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Granuloma

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Granuloma 
Inflamação ou flogose 
▹ Resposta a um estímulo nocivo (microorganismos, 
toxinas, células necróticas) 
▹ Ocorre em tecidos vascularizados 
▹ Envolve o recrutamento e ativação de várias prote-
ínas plasmáticas e células (principalmente albu-
mina) 
▹ Depende de mediadores químicos, primeiramente 
causa uma lesão endotelial. 
 
O QUE PODE CAUSAR UMA INFLAMAÇÃO? 
EX: Você está andando de bicicleta pelo parque e ao ser 
surpreendido por um cachorro, acaba batendo a bici-
cleta de encontro com uma árvore. Como estava em ve-
locidade, acaba se machucando e entrando farpas de 
madeiras na sua perna, que começa a ficar quente, dolo-
rida, inchada e avermelhada. 
Como se inicia o combate às possíveis bactérias que es-
tão na farpa? 
Imunidade inata 
Inflamação 
▹ aumento da permeabilidade vascular 
▹ aumento da temp. local 
▹ aumento do edema local 
▹ infecção inicial 
 
Agentes agressores que causam lesão: químicos e físicos, 
vírus, bactérias, fungos, calor ou frio, fio de sutura... 
 
 
Definição: resposta de tecidos vasculares a um estímulo 
nocivo e que visa a homeostase 
Sinais cardinais 
• Rubor = vermelhidão 
• Tumor = edema do local inflamado, borda da lesão 
mais elevada 
• Dor = sensibilidade aumentada 
• Calor = em função do aumento do fluxo sanguíneo 
local 
• Perda de função → mais notável na inflamação crô-
nica a partir da progressão da lesão e tentativa de re-
paro com formação de tecido fibrótico 
 
Tipos de inflamação 
Aguda: migração de neutrófilos para a área lesada, de 
curta duração. 
Crônica: migração de linfócitos e macrófagos, longa du-
ração, fibrose, granuloma***. 
 
Inflamação aguda x crônica 
Inflamação Aguda: 
• Curta duração (horas a dias) 
• Principais características: 
▹ Exsudação de fluidos e proteínas plasmáticas 
(EDEMA) 
▹ Migração de leucócitos, predominantemente 
neutrófilos 
▹ Resposta principal por parte da imunidade 
inata 
Inflamação Crônica: 
• Longa duração (semanas a anos) 
• Principais características: 
▹ Presença de linfócitos e macrófagos 
▹ FORMAÇÃO DE GRANULOMA 
▹ Reparação tecidual em curso: angiogênese, fi-
brose 
Inflamação crônica está relacionada com câncer, doen-
ças cardiovasculares 
 
Inflamação crônica – flacidez 
Ex.:A Síndrome de Guillain-Barré é uma doença autoi-
mune grave que afeta o sistema nervoso. 
Sintomas são paralisia flácida, dor muscular, dor nas 
costas. 
 
Inflamação crônica 
Agente muito resistente e patogênico 
Agressão mais grave → reação inflamatória de longa du-
ração e de maior intensidade 
Infiltração celular: macrófagos e linfócitos 
Tentativa de reparo da área lesada 
Angiogênese 
Fibrose 
 
Características morfológicas 
Crônica: alvéolo envolvido por epitélio cuboide 
Aguda: alvéolos preenchidos por neutrófilos e presença 
vasos congestos 
 
CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS: 
• Lesão tecidual progressiva 
• Proliferação de leucócitos mononucleares 
• Angiogênese 
• Fibrose (cicatriz) 
CÉLULAS ENVOLVIDAS: plasmócito, monócito, linfó-
cito, macrófago. 
 
• Exsudato com células mononucleares 
• Macrófagos, linfócitos e células plasmáti-
cas 
• Destruição tecidual 
• Agente agressor persistente 
• Células inflamatórias 
• Substituição do tecido danificado por tecido con-
juntivo 
• Angiogênese 
• Fibrose 
 
Causas da inflamação crônica 
• Infecções persistentes por microrganismos difi-
ceis de erradicar 
• Reação granulomatosa***** MUITO ESPE-
CÍFICA!!! 
• Doenças inflamatórias imunomediadas 
• Ativação excessiva ou inapropriada do 
sistema imune = dano tecidual crônico 
2 
 
• Doenças alérgicas – padrões morfológicos 
misturados de inflamação aguda e crônica 
• Exposição prolongada a agentes tóxicos, exóge-
nos ou endógenos 
• Ex: silicose e aterosclerose 
 
Inflamação granulomatosa 
• Padrão distinto de inflamação crônica 
• Condições envolvidas: infecciosas, não-infecciosas, 
autoimunes 
• Granuloma com o esforço celular para conter um 
agente agressor que é difícil de erradicar 
  
Forte ativação de linfócitos T (imunidade celular) 
Ativação de macrófagos 
  
Injúria aos tecidos normais!!! 
Necrose e fibrose 
 
Inflamação granulomatosa 
 
Típico granuloma tuberculoso mostrando uma área de 
necrose central rodeada por múltiplos tipos celulares: 
células gigantes tipo de Langhans, células epitelioides e 
linfócitos = estrutura complexa 
ESTRUTURA COMPLEXA DIANTE DE UM AGRESSOR DI-
FÍCIL DE ERRADICAR! 
 
GRANULOMA: acúmulo de células mononucleares (lin-
fócitos, plasmócitos) e/ou macrófagos modificados (cé-
lulas epitelióides) 
Células epitelióides: macrófagos achatados, PERDE-
RAM sua atividade fagocítica 
• Passam a ser uma célula com função de pinoci-
tose e transporte de substâncias endogénas no 
citoplasma 
 
GRANULOMA 
COMPOSIÇÃO 
• Macrófagos modificados (epitelioides) 
• Halo linfocitário = coroa linfocitária 
• Células gigantes 
• Macrófagos que se fundiram e formaram o 
sincício 
• Vários núcleos 
• Necrose central 
 
Tipos de Granuloma 
2 tipos: 
• Granuloma epitelióide ou granuloma imunogênico 
• Granuloma do tipo corpo estranho 
 
 
 
 
• Pouco vascularizados 
3 
 
• Macrófagos agrupam-se em áreas de adesão → célu-
las epitelióides (tem projeções digitiformes para 
se aderir uma as outras) 
• Células epitelióides: não fagocitam mais, mas 
ainda fazem pinocitose e transporte de substân-
cias dentro da célula 
• Disposição concêntrica ao redor do 
agente inflamatório → em paliçada 
• Causados por agentes inflamatórios imunogêni-
cos, particulados ou insolúveis 
• Exs: M. tuberculosis, ovo de Schistosoma 
mansoni, Paracoccidioides brasiliensis, 
etc. 
 
 
Tuberculose 
Conceitos fundamentais 
• Mycobacterium tuberculosis ou Bacilo de Koch 
(BK) 
• Forma pulmonar como a mais frequente 
• Outros órgãos como ossos, rins e meninges 
• Controle da doença através da busca ativa do 
sintomático respiratório (aquela pessoa com 
tosse com mais de 3 semanas, seja produtiva ou 
seca) 
 
Agente etiológico 
Mycobacterium tuberculosis 
• Aeróbios 
• Bacilos Álcool-ácido-resistentes 
• Coloração de Ziehl-Neelsen 
 
Manifestações clínicas 
TB pulmonar 
Tosse (por mais de 3 semanas, pode ter sangue), febre 
(mais comumente ao entardecer), falta de apetite, ema-
grecimento, suores noturnos. 
Forma bacilíferas como a principal forma de transmis-
são. 
TB miliar 
• Forma mais grave 
• 10% dos casos em pacientes HIV+ 
• Fase avançada de imunossupressão 
• Sintomas: febre, astenia e emagreci-
mento 
• Exame físico com hepatomegalia, altera-
ções do SNC e alterações cutâneas 
 
TB extrapulmonar 
• Ocorrência aumenta entre pacientes com AIDS, es-
pecialmente naqueles com imunossupressão 
grave 
 
Escrófula = gânglio com pus 
 
Patogenia da tuberculose 
Transmissão: aerossóis inalados de uma pessoa infec-
tada 
Maioria dos bacilos → retidos pelas barreiras físicas do 
corpo 
Os que não foram retidos → aspirados para o interior 
do pulmão 
  
Ação de macrófagos alveolares > tentativa de fagoci-
tose 
Resposta inflamatória local 
Migração de monócitos da corrente sanguínea para o lo-
cal de infecção 
Apresentação de antígenos por células dendríticas aos 
linfócitos T 
Formação de GRANULOMA com NECROSE caseosa 
 
 
 
4 
 
 
 
Processos fisiopatológicos 
NECROSE – depende da sua etiologia 
• Origem desconhecida 
• CASEOSA – comum nos granulomas de tubercu-
lose 
• Apoptose de macrófagos epitelioides 
• Ação de TNF-alfa e de produtos excretados 
por macrófagos 
• Liquefação do material 
 
Tuberculose miliar 
Tuberculose miliar: presença de grânulos, os quais se 
juntam e originam formações maiores denominadas de 
"tubérculos” 
 
Diagnóstico bacteriológico. 
Baciloscopia de escarro 
• Diagnóstico e controle 
• No mínimo,2 amostras 
• Uma na ocasião da consulta 
• Outra na manhã do dia seguinte, preferen-
cial ao despertar (acúmulo de secreção) 
Importante: orientar o paciente a realizar de forma 
adequada 
Amostra boa vem da árvore brônquica obtida após es-
forço de tosse 
 
Cultura para micobactéria 
Elevada especificidade (confirma diagnóstico) 
Indicada nos casos de: 
• TB com baciloscopia repetidamente negativa 
• TB com amostras com poucos bacilos 
• TB com dificuldades de obtenção de amostras (cri-
anças) 
• TB extrapulmonar 
• Pacientes imunodeprimidos, principalmente para 
portadores de HIV 
 
Diagnóstico radiológico 
Tuberculose primária 
Foco pulmonar e/ou foco linfonodal apenas 
Preferência pelo pulmão direito 
Cavitação e fibrose num processo mais crônica 
 
 
Diagnóstico com prova tuberculínica 
PPD: 
Inoculação intradérmica de derivado proteico do 
M.tuberculosis → medir a resposta imune celular a 
este antígeno 
Diagnóstico de INFECÇÃO LATENTE 
Indicações: INVESTIGAR 
TB latente no adulto e nas crianças 
TB ativa em crianças 
 
Tratamento e controle 
Doença curável 
Sensível aos medicamentos anti-Tb 
Princípios do tratamento: GARANTIR ADESÃO! 
Medicamentos com ação bactericida e bacteriostática 
CONTROLE: 
 Regime ambulatorial diretamente observado 
 Hospitalização em casos mais graves 
 CONTROLE DOS CONTATOS*** 
 Fundamental: apoio da atenção básica 
Vacina BCG em RN 
 
Sarcoidose 
DOENÇA GRANULOMATOSA NÃO INFECCIOSA 
Granuloma imunológico 
Arranjo concêntrico de células epitelióides 
 Histiócitos (macrófagos fixos) modificados 
pela ação dos linfócitos T 
 
 
Esquistossomose mansônica 
Platelminto Schistosoma mansoni 
Fase crônica 
Granuloma Periovular 
Forma intestinal 
6 meses após a infecção 
• Diarreia muco-sanguinolenta 
• Perda de apetite 
• Desconforto abdominal 
• Sensação de plenitude gástrica 
 
Hanseníase tuberculoíde 
Bactéria 
Mycobacterium leprae = bacilo de Hansen 
5 
 
Doença infecciosa crônica e curável 
LESÕES DA PELE E DANOS AOS NERVOS 
Lesões na pele: 
Avermelhadas, assimétricas e circunscritas 
Sensibilidade térmica e dolorosa diminuídas 
Dermatite crônica granulomatosa 
 
Pleurite crônica e enacapsulação de granulomas 
 
• Granulomas de corpo estranho -> partículas não 
imunogênicas 
• Fenômenos irritativos 
Partículas insolúveis e de difícil degradação 
Macrófagos tentam envolver e fagocitar 
Formação de células gigantes do tipo corpo estranho 
• Etiologias comuns: 
• Ao redor de fios de sutura e de partículas 
de talco 
• Pulmões de usuários de drogas ilícitas 
(talco misturado a drogas de uso intrave-
noso) 
Provocado por agentes particulados inertes – não imu-
nogênicos 
• É mais frouxo, menor tamanho 
• Células epitelioides não formam paliçadas típi-
cas 
• INFLAMAÇÃO CRÔNICA MENOS INTENSA 
• Provocado por agentes particulados inertes – 
não imunogênicos 
• Mínima reação inflamatória → fibrose discreta 
• Disposição concêntrica ao redor do 
agente inflamatório 
• Menor número de linfócitos e leucóci-
tos 
 
Diferenciação celular 
• CÉLULAS GIGANTES MULTINUCLEADAS 
• Resultam da fusão de macrófagos 
• 2 tipos: 
Núcleos na periferia → células de Langhans, núcleo em 
forma de ferradura 
Muito comum na tuberculose 
Núcleos distribuídos irregularmente no citoplasma → 
células gigantes do tipo corpo estranho 
• Outras células: eosinófilos, basófilos, mastócitos, 
fibroblastos 
• A depender da etiologia

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