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AOP 2 - Psicologia e Saúde Anny Caroline Pereira Thomasi a) o modelo biomédico (1,0) O Modelo biomédico de medicina tem sido em torno desde meados do século XIX, como o modelo predominante usado por médicos no diagnóstico de doenças. De acordo com o modelo biomédico, a saúde constitui a liberdade de doença, dor, ou defeito, o que torna a condição humana normal "saudável". O Modelo Biomédico se estabelece como saber determinante das práticas de saúde. Com base nessa perspectiva, acreditava-se que as doenças eram causadas somente por fatores externos ao corpo (micro-organismos) ou por alterações físicas internas involuntárias (predisposição genética), de modo que o indivíduo doente era considerado vítima passiva desses fatores etiológicos. Cabia aos médicos a busca da cura, através de vacinas, cirurgias ou medicação, com o objetivo de mudar no corpo o que tornava o sujeito doente. Além de ser um campo exclusivamente médico, as práticas da biomedicina tradicional eram orientadas pelas doenças, não havendo espaço para a promoção da saúde, e não envolviam o sujeito doente no processo de cura. b) a superação do modelo biomédico (1,0) A tentativa de superação do modelo biomédico cartesiano é de relevante importância para trazer luz a novas maneiras de entender e enxergar a saúde. Consequentemente surge daí uma nova perspectiva de cuidado. Dar conta das dimensões social, psíquica e biológica requer novas estratégias que envolvem não esperar o adoecimento. A OMS fomentou discussões no mundo que atuassem em outros registros, nos campos da prevenção das doenças e, posteriormente, também na promoção, com empoderamento inicial do usuário e, em seguida, também das comunidades. No Brasil a reforma sanitária que promoveu o nascimento de um Sistema Único de Saúde que buscou a conquista da identificação da saúde como um direito fundamental. A Política Nacional de Humanização – HumanizaSUS, também conhecida pela sigla PNH visa favorecer ações de humanização no âmbito da atenção e gestão da saúde no Brasil. Até hoje o modelo biomédico influencia na atenção à saúde, seja em consultórios médicos ou no SUS, sendo visto pela forma como o médico faz sua entrevista e observação clínica ao atender um paciente, focando principalmente nos seus sinais e sintomas com perguntas do tipo: O que você está sentindo? O que é importante, mas não determinante para o restabelecimento do paciente. Ao pensar desta forma, garante-se uma visão holística do sujeito em suas relações e em seu estado emocional, porém sem negar o biológico, onde a maioria das doenças se manifesta, até por que, como o nome diz é BIO (da biologia ou biológico), PSICO (de psicológico) e SOCIAL, ou seja, engloba todas as dimensões científicas inerentes ao homem. Norteando assim a atuação de políticas públicas ou não-governamentais que venham a sanar tal deficiência e melhorar a qualidade de vida dessas pessoas.
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