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Trabalho Microbiologia Ambiental

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS 
FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E AMBIENTAIS 
DISCIPLINA DE MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 
 
1 
 
 
 
 
 
 
 
 
Microbiologia Ambiental: Ar, Solo e Água 
 
 
 
 
 
Relatório solicitado pelo Prof.ª Dr.ª Gisele Jane de Jesus, 
para fim avaliativo, da disciplina de Microbiologia 
Ambiental do curso de Ciências Biológicas. 
 
 
 
 
 
Isamara Carvalho Ferreira 
 
 
 
 
Dourados/MS 
2019 
UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS 
FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E AMBIENTAIS 
DISCIPLINA DE MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 
 
2 
 
 
Sumário 
 
1. Introdução...................................................................................................... 3 
2. Objetivos......................................................................................................... 6 
3. Desenvolvimento............................................................................................ 6 
3. 1. Microbiologia do Ar......................................................................................... 7 
3. 1. 1. Micro Cultivo de Fungos.............................................................................. 9 
3. 1. 2. Fotos do procedimento de micro cultivo.................................................. 11 
3. 2. Microbiologia do Solo..................................................................................... 13 
3. 2. 1. Diluição seriada, spread plate e coloração de Gram................................ 16 
3. 2. 2. Fotos dos procedimentos de diluição seriada, spread plate e coloração 
de Gram.................................................................................................................... 19 
3. 3. Microbiologia da Água.................................................................................... 23 
3. 3. 1. Método do número mais provável (NMP)................................................. 27 
3. 3. 2. Fotos do procedimento Número Mais Provável (NMP) 
de coliformes............................................................................................................ 32 
3. 3. 3. Anexos ......................................................................................................... 38 
4. Conclusão............................................................................................................. 49 
5. Referências Literárias......................................................................................... 50 
 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS 
FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E AMBIENTAIS 
DISCIPLINA DE MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 
 
3 
 
 
1. Introdução: 
 
De acordo com Irineide T. de Carvalho, a Microbiologia é uma ciência que foi 
impulsionada com a descoberta do microscópio por Leuwenhoek, que usando seu 
precário microscópio, observava águas de rios, infusões de pimenta, saliva, fezes, etc.; 
até que verificou a presença de um grande número de pequeníssimos objetos móveis e de 
formas diferentes, que não poderiam ser vistos sem a ajuda das lentes, e os chamou de 
“animáculos” por acreditar que seriam pequeninos animais vivos. A partir de então 
constatou-se a existência dos microrganismos, e os cientistas começaram a indagar sua 
origem, surgindo então as teorias da abiogênese ou geração espontânea e a biogênese. 
Acredita-se que os microrganismos apareceram na terra há bilhões de anos a partir de um 
material complexo de águas oceânicas ou de nuvens que circulavam a terra. 
A teoria da abiogênese foi derrubada por experimentos como a do médico italiano 
Francesco Redi (1626 – 1697), que demonstrou que as larvas encontradas na carne em 
putrefação eram larvas de ovos de insetos e não um produto da geração espontânea. E 
Spallanzani que evidenciou por experiências, que o aquecimento das infusões até 
esterilização, pode impedir a contaminação por microrganismos. Podendo haver 
contaminação das infusões por condução dos microrganismos pelo ar, propiciando na 
infusão, o aparecimento de colônias de microrganismos, afirma Irineide T. de Carvalho. 
Outro nome que marca a microbiologia é o de Pasteur, que fez uma série de 
experimentos, um dos principais foi o uso de frascos de colo longo e curvado, semelhante 
ao pescoço de cisnes, que foram preenchidos com caldo nutritivo e aquecidos. O ar podia 
passar livremente através dos frascos abertos, mas nenhum microrganismo surgiu na 
solução. A poeira e os microrganismos depositavam-se na área em forma de V do tubo e, 
portanto, não atingiam o caldo. O processo de preservação dos alimentos pela 
pasteurização foi então criado, e seu nome foi utilizado para homenageá-lo, segundo 
Irineide T. de Carvalho. 
O estudo da Microbiologia como ciência se iniciou na segunda metade do século 
XIX, quando os cientistas provaram que os microrganismos se originaram de pais iguais 
a eles próprios e não de causas sobrenaturais ou de plantas e animais em putrefação, como 
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na teoria de geração espontânea. E embora os microrganismos sejam as menores formas 
de vida, coletivamente constituem a maior parte da biomassa da Terra e executam muitas 
reações químicas essenciais para os organismos superiores. Na ausência dos 
microrganismos, as demais formas de vida nunca teriam surgido e não poderiam ser 
sustentadas, já que seres humanos, plantas e animais são intimamente dependentes da 
atividade microbiana para a reciclagem de nutrientes-chave e para a degradação de 
matéria orgânica. (Irineide T. de Carvalho e Michael T. Madigan, et al) 
Michael T. Madigan, et al, descreve que a ciência da microbiologia gira em torno 
de dois temas: o entendimento da natureza e funcionamento do mundo microbiano e a 
aplicação do nosso entendimento sobre microbiologia para benefício da humanidade e do 
planeta Terra. Como uma ciência biológica básica, a microbiologia utiliza células 
microbianas para analisar os processos fundamentais da vida. Como uma ciência 
biológica aplicada, a microbiologia está́ na linha de frente de vários avanços importantes 
na medicina humana e veterinária, agricultura e indústria. 
A microbiologia ambiental é uma das áreas da microbiologia geral e estuda a 
genética, fisiologia, interações e funções dos microrganismos no ambiente. Neste caso, o 
solo, a água, o ar e os sedimentos que cobrem o planeta que podem incluir os animais e 
plantas que habitam essas áreas, também estuda microrganismos existentes em ambientes 
artificiais, como biorreatores. Tem como objetivo utilizar o conhecimento para manter a 
qualidade ambiental e contribuir para o desenvolvimento sustentável da sociedade 
moderna. (Kasvi) 
A microbiologia ambiental é a interface entre as ciências ambientais e a ecologia 
microbiana, estudando os microrganismos e suas funções como condutores de processor 
nos sistemas naturais e de sua interação com outros organismos, priorizando os efeitos 
provocados pela existência e atividade dos mesmos no meio. Tudo isso graças ao avanço 
da biologia molecular que permite a identificação dos microrganismos e suas atividades. 
(NetMicro, Gustavo Couto) 
De acordo com Luiz Carlos Ferreira, Eduardo Robson Duarte e Matheus Henrique 
Souto, os microrganismos são encontrados no ar que respiramos, nos alimentos que 
ingerimos, no solo onde crescem os alimentos e na água que bebemos. Muitos 
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microrganismos beneficiam o homem e somente poucos lhe causam doenças. 
Microrganismos são de fato fundamentais para manutenção da Terra, pois atuam 
diretamente no ciclo de vários elementos. Entretanto o desequilíbrio de populações ou a 
simples presença de uma espécie patogênica torna determinados microambientes 
contaminados, o que podepromover riscos à saúde humana ou dos animais. 
A grande diversidade metabólica, fisiológica e molecular deve-se aos diversos 
habitats existentes resultando em microrganismos distintos. Os microrganismos 
ambientais podem afetar vários aspectos da vida e ser transportados entre ambientes, 
incluindo solo, ambiente aquático, qualidade do ar, saúde ocupacional e controle de 
infecções e microbiologia industrial, até mesmo ambientes extremos como nos arredores 
de um vulcão, desertos ou geleiras. (NetMicro, Gustavo Couto) 
Para Paula B. Nicolau, os microrganismos podem causar alterações químicas de 
relevo ao meio ambiente através das suas atividades, e das suas interações bióticas, 
podendo ser prejudiciais ou benéficas para outros organismos. Além de associações 
benéficas, os microrganismos exercem funções essenciais na natureza, como produtores 
primários, decompositores e recicladores de matérias primas necessárias aos ciclos de 
vida globais, ou podem causar alterações prejudiciais a outros organismos, como os 
efluentes ácidos das minas. 
A vida microbiana é diversificada e os microrganismos cobrem literalmente o 
planeta, estimando-se que conheçamos menos de 1% das espécies microbianas da Terra. 
Um grama de solo pode conter aproximadamente um bilhão (1.000.000.000) de 
micróbios, que contém algumas milhares de espécies, tendo impacto em toda a biosfera 
e são fundamentais em alguns tipos de ecossistemas. (Kasvi) 
Diversos microrganismos participam da ciclagem e liberação dos nutrientes e na 
manutenção da composição química do solo, água, sedimentos e atmosfera. Além disso, 
são importantes na eliminação de poluentes orgânicos e inorgânicos, sendo utilizados em 
tecnologias ambientais e industriais. Esses microrganismos fazem parte de ecossistemas, 
além de componentes abióticos, sendo distribuídos em duas categorias: autóctones ou 
 
 
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indígenas, que são os microrganismos residentes e naturais daquele ambiente e alóctones 
ou não indígenas, que são os microrganismos transitórios. (NetMicro) 
Os microrganismos que são benéficos ganharam seu espaço e possuem valor 
inestimável. Devido aos diversificados problemas ambientais no Brasil, a Microbiologia 
Ambiental ainda está se expandindo, necessitando de maior integração com ecologistas, 
geneticistas, químicos e biotecnologistas, para buscar à resolução de problemas de 
qualidade ambiental. (Kasvi) 
Nos últimos anos, progressos foram alcançados para complementar o estudo 
dessas comunidades microbianas, como o emprego de softwares e algoritmos de alta 
capacidade de processamento, mas ainda são as ferramentas da biologia molecular 
baseadas em DNA, RNA e proteínas extraídas de amostras ambientais que proporcionam 
a melhor compreensão desses seres. (Kasvi) 
 
2. Objetivos: 
 
• Compreender como surgiu a ciência da Microbiologia; 
• Visualizar como a Microbiologia Ambiental estuda os microrganismos e 
sua interação com o ambiente; 
• Descrever os experimentos realizados durante a disciplina de 
Microbiologia Ambiental e os resultados obtidos. 
 
3. Desenvolvimento: 
 
A seguir, a Microbiologia do Ar, Água e solo serão descritas, além dos 
experimentos que foram realizadas sobre cada tema, os materiais utilizados, os resultados 
obtidos e fotos para demonstrar o que foi feito e visualizados. 
 
 
 
 
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3. 1. Microbiologia do Ar: 
 
Em 1930 o termo aerobiologia foi definido como o estudo da aerolização, 
transmissão aérea e transmissão de materiais biológicos. Esta ciência está associada à 
saúde pública, engenharia ambiental, à guerra biológica ou à exploração do espaço. A 
aeromicrobiologia estuda todas as formas microbianas vivas no ar, em microbiologia 
ambiental se relaciona à transmissão, por via aérea, de microrganismos de importância 
do ponto de vista ambiental, incluindo vírus, bactérias, fungos e protozoários. Além das 
formas de vida microbiana, outros materiais de origem biológica como o pólen, esporos 
fúngicos, partículas de descamação ou dejetos de insetos ou de ácaros são também 
estudados no âmbito da aeromicrobiologia. (Paula Bacelar Nicolau, 2010) 
 
 
Tabela 01: Doenças de transmissão área e seus respectivos agentes patogênicos. Fonte: Paula 
Bacelar Nicolau, 2010. 
 
O habitat atmosfera é considerado como inadequado para o crescimento de 
microrganismos devido a intensidades luminosas elevadas, variações de temperatura 
extremas, concentrações baixas de matéria orgânica e escassez de água. Apesar destas 
condições, uma diversidade considerável de microrganismos é observada nas camadas 
mais baixas da atmosfera. (Paula Bacelar Nicolau, 2010) 
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Tabela 02: Porcentagem de alguns microrganismos presentes na atmosfera. Fonte: Paula Bacelar 
Nicolau, 2010. 
 
A camada atmosférica de maior interesse é a região inferior da troposfera, que se 
encontra diretamente em contato com a superfície terrestre, sofrendo a sua influência 
direta. Os microrganismos não são indígenas da atmosfera, mas apenas populações 
alóctones transportadas de habitats aquáticos e terrestres para (e através) a atmosfera, por 
ação do vento e associadas a partículas de solo, folhas, etc. (Paula Bacelar Nicolau, 2010) 
Os microrganismos encontrados variam muito na sua sensibilidade a temperatura, 
humidade relativa e exposição à radiação. Esporos de fungos dos gêneros Alternaria, 
Cladosporium, Penicillium e Aspergillus são mais numerosos sobre o mar e a distâncias 
de cerca 650 km da terra. As formas de microrganismos encontradas no ar, em regiões 
povoadas e terrestres incluem esporos de Bacillus e Clostridium, ascósporos de diversas 
leveduras, fragmentos de micélio e esporos de bolores e estreptomicetos, cistos de 
protozoários, algas, polén, Micrococcus, Corynebacterium, etc. Em espaços escolares e 
hospitalares são encontrados agentes infeciosos como o Streptococcus, Pneumococo ou 
Staphylococcus. Estas bactérias são causadoras de doenças respiratórias, sendo dispersas 
no ar pelas gotículas de saliva ou muco provenientes da tosse, espirros, etc. Estima-se que 
uma gotícula de espirro contenha entre 105 a 10 6 bactérias. Viroses do trato respiratório 
e algumas do trato digestivo também são transmitidas através do ar e poeira. Muitos 
agentes patogénicos de plantas, também podem ser transportados e dispersos pelo ar. 
(Paula Bacelar Nicolau, 2010) 
 
 
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3. 1. 1. Micro cultivo de fungos: 
 
O ar foi coletado através de três placas de Petri com meio de crescimento para 
fungos filamentosos. A coleta foi feita através da abertura das placas em três ambientes 
diferentes, sendo que a placa devia ficar aberta por 6 minutos com distância mínima de 
60 cm do solo. Os ambientes escolhidos para coleta das amostras foram: Transbordo de 
Dourados, cozinha do apartamento de Carlos Eduardo (apartamento 3, na rua Humaitá, 
236) e ônibus da linha 12 – Cidade Universitária da Viação Dourados. 
Os materiais utilizados foram: 
• Alça de inoculação; 
• Bico de Bunsen; 
• Corante azul; 
• Lâmina; 
• Lamínula; 
• Microscópio óptico; 
• Piceta com água 
destilada; 
• Pinça; 
• Placa de Petri com meio 
de cultura para fungos; 
• Placa de Petri com papel 
absorvente; 
• Tubos de ensaio. 
 
 
A placa de Petri com meio de cultura foi utilizada para a coleta do ar nos diferentes 
ambientes, as três placas ficaram na estufa para que os fungos pudessem crescer por sete 
dias. Passadauma semana, as placas foram retiradas da estufa e pode-se observar o 
crescimento de diferentes fungos nas mesmas. 
Para que as hifas dos fungos pudessem ser visualizadas, a técnica de micro cultivo 
foi realizada da seguinte forma: uma placa de Petri esterilizada, com papel filtro, lâmina 
e lamínula foi entregue aos alunos embalada, os mesmos acenderam o bico de Bunsen e 
retiraram a embalagem, com a ajuda de uma pinça a lamínula foi retirada de cima da 
lâmina e a placa de Petri foi fechada. Uma outra placa de Petri com meio de cultura sem 
inoculação estava sob a bancada, os estudantes passaram o tubo de ensaio sob o fogo e o 
utilizaram para cortar parte do meio de cultura que foi depositado sobre a lâmina na outra 
placa de Petri. 
 
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Atrás do fogo, os alunos abriram as placas com meio de crescimento que 
continham fungos, a alça de inoculação foi queimada, esfriada na tampa da placa e 
utilizada para coletar os fungos do meio de crescimento, essa alça “contaminada” com 
fungos foi passada sobre o meio de cultivo que estava sobre a lâmina, a alça foi novamente 
queimada e com a ajuda da pinça a lamínula foi colocada sob o meio de cultura cortado 
com fungos inoculados. Com ajuda de uma piceta o papel filtro que estava dentro da placa 
de Petri foi molhado com água destilada e a placa foi levada até a estufa por mais sete 
dias para que os fungos pudessem crescer. 
Após uma semana as hifas dos fungos deveriam estar aderidas a lamínula que 
cobria todo o material, com ajuda de uma pinça as lamínulas deveriam ser retiradas e 
colocas sobre uma nova lamínula com corante azul para que a observação ao microscópio 
pudesse ser feita. Infelizmente a temperatura e humidade da estufa ressecaram o meio de 
cultura que foi utilizado, então a retirada das lamínulas se tornou mais difícil, algumas 
quebraram e outras sequer descolaram. Os acadêmicos que conseguiram retirar a lamínula 
(ou parte dela) puderam observar as hifas ao microscópio, com ajuda do corante azul para 
que a visualização ficasse mais fácil. 
Nesse caso, o único cultivo que foi possível retirar parte da lamínula para 
visualização das hifas foi o do ônibus, as outras duas lamínulas quebraram inteiramente, 
sendo impossível a visualização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3. 1. 2. Fotos do procedimento de micro cultivo: 
 
 
 Imagem 01: Meio de cultivo com crescimento de fungos coletados do Transbordo, 
 após uma semana na estufa. Fonte: A Autora. 
 
 
 
 Imagem 02: Meio de cultivo com crescimento de fungos coletados do ônibus, 
 após uma semana na estufa. Fonte: A Autora. 
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 Imagem 03: Meio de cultivo com crescimento de fungos coletados da cozinha do 
 apartamento, após uma semana na estufa. Fonte: A Autora. 
 
 
 
 Imagem 04: Hifas não septadas observadas no microscópio no aumento de 100X. 
 Coleta feita no ônibus. Fonte: A Autora. 
. 
 
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 Imagem 05: Hifas não septadas observadas no microscópio no aumento de 100X. 
 Coleta feita no ônibus. Fonte: A Autora. 
 
 
3. 2. Microbiologia do Solo: 
 
O solo é a massa pouco consistente de materiais que recobre os ambientes emersos 
da Terra, entre a litosfera e a atmosfera. É o principal habitat terrestre de microrganismos, 
e apesar de poderem variar nas suas caraterísticas (como solos de florestas tropicais ou 
desérticos) todos abrigam uma biodiversidade microbiana rica. Cada zona do solo – solos 
de superfície, zona vadosa e zona saturada – é formada por uma combinação de três fases: 
sólida (fase mineral inorgânica geralmente associada com compostos orgânicos), líquida 
(ou solução) e gasosa (ou atmosfera). Os solos são o produto final da decomposição da 
rocha-mãe, e as suas caraterísticas dependem de (i) material de composição da rocha-mãe 
(sedimentar, vulcânica ou ígnea), (ii) topografia, (iii) clima (temperatura, pluviosidade, 
vento e humidade), (iv) tempo e (v) biosfera (plantas, animais, microrganismos). Durante 
o processo de formação do solo, diversas camadas, conhecidas como horizontes de solo 
são formadas, ao fazer um corte vertical se obtém um perfil de solo, sendo possível 
identificar horizontes de caraterísticas distintas. (Paula Bacelar Nicolau, 2010) 
 
 
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Geralmente o solo é um bom ambiente para o crescimento de microrganismos, 
sendo possível observar o desenvolvimento de colônias na superfície das partículas de 
solo. No solo podem ser encontrados microrganismos como vírus, bactérias, fungos, algas 
e protozoários, e os seus números são geralmente superiores àqueles encontrados em 
ambientes aquáticos. As concentrações de matéria orgânica (fonte de C e N) no solo são 
elevadas, o que favorece o crescimento de microrganismos heterotróficos. Em geral, as 
colônias de microrganismos não se distribuem de modo uniforme na superfície das 
partículas de solo, podendo ser dependente da textura e estrutura do solo. Grande parte 
dos microrganismos do solo encontra-se aderido a superfícies sólidas, e uma pequena 
fração encontra-se livre. (Paula Bacelar Nicolau, 2010) 
Nos solos de superfície se encontra populações de bactérias (incluindo 
actinomicetos), fungos e protozoários, além dos vírus patogênicos destes 
microrganismos. As bactérias são encontradas em maior número e com maior 
biodiversidade, tendo sido estimado um número de espécies bacterianas superior a 
10.000. O grupo dos actinomicetos é um componente importante da microbiota, 
especialmente em condições de pH elevado, temperatura elevada ou stress hídrico, já que 
são os únicos microrganismos capazes de utilizar a quitina, a celulose e a hemicelulose 
presentes no solo. (Paula Bacelar Nicolau, 2010) 
Os fungos, exceto as leveduras, são aeróbios e abundantes em solos de superfície, 
contribuindo com uma maior proporção para o total de biomassa microbiana do solo, o 
que se deve à sua maior dimensão celular, com hifas que podem alcançar de 2 a 10 μm 
diâmetro. As leveduras crescem de modo anaeróbio, fazem fermentação e são menos 
numerosas do que fungos aeróbios formadores de micélio. Esses microrganismos são 
importantes componentes do solo, principalmente à sua participação nos ciclos de 
nutrientes, e na decomposição da matéria orgânica, tanto de açúcares simples como 
polímeros complexos. O seu papel nos processos de decomposição é de maior 
importância em condições de pH ácido, já que os fungos são mais tolerantes à acidez do 
que as bactérias, além de serem importantes para o desenvolvimento da estrutura do solo, 
uma vez que as suas hifas envolvem fisicamente as partículas de solo. (Paula Bacelar 
Nicolau, 2010) 
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As algas são organismos foto autotróficos e predominam nas zonas superficiais 
do solo, em que a luz solar penetra, até cerca de 10 cm de profundidade. As algas são 
pioneiras de áreas vulcânicas (nuas), de solos de desertos e de superfícies rochosas. Jáos 
protozoários são células eucariotas e unicelulares, sendo a maior parte encontrada no solo 
heterotrófica, que se alimentando de bactérias, leveduras, fungos e algas. Encontram-se 
nos 15 a 20 cm superficiais do solo e concentram-se em torno das raízes das plantas, onde 
encontram seu alimento. (Paula Bacelar Nicolau, 2010) 
Os microrganismos nos solos de superfície estão envolvidos em diversos 
processos vitais, sendo que as atividades mais importantes incluem: 
• Formação do solo: ação de processos químicos, físicos e microbiológicos. 
Os microrganismos têm um papel vital na formação do húmus, através das atividades de 
decomposição da matéria animal e vegetal, além de participar na formação e estabilização 
dos agregados do solo e na estrutura do solo. As partículas de solo são “ligadas” por 
microrganismos filamentosos que crescem sobre a superfície das partículas adjacentes de 
solo formando um a rede extensa de hifas que conectam as partículas de solo envolvidas. 
• Ciclos de nutrientes: no ambiente, deve-se haver um equilíbrio entre a 
absorção dos diferentes nutrientes e o seu retorno é mantido através dos ciclos 
biogeoquímicos de nutrientes, que envolvem diferentes grupos metabólicos de 
microrganismos. Elementos como oxigénio, azoto, enxofre, fósforo, e ferro são reciclados 
nos diferentes ciclos biogeoquímicos. De acordo com a microbiologia ambiental, os 
ciclos biogeoquímicos são muito relevantes para processos como a biorremediação, a 
agricultura sustentável, a indústria mineira ou a gestão de resíduos municipais. 
• Biorremediação: é definida como qualquer processo que utiliza 
microrganismos, plantas verdes ou suas enzimas, para degradar substâncias poluentes 
(compostos orgânicos, metais pesados, etc.), seu sucesso depende do tipo de solo, da 
comunidade microbiana indígena, das condições ambientais, assim como do tipo e 
quantidade do poluente. 
• Gestão de resíduos: com o aumento da população humana e a sua localização 
em grandes centros urbanos foi necessário alterar estes processos de modo a tornar a sua 
 
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gestão sustentável. Os processos atualmente utilizados para tratamento de resíduos, como 
os aterros sanitários, os sistemas de compostagem, ou digestão anaeróbia utilizam 
microrganismos cujas atividades são essenciais para um bom tratamento de resíduos. 
(Paula Bacelar Nicolau, 2010) 
A zona vadosa se localiza entre o solo de superfície e a zona saturada, é constituída 
principalmente por materiais da rocha-mãe não degradados, e tem um conteúdo de 
material orgânico muito baixo, a tornando nutritivamente limitada em termos de carbono 
e micronutrientes. Os poluentes originados nos ambientes de superfície atravessam-na 
antes de atingir as águas subterrâneas (aquíferos), podendo ser necessário alterar ou 
restringir o movimento destes poluentes para a água subterrânea e para os reservatórios 
de água potável. É possível observar uma diminuição da abundância relativa de bactérias 
em profundidade, sendo que a maioria dos organismos isolados de zonas profundas são 
Gram-positivos e anaeróbios obrigatórios, enquanto que em solos de superfície os 
organismos são em sua maioria Gram-negativos. A zona saturada ocorre por baixo da 
zona vadosa e se mantêm saturada com água. (Paula Bacelar Nicolau, 2010) 
 
 
3. 2. 1. Diluição seriada, spread plate e coloração de Gram: 
 
Os materiais utilizados foram: 
• Água destilada;
• Alça de Drigalski; 
• Alça de inoculação; 
• Álcool; 
• Balança analítica; 
• Bastão de vidro; 
• Béquer; 
• Bico de Bunsen; 
• Cristal Violeta; 
• Fucsina; 
• Lâminas; 
• Lugol; 
• Microscópio óptico; 
• Pipetas; 
• Placas de Petri com meio 
de cultura para bactérias; 
• Ponteiras; 
• Solução salina; 
• Tubos de ensaio; 
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17 
 
 
O solo foi coletado por cada acadêmico e levado para o laboratório de 
Microbiologia Ambiental no bloco Multidisciplinar, lá a balança analítica foi usada para 
pesar 10g do solo levado, que então foi dissolvido em 90mL de solução salina em um 
béquer, com ajuda de um bastão de vidro. A diluição seriada então foi realizada, sendo 
utilizada as pipetas e ponteiras (sempre fazendo o devido descarte das ponteiras) para 
facilitar o processo. 
No béquer com 90mL de solução salina + 10g de solo estava a diluição 10−1, 
através dessa diluição foram feitas mais quatro diluições em tubos de ensaio diferentes 
(respectivamente 10−2, 10−3, 10−4 e 10−5), em cada tubo de ensaio havia 9mL de 
solução salina e com auxílio da pipeta foi adicionado 1mL de cada solução anterior para 
outra. 
 
Imagem 06: Representação da diluição seriada. Fonte: Pedro Henrique Presumido. 
 
Após a diluição seriada a técnica de spread plate foi realizada, para cada recipiente 
com diferentes concentrações foram feitas duas placas de Petri com meio de crescimento 
mais 0,1 mL (ou 100 µL) de diluição em cada placa. As placas foram devidamente 
https://www.researchgate.net/profile/Pedro_Presumido
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18 
 
 
identificadas e levadas para estufa por uma semana para que houvesse crescimento de 
bactérias. 
Após sete dias na estufa as placas foram observadas pelos alunos para verificar o 
crescimento de UFC’s bacterianas, os estudantes então escolheram apenas uma das duas 
placas em duplicata para aplicar a técnica de coloração de Gram e ser possível a 
observação e identificação em microscópio de bactérias Gram+ e Gram- e suas 
respectivas formas (cocus ou bacilos). 
Para realização da técnica de coloração de Gram os acadêmicos escolheram 
apenas uma UFC de cada placa, eles então acenderam o bico de Bunsen, queimaram as 
alças de inoculação, abriam as placas e esfriaram a alça na tampa, coletaram apenas uma 
UFC, passaram sobre uma lâmina com solução salina e fizeram uma “diluição” daquela 
UFC sobre a lâmina, então a alça foi novamente queimada e a fixação da lâmina foi 
realizada através da passagem da mesma sobre o fogo por diversas vezes. O procedimento 
foi repetido para todas as placas em que houve crescimento de UFC’s. 
Após a fixação de todas as lâminas, as mesmas foram levadas para um suporte 
onde ocorreu a aplicação dos corantes: o esfregaço foi coberto com Cristal Violeta por 1 
minuto, então a lâmina foi lavada com água destilada, as células absorvem a solução e 
ficam coradas de púrpura. Adicionou-se Lugol sobre o esfregaço, que também ficou por 
um minuto e foi lavado com água destilada, deixando as células com uma cor azul escura, 
a lâmina então foi lavada com álcool por aproximadamente 30 segundos e depois lavada 
com água destilada, deixando as células gram-positivas azuis escuras e as gram-negativas 
ficam sem cor, logo em seguida foi aplicada a Fucsina, também por 1 minuto, a lâmina 
preparada foi lavada com água destilada e as células gram-positivas ficaram azuis escuras 
e as gram-negativas ficam rosas ou vermelhas. A lâmina preparada estava então pronta 
para ser observada ao microscópio. 
 
 
 
 
 
http://www.laminas-lieder.com.br/histologia-humana-jogo-grande-parte-ii-50-laminas-preparadas-para-microscopio-mg72000/
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19 
 
 
3. 2. 2. Fotos dos procedimentos de diluição seriada, spread plate e coloração de 
Gram: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imagem 07: Placas em duplicata com 
crescimento bacteriano após inoculação 
da diluição 10−1. Fonte: A Autora. 
Imagem 08: Placas em duplicata com 
crescimento bacteriano após inoculação 
da diluição 10−2. Fonte: A Autora. 
 
Imagem09: Placas em duplicata com 
crescimento bacteriano após inoculação 
da diluição 10−3. Fonte: A Autora. 
 
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20 
 
 
 
 
 
 
Ao observar as placas é possível perceber que, com exceção das placas com 
diluição de 10−5, houve crescimento bacteriano, o qual pode ser notado pela presença das 
UFC’s. Porém, o número de UFC’s diminui de acordo com a diminuição da concentração 
de solo nas soluções realizadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imagem 10: Placas em duplicata com 
crescimento bacteriano após inoculação 
da diluição 10−4. Fonte: A Autora. 
 
Imagem 07: Placas em duplicata com 
crescimento bacteriano após inoculação 
da diluição 10−5. Fonte: A Autora. 
 
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Imagem 11: Bactérias Gram + do tipo Bacillus. No aumento de 100x, retiradas da placa com 
diluição de 10−1. Fonte: A Autora. 
 
 
 
Imagem 12: Bactérias Gram - do tipo Streptococcus. No aumento de 100x, retiradas da placa 
com diluição de 10−2. Fonte: A Autora. 
 
 
 
 
 
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Imagem 13: Bactérias Gram - do tipo Cocos. No aumento de 100x, retiradas da placa com 
diluição de 10−3. Fonte: A Autora. 
 
 
 
Imagem 14: Bactérias Gram - do tipo Streptococcus. No aumento de 100x, retiradas da placa 
com diluição de 10−4. Fonte: A Autora. 
 
 
 
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Para verificar se os resultados obtidos pela coloração de Gram foram verídicos, 
outros dois testes foram realizados: o teste da catalase que verifica se a forma bacteriana 
é o Staphylococcus, o teste é realizado através da adição de uma solução de catalase ao 
conjunto de bactérias contido em uma UFC, se houver formação de bolhas na mistura 
formada significa que as bactérias possuem forma de Staphylococcus, se não houver 
formação de bolhas são Streptococcus. Nesse caso, foram testadas UFC’s da diluição 
10−2 e 10−4, em ambos os testes não houve formação de bolhas, o que significa que as 
duas UFC’s continham bactérias em forma de Streptococcus. 
Outro teste realizado foi o de KOH, onde se verifica se as bactérias são Gram + 
ou Gram -, o resultado do teste se dá por meio da adição de uma solução de KOH e 
bactérias, se a mistura formar um visgo significa que as bactérias são Gram -, se não 
formar visgo significa que são Gram +. Nesse caso foram utilizadas bactérias das UFC’s 
de diluição 10−1, 10−2, 10−3 e 10−4, em todos os casos não houve formação de visgo, 
significando que todas as bactérias testadas são Gram +, o que contradiz a visão obtida 
pelo microscópio, que demonstrava que as bactérias das diluições 10−2, 10−3 e 10−4 
eram Gram -. 
 
3. 3. Microbiologia da Água: 
 
A microbiologia aquática refere-se ao estudo dos microrganismos e de suas 
atividades em águas naturais, como lagos, lagoas, córregos, rios, estuários e oceanos. Os 
ambientes aquáticos ocupam cerca de 70% da superfície da Terra, sendo que 97% são 
marinhos e em sua maioria a temperaturas de 2 a 3 °C e sem luz. Nestes ambientes os 
microrganismos formam uma rede alimentar complexa que vai da superfície até 
profundidade. Os sistemas de água doce são de extrema importância como fonte de água 
potável. Os ambientes marinhos já se encontram afetados por poluição, principalmente 
nas zonas costeiras, essa contaminação das águas de superfície ou subsuperficiais por 
resíduos domésticos ou industriais causam graves problemas ambientais. (Paula Bacelar 
Nicolau, 2010) 
 
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24 
 
 
Os microrganismos encontrados em ambientes aquáticos podem ser: 
• Plâncton: constitui a comunidade microbiana presente na coluna de água. Pode 
ser subdividido: em nécton (formas livres), pleuston (formas da camada superficial) e 
perifíton (aderidos às plantas aquáticas e algas). Podendo ainda ser subdividido, em 
função do seu papel na cadeia alimentar em fitoplâncton (comunidade de microrganismos 
planctónicos fotossintéticos - essencialmente as algas e cianobactérias), bacterioplâncton 
(comunidade de bactérias heterotróficas em suspensão na coluna de água) e zooplâncton 
(pela população de protozoários). As formas de fitoplâncton constituem os produtores 
primários deste tipo de cadeia alimentar. 
• Bentos: designa tanto a zona de transição entre a coluna de água e a subsuperfície 
mineral. Essa zona “recolhe” a matéria orgânica proveniente da coluna de água, como 
dos ambientes terrestres, formando uma mistura difusa, não-compacta, formada por 
matéria orgânica, matéria mineral particulada e água. O sedimento favorece a formação 
de microambientes com caraterísticas que possibilitam a sobrevivência de 
microrganismos aeróbios e anaeróbios, tendo uma comunidade de microrganismos 
aquáticos de grande diversidade fisiológica. As bactérias fermentativas metabolizam 
materiais orgânicos dissolvidos, libertando ácidos orgânicos e CO2, os ácidos orgânicos 
atuam como dadores de elétrons para bactérias anaeróbias, que utilizam o CO2 como 
aceitador final de elétrons no processo de respiração anaeróbia e produzem metano 
(CH4). 
• Tapetes microbianos: a interface sedimento-plâncton forma um microambiente 
onde há atividades aeróbias e anaeróbias que sustentam a existência de uma diversidade 
de populações microbianas. Os tapetes microbianos formam comunidades únicas e são 
encontrados em associação com ambientes extremos ou condições flutuantes. Podem ter 
espessuras de alguns milímetros a alguns centímetros, e estratificam-se verticalmente em 
camadas distintas. 
• Biofilmes: são uma comunidade biológica com elevado grau de organização, 
constituída por uma camada de matéria orgânica (matriz polimérica) na qual se embebem 
os microrganismos (seus produtores). Podem desenvolver-se em qualquer superfície 
submersa ou húmida devido a adesão e proliferação de bactérias na superfície de objetos. 
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25 
 
 
são causadores (entre outros) da corrosão em oleodutos, assim como das cáries nos dentes 
e estão na origem de uma série de doenças, como a fibrose cística, úlceras, colites e 
infeções do ouvido. Para se formar um biofilme é necessário a formação prévia de um 
filme de moléculas orgânicas nas superfícies a colonizar pelas bactérias. O acúmulo de 
moléculas orgânicas na superfície de sólidos funciona como atrativos à adesão de 
bactérias. O biofilme pode ser uma boa estratégia de sobrevivência em ambientes hostis, 
já que permite a formação de microambientes particulares, possibilitando a colonização 
e proliferação de populações de microrganismos, podendo conferir, a bactérias nele 
existentes uma maior resistência a antibióticos e desinfetantes. O biofilme é formado por 
agrupamentos de células rodeadas por espaços onde circula o meio e as moléculas em 
suspensão, podendo ser explorado na purificação de águas em sistema de tratamento de 
água residuais ou de provenientes de indústrias. Mas o desenvolvimento de biofilmes 
também pode ser prejudicial às atividades humanas, como são as situações associadas à 
corrosão de superfícies ou à diminuição de capacidade de fluxo ou de eficiência de trocas 
térmicas em condutas de água de várias indústrias. (Paula Bacelar Nicolau, 2010) 
Um grande número de microrganismos em um ambiente aquático indica altos 
níveis de nutrientes na água, como as águas contaminas por esgoto ou resíduos orgânicosindustriais que apresentam contagens bacterianas relativamente altas, sendo os estuários 
oceânicos maiores detentores de populações microbianas em relação a ambientes de 
águas costeiras. Quando há baixas concentrações de nutrientes, os microrganismos 
crescem em superfícies paradas e em partículas. (Gerard J. Tortora, Berdell R. Funke e 
Christine L. Case, 2017) 
Microrganismos de água doce tendem a ser afetados pela disponibilidade de 
oxigênio e luz. A luz porque é o recurso mais importante para algas fotossintéticas são a 
principal fonte de matéria orgânica e energia para o local, sendo que esses organismos 
são os produtores primários que sustentam a população de bactérias, protozoários, peixes 
e outras vidas aquáticas. A ação das ondas em camadas superficiais ou o movimento da 
água nos rios aumenta a quantidade de oxigênio na água e auxilia no crescimento da 
população de bactérias aeróbias, na qualidade da água e na degradação de nutrientes 
poluidores. (Gerard J. Tortora, Berdell R. Funke e Christine L. Case, 2017) 
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26 
 
 
Os sedimentos do soalho oceânico possuem grandes populações de bactérias, 
sendo principalmente arqueias (se adaptam bem a pressões ambientais e têm baixas 
necessidades energéticas). Sugere-se que aproximadamente um terço de toda vida no 
planeta consiste em microrganismos que vivem no soalho oceânico, os mesmos produzem 
grandes quantidades de metano, que pode causar danos se for liberado na atmosfera. 
(Gerard J. Tortora, Berdell R. Funke e Christine L. Case, 2017) 
As bactérias fotossintéticas formam a base da cadeia alimentar oceânica, as 
mesmas fixam dióxido de carbono para formar matéria orgânica, que é liberada na forma 
dissolvida e utilizada por bactérias heterotróficas. Em águas abaixo de 100 metros, 
membros de Archaea começam a dominar a vida microbiana. Os membros planctônicos 
são responsáveis por parte da biomassa microbiana dos oceanos, são bem adaptados às 
temperaturas baixas e aos níveis baixos de oxigênio do fundo oceânico. (Gerard J. 
Tortora, Berdell R. Funke e Christine L. Case, 2017) 
Raramente se encontra água totalmente pura na natureza, sendo que até a água da 
chuva se contamina à medida que cai, a microbiologia aquática possui grande interesse 
na poluição das águas por microrganismos, principalmente os patogênicos e transmissão 
de doenças infecciosas. A água que passa por baixo da superfície do solo é filtrada, o que 
remove grande parte dos microrganismos, por isso águas de poços e fontes possuem boa 
qualidade. A forma mais perigosa de contaminação da água é quando fezes entram em 
contato com a mesma, a famosa via oral-fecal transmite diversas doenças através da 
disseminação de patógenos por fezes humanas ou animais na água que será ingerida. 
(Gerard J. Tortora, Berdell R. Funke e Christine L. Case, 2017) 
Prevenir que a água seja contaminada por produtos químicos é um grande 
problema, uma vez que produtos químicos industriais e agrícolas são lixiviados da terra 
e entram na água em grandes quantidades, sejam difícil sua biodegradação. As águas 
rurais muitas vezes têm quantidades excessivas de nitrato derivado de fertilizantes 
agrícolas. (Gerard J. Tortora, Berdell R. Funke e Christine L. Case, 2017) 
A eutrofização resulta na florescência de algas ou cianobactérias, tendo o mesmo 
efeito que a adição de matéria orgânica biodegradável, essas algas e cianobactérias 
 
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produzem oxigênio, quando morrem e são degradas por bactérias o oxigênio na água é 
esgotado, matando os peixes. (Gerard J. Tortora, Berdell R. Funke e Christine L. Case, 
2017) 
A preocupação com a pureza da água é relacionada a transmissão de doenças, por 
isso testes foram desenvolvidos para determinar a segurança das águas. Esses testes visam 
detectar organismos indicadores específicos, esses organismos devem estar presentes em 
fezes humanas em números substanciais, de modo que sua detecção seja uma boa 
indicação de que resíduos humanos estão sendo introduzidos na água. (Gerard J. Tortora, 
Berdell R. Funke e Christine L. Case, 2017) 
 
3. 3. 1. Método do número mais provável (NMP): 
 
Esse método permite calcular o número de um microrganismo específico numa 
amostra de água, utilizando tabelas de probabilidade. Diluições decimais da amostra são 
inoculadas em séries de tubos contendo meio líquido seletivo. Os tubos são positivos 
quando têm crescimento e/ou produção de gás de fermentação. A densidade bacteriana é 
determinada pela combinação de resultados positivos e negativos numa tabela designada 
por tabela do NMP. Nesse caso o método de NMP foi empregado após a realização de 
experimentos para verificação de coliformes totais, termotolerantes e fecais. 
Materiais utilizados: 
• Alças de inoculação; 
• Álcool; 
• Amostra de água; 
• Bico de Bunsen; 
• Cristal Violeta; 
• Fucsina; 
• Lâminas; 
• Lugol; 
• Pipetas; 
• Placas com meio de 
cultura EMB; 
• Ponteiras; 
• Tubos de EC com tubos 
de Durhan; 
• Tubos de Lauril com 
tubos de Durhan; 
• Tubos de Verde Brilhante 
com tubos de Durhan; 
• Microscópio óptico; 
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A água foi coletada da torneira da cozinha do apartamento 14, bloco C do 
Condomínio Barão do Rio Branco, foi mantida na geladeira até a realização do 
experimento. No primeiro dia o procedimento realizado foi diluição seriada em três tubos 
com solução salina (tubos 10−1, 10−2 e 10−3), a partir de cada tubo diluído foram feitos 
três tubos com Lauril para cada diluição, totalizando três tubos de Lauril com diluição 
10−1, três tubos de Lauril com diluição 10−2 e três tubos de Lauril com diluição 10−3. 
Os nove tubos foram incubados a 37ºC por 24h no mínimo (a duração máxima da 
incubação era de 48h), esse procedimento verificava a existências de coliformes totais na 
amostra de água coletada. 
No segundo dia, após 24h do primeiro experimento, os tubos de Lauril foram 
retirados da estufa e foi feita a verificação de formação de bolhas nos tubos de Durhan e 
se o líquido ficou ou não turvo, se houvesse formação de bolhas e o líquido se tornasse 
turvo indicava que havia presença de coliformes naquela solução. O procedimento do 
segundo dia foi observar quais tubos de Lauril obtiveram resultados positivos para 
presença de coliformes e utilizar o conteúdo desses tubos para inoculação em tubos de 
Verde Brilhante e em tubos de EC com auxílio da alça de inoculação, sendo que tanto o 
procedimento do primeiro dia, como os demais procedimentos, foram feitos com o bico 
de Bunsen aceso. 
Para cada tubo de Lauril que foi positivo para presença de coliformes totais seria 
feito um tubo de Verde Brilhante e um tubo de EC. O processo ocorre atrás do bico de 
Bunsen, a alça de inoculação era queimada, inserida no tubo de Lauril e logo em seguida 
inserida no tubo de Verde Brilhante, a alça então era novamente queimada, inserida no 
tubo de Lauril e inserida no tubo de EC. Os tubos de Verde Brilhante ficaram na estufa 
por 24h a 37ºC, os mesmos verificam a presença de coliformes totais, enquanto que os 
tubos de EC ficaram na estufa por 24h a 42ºC para verificação da presença de coliformes 
termotolerantes. 
No terceiro dia, depois de 24h novamente, os tubos serão retirados da estufa. Ao 
observá-los os critérios ainda se manterão: presença de bolhas no tubo de Durhan e 
líquido turvo indicam que o procedimento obteve um resultado positivo. Depois de 
 
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29 
 
 
observar quais tubosforam positivos, apenas os tubos de EC positivos foram separados 
para que seu conteúdo pudesse ser utilizado para estriação em placas com EMB. O 
processo de estriação funciona para verificação de coliformes fecais, que são um tipo de 
coliformes termotolerantes - Escherichia coli, são bactérias que estão presentes em 
grandes quantidades no intestino do homem e animais de sangue quente, podem 
contaminar a água através das fezes que chegam até a mesma despejo do esgoto que não 
foi adequadamente tratado. São muitas vezes usadas 
como indicadores da qualidade sanitária da água. A presença dessas bactérias deixa o 
meio de cultura numa tonalidade verde metálico. 
Para fazer a estriação o bico de Bunsen foi aceso, a alça de inoculação era 
queimada, os tubos de EC com resultados positivos eram abertos um a um, passados ao 
fogo, a alça era mergulhada ao líquido e logo em seguida era feita a estriação nas placas, 
o processo foi repetido para todos os tubos de EC com formação de bolhas e líquido turvo. 
Além disso, no terceiro dia utilizamos a técnica do número mais provável, através da 
comparação dos números de tubos com resultados positivos em cada etapa com tabelas 
estatísticas. 
No quarto e último dia verificamos a presença da cor verde brilhante nas placas 
de EMB, se essa cor estivesse presente significava que havia Escherichia coli na amostra 
de água coletada. Além disso, as UFC’s que cresceram nas placas de EMB foram 
utilizadas para realização da coloração de Gram, verificando se as bactérias ali presentes 
eram positivas ou negativas e qual a forma das mesmas. 
Para realização da técnica de coloração de Gram os acadêmicos escolheram 
apenas uma UFC de cada placa, eles então acenderam o bico de Bunsen, queimaram as 
alças de inoculação, abriam as placas e esfriaram a alça na tampa, coletaram apenas uma 
UFC, passaram sobre uma lâmina com solução salina e fizeram uma “diluição” daquela 
UFC sobre a lâmina, então a alça foi novamente queimada e a fixação da lâmina foi 
realizada através da passagem da mesma sobre o fogo por diversas vezes. 
Após a fixação das lâminas, as mesmas foram levadas para um suporte onde 
ocorreu a aplicação dos corantes: o esfregaço foi coberto com Cristal Violeta por 1 
minuto, então a lâmina foi lavada com água destilada, as células absorvem a solução e 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Intestino
https://pt.wikipedia.org/wiki/Animais
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sangue
https://pt.wikipedia.org/wiki/Calor
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fezes
https://pt.wikipedia.org/wiki/Indicador
https://pt.wikipedia.org/wiki/Qualidade
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81gua
http://www.laminas-lieder.com.br/histologia-humana-jogo-grande-parte-ii-50-laminas-preparadas-para-microscopio-mg72000/
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ficam coradas de púrpura. Adicionou-se Lugol sobre o esfregaço, que também ficou por 
um minuto e foi lavado com água destilada, deixando as células com uma cor azul escura, 
a lâmina então foi lavada com álcool por aproximadamente 30 segundos e depois lavada 
com água destilada, deixando as células gram-positivas azuis escuras e as gram-negativas 
ficam sem cor, logo em seguida foi aplicada a Fucsina, também por 1 minuto, a lâmina 
preparada foi lavada com água destilada e as células gram-positivas ficaram azuis escuras 
e as gram-negativas ficam rosas ou vermelhas. A lâmina preparada estava então pronta 
para ser observada ao microscópio. 
O número de frascos positivos foram respectivamente 3, 3, 0. Ao comparar esses 
valores com a tabela de NMP verificamos que o resultado foi de 17 NMP/g, os valores 
inferiores são 6.8 e os superiores de 40, demonstrando que o resultado está dentro das 
quantidades ditas “normais” para esses microrganismos estarem presentes na água. 
 
 
 
 
 
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Tabela 03: Tabela de Número Mais Provável (NMP) utilizada para avaliar o número de 
coliformes na amostra de água coletada. Fonte: Luiz Fontes, 2013. 
 
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3. 3. 2. Fotos do procedimento Número Mais Provável (NMP) de coliformes: 
 
 
Imagem 15: Tubos de Lauril após de 24h de estufa a 37ºC. Fonte: A Autora. 
 
 
Imagem 16: Tubos de Verde brilhante após 24h de estufa a 37ºC. Fonte: Raíssa Darroz. 
 
 
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Imagem 17: Tubos de Verde Brilhante (diluição 10−1) depois de 24h de estufa a 37ºC. Fonte: Raíssa 
Darroz. 
 
 
 
 
Imagem 18: Tubos de Verde Brilhante (diluição 10−2) depois de 24h de estufa a 37ºC. Fonte: Raíssa 
Darroz. 
 
 
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Imagem 19: Tubos de EC depois de 24h de estufa a 42ºC. Fonte: Raíssa Darroz. 
 
 
 
Imagem 20: Tubos de EC (diluição 10−1) depois de 24h de estufa a 42ºC. Fonte: Raíssa Darroz. 
 
 
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Imagem 21: Tubos de EC (diluição 10−2) depois de 24h de estufa a 42ºC. Fonte: Raíssa Darroz. 
 
 
Imagem 22: Placas com meio de cultura BEM para verificação da presença de Escherichia coli 
na amostra de água coletada. Fonte: Raíssa Darroz. 
 
 
 
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De todos os tubos de Lauril que foram feitos, apenas os tubos com 
diluição de 10−1 e 10−2 demonstraram resultado positivo para presença de coliformes na 
água coletada através da formação de bolhas no tubo de Durhan e da transformação do 
líquido em turvo. O conteúdo dos tubos com resultados positivos foi então passado a 
tubos de Verde Brilhante (três tubos com diluição de 10−1 e três tubos com diluição de 
10−2) e tubos de EC (três tubos com diluição de 10−1 e três tubos com diluição de 10−2). 
Todos os tubos de EC e Verde Brilhante também demonstram resultados positivos, 
seguindo os mesmos critérios dos tubos de Lauril. Por último, as placas com EMB não 
demonstraram resultados positivos para presença de Escherichia coli, uma vez que as 
UFC’s que se formaram não apresentaram coloração verde metálica. Após a verificação 
das placas, foi feita a observação em microscópio das bactérias presentes nas UFC’s. 
 
 
Imagem 22: Bactérias Gram – do tipo bacilos no aumento de 40x. Fonte: Raíssa Darroz. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Imagem 23: Bactérias Gram – do tipo bacilos no aumento de 100x. Fonte: Raíssa Darroz. 
 
 
 
Imagem 24: Bactérias Gram – do tipo bacilos no aumento de 100x. Fonte: Raíssa Darroz. 
 
 
 
 
 
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3. 3. 3. Anexos 
Doenças de Veiculação Hídrica Causadas por Microrganismos: 
 
Segundo a Copasa, a água, tão necessária à vida do ser humano, pode ser também 
responsável por transmitir doenças. Em todos esses casos, o tratamento da água, higiene 
pessoal e condições sanitárias adequadas são formas de evitar as doenças. Se não usarmos 
o banheiro com fossas ou redes coletoras o esgoto fica a céu aberto, os vermes e as 
bactérias que vivem no esgoto contaminam a água e o chão, logo as pessoas que pisam 
no chão descalças e bebem a água contaminada ficam doentes.Algumas doenças de 
veiculação hídrica: 
• Amebíase: Geralmente, fala-se de ameba (Entamoeba) sempre que há 
diarreias persistentes. A Entamoeba coli é um parasito que se localiza no intestino do ser 
humano, mas que não o prejudica, não precisando ser tratada. Já a Entamoeba hystolitica 
é prejudicial e precisa ser eliminada. Esses parasitos são eliminados com as fezes que 
podem contaminar a água se eliminadas próximas a mesma. Moscas e baratas, ao se 
alimentarem de fezes de pessoas infectadas, também transmitem a doença defecando 
sobre os alimentos ou utensílios. Pode-se contrair a ameba comendo frutas e verduras 
cruas, que foram regadas com água contaminada ou adubadas com terra misturada a fezes 
humanas infectadas ou contaminação pelas mãos sujas de pessoas que lidam com os 
alimentos. Os sintomas incluem dores abdominais, febre baixa, ataque de diarreia e 
disenteria aguda. A profilaxia se concentra em fazer com que todos da casa usem a 
privada (se as crianças menores usarem penicos, as fezes devem ser jogadas na privada), 
proteger águas para que não sejam contaminadas por fezes humanas e todos os alimentos 
contra moscas e baratas, regar as verduras sempre com água limpa, não aproveitando 
nunca a água utilizada em casa ou água de banho e lavá-las em água corrente, lavar as 
mãos com sabão e água corrente todas as vezes que usar a privada, principalmente antes 
de iniciar a preparação dos alimentos e fazer, regularmente, exame de fezes, para detectar 
o parasito. 
 
 
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• Febres tifoide e paratifoide: uma doença grave, produzida pela bactéria 
Salmonella typhi, evoluindo num período de quatro semanas. A fonte de infecção é o 
doente, desde o instante em que ingeriu os bacilos até muitos anos depois, já que os 
bacilos persistem em suas fezes. A febre paratifoide é mais rara que a tifoide. Produzida 
pela Salmonella paratyphi dos tipos “A”, “B” ou “C”, sua fonte de infecção é a mesma 
da febre tifoide: doentes e portadores. A doença é transmitida pelas descargas do intestino 
(fezes), que contaminam as mãos, as roupas, os alimentos e a água, sendo que o bacilo 
tifoide é ingerido com os alimentos e a água contaminada. Sintomas: dor de cabeça, mal-
estar, fadiga, boca amarga, febre, calafrios, indisposição gástrica, diarreia e aumento do 
baço. Meios de profilaxia: destinar corretamente os dejetos humanos em fossas ou redes 
de esgotos, tratar a água, combater as moscas, efetuar exame, higienizar os alimentos. 
• Ascaridíase (lombrigas): é um verme que vive no intestino das pessoas 
e causa uma doença chamada ascaridíase. A doença se contrai por meio da terra, da poeira, 
dos alimentos mal lavados e das mãos sujas que os ovos das lombrigas são levados à boca. 
Depois de engolidos, os ovos arrebentam, soltando larvas no intestino. Essas larvas, 
levadas pelo sangue, passam pelo fígado, coração, pulmões, brônquios e retornam ao 
intestino, onde se tornam adultas, para se acasalar e pôr ovos. Os vermes têm de 15 a 25 
cm de comprimento e, em grande número, formam verdadeiros novelos, que entopem o 
intestino, causando sua obstrução. Podem também sair pela boca e nariz ou localizar-se 
na traqueia, ocasionando, muitas vezes, asfixia e morte, especialmente em crianças. As 
pessoas que têm lombrigas ficam frequentemente irritadas, sem apetite e apresentam 
náuseas, vômitos, diarreia, cólicas e dor abdominal. A profilaxia inclui: ter sempre uma 
privada ou fossa, lavar as mãos ao sair da privada e também antes das refeições ou 
merenda, proteger todos os alimentos contra moscas e poeira; proteger também os 
utensílios domésticos: talheres, copos, pratos, panelas etc. e, principalmente, os objetos 
de uso dos bebês, como bicos, mamadeiras e outros, lavar todas as frutas e verduras antes 
de comê-las. 
• Esquistossomose: é uma doença crônica, causada por um pequeno verme, 
o Schistosoma mansoni, que se instala nas veias do fígado e do intestino. Para que surja 
a esquistossomose numa localidade, são necessárias várias condições: a primeira é a 
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existência de caramujos que hospedam o Schistosoma mansoni. Nem todos servem para 
o parasito, só algumas espécies. Esses caramujos vivem em córregos, lagoas, valas de 
irrigação e canais onde haja segurança e boa alimentação. A cercaria (uma das fases de 
vida do Schistosoma) procuram atacar o homem, em cujo organismo poderão viver, 
acasalar-se e produzir ovos. Na última fase da doença, pode aparecer, em algumas 
pessoas, a ascite ou barriga d’água. Profilaxia: observar bem a água antes de tomar banho, 
pescar, nadar, lavar roupa, regar plantações etc., a fim de verificar se existe o caramujo, 
criar nas águas seres vivos prejudiciais ao caramujo, sejam plantas ou animais, como 
patos e gansos, evitar a poluição das águas nos meses que se seguem à estação chuvosa, 
quando os caramujos proliferam em grande quantidade, aplicar medicamentos químicos 
que exterminem, mesmo que temporariamente, os caramujos. Fazer exame de fezes ou 
outro tipo de exame de laboratório para verificar se a pessoa tem esquistossomose e 
proceder a um tratamento médico, utilizar privadas e fossas para que as fezes não sejam 
despejadas nas águas nem no solo dos quintais, forma segura de impedir que os ovos do 
Schistosoma alcancem os córregos, usar botas e luvas de borracha em regiões alagadiças, 
a fim de evitar contaminação pela cercaria. 
• Ancilostomíase (amarelão): Os parasitos produzem ovos que são 
eliminados pelas fezes, que depois de alguns dias se rompem, surgindo as larvas. Essas 
ficam no solo durante uma semana e são atraídas pela luz e pelo calor, que as fazem subir 
à superfície, onde se agarram às plantas, ao lixo etc. Os quintais sombreados, cheios de 
bananeiras ou outras plantas, onde o lixo é amontoado, são lugares propícios para o 
verme. Em pessoas que andam descalças, as larvas penetram rapidamente, atravessando 
a pele, caem no sangue e vão até o coração, pulmões, brônquios, estômago e intestinos. 
Durante essa migração, sofrem transformações até chegar a vermes adultos, cujos ovos 
são eliminados pelas fezes. Os vermes adultos cortam a mucosa intestinal e alimentam-
se de sangue. Como têm hábito de mudar de lugar frequentemente, produzem inúmeras 
feridas no intestino que sangram, provocando anemia e emagrecimento. Sintomas 
incluem cansaço, desânimo, prisão de ventre ou crise de diarreia, irritabilidade, mau 
humor, anemia, palidez, dor de cabeça, tosse, emagrecimento e dores musculares. 
Métodos de profilaxia: andar sempre calçado, lavar as mãos, principalmente antes das 
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refeições, usa privadas ou fossas, fazer exames, para detectar a presença de vermes e 
buscar tratamento caso precise. 
 
Questões Referentes aos Coliformes Totais e Termotolerantes: 
 
1. O que são coliformes totais e termotolerantes? 
R: O grupo dos coliformes totais é formado por enterobactérias capazes de fermentar a 
lactose, com produção de gás a 35°C. Essa capacidade de fermentar a lactose, com 
formação de gás em meios de cultura, é a base para os métodos tradicionais de detecção 
de coliformes totais. Esses microrganismos são comuns em ambientes de fabricação de 
alimentos, podendo se tornar parte da microbiota resistente. Já o grupo coliformes 
termotolerantes, comumente chamados de coliformes fecais, é um subgrupo dos 
coliformes totais. Este grupo é restrito às bactérias capazes de fermentar a lactose a 44,5-
45,5°C com produção de gás. A princípio, essa definição abrangia somente as 
enterobactérias de origem fecal (E. coli), porém hoje se sabeque esse grupo inclui 
membros de origem não fecal (cepas de Klebsiella pneumoniae, Pantoea agglomerans, 
Enterobacter cloacae e Citrobacter freundii. (FOOD SAFETY BRAZIL) 
 
2. Quais as doenças causadas por coliformes termotolerantes? 
R: E. coli enteroinvasiva (EIEC) causa várias doenças no homem, sendo 
bioquimicamente, geneticamente e patogenicamente similar à Shigella spp. Ambas 
causam colite inflamatória invasiva. A doença envolve invasão e espalhamento celular, 
em que genes cromossomais e plasmidiais estão envolvidos. E. coli com adesão difusa 
(DAEC) é definida por seu padrão de adesão difuso em ensaios com células HEp-2 e 
causa síndrome de diarreia aquosa em adultos e crianças. E. coli enteroagregativa (EAEC) 
é definida tendo como base seu padrão de adesão difuso, em presença de células HEp-2 
em cultura. O elemento essencial ao fenótipo agregativo é a adesão das células bacterianas 
como tijolos empilhados lado a lado. Essa categoria é caracterizada por associação com 
diarreia persistente em crianças vivendo em países em desenvolvimento e como causa de 
diarreia esporádica em pacientes com AIDS. (Cristina Paiva de Sousa) 
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3. O que são bactérias heterotróficas na água? 
R: O termo bactérias heterotrófica inclui todas as bactérias que usam nutrientes orgânicos 
para o seu crescimento. Ela estão presentes em todos os tipos de água, alimento, solo, 
vegetação e ar. Para apresentar risco à saúde devem estar presentes em altas 
concentrações. A sua contagem representa diversos microrganismos isolados que 
requerem carbono orgânico como fonte de nutrientes e fornece informação da qualidade 
bacteriológica da água de forma ampla. Servindo, portanto, de indicador auxiliar da 
qualidade da água, ao fornecer informações adicionais sobre eventuais falhas 
principalmente na desinfecção. (SILVA, A. et al) 
 
4. Quais são critérios de potabilidade da água? 
R: Art. 27. A água potável deve estar em conformidade com padrão microbiológico, 
conforme disposto no Anexo I e demais disposições desta Portaria. 
§ 1º No controle da qualidade da água, quando forem detectadas amostras com resultado 
positivo para coliformes totais, mesmo em ensaios presuntivos, ações corretivas devem 
ser adotadas e novas amostras devem ser coletadas em dias imediatamente sucessivos até 
que revelem resultados satisfatórios. 
§ 2º Nos sistemas de distribuição, as novas amostras devem incluir no mínimo uma 
recoleta no ponto onde foi constatado o resultado positivo para coliformes totais e duas 
amostras extras, sendo uma à montante e outra à jusante do local da recoleta. 
§ 3º Para verificação do percentual mensal das amostras com resultados positivos de 
coliformes totais, as recoletas não devem ser consideradas no cálculo. 
§ 4º O resultado negativo para coliformes totais das recoletas não anula o resultado 
originalmente positivo no cálculo dos percentuais de amostras com resultado positivo. 
§ 5º Na proporção de amostras com resultado positivo admitidas mensalmente para 
coliformes totais no sistema de distribuição, expressa no Anexo I a esta Portaria, não são 
tolerados resultados positivos que ocorram em recoleta, nos termos do § 1º deste artigo. 
§ 6º Quando o padrão microbiológico estabelecido no Anexo I a esta Portaria for violado, 
os responsáveis pelos sistemas e soluções alternativas coletivas de 
 
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abastecimento de água para consumo humano devem informar à autoridade de saúde 
pública as medidas corretivas tomadas. 
§ 7º Quando houver interpretação duvidosa nas reações típicas dos ensaios analíticos na 
determinação de coliformes totais e Escherichia coli, deve-se fazer a recoleta. 
Art. 28. A determinação de bactérias heterotróficas deve ser realizada como um dos 
parâmetros para avaliar a integridade do sistema de distribuição (reservatório e rede). 
§ 1º A contagem de bactérias heterotróficas deve ser realizada em 20% (vinte por cento) 
das amostras mensais para análise de coliformes totais nos sistemas de distribuição 
(reservatório e rede). 
§ 2º Na seleção dos locais para coleta de amostras devem ser priorizadas pontas de rede 
e locais que alberguem grupos populacionais de risco à saúde humana. 
§ 3º Alterações bruscas ou acima do usual na contagem de bactérias heterotróficas devem 
ser investigadas para identificação de irregularidade e providências devem ser adotadas 
para o restabelecimento da integridade do sistema de distribuição (reservatório e rede), 
recomendando-se que não se ultrapasse o limite de 500 UFC/mL. 
Art. 29. Recomenda-se a inclusão de monitoramento de vírus entéricos no(s) ponto(s) de 
captação de água proveniente(s) de manancial(is) superficial(is) de abastecimento, com o 
objetivo de subsidiar estudos de avaliação de risco microbiológico. 
Art. 30. Para a garantia da qualidade microbiológica da água, em complementação às 
exigências relativas aos indicadores microbiológicos, deve ser atendido o padrão de 
turbidez expresso no Anexo II e devem ser observadas as demais exigências contidas 
nesta Portaria. 
§ 1º Entre os 5% (cinco por cento) dos valores permitidos de turbidez superiores ao VMP 
estabelecido no Anexo II a esta Portaria, para água subterrânea com desinfecção, o limite 
máximo para qualquer amostra pontual deve ser de 5,0 uT, assegurado, simultaneamente, 
o atendimento ao VMP de 5,0 uT em toda a extensão do sistema de distribuição 
(reservatório e rede). 
§ 2° O valor máximo permitido de 0,5 uT para água filtrada por filtração rápida 
(tratamento completo ou filtração direta), assim como o valor máximo permitido de 1,0 
uT para água filtrada por filtração lenta, estabelecidos no Anexo II desta Portaria, 
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deverão ser atingidos conforme as metas progressivas definidas no Anexo III a esta 
Portaria. 
§ 3º O atendimento do percentual de aceitação do limite de turbidez, expresso no Anexo 
II a esta Portaria, deve ser verificado mensalmente com base em amostras, 
preferencialmente no efluente individual de cada unidade de filtração, no mínimo 
diariamente para desinfecção ou filtração lenta e no mínimo a cada duas horas para 
filtração rápida. 
Art. 31. Os sistemas de abastecimento e soluções alternativas coletivas de abastecimento 
de água que utilizam mananciais superficiais devem realizar monitoramento mensal de 
Escherichia coli no(s) ponto(s) de captação de água. 
§ 1º Quando for identificada média geométrica anual maior ou igual a 1.000 Escherichia 
coli/100mL deve-se realizar monitoramento de cistos de Giardia spp. e oocistos de 
Cryptosporidium spp. no(s) ponto(s) de captação de água. 
§ 2º Quando a média aritmética da concentração de oocistos de Cryptosporidium spp. for 
maior ou igual a 3,0 oocistos/L no(s) pontos(s) de captação de água, recomenda-se a 
obtenção de efluente em filtração rápida com valor de turbidez menor ou igual a 0,3 uT 
em 95% (noventa e cinco por cento) das amostras mensais ou uso de processo de 
desinfecção que comprovadamente alcance a mesma eficiência de remoção de oocistos 
de Cryptosporidium spp. 
§ 3º Entre os 5% (cinco por cento) das amostras que podem apresentar valores de turbidez 
superiores ao VMP estabelecido no § 2° do art. 30 desta Portaria, o limite máximo para 
qualquer amostra pontual deve ser menor ou igual a 1,0 uT, para filtração rápida e menor 
ou igual a 2,0 uT para filtração lenta. 
§ 4° A concentração média de oocistos de Cryptosporidium spp. referida no § 2º deste 
artigo deve ser calculada considerando um número mínino de 24 (vinte e quatro) amostras 
uniformemente coletadas ao longo de um períodomínimo de um ano e máximo de dois 
anos. 
Art. 32. No controle do processo de desinfecção da água por meio da cloração, 
cloraminação ou da aplicação de dióxido de cloro devem ser observados os tempos de 
 
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contato e os valores de concentrações residuais de desinfetante na saída do tanque de 
contato expressos nos Anexos IV, V e VI a esta Portaria. 
§ 1º Para aplicação dos Anexos IV, V e VI deve-se considerar a temperatura média mensal 
da água. 
§ 2º No caso da desinfecção com o uso de ozônio, deve ser observado o produto 
concentração e tempo de contato (CT) de 0,16 mg.min/L para temperatura média da água 
igual a 15º C. 
§ 3º Para valores de temperatura média da água diferentes de 15º C, deve-se proceder aos 
seguintes cálculos: 
I - para valores de temperatura média abaixo de 15ºC: duplicar o valor de CT a cada 
decréscimo de 10ºC. 
II - para valores de temperatura média acima de 15ºC: dividir por dois o valor de CT a 
cada acréscimo de 10ºC. 
§ 4° No caso da desinfecção por radiação ultravioleta, deve ser observada a dose mínima 
de 1,5 mJ/cm2para 0,5 log de inativação de cisto de Giardia spp. 
Art. 33. Os sistemas ou soluções alternativas coletivas de abastecimento de água supridas 
por manancial subterrâneo com ausência de contaminação por Escherichia coli devem 
realizar cloração da água mantendo o residual mínimo do sistema de distribuição 
(reservatório e rede), conforme as disposições contidas no art. 34 a esta Portaria. 
§ 1° Quando o manancial subterrâneo apresentar contaminação por Escherichia coli, no 
controle do processo de desinfecção da água, devem ser observados os valores do produto 
de concentração residual de desinfetante na saída do tanque de contato e o tempo de 
contato expressos nos Anexos IV, V e VI a esta Portaria ou a dose mínima de radiação 
ultravioleta expressa no § 4º do art. 32 a desta Portaria. 
§ 2° A avaliação da contaminação por Escherichia coli no manancial subterrâneo deve ser 
feita mediante coleta mensal de uma amostra de água em ponto anterior ao local de 
desinfecção. 
§ 3° Na ausência de tanque de contato, a coleta de amostras de água para a verificação da 
presença/ausência de coliformes totais em sistemas de abastecimento e soluções 
 
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alternativas coletivas de abastecimento de águas, supridas por manancial subterrâneo, 
deverá ser realizada em local à montante ao primeiro ponto de consumo. 
Art. 34. É obrigatória a manutenção de, no mínimo, 0,2 mg/L de cloro residual livre ou 2 
mg/L de cloro residual combinado ou de 0,2 mg/L de dióxido de cloro em toda a extensão 
do sistema de distribuição (reservatório e rede). 
Art. 35. No caso do uso de ozônio ou radiação ultravioleta como desinfetante, deverá ser 
adicionado cloro ou dióxido de cloro, de forma a manter residual mínimo no sistema de 
distribuição (reservatório e rede), de acordo com as disposições do art. 34 desta Portaria. 
Art. 36. Para a utilização de outro agente desinfetante, além dos citados nesta Portaria, 
deve-se consultar o Ministério da Saúde, por intermédio da SVS/MS. 
Art. 37. A água potável deve estar em conformidade com o padrão de substâncias 
químicas que representam risco à saúde e cianotoxinas, expressos nos Anexos VII e VIII 
e demais disposições desta Portaria. 
§ 1° No caso de adição de flúor (fluoretação), os valores recomendados para concentração 
de íon fluoreto devem observar a Portaria nº 635/GM/MS, de 30 de janeiro de 1976, não 
podendo ultrapassar o VMP expresso na Tabela do Anexo VII a esta Portaria. 
§ 2° As concentrações de cianotoxinas referidas no Anexo VIII a esta Portaria devem 
representar as contribuições da fração intracelular e da fração extracelular na amostra 
analisada. 
§ 3° Em complementação ao previsto no Anexo VIII a esta Portaria, quando for detectada 
a presença de gêneros potencialmente produtores de cilindrospermopsinas no 
monitoramento de cianobactérias previsto no § 1° do art. 40 desta Portaria, recomenda-
se a análise dessas cianotoxinas, observando o valor máximo aceitável de 1,0 μg/L. 
§ 4° Em complementação ao previsto no Anexo VIII a esta Portaria, quando for detectada 
a presença de gêneros de cianobactérias potencialmente produtores de anatoxina-a(s) no 
monitoramento de cianobactérias previsto no § 1° do art. 40 a esta Portaria, recomenda-
se a análise da presença desta cianotoxina. 
 
 
 
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Art. 38. Os níveis de triagem que conferem potabilidade da água do ponto de vista 
radiológico são valores de concentração de atividade que não excedem 0,5 Bq/L para 
atividade alfa total e 1Bq/L para beta total. 
Parágrafo único. Caso os níveis de triagem citados neste artigo sejam superados, deve ser 
realizada análise específica para os radionuclídeos presentes e o resultado deve ser 
comparado com os níveis de referência do Anexo IX desta Portaria. 
Art. 39. A água potável deve estar em conformidade com o padrão organoléptico de 
potabilidade expresso no Anexo X a esta Portaria. 
§ 1º Recomenda-se que, no sistema de distribuição, o pH da água seja mantido na faixa 
de 6,0 a 9,5. 
§ 2º Recomenda-se que o teor máximo de cloro residual livre em qualquer ponto do 
sistema de abastecimento seja de 2 mg/L. 
§ 3° Na verificação do atendimento ao padrão de potabilidade expresso nos Anexos VII, 
VIII, IX e X, eventuais ocorrências de resultados acima do VMP devem ser analisadas 
em conjunto com o histórico do controle de qualidade da água e não de forma pontual. 
§ 4º Para os parâmetros ferro e manganês são permitidos valores superiores ao VMPs 
estabelecidos no Anexo X desta Portaria, desde que sejam observados os seguintes 
critérios: 
I - os elementos ferro e manganês estejam complexados com produtos químicos 
comprovadamente de baixo risco à saúde, conforme preconizado no art. 13 desta Portaria 
e nas normas da ABNT; 
II - os VMPs dos demais parâmetros do padrão de potabilidade não sejam violados; e 
III - as concentrações de ferro e manganês não ultrapassem 2,4 e 0,4 mg/L, 
respectivamente. 
§ 5º O responsável pelo sistema ou solução alternativa coletiva de abastecimento de água 
deve encaminhar à autoridade de saúde pública dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios informações sobre os produtos químicos utilizados e a comprovação de baixo 
risco à saúde, conforme preconizado no art. 13 e nas normas da ABNT. (PORTARIA Nº 
2.914, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2011) 
 
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5. Quais os impactos ambientais que são causados pela presença dos coliformes? 
R: A presença de bactérias coliformes fecais em ambientes aquáticos indica que a água 
tenha sido contaminada com o material fecal de homem ou outros animais. 
No momento que isso ocorreu, a água da fonte pode ter sido contaminada por patógenos 
ou bactérias produtoras de doença ou vírus que também podem existir no material fecal. 
Algumas doenças patogênicas transmitidas pela água incluem febre tifoide, gastroenterite 
viral e bacteriana e hepatite A. A presença de contaminação fecal é um indicador de que 
um risco potencial para a saúde existe para indivíduos expostos a essa água. Os coliformes 
fecais podem ocorrer em água ambiente como resultado do excesso de esgoto doméstico 
ou fontes difusas de dejetos humanos e animais. (Portal São Francisco) 
 
6. Quais antibióticos são mais eficientes para controle dos coliformes? 
R: Cefalosporinas, A gentamicina, Ciprofloxacina, Piperacilina / Tazobactam (Tazocin 
®), Imipenem / meropenem

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