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1 Juliele Bueno Patologias no esôfago NEOPLASIAS DO ESÔFAGO → carcinoma de células escamosas → adenocarcinoma Melena- fezes muito escuras e mal cheirosas, que contêm sangue digerido na sua composição Hematêmese – sangue visível no vômito Odinofagia – deglutição com dor, especialmente na ingestão de sólidos Pós prandial – após a alimentação Paciente com sobrepeso, dor a noite e dor retroesternal Erosão ( lesão de perde de continuidade do epitélio é uma lesão mais rasa, mais superficial) ainda não é úlcera. → esofagite erosiva – endoscopia macroscópica é vista a perda de continuidade → doença de refluxo gastroesofágico é uma doença clínica. → massa sólida no esôfago distal – adenocarcinoma ( progressão de uma doença de refluxo ( condição crônica) evoluiu para um adenocarcinoma esofágica → a doença de refluxo gastresofágico foi a doença inflamatória crônica, mal tratada que fez o paciente 12 anos depois ter um câncer. Adenocarcinoma é um epitélio colunar com presença de células caliciformes que não é do esôfago DREG – ESOFAGITE CRÔNICA ( não tratado)→ METAPLASIA DE BARRET ( Substituição do epitélio pavimentoso esofágico para o epitélio colunar com presença de células caliciformes)→ ADENOCARCINOMA Epitélio mucinoso ( caliciforme) que é o intestinal, acaba o sintoma, o paciente não sente mais a pirose a doença continua acontecendo ele só não tem mais o sintoma. DOENÇA DE REFLUXO GASTROESOFÁGICO DRGE Fisiologicamente o fechamento competente do esfíncter é importante para impedir o refluxo, com a perda do tônus não tem o fechamento integral e isso vai ocorrer o refluxo do conteúdo gástrico no esôfago que não tem o epitélio apropriado para isso. O epitélio pavimentoso estratificado do esôfago é resistente à abrasão dos alimentos, mas é sensível ao ácido. As glândulas submucosas, as quais são mais abundantes no esôfago proximal e distal, contribuem para a proteção da mucosa por meio da secreção de mucina e bicarbonato. Ainda mais importante, o tônus do esfíncter esofágico inferior previne o refluxo de conteúdos gástricos acídicos, os quais estão sob pressão positiva e que, de outro modo, entrariam no esôfago. O refluxo de conteúdos gástricos no esôfago inferior é a causa mais frequente de esofagite. A complicação da DRGE crônica é decorrente de refluxos recorrentes ( suco gástrico – acidez) caracterizada por metaplasia intestinal dentro da mucosa escamo esofágica. Com isso o organismo vai se adaptar transformando o tecido epitelial estratificado pavimento com tecido epitelial simples colunar com células caliciformes. O tecido epitelial de revestimento vai sofrendo uma invaginação para outras camadas formando glândulas que podem secretar muco ( na mucosa) sendo resultados da metaplasia, ficando muito parecido com a mucosa intestinal ( por isso é chamada de metaplasia intestinal) 2 Juliele Bueno FISIOPATOGENIA: metaplasia devido a adaptação ao contato com o ácido estomacal Papel do nervo vago ( acetilcolina) → responsável pelo relaxamento do esfíncter. Acetilcolina via receptor muscarínico – contrai o musculo e relaxa o esfíncter. → como há um relaxamento do esfíncter esofágico inferior, há o refluxo do conteúdo gástrico para o esôfago levando a esofagite →o fechamento do esfíncter esofágico inferior é o reflexo do tronco encefálico que é mediado pelo nervo vago em resposta a vários estímulos aferentes. → diminuição do tônus do esfíncter esofágico inferior ou aumento da pressão abdominal. HÉRNIA DE HIATO – protusão ( espaço para passar) do fungo gástrico, através do hiato, aumento do fungo gástrico → protrusão do estomago na região torácica isso fará com que o esfíncter não feche → pode ser erosivo ou não erosivo ( não precisa da erosão da mucosa para a clínica) Clínica: endoscopia para saber se tem erosão, ulcera etc Biopsia: quando olha e endoscopia e vê que o epitélio já possui metaplasia. → imagem escura... infiltrado inflamatório na submucosa, é marcado pela presença de linfócitos reativos e a presença de células polimorfonucleares( eosinófilos, neutrófilos) → células polimorfonucleares ( eosinófilos e neutrófilos) é algo que diz respeito a uma ativação de resposta inflamatória aguda e também ativação de linfócitos típico de uma doença crônica. É uma doença crônica pela incompetência do esfíncter esofágico inferior que faz com que o epitélio esofágico sofra essa agressão, podendo haver a perda de continuidade do epitélio( infiltração de polimorfonuclear) doença inflamatória que são crônicas, mas em algum momento tem uma sobreposição de resposta aguda ( erosão -> úlcera) RESPOSTA AGUDA. → hiperplasia ( multiplicação das células da camada basal na tentativa de regenerar o tecido) mediante ao estimulo inflamatório que é crônico. Observar na imagem cinza o tanto de camada de células → espongiose ( edema, balonização, células epiteliais gordinhas e redondinha, condição em um epitélio escamoso)- glicoproteína para manutenção funcional da célula ( observe a cor roxa escura na imagem direita) → alongamento das papilas → alterações microscópicas típicas são – infiltrado polimorfonuclear que sobrepõe a uma infiltração linfocítica ->hiperplasia da camada basal com o intuito de regenerar o epitélio que sofre alteração -> balonização das células ( edema)-> alongamento das papilas que atingem mais de um terço do epitélio. 3 Juliele Bueno → junção gastresofágica é um local de metaplasia fisiológica, ou seja, é normal na transição do esôfago e estomago é normal que exista uma mudança de epitélio. → epitélio estratificado tem mais camadas de células então ele fica mais longe dos vasos da submucosa então ele é um rosa mais claro. O epitélio do estomago é um epitélio colunar simples, então é um epitélio mais fino que fica mais próximo da conjuntiva, por isso ele é mais vermelho. Epitélio do esôfago – estratificado pavimentoso Epitélio do estomago – colunar simples Conforme vai piorando a tendencia é das lesões começarem a juntar umas nas outras ( virando uma coisa só) fala-se em los angeles C e D. ESÔFAGO DE BARRET → metaplasia intestinal -> esôfago de barret → obesidade e sobrepeso, tabagismo e bactéria H. pylori. → gastrite antral – hipersecreção gástrica, células parietais secretam muito ácido. → gastrite antral nesse caso é um fator de risco. → gastrite atrófica pangastrite há uma atrofia da mucosa gástrica, fator de proteção para a doença de refluxo, pois a secreção ácida do estomago está diminuída. Se não tiver células caliciformes vai falar que apenas há uma metaplasia. Esôfago de barret é uma metaplasia intestinal. Epitélio intestina- pavimentoso ou escamoso. → epitélio estratificado sendo substituído por epitélio simples com presença de células caliciformes. → epitélio pavimentoso para um epitélio colunar glandular. O que vira câncer é o epitélio colunar PATOGÊNESE Metaplasia transformação de uma célula adulta de uma mesma linhagem ( uma célula epitelial se transformando em outra célula epitelial) – célula bem diferenciada 4 Juliele Bueno A- célula adulta escamosa do esôfago a partir do estimulo inflamatório crônico se transformando em um epitélio do tipo colunar a inflamação persistindo vai se transformar em um epitélio intestinal com células caliciformes Célula esofágica – célula gástrica – célula intestinal B- célula escamosa, processo inflamatório crônico que faz a célula madura regredir para uma célula de-diferenciar ( regredir) atinge um estágio mais primitivo, inflamação persistindo, a célula primitiva vai se transformar em uma célula colunar epitélio tipo gástrico -> epitélio intestinal. →Células primitivas -> células transicionais → elapode voltar ao normal para o epitélio escamoso se cessar a inflamação. c- células tronco ( progenitoras) na condição inflamatória, diminui os fatores de transcrição P63 que faz a célula progenitora se transformar em célula colunar do tipo gástrico e com mais inflamação se transforme no tipo intestinal. dependendo do fator de transcrição a célula tronco pode virar escamosa que é o normal, porém em uma condição inflamatória tem uma alteração do fator de transcrição P63 para o SOX9 e com isso a célula tronco acaba se reprogramando para um epitélio colunar do tipo gástrico e continuação a inflamação para o tipo intestinal com a presença de células caliciformes → progressão de uma metaplasia de barret até virar um adenocarcinoma. → displasia na pratica já não é mais reversível, ela já tem mutação, já tem a morfologia núcleo- citoplasma modificado. → desde o esofago de barret já é uma pré-neoplasia ADENOCARCINOMA ESOFÁGICO Lesão exofitica – vai crescendo para a luz do órgão e invadindo outros tecidos. Os carcinomas do esôfago tem essa característica exofítica PATOGÊNESE Adenocarcinoma – terço distal Carcinoma escamocelular – terço médio ou proximal 5 Juliele Bueno Perda P53 caráter agressivo com atividade proliferativa bastante elevada e a supressão de CDKN2A ( gene regulador de ciclina que o que ativa). → mutações de promoção, no momento que tenha o protooncogene e todos esses fatores que incitam o ciclo celular já há uma condição neoplasia altamente proliferativa. Da fase de promoção já alcança uma fase metastática → mutação de progressão – TWIST é um gene que permite a locomoção e mobilidade da célula epitelial no estroma do tecido, super-expressão no TWIST passa a ter uma transição epitelial mesenquimal, uma vez que ele está no estroma vai chegar na cadeia linfática e fazer metástase. Adenocarcinoma esofágico invasivo, desde bem diferenciados até estágios de moderadamente diferenciados. E- adenocarcinoma ( neoplasia de aspecto glandular) e uma consequência da neoplasia de barret esofágico bem diferenciado ( menos pior em termos de prognóstico), ou seja, não está com uma atividade mitótica tão proliferativa, ele é invasivo sim, pois é uma neoplasia que invade o tecido. H- moderadamente diferenciado é mais grave, provavelmente ele já fez metástase, já invadiu tecidos. Indiferenciado é o pior de todos em termo de prognóstico. Célula tronco é uma célula indiferenciada = pode virar qualquer outra da mesma linhagem. Muitas células jovens e imaturas querem dizer que a neoplasia é muito proliferativa. Portanto, mais grave. Mucina é como um coloide Muita célula diferenciada invadindo a submucosa. Ainda consegue ver uma estrutura glandular, mas entre essas glândulas ( verde) a glândula. Amarelo – tecido fibroso - tecido fibroso com maior malignidade. Maior grau de invasão Adenocarcinoma preferencialmente se desenvolve em esôfago distal. Perda de peso em pouco tempo – 2 meses Câncer deriva de um epitélio intestinal de glândula, já o carcinoma é derivado da mucosa do próprio esôfago → pro adenocarcinoma ocorrer está ligado ao esôfago de barret. CARCINOMA ESCAMOCELULAR( CEC) CARCINOMA EPIDERMÓIDE 6 Juliele Bueno → crescimento exofitico que cresce para luz. A CEC se desenvolve com muito mais frequência nas porções mais superiores ( terço médio e proximal). A dor é maior quando o alimento passa pela parte proximal a pessoa começa a sentir dor até pra deglutir substâncias liquidas → é muito sanguento e infiltrativo pode fistular. Epitélio escamoso constitutivo da mucosa esofágica. O CEC não passa pela metaplasia ( modificação celular), é a própria célula da mucosa (epitélio pavimentoso ou escamoso) que vai sofrer a mutação NÃO ACONTECE BARRET. CEC não tem qualquer relação com esôfago de BARRET. O CEC é mais prevalente - carga tabagica alta e consumo de álcool. TABAGISMO E ELITISMO. -paciente que tem doença de refluxo pode desenvolver o CEC, mas a doença de refluxo não é um fator de risco e sim o tabagismo e elitismo. Patogênese Observou células neoplásicas – in situ – não invadiu, mas tem um potencial maligno. Se ela ainda não invadiu, vai invadir. Pleomorfismo – variações de formatos, arquitetura não linear está toda desarranjada. Pérolas cornas – figuras de queratina. TÍPICO DE CEC indicador de malignidade do tumor Enquanto esta produzindo pérolas córneas é classificado como bem diferenciado ou diferenciado. Ausência de perólas córneas é um indicador de fenótipo mais maligno = moderadamente diferenciado ou indiferenciado. 7 Juliele Bueno T1a- intramucoso T1b- já rompeu lâmina própria e começou a invadir submucosa T2- transpassou submucosa e pegou a muscular T3- já está entrando na adventícia T4- está atingindo as estruturas adjacentes por exemplo a artéria aorta ( risco de morte súbita) m
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