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Unidade IV
Unidade IV
7 OS LANÇAMENTOS
Para encerrar o estudo do atletismo, nesta última unidade vamos abordar os aspectos técnicos, 
pedagógicos e regras básicas de competição que fazem parte deste grupo de provas.
Os lançamentos envolvem as provas menos populares do atletismo e por isso as menos praticadas 
pela população de uma forma geral e pouco divulgadas em nosso país, mas são tão importantes como 
todas as outras.
Essa modalidade possui notabilidade pelos desafios físicos envolvidos na prática e por ser uma das 
mais antigas, como pode ser visto na figura da estátua do discóbolo de Myrón, que representa um 
valioso suporte iconográfico para relacionar certos acontecimentos desportivos de grande repercussão 
mundial como os Jogos Olímpicos. Além de elemento para divulgação de eventos da educação física, é 
utilizado como símbolo da própria Educação Física.
Figura 72 – Famosa estátua grega do discóbolo de 
Myrón de Euléteras, 445 a.C., símbolo da Educação Física
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ATLETISMO: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
Estudamos a técnica dos lançamentos através de uma análise da mecânica dos movimentos que são 
efetuados em sequência. Cada ação que compõe a sequência tem um início, um desenvolvimento e um 
fim, cada uma delas com uma finalidade específica. Assim, na soma de todos os movimentos exercidos 
em cadeia, são definidas as técnicas e estilos de cada um dos lançamentos.
Para entender melhor a técnica de lançamento completo, o conjunto das ações realizadas é dividido 
em fases. Cada etapa tem uma denominação técnica própria e fito particular, portanto, para estudar a 
técnica, precisamos analisar cada uma delas para compreender os lançamentos.
Todos eles são compostos de fases comuns e que têm o mesmo nome, porém os movimentos 
executados são diferentes. Assim, para fazer a análise da técnica dos lançamentos, devemos identificar 
em cada um as seguintes fases:
•	 empunhadura;
•	 posição inicial;
•	 deslocamento;
•	 posição final;
•	 arremesso ou lançamento;
•	 troca de pés ou reversão.
A empunhadura consiste na maneira pela qual o implemento é agarrado ou manuseado, como a mão 
segura o peso, o dardo, o disco e o martelo. Ela é determinada segundo a forma de cada um dos utensílios.
•	 Posição inicial
Agora dentro do círculo para peso, disco e martelo ou corredor de lançamento para dardo, após fixar o 
artefato na mão, dependendo do tipo de lançamento que vai ser realizado, o atleta se coloca concentrado 
em uma posição favorável ao início de lançamento e, quando se sentir confortável, inicia o deslocamento.
•	 Deslocamento
O deslocamento tem o intuito de movimentar o corpo para quebrar a inércia utilizando da melhor 
maneira possível o espaço do círculo ou corredor e, com isso, adquirir velocidade e acumular 
força, que serão utilizadas no momento de lançamento.
•	 Posição final
Ao encerrar o deslocamento, o corpo deve terminar em uma posição que favoreça o equilíbrio e 
faça com que a velocidade e força acumuladas possam ser transmitidas a partir do chão, passando 
por todo o corpo e encerrando na mão que vai arremessar ou lançar.
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Unidade IV
•	 Arremesso ou lançamento
Essa fase é decisiva para o resultado da marca conseguida pelo arremessador. Se todas as etapas 
anteriores foram operadas com perfeição ou muito bem coordenadas, a possibilidade de sucesso 
é muito elevada.
•	 Troca de pés ou reversão
Executado o lançamento, após a saída do implemento da mão do arremessador, o corpo se 
desequilibra para frente devido à ação da força centrífuga atuante nesse instante. Como isso 
acontece no limite final do círculo ou do corredor de lançamento, para não cometer uma falta e 
perder sua tentativa, o atleta realiza uma troca rápida dos pés, colocando o pé de trás no lugar do 
que está à frente. Essa ação possibilita o controle do equilíbrio do corpo. O competidor pode sair 
do círculo ou do corredor somente quanto estiver parado.
Com base nos movimentos feitos em cada uma das fases, podemos definir os exercícios.
Uma técnica eficaz depende não apenas de uma excelente execução dos movimentos técnicos, mas 
também de velocidade e força.
Técnica de lançamento eficaz é toda aquela na qual o atleta aplica as forças de todo o seu corpo 
durante a maior distância possível (força x distância = trabalho) e, portanto, durante o maior tempo 
possível (força x tempo = impulso), já que a velocidade com que o objeto lançado abandona a mão 
é proporcional à média da força aplicada sobre o centro de gravidade do objeto. Em igualdade de 
circunstâncias, uma força total do corpo maior produzirá uma maior velocidade e uma maior distância, 
já que força = massa x aceleração (DYSON, 1978, p. 189).
Na sequência, vamos analisar cada um dos lançamentos com as suas características técnicas, 
metodologia para ensino e desenvolvimento. Todas as técnicas a serem avaliadas serão feitas para 
lançamentos realizados por indivíduos destros.
 Saiba mais
O livro Mecanica del Atletismo, de Dyson (1978), traz ótimos exemplos 
sobre lançamentos.
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ATLETISMO: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
7.1 Arremesso de peso
7.1.1 Visão histórica
Iniciamos falando sobre alguns aspectos que marcaram a história do arremesso de peso.
Não existe nenhum registro sobre a prática do arremesso de peso nos Jogos Olímpicos na Antiguidade. 
Há apenas menções de competições de arremessos de pedras entre os soldados gregos, relatadas por 
Homero durante o cerco da cidade de Tróia.
O primeiro registro de competições com arremessos vem da Escócia e remontam ao século I da Era Cristã.
No século XVI, o rei Henrique VIII da Inglaterra já participava de competições de lançamento de martelo.
Na Idade Média ocorreram os primeiros eventos semelhantes ao arremesso de peso moderno: 
soldados, em várias partes da Europa, competiam arremessando bolas de canhão o mais longe possível.
No século XIX, os escoceses promoviam torneios de arremesso de cubos de pedras a distância por 
trás de uma linha traçada no chão. Também na Escócia, no início do século XIX, chegaram os primeiros 
registros da competição que conhecemos hoje, que mais tarde passaram a fazer parte do Campeonato 
Britânico do Atletismo Amador, que começou em 1866.
Desde os primeiros Jogos Olímpicos da Era Moderna realizados na cidade de Atenas, em 1896, o 
arremesso de peso já era disputado pelos homens, e somente a partir de 1948 passou a contar com a 
participação das mulheres.
Hoje o arremesso é uma prova regular do atletismo, disputada em todos os níveis de competição e 
em qualquer parte do mundo.
Até o momento, o recorde mundial masculino pertence ao norte‑americano Randy Barnes – com 
23,12 m, e o feminino é da soviética Natalya Lisovskaya – com 22,63 m.
No início dessa forma de disputa, apenas indivíduos fortes participavam. No decorrer dos tempos, 
com o avanço da ciência do esporte, da tecnologia, e dos praticantes, dotados de grande estatura e 
respeitável peso corporal. Hoje essas características não bastam, é preciso melhorar a velocidade, a 
resistência e aumentar a força em todas as suas possibilidades.
Além dessas exigências, ao longo do tempo, a técnica evoluiu muito com a descoberta de novos estilos. 
Até então, o arremesso era feito atrás de uma linha traçada no chão. A partir de 1896, passou a ser executado 
dentro de um círculo de 2,13 m de diâmetro, que era o espaço máximo para o atleta se deslocar e arremessar.
Em 1920, desenvolveu‑se um grande interesse por essa prova e na década de 1940 inaugurou‑se 
um período auspicioso para essa atividade, que marcou o uso do estilo ortodoxo, cuja posição inicial, 
deslocamento e posição final eram realizados com o corpo na posição lateral.120
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Nessa época, Jim Fuchs, além de quebrar o recorde mundial, contribuiu para uma evolução técnica 
utilizando um novo estilo: iniciava o arremesso com o corpo na posição lateral e terminava com as 
costas voltadas para a direção do arremesso.
Esse novo estilo revelou um nome que marcou a história dessa modalidade, o norte‑americano 
Parry O’Brien, a partir de 1952. Ele estudou muito esse estilo praticado por todos e concluiu o seguinte: 
se, ao arremessar, o atleta terminava de costas após o deslocamento, então seria melhor começar de 
costas para a direção do arremesso, fazendo com que o peso percorresse maior distância durante o 
deslocamento do indivíduo no círculo, o que possibilitaria a ele adquirir maior impulsão e velocidade e 
com isso cair mais longe ao ser arremessado.
Esse novo estilo propiciou a quebra seguida de recordes até o início dos anos 1970, quando um russo 
inovou a modalidade com um estilo revolucionário cujo deslocamento no círculo era idêntico ao giro de 
lançamento de disco, que passou a dominar o cenário e hoje divide com o estilo de costas a preferência 
dos praticantes dessa prova.
Como vimos, tal evolução promoveu a quebra constante das melhores marcas para a prova. Era de 
15,54 metros em 1896, e hoje já registramos os respeitáveis 22 metros, tanto no masculino quanto no 
feminino.
Para se ter um panorama geral sobre a evolução dos índices, apresentamos na tabela adiante os 
principais resultados que marcaram a história do arremesso de peso. Nota‑se que, desde 1950, os 
esportistas mais altos e mais velozes foram aumentando suas marcas de forma expressiva.
Tabela 15 – Evolução das marcas do arremesso de peso
Ano Melhormarca Atleta País Estilo
1896/1920 15,54 m Ralph Rose Eua Lateral
1910/1920 15,73 m Pat McDonald Eua Lateral
1920/1930 15,26 m Bud Houser Eua Lateral
1940/1950 17,95 m Jim Fuchs Eua Lateral
1950/1960 19,25 m Parry O’Brien Eua Costas
1968 21,78 m James Randel Eua Costas
1973 22,00 m Aleksandr Baryshnikov Rússia Rotacional
1990 23,12 m Randy Barnes Eua Rotacional
Hoje ainda os estilos de costas (Parry O’Brien) e o rotacional continuam sendo os praticados.
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ATLETISMO: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
7.1.2 Técnica de arremesso
Estudamos que todos os lançamentos são compostos de seis fases e que cada um é realizado de 
acordo com o tipo de lançamento.
Para se conhecer a técnica de arremesso, faremos uma análise mecânica das ações que compõem 
o conjunto de todos os movimentos, feitos em cadeia, para proporcionar o melhor resultado. Para isso, 
vamos analisar os estilos predominantes que são o de costas, também conhecido como estilo Parry 
O’Brien e o estilo com rotação ou rotacional.
Como vimos anteriormente, todos os lançamentos são compostos de seis fases onde cada uma é 
efetuada de acordo com o tipo de lançamento.
7.2 Fases da técnica no estilo de costas ou Parry O’Brien
7.2.1 Empunhadura
É a forma com que o peso é segurado ou empunhado pelo arremessador.
Após a entrada, o arremessador prepara o implemento para ser arremessado. Para isso, o peso deve 
ser colocado sobre a mão, que fica flexionada no punho. O utensílio é suportado pelos três dedos 
internos (indicador, médio e anular) e fixado lateralmente pelo mínimo e o polegar. A palma da mão fica 
por baixo.
Empunhado, o peso deve ser colocado sobre o ombro em contato com o pescoço. Com um pequeno 
giro da cabeça para a lateral, coloca‑se o queixo sobre o objeto e assim ele ficará fixado e posicionado 
para ser arremessado.
Figura 73 – Empunhadura do peso e posição inicial
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7.2.2 Posição inicial
Com o peso empunhado corretamente, o atleta se coloca em pé no início da metade de trás do 
círculo com as costas voltadas para a direção do arremesso, com o outro braço estendido elevado à 
vertical. Os pés são fixados em pequeno afastamento para frente com o pé correspondente ao braço de 
arremesso posicionado atrás, tocando o chão apenas com a ponta dos artelhos.
 Observação
Usaremos as letras correspondentes aos movimentos da figura a seguir 
(de “a” a “g”) para estudar suas devidas descrições.
7.2.3 Deslocamento (a, b, c)
Colocado nesta posição, o corpo iniciará o deslocamento para trás, em linha reta, através de uma 
ação conjunta de todo o corpo.
Para isso, o corpo se inclina em direção ao solo, o que projeta o tronco para fora do círculo. Ao mesmo 
tempo, eleva‑se a perna de trás, que fica na posição horizontal. Dessa posição, com um movimento de 
flexão de ambas as pernas, o corpo se agrupa (posição b), e depois, através de uma extensão simultânea 
e veloz das duas pernas para trás, desloca‑se para a retaguarda arrastando o pé que estava à frente até 
o centro do círculo ao mesmo tempo em que o pé de trás, ainda elevado, busca o contato com o chão 
no fim do círculo, próximo ao anteparo.
7.2.4 Posição final (d)
Após esse deslocamento, o corpo se posiciona ligeiramente na lateral, com o pé direito no centro do 
círculo e o esquerdo no fim, junto à parte interna do anteparo, já preparado para arremessar.
7.2.5 Arremesso (e, f)
Com o corpo na posição final após o deslocamento, o peso de todo o conjunto do corpo está 
situado sobre a perna direita semiflexionada no centro do círculo. Dessa posição, o corpo se estende com 
velocidade, ao mesmo tempo em que o tronco gira para ficar na posição de arremesso. Simultaneamente, 
o braço que vai arremessar começa a ser estendido e a empurrar o peso do pescoço para cima e para 
frente em um ângulo de aproximadamente 45 graus. Após o braço se estender totalmente, o peso 
abandona a mão.
Em resumo, o peso é arremessado após uma ação de extensão em cadeia de todo o corpo, iniciando 
pelas pernas, passando pelo tronco e encerrando no braço, o que irá transferir toda a força e velocidade, 
criada no deslocamento, para o peso, que abandona a mão e assim se dá o arremesso.
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7.2.6 Troca de pés ou reversão (g)
Após o peso ser arremessado, devido à força centrífuga criada, ocorre um grande desequilíbrio do 
corpo para frente. Como isso acontece nos limites finais do círculo, para não cometer uma falta de 
invasão dos limites e ficar parado para sair do local pela metade de trás, o arremessador faz uma troca 
rápida do pé que está atrás pelo da frente, o que possibilita o controle do corpo.
A ação completa do arremesso está representada nas figuras a seguir.
A)
D)
B)
E)
C)
F) G)
Figura 74 – Fases do arremesso no estilo Parry O’Brien
A) B, C) D, E) F, G)
Figura 75
A) B, C) D, E) F, G)
Figura 76 – Representação da técnica completa do arremesso de peso; 
podemos observar: deslocamento (A, B, C), posição final (D) arremesso (E, F) e troca de pés ou reversão (G)
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7.3 Fases da técnica no estilo com rotação
A técnica do arremesso de peso no estilo rotacional é a mais recente entre todos os outros estilos.
Trata‑se de uma inovação utilizada a partir dos anos 1970 pelo atleta russo Alexandr Baryshnikov, 
que passou a realizar esse novo estilo, cujo deslocamento no círculo deixou de ser retilíneo (como 
era usado no estilo de costas) e passou a ser executado com giros idênticos ao lançamento de disco, 
mantendo o peso junto ao pescoço, como exige o regulamento dessa prova.
Por causa desses movimentos circulares, a nova técnica passou a ser conhecida como rotacional ou 
arremesso com rotação.
Segundo Fernandes (2003a), o emprego desse estilo é mais apropriado para competidores de altura 
superior a 1,90 m, o que o torna, nessas condições, mais eficaz que o estilo Parry O’Brien.
Para entender essatécnica, vamos estudar suas fases.
•	 Empunhadura
A empunhadura é a mesma utilizada no estilo de costas.
Figura 77 – Empunhadura do peso
•	 Posição inicial
A partir dessa fase, começa a diferença principal entre os dois estilos.
Nesse tipo de arremesso, após entrar no círculo, o atleta se posiciona de costas para a 
direção do arremesso com o peso do corpo distribuído sobre as duas pernas com os pés em 
afastamento lateral.
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ATLETISMO: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
Então, concentra‑se para iniciar o giro (caso para o arremessador destro).
•	 Giro
A partir da posição inicial, o movimento para o giro começa com uma leve rotação do tronco para 
o lado, ao mesmo tempo em que as pernas se flexionam levemente, transferindo o peso do corpo 
para o lado direito.
Dessa posição começa o giro com eixo no pé esquerdo. O pé direito é lançado para o lado esquerdo 
em forma de um chute até chegar ao centro do círculo, onde se apoiará para se transformar em 
eixo para a continuação do giro do corpo.
Ao tocar o chão no centro do círculo, o pé esquerdo, que está se movendo no ar, é projetado para 
o fim do círculo para apoiar‑se no chão próximo ao anteparo.
Depois, o corpo realiza em sequência dois giros: o primeiro feito sobre o é esquerdo no começo do 
círculo, e o segundo sobre o pé direito, que está no centro do círculo.
Assim, são efetuados os dois semicírculos ou giros, que caracterizam o estilo rotatório ou arremesso 
com rotação.
•	 Posição final
Os giros são concluídos com o corpo se posicionando lateralmente e se preparando para a 
execução do arremesso. Nesse momento, o peso do corpo está distribuído sobre os dois pés, 
acentuadamente no direito, com as pernas ligeiramente flexionadas.
•	 Arremesso
Da posição final, o peso começa a ser arremessado. Isso ocorre com a extensão completa do corpo 
para cima e para frente. Toda a força e velocidade criadas durante os giros são transferidas para o 
peso, e assim ele é projetado para o espaço através da extensão veloz do braço e dos dedos.
•	 Troca de pés ou reversão
O arremesso provoca um desequilíbrio para frente do tronco do arremessador, que precisa 
retomar o controle para não cometer uma falta e também poder deixar o círculo completamente 
recuperado.
Para obter êxito, deve ser feita uma troca da posição dos pés: o que está atrás toma o lugar do 
que está à frente através de uma reversão rápida entre eles. Essa ação elimina a influência da 
força centrífuga que está atuando, paralisa o giro e possibilita o controle do corpo para que seja 
concluída a ação de arremessar.
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Figura 78 – Sequência completa do arremesso com rotação
7.3.1 Metodologia para ensino e desenvolvimento da técnica de arremesso de peso
Agora vamos destacar uma sequência pedagógica reduzida, através do método analítico, 
acentuando os exercícios desenvolvidos a partir dos movimentos isolados da técnica do 
arremesso completo.
Esses exercícios devem ser operados em um campo ou terreno com piso de terra. Também podem ser 
praticados em uma quadra, substituindo o peso por uma pequena bola medicinal. Vejamos a sequência 
de exercícios.
•	 Aluno em pé com as pernas em pequeno afastamento lateral, empunhando corretamente o peso 
junto ao pescoço e acima do ombro, com o outro braço estendido à vertical.
— Execução: arremessar o peso verticalmente: fazer uma ligeira flexão das pernas seguida 
de uma rápida extensão delas, juntamente com o braço de arremesso, que, através da 
sua extensão, projetará o peso no ar em uma trajetória vertical; enquanto isso, com um 
movimento contrário, o outro braço, que está elevado, é abaixado lateralmente. Deixar o 
peso cair diretamente no chão.
•	 Mesmo exercício, só que o peso deve ser arremessado para frente em uma trajetória parabólica 
com ângulo de 45º. Se o exercício for feito com bola medicinal, pode ser realizado em duplas com 
um aluno arremessando para o outro.
•	 Posicionado de lado para onde será feito o arremesso, com as pernas afastadas, empunhando 
corretamente o peso.
— Execução: arremessar o peso para frente fazendo um giro de 90º do tronco com eixo sobre o 
pé da perna contrária. Este pé não deve perder o contato com o chão.
•	 Com o peso empunhado corretamente, posicionar‑se em pé com as pernas unidas e 
o corpo voltado de lado para a direção do arremesso, com o braço esquerdo elevado 
estendido à vertical.
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ATLETISMO: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
— Execução: fazer uma queda lateral através do afastamento do pé direito, o qual deverá 
suportar o peso do corpo que recairá sobre ele. Imediatamente essa perna se estende, seguida 
pelo tronco e pelo braço, que completa o arremesso com giro do corpo para frente, como no 
exercício anterior.
•	 Na mesma posição inicial do exercício anterior, mas com as costas voltadas para a direção 
do arremesso.
— Execução: fazer um movimento “a fundo”, transferindo o peso do corpo para a perna 
que se afastou para frente. Dessa posição, estender com vigor o corpo para cima, girando 
simultaneamente o corpo para frente (giro de 180º) e arremessar como nos exercícios anteriores.
7.3.2 Regras básicas de competição
O peso deve ser uma bola de metal maciço com superfície lisa e satisfazer às seguintes especificações:
Tabela 16 
Peso Feminino Masculinomenores
Masculino
juvenil
Masculino
adulto
Mínimo para ser admitido em 
competição e homologação de recorde 4,00 kg 5,00 kg 6,00 kg 7,260 kg
Diâmetro mínimo 95 mm 100 mm 105 mm 110 mm
Diâmetro máximo 110 mm 120 mm 125 mm 130 mm
O arremesso deve ser realizado dentro do círculo de 2,135 mm com uma borda superior de 6 mm de 
espessura, e esta deve ser pintada de branco.
Na parte da frente do círculo, deve haver um anteparo de madeira pintado de branco, em forma de 
arco, acompanhando o lado interior do círculo, com 1,22 m de comprimento x 10 cm de altura em sua 
parte interna.
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Vejamos outras características a seguir.
•	 A competição: o peso pode ser arremessado com uma só mão, partindo do ombro e encostado no 
pescoço, abaixo do queixo. Não pode ser arremessado de trás da linha dos ombros, isto é, deve ser 
empurrado diretamente da posição que está colocado para iniciar o arremesso.
•	 Tentativas: quando participarem mais de oito concorrentes, cada um deles terá direito a três 
tentativas. Classificam‑se os oito atletas com os melhores resultados, e então cada um fará mais 
três arremessos. Nesta fase, se ocorrer empate no oitavo lugar, todos os empatados vão à final. 
Portanto, os finalistas farão seis arremessos no total, valendo o melhor deles como resultado final 
da competição. Se a final for realizada em outro período, esses oito classificados farão diretamente 
seis arremessos para que possam ser definidos os vencedores.
•	 Tentativas falhas – o arremesso será anulado quando:
— for feito atrás da linha do ombro;
— ao terminar sua tentativa, o atleta sair do círculo sem estar completamente em posição de 
equilíbrio ou não sair pela metade de trás do círculo de arremesso;
— após o arremesso, o peso cair no chão fora das linhas que limitam a área de queda;
— o competidor demorar mais de um minuto para realizar sua tentativa.
•	 Medição: a medida da distância do arremesso será feita a partir da marca mais próxima deixada 
no chão na queda do peso, até a parte interna do anteparo. Para isso, o ponto zero da trena deverá 
estar na marca da queda e a outra extremidade no centro do círculo.
Após ser arremessado, o peso deverá ser trazido de volta e colocado próximo do círculo, e nunca 
arremessado ou rolado de volta.
7.4 Lançamento de dardo
O lançamento de dardo, juntamente com o lançamento de disco, está entreas provas mais antigas 
do atletismo, pois já eram disputadas nos Jogos Olímpicos da Grécia Antiga.
Nos primeiros Jogos Olímpicos da Era Moderna, em 1896, foi estabelecida a primeira marca oficial 
para a prova, através do sueco A. Wiger, com 35,81 metros.
A partir de 1906, durante os Jogos Olímpicos de Atenas, outro sueco, Eric Lemming, marcou 
extraordinários 53,89 metros e depois subiu para 62,32 metros. Ele se manteve imbatível até 1920, 
quando três finlandeses terminaram nos três primeiros lugares nos Jogos Olímpicos e também com o 
recorde, conseguindo a distância de 66,10 metros.
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Essa supremacia da Suécia e Finlândia durou até o início de 1953, quando o norte‑americano Bud 
Helder, com novidades na técnica, estabeleceu um novo recorde mundial – com 80,41 metros.
Além da novidade técnica no estilo de lançamento, os dardos receberam algumas modificações 
aerodinâmicas, permitindo um melhor deslizamento no ar. Isso possibilitava o ganho de três metros a 
mais a cada ano. Com essas constantes novidades de estilo e mudanças na forma do dardo, foi atingida 
a marca de 98,48 metros, o que levou a discussões sobre a redução da potência aerodinâmica até se 
chegar ao tipo de implemento usado nos dias atuais.
A tabela adiante mostra um panorama da evolução das marcas mais significativas para comprovar a 
importância dos estudos, que divulgam as novidades atuais.
Tabela 17 – Evolução das marcas de lançamento de dardo na história dessa prova
Ano Marca(metros) Atleta País Dardo
1896 35,81 A. Wiger Suécia
1906 53,89/62,32 Eric Lemming Suécia
1925 69,87 Eino Pentila Finlândia
1955 81,75 Bud Helder EUA
1956 85,71 Egil Danielsen Noruega planador
1984 91,72 Terje Pedersen Noruega
– 85,76 Klaus Fangmeier Alemanha picador
1996 98,48 Jan Zelezny República Checa planador
7.4.1 Técnica de lançamento
Para conhecer a técnica de lançamento, faremos a análise das fases que compõem a técnica e o 
estilo. Usaremos como exemplo as figuras seguintes.
7.4.1.1 Empunhadura
Para empunhar o dardo, o arremessador o agarra pela corda, que fica na parte central do dardo, e 
este fica envolto por uma fina corda.
Existem três tipos de empunhadura, que são escolhidas conforme a adaptação do arremessador.
•	 Empunhadura finlandesa ou normal
— O dardo é colocado na palma da mão e agarrado atrás do início da empunhadura com os dedos 
polegar e indicador (parte “a” da figura adiante), e os demais ficam sobre a corda.
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•	 Empunhadura americana
— Os dedos polegar e médio seguram o dardo por trás da corda, e o dedo indicador fica estendido 
ao longo do dardo, enquanto o anular e o mínimo seguram na corda (parte “b”).
•	 Empunhadura sueca
— Na empunhadura sueca, os dedos indicador e médio pressionam o dardo atrás da empunhadura 
em forma de alicate, e os demais dedos agarram‑no sobre a corda (parte “c”).
A) B) C)
Figura 80 – Técnicas de empunhadura do dardo: normal ou finlandesa (A); americana (B) e sueca (C)
7.4.1.2 Posição inicial
O arremessador entra no corredor de lançamentos para fazer sua tentativa. Para tal, coloca‑se em 
pé na marca inicial da sua corrida preparatória, com o dardo empunhado e posicionado sobre o ombro 
e na altura da cabeça, com a ponta voltada para frente (figura a seguir). Então, concentra‑se e parte 
dessa posição para lançar.
Figura 81 – Empunhadura e posição inicial, 
primeira fase da técnica de lançamento de dardo
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7.4.1.3 Corrida preparatória
A corrida é dividida em duas partes e cada uma é identificada por uma marca no chão feita pelo 
atleta, portanto é individual. A primeira marca é colocada no início e define a corrida inicial utilizada 
para aceleração em busca da velocidade ideal, que vai até a marca intermediária.
A segunda parte começa na marca intermediária, na qual se inicia a preparação do dardo e do 
corpo para realizar o lançamento. Nessa marca o arremessador chega com o pé contrário ao braço 
de arremesso, e a ação do corpo para a execução dessa segunda parte é determinada pelo estilo de 
lançamento, que pode ser o finlandês ou o americano (que são os mais utilizados).
No estilo finlandês, são feitas cinco passadas a partir da marca intermediária: as três primeiras são 
para preparar o dardo e o corpo ligeiramente à lateral; as duas últimas, através de um salto rasante 
e rápido, para finalizar estancando ambos os pés no chão, o que transfere toda a velocidade e força 
acumuladas durante a corrida para o braço que encerra o lançamento.
A)
D)
G)
B
E)
H)
C)
F)
I)
Figura 82 – Passo cruzado e lançamento no estilo finlandês
No estilo americano, são sete passadas na segunda parte da corrida. As três iniciais são usadas para 
preparar o corpo. As quatro finais são realizadas com duas passadas cruzadas: a primeira é rasante, e a 
segunda ocorre no ar, terminando com os dois pés tocando o solo simultaneamente para frear a corrida 
e transferir toda a força acumulada para o dardo a ser lançado.
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7.4.1.4 Posição final
Completado o passo cruzado, acontece um duplo apoio dos pés no chão, com o corpo ligeiramente 
à lateral e o dardo atrás, com a ponta na altura da cabeça e dirigida para frente. A partir dessa posição, 
começa a ação de lançamento.
7.4.1.5 Lançamento
No momento do duplo apoio, na posição final, a maior parte do peso do corpo está concentrada sobre 
a perna de trás. Assim, a perna direita começa a se estender e o dardo é puxado simultaneamente para 
frente, enquanto o corpo também se volta adiante. Dessa forma, toda a força que estava concentrada 
nos pés é transferida para a perna, o tronco e o braço, e finalmente chega ao dardo, que então é lançado.
7.4.1.6 Troca de pés ou reversão
A ação de lançamento, que acontece no fim do corredor, provoca um grande desequilíbrio do corpo à 
frente. Para se recuperar sem cometer uma falta e sair do corredor da maneira exigida pelo regulamento, 
o atleta faz a troca do pé que estava atrás pelo da frente. Isso possibilita a retomada de controle do 
corpo, e assim ele completa sua tentativa.
Figura 83 – No corredor, o fim da corrida preparatória, o lançamento e a troca dos pés ou reversão
Figura 84 – Segunda parte da corrida preparatória com o passo cruzado, posição final, lançamento e troca dos pés
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ATLETISMO: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
Figura 85 – Sequência completa de lançamento de dardo no estilo finlandês
Observando a figura anterior (e considerando sua respetiva numeração para análise), destacamos:
•	 primeira parte da corrida até a marca intermediária (1);
•	 segunda parte da corrida com o passo cruzado (2, 3, 4, 5, 6);
•	 posição final (7, 8);
•	 lançamento (9, 10);
•	 troca dos pés ou reversão (11).
7.4.2 Metodologia para o ensino da técnica
O ensino da técnica de lançamento de dardo, na etapa de iniciação multilateral (dos 8 aos 10 anos 
de idade), é favorecido pela grande motivação das crianças, uma vez que muitas brincadeiras e jogos 
podem ser utilizados.
Os jogos podem ser aplicados através de desafios organizados ou com atividades envolvende 
lançamentos com pedras, pedaços de madeira, pequenos bastões, bolinhas de tênis, galhos de árvores e 
muitas outras coisas.
Tais configurações de atividades estão presentes na vida das crianças. Elas naturalmente brincam 
arremessando ou lançando objetos em muitos tipos de alvos, que podem ser adaptados com a finalidade 
de iniciar a aprendizagem da técnica e o gosto pelo lançamento.
Vejamos alguns exemplos a seguir:
•	 Lançar galhosde árvores, pedaços de madeira, cabos de vassoura etc. o mais longe possível, ou em 
algum alvo, em forma de competição entre as crianças.
•	 Arremessar pequenas bolas de borracha ou de tênis tentando acertar uma bola grande colocada 
no chão ou dentro de um aro de ginástica pendurado em algum ponto do local da aula, por 
exemplo, amarrado no travessão do gol na quadra, ou ainda acertar a tabela do basquetebol.
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Unidade IV
•	 Alunos ficam com uma bolinha de tênis e são colocados a uma distância de 30 metros de um 
paredão alto. A bola deve ser lançada ao paredão e voltar de rebote ao aluno que fez o lançamento.
•	 Em duplas, sendo um aluno de frente para o outro – a 15 ou 20 metros de distância. São colocadas 
em fileira, uma dupla ao lado da outra. Um aluno com a bolinha de tênis a lança fazendo‑a quicar 
dentro de um corredor composto de duas cordas estendidas no chão entre os dois alunos. A força 
de lançamento deve ser calculada de modo que, após quicar no chão, a bola chegue às mãos do 
companheiro que está adiante.
•	 Mesmo exercício, só que o aluno se posiciona lateralmente ao paredão.
•	 Mesmo exercício, mas agora partindo da posição lateral, o aluno dá um salto rasante para frente e 
cruza as pernas no ar e apoia novamente os pés no chão para finalizar o lançamento. Essa forma 
proporciona mais velocidade para lançar.
•	 Executar o exercício anterior realizando uma corrida prévia de 5 a 10 metros, antes de fazer o lançamento.
Os exercícios que acentuamos também podem ser aplicados em formas de jogos. Exemplos:
•	 Queimada
É uma forma de brincadeira muito praticada por crianças. Usando uma bola de meia, as crianças 
se reúnem em um espaço qualquer, limitado de algum modo para definir os limites do local do 
jogo.
— Execução: o jogo começa reunindo todos os praticantes no local e um deles lança a 
bola à vertical. Quando a bola cair, quem pegá‑la deve lançá‑la para atingir aqueles 
que fogem. O fugitivo que for tocado pela bola deverá sair do jogo até que todos sejam 
atingidos. Ao atingir alguém, a bola deve ser apanhada por outro, que vai tentar acertar 
alguém, e assim sucessivamente.
•	 A guerra
Possui dois grupos com igual número de participantes. Um dos grupos é colocado dentro de uma 
área demarcada por um círculo, quadrado ou de outra forma, e o outro fica fora dessa área com 
uma bola de meia, de tênis ou de borracha.
— Execução: o jogo começa com o apito dado pelo professor. Nesse momento, o aluno do lado 
externo, que tem a bola, deve lançá‑la contra os alunos do centro do círculo. Aquele que 
foi atingido deve se retirar. É marcado um tempo para o grupo de fora atingir e eliminar o 
maior número de oponentes em um determinado tempo (definido pelo professor). Finalizada a 
rodada, os grupos se invertem, e aquele que conseguir atingir um maior número de adversários 
será considerado vencedor.
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Figura 86 – Jogo para iniciação ao lançamento de dardo
•	 Tiro ao alvo móvel I
Há dois grupos. Um fica com bolas de meia ou tênis espalhadas do lado de fora de um corredor 
marcado no chão, e o outro grupo reúne‑se em uma das extremidades do corredor.
— Execução: ao sinal do professor, o grupo sem bolas deve atravessar o corredor correndo, e o 
grupo de fora lança as bolas tentando acertar quem está correndo. Vence ou faz um ponto a 
equipe que conseguir acertar o maior número de adversários.
Figura 87 – Jogo para iniciação ao lançamento de dardo: tiro ao alvo móvel
•	 Tiro ao alvo fixo
Uma corda é estendida na extremidade de dois postes e nela deverão estar presas folhas de jornais.
— Execução: os alunos, com bolas de tênis ou de meia, são fixados em uma distância definida, 
e, ao sinal do professor, devem lançar a bola contra os jornais até que todas as folhas sejam 
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totalmente rasgadas. Quando realizado em forma de competição, o grupo é dividido em equipes 
e será a vencedora aquela que demorar menos tempo para destruir todas as folhas.
Figura 88 – Jogo para iniciação ao lançamento de dardo: tiro ao alvo fixo
•	 Tiro ao alvo móvel II
Traça‑se no chão um corredor de 2 metros de largura por 10 metros de comprimento. Então, 
colocam‑se do lado de fora os alunos com bolas de borracha ou de tênis, e são distribuídos dos 
dois lados ao longo do corredor.
— Execução: o professor lança uma bola de basquete ou futebol, que deve rolar pela extensão do 
corredor, e os alunos devem tentar acertá‑la em movimento. Cada aluno que acertar a bola faz 
um ponto. Vence quem atingir mais vezes o alvo móvel.
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ATLETISMO: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
Figura 89 – Jogo para iniciação ao lançamento de dardo: tiro ao alvo móvel I
•	 Lançar o míssil
Partindo atrás de uma linha demarcada no chão, os alunos deverão realizar uma pequena corrida 
e lançar a bola de tênis o mais longe possível. Vence quem, em dez tentativas, conseguir mais 
vezes lançar a bola mais longe durante mais vezes.
 Lembrete
O professor poderá fazer muitas variações ou criar outros jogos com as 
mesmas características e objetivos.
Esses exercícios são aplicados na etapa de iniciação multilateral geral, que envolve a faixa de 8 a 
10 anos de idade. Após essa etapa, na qual a criança passou por experiências variadas de lançamentos, 
começa a etapa de iniciação multilateral em um grupo de provas do atletismo, dos 11 aos 13 anos de 
idade, e aí tem início o ensino da técnica de lançamento.
Agora vamos destacar uma sequência pedagógica (método analítico) reduzida, que pode ser utilizada 
para a aprendizagem dessa técnica. Vejamos as ações a serem aplicadas:
•	 Mostrar os tipos de empunhadura utilizados para segurar o dardo: normal, finlandesa, americana 
ou sueca. Após as explicações, o aluno coloca o dardo à sua frente na posição vertical, com a 
ponta no chão, e segura na empunhadura (experimentando todos os tipos). Aquela que promover 
mais conforto deverá ser utilizada em todos os exercícios seguintes.
•	 Empunhar o dardo com o braço elevado à vertical ligeiramente apontado para baixo, com as pernas 
em afastamento anteroposterior, com a perna contrária ao braço de lançamento postada à frente.
— Execução: lançar o dardo contra um alvo imaginário que está no chão a 3 ou 5 metros de 
distância. No ato de lançamento, todo o corpo deve acompanhar o movimento feito para 
lançar para frente, passando o peso do corpo da perna de trás para a da frente.
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Unidade IV
•	 Fazer o mesmo exercício, mas é preciso partir com os pés unidos, caminhar três passos e lançar o 
dardo diretamente no alvo imaginário.
Figura 90 – Exercício educativo para o lançamento de dardo
•	 Colocar‑se de lado para a direção do arremesso, com as pernas unidas e o dardo empunhado 
sobre a cabeça.
— Execução: partindo dessa posição, iniciar o movimento afastando a perna direita para trás, 
que fica ligeiramente flexionada para suportar todo o peso do corpo, que gravitará sobre 
ela. Junto com esse movimento, o dardo, que está empunhado acima da cabeça, deve ser 
posicionado para o lançamento: é levado para trás com a calda quase tocando no chão e a 
ponta é dirigida para cima. Na sequência, o dardo é lançado sob um ângulo de 30º a mais ou 
menos 20 metros de distância, com uma trajetória parabólica. Quando o dardo sai da mão, 
o tronco se desequilibra para frente, passando a perna de trás (direita) à frente para frear o 
ímpeto do desequilíbrio produzido.
•	 Ficar de frente, com os pés unidos e o dardo empunhado corretamente acima do ombro.
— Execução: o exercício é feito em quatro tempos:
— tempo 1: dar um passo adiante como pé esquerdo, levando o dardo para frente.
— tempo 2: outro passo com o pé direito, levando o dardo ligeiramente para trás.
— tempo 3: mais um passo com o pé esquerdo, colocando o corpo lateralmente e levando o dardo 
para trás com o braço estendido e a palma da mão voltada para cima.
 Observação
Essas três passadas são para a preparação do dardo.
— tempo 4: lançar o dardo à distância sem se preocupar com a força, mas sim com 
precisão técnica.
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ATLETISMO: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
Figura 91 – Exercício educativo para o lançamento de dardo
•	 Mesmo exercício. Contudo, ao lançar o dardo, fazer com mais velocidade, efetuando a troca dos 
pés ou reversão, portanto finalizando com o pé direito à frente para frear a velocidade e paralisar 
o deslocamento do corpo.
•	 Exercício para o “passo cruzado”: posicionar‑se com o corpo de lado, pernas em afastamento 
lateral, peso do corpo sobre a perna direita, dardo atrás com o braço estendido e colocando a 
ponta do dardo próxima da cabeça, apontando‑o para frente e ligeiramente para cima.
— Execução: partindo dessa posição, realizar um passo cruzado rasante e rápido, terminando na 
mesma posição da partida. Depois lançar o dardo fazendo a troca dos pés ou reversão para 
finalizar o exercício.
O “passo cruzado” é feito para a preparação do corpo.
Figura 92 – Exercício educativo para o lançamento de dardo
•	 Unir os movimentos dos exercícios, o quinto e o sétimo, o que vai ocasionar um exercício com 
cinco passadas para fazer o lançamento.
•	 Repetir o exercício anterior e acrescentar uma corrida lenta e ritmada antes do início dessas cinco 
passadas.
•	 Agora temos o lançamento completo, proporcionado pela realização de todos os movimentos, 
que foram treinados separadamente e unidos no fim.
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Unidade IV
Os exercícios apresentados a seguir (formativos) são utilizados para o condicionamento físico 
específico do arremessador, nos quais são trabalhados os músculos e as articulações mais exigidas na 
efetivação desse tipo de lançamento. Destacaremos dez passos.
•	 Alunos em duplas, colocados em pé e de costas um para o outro, com as pernas unidas, os braços 
elevados à vertical e as mãos dadas.
— Execução: em dois tempos: no tempo um, eles afastam o pé esquerdo para frente, colocando o 
corpo na posição arqueada, no tempo dois, voltam à posição inicial.
•	 Alunos em duplas, um de frente para o outro, pernas afastadas e estendidas lateralmente, o 
tronco flexionado na horizontal e as mãos nos ombros do companheiro.
— Execução: partindo dessa posição, eles devem forçar os ombros com uma flexão maior em 
direção ao chão, com três insistências consecutivas, e voltar para a posição inicial para repetir 
a operação dos movimentos.
•	 Duplas em pé, com alunos encostados um no outro, com as pernas em pequeno afastamento 
lateral e as mãos dadas com os braços elevados na vertical.
— Execução: um flexiona o tronco à frente, levando o outro deitado em suas costas, voltam na 
posição inicial e invertem as funções.
•	 Alunos em duplas na posição de cócoras, um de costas para o outro e as mãos dadas com os 
braços na posição vertical.
— Execução: ao mesmo tempo, os dois se elevam na posição em pé, projetando o quadril para 
frente para arquear o corpo e, em seguida, voltam à posição inicial, de cócoras.
•	 Agarrar com as duas mãos um dardo ou bastão apoiado com a ponta no chão, as pernas afastadas 
lateralmente, o tronco flexionado e os braços estendidos.
— Execução: apoiado no dardo, fazer a flexão do tronco para baixo com insistências, exigindo 
principalmente as articulações dos ombros.
•	 Posiciona‑se em pé, com as pernas em afastamento lateral e um dardo ou bastão apoiado na nuca 
e nos ombros. Os braços devem estar apoiados por cima do dardo.
— Execução: fazer a rotação do tronco para ambos os lados, sempre olhando para a extremidade 
do dardo no lado da rotação do tronco.
•	 Mesmo exercício: fazer a flexão do tronco à frente mantendo as pernas estendidas o tempo todo.
•	 Mesmo exercício, mas fazendo a flexão lateral do tronco para os lados.
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ATLETISMO: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
•	 Deitar no chão com as pernas flexionadas, os pés no chão e os braços estendidos para trás com 
uma bola medicinal nas mãos.
— Execução: com uma rápida elevação do tronco para a posição sentada, arremessar a bola para 
cima e para frente o mais longe possível.
•	 Posiciona‑se em pé, com o corpo inclinado à frente, segurar uma bola medicinal no chão.
— Execução: dessa posição a bola deve ser lançada para trás, por cima da cabeça e o mais 
longe possível com as duas mãos. O corpo todo deve participar do arremesso, estendendo‑se 
completamente. O olhar deve estar dirigido para a bola no momento em que ela abandona a 
mão ao ser lançada.
7.4.3 Regras básicas de competição
Já estudamos como as regras determinam o local onde se desenvolvem as competições de lançamento 
de dardo. Essa área é composta de um corredor de 30 metros de comprimento (no mínimo), marcado por 
duas linhas paralelas com 4 metros distante uma da outra. No fim do corredor, existe um arco de círculo 
que não pode ser tocado nem ultrapassado quando o dardo é lançado. Nas extremidades desse corredor, 
partem as linhas que definem a área de queda, onde o dardo deve tocar o chão após o seu lançamento.
Figura 93 – Corredor de lançamento e sua respectiva área de queda do dardo
O dardo consiste de três partes: cabeça, corpo e uma empunhadura de corda. O corpo deverá ser de 
material sólido ou oco, feito de metal ou outro material similar. A cabeça deve ser metálica, terminando 
em uma ponta aguda; a cauda, uniformemente afilada. No centro de gravidade do dardo, deve ser 
colocada a empunhadura de corda com espessura máxima de 8 mm.
Na competição, o dardo deve ser seguro na empunhadura e ser lançado acima do ombro, sem que 
em nenhum momento sejam feitos movimentos rotatórios, o que significa que o atleta jamais poderá 
ter as costas voltadas para a direção de lançamento. Este, por sua vez, só será válido se a ponta do dardo 
tocar o solo antes de qualquer outra parte do objeto.
Quando houver mais de oito concorrentes, cada um terá direito a três tentativas, e os oito melhores 
classificados terão direito a três tentativas adicionais. Com até oito participantes, cada um terá direito a 
seis. Se houver empate, o segundo melhor resultado entre os empatados decidirá o vencedor.
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Unidade IV
Por exemplo, em uma competição com trinta competidores, cada um fará três lançamentos de forma 
alternada, valendo o melhor para classificação. De todos os participantes, os oito melhores seguirão na 
competição e terão direito a mais três tentativas, totalizando seis lançamentos para esses oito finalistas. 
Caso a final não seja realizada na sequência e os oito melhores tenham que voltar em outro período, 
terão direito a fazer seis tentativas, pois neste caso estão participando oito atletas.
Destacaremos aspectos que podem invalidar uma tentativa:
•	 se o atleta tocar com qualquer parte do seu corpo as linhas demarcatórias do corredor ou as áreas externas;
•	 se o esportista soltar de maneira imprópria o dardo;
•	 após ser lançado, o dardo tocar primeiro o solo fora do setor de queda;
•	 se o participante sair do corredor antes do dardo cair no solo;
•	 após cada tentativa, o dardo deve ser trazido de volta para as imediações do corredor, e nunca 
lançado de volta.
8 LANÇAMENTO COM ROTAÇÃO
8.1 Lançamento de disco
O lançamento de disco é a prova mais antiga do atletismo. Criada pelos gregos nos tempos mitológicos 
e imortalizado por muitos artistas da época em várias esculturas do discóbolo, até hoje encontradas em 
váriosmuseus importantes espalhados pelo mundo.
Essas estátuas nos dão uma ideia de como era realizado o lançamento na época e serviram de base 
para a evolução da técnica ao longo da história. Passaram por várias mudanças, que permitiram a 
quebra de marcas, até terem o formato executado nos dias atuais.
No início, o lançamento era feito de uma plataforma denominada Balbis, e o disco era supostamente 
feito de pedra. Se caísse durante o lançamento, o competidor seria desclassificado.
Nos primeiros Jogos Olímpicos da Idade Moderna, em 1896, o atleta ficava em um pedestal no qual 
ele devia saltar para efetuar sua tentativa, e não era permitido realizar giros.
Por não ser muito prática essa maneira de lançar, logo em 1897, com a introdução da prova nos Estados 
Unidos, o lançamento passou a ser feito a partir de um círculo de 2,13 metros de diâmetro, quando começaram 
a surgir grandes lançadores. O primeiro deles foi Martin Sheridan, que entre 1901 e 1911 quebrou o recorde 
mundial (com 43,08 metros) em sete ocasiões e foi várias vezes campeão nacional e olímpico.
A partir daí, a técnica e as regras foram mudando e tornaram as provas mais atraentes, trazendo 
melhores resultados.
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Para diminuir as dificuldades, o diâmetro do círculo foi expandido para 2,50 metros. Com isso, um 
novo recorde foi estabelecido por James Duncan em 1912, com 47,58 metros.
A técnica continuou evoluindo com o aparecimento de novos estilos e as marcas foram aumentando 
sem parar.
Para termos uma ideia concreta da evolução das marcas e recordes, apresentaremos a seguir alguns 
exemplos mais significativos que contribuíram para a evolução técnica dessa especialidade do atletismo.
Tabela 18 – Quadro da evolução das marcas mais significativas no lançamento de disco
Ano Marca (metros) Atleta País
1911 43,08 Martin Sheridan Eua
1912 47,58 James Duncan Eua
1939 52,53 Phil Fox Eua
1968 64,78 Al Oerter Eua
1986 74,08 Jürgen Schult Alemanha Oriental
8.1.1 Técnica de lançamento
8.1.1.1 Empunhadura ou forma de segurar o disco
O disco deve ser disposto na palma da mão na posição vertical e ser sustentado pelos dedos em suas 
articulações distais, colocados na aresta do disco, com exceção do polegar, que é posicionado no corpo 
ou na face do disco para ajudar no equilíbrio.
O dedo polegar é o fixador do disco, e é pela ponta do dedo que o peso do disco gravitará.
A separação entre os dedos, indicador e polegar, depende do tamanho da mão. Quanto maior a mão, 
maior poderá ser a separação entre ambos.
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Figura 94 – Forma de empunhar o disco
8.1.1.2 Posição inicial
Para iniciar o lançamento, com o disco empunhado, o atleta se posiciona em pé no início do círculo – 
na metade de trás – e fica de costas para a direção que vai lançar. O peso do corpo fica distribuído sobre 
os dois pés, com as pernas afastadas lateralmente e os braços naturalmente ao lado do corpo. Então, ele 
começa a concentração mental para iniciar o deslocamento.
8.1.1.3 Deslocamento
Feita a concentração, inicia‑se o deslocamento no interior do círculo de 2,50 metros de diâmetro.
Para quebrar a inércia da posição inicial e começar o deslocamento, são feitos de um a três 
balanceamentos preparatórios, e o disco é levado de um lado para o outro do corpo. O tronco acompanha 
os movimentos dos braços, o que resulta em uma participação total do corpo durante os balanceamentos.
São realizados de um a três balanceamentos para começar o deslocamento, que é feito através de 
dois giros, que são iniciados quando o disco está atrás do corpo no último balanceamento efetuado.
Nesse momento, mantendo o disco atrás, o corpo inicia o primeiro giro com eixo no pé esquerdo, 
enquanto o pé direito é lançado para o centro do círculo. Quando ele toca no chão, passa a ser o eixo do 
segundo giro para dar sequência ao deslocamento, que termina com a chegada do pé esquerdo tocando 
o chão junto à borda final do círculo.
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Assim, o atleta termina o deslocamento com os dois pés apoiados no chão, com o corpo na posição 
lateral e o disco atrás. Essa posição em duplo apoio dos pés no chão caracteriza a posição final.
8.1.1.4 Posição final
Nessa posição, o competidor fica em duplo apoio com o pé direito no centro do círculo e o esquerdo 
no fim. O disco é posicionado atrás e o peso do corpo fica sobre a perna direita, e então o atleta 
prepara‑se para lançar.
8.1.1.5 Lançamento
A partir da posição final, o disco começa a ser puxado de trás, sempre com o braço estendido. Sob a 
ação da extensão da perna direita e do tronco, o corpo gira e se volta para frente, arrastando o disco de 
trás até passar adiante do corpo, mantendo o braço sempre estendido até a mão soltar o disco na direção 
para a qual ele será lançado. O conjunto de todos esses movimentos provoca uma extensão completa de 
todo o corpo, e no momento que o disco sai da mão ao ser lançado ocorre um desequilíbrio do tronco 
para frente, acompanhando a trajetória do disco que saiu da mão. Assim, efetiva‑se o lançamento.
8.1.1.6 Troca dos pés ou reversão
Esse desequilíbrio causado pelo lançamento precisa ser controlado para que o atleta fique parado e 
depois saia do círculo, concluindo sua tentativa.
Para conseguir êxito, deve ser feita uma troca entre os pés: o que está atrás (direito) é lançado para 
frente no mesmo momento que o outro é levado para trás. Assim, o desequilíbrio é controlado, e, de uma 
posição parada, o atleta deixa o círculo pela parte de trás, como exige o regulamento.
D) C) B) A)
G) F) E)
Figura 95 – Sequência da técnica de lançamento de disco
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8.1.2 Metodologia para o ensino da técnica de lançamento
Como vimos, a técnica de lançamento de disco é complexa.
Os giros do corpo realizados no círculo exigem muita coordenação e equilíbrio, o que dificulta a iniciação 
à aprendizagem de lançamento, em especial para crianças até os 10 anos de idade. Para que o aprendizado 
se torne eficiente, é necessário adotar uma metodologia especial para criar a base do aprendizado técnico.
Devido ao grande sentido da posição e do equilíbrio que a prova de 
lançamento de disco requer, a metodologia escolar deve buscar o 
desenvolvimento do sentido de equilíbrio, assim como fazer as crianças 
vivenciarem os movimentos com giros em torno do eixo do corpo e, em 
especial, o eixo longitudinal. Nesse aspecto destaca‑se a necessidade de 
exercícios preparatórios generalizados (FERNANDES, 2003, p. 93).
Em razão dessa exigência, para crianças escolares, a metodologia deve ser composta basicamente de 
exercícios que possam explorar a realização de uma diversificada forma de giros, em pé, sobretudo em 
torno do eixo longitudinal do corpo, com contínuas mudanças de posição no momento da execução 
para o desenvolvimento do equilíbrio.
Para introduzir o lançamento propriamente dito, nessa faixa etária podem ser utilizados jogos de 
lançamentos. Assim, aplicam‑se implementos improvisados, por exemplo: usa‑se uma pequena sacola com 
uma bola de 1 kg no seu interior. Então, é amarrada uma corda em forma de alça para segurar o instrumento 
ao ser lançado, e, se as condições permitirem, deve ser utilizada bola com alça própria para essa finalidade.
Vejamos uma sequência de alguns exercícios:
•	 Divide‑se a turma em equipes. Usa‑se a sacola ou bola com alça e pede‑se para os componentes 
de cada equipe lançarem a bola ou sacola improvisada na cesta de basquetebol a uma distância 
de até 20 metros. Vence a equipe que acertar mais vezes o aro (1 ponto) e encestar (2 pontos).
•	 Mesmo caso anterior, mas agora ganha a equipe que conseguir o melhorresultado computando 
a maior distância alcançada pela soma da maior e menor distância obtida.
•	 Estende‑se uma corda na extremidade superior dos postes da rede de voleibol e os membros de 
cada equipe são fixados atrás de uma linha de 10 metros de distância.
— Execução: lançar a bola ou sacola por cima da corda. Atribui‑se um ponto a cada aluno que 
ultrapassar a bola para o outro lado no lançamento. Vence a equipe que somar mais pontos.
•	 As duplas são dispostas uma ao lado da outra, com uma bola medicinal para cada dupla. O aluno 
que tem a bola medicinal fica voltado de lado para o seu companheiro, colocado a 15 metros de 
distância, segurando a bola com o braço direito flexionado para prender a bola entre o braço e o 
antebraço e mão, com ajuda da mão esquerda.
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— Execução: lançar a bola para o companheiro, com a mão direita auxiliada pela mão esquerda, 
realizando um movimento pendular dos braços. O lançamento deve ganhar altura e distância 
ao mesmo tempo.
Com base nos exemplos apresentados, o professor poderá criar outros jogos. Para tal, sempre deve 
ter em mente que os lançamentos nunca devem ser feitos com alvos baixos, e sim com o fito de ganhar 
altura e distância o máximo possível.
Nesse instante destacamos uma sequência pedagógica para a aprendizagem da técnica de 
lançamento completo, que deve ser iniciada a partir dos 12 anos de idade.
Para essa série, devem ser usadas a bola com alça, as sacolas com uma bola de 1 kg no seu interior, 
sendo fechada por uma pequena alça para ser segurada ou empunhada com uma mão, uma bola 
medicinal e o próprio disco.
Exemplos:
•	 Crianças ficam em pé, com as pernas afastadas lateralmente e o corpo de lado para a direção 
de lançamento.
— Execução: lançar lateralmente a bola medicinal de 1 kg para cima e para frente contra uma parede 
de pelo menos três metros de altura, partindo do lado direito em direção ao lado esquerdo.
•	 Mesmo exercício, porém o lançamento deve ser feito com um giro de 90º com eixo no pé esquerdo.
Ressaltamos a seguir os exercícios para adaptação ao disco:
•	 Posiciona‑se em pé, é preciso empunhar corretamente o disco de acordo com a forma 
anteriormente descrita no estudo da técnica de lançamento. Deve‑se ficar de frente para um 
companheiro colocado a 10 metros de distância.
— Execução: fazer uma pequena flexão das pernas em afastamento anteroposterior e rolar o 
disco para frente em linha reta pelo chão. O objeto deve chegar ao companheiro colocado à 
frente sem desviar para os lados.
•	 Deve‑se ficar em pé, com o disco empunhado corretamente.
— Execução: lançar o disco verticalmente. Para tal, o objeto deve sair da mão empurrado pelo 
dedo indicador para girar no ar durante sua trajetória ascendente.
•	 Em pé, empunha‑se o disco com o braço estendido ao longo do corpo.
— Execução: realizar movimentos do braço, de um lado para o outro do corpo, fazendo o disco 
descrever a figura de um número oito na frente do corpo. Quando é levado da direita para a 
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esquerda, ele deve estar com a face voltada para o chão por baixo da mão e, na volta, com a 
face voltada para cima, com a mão por baixo. Fazer movimentos sucessivos e descontraídos, 
melhorando cada vez mais a habilidade de empunhar o disco.
•	 Também em pé, é preciso fazer o afastamento lateral das pernas e ficar com o lado esquerdo 
voltado para a direção para a qual o disco vai ser lançado.
— Execução: com uma ligeira flexão das pernas, levar o disco do lado direito para o lado esquerdo, 
com a palma da mão por baixo; depois, volta para a direita, com o braço estendido e a mão 
por cima do disco. O tronco deve acompanhar o movimento do disco, e quando ele for levado 
para trás no lado direito, o peso do corpo recai sobre essa perna e o disco é lançado para o 
lado esquerdo através de um movimento de extensão de todo o corpo, que acompanha o 
movimento do disco até que ele deixe a mão ao ser lançado.
•	 Em pé, com as pernas unidas e o corpo posicionado lateralmente, prepara‑se para a direção de 
lançamento.
— Execução: fazer o balanceamento do disco de um lado para outro do corpo. Quando o disco 
estiver sendo levado para o lado direito, a perna direita se afasta lateralmente para esse lado 
junto com o movimento do disco. Nesse momento, o disco é lançado da mesma forma que no 
exercício anterior.
•	 Pernas afastadas lateralmente, com o disco empunhado na mão direita.
— Execução: fazer os balanceamentos do disco (duas a três vezes) e lançá‑lo com o corpo 
terminando de frente para a direção de lançamento. Isso deve ser feito sem levar o pé de trás 
para frente, obrigando, dessa forma, o movimento do quadril e extensão completa do corpo na 
ação de lançamento.
•	 Iniciar o giro em pé, com as pernas unidas e o disco empunhado na mão direita ligeiramente para 
trás. O corpo fica de frente para a direção de lançamento.
— Execução: deslocar‑se em linha reta, dando um passo à frente com o pé direito. Em seguida, 
fazer um giro do corpo com eixo nesse pé para levar o pé esquerdo adiante do pé direito, 
terminando de lado, com o peso do corpo distribuído sobre as duas pernas, e a partir dessa 
posição fazer o lançamento como foi feito no exercício anterior, para terminar de frente.
•	 Posiciona‑se em pé, com o corpo de lado para a direção de lançamento, com as pernas afastadas 
lateralmente e o disco empunhado na mão direita.
— Execução: deslocar‑se em linha reta na direção que vai lançar o disco, levando o disco para 
trás fazendo uma pequena flexão das pernas. Na sequência, mantendo o disco atrás e com 
eixo no pé esquerdo, fazer meio giro do corpo lançando o pé direito para o outro lado em um 
movimento rotatório, com eixo no pé esquerdo. Quando o pé direito tocar o solo, ele passará 
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a ser o eixo de mais um giro para que o pé esquerdo, ao sair do chão, seja colocado à frente. 
Assim, deve‑se encerrar os dois giros com deslocamento do corpo em linha reta, terminando 
com o corpo de lado para lançar o disco. Essa ação provoca um desequilíbrio para frente, e é 
preciso fazer a troca dos pés ou reversão.
5 4 3 2 1
Figura 96 – Exercício educativo para lançamento de disco com giro e lançamento
•	 Mesmo caso anterior. Contudo, para iniciar o giro, o corpo deve estar voltado com as costas para 
a direção de lançamento, o que vai acrescentar mais um quarto na trajetória inicial do pé direito.
8.1.3 Regras básicas de competição
Quando fazemos referência às regras básicas, o intuito é destacar apenas o necessário para orientar 
os alunos para que possam participar de uma competição sabendo como devem se portar, e o que pode 
ou não ser feito.
O lançamento deve ser feito de dentro de um círculo de 2,50 m de diâmetro interno, contornado por 
um aro metálico de 5 cm de largura, pintado de branco.
O disco é um implemento em forma de um círculo, composto de um corpo sólido de madeira ou 
outro material adequado, sendo envolto por um aro de metal com bordas circulares.
Vejamos suas especificações:
Tabela 19
Disco Feminino Masculino menores
Masculino 
juvenil
Masculino 
adulto
Peso mínimo exigido em competição 1,0 kg 1,5 kg 1,75 kg 2,0 kg
Se houver mais de oito participantes, cada um terá direito a três tentativas. Classificam‑se as oito 
melhores marcas. Esses atletas farão mais três tentativas (seis lançamentos cada), valendo o melhor de 
todos como resultado final. Se a competição for paralisada para ter continuidade em outro período ou 
dia, cada um dos oito finalistas terá direito a seis tentativas. Para iniciar sua tentativa, o competidor 
deverá começar de uma posição estática dentro do círculo. Ele pode tocar a parte interna do aro do 
círculo, mas nunca a partesuperior.
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A tentativa será falha quando ocorrerem as seguintes situações:
•	 o atleta soltar de forma imprópria o disco;
•	 após estar dentro do círculo e ter iniciado sua tentativa, o esportista tocar qualquer parte do 
corpo sobre o aro ou fora do círculo;
•	 o primeiro contato do disco com o solo ocorrer sobre a linha ou fora do setor de queda;
•	 o competidor pode ter uma tentativa interrompida e reiniciá‑la, desde que coloque o disco no 
chão e deixe o círculo pela metade posterior para começar de novo, caso contrário, não;
•	 ele deixar o círculo antes de o disco tocar no chão (deve estar parado, equilibrado e sair pela 
metade de trás).
As medidas devem ser realizadas a partir do ponto de queda do disco até o centro do círculo, fazendo 
a leitura do resultado na borda interna do aro do círculo.
8.2 Lançamento de martelo
O lançamento de martelo é uma prova muito antiga, já era praticada pelos irlandeses por volta de 
2000 anos a.C., mas tornou‑se conhecida apenas no século XIX com os imigrantes irlandeses radicados 
nos Estados Unidos.
No início não havia um regulamento e a prova era efetuada e partir do interior de círculos de 
tamanhos variados, e às vezes nem havia círculo. O martelo também era diferente, com o cabo feito de 
madeira rígida, no qual era fixado o projétil em uma de suas extremidades, e só mais tarde passou a ter 
um cabo flexível.
Apenas em 1907 o círculo foi regulamentado (com 2,135 metros de diâmetro). Com ele, os atletas 
realizavam uma ou duas voltas para fazer o lançamento. Mais tarde, em 1920, a técnica evoluiu para 
três giros e assim permanece até hoje.
A partir dessas mudanças, as maiores novidades técnicas ocorreram na forma de executar o giro, 
principalmente na maneira de se colocar o pé que serve de eixo para o giro, no caso o pé esquerdo para 
lançadores destros.
As novidades continuaram a surgir com o desenvolvimento das ciências do treinamento, a 
biomecânica, o treinamento de força e a periodização.
No quadro a seguir são apresentados alguns dos resultados mais expressivos, que contam a evolução 
das marcas nessa modalidade.
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Tabela 20 – Evolução das marcas de lançamento de martelo
Ano Marca(metros) Atleta País
1909 56,18 John Flanagan Eua
1950/60 63,19
1960 70,33 Harold Connolly Eua
1960/70 79,30 Walter Schimidit Alemanha
1980 80,00 Yuriy Sedych Rússia
1986 86,04 Sergey Litvinov Rússia
1986 86,74 Yuryy Sedych Rússia
8.2.1 Técnica de lançamento
A técnica de lançamento de martelo é complexa. Segundo Fernandes (2003), consiste 
basicamente em combinar o ímpeto máximo que se possa dar à cabeça do martelo sem perder seu 
controle, com o máximo movimento ascendente realizado pelas forças do corpo ao terminar as 
voltas e soltar o martelo.
Para conhecer e entender a técnica, devemos fazer a análise mecânica de lançamento para visualizar 
cada parte que compõe o conjunto de movimentos.
Cada fase tem o mesmo nome dos lançamentos já estudados, apenas elaboradas de forma diferente.
•	 Empunhadura
O martelo deve ser empunhado com muita firmeza em sua alça ou manopla, com as duas mãos 
sobrepostas, com a direita sobre a esquerda.
•	 Posição inicial
Para fazer sua tentativa, o atleta entra no círculo de lançamento posicionando‑se junto à borda 
posterior do círculo, com os pés afastados lateralmente e o corpo voltado de costas para a direção 
de lançamento. O peso do corpo deve estar distribuído igualmente sobre os dois pés.
A partir dessa posição, o martelo empunhado corretamente é colocado no chão ao lado direito 
do lançador, com a cabeça dentro ou fora do círculo, para que sejam iniciados os molinetes, que 
consistem em movimentar o martelo fazendo‑o girar em círculos ao redor do corpo e acima da 
cabeça do atleta.
•	 Deslocamento ou giros
Com a realização dos molinetes, o martelo adquire grande velocidade após dois giros, ou três, 
para iniciantes. Os braços devem se manter estendidos ao máximo. Quando a cabeça do martelo 
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estiver do lado direito após o último molinete, começa o primeiro giro de impulsão. O giro tem seu 
eixo baseado no pé esquerdo, que nunca abandona o chão e passa a ser o eixo de todos os giros, 
iniciando‑se o deslocamento.
Durante os três giros feitos em velocidade crescente, o martelo é conservado sempre do lado 
direito do corpo. Para manter‑se equilibrado, o corpo deve estar com seu peso apoiado sobre as 
pernas semiflexionadas, em especial à esquerda.
•	 Posição final
Após o último giro, quando o pé direito chega ao chão, o martelo ainda está atrás alinhado 
com o tronco. Nesse instante, finaliza‑se o deslocamento com os giros, e o corpo está com as 
costas voltadas para a direção de lançamento, com seu peso gravitando sobre as duas pernas 
ligeiramente flexionadas. Então, começa o lançamento propriamente dito.
•	 Lançamento
A partir da posição final, que encerra os giros e deslocamento, é iniciado o lançamento, 
que não é feito com os braços, e sim através da extensão rápida das pernas, que estavam 
semiflexionadas. Os pés continuam girando para a esquerda por mais 90º. Essa ação, combinada 
com a extensão de pernas, quadris e tronco, traz o martelo, que ainda se mantinha atrasado 
e no ponto mais baixo de sua trajetória circular. Depois é largado no ar na direção que 
deve ser lançado. Assim, efetiva‑se o lançamento e o corpo continua girando sobre o pé 
esquerdo. Para frear esse movimento, o lançador faz uma troca do pé esquerdo, que está no 
chão, substituindo‑o pelo direito, que estava no ar, permitindo a retomada do equilíbrio e a 
finalização de lançamento.
•	 Ação final (troca de pés ou reversão)
Quando o martelo sai das mãos, o corpo segue girando sobre o pé esquerdo devido à grande 
velocidade. Para frear esse movimento, o lançador faz uma troca do pé esquerdo, que está no 
chão, substituindo‑o pelo direito, que estava no ar, ocorrendo a reversão. Tal ação promove a 
retomada do equilíbrio e a finalização de lançamento.
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A)
D)
G)
J)
B)
E)
H)
K)
C)
F)
I)
L)
Figura 97 – Fases da técnica de lançamento de martelo
 Lembrete
Todas as técnicas analisadas e descritas nesta unidade fazem referência 
a um praticante destro.
8.2.2 Metodologia para ensino da técnica de lançamento
Dentre as provas de lançamentos, a do martelo é aquela cuja iniciação à aprendizagem da técnica 
começa mais tarde, pois exige elevada complexidade motora. Por causa das exigências mecânicas de 
grande dificuldade, é preciso preparar a criança no início do processo de aprendizagem com um trabalho 
de base voltado para o desenvolvimento das capacidades físicas gerais, como a força, a velocidade, a 
resistência e a agilidade, complementando com experiências variadas de todos os tipos de lançamentos.
Esta prova requer um bom desenvolvimento do sentido de equilíbrio 
e distribuição do peso, o que não é muito fácil de se conseguir em 
crianças de 12 anos, que[,] além de tudo[,] não alcançaram] experiência 
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suficiente nos movimentos de giro. Por esse motivo, a metodologia 
inicial do processo de aprendizagem é constituída de exercícios que 
têm por objetivo acostumar a criança a realizar movimentos de giro 
em torno de um eixo transversal e, em especial, do eixo longitudinal do 
corpo, bem como a manutenção do equilíbrio e a orientação no espaço 
(FERNANDES, 2003, p. 113).
Com a base construída na etapa de preparação geral, inicia‑se a aprendizagem da técnica a partir 
dos 14 anos de idade utilizando‑se um martelo improvisado, quepode ser uma sacola contendo no seu 
interior uma bola medicinal pequena. Essa sacola deve ser fechada com uma corda amarrada em sua 
entrada, tomando‑se o cuidado para que essa corda tenha uma sobra de 1 metro para que seja usada 
como cabo do martelo improvisado. Em sua extremidade, será feita uma alça em forma de empunhadura, 
que deve suportar as duas mãos, para segurar o martelo.
Vejamos os exercícios:
•	 Em pé, com as pernas afastadas lateralmente, empunha‑se o martelo improvisado em sua 
alça segurando‑o com as duas mãos, uma sobre a outra e os braços ficam estendidos na 
frente do corpo.
— Execução: girar algumas vezes o martelo sobre a cabeça fazendo movimentos dos quadris para 
o lado oposto à extremidade do martelo.
•	 Mesmo caso anterior, mas girando o martelo e o corpo simultaneamente, dando pequenos passos 
para frente.
•	 Com o martelo empunhado e os braços estendidos, deve‑se fazer um giro do martelo sobre a 
cabeça. Em seguida, recomeça‑se o movimento com dois giros do martelo. Realizam‑se várias 
repetições com essa sequência.
•	 Agora, sem o uso do martelo, é preciso praticar giros de 180º sobre o calcanhar do pé esquerdo 
e ponta do pé direito, que na sequência deixa o solo fazendo uma trajetória circular ao redor da 
perna esquerda para fazer novo apoio paralelo ao pé esquerdo, preparando‑se para novo meio 
giro, encerrando uma volta completa através dos dois giros.
•	 Mesmo esquema do exercício anterior, acrescentando mais um giro, totalizando três giros. Para 
tal, desloca‑se de forma lenta em linha reta, com os braços posicionados como se tivessem com o 
martelo empunhado nas mãos.
•	 Segura‑se nas mãos uma bola medicinal ou um peso com alça de 5 kg para aumentar gradativamente 
a velocidade dos três giros. Isso é feito para sentir os efeitos da força centrífuga proporcionada 
pelo peso extra durante os giros do corpo.
•	 Substitui‑se o peso pelo próprio martelo ou o improvisado (feito de sacola com a bola de 5 kg).
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— Execução: realizar combinações variadas entre molinetes (giro do martelo sobre a cabeça) e 
giros do corpo, que podem ser feitos em séries da seguinte forma:
— dois molinetes e um giro do corpo;
— três molinetes e dois giros;
— dois molinetes e três giros.
Terminada essa série, tem‑se uma pausa para recomeçar nova repetição. Os movimentos feitos nesse 
exercício são muito próximos do gesto técnico completo de lançamento, por isso devem ser repetidos 
por mais tempo até que sejam efetivados com segurança e desenvoltura.
A partir desse momento, os exercícios passam a ser realizados dentro do círculo de lançamentos.
Uma observação técnica a ser considerada na elaboração dos próximos exercícios deve ser direcionada 
para a posição do corpo, em especial para a postura da curvatura lombar, o que se consegue fazendo uma 
ligeira inclinação da cabeça para trás em oposição à cabeça do martelo. Ambos fazem tração contrária.
•	 O aluno deve ficar em pé dentro do círculo junto à borda inicial, com os pés afastados lateralmente 
e as costas voltadas para a direção do arremesso (posição inicial para o lançamento).
— Execução: iniciar com o peso do corpo distribuído sobre os dois pés. Depois, movimentar o 
tronco para o lado esquerdo, transferindo todo o peso do corpo para essa perna. Então, deve‑se 
fazer o mesmo para o lado direito, balançando o corpo de um lado para o outro.
•	 Repete‑se o exercício anterior com uma bola medicinal nas mãos.
— Execução: ao transferir o peso do corpo para um dos lados, é preciso levar a bola medicinal para 
o mesmo lado em um movimento de baixo para cima, com extensão total do corpo. Aplica‑se 
tal ação sucessivamente, de forma que a bola descreva um movimento pendular ao ir de um 
lado para o outro.
•	 Mesmo exercício que o anterior, mas neste a bola medicinal é lançada para o lado esquerdo, 
fazendo um giro de 90º sobre a planta dos pés.
•	 Usando o martelo improvisado, o aluno deve efetuar um giro na planta do pé direito e calcanhar 
do pé esquerdo, para depois lançar o implemento.
•	 Realiza‑se o mesmo exercício: deve‑se usar o martelo real após a aplicação de dois giros da forma 
descrita no exercício anterior.
•	 Executam‑se dois molinetes (giro do martelo sobre a cabeça) e três giros, terminando com o 
lançamento de martelo.
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Unidade IV
Com essa sequência de exercícios educativos, chega‑se de uma forma gradativa e dificuldade 
progressiva, ao lançamento completo realizado no último exercício.
O exemplo que estudaremos agora resume uma orientação sobre os cuidados com os grupos 
musculares envolvidos na preparação do lançador de martelo. Com base nesse conteúdo, você poderá 
buscar muitas opções na literatura para encontrar as soluções desejadas para essa finalidade.
Ressaltamos os exercícios específicos a seguir.
•	 Em pé, com as pernas afastadas lateralmente, deve‑se segurar na mão uma bola medicinal com 
os braços estendidos para baixo.
— Execução: lançar a bola para o mais alto possível com um movimento explosivo e estendendo 
completamente o corpo, acompanhando a trajetória da bola para o alto.
•	 Mesmo caso que o exercício anterior, porém o lançamento é feito para trás da cabeça, com um 
ângulo de 45º, buscando atingir a maior distância possível. Olha‑se para a bola até onde for 
possível para obrigar a extensão total do corpo ao lançá‑la.
•	 Exercício igual, partindo de uma posição lateral para o sentido de lançamento.
— Execução: levar a bola medicinal em um movimento para o lado direito ao mesmo tempo 
em que as pernas se flexionam ligeiramente. Na sequência, lançar a bola para o lado 
esquerdo, em um movimento de baixo para cima, com extensão vigorosa das pernas e 
extensão total do corpo.
Figura 98 – Exercício específico para lançamento de martelo
•	 Em pé, com as pernas afastadas lateralmente, o aluno segura na mão uma bola medicinal com os 
braços estendidos para baixo.
— Execução: realizar movimentos circulares com a bola medicinal sobre a cabeça – da direita para 
a esquerda.
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ATLETISMO: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
•	 É preciso ficar em decúbito dorsal, com as pernas estendidas com um companheiro segurando nos 
tornozelos para imobilizá‑las.
— Execução: elevar o tronco do chão com rotação para um dos lados e colocar as mãos no chão. 
Retorna‑se à posição inicial e efetiva‑se o movimento para o outro lado, e assim sucessivamente. 
É um exercício abdominal feito com rotação para os lados de modo alternado.
•	 Posicionar‑se de costas pendurado em um espaldar com o corpo bem estendido e relaxado.
— Execução: fazer movimentos balanceados com todo o corpo, para direita e esquerda, como se 
fosse um pêndulo.
•	 Em pé, com as pernas afastadas lateralmente, as mãos devem segurar uma barra de halter sobre 
os ombros com anilhas não muito pesadas.
— Execução: fazer movimentos de rotação para os lados, com o olhar acompanhando o movimento 
do corpo, sem tirar os pés do chão.
•	 Exemplo idêntico ao anterior.
— Execução: fazer uma rotação do tronco para um dos lados, seguida de uma flexão profunda das 
pernas e voltar à posição inicial por extensão enérgica das pernas.
•	 Mesmo caso, mas a barra de peso deve ser elevada à vertical com os braços estendidos, e a partir 
dessa posição é preciso fazer a rotação alternada do corpo para os lados.
•	 Em pé, com as pernas afastadas lateralmente, as mãos devem segurar uma bola medicinal pesada 
ou um saco de areia no chão do lado esquerdo do corpo.
— Execução: estender vigorosamente o corpo e pernas levantando o peso do chão, estendendo 
os braços para cima, pela frente do corpo, terminando com o peso elevado no alto para o lado 
direito. Após retornar à posição inicial, o movimento deve ser repetido.
•	 Em pé, com

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