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Reserva Mental (art. 110 CC) -> objetivo de ocultar sua verdadeira intenção e enganar o outro contratante ou declaratório. - o negócio jurídico PERMANECE existente. Ex: recompensa para quem achar o cachorro. – na verdade, o dono não pretende pagar a recompensa. - caso o destinatário da manifestação de vontade tenha conhecimento da reserva mental, a manifestação de vontade, o negócio j. será inexistente. Silêncio como manifestação de vontade (art. 111 CC) - total ausência de manifestação de vontade. - o silêncio importa anuência – (o silêncio importa na concordância, manifestação de vontade). - para que o silêncio – anuência ocorra é necessário: deverá ser autorizado pela lei, pelas circunstâncias, ou pelos usos (costumes). – e não necessitar de declaração de vontade expressa. Ex: ocorre uma venda de uma casa, se o locatário não se manifestar (silêncio) no prazo de 30 dias, é como se ele tivesse manifestado a sua vontade em não adquirir o imóvel. - outro exemplo: presume-se que a pessoa teve concordância/anuência com o negócio j. (ex: doação). (art. 539 CC). - se a pessoa nunca reclamou, nunca se manifestou em se utilizar de algo, será usucapião. (art. 1379 CC). – presume-se que a pessoa silenciou, concordou. Prevalência da intenção sobre a forma de expressá-la - (art. 112 CC). - as palavras dizem uma coisa e a intenção de uma das partes é outra. - as partes não sabem empregar as palavras no negócio jurídico e acaba ocorrendo uma divergência entre a vontade, a intenção das partes e as palavras utilizadas no negócio j. - o que irá permanecer é a INTENÇÃO, não o sentido literal da linguagem. Boa-fé e os costumes locais (art. 113 CC) - interpretação; - houve ausência de boa-fé entre as partes, deverá interpretar o negócio j. conforme aquele que agiu de má-fé. - o descumprimento do costume é considerado má-fé. – (má-fé localizada). Interpretação restritiva das liberalidades e renúncias - (art. 114 CC). - negócios jurídicos benéficos: negócios gratuitos. isto é, aquele onde um negociante faz algo em favor de outro. (não há contraprestação recíproca entre as partes). Obs: ônus e bônus. Ex: Maria (teve o ônus) doou uma casa para João (bônus de receber sem ganhar nada em troca). - renúncia: abdicar de um direito. - interpretam-se estritamente: se limita ao texto. Art. 423 CC. Quando houver no contrato de adesão cláusulas ambíguas ou contraditórias, dever- se-á adotar a interpretação mais favorável ao aderente. -> Enunciado 409 do CJF, segundo o qual: os negócios jurídicos devem ser interpretados não só conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração, mas também de acordo com as práticas habitualmente adotadas entre as partes.