNT). As normas ISO não são de caráter imutável. Elas devem ser revistas e revisadas ao menos uma vez a cada cinco anos. No caso específico das normas da série 9000, inicialmente publicadas em 1987, a última revisão ocorreu em 1994. iSo Série 9000 A ISO série 9000 compreende um conjunto de cinco normas (ISO 9000 a ISO 9004). Entretanto, estas normas, oficializadas em 1987, não podem ser consideradas normas revolucionárias, pois elas foram baseadas em normas já existentes, principalmente nas normas britânicas BS 5750. Além destas cinco normas, deve-se citar a existência da ISO 8402 (conceitos e Terminologia da Qualidade), da ISO 10011 (Diretrizes para a Auditoria de Sistemas da Qualidade) e de uma série de guias ISO pertinentes à certificação e registro de sistemas da qualidade. As normas ISO 9000 podem ser utilizadas por qualquer tipo de empresa, seja ela grande ou pequena, de caráter industrial, prestadora de serviços ou mesmo uma entidade governamental. Deve ser enfatizado, entretanto, que as normas ISO série 9000 são normas que dizem respeito apenas ao sistema de gestão da qualidade de uma empresa, e não às especificações dos produtos fabricados por esta empresa. Ou seja, o fato de um produto ser fabricado por um processo certificado segundo as normas ISO 9000 não significa que este produto terá maior ou menor qualidade que outro similar. Significa apenas que todos os produtos fabricados segundo este processo apresentarão as mesmas características e o mesmo padrão de qualidade. Fonte: http://www.adnmundo.com As normas ISO 9000 não conferem qualidade extra a um produto (ou serviço), garantem apenas que o produto (ou serviço) apresentará sempre as mesmas características e estão divididas em dois tipos: Diretrizes para seleção e uso das normas (ISO 9000) e para a implementação de um sistema de gestão de qualidade (ISO 9004). Esta última usa frases do tipo: “O sistema de qualidade deve...”. Sistemas de Garantia da Qualidade ISSO, QS, BS 7 Normas contratuais (ISO 9001, ISO 9002, ISO 9003). Chamadas assim por se tratarem de modelos para contratos entre fornecedor (que é a empresa em questão) e cliente. Utilizam frases do tipo: “O fornecedor deve...”. É importante salientar que as empresas só podem ser certificadas em relação às normas contratuais, ou seja, ISO 9001, ISO 9002 e ISO 9003. Vamos a uma breve descrição de cada uma das normas contratuais: ISO 9001: esta norma é um modelo de garantia da qualidade que engloba as áreas de projeto/ desenvolvimento, produção, instalação e assistência técnica. ISO 9002: esta norma é um modelo de garantia da qualidade que engloba a produção e a instalação. ISO 9003: esta norma é um modelo de garantia da qualidade em inspeção e ensaios finais. Pode-se dizer que a ISO série 9000 é um modelo de três camadas em que a ISO 9001 engloba a ISO 9002 que, por sua vez, engloba a ISO 9003. A decisão sobre qual das normas contratuais da série ISO 9000 utilizar depende da finalidade das atividades da indústria em questão. A ISO 9002 é a mais apropriada para a maioria das fábricas baseadas em processos de manufatura bem estabelecidos. A ISO 9001 por sua vez é mais apropriada para processos que envolvem atividades de pesquisa e desenvolvimento. A ISO 9003 engloba somente a inspeção e ensaios finais e, por isso, tem um valor limitado. Na prática esta norma não é mais utilizada. Considerações sobre a qualidade - Algo abstrato, visto que nem sempre os clientes definem, corretamente, quais são suas preferências e necessidades, - É como sinônimo de perfeição, da absoluta falta de defeitos no produto ou no serviço, prestado; Fonte: http://cursos.sead.ufsc.br - Algo que não altera para certos produtos ou serviços; - Um aspecto subjetivo que varia de pessoa para pessoa, em função de especificidades que cada cliente possui; - Requisito mínimo de funcionamento em situações em que os produtos são extremamente simples; - Diversidade de opções que um produto ou serviço oferece; geStão da qualidade A partir da implementação da Gestão da Qualidade nas empresas (1990) incorporou-se algumas competências as organizações: aprender, interagir e responder ao mercado. A década de 1990 marcou também o início da utilização das normas ISO 9000 sobre modelo de garantia de qualidade. No mesmo ano, foi lançado o Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade com o objetivo de aumentar a competitividade do produto brasileiro. Sistemas de Garantia da Qualidade ISSO, QS, BS 8 Vários estados brasileiros criaram seus programas de qualidade e produtividade, fortalecendo a aplicação das estratégias nos estados. A versão 2009 da ISO 9000 ampliou sua abordagem e trata agora de Sistema de Gestão da Qualidade (NBR ISO 9001:2009). Isso permitiu formar um único sistema: o Sistema Integrado de Gestão (SIG), que é a gestão integrada de todos os aspectos da qualidade da empresa. É importantelembrar que as normas técnicas são constantemente revisadas e alteradas, buscando-se sua aderência com as situações reais. Assim sendo, qualquer norma que se utilize, é necessário verificar se a mesma não perdeu sua validade (não está obsoleta), pois toda vez que é editada uma nova norma, esta cancela e substitui as anteriores referentes ao mesmo assunto. No ensino das disciplinas que envolvem ensaios de laboratórios, é importante lembrar que os métodos, especificações e normas mais utilizadas no Brasil, são elaborados pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). De que existem normas elaboradas pelo DNER (Departamento Nacional de Estradas de Rodagem) (atual DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), pelo DER-SP (Departamento de Estradas de Rodagem de São Paulo); DER-PR (Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná), PMSP (Prefeitura do Município de São Paulo); entre outros órgãos, recomenda- se que sempre se devem utilizar as normas e procedimentos técnicos do respectivo órgão quando se está executando serviço para o mesmo ou qual ele recomendar. Conceitos da qualidade Campos define: Qualidade subjetiva é quando não sei ao certo o que é qualidade, mas eu a reconheço quando a vejo. Qualidade baseada no produto possui algo, que lhe acrescenta valor, que os produtos similares não possuem. Qualidade baseada na perfeição é fazer a coisa certa na primeira vez. Qualidade é baseada no valor, o produto possui a maior relação custo-benefício. Qualidade baseada na manufatura demonstra conformidade às especificações e aos requisitos, além de não haver nenhum defeito. Qualidade baseada no cliente é a adequação ao uso e a conformidade às exigências do cliente. Com base nessas referências, entenderemos melhor o que outros autores referenciam sobre Qualidade. Com a revolução industrial as empresas cresceram de forma desordenada, porém a abordagem clássica da administração destacou-se em duas correntes: a administração cientifica com a abordagem de Taylor e o enfoque anatômico (Fayol), que foram uma das principais contribuições, para a formulação do modelo global de gestão da qualidade. (Paladini, 2004). Para Rodrigues (2007), a finalidade da gestão de qualidade inicialmente é melhorar os resultados das organizações, tornarem os processos mais eficientes e o bem-estar dos trabalhadores, ressalta-se que são contínuos os aprimoramentos dos programas de qualidade, pois as novas demandas, não importando as origens, exigem dinâmica na melhoria constante. Para MOURA (1999), “qualidade é definida como sendo a conformidade entre o que se produz com aquilo que o cliente quer, de modo que suas expectativas sejam superadas e sua satisfação alcançada”. O Conceito de Qualidade evoluiu e paralelamente a esta evolução, passou a existir à visão de que o mesmo era indispensável para a empresa como posicionamento estratégico perante o Mercado e, dessa forma o planejamento estratégico da empresa, enfatizando a Qualidade, não era suficiente para seu sucesso e com isso o conceito de satisfação do cliente foi estendido para outras atividades da empresa. Sistemas de Garantia da Qualidade ISSO, QS, BS 9 Paladini (2004) destaca que a palavra qualidade é um termo dinâmico, tanto em termo de conteúdo e de alcance, pois é uma palavra de domínio publico. A palavra qualidade vem tomando mais espaço no cotidiano, migrando para o processo produtivo das empresas, que estão cada dia mais preocupados com seus produtos e serviços disponíveis no mercado, segundo a pesquisa de marketing, custa seis vezes mais conseguir um novo cliente do que manter um antigo, e de acordo com varias dessas pesquisas se fala bem de um produto para cinco pessoas, enquanto quando um produto ou serviço que não agrada fala-se mal para vinte pessoas. Portanto a sobrevivência e o sucesso de uma organização dependem hoje da capacidade de manter um cliente, encantado com uma qualidade de serviços acima das expectativas. Fonte: http://www.wib.org Para Juran, por sua precisão e economia de palavras, nos parece a mais adequada: “Qualidade é adequabilidade para o uso” Assim, um automóvel Mercedes Bens, a despeito de sua excelência, não é o produto adequado a se conquistar mercados compostos por indivíduos da classe media. Em outras palavras, um produto ou serviço é de qualidade quando é adequado à finalidade a que se destina, e quem dá a última palavra este respeito é o usuário ou consumidor, não o fabricante do bem ou prestador do serviço. O conceito aplicado à análise da função de Garantia da Qualidade utilizou a visão de “Market-in”, ou seja, a percepção das necessidades do mercado, desde o planejamento da qualidade, passando pelo projeto desta qualidade, pelo controle e pela obtenção de melhorias. O projeto “Análise da Função Garantia da Qualidade”, desenvolvida junto a indústria siderúrgica, teve como método a Trilogia da Qualidade de Juran, avaliando a importância e o nível de desempenho das funções necessárias ao planejamento, ao controle e a melhoria da qualidade. qualidade em ServiçoS O conceito de qualidade em relação a um serviço se da com a interação com o ambiente físico, processos e procedimentos de uma organização que formará sua opinião final sobre a transação comercial e fará que se decida se a experiência é ou não satisfatória. Por esse motivo, deve-se buscar constantemente a perfeição nos momentos da verdade, fazendo da qualidade em serviços uma responsabilidade de toda a organização, pois o cliente é a força propulsora da empresa. Fonte: http://womarket.blogspot.com.br/ Sistemas de Garantia da Qualidade ISSO, QS, BS 10 Para que isso ocorra Corrêa (1994) ressalta que para garantir a qualidade dos serviços e ter certeza que melhora continuamente de modo a manter uma distância competitiva segura da concorrência, deve ser gerenciado cuidadosamente, seguindo algumas considerações importantes: - Todos na organização têm algo a contribuir para a qualidade final percebida pelo cliente; - Todos os custos relacionados com qualidade devem ser envolvidos nas análises; - Todo esforço bem direcionado de melhoria em qualidade repercute na competitividade; - Há sempre uma forma melhor de fazer as coisas; - A qualidade deve ser construída ao longo do processo e não apenas verificada a cada etapa. Na gestão de qualidade em serviço, o principal objetivo da organização é ser melhor que a concorrência naqueles aspectos de desempenho que o cliente mais valoriza. Um dos focos de atenção prioritários do gerente de operações é, portanto procurar organizar e gerenciar os recursos produtivos da melhor forma para atingir este objetivo. Conforme Paladini (2004), as principais características da gestão da qualidade no ambiente de serviço são: - Produção e consumo são simultâneos e não há como definir onde termina uma e começa outro. - Os processos produtivos não possuem informações objetivas a respeito de suas operações, que nem sempre repetem com frequência. Por isso, a gestão desses processos deve ser altamente flexível e adaptável a momentos, situações, contextos etc. Com isso, a gestão da qualidade é notadamente direcionada para ações que busquem maior contato com o cliente, definição de seus interesses, preferências, exigências, necessidades, conveniências, enfim, tudo o que é considerado relevante no processo de prestação dos serviços. Em um primeiro momento, portanto, a gestão da qualidade prioriza a eficácia, a seguir, a eficiência e a produtividade. O conceito elementar da qualidade nesse ambiente é o de perfeita adaptação do processo ao cliente. A avaliação da qualidade concentra-se apenas em elementos, não há pontos de controle específicos que possam ser identificados. Os elementos envolvem sempre a interação com o usuário. O serviço não pode dispor da propriedade da estocagem.Isso requer um modelo de gestão que torne a oferta adequada à demanda. O serviço não tem como ser produzido antecipadamente nem pode ser utilizado em momentos posteriores a sua geração. Se ocorrerem excessos de oferta, haverá perdas – da mesma forma que haverá falta de atendimento se houver maior consumo que o esperado. Em ambos os casos, há aumento de custos. A tabela a seguir resume algumas diferenças básicas entre Gestão da Qualidade em ambiente industrial e desenvolvida em organizações de serviços: Um elemento que altera inteiramente o processo de Gestão da Qualidade no setor de serviços é o fato de, por estar fisicamente presente em sua geração, o cliente interfere na produção de serviços. O atendimento pleno ao cliente, portanto, envolve expectativas expressas por ele durante o próprio processo e requer extrema flexibilidade, criatividade e capacidade de adaptação. Otávio J. Oliveira completa esse entendimento dizendo que é importante enfatizar o aspecto de continuidade do programa de qualidade, tendo em vista que o conceito de excelência pressupõe uma prestação de serviços bem feita e que, dentro das atividades humanas, não é fácil de obter. A maior dificuldade está na modificação constante do comportamento apresentado pelo consumidor. Seus desejos e necessidades mudam constantemente e o esforço de aperfeiçoamento diante das ofertas que se modificam torna mais difícil a conquista da excelência na área de prestação de serviços. Sistemas de Garantia da Qualidade ISSO, QS, BS 11 De acordo com a visão de Milet (1997), na maioria das vezes não existe especificação formal do serviço para ser executado. Mesmo se houver essa especificação, ela é atualizada permanentemente na interação entre o cliente e o fornecedor do serviço. Quando o cliente muda o que pediu e o fornecedor do serviço põe a culpa no cliente, na realidade o fornecedor não entendeu o conceito do processo de serviços e sua interação permanente. Se a avaliação do cliente não se dá apenas objetivamente como se fora um produto, então não é possível apenas cumprir especificações. Para auxiliar o desenvolvimento da cultura da qualidade é necessário elevar o grau de autoridade e, consequentemente de responsabilidade dos funcionários com relação às tarefas desenvolvidas, permitindo que certos problemas sejam resolvidos no próprio local de prestação de serviços e, portanto, mais rapidamente, devendo se criar uma política de ouvidoria das reclamações dos consumidores, de forma a melhorar cada vez mais o padrão de desenvolvimento dos serviços prestados. garantia versus controle de qualidade Para que a empresa tenha vantagens em redução de custos e aumento de produtividade é necessário que invista em qualidade, é imprescindível que essa qualidade seja efetivamente fabricada, isto é, incorporada a priori no projeto do produto e do processo (fabricação, instalação, montagem etc.), e não apenas controlada no final, quando frequentemente, só resta à alternativa de sucatear os itens não conformes. A transição do controle para a garantia da qualidade se tornou parte integrante dos programas de defesa, aeroespacial e nuclear daquele país. Gestão da Qualidade em Ambientes Industriais Gestão da Qualidade em Ambientes de Serviços O esforço pela qualidade aparece no produto O esforço aparece na interação como o cliente Interação com clientes via produtos Interação direta com clientes Elevado suporte Baixo suporte Baixa interação Intensa interação Suporte ao produto (qualidade de produto) Suporte ao cliente (qualidade de serviços) Cliente atua ao final do processo produtivo Cliente presente ao longo do processo produtivo Produção e consumo em momentos bem distintos Produção e consumo simultâneos Feedback (retorno do usuário sobre o produto adquirido) pode demorar Feedback imediato Expectativas menos sujeitas e mudanças abruptas Expectativas dinâmicas Cliente tende a não influenciar o processo produtivo Cliente participa do processo produtivo Resulta de um conjunto de elementos Resulta mais do desempenho dos resultados humanos Condições favoráveis à padronização Difícil padronizar Tende a unifirmizar-se a médio prazo Difícil ter um modo uniforme de execução Bens tangíveis podem ser patenteados Serviços não podem ser patenteados Bens tangíveis podem ser protegidos em relação a seus processos de fabricação e à forma final como são disponibilizados para comercialização Serviços não podem ser protegidos Diferenças básicas entre a gestão da qualidade em ambiente industrial e ambiente de prestação de serviços. Fonte: Paladini (2004) Sistemas de Garantia da Qualidade ISSO, QS, BS 12 Em seguida em virtude das exigências contidas nos contratos de fornecimento para a OTAN, estenderam-se aos demais países do ocidente. Garantia da Qualidade são ações planejadas e sistemáticas necessárias para prover adequada confiança em que um item ou serviço atenderá satisfatoriamente a seus objetivos, ao passo que Controle da Qualidade são ações de Garantia de Qualidade que proporcionem meios de controlar e avaliar as características de um item, serviço, processo ou instalação em relação aos requisitos estabelecidos. Desta forma compreendemos que garantia da qualidade significa tomar as providências gerenciais necessárias para coordenar de maneira eficaz todas as atividades da empresa, de maneira que, ao chegar no controle da qualidade, isto é, à comparação entre o que se deseja e o que se obteve, as não conformidades sejam mínimas ou nulas. Não é por coincidência, alias, que as firmas mais eficientes em outras áreas gerenciais, por exemplo, o planejamento e controle da produção, a administração de recursos humanos, a segurança e higiene do trabalho, etc., são igualmente as que possuem os sistemas da garantia da qualidade mais competentes. oS CritérioS da garantia da qualidade Como estabelecer um programa de qualidade em empresas? Para responder a esta pergunta, foram concebidos os chamados critérios ou requisitos da garantia da qualidade, que a ABNT NBR ISO 9001:2008 Versão Corrigida: 2009 chamam ainda de “Sistemas de gestão da qualidade - Requisitos”. A citada norma prevê requisitos para a implantação de programas da garantia da qualidade. Estes requisitos, permitem acomodar as necessidades dos mais variados tipos de empresa e variar gradativamente o grau de sofisticação do SGQ que se deseja implantar. Faremos agora a apresentação dos critérios necessários para implantação da garantia da qualidade. Primeiramente é importante lembrar o que talvez seja considerado marco zero da garantia da qualidade: a determinação da diretoria em implantar o SGQ efetivo na empresa. Esta disposição, motivada por razões estratégicas de conquistas de novos mercados e de afirmação do conceito da empresa junto aos clientes já conquistados, deve ser expressa claramente como a politica de qualidade da empresa e é condição básica, sem a qual tem pouco valor prático conhecer os outros critérios que conheceremos a seguir. organização Neste critério, a estrutura organizacional da empresa deve prever a existência de um órgão executivo responsável por gerenciar o SGQ. Este órgão que pode ser uma superintendência, gerência, departamento ou qualquer outra denominação, deve ser independente do órgão de produção, ter autoridade claramente estabelecida para desempenhar suas funções e ser composto de pessoal em número e qualificação suficientes para atender às necessidades da empresa em qualquer situação. Sistemas de Garantia da Qualidade ISSO, QS, BS 13 Será fundamental ainda que o órgão executivo gerencie o treinamento constante sobre os quais apresenta o sucesso de um programa da garantia da qualidade. documentação As atividades do SGQ devem ser sempre realizadas obedecendo a documentos próprios,classificados em três níveis de hierarquia: o Manual de Garantia da Qualidade (MGQ), os procedimentos escritos, de caráter departamental e as instruções detalhadas de caráter interdepartamental. O MGQ que constitui o nível hierárquico de documentação mais elevado e é a própria versão escrita do SGQ da empresa, deve, assim com os demais documentos de níveis hierárquicos inferiores, ser periodicamente revisto e atualizado, de modo a refletir o caráter dinâmico de um programada qualidade eficiente. revisão do Contrato Antes de se realizar qualquer atividade, seja de produção ou de prestação de serviço, deve-se verificar se a documentação técnica fornecida pelo cliente é suficiente, se todos os órgãos da empresa estão cientes das implicações para a qualidade contida nas clausulas do contrato, se a empresa esta tecnicamente capacitada a atender as exigências constantes das especificações do cliente, e se todos os requisitos e exigências contratuais foram embutidos nos desenhos, procedimentos e instruções necessárias para a produção do bem ou prestação de serviço da empresa. garantia do Projeto Não há sistema de produção, por mais competente que seja que consiga compensar um mau projeto. Assim a garantia do projeto estabelece que devam ser tomadas todas as providências necessárias e utilizadas todas as técnicas disponíveis para se garantir a qualidade do projeto. Controle dos documentos Este critério preconiza a existência dentro da empresa de um sistema de controle e distribuição de documentos, com responsabilidades bem definidas, que garanta o recebimento pelos órgãos de produção e inspeção, bem como pelos demais órgãos da empresa, cliente e fornecedores de toda documentação técnica, devidamente revista e aprovada, nos locais em que ela se fizer necessária e com a devida antecedência para que possa ser examinada e assimilada. Fonte: http://con-fusioni.jimdo.com/ Neste critério os documentos obsoletos devem se prontamente recolhidos e, se for o caso, inutilizados, incluindo copias distribuídas externamente à empresa. Isto visa garantir que todos estejam trabalhando sempre com a mesma edição de todos os documentos. Sistemas de Garantia da Qualidade ISSO, QS, BS 14 aquisição Segundo este critério a empresa deve avaliar a capacidade da empresa ou da prestação de serviços de seus fornecedores antes de encomendar materiais, produtos e serviços. O plano de inspeção contendo o planejamento de todas as atividades de inspeção a serem realizadas nas instalações da empresa, de fornecedores ou de cliente, deverá ser examinado e aprovado por todas as partes envolvidas. equipamentos de medição e ensaio De acordo com este critério, o órgão executivo da qualidade deverá possuir pessoal qualificado e treinado para manter um programa permanente de aferição inicial e periódica de todos os instrumentos e equipamentos utilizados para medição e ensaios. Este programa deverá assegurar a rastreabilidade dos padrões da empresa aos padrões de institutos oficiais de metrologia. inspeção de recebimento Este critério estabelece que, no recebimento, todos os materiais, peças, componentes ou subconjuntos devem ser confrontados com pedido de compra e inspecionados quanto aos requisitos constantes da especificação de aquisição. Esta inspeção se for o caso, poderá ser feita por amostragem, mas é essencial prover sempre a separação física entre todos os itens aguardando inspeção e aprovação. Produção e Construção Aqui poderia receber a denominação alternativa de inspeção de amostras e peças iniciais de produção (construção). Neste sentido, pretende impedir que a produção seriada de um item que se fabrica pela primeira vez seja continuada sem uma verificação minuciosa de todas as características das primeiras peças. No caso de produção não seriada, quando previsto, devem-se realizar os ensaios de protótipos antes de iniciar a produção (construção). Em ambos os casos deve-se obter a aprovação do cliente. Fonte: http://www.fieam.org.br/ Este critério exige ainda que todas as atividades de produção e construção sejam documentadas para definir métodos de trabalho, sequência de operações, tipos de maquinas e equipamentos, ambientes especiais de trabalho e todos os demais fatores que possam vir a influenciar essas atividades. inspeção durante a Produção Segundo este critério, deve-se verificar se o “Plano de inspeção” previamente aprovado esta sendo rigorosamente observado, se o pessoal responsável pela inspeção durante a produção esta devidamente qualificada e de posse de todos os documentos (desenhos, normas, especificações, instruções etc.), instrumentos e equipamentos necessários e, quando estiver sendo utilizado algum método estatístico de inspeção, se os níveis de qualidade foram adequadamente estabelecidos para cada produto. Situação da inspeção Este critério estabelece que todos os itens devem ser adequadamente identificados, por intermédio de estampas, marcações, carimbos, etiquetas, cartões ou por quaisquer outros meios, incluindo a segregação física, que Sistemas de Garantia da Qualidade ISSO, QS, BS 15 permitam a imediata identificação do estágio de execução da inspeção e, particularmente, indiquem a aceitação ou rejeição final dos itens. inspeção Final Deve-se verificar, se todos os produtos estão sendo inspecionados de acordo com o Plano de Inspeção ao término do processo de fabricação ou construção, se o pessoal, instrumentos, equipamentos e instalações são adequados para o tipo de inspeção prevista, se a documentação desta fase de inspeção permite a rastreabilidade desde a matéria prima até o produto final e se o sistema de identificação impede de maneira efetiva que produtos não conformes sejam entregues ao cliente. não Conformes Este critério recomenda que todos os itens não conformes (materiais, peças, componentes, subconjuntos e produtos acabados) sejam claramente identificados e fisicamente segregados para evitar sua utilização indevida. Além disto, devem-se efetuar os registros correspondentes na documentação da qualidade. Fonte: http://www.lance-ufrj.org/tire-suas-duacutevidas.html ação Corretiva Este critério esta relacionado ao anterior, é de todo conveniente a criação na empresa de uma “Comissão de Revisão de Materiais Não Conformes” destinadas a decidir o que fazer com tais itens, a estudar as causas das não conformidades e a recomendar e acompanhar a implantação de providencias que visem à prevenção de defeitos similares, incluindo a auditoria em fornecedores e clientes, quando se trata de itens fornecidos por estes. registros da qualidade De acordo com este critério todas as ações de controle do órgão executivo da qualidade devem ser convenientemente registradas, a fim de satisfazer exigências normativas ou contratuais e permitir a utilização dos recursos em análise e avaliações destinadas a aprimorar a SGQ da empresa. O número desses registros deve ser mantido dentro do estritamente necessário, tendo se a preocupação de não produzir uma massa de dados supérfluos, que em nada contribua para o aprimoramento da qualidade. Além disso, deve-se evitar “passar a limpo” os registros originais obtidos no campo, pois, além de aumentar o serviço burocrático, corre se o risco desnecessário de introduzir erros na cópia. auditoria Este critério tem um valor considerável, pois é vital que a empresa mantenha um programa de auditoria interna e externa, a serem realizadas de acordo com uma periodicidade e um planejamento cuidadosamente estudado, destinado a verificar se todos os critérios anteriormente enumerados estão sendo observados de forma eficaz. Sistemas de Garantia da Qualidade ISSO, QS, BS 16 Estas auditorias, que não visam a ressaltar erros, mas sim auxiliar todos os órgãos componentes do SGQ da empresa e de seus fornecedores aevitá-los, não deve ser feitas de surpresa, ao contrário, devem obedecer a um calendário previamente estabelecido e seguir listas de verificação de conhecimento de todos. É imprescindível que as auditorias, internas e externas, sejam conduzidas por pessoal adequadamente treinado e que seus resultados sejam divulgados as áreas interessadas na forma de críticas construtivas e de recomendações práticas para a adoção de medidas corretivas. Além disso, os auditores devem acompanhar a implantação dessas medidas até que todas as deficiências observadas tenham sido definitivamente sanadas. Os fatores apontados acima valorizam muito a empresa em termos de redução de custos, de aumento de produtividade e de melhoria da posição da empresa no mercado, que se pode obter quando se decide investir em modernos sistemas de garantia da qualidade. É imprescindível ter em mente que a garantia da qualidade é um campo onde a motivação, o treinamento adequado e a eficiência gerenciam na coordenação de múltiplas atividades têm importância fundamental. E onde o “efeito imitação”, que levam empresários e administradores a adotarem idéias por influência de modelos existentes em centros mais desenvolvidos, mas sem a determinação de implantá-las da maneira total e eficaz, por si só não consegue operar milagres e fatalmente conduz a resultados não desejáveis. Tais resultados em geral atribuídos difusamente a pouca qualidade de funcionários subalternos, o que impossibilitaria a adoção de ideias avançadas em nosso país, levam ao abandono dessas ideias ou a sua aplicação parcial e deficiente, privando a empresa, e a sociedade como um todo, dos benefícios que poderiam vir de uma estratégia empresarial melhor direcionada. É importante lembrar que não são apenas empresas que produzem para exportação que devem se preocupar com a qualidade, convêm lembrar que, com o crescimento da competição interna em tempos de incerteza e o aumento das exigências impostas pelos grandes compradores é bem provável que a adoção de Sistemas de Garantia da Qualidade eficientes venha a ser a única saída, que inúmeras empresas encontrarão daqui por diante para se manterem no mercado. O Profissional – Auditor Independente de ser um processo interno ou externo em um processo de certificação, o auditor da qualidade é um profissional fundamental para a sobrevivência e o padrão de excelência buscado pelas organizações. O trabalho do auditor constrói uma organização enxuta e ajustada, resultando em melhorias no produto ou serviço que encontram-se em contínuas mudanças de acordo com as necessidades e expectativas do público consumidor. No início dos anos 90, quando os certificados ISO 9000 invadiram o mercado, os auditores, em sua predominância, eram engenheiros, por conta da visão analítica e capacidade de gestão, com isso, a variedade de profissionais envolvidos na atividade é grande, pois o mercado busca pessoas que tenham conhecimento específico da área de atuação da empresa que passará por auditoria. Neste contexto, destacam-se os médicos, administradores, biólogos e advogados. Hoje, requisitar certificados de qualidade é prática comum em pequenas, média e grandes empresas. Apesar desta demanda constante, há um declínio do exercício da atividade de auditor da qualidade se comparado há 10 anos. Certificados em temas como sustentabilidade, meio ambiente, responsabilidade social e saúde e segurança ocupacional estão ganhando maior grau de preocupação das empresas brasileiras. Para ser um bom auditor, algumas aptidões são primordiais. Bons conhecimentos de gestão e do mercado empresarial são muito importantes, assim como características pessoais como ser ético e diplomático, ter a mente aberta para novas informações, ter flexibilidade e imparcialidade. O profissional precisa ser firme nas suas decisões para definir parâmetros e ter a posição correta durante a auditoria, que costuma ser um momento de pressão. Sistemas de Garantia da Qualidade ISSO, QS, BS 17 A auditoria funciona como um ritual: por meio de uma reunião de iniciação entre os auditores, o líder do grupo confirma uma série de questões, como o compromisso do sigilo das informações coletadas, explica o método da verificação dos processos, valida ou ajusta estes processos e explica os critérios que serão aplicados durante a auditoria para classificar, eventualmente, uma não conformidade (aviso de necessidade de correção em algum processo, serviço ou produto). Toda a certificação é baseada no trabalho do auditor e,quando é realizado um trabalho de qualidade, a confiabilidade da empresa no seu negócio e a segurança do público consumidor será muito maior. Fonte: http://painelflorestal.com.br Para se tornar um auditor de sucesso, a pessoa deve ter grande experiência como profissional em outras áreas das organizações, sendo que, preferencialmente, uma parte desta trajetória seja no setor da Qualidade. Outro ponto importante é o treinamento por qual o auditor passa, pois deve receber novas informações constantemente. Ter uma visão empresarial ampla também é fundamental, pois este profissional poderá atuar em diversos segmentos. Esta atividade é fundamental para as partes envolvidas (stackholders, acionistas e gestores) desde que a empresa queira saber a verdade, o que acontece no dia a dia. Infelizmente, ainda há empresas que buscam a certificação por obrigatoriedade. O mercado é muito satisfatório quando trabalhamos com empresas que buscam a certificação com foco real na padronização, controles e na melhoria contínua. CertiFiCação Com a obtenção da certificação, a entidade certificadora irá posteriormente desenvolver auditorias de acompanhamento, sujeitas ao mesmo procedimento da auditoria de concessão, onde se valida a continuidade de conformidade do SGQ e se as ações previstas na resposta ao relatório de auditoria foram implementadas com eficácia, nos prazos indicados. Verificando-se a manutenção da conformidade, esta possui um prazo de validade de três anos, pelo que logo após existirá nova auditoria de concessão. Consideramos pertinente, a este propósito, referir que a diferença entre auditoria de concessão e auditoria de acompanhamento reside, fundamentalmente, na profundidade do trabalho de auditoria desenvolvido. Se na auditoria de concessão, praticamente, é necessário obter evidências da conformidade de todos os processos, na auditoria de acompanhamento é o auditor, ou equipe auditora, que decide que processos auditar, profundidade e extensão da sua validação. O processo de certificação visa o reconhecimento externo do esforço desenvolvido por uma organização, permitindo a melhoria da sua imagem, competitividade, produtividade e contribuindo para a adequação aos mercados, às necessidades e direitos dos consumidores. Aqui, as auditorias da qualidade assumem uma função fundamental, como o garante de uma opinião competente, objetiva e independente. Sistemas de Garantia da Qualidade ISSO, QS, BS 18 Processo de Certificação - Fonte: www.aeportugal.pt/ Sistemas de Garantia da Qualidade ISSO, QS, BS 19 manuaiS da qualidade Fonte: http://www.portaleducacao.com.br Propósitos dos manuais da qualidade Os manuais da Qualidade podem ser desenvolvidos e utilizados por uma organização para os seguintes propósitos que incluem, mas não se limitam a: • Organizar a politica, procedimentos e requisitos da qualidade da organização. • Descrever e implementar um efetivo sistema da qualidade. • Prover melhorias de controle das práticas e facilitar atividades de garantia. • Prover bases documentadas para auditoria de sistema da qualidade. • Prover continuidade do sistema da qualidade e seus requisitos durante ocasiões de mudança. • Treinar pessoal nos requisitos do sistema da qualidade e métodos para seu cumprimento. • Apresentarseu sistema da qualidade para propósitos externos, tal como demonstrar conformidade com a NBR ISSO. • Demonstrar conformidade do sistema da qualidade com os requisitos da qualidade em situações contratuais. variações de um manual da qualidade Um manual da qualidade pode: • Ser uma compilação direta de procedimentos documentados do sistema da qualidade. • Ser um agrupamento ou parcela de procedimentos documentados do sistema da qualidade • Ser uma serie de procedimentos documentados para instalações ou aplicações específicas. • Ser mais de um documento • Ter um núcleo comum com apêndices adequados • Ser único ou não. • Ter inúmeras possibilidades de variações, baseadas nas necessidades da organização. Processo de Preparação de um manual da Qualidade Ações: • Estabelecer e listar políticas objetivas e procedimentos documentados do sistema da qualidade existentes e aplicáveis, ou desenvolver planos para tal. • Decidir quais os elementos do sistema da qualidade são aplicáveis, de acordo com a norma selecionada, ao sistema da qualidade. • Obter dados sobre o sistema da qualidade e práticas existente, por vários meios, como questionários e entrevistas. • Solicitar e obter, das unidades operacionais, fontes adicionais de documentação ou referências. • Determinas a estrutura e o formato do manual pretendido. Sistemas de Garantia da Qualidade ISSO, QS, BS 20 • Classificar a estrutura e o formato do manual pretendido. • Classificar documentos existentes de acordo com a estrutura e o formato pretendido. • Usar qualquer outro método adequado, dentro da organização, para completar a versão preliminar do manual da qualidade. O que Incluir em um Manual da Qualidade Convém que um manual da qualidade contenha: • Título, objetivo e campo de aplicação • Sumário • Páginas introdutórias sobre a organização a que se aplica e sobre o próprio manual • A política e objetivos da qualidade da organização • Uma descrição da estrutura da organização, responsabilidades e autoridades. • Uma descrição dos elementos do sistema da qualidade e quaisquer referências a procedimentos documentados do sistema da qualidade. • Uma seção de definições, se apropriada. • Um guia para o manual da qualidade, se apropriado • Um apêndice para dados auxiliares, se apropriado. A ordem do documento do manual da qualidade pode ser alterada de acordo com as necessidades dos usuários. BuSCando exCelênCia Fonte: http://cvalois.com.br Em meados da década de 1980, o governo dos Estados Unidos da América identificou a necessidade de incentivar a busca de um conjunto de conceitos capazes de orientar suas organizações em resposta ao crescimento das indústrias japonesas. Foi então conduzido um estudo pela Consultoria Mckinsey em empresas consideradas de Classe Mundial, ou “ilhas de excelência” no país, visando identificar o que elas possuíam em comum que as tornava diferentes das demais organizações. Este estudo deu origem ao modelo de reconhecimento das organizações por meio de premiações, como o Prêmio Malcolm Baldrige, ou Malcolm Baldrige National Quality Award (MBNQA), nos EUA, e, no Brasil, o Prêmio Nacional da Qualidade. Diversos países seguiram a mesma estratégia, visando disseminar e facilitar a implementação de melhores formas da gestão organizacional. Foram instituídos prêmios nacionais e definidos modelos de referência à gestão com a mesma estrutura lógica dos critérios do MBNQA. No Brasil, em 1992, foi criado o Prêmio Nacional de Qualidade (PNQ), sob a administração da então denominada Fundação para o Prêmio Nacional da Qualidade (FPNQ). Sistemas de Garantia da Qualidade ISSO, QS, BS 21 O PNQ tem como referência o Modelo de Excelência da Gestão (MEG), cuja característica mais importante é a de ser um modelo sistêmico; portanto, com o benefício de buscar a estruturação e o alinhamento dos componentes da gestão das organizações sob a ótica de um sistema. A figura acima mostra essa característica do Modelo. Um fundamento da excelência é um conceito que pode ser traduzido em fatores de avaliação, processos ou, mesmo, em estratégias organizacionais, visando melhorias no sistema da qualidade. As organizações consideradas como referenciais de excelência em nível internacional são aquelas que têm desenvolvido e alcançado a liderança internacional em suas respectivas áreas de atuação e que são exemplos reconhecidos de atuação em harmonia com o meio ambiente e integração com a sociedade. Os fundamentos, quando aplicados em sua plenitude, estão internalizados na cultura e presentes em cada atividade da organização. Isso não significa que não seja pertinente desenvolver um método para desdobrar de forma lógica os fundamentos em requisitos organizacionais. Alinhando a gestão por meio de modelos sistêmicos. Fonte: FNQ, 2007. Sistemas de Garantia da Qualidade ISSO, QS, BS 22 Na figura acima apresentaremos como identificar o processo O MEG baseia-se em um conjunto de fundamentos da excelência (quadro abaixo) que expressam conceitos atuais se traduzem em práticas encontradas em organizações de elevado desempenho, líderes de Classe Mundial. Os fundamentos da excelência refletem valores reconhecidos internacionalmente, e as suas principais fontes de referências são o Baldrige National Quality Program, a European Foundation for Quality Management e a International Organization for Standardization. Lógica de construção do MEG - Fonte: FNQ, 2007. Fundamentos da Excelência Pensamento Sistêmico Entendimento das relações de interdependência entre os diversos componentes de uma organização, bem como entre a organização e o ambiente externo. Aprendizado Organizacional Busca e alcance de um novo patamar de conhecimento para a organização por meio da percepção, reflexão, avaliação e compartilhamento de experiências. Cultura de Inovação Promoção de um ambiente favorável à criatividade, experimentação e implementação de novas ideias que possam gerar um diferencial competitivo para a organização. Liderança e Constância de Propósitos Atuação de forma aberta, democrática, inspiradora e motivadora das pessoas, visando o desenvolvimento da cultura da excelência, à promoção de relações da qualidade e da proteção dos interesses das partes interessadas. Orientação por processos e Informação Compreensão e segmentação do conjunto das atividades e processos da organização que agreguem valor para as partes interessadas, sendo que a tomada de decisão e execução das ações deve ter como base a medição e analise do desempenho, levando- se em consideração as informações disponíveis, além de incluir os riscos identificados. Sistemas de Garantia da Qualidade ISSO, QS, BS 23 Esses fundamentos da excelência, quando aplicados, trazem melhorias para os processos e produtos, redução de custos e aumento da produtividade para a organização, tornando-a mais competitiva. Além disso, potencializam a credibilidade da instituição e o reconhecimento público, aumentando o valor do empreendimento. A organização que adota enfoques de excelência adapta-se mais facilmente às mudanças e tem mais condições de atingir e manter um desempenho de Classe Mundial, ou seja, garantir a Qualidade. Para finalizar destacarei alguns pontos importantes que a NBR ISO 9004 – Gestão para o sucesso sustentado de uma organização – Uma abordagem da gestão da qualidade nos orienta: Sucesso sustentado A organização pode alcançar sucesso sustentado pela constante satisfação das necessidades e expectativas das suas partes interessadas, de uma forma balanceada, a longo prazo. O ambiente de uma organização esta em constante mudança e é incerto, para alcançar o seu sucesso sustentado convém que sua alta direção: • Tenha uma perspectiva de planejamento de longo prazo; • Constantemente monitore e analise regularmente o ambiente da organização; • Identifique todas as suaspartes interessadas, avalie os seus impactos potenciais sobre o seu desempenho, bem como para determinar a forma de satisfazer as suas necessidades e expectativas de uma forma balanceada; • Engaje continuamente as partes interessadas, e as mantenham informadas sobre as atividades e os planos da organização; Visão de Futuro Compreensão dos fatores que afetam a organização, seu ecossistema e o ambiente externo no curto e no longo prazo, visando a sua perenização. Geração de Valor Alcance de resultados consistentes, assegurando a perenidade da organização pelo aumento de valor tangível e intangível de forma sustentada para todas as partes interessadas. Valorização das Pessoas Estabelecimento de relações com as pessoas, criando condições para que elas realizem profissionalmente e humanamente, maximizando seu desempenho por meio do comprometimento desenvolvido de competências e espaço para empreender. Conhecimentos sobre o Cliente e o Mercado Conhecimento e entendimento do cliente e do mercado, visando a criação de valor de forma sustentada para o cliente e, consequentemente, gerando maior competitividade nos mercados. Desenvolvimento de Parcerias Desenvolvimento de atividades em conjunto com outras organizações, a partir da plena utilização das competências essenciais de cada uma, objetivando benefícios para ambas às partes. Responsabilidade Social Atuação que se define pela relação ética e transparente da organização com todos os públicos com os quais ela se relaciona, estando voltada para o desenvolvimento sustentável da sociedade, preservando recursos ambientais e culturais para gerações futuras, respeitando a diversidade e promovendo a redução das desigualdades sociais como parte integrante da estratégia da organização. Fonte: FNQ: Conceitos Fundamentais da Excelência em Gestão, 2008. Sistemas de Garantia da Qualidade ISSO, QS, BS 24 • Considere as relações mutuamente benéficas com fornecedores, parceiros e outras partes interessadas, • Faça uso de uma ampla variedade de abordagens, incluindo a negociação e mediação, para balancear as necessidades e expectativas frequentemente conflitantes das partes interessadas, • Identifique os riscos de curto e longo prazo associados, e implemente uma estratégia global para a organização para atenuá-la, • Antecipe necessidades futuras dos recursos (incluindo as competências exigidas das pessoas da organização), • Estabeleça processos adequados para a realização da estratégia da organização, assegurando que eles são capazes de responder rapidamente à evolução das circunstâncias, • Avalie periodicamente a conformidade com os planos e procedimentos atuais e tome as ações corretivas e preventivas apropriadas, • Assegure que as pessoas da organização tenham oportunidades de aprendizagem para o seu próprio beneficio, bem como a vitalidade da organização, e • Estabeleça e mantenha processos para inovação e melhoria contínua. envolvimento e motivação das pessoas Convém que a organização motive as pessoas a compreender o significado e a importância das suas responsabilidades e atividades relacionadas com a criação e provisão de valor para os clientes e outras partes interessadas. Para aumentar o envolvimento e a motivação das pessoas convém que a organização considere atividades tais com: Fonte: http://www.pensandogrande.com.br • Desenvolver um procedimento para compartilhar conhecimento e utilizar competência das pessoas, por exemplo, um sistema para coletar idéias para melhoria; • Introduzir um sistema adequado de reconhecimento e recompensa, que seja baseado em avaliações individuais das realizações das pessoas; • Instituir um sistema de qualificação de habilidades e de planejamento de carreira, a fim de promover o desenvolvimento pessoal; • Analisar critica e continuamente o nível de satisfação e as necessidades e expectativas das pessoas, e • Proporcionar oportunidades para educar e orientar. modelo de maturidade Uma organização madura age de forma eficaz e eficiente e alcança o sucesso sustentado por meio de: • Entendimento e satisfação das necessidades e expectativas das partes interessadas; • Monitoramento de mudanças do ambiente da organização; Sistemas de Garantia da Qualidade ISSO, QS, BS 25 • Identificação de possíveis áreas de melhorias e inovação, • Definição e implementação de estratégias e políticas, • Definição e implementação de objetivos pertinentes, • Gerenciamento dos seus processos e recursos, • Demonstração de confiança nas pessoas da organização, levando a uma maior motivação comprometimento e envolvimento, e • Estabelecimento de relações mutuamente benéficas com fornecedores e outros parceiros. Certamente o assunto não se esgota aqui, existe inúmeros aprendizados sobre o sistema de garantia da qualidade. Deixo aqui um “start” para uma vasta pesquisa sobre os sistemas que garantem a qualidade e assim, inúmeras melhorias nas organizações. ..... reFerênCiaS AGUIAR, Sílvio. Integração das Ferramentas da Qualidade ao PDCA e ao Programa Seis Sigma – Volume 1. Belo Horizonte, Editora de Desenvolvimento Gerencial, 2002. BRASSARD, Michael. Qualidade: Ferramentas para uma Melhoria Contínua (The Memory Jogger). Rio de Janeiro: Qualitymark, 1985. Buccelli, D.O., “TQM Administração da Qualidade Total” (apostila), Price Waterhouse Consulting Group BULGACOV, Sergio . Manual de gestão empresarial. São Paulo: Atlas, 1999. CAMPOS, Vicente Falconi. TQC – Controle da Qualidade Total (no estilo Japonês). 8a. ed. Belo Horizonte: Fundação Christiano Ottoni, Escola de Engenharia da UFMG, 1992. CRUZ, Tadeu. 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Links de interesses: FNQ - Fundação Nacional da Qualidade IBQP - Instituto Brasileiro de Produtividade e Qualidade IFBQ - Instituto Falcão Bauer da Qualidade Inmetro - Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial ISO - International Organization for Standartization (em inglês) MBC - Movimento Brasil Competitivo PNCQ - Programa Nacional de Controle de Qualidade Qualidade.com.br - Portal que tem o objetivo de informar, capacitar e auxiliar na busca por informações e serviços que possam ser aplicados ao negócio. UBQ - União Brasileira para a Qualidade Introdução História da gestão da qualidade A Evolução do Conceito de Qualidade A Necessidade de Padronização Histórico sobre a ISO ISO Série 9000 Considerações sobre a qualidade Gestão da qualidade Conceitos da Qualidade Qualidade em Serviços Garantia versus controle de Qualidade Os critérios da garantia da qualidade Organização Documentação Revisão do Contrato Garantia do Projeto Controle dos Documentos Aquisição Equipamentos de Medição e Ensaio Inspeção de Recebimento Produção e Construção Inspeção Durante a Produção Situação da Inspeção Inspeção Final Não Conformes Ação Corretiva Registros da Qualidade Auditoria O Profissional – Auditor Certificação Manuais da Qualidade Propósitos dos Manuais da Qualidade Variações de um Manual da Qualidade Buscando Excelência Sucesso sustentado Envolvimento e motivação das pessoas Modelo de Maturidade Referências
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