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marcella marquetti – turma XXVIII CAIXA TORÁCICA protege tórax e certas estruturas abdominais (ex: baço e fígado); fratura das costelas falsas a esquerda -> lesão no baço; local de introdução da agulha na caixa torácica para adentrar o espaço pleural: acima da linha imaginária a partir do xifoide; ao adentrar nas costelas flutuantes, adentra na cavidade abdominal. toracostomia: introdução de um dreno para a drenagem do tórax; localizar ângulo do esterno: nível da 2ª costela; anterior à linha média axilar sobre o lado afetado; realizada preferencialmente no 5º EIC; lesão durante drenagem torácica pode causar hemorragia para dentro do tórax = hemotórax; feixe vásculonervoso: passa no sulco de cada costela; • rente à borda inferior; • composição: vaso arterial de alta pressão (raio pequeno); • lesão: choque hemorrágico – hemotórax; • entrar com o dreno rente à borda superior da costela, pois evita lesão no feixe vásculonervoso. toracocentese (aspiração pleural): para avaliação de efusões pleurais - acúmulo de líquido no espaço pleural; suspeita de pneumonia (pus no espaço pleural); radiografia: confirma a localização e extensão da efusão; posição p/ aspiração: linha medioescapular posterior; inserir agulha na borda inferior do espaço intercostal: menos risco de lesar vasos intercostais. parâmetro: linha imaginária traçada a partir do xifoide e abaixo da ponta inferior da escápula = altura do 7º EIC. toracocentese com agulha: introdução de uma agulha no espaço pleural visando a retirada de um líquido; suspeita de pneumotórax; agulha no 2 EIC na linha medioclavicular no lado do pneumotórax; rebate trapézio -> atinge músculo serrátil póstero- superior. rebate latíssimo do dorso -> atinge músculo serrátil póstero-inferior. marcella marquetti – turma XXVIII ESTERNO retração de fúrcula esternal: retração da pele na região apical do esterno – requer grande esforço da musculatura acessória da respiração para garantir o fluxo de ar para os pulmões; processo xifoide: acima dele consegue-se localizar o espaço pleural; ângulo manúbrio esternal: consegue localizar a 2ª costela; DIAFRAGMA nervo frênico: altura do ramo anterior da T3. lesão do nervo frênico: diafragma recebe sua inervação através dos nervos frênicos: nervo misto que fornece inervação motora exclusiva ao diafragma apreciação da localização para evitar lesões cirúrgicas iatrogênicas; incisão radial no diafragma da margem costal até o hiato esofágico -> paralisia diafragmática; incisão toracoabdominal de maneira circunferencial na periferia do diafragma não envolve ramos significativos dos nervos frênicos e preservam a função diafragmática; de modo similar, incisões do centro tendíneo são seguras; secção do nervo frênico no pescoço: paralisia completa da metade correspondente do diafragma; em casos de nervo frênico acessório não ocorre paralisia completa. o NF pode estar envolvido com lesões traumáticas superiores do plexo braquial; causas comuns de lesão do NF: cirurgias cardíacas e torácicas, tumores do pulmão ou mediastino e infecções. trauma raquimedular envolvendo T1, T2 ou T3 - necessidade de aparelhos respiratórios. lesão no diafragma: parte sensitiva dor referida: a dor não é localizada na região tóraco- abdominal; ocorre em inflamação da parte diafragmática da pleura; a dor diafragmática é percebida na ponta do ombro ou na região interescapular = sinal de Lafond; reflete as origens de raízes nervosas comuns no pescoço; refluxo esofágico: o refluxo do conteúdo gástrico para o esôfago, com risco de aspiração para os pulmões, é impedido por uma barreira na junção esofagogástrica formada por fibras envoltórias dos pilares diafragmáticos. trauma diafragmático: um ferimento toracoabdominal interno e penetrante pode resultar em ruptura ou laceração do diafragma, podendo haver uma subsequente herniação dos componentes abdominais para o interior do tórax. marcella marquetti – turma XXVIII hérnia de hiato o estresse repetido pode comprometer a integridade do hiato, de modo que o túnel hiatal muscular se alargue; a frouxidão do ligamento frenicoesofágico leva à hernias deslizante: a junção esofagogástrica desliza para dentro do tórax e à hérnia de hiato paraesofágica ou II, quando o estômago se hernia para o tórax. hérnias congênitas: órgãos abdominais, usualmente o estômago, podem se herniar através do diafragma para dentro do tórax; 1. esofágica: resultado de um defeito no hiato esofágico; 2. posterolateral (bochdalek): resultado de um defeito na parte posterior do diafragma, na região da 10ª ou 11ª costela; se apresenta com conteúdos abdominais no hemitórax esquerdo ao nascimento; pode causar hipoxemia ou insuficiência respiratória. 3. subcostoesternal (morganini): defeito na parte superior do diafragma. TRAQUEIA anel falso ou incompleto: parte posterior não é fechada; é composta por um componente muscular; traqueostomia: abertura do anel para colocar uma cânula (usada na intubação prolongada); complicação: fístula traqueoesofágica devido a perfuração da parede posterior traqueal que possui íntimo contato com o esôfago. cricotireoidostomia: incisão na memb cricotireóidea nos casos em que outros meios para garantir uma via aérea definitiva tenham falhado (emergência); põe em risco a artéria cricotireóidea: ramo da artéria tireóidea superior. função: manter a via aérea previa; respiração adequada. MEDIASTINO massa no mediastino posterior = tumor no esôfago ou linfoma (ducto torácico) - sistema digestório ou linfático; massa no mediastino superior = tumor no timo (timoma); invade o esterno anteriormente e pode comprimir a VCS originando a síndrome da veia cava superior; vascularização e drenagem arco da aorta e seus ramos, aorta torácica descendente, tronco pulmonar e VCS = grandes vasos; sistema ázigo, artérias e veias pulmonares, intercostais posteriores e torácicas internas. marcella marquetti – turma XXVIII ANATOMIA SISTEMA RESPIRATÓRIO CAIXA TORÁCICA composição do esqueleto do tórax: esterno; 12 vértebras torácicas e seus discos intervertebrais; 12 pares de costelas e suas cartilagens costais; • as cartilagens prolongam as costelas anteriormente e contribuem para a elasticidade da parede torácica; anteriormente: esterno - linha mediana; partes distais das costelas e de suas cartilagens; posteriormente: discos intervertebrais - linha mediana; lateralmente: costelas; classificação das costelas: 1. verdadeiras ou vertebroesternais (1 a 7) fixação direta no esterno por meio de suas cartilagens costais; 2. falsas ou vertebrocondrais (8 a 10) fixação indireta no esterno; suas cartilagens unem-se à cartilagem da costela acima dela; 3. flutuantes, livres ou vertebrais (11 e 12) sem conexão com o esterno; articulam-se com apenas 1 vértebra (1 face articular); terminam na musculatura abdominal. 4. costelas típicas (3 a 9) cabeça, colo e corpo (diáfise - sulco) da costela; 5. costelas atípicas (1, 2, 10, 11, 12) obs: a 1ª costela é a mais fechada, funcionando como um dos limites superiores da caixa torácica. espaços intercostais separam as costelas e as cartilagens costais; são 11 EIC e 11 nervos intercostais; mais largos anterolateralmente e entre as costelas superiores; alargam-se ainda mais na inspiração; • 3 camadas de músculos planos e suas aponeuroses (membranas intercostais); • 2 conjuntos (colateral e principal) de vasos e nervos intercostais; • canais linfáticos. esterno região intermediária da parte anterior da caixa ; protege as vísceras do mediastino; regiãodas incisuras (faces) costal e clavicular; relações: com a clavícula, veia jugular e parte condral da costela; marcella marquetti – turma XXVIII 1. manúbrio incisura jugular ou supraesternal: local de anexação de fibras de ligamentos interclaviculares; ângulo esternal ou de louis: saliente; nível da 2ª costela. 2. corpo: nível de T5 a T9; 3. processo xifoide: região do centro tendíneo do diafragma; limite inferior da cavidade torácica; limite superior do fígado; margem inferior do coração. músculos da parede torácica diafragma: principal músculo da respiração – quando contraído, permite a inspiração pela negativação da pressão intratorácica, com expansão dos alvéolos; músculos intrínsecos: intercostais, subcostais, transverso do tórax, serrátil posterior superior e inferior e levantadores das costelas; podem levantar ou abaixar as costelas, e são ativados durante a respiração forçada; músculo escaleno médio é ativado durante a respiração normal (de repouso); todos (exceto os levantadores) são inervados por nervos intercostais derivados dos ramos anteriores dos nervos espinais torácicos; levantadores são inervados pelos ramos posteriores; músculos intercostais: são denominados de acordo com sua profundidade - externo, interno, íntimo; obs: a estrutura esquelética da parede do tórax prevê locais de fixação para músculos associados ao pescoço, dorso, abdômen e membros superiores. nível de auxílio para orientação no tórax é o plano horizontal que passa através do disco intervertebral entre a 4ª e 5ª vértebras torácicas posteriormente, e no nível d9o ângulo do esterno (articulação manúbrioesternal) e da 2ª cartilagem costal (íntimo contato com o 2º EIC), anteriormente. separa o mediastino superior do inferior; marca os limites superiores do pericárdio e do tronco pulmonar; origem do arco da aorta; nível da bifurcação da traqueia em brônquios princ.; v. cava superior penetra no pericárdio e entra no AD; marcella marquetti – turma XXVIII relações anatômicas do tórax 1. abertura superior anteriormente: margem superior do manúbrio; posteriormente: corpo vertebral da T1; lateralmente: 1º par de costelas e suas cartilagens. obs1: o limite superior não é fechado; nele passam o esôfago (digestório), traqueia (respiratório), nervos e vasos linfáticos. obs2: as estruturas que passam entre o membro superior e o tórax passam também por cima da primeira costela, dos pulmões e da cúpula da pleura. 2. abertura inferior – saída larga do tórax anteriormente: articulação xifoesternal; anterolateralmente: cartilagens das 7 a 10 costelas = margens costais; posteriormente: corpo vertebral da T12; posterolateralmente: 11º e 12º pares de costelas. obs: é + larga no plano transverso do que no sagital e se inclina para baixo e para trás -> explicação da cavidade torác. ser mais profunda posterior do que anteriormente. suprimento arterial do tórax a aorta está à esquerda da coluna; o ramo intercostal direito é maior que o esquerdo; artéria intercostal: é emitida pela aorta; • gera ramos cutâneos posteriores lateral e medial, que seguem para a musculatura e pele do dorso; • gera ramos intercostais (inferiormente no sulco das costelas) que caminham entre a musculatura e anastomosam-se com ramos da artéria torácica interna. marcella marquetti – turma XXVIII os músculos da parede do tórax são irrigados por: artéria torácica interna • origem: artéria subclávia à 2cm da sup. do esterno; • desce por trás das primeiras 6 cartilagens costais à 1cm da borda lateral do esterno; • no nível do 6º EIC se ramifica em artérias epigástrica superior e musculofrênica. artéria intercostal suprema • origem: é ramo do tronco costocervical; • se anastomosa com a 3ª artéria intercostal posterior; • origina a 1ª artéria intercostal posterior; • desce para se tornar a 2ª artéria intercostal posterior. artérias intercostais posteriores • origem: face posterior da parte descendente da aorta localizada na parte torácica; • 9 pares; direitas são maiores - desvio aórtico esquerdo. artéria torácica superior • ramo da artéria axilar. drenagem venosa do tórax veia torácica interna • veias comitentes da metade inferior da artéria torácica interna; • tributárias: veias pericardiofrênica e intercostais anteriores, e ramos da artéria torácica interna; • drena para a veia braquicefálica; veias intercostais anteriores • são tributárias das veias musculofrênica e torácica interna; veias intercostais posteriores • maioria drena direta ou indiretamente p/ veia ázigo direita e veia hemiázigo ou hemiázigo acessória, à esquerda. marcella marquetti – turma XXVIII as veias intercostais posteriores recebem tributárias que entregam sangue dos músculos do dorso e da pele, e dos plexos venosos vertebrais; veia hemiázigo origem: lado esquerdo, a partir das 3 veias intercostais posteriores inferiores, de tronco comum formado pelas veias lombares ascendentes e subcostais, e por suas veias tributárias esofágicas e mediastinais; ascende anteriormente até T8, cruza a coluna vertebral posterior à aorta, esôfago e ducto torácico, terminando na veia ázigo; extremidade inferior pode estar conectada à veia renal. veia hemiázigo acessória origem: lado esquerdo da coluna vertebral; cruza a T7 e se une à veia ázigo; recebe veias derivadas do 4º/5º ao 8º EIC esquerdo. veia ázigo origem: a partir da face posterior da veia cava inferior; termina na veia cava superior; ascende no mediastino inferior até o nível de T4; localização: anterior às 8 vertebras torácicas inferiores, às artérias intercostais posteriores direitas e ao ligamento longitudinal anterior. inervação do tórax feixe vásculonervoso: parte na porção do sulco inferior das costelas; localização: entre o músculo intercostal interno e o íntimo. marcella marquetti – turma XXVIII PULMÃO localização: de cada lado do coração e de outras estruturas mediastinais; fixado ao coração e à traqueia no hilo, e ao ligamento pulmonar, respectivamente; composição: pleura visceral e parietal (recobre o recesso costodiafragmático – até onde o pulmão chega). peso: pulmão direito = 625g; esquerdo = 565g; • são mais pesados e homens do que em mulheres; • pesos úmidos: possui variação considerável, visto que reflete a quantidade de sangue ou de líquido seroso contida nos pulmões quando pesados. obs: pulmão direito é maior, mais pesado e comporta maior volume (porém é 2,5cm mais curto verticalmente, pelo grande volume do segmento hepático) - diferença ocorre devido à posição do coração. divisão anatômica cada pulmão tem 1 ápice, 1 base, 3 bordas e 2 superfícies; 1. ápice extremidade superior arredondada; se eleva de 3 a 4 cm acima do nível da 1ª cartilagem costal; seu topo fica 2,5 cm acima do terço médio da clavícula; posteriormente fica ao nível do colo da 1ª costela; na inspiração profunda -> ápice fica acima do 1/3 médio da a. subclávia, realizando um íntimo contato com ela. 2. base: semilunar e côncava repousa sobre a superfície superior do diafragma: • separa o pulmão direito do lobo direito do fígado, e o pulmão esquerdo do lobo esquerdo do fígado, do fundo gástrico e do baço; • diafragma se estende mais alto à direita do que à esquerda, por isso a concavidade é mais funda na base do pulmão direito; posterolateralmente: a base tem a margem que se projeta um pouco no recesso costodiafragmático. 3. superfícies 3.1 superfície costal • lisa e convexa; está em contato com a pleura costal. 3.2 superfície medial • parte posterior vertebral:contato com as laterais de discos e VT, vasos IC posteriores e n. esplênicos; • parte anterior mediastinal: • profundamente côncava – adaptação ao coração na impressão cardíaca (maior e mais profunda no pulmão esquerdo); • hilo: posterossuperior a essa cavidade, de forma triangular, pelo qual diversas estruturas entram ou saem do pulmão, circundadas por uma bainha de pleura que se estende abaixo do hilo e por trás da impressão cardíaca = ligamento pulmonar. marcella marquetti – turma XXVIII segmentos broncopulmonares cada um dos brônquios principais se divide em 2 lobares; brônquios segmentares: ramos primários dos brônquios lobares direito e esquerdo, e cada um deles se ramifica ao segmento broncopulmonar; segmento broncopulmonar: unidade do tecido pulmonar estruturalmente distinta e funcionalmente independente. raízes e hilos pulmonares a raiz pulmonar liga a face medial do pulmão ao coração e à traqueia; e é formada pelas estruturas: • brônquio principal; • artéria pulmonar; • 2 veias pulmonares; • plexo autonômico pulmonar; vasos linfáticos, linfonodos broncopulmonares e tecido conectivo frouxo. relações anatômicas raízes pulmonares ou pedículos: localizam-se em oposição aos corpos da 5ª à 7ª vértebras torácicas; anteriores: nervo frênico, plexo pulmonar anterior, artéria e veia pericardiofrênica; posteriores: nervo vago e plexo pulmonar posterior; inferior: ligamento pulmonar; as estruturas de ambas as raízes estão dispostas de forma semelhante: veia pulmonar + superior está anteriormente, a. pulmonar e brônquio principal posteriores, e vasos brônquicos mais posteriores. 1. hilo direito localização: atrás da VCS e do átrio direito, e abaixo da parte terminal da veia ázigos; sequência das estruturas, de cima para baixo: brônquio lobar superior -> artéria pulmonar -> brônquio principal -> veia pulmonar inferior. 2. hilo esquerdo localização: abaixo do arco aórtico e na frente da aorta descendente torácica; artéria pulmonar (+ longa deste lado) -> brônquio principal -> veia pulmonar inferior. marcella marquetti – turma XXVIII pulmão direito dividido em: lobos superior, médio e inferior pelas fissuras horizontal e oblíqua. fissura horizontal: • separa os lobos superior e médio; • vai horizontalmente a partir da fissura oblíqua, até a borda anterior do pulmão ao nível da extremidade esternal da 4ª cartilagem costal e, então, se dirige para trás até o hilo, na face mediastinal. fissura oblíqua: • separa o lobo inferior dos lobos superior e médio; • é superior; • menos vertical que a fissura oblíqua esquerda; • borda posterior: nível do processo transverso de T4; • desce pelo 5º EIC e acompanha a 6ª costela até a junção costocondral. obs1: são variações menos comuns a presença de um fissura acessória inferior e uma superior. arranjo dos segmentos broncopulmonares e dos hilos pulmonares permite a ressecção de abscessos e de lesões localizadas causadas por um câncer de pulmão. relações anatômicas – impressões na superfície impressão cardíaca; veia cava superior e veia ázigos; veia braquicefálica direita; costelas; lado direito do esôfago – produz um sulco vertical raso, posterior ao hilo e ao ligamento pulmonar. identificação de quão completas são as fissuras é importante antes de uma lobectomia, pois indivíduos com fissuras incompletas têm mais chance de apresentar vazamentos de ar pós- operatórios e podem necessitar de fixação por grampos e o uso de bainhas pericárdicas. marcella marquetti – turma XXVIII pulmão esquerdo dividido em: lobos superior e inferior separados pela fissura oblíqua que se estende acima e abaixo do hilo; superficialmente a fissura inicia-se na parte medial, na parte posterossuperior do hilo; fissura oblíqua esquerda: geralmente é mais vertical; uma horizontal é encontrada ocasionalmente; língula: presente na extremidade inferior da incisura cardíaca. relações anatômicas – impressões na superfície impressão cardíaca; impressão cardíaca; arco aórtico e aorta descendente; sulco estreito para a artéria subclávia esquerda; veia braquicefálica esquerda; costelas. suprimento vascular e drenagem linfática os pulmões têm 2 vias circulatórias funcionalmente distintas; 1. vasos pulmonares: levam sangue desoxigenado às paredes alveolares e drenam sangue oxigenado de volta ao lado esquerdo do coração. 2. vasos brônquicos: derivam da circulação sistêmica, fornecem sangue oxigenado ao tecido pulmonar que não possui acesso imediato ao oxigênio atmosférico; são menores. artérias pulmonares a artéria pulmonar se bifurca em artérias pulmonares direita e esquerda, que passam aos hilos pulmonares; ao entrar no tecido pulmonar, ambas as artérias se dividem em ramos que acompanham os brônquios segmentares e subsegmentares; marcella marquetti – turma XXVIII artéria pulmonar direita: se divide em 2 grandes ramos ao emergir atrás da VCS; um linfonodo geralmente ocupa a bifurcação; ramo superior (menor): vai p/ o lobo superior e divide-se em outros 2 ramos que suprem a maior parte deste lobo; ramo inferior: desce na frente do brônquio intermediário e posteriormente à veia pulmonar superior; • emite um pequeno ramo recorrente para o lobo superior; • no ponto em que a fissura horizontal encontra a oblíqua, ele emite o ramo ao lobo médio (anteriormente) e ao segmento superior do lobo inferior (posteriormente); • depois se divide e supre o resto do lobo inferior. artéria pulmonar esquerda: emerge da concavidade do arco aórtico -> desce anteriormente à aorta descendente -> entra na fissura oblíqua; primeiro ramo (maior): emitido para o segmento anterior do lobo superior esquerdo; • antes de chegar à fissura oblíqua, a artéria emite outros ramos (n. variável) para o lobo superior; • ao entrar na fissura ela supre o segmento superior do lobo inferior; • ramos ligulares: se originam na fissura oblíqua e o restante do lobo inferior é suprido por muitos ramos com padrões diversos. veias pulmonares 4 veias pulmonares, 2 de cada pulmão; se originam de redes capilares nas paredes alveolares e retornam o sangue oxigenado ao átrio esquerdo; rica em O2. marcella marquetti – turma XXVIII TRAQUEIA tubo constituído de cartilagem e de membrana fibrosa, revestida internamente por mucosa; estende-se da laringe (C6) até a borda superior de T5; é móvel e pode alterar seu comprimento; na inspiração profunda a bifurcação pode descer até T6; cartilagem cricoide: une a traqueia à faringe; carina: região de bifurcação da traqueia; comprimento: 10-11 cm em adultos e jovens; diâmetro transversal: 12 mm; diâmetro transverso externo: 2 cm em homens e 1,5 cm em mulheres; parte anterolateral: anéis cartilaginosos incompletos que não fecham totalmente sua circunferência - “anéis falsos”; parte posterior: músculo liso. traqueia cervical parte da traqueia que pode ser palpada; anteriormente: arco jugular; músculos esterno-hióideo e esternotireóideo; istmo da tireoide: 2ª à 4ª cartilagens traqueais; artérias tireóideas superiores (bilaterais); veias tireóideas inferiores; remanescentes tímicos. posteriormente esôfago: complicação na traqueostomia. lateralmente lobos pareados da tireoide; nervos laríngeos recorrentes; artérias carótida comum e tireóidea inferior. traqueia intratorácica anteriormente manúbrio esternal; esterno-hióideo e esternotireóideo (inserções); artérias braquicefálica e carótida comum esquerda; veia tireóidea inferior e remanescentes tímicos. posteriormente esôfago:separa a traqueia da coluna vertebral. lateralmente (direita) lateralmente direita esquerda pulmão e pleura direitos arco aórtico v. braquicefálica direita a. carótidas comuns v. cava superior e ázigos a. subclávia esquerda nervo vago n. laríngeo recorrente marcella marquetti – turma XXVIII vascularização traqueia cervical: ramo das artérias tireóideas inferiores; traqueia torácica: ramo das artérias brônquicas que sobem para se anastomosar com os ramos traqueais das artérias tireóideas inferiores. drenagem venosa plexo venoso tireóideo inferior. BRÔNQUIOS traqueia – brônquio principal – brônquio lobar – brônquio segmentar (têm divisões sucessivas) – brônquio terminal; brônquio principal direito 2,5 cm de comprimento, mais largo, curto e vertical; explicam a entrada de objetos inalados para o brônquio principal direito; emite 3 ramos: brônquio lobar superior (entra no pulmão direito em oposição à vértebra T5), médio e inferior. brônquio principal esquerdo 5 cm de comprimento, mais horizontal; inferiormente ao arco aórtico, anteriormente ao esôfago, ao ducto torácico e à aorta descendente; artéria pulmonar: inicia anterior e depois superior a ele; entra no hilo do pulmão esquerdo ao nível da vértebra T6; divide-se em 2 ramos: brônquio lobar superior e inferior. vascularização realizada pelas artérias brônquicas; derivam direta ou indiretamente da aorta descendente torácica; artéria brônquica direita: é ramo da 3ª artéria intercostal posterior que é ramo da aorta torácica; artéria brônquica esquerda: são geralmente duas (superior e inferior). drenagem venosa não recebem todo o sangue levado pelas artérias brônquicas; duas de cada lado; drenam sangue de brônquios maiores e estruturas hilares formando 2 sistemas: veias brônquicas superficiais: drenam os brônquios extrapulmonares, a pleura visceral e linfonodos hilares; se comunicam com as veias pulmonares e terminam à direita na veia ázigos direita e à esquerda na veia intercostal superior esquerda ou veia hemiázigo acessória; veias brônquicas profundas: começam como plexos bronquiolares -> também se comunicam com veias pulmonares -> desembocam num tronco único que termina numa veia pulmonar principal ou no átrio esquerdo. marcella marquetti – turma XXVIII broncoscopia possibilita a visualização direta das cordas vocais, da traqueia e das vias aéreas principais até a primeira divisão das vias aéreas subsegmentares. aquisição de amostras, informações sobre câncer... também informa sobre estruturas adjacentes. ducto torácico (+ esquerdo depois direito) marcella marquetti – turma XXVIII V. BCF VCS T. ou A. BCF subclávia carótida comum e. n. vago n. frênico NLR.E. MEDIASTINO região de separação entre os pulmões; inclui a parte mediastinal da pleura parietal; delimitada anteriormente pelo esterno e posteriormente pela região torácica da coluna vertebral, e se estende verticalmente da entrada do tórax até o diafragma. 1. mediastino superior entre o manúbrio esternal e as vértebras de T1 a T4; extremidades inferiores dos músculos esterno-hióideo, esternotireóideo e longo do pescoço; artérias e veias torácicas internas, veia braquicefálica, arco da aorta e metade superior da VCS; tronco braquicefálico, artérias carótida comum esquerda e subclávias, veia intercostal superior esquerda; nervos vagos (esquerdo e direito) e frênicos; nervo laríngeo recorrente esquerdo, nervos cardíacos; plexo cardíaco superficial e remanescentes do timo; traqueia, esôfago, ducto torácico e linfonodos. 2. mediastino inferior anterior entre o corpo do esterno e o pericárdio; tecido conjuntivo, ligamentos esterno-pericárdicos, ramos mediastinais da a. torácica interna, linfonodos; pode conter parte do timo ou seus remanescentes degenerados. 3. mediastino inferior médio parte mais larga do mediastino inferior; pericárdio, coração e a parte ascendente da aorta; metade inferior da VCS (recebe ázigo atrás); bifurcação da traqueia e os 2 brônquios principais; tronco pulmonar, artéria pulmonar direita e esquerda e as veias pulmonares direitas e esquerdas; nervos frênicos direito e esquerdo; parte profunda do plexo cardíaco e linfonodos traqueobronquiais. 4. mediastino posterior parte torácica da aorta descendente e as veias ázigo, hemiázigo e hemiázigo acessória; nervo vago esquerdo e direito e nervos esplâncnicos (vísceras); esôfago, ducto torácico e linfonodos mediastinais posteriores. marcella marquetti – turma XXVIII TIMO órgãos linfoides primários: timo e medula óssea; localização: a maior parte está no mediastino superior e no mediastino inferior anterior; borda inferior do timo: nível das 4ªs cartilagens costais; as duas partes se encontram unidas na linha mediana por tecido conjuntivo: se mescla com a cápsula que envolve cada lobo; os lobos podem ter aderências com o pericárdio fibroso, o qual necessita de uma pericardiectomia limitada durante uma timectomia. relações anatômicas polos superiores: se unem e se estendem para cima, no nível da incisura jugular; o polo esquerdo usualmente é mais alto e é visto 1º por trás dos músculos infra-hióideos durante uma timectomia transcervical; as vezes atinge os polos inferiores da tireoide e está conectado a ela pelo ligamento tireotimico; inferiormente: extremidade inferior do lobo direito fica entre a aorta ascendente e o pulmão direito, anterior a VCS; anteriormente: manúbrio do esterno, vasos torácicos internos músculos esterno-hióideo e esternotireóideo, e as três primeiras cartilagens costais superiores; lateralmente: pleuras; nervos frênicos: estão anterolateral e inferiormente; posteriormente: vasos do mediastino superior, parte superior da traqueia e superfície anterior do coração; atenção na timectomia devido a variação anatômica onde os polos superiores podem estar posteriormente à veia braquicefálica esquerda. vascularização artéria tireóidea inferior e ramos das artérias torácicas internas, as quais também suprem o tecido conjuntivo mediastinal circunjacente; não há um hilo principal, os ramos arteriais passam diretamente através da cápsula ou em meio aos septos interlobares (+ frequente) para entrar no timo. drenagem veias tímicas: drenam para as veias braquiocefálica esquerda, tireóidea inferior e torácicas internas; ocasionalmente drena para a VCS; uma ou mais veias podem emergir medialmente de cada lobo para formar um tronco comum que se abre na veia braquiocefálica esquerda. marcella marquetti – turma XXVIII PLEURA membrana serosa que recobre os pulmões; são contínuas em torno das estruturas hilares; permanecem em íntimo contato, ainda que deslizando uma sobre a outra, em todas as fases da respiração; pleura visceral ou pulmonar: se adere intimamente à superfície pulmonar e suas fissuras interlobares pleura parietal: • contínua com a pleura visceral; • reveste a metade correspondente da parede torácica; • abrange estruturas da região média do tórax. 1. cavidade pleural espaço potencial entre as pleuras: mantida uma pressão negativa - menos de 5mL de líquido; cavidade pleural esquerda: menor devido ao coração; 2. sacos pleurais os sacos esquerdo e direito formam compartimentos separados; só se tocam atrás da metade superior do corpo do esterno; recesso costodiafragmático: junção das duas pleuras; abaixo do hilo, a pleura mediastinal se estende como uma camada dupla = ligamento pulmonar. mediastino: região de separação entre os pulmões(entre os sacos pleurais) - inclui a pleura mediastinal; • se estende verticalmente a partir da entrada do tórax até o músculo diafragma; • delimitações -> anterior: esterno; posterior: região torácica da coluna vertebral. 3. recessos pleurais cavidade potencial menor, criada quando uma pleura toca a outra durante a respiração calma; a pleura se estende abaixo da borda inferior do pulmão, mas não até a fixação do diafragma; diafragma está em contato com as cartilagens costais e músculos intercostais abaixo da linha de reflexão pleural. em geral a pleura cruza a 12ª costela, região medial do rim fica acima da reflexão pleural (curvatura feita para que a pleura possa mudar de direção: reflexão vertebral, costal e esternal); • borda inferior do recesso costodiafragmático direito é importante na abordagem cirúrgica posterior ao rim; • a 11ª costela pode ser tomada erroneamente pela 12ª na apalpação e uma incisão prolongada até esse nível causa lesão na pleura; • pode-se determinar qual é a costela certa contando- se a partir da 2ª costela no nível do ângulo esternal. marcella marquetti – turma XXVIII pneumotórax • acúmulo de ar na cavidade pleural; • causa: qualquer solução de continuidade da parede torácica e da pleura parietal ou visceral; • etiologias: espontaneamente ou após traumatismo (ex: fratura de costelas e lesões por instrumentos cortantes); • diagnóstico: radiografia de tórax -> há separação das pleuras parietal e visceral + ausência da trama vascular; • tratamento: descompressão pela inserção de um dreno intercostal ou de um cateter de grande calibre. DIAFRAGMA lâmina músculo-fibrosa que separa a cavidade torácica da atividade abdominal; 1041 hemidiafragma direito: localiza-se anteriormente, no nível da 6ª costela; hemidiafragma esquerdo: 1,5 a 2,5 cm mais baixo que o direito; pilar direito é mais largo e longo que o esquerdo; centro tendíneo do diafragma: delgada aponeurose (ancora um músculo ou o conecta com a parte do músculo que se move) situada próximo ao centro do músculo, porém mais perto da parte anterior do tórax; • no centro, ele se encontra abaixo do pericárdio - se funde parcialmente. face superior (convexa) -> voltada para o tórax; • relacionada a 3 membranas serosas: pleura, pericárdio e peritônio; face inferior (côncava) -> voltada para o abdômen; aberturas 1. hiato esofágico localização: nível da T10; acima à frente e um pouco à esquerda do hiato aórtico; passam esôfago, nervos gástricos, vasos linfáticos e ramos esofágicos dos vasos gástricos esquerdos. 2. forame da veia cava localização: nível do disco entre T8 e T9; mais alta das aberturas; atravessada por veia cava inferior e ramos do nervo frênico direito. marcella marquetti – turma XXVIII 3. hiato aórtico localização: nível da margem inferior de T12 e do disco intervertebral toracolombar; mais inferior e posterior das aberturas; lateralmente: pilares diafragmáticos; posteriormente: coluna vertebral; anteriormente: diafragma; nele passam a aorta, ducto torácico, troncos linfáticos e veias ázigo e hemiázigo. obs: existem duas aberturas menores em cada pilar – uma permite a passagem do nervo esplênico maior e a outra do nervo esplênico menor. relações anatômicas lado direito: lado esquerdo: lobo direito do fígado; lobo esquerdo do fígado; gl. suprarrenal direita; baço; rim direito gl. suprarrenal esquerda rim esquerdo suprimento arterial suprem-no pela face abdominal inferior; margem costal: 5 artérias intercostais inferiores e artérias subcostais; porção central: artérias frênicas inferiores; artérias frênicas inferiores (2): origem: aorta abdominal separadamente, acima do tronco celíaco e através de um tronco aórtico comum ou através do tronco celíaco; ocasionalmente uma deriva da aorta e a outra de uma artéria renal; • cada artéria ascende lateral e anteriormente a um pilar do diafragma, próx. à margem medial da gl. suprarrenal; • obs: (1) a. suprarrenal direita; (2) aorta abdominal. artéria frênica inferior esquerda: origem: passa posteriormente ao esôfago e se dirige para frente, ao lado esquerdo de sua abertura diafragmática; envia ramos ascendentes ao esôfago. artéria frênica inferior direita: passa posteriormente à VCI e ao longo do lado direito de sua abertura; cada artéria frênica se divide em ramos medial e lateral perto da margem superior do c. tendíneo; ramo lateral: supre a VCI. suprimento vascular veias frênicas inferiores seguem as artérias correspondentes à face inferior do diafragma; veia frênica inferior direita: desemboca na VCI; veia frênica inferior esquerda: geralmente é dupla; um ramo termina na veia renal esquerda ou na veia suprarrenal; outro passa anteriormente ao hiato esofágico para se unir à VCI. marcella marquetti – turma XXVIII obs: anatomia da respiração inspiração: pulmão até as costelas inferiores - músculos intercostais externos são mais ativos; • diafragma contrai e desce; • aumenta as dimensões torácicas -> aumenta o volume do espaço pleural -> diminui a pressão intrapleural -> ar é puxado para dentro dos pulmões. expiração: pulmão volta próximo a região do mamilo – músculos intercostais internos são mais ativos; • diafragma relaxa e sobe; • ar é expelido dos pulmões e o recolhimento elástico destes cria uma pressão subatmosférica que retorna as dimensões torácicas ao normal. alça de balde: face medial da costela é elevada e isto aumenta a dimensão transversal do tórax. braço de bomba: este movimento aumenta a dimensão anteroposterior do tórax - movimentos nas articulações costovertebrais causam a elevação das extremidades anteriores das costelas que empurram o corpo do esterno e as costelas superiores para frente;
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