Buscar

Eletrolipólise - Assumpção et al - Modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas - Capítulo 9 - 2a edição - Fábio Borges

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

capítulo 9 Eletrolipólise 
(Eletrolipof ores e) 
Objetivos 
Pretendemos. com este ca-
pítulo. mostrar ao leitor as peculiari-
dades desta técnica, extremamente 
eficaz no tratamento. principalmen-
te, de adiposidades localizadas. 
mas Que tem sido empregada com 
base em uma série de informações 
desencontradas, veiculadas por em-
presas e profissionais de estética. 
Os relatos aQui descritos dão con-
ta da fisiologia do tecido adiposo. 
especificamente Quando localizado 
de forma inestética, assim como 
da lipodistrofia ginoide (celulite). 
tendo em vista serem estas duas 
af ecções as Que mais merecem 
destaque com relação às indica-
Ana Carolina Assumpçào 
Aline Souza 
Luana ~lá.ximo 
Marcela Cister Cardoso 
Fábio dos Santos Borges 
ções da eletrol1póllse Em seguida. 
abordamos os aspectos en-.01m1-
do o tratamento por meio da eletro-
lipohse. na Qual buscarTI{)s elucida! 
o mecanismo de ação da cooente 
no tecido adiposo e a tecnica ae 
aplicação. no 1ntu1to àe construir 
no fisioterapeuta ctermato-tunc10-
nal o conhecimento adequado para 
a utilização da eletrohpol1se de for-
ma eficaz em sua pratica clinica 
Por tim. mediante as indicações e 
à contraindicações determinamos 
as possibilidades e os limites desta 
técnica em algumas afecções na 
clínica dermato-tunc1ona1 
o início da década d 
1980 e , na França, um 
grupo de m 'd• e ICOS 
na medicina esct~m1· eçou a utilizar, 
e 1ca e na 
lura, correntes 01 
. acupun-
lransculàneos sobre a área aletada. 
Enlrelanlo, a grande novidade dos 
métodos aluais consiste lanlo na 
forma de aplicar a correnle como 
em seu mecanismo biofísico de 
aluação. Hoje em dia, é realizado 
o tralamenlo da celulile e de adi-
posidades (principalmenle gordura 
localizada), mediante correnles 
aplicadas com eletrodos em forma 
de agulhas, inlroduzidas nas áreas 
de lratamento. 2 
para tratamentopde anz_ada~ ou mista 
lulite fibrót· ad1pos1dade, ce-
. ica ou nodular i 
Antenorment · 
sica . . e, na eletroterapia clás-
'd , ex~st,am tratamentos para obe-
s, ade a base d 
1
. e corrente galvânica 
ap 1cada co 
TECIDO ADIPOSO ■ 
O tecido adiposo é uma forma especiali-
zada de tecido conjuntivo, formado por células 
chamadas adipócitos. Podem ser encontrados 
de forma isolada ou em pequenos grupos, nas 
malhas de muitos tecidos conjuntivos, ou ainda 
agrupados em grandes áreas do corpo, como no 
tecido subcutâneo. 3•4•5 
Existem dois tipos de tecido adiposo iden-
tificáveis pela estrutura, localização, cor, função, 
inervação e vascularização de suas células, sendo 
classificados em tecido adiposo amarelo ( ou unilo-
cular) e tecido adiposo pardo (ou multilocular).
5
•
6 
O adipócito multilocular contém nume-
rosas mitocôndrias, especiais por não apresenta-
rem subunidades de membrana interna, ou seja, 
ª energia produzida por estas mitocôndrias se 
dissipa sob forma de calor, em vez de ficar arma-
zenada sob forma de adenosina trifosfato (ATP), 
como ocorre com o tecido unilocular.
6 Essa ca-
racterística conota a significativa importância da 
m grandes eletrodos 
gordura parda na regulação térmica dos huma-
nos recém-nascidos. 3 
Acrescentamos ainda que em humanos o teci-
do adiposo pardo está presente durante o desenvol-
vimento fetal, mas sua quantidade diminui a partir 
do nascimento, permanecendo, em adultos, apenas 
em torno dos rins, da aorta e nas regiões do pescoço 
e mediastino. Já o tecido adiposo amarelo persiste 
como tecido adiposo no adulto. 
3
•
5 Por essa razão, 
normalmente o objeto de tratamento é a gordura 
amarela, que constitui cerca de 20% do peso corpo-
ral total de um adulto com peso ideal, segundo os 
parâmetros de sexo, idade e altura relacionados pela 
Organização Mundial de Saúde (OMS).
6 
O corpo humano possui capacidade limi-
tada para armazenar carboidratos e proteínas, e a 
gordura contida no interior dos adipócitos repre-
senta o armazenamento de calorias nutricionais 
que excedem à utilização. Desta forma, o tecido 
adiposo representa um reservatório de energia, 
principalmente em períodos de jejum prolongado, 
proteção contra o frio ou quando o organismo está 
sujeito à atividade física intensa. 
3
.4·
5
·
7 
l">t m1.11\t- r, .111l·ion:1I 
Distribuição 
1 
1 11 ·ntc di -..trihuí -
A ~Mdu r,1 .un.1rl' .1 l' .11np .11 t . . 
- . '"'" ~ tJU,\l\tld:I · 
dJ no 1c..:1d1) -..uh.·u1.1m·,,. 11 1•1~ '1
11
• • · 
1 
1nfhtl'nci,1d:1., 
de. Jj'rt•,1•111.1 ll1h·n'11,·., , rq!Hlll, 
1
~ . . 
1 1 \ 1 t \
•I , de tcl°1do :1d1 
1•d(\ '-l' \ 1)l' pd., I\ ,\\ l ' . '-l''·'" 1( _ , l • 
t 1 
, 1 •t · r11111 \ 1d 1 ,,,lr l,11 11n:'.\ 
p1' ' '' l'l1l um til\ l \ h llO l \ \ ( ' ' 
h'-.''-"-h t.\ n,,, t· .1111b11·111.11 , . ~ç1hl,, o prin i.:i p,,1 Jl· ~---c ~ 
J ll\~l•, \J1) ,k __ ,,ll''l 1,1'-. • 
' 1 m 1nd1, hifü" bcin nutrido~. cs~l' tec ido 
ll'rma 111n..i , JtnJdJ 111.,1 '- ou menos ..:ontínua no 
;'-, 1dn '--,,n1u 1111, 11 ,oh ,1 pele, o panículo adiposo. 
11 , ,,,!,,fh .1m --·ntc. c,tJ ..:.11n,1da é conhecidJ i.:omo 
"''l'"'i, nlh' (l-1gura 9.1) htc pan1culo adiposo 
,u1' 11tJnl"-' d(u mul:-i aproximad.1 mcntc 50% da 
~' rJu1 .11,,1;)1 do organ,,mo. 
1 111 1 narH,J<., c, ... c panículn .,diposo tem es· 
J"·,,ur.l 11nilnrmc por toJo ..:orpo. Nos adultos, no 
, 11 1.,111,,. ele ~e tornJ 1i nn cm .ilgumas regiões, mas 
r<'' '"'" l' ,e c-,pc,,., cm (C rt J~ áreas de predileção. 
1 '"' ' ,iro, ,:10 J,krcntt·~ nos dois sexos e responsá-
H"1, plir .,lgum.1-- ,b!-. mJb ev identes diferenças nos 
, ( 1f'l1 C)!, do h<)mcm e d.1 mullwr, pois o tecido adipo-
'-<l mncieL, .1 .,upcrt ll 11.' corporal. \ ,11 Segundo Lofgren 
" 1 1.I ·' .l:- printip.11~ .in.•Js <l l' localização da gordura 
,uh(11 t.üw.1 ~10: 
• Hlllllé"n~ nuca. n.-gi.io acima da sétima vértebra 
ú.'niwl, ln..."3:i sulxutàneas que recobrem O del-
tuilk e O tn..'.cp~ região lombossacra e nádegas. 
• ,\h,uhl·r: mamas. nádegas, região epitrocante-
na.11..1 e n,l parte .liltt'rior da coxa 
Hipoderme , 
~..,,..,.- llr:rvo 
Ar téria 
Veia 
t 
·es relataram ainda que c~tas difcrcn -
Qs ,Iliº' · , , .
1 
icas referentes ao sexo permanecem 
-as c.:aractt:fl!'.1 , ~ . d'víduo apresenta acumulo de tec ido 
l uando o 111 
1 
l . , que homens obesos tendem a acumu. 
adiposo, clll . . . . , Jestc tecido, pnnc1palmente na região 
l.1r ('XCC~SO · . _ 
1 
. , 1 e mulheres nas regtoes gluteofemorai'i 
ah< o1111n,1 ' ' . . Além desse deposito de gordura superficial, 
1 
, de ,,ct'unulo cm ambos os sexos, no omen 
14' gr.111 • ' -
Cllle
, 
1
.
1
· 
0 
e na área retroperitoneal. Todas es 
to, 111es -
.... , e·,s cedem prontamente seus estoques lipídi -
s,1!'! .ir , - , , 
cos durante O jejum. Ha outras areas, contudo, que 
nào fornecem seus estoques tão prontamente, poi~ 
exercem função mecânica de suporte ou prote-
ção. Esse é O caso do tecido adiposo na órbita
, na\ 
articulações maiores, nas palmas das mãos e na" 
plantas dos pés. Essas áreas diminuem de tamanho 
somente depois de prolongadas estafas.
8 
Ross e RomrelP relataram que durante pe-
ríodos de reduzida ingestão calórica, quando 0 
tecido adiposo de outros locais fica desprovido de 
líquido, esse tecido adiposo que exerce funções me-
cânicas não diminui. 
Ademais, o tecido adiposo preenche espa-
ços entre outros tecidos e auxilia a manutenção de 
certos órgãos em suas posições normais. 
5 
Vascularização 
? te~ido adiposo amarelo apresenta septos 
de conJuntivo, que possui vasos e nervos. Desses 
sept?s partem fibras reticulares que vão sustentar 
as celulas adiposas.s 
A troca gasosa entre as células adiposas e a 
corrente sanguínea , . · . e mtensa, contribuindo para 
isso a nca vasculariza - d . 
que nesse ca çao o tecido conjuntivo, 
' so, ocorre at , d 
lobulares con· . raves as paredes inter-
Junt1vas 6 A 1 . adiposo nã · vascu anzação do tecido 
o parece ser m ·t b 
fato é quand m O a undante, mas de 
' 0 se conside de citoplasma f . ra ª pequena quantidade 
unc1onante A l -
pilar sanguíne / 
1 
· re açao volume de ca-
ovo ume d . l 
da no tecido ad· e citop asma é mais eleva-
, •poso do q , que e muito va 
1 
. ue no musculo estriado, 
seu anzado.s 
Caract , · erist1cas fisiológicas 
O tecid d' sid O ª iposo, po . erado metabolic r muito tempo, foi con· 
Ganongx 
I 
aniente inerte 11 N reatou qu . o entanto, 
e as cél I d u as este tecido não 
i,,oluta1nente inertes: sint t · 
-... , i,1 .1 • 
. . e iza111 ar , 
· Jur,1 a part 1r de h1d ratos de 
·l I\ amentc 
,•l•fl . . ca, 
)ono -
·1 ::- , itt' responsave1s pela estiin 1 
_ se sao al-
1111t l u a
çao 1 
1
• ,rro~.i. desempenhando itnpo 
t 
10rnional 
,· 11t . . 
r ante p 
Jtl·n,·,w do suprimento de en . 
apel na 
i\1 ·1 11 L _ , 
erg1a estáv 1 
s.1bi:-sc atu .. umente que a O d e 
· 
. . . bor ura é ar 
l 
•111 ~rande~ qu,mt1dad
es em d . . tnaze. 
11.1, ,l l • . . o
is tecidos . . 
J,1 l111!;u11srno: o tecido
 adiposo ., prmc1-
!.,11~ l -
e o hoado 
·i Jt1 .1diposo denominado depó . 
t> , sendo 
,11:, ' 
sito de gord i ' 
Como relatado, a gordura 
ura. · 
amarela co • 
111 ~r.ind
e órgão difuso e, por ser t· 
nst1tui 
u • . .• . 
a iva met b 
1 
. _1111cnte, esta envolv
ida, sobretud ª 
0 -
1, 
o na capta -
nlt'St' , armazenamento e mobiliºz 
. çao, 
·'1 
açao dos lip 'd· 
Il t'Lltn)S. Como resultado desta m
 bil· - I ios 
. , . o izaçao 
li í-
J ica. pode sei colocado a disposi
ç· P 
' . 
ao para células 
Jt' outras pai tes do corpo combu
st' 1 , 
. . . . . , . ive 
energetico 
p.ir.i suas c1t1v1dades fisiologicas.4.
s 
Assim, o adipócito possui co 
. . 
, . ~~m
~~ 
c,iractenst1ca o armazenamento
 de d 
. . gor u
ra por 
Jllt'io da dieta, disponibilizando-
a ao . organismo 
de forma modulada, e quando n
ecess , · e ' ano, 1orne-
cendo energia. u 
O tecido adiposo é constituído b
as· 1camente 
por lipídios que, segundo Derlim,
 14 contêm ou são 
derivados de ácidos graxos, e a p
rincipal maneira 
de armazená-los é sob a forma de 
triglicerídios. 
Cada triglicerídio é constituído p
or três mo-
léculas de ácido graxo esterificado
s em glicerol.4,s 
Os triglicerídios do tecido adipo
so estão em 
equilíbrio dinâmico devido à at
uação de hormô-
nios li políticos e lipogênicos.
4 Segundo Derlim, 
14 0 
metabolismo dos triglicerídios é e
stritamente con-
trolado por hormônios e cofatore
s necessários, e as 
estruturas responsáveis pelo con
trole das secreções 
hormonais são o sistema nervos
o e o hipotálamo. 
Mecanismo de síntese lipídica 
(l ipossíntese) 
O adipócito recebe os ácidos 
graxos dos 
triglicerídios, de quilomícrons (m
inúsculas gotículas 
de gordura com 1 mícron de diâm
etro) e de lipopro-
teínas de densidade muito baixa 
(VLDL - Very Low 
Density Lipoprotein), assim como p
odem ser forma-
dos ª partir da glicose pela síntese de ácidos 
graxos e 
nionoetilênicos ou de aminoácidos. O
s triglicerídios 
\inte ti zados a partir de quilomícr
ons e lipoproteí-
n3~ ~5° hidrolisados por um comp
lexo enzi mático 
Ele1rolipól~ (Eletrolipoforese ) 
chamado 1· . 
bum . tpaselipoproteica, em p
resença de al-
tna plasm · · 
adip , . atica. A albumina n
ão penetra no 
oc1to, enq , 
nas .1 1 
uanto os acidas graxos penetram
 
ce u as e . . sao convertidos em acetilcoa com
 o 
consumo d . 
, 
e adenosma trifosfato (ATP). Este
rifi-
cam.se o 1· 
1
. g icerolfosfato, sintetizado
 a partir da 
g 1cose. o , · d , . aci o fosfatid1co, formado desta manei-
ra, em seg ·d u1 a se transforma em diglicerídeo
 por 
perdª do fosfato, e mediante a adição do te
rceiro 
acetilcoa se conv t . 1· 
'd· A , er e em tng 1cen 10. smtese 
ocorre no retículo endoplasmático
 rugoso, e dali 
os trigl' 'd· , ICen 10s passam aos vacúolos
 de gordura. 
A smtese de triglicerídios a partir 
de glicose ou de 
aminoácidos acontece com a utili
zação de certos 
produtos do desdobramento da gl
icose e dos ami-
noácidos na matriz citoplasmátic
a, podendo ser 
convertido em ácidos graxos de ca
deia longa, que, 
como já explicado, são combinado
s com fosfato de 
glicerol, para se transformar em 
triglicerídios. A 
grande importância da glicose pa
ra formação dos 
triglicerídios se manifesta por su
a transformação 
em glicerolfosfato.4.s.14 
Mecanismo de degradação lipídica 
(lipólise) 
Em condições normais, a lípase 
de triglice-
rídios permanece inativa. Ela pr
ecisa ser ativada 
por meio de hormônios lipolítico
s, com seu recep-
tor específico na superfície celu
lar. Como resul-
tado, teremos a ativação da enz
ima adenilciclase 
que catalisa a transformação da 
adenosina trifos-
fato em adenosina monofosfato c
íclico intracelular 
(AMPc - nucleotídeo que atua 
como mensageiro 
químico para dizer à célula que 
ela foi estimulada 
por um hormônio). O funcionam
ento desse siste-
ma desdobra os triglicerídios na
 superfície da go-
tícula de gordura, e os ácidos gr
axos assim libera-
dos são metabolizados ou atrave
ssam a membrana 
celular do adipócito para entra
rem na circulação 
capilar; já na corrente sanguíne
a, eles se ligam à 
albumina sérica, que atua com
o carreador, e são 
transportados, desse modo, par
a as células que os 
utilizam.4·8·
9
·
14 
Estudo recente pesquisou as
 di ferenças 
na influência da obesidade com
 subsequente re -
dução de peso corporal na reg
ulação lip l)lit iCJ 
t' ntre homens e mulheres, 1.mde 
se conduiu que 
1 )\•1111:1l0-I ·unri<HUI 
Metabolismo 
l 1, t n~lil:'cndios do tecido adipos
o estão cm 
t'-lu1libnn d1~1.ünico. Sua decom
posição constitui 
um.1 l1pt1lt~t.> ou hidrólise cm glice
rol ou .kidos gra-
w .. , . . 1 qu,11 e c.,timulad .1 por diw
rsos hormônios 
~-nmn J~ catccolaminJs (,1drcnalin
a e noradrenalina) 
e o glucagon. entre outros. E,'{'s horm
ônios possuem 
11wçani~mo1- dl' ação di lc.rcndados
. Os hormônios de 
J\:ào dpida a fazem por meio do
 AMP cíclico; já os 
qlll' atuam Jc forma lenta, ml'dian
te a síntese protei-
c,1 (.1uml'11to d.1 quantidade de enz
ima lipolítica).
9 
Ro~~ l' Romrell' relataram que 
a mobiliza-
çfo dos lipídios é influenciada p
or fatores neurais 
l' hormonais, e _justificaram diz
endo que a nora-
dr~nali n,1 (libl'rada pd as extrem
idades das células 
nrn·osas do sistema nl' rvoso sim
pàtico) inicia uma 
sair de passos metabólicos que
 levam à ativação 
da lip:ise. Esta enzima divide os 
triglicerídios que 
constituem 90°0 dos lipídios exi
stentes nas gotas 
de gordura: esta atividade enzim
ática é o primeiro 
passo na mobilização lipídica e su
a regulação neu-
r:tl é particularmente importante 
durante períodos 
de jejum e exposição a frio intens
o. 
A enzima lípase sensível a horm
ônio é ati-
\·ada pela adenilciclase, quando 
o tecido adiposo 
é esti mulado pela noradrenalina
. Este mediador 
qu1 mico é liberado pelas termi
nações pós-gan-
glionares dos nervos simpáticos 
do tecido adipo-
so. l 'ma vez at ivada, a enzima 
hidrolisa inicial-
me_nte o~ tri~licerídios superfic
iais da gotícula 
lip1d1ca. Os aci dos graxos, quas
e insolúveis no 
pla~ma , ligam-se a moléculas de
 alb . _ umma e sao 
t~an:.p_o_rtado~ para outros tecido
s, nos quais se-
rao ut1lt zados como fonte de ene
rgia O 1· I 
. 
1 
, 
1 
• g 1cero , 
mui to so uve no pl asma, é capta
do pelo fí ado 
reaproveitado. 5 
g e 
, Derlim ,_, informou que a en
zima acilglicerol 
hpase hormonossensível é controla
da por um meca-
1.
 lo 1
,<lí A~ IP (1diú) (:\ ,\I P( ). Dtns 
11j,(ll<l (lll't l ,ll 
• , OlJ . 
· . . . ·nt:io. 1-;.1pidanwnll· c
omplt't,un ,1 hid" 
t r.1~ hpa~L ~- L . . . . . 
, . • ,1-
. _ ,ci L' di;Kilgh1.-em1~. li
bt:r.rndo ,Ktdos .,1 .. 
li sc do~ 11101 ~ . 
. . :.- ,l -
. . 1, . 111 
(JH) l)U,il se hg,1111 a aJbumm,1 se
ric:i) 
:\ll~ Jl () J' ,l~I • 
. 
Influência llormonal na regulação do 
metabolismo do tecido adiposo 
Como dito anteriornwntc. os
 tr igliccridios 
do tt·ddo adiposo se encontra
m cm equil íbrio di-
• • .0 
de,·ido .\ atuação de hormônio
s lipnliticth 
ll.ll111l 
· 
e lipogênicos. 
_ 
Os hormônios que atuam de to
rma lipnl i-
. __ -.; 0 
as catecolaminas(adrenalina 
e norad r<' -
llL,l s,, ' ' 
nalina) produzidas pela med
ula da suprarrenal. 
na qual a adrenalina atua pro
movendo o desdo-
bramento e a mobilização da g
ordura armazen::i,b 
e a noradrenalina é o neurotran
smissor liberado 
nos terminais associados aos 
adipócitos de fibra~ 
pós-ganglionares do sistema 
nervoso simpáti rn. 
ou seja, os dois tipos de catec
olaminas possuem 
0 mesmo efeito 
no tecido adiposo. Tan1bém p
os-
suem ação lipolítica os hormôn
ios do crescimento 
(ACTH), hormônios sexuais, 
como o estrogêni o. 
que mostram grande influênci
a na predileção do 
local de acúmulo adipocitário, 
o glucagon, os hor-
mônios tireoidianos e o hormô
nio de estimulaçào 
da tiroide. 
Os mecanismos de ação dos h
ormônios so-
bre a lipólise pela via de AMP
c são similares, at~ 
onde se conhece, ao fenômeno
 da glicogenólise. ~ 
O hormônio insulina, produzi
do pelo pân-
creas, promove várias reações 
nos adipócitos que 
permitem que eles sintetizem 
e armazenem mais 
lipídios. Estas reações incluem:
 
• Captação acelerada da glicos
e. 
• A conversão aumentada da 
glicose em trigli -
cerídios. 
• Uma atividade aumentada d
a lípase lipopro· 
teica, que leva a uma transferê
ncia aumenta-
da intracelular dos ácidos grax
os de quilomí-
crons e de lipídios de lipoprote
ínas. 
Além disso, a insulina retarda a
 mobilização 
de lipídios p d' · · , or 1m111uir a ação de enzi
mas que 
promovem O desdobramento d
os mesmos. 1 
/ /,,, 
Influência do sistema nervos - d t b o na 
regulaçao o me a oi ismo do teci 
adiposo do 
o tecido adiposo é rica 111 . 
, 1 · ente I nervad 
1 
libras pos-gang 1onares do sist o pe-
as . , . · , ema nervo 
, omo s1mpat1co, que sccretan so au-
1011 . 
1 noradren 1. , se mostra partJCularmente . a ina, 
que , . . importante 
,riodos de JeJum. Contudo, acred·t nos pt 1 a-se qu 
. ,-.1 a forma pela qual o sistema ne 
e essa 
~t)' - , . rvoso contr 1 
obilizaçao dos acidas graxos pois 
O a a 
111 , . ' a noradren 1 · 
.1 ativa a hpase do tecido adiposo 
ª 1-
Jl, < • , • d . . , aumentando a 
tJ-Xa de l11drohse e tnghcerídios.s, 11 
Hipotálamo 
O hipotálamo controla e co d • or ena todo 
sistema nervoso autonomo periférico A . _ • estimu-
lação da porçao rostral (anterior) leva a o aumen-
to da atividade pa~as_simpática (trofotrópica), 
manifestado pela d1mmuição do metabolismo 
basal e da secreção de adrenalina, entre outros 
efeitos. A estimulação da porção basal (caudal) 
resulta em aumento da atividade simpática (er-
gotrópica), e se caracteriza pelo aumento da pro-
dução de adrenalina, hiperglicemia e retenção 
urinária, entre outros. 1
2
•
15 
A estimulação simpática obriga a medula 
suprarrenal a produzir adrenalina e noradrenali-
na. Estes hormônios penetram na corrente sanguí-
nea, aumentando os efeitos do sistema simpático. 
15 
Segundo Guyton e Hall,1
2 a estimulação de 
certas áreas do hipotálamo faz que a glândula hi-
pófise anterior secrete seus hormônios endócri-
nos que, por sua vez, controlam outras funções 
corporais. Os autores relataram ainda outros efei-
tos importantes: 
• Controle da secreção do hormônio do cresci-
mento (ACTH). . 
• Controle da secreção pelas glândulas adre~ai_s. 
d h • · o tireo1dia-• Controle da secreção o ormom 
no pela glândula da tireoide, e, portanto, 
0 
d tabolismo do controle da grande parte o me 
corpo. 
d I sist
ema nervo-
As estruturas inerva as pe O . 
, . ossuem merva-
so autônomo (SNA), a princ1pw, P 
Eletroli11ólise (Eletrolipolorese) 
Çào simpática e . , . 
altern d parass1mpat1ca. Eles, porém, agem 
ª arnente d i ativan 
1 
. e orma antagônica, trabalhando 
' e O e inibi d d . n ° etermmadas funções. 
O SN 
rent A apresenta diferenças químicas refe-
es aos ne 
d b urotransmissores liberados no nível 
os otões t · • ermma1s dos neurônios pós-ganglio-
nares; assim , . . , . 
1.6 ' 
0 pos-ganghonar parass1mpat1Co 
1 era acerl 1· 
d. . 
1 ço ma e o pós-ganglionar simpático 
1spon1bi)· tza noradrenalina (neurotransmissor). 
A adrenal· · · ma consiste em um hormônio secretado 
p~la medula suprarrenal. Já os neurônios pré-gan-
gh_o_nares dos sistemas simpático e parassimpático 
utilizam o mesmo neurotransmissor que é a acetil-
colina, Outra diferença importante consiste em um 
neurônio pré-ganglionar simpático que estabelece 
sinapse com um número grande de neurônios 
pós-ganglionares, enquanto os neurônios pré-
-ganglionares parassimpáticos o fazem em núme-
ro reduzido. Essa situação permite que o sistema 
simpático atue mais difusamente que o parassim-
pático, ou seja, a estimulação do simpático terá 
efeitos mais extensos no corpo. 16 
LIPODISTROFIA GINOIDE 
(LDG) ■ 
Também conhecida popularmente como 
celulite, é uma afecção que atinge a maioria das 
mulheres (mais de 95%). Constitui, portanto, um 
motivo de consulta bastante frequente a profissio-
nais da área de estética. ~uas consequências físicas, 
psicológicas e sobretudo estéticas não devem ser 
desprezadas.11.i7 
Além de ser desagradável aos olhos e, às 
vezes, provocar problemas álgicos nas zonas aco-
metidas, a celulite pode atrapalhar o dia a dia em 
determinadas atividades tais como a caminhada, a 
corrida, subida ou descida de escadas, entre outras 
atividades físicas. 
Existem outros termos pelos quais a celulite 
também é designada: fibroedema geloide (FEG), 
aniculopatia edematofibroesclerótica (PEFE), 
p . l' 
lipodistrofia localizada, mesenqmmat~~e, ipoe~-
cierose, dermatopaniculose vasculopat1ca, pam-
culose.7, 11 Contudo, 0 uso do termo celulit~ rel~-
cionada à disfunção estética é incorreto, pois nao 
1 >r 11 11.11" 1 111 11 /, 111,11 
1 1 ,1 id1 1 l 
d11/ 11 r. /\ ., de 
/i. l 111 ·11h11111 ,1 111// ,1111 ,1~ dn '" 
' -. 
. f r 1:1se· é: consíderad;.i co
mo Lll'l " , 
• ,'-ícgr llH • ' . . 
. . . '« l ;J\t: 
1.11 ,·v·i Nela, a J
,l..itaçao ar tc:rinc·ip· t 
t•x ,,11L, • · 
' 1 ar 
li I 
l lt , l'"II ,1k1 ',ln li 111 
1w1111n .1, 1h'' 111 ,d, 111 1 
1 •11 '1' 1' ' 1 1 
1. 
(··icfa 1,ela c.,lé.1!>1.' 
acentua -se ~cnd . 
provo , • . . 
' · o 0 
1 I 1,h
11h'dl'lllil 1-(l' () f l . 
, 11/11 ll11ndi,11nl1,1 g111n 
11 • 1111 
.· 1,, ,·clt1far ,nv
adrdo por um comi)o l 
1,•1,. 1( " 
~ o 
·1 111,· 11odL' lll 11pn· 
l h li ,11111111 ·11111, /
1•11 •1 d 1
1 
• ,· 11 lflnlll'l'fl'
111 11 ' ·''' 
,,·111.11 11 1~ 11111 ,11' 11! ,h I.I , 
111·1' • 1 ' . 
1 1 
, ' I "( ' ,\ , ,r;\ lk,1 d,· (' Xl'I 
( 1.11 1111. ,lt" \ 111d,lí " ·' ( li" 11 ' 
l " 'º"· I'' •dr111 ih' •1, ,·1 , ,., id lv11.,. 1 . 
1 I· 
. I I 1 · " 'r I d111, ,1 
A /1pnd1 .\ l1t1l1.1 ~1110, e pm' . 
. 
l , f , ,1i,1d
fllL'cido '-ll ll · 
,(1111() 11111 ,I 11tlil1,,1,. () l( tlll, ( 
1 
• 1 I · 
111111n d ,1d1l 111.l11,·o. 11 ,ln 111ll,1111a
1órl,1, .,cgu1< a t l 
11nl1111 c11 1,1,.l,> d,t ,t1h.'lf ,\ 11 Li.1
 1ú11d;111w111al q11L', 
• hr:1 11111,1 rcaç;lo 
1nhltr.111d,1 .,,. 11,1, 1r,11t1,1., , lllO
l 
,,1i,,11i. ,1 ,,111_-L•..i rll\',l. 11,\ r,unb
ém u111 :111111c11fn 
1 1 1 'do · ·
ubcur ·1· 
n.1 c.,pf,.,1, r,1 ,· ro11 .,i .,1,' 11 l' ., t ll., 
t'C I •' s • 
1h'1h. ,11111H' lll11 d .1 scnsibilidndc
 e diminuiçfo de 
,11.1 ,11oh,lid.1dc pc)r meio de adc
rúJCia .,upcrficial 
e prol II nd.1. " 
F.\1slc .1i11d.1 uma alrcraçüo do
s diversos 
clc111c111 0_- dú rccidn conju111iv
0 .~ubcutüneo que 
ln·.1111 ,\ hipavi"wsidadc da s
ubstância funda-
111c111.tl ligada .\ c.,ra.,c capilow
nular e linfática. 
lk.'lc11cadci.1 -sc, ent .10, uma av
alanche de sinais 
.:om r rarn,fornia~·Jo do tecido a
diposo em tecido 
cd11lí1ico. E.,1ahdccl'-sc um ver
dadeiro círculo ví-
cios,). N.1 .rn~t'.•1Kia de toda interv
enção clínica, isso 
1r,1d111 um:1 dcsrnmpensaç.io his
t·oangiológica que 
C\'olui em quatro fases. 
11 
Segu ndo Guirro e Guirro,7 esta d
ivisão é fei-
1.1 dcl .,cguintl' maneira: 
de ,nucopolís!>ac:1rídcrn, e cletr
ólir o~. '/'ai <:x. 
!,ud;rlo di ssocia as fibras conju
ntivas e Pode 
L·xdtrir íl S terminaçúcs nervosa
s da região. 
• .1,_,,-cdrn ra.~e: e: c
onsiderada a fase nodular. 
/\pan.•i.:cm os (ibroblas tos, f~m1
ando um arca . 
bouçu fibro.~o que progressivam
ente transfor. 
ma-se cm colágeno. Esse tecido
 fibroso orig; . 
rléldO fora a compressüo de todos os elem
entos 
do tecido conjuntivo, artérias, v
eias e nervos. 
• Quarta fase: hél fibrose cica
tricial, atrófica e 
irreversível , e também retraçã
o esclerótica. 
As arteríolas são al'ingidas, o
correndo uma 
endoarterite e uma periarterite
, sendo os ner-
vos comprimidos pelo conjunto
 de fibroses. 
Esta compressão causará irrit
ação contínua 
nas terminações nervosas resu
ltando em do-
res à palpação. 
Fatores predisponentes, determinantes
 
e condicionantes 
Dentre os fatores predispon
entes para a 
incidência de celulite encontr
amos na literatura 
citações de que fatores genétic
os, etários, sexuais, 
hormonais, psicossomáticos, 
fumo, entre outros, 
teriam papel importante no q
uadro evolutivo da 
LDG. No entanto, destacamo
s os fatores obesi-
• Primeira fose: não é percebi
da pelo pacien-
rc; é uma fase breve, purament
e circulatória 
e de cstase venosa e linfütica
. Pode haver 
uma hipertrofia das células adi
posas devido 
ao acúmulo de lipídios. Ocorre 
diminuição 
na drenagem do líquido _interce
lular, ocasio-
nando o inundamento do tecido
. Essa é a fase 
congesriva simples. A continu
idade dessa 
congestão leva a uma compressã
o dos vasos 
mais importantes, que, não des
empenhando 
dade e distúrbios circulatório
s como aqueles que 
seriam influenciados pelos efe
itos terapêuticos da 
eletrolipólise. 
o ,cu papel normal, são obrigado
s a se dilatar 
dianre da dific uldade. A dilataç
ão e a disten-
:.ão da~ paredes da rede venosa a
umentam a 
, ua permeabilidade, o que result
a no escape 
para o tecido conjuntivo do lí
quido seroso, 
auml'ntando assim a pressão, a
 congestão e 
o :. fenômeno., de bloqueio. Entra
-se assim em 
11111 círculo viciow . 
• Obesidade: a compressão d
os vasos sanguí-
neos e linfáticos pelo aumen
to do tamanho 
e número dos ·adipócitos e as
 alterações nas 
j 
trocas com os interstícios inte
rferem enorme-
mente no processo, além do
 hiperinsulinis-
mo; '8 a celulite pode também
 resultar de um 
acúmulo de gorduras fora do 
comum, consti-
tuídas, essencialmente, por áci
dos graxos satu-
rados, às custas dos ácidos grax
os etilênicos.
7
·
13 
A eletrolipólise, ao diminuir a q
uantidade de 
gordura subcutânea no local da c
elulite, dimi· 
nui a "pressão" sobre os septos
 fibrosos, dimi· 
nu indo assim o aspecto dos "f
urinhos" na pele. 
◄ 
~ · ·l · ' '· . ·túrbt0S c1rcu atonos: insuficiên •. 
f)t~ eia veno-
• , v,,rizcs e edema linfático oferece .
 
!,'1, . , . 
m cond1-
- ,5 ótimas para o 1111
c10 da doenca 
~ot: ,-e ou atuam 
110 agravantes qua
ndo a LDG J·a' . 'º' , . , . e existe. o 
tlu:<º sangumeo e hnfat1co através do tecido 
diposo é inversam
ente proporcional . . 
3 . 
< a seu lll -
·r•• J11e11tO, ass11T1, fluxo lento leva à lt'po . '-- ... • genese 
e fluxo veloz, à lipólíse.' H A eletrolipólise esti-
,nula a circulação e drenagem local retardan-
do a evolução do quadro celulítico. 
Diagnóstico 
o diagnóstico da celulite é feito poi· . meio 
de uma anamnese completa que tem grande i
m-
f1ortãncia para a escolha e realização do tra
ta-
111tnto e um _exame ~ísico, composto por insp
e-
ç.io e palpaçao. Realiza-se também a perimetr
ia 
do segmento a ser tratado e mensuração de p
eso 
e altura.
11 
É importante pesquisar também a dieta ali-
mentar do indivíduo, a frequência com que prat
ica 
exercícios físicos e a eventual realização de tra
ta-
mentos anteriores para a LDG. 
Na inspeção, podemos observar na superfí-
cie da pele a presença de "furinhos", produzindo 
um 
aspecto similar ao de uma casca de laranja. Ou s
eja, 
uma pele com ondulações e depressões. A inspe
ção 
deve ser feita com o paciente na posição ortostáti
ca, 
porque o decúbito poderia mascarar o grau de a
co-
metimento dos tecidos. 
7 
A palpação deve ser feita por pinçamento, 
palpação profunda, pressão deslizante ou pal
pa-
ção deslizante com movimentos de rolamen
to. 
São realizados basicamente dois testes: 
• Teste da casca de laranja: deve ser feito d
a 
seguinte maneira: pressiona-se o tecido adi-
poso entre os dedos polegar e indicador ou 
entre as palmas das mãos, e a pele se parecerá 
com uma "casca de laranja", com aparência 
rugosa (Figura 9.2).7 -11.18 
• Teste de preensão: visa a detectar alteração da
 
sensibilidade dolorosa do tecido acometido 
pela celulite e é realizado da seguinte manei-
ra : faz-se a preensão da pele juntamente com 
a leia subcutânea entre os dedos, e promove-
se um movimento d;-tração {Figura 9.3).
7 
...... 
Além disso, quando se faz o rolamento en-
tre os dedos da região atirigida, podemos no
tar a 
J 
presença de nódulos muito duros, semelhan
tes a 
" - d h b " /. graos e c um o que são os nódulos do infil
tra-
do tecidual. 7 / 
Localizações da ½6G 
1 
As regiões afeitadas mais frequentemente 
são a porção superior da coxa, interna e exte
rna-
mente, a porção interna do joelho, região a
bdo-
minal, região glútea e porção superior dos br
aços 
anterior e posteriormente. 6 . 1 J . 14 . 19 
O acúmulo de gordura nestas regiões aumen-
ta após os 18 anos; pelo estímulo estrogênico,
 com 
o objetivo de armazenar energia para a gravide
z e a 
lactação, sendo também responsável pelo des
enho 
da silhueta feminina, determinando as difere
nças 
do contorno corporal entre os dois sexos_ 1x 
l 
1 k r111;1to-f-11nrional 
Formas clínicas 
A lipodi~troti;1 ginoidc pmk ~L·r dividida l'lll 
. 1 . . i· ll 'I ·1 ·0111l'll'lldO lllll 4uatro 11,rm.1s e 1111(,1~. l,H •' ui ' · L 
• · l . · . t . • rJ vl•·ndo t·unbé111 f'L' rhl L'Sl'l'í.'llh' l' l L' p,H. ll n o, t t , '" ' 
t. 11 h,1wr ., L' \'l)lu\·•in dl' u lll ~rupo parn ou 1 º· 
• Du1-;1: ()l'1llTL' cm pacientes jovens com ativida-
dl' li~k'., regular l' tt·cidos com boa tonicidade; 
0 ,bpL'(to de c1sG1 de laranja aparece ao belis-
(,lr ,l pck e não muda de acordo com a posição. 
• Fl.\cida: acomete pessoas sedentárias ou com 
antecedentes desportivos, sendo mais comum 
cm mulheres inativas que perderam peso ra-
pidamente; ocorre mais frequentemente após 
a terceira década, podendo representar a 
evolução da forma dura não tratada. Clinica-
mente, observa-se que a pele "sacode" com os 
movimentos e a aparência muda conforme a 
posição. Significa um colapso do sistema de 
sustentação conjuntivo por ruptura do ácido 
hialurónico e da flacidez muscular. A falta de 
sustentação no nível das fáscias musculares 
pode provocar refluxos e varicosidades. 
• Edema tosa: acomete mulheres jovens que to-
mam anticoncepcionais; também conhecida 
como "lipodistrofia com perna egípcia''. O si-
nal de casca de laranja é precoce com péssimo 
prognóstico quanto à reversão do processo. 
• Mista: é caracterizada quando temos a LDG 
dura nas coxas associado à flácida no abdômen; 
ou então muito dw-a na coxa, lateralmente, 
acompanhada da muito flácida, mediaimente. 
Classificação 
Podemos classificar a LDG em graus, de 
acordo com os aspectos clínicos e a fase evolutiva: 
• Grau 1: segundo Ulrich, 20 a celulite só é 
visível por meio da compressão do tecido 
entre o~ dedos ou da contração muscular 
voluntária (Figura 9.4) e não há alteração 
da sensibilidade à dor. Entretanto Curri1 1 
relatou que a paciente é assintomática, e 
não há nenhuma alteração clínica. Na ava-
liação histopatológica, pode haver aumento 
da espessura da camada areolar, aumento 
da permeabilidade capilar, quebra de adi-
pócito, micro-hemorragia diapedética, ec-
Figura 9.4 a-b Celulite grau 1, de acordo com Ulri ch .2º 
tasia capilar e microaneurisma fusiforme 
dentro das vênulas pós-capilares. 
• Grau 2: segundo Ulrich,20 as depressões são 
visíveis mesmo sem a compressão dos teci-
dos. Para Curri,21 a celulite só aparece depois 
da compressão de pele ou contração muscu-
lar (Figura 9.4), em quetambém há palidez, 
baixa temperatura e diminuição de elastici-
dade da pele; não há nenhuma alteração de 
alívio em repouso; histopatologicamente, há 
hiperplasia e hipertrofia de periadipócitos e 
dilatação capilar, micro-hemorragias e au-
mento da espessura da membrana capilar. 
• Grau 3: o acometimento tecidual pode ser 
observado quando o indivíduo estiver em 
qualquer posição. Tem aspecto de "saco de 
nozes". 211 A pele mostra-se acolchoada, pa-
recendo uma "casca de laranja", e são evi-
dentes em repouso; há sensação palpável de 
pequenas granulações em níveis profundos; 
há dor à palpação, diminuição da elasticida-
de, palidez e diminuição da temperatura d:i 
pdc.:': histopatologicamente 1 
,. 
çüo e rarefação do tecid '·ctlcl desassocia-
. 
0 go1 ur0 (d . 
ú neotonnaçào de fibras d 1
, so ev1do 
eco ªºeno) das por encapsulaçào d O , segui-
. , . e pequenas cole -de ad1poc1tos deoenerado e Çoes 
b e s, 1onnand . 
cronódulos; esclerose e e 1 
. 0 lll!-
. l g1ossa1nento d·1 camada mterna de pequena . , . < 
_ A 
s anenas; dila-
taçao de venulas e pequen·is ve· e 
• • e , ias; 1or111ação 
de nume10s0s m1croaneuris111
.
1 1 
• 
e S e 1e111or-
ragia dentro de tecidos gordur·osos· e . , neo101-
maçào com obliteração de capilúes entre a 
derme e o tecido subcutâneo, seguido por 
um aumento no volume dos micronódulos 
gordurosos; e esclerose com inclusão de adi-
pócitos dentro do tecido conjuntivo da der-
me profunda (Figura 9.5). 21 
• Grau 4: tem as mesmas características do 
grau 3 ·com nódulos mais palpáveis, visíveis 
e dolorosos, aderência nos níveis profundos 
e aparecimento de um ondulado óbvio na 
superfície de pele. Histopatologicamente, a 
estrutura lobular do tecido gorduroso desa-
parece e alguns nódulos são encapsulados 
através de tecido conjuntivo denso. Lipoes-
clerose difusa (seguida por alterações mic_ro-
. 1 , . . t tes) telangiectasias, c1rcu atonas impor an , , . 
microvarizes e varizes, e atrofia epidenmca 
completam o qua ro micros · d · cópico 
21 
gnóstico, a celu-Observação: Quanto ao pro . . • 
fib edema gelo1de mi-lite pode ser dividida em ro 1 
· de 
eia! ou leve (grupos I e II) e fibroedema ge o1 
avançado (grupos IlI e IV).
1
'·
19 
I Ji•lrolipoli,~ (1 :lelrolipofort,t' ) 
lRAlAM 
ENTO POR MEIO DE 
ELETROLIPÓLISE 
flor I •: . 
, . l lf1n1ç·io 1 . 
\Jca dl'stin • d· ' ' a t' t'lrolipólisl' é• urna léc -
. · '
1 •1 ao Ir· t 
,lcu,l\lJlo ck ·\ .. 1 ,1 anit•nto das adiposidades e 
r' · . 'Cll os gr·1x . 1 1· 12
,l -sl' PL'I . . 1. ~ ' · os oca 1zados. Caracte-.J a ,1p rcaç•~o d , 
cu.:' baixa fre , . ' t: urna corrente espl'cífica 
d. quenc1a ho r•d d 25 1reta1nent, , ' t: or e 1-lz) que atua t:non1veldo ·· d· 6 . acun1ulad . . . s a 1P c1tos e dos lipídios 
sua P . . ~S, p, oduzrndo lipólise e favorecendo Ostenor elim. . . 1" 
eletro1· 1• inaçao. e tambéll\ c
hamada de 1Po orese. 
Ern seu início a I t 1· . 
") . ' ' e e ro ipoforese se aplicava r or l\1e10 de el t d 
li d· e ro os em forma de finíssimas agu-1as, iret·11n t . I 
. . . ' en e 
1mp antadas no panícula adipo-so, reahzad·1 ap 
. ' ' enas por equipe médica. 22 Segundo Gu1rro e Guirro ; . d, . d 
, , a 111 ustna e equipamentos da area de estética •· I 1· e 
, c11ou a e etro 1po1orese com placas trans t • 
cu aneas na tentativa de ampliar o mercado 
de ve
nd
a. Entretanto, não encontramos estudos 
comprovando a eficácia da eletrolipólise com uso 
de eletrodos transcutâneos. 
Efeitos no organismo 
A aplicação com eletrodos em forma de 
agulhas, ligadas a uma corrente de baixa intensida-
de, cria um campo elétrico entre elas, promovendo 
uma modificação no meio intersticial, favorecen-
do as trocas metabólicas e, ainda, a lipólise.23 
De acordo com os relatos de alguns autores, 
os principais efeitos fisiológicos proporcionados 
pela eletrolipólise são: 
1. Efeito Joule: em virtude do efeito Joule, a cor-
rente elétrica, ao circular por um condutor, 
realiza wn trabalho que produziria certo tipo 
de "calor" ao atravessá-lo. O aumento de tem-
peratura produzido na eletrolipólise não atinge 
tecidos orgânicos, pois se trata de uma corrente 
com uma intensidade muito pequena, porém 
suficiente para contribuir para a instalação de 
uma vasodilatação com aumento de fluxo san-
, 1 al Dessa forma é estimulado o me-uumeo oc . . ) 
;abolismo celular local, estimulando a quei1~_1a 
de calorias e melhorando o trofismo celular.--
1 )~rn1:ilo-Fu11rio11:1I 
4. 
2. 
. . . . ldiçôcs normais, Ele ito eletrolitrco: c:m 1.or 
1 1
, . 1 • , 111 incr111dvd, se-
J . 
a mcmbr.111;1 cc: li ,11 l ~1.: r . 
. l . ,osiç·io iônica 
parando dois nw1os < e L OlllJ · • 
• · ·ltilar (detronega -
dilúcntes. o lllt'Hl 1ntraCL ' 
tiro) e P meio rxtracdul.1r (eletropositivo) . 
· , · , · llTClltC o campo elétrico gcr;1do por u;t,I u . , . _ 
n.1 clctrolipúlisl' indu7 o ,novimentll IOt.llLO 
· -1·1~ ··t ·c·i •s 11 ·1 polarrda-quc tr.1 7 ~-(, n~1go nwur IL, ~ L • 
de d.1 llh.' lllbr.rna celular. A célula tende a 
111 .rn tl'r ~cu pott'nci;tl clctrico de membnu~a 
nllrm.il , e c:s~a atividade consome energia 
110 nrn·I celular. 1
1 22 
Efi.>ito de 1..·~tímulo circulatório: o ligeiro 
.llllllt'rHo de temperatura que se instala no 
locd (efeito Joule) contribui, em parte, para 
,\ instauração de urna vasodilatação, pois a 
corrente atua com estímulo direto nas iner-
vações, promovendo uma ativação da micro-
circulação. Foi relatado 1·22 que a frequência 
de 25 Hz é mais eficaz para tratar alterações 
circulatórias e congestivas. A microestimu-
laçào elétrica ativa as fibras do tecido con-
juntivo subcutâneo, que favorecem também 
a drenagem linfática e sanguínea, provocan-
do uma melhora da qualidade e aspecto da 
peleY Silva I relatou que o estímulo circula-
tório produzido pela corrente elétrica tem 
grande importância na drenagem da área. 
Esse efeito, particularmente, é um dos que 
justifica o uso da eletrolipólise na fibroede-
mageloide. 
Efeito neuro-hormonal: quando se utiliza 
uma corrente específica de baixa frequência 
durante a eletrolipólise, produz-se uma esti-
mulação artificial do sistema nervoso simpá-
tico e, como consequência, ocorre a libera-
ção de catecolaminas com aumento do AMP 
cíclico intradipocitário e aumento da hidró-
lise dos triglicerídios. Trabalhos realizados 
com esta técnica 11 demonstraram a presen-
ça de quantidades significativas de glicerol 
na urina, horas subsequentes ao tratamento 
(sabe-se que, em condições basais, o glicerol 
não é detectado na urina). Segundo alguns 
autores,1,11 .22 esse fato indica ativação da li-
pólise que, produzida em conjunto, e como 
consequência de todos os efeitos menciona-
dos, ocorre também um aumento do catabo-
lismo local, que se traduz clinicamente em 
d ição do pan
ículo adiposo, desde 
urna re L a 
primeira sessão. 
Mecanismo de ação da corrente 
Segundo Zaragoza e Rodrigo,2 existe muita 
. bre qual o mecanismo de ação dessas 
discussao so . , . . 
, plicadas na eletrolipohse; amda que os 
correntes a 
I d S 
clínicos são, em geral, concordantes e 
resu ta o, . _ 
. si'tivos há pouca expenmentaçao básica 
muito po ' 
·ta definir claramente a sua forma de atua-
que perm1 
. 0 t dos
 os modos há, ao menos, dois efeitos cla-
çao. e o 
ramente envolvidos: 
• 0 estímulo circula
tório produzido pela cor-
rente elétrica tem grande importância na 
drenagem da área. 
• o estímulo da lipólise, direta ou indireta-
mente, pela excitação das terminações ner-
vosas simpáticas e liberação de catecolami -
nas (adrenalina e noradrenalina) que atuam 
sobre os receptores do adipócito e estimu-
lam a enzima que potencializa a lipólise dos 
triglicerídios em glicerol e ácidos graxos. 
Estudos histopatológicos vêm demons-
trando o efeito desse tipo de tratamento sobre os 
adipócitos ( diminuição no tamanho, alterações 
na forma e mudanças estruturais) que indicam a 
existência de uma base orgânica para os efeitos 
clínicos constatados.2
0Entretanto, Guirro e Guirro; 
relataram que os efeitos das correntes no organismo 
estão bem catalogados, porém, os textos que des-
crevem os tratamentos de eletrolipólise são pou-
co científicos e seus reais efeitos devem ser mais 
bem investigados. 
Técnica de aplicação 
Zaragoza e Rodrigo2 relataram que os ele-
trodos são agulhas de acupuntura de 15 cm de 
comprimento por 0,3 mm de diâmetro, de uso 
único. Silva
1 mencionou que as agulhas podem 
medir entre 4 cm, 5 cm, 7 cm e 12 cm, introduzi-
das em nível hipodérmico, utilizando-se uma dis-
tância de 4 cm entre elas. Parienti 11 sugeriu agu-
lhas de acupuntura, fabricadas em aço inoxidárel 
ou em prata d ' · , escartave1s, medindo de 0,25 mm 
L 
F. ura g 6 Modelos
 de agulhas de 7 5 crn e 3 ,g · · crn de 
comprimento com 0,30 mrn de espessura. 
O 3 111111 dt' diâmetro com comprim 
,1 , entos que va-
. 11 de I cm a 3 cm, ou de 10 cm a 12 r,:11 . cm. 
Vt'riflcamos que embora haJ·a d' . ivers1dade na 
dicaç;io dos tamanhos das agulhas 
,n . , quando uti-
1
· , .11110s agulhas maiores (a partir de 7 d ,7,, ~- . cm e com-
1
1ri1ncnto) (F1gu1 a 9.6) , conseguimos est · 1 1mu ar a 
. ,.1 .1 tratar com um menor número d 1 ,11 t, • . , e e etrodos. 
Onentamos tambem priorizar O d . . uso e agu-
llris de p1 ata em apa1 elhos de corrent , · · e continua 
{principalmente º ,s .que não possuem inversão de 
liohridade automat1ca) , pois os efeitos elet l' . ' ro 1t1Cos 
na estrutura da agulha não ocorrem ou se dão com 
nienor intensidade, trazendo, com isso, maior se-
gurança para os pacientes. 
Parienti 
11 
mencionou ainda que as agulhas 
mais grossas (0,30 mm) apresentam melhor efei-
10. Verificamos também que o uso das agulhas de 
maior diâmetro (a partir de 0,30 mm) possibilita 
mais facilidade na sua introdução, se comparadas 
com as agulhas mais finas (abaixo de 0,25 mm), 
principalmente nos casos de sequelas de gordura 
localizada em áreas que sofreram lipoaspiração e 
4ue hú presença de fibrose residual. 
A frequência de aplicação oscila normal-
ílll'nle entre 5 Hz e 50 Hz. 2 Parienti 11 informou que 
rs:ia frequência pode variar entre 5 Hz e 500 Hz. Em 
nossa prática clínica verificamos bastante eficácia 
com o uso de 25 Hz, tanto em aparelhos de cor-
rl' ntc contínua quanto de alternada. Em aparelhos 
l',n que havia ausência desse parâmetro utilizamos 
30 Hz, também com eficácia. 
A técnica consiste em colocar o paciente em 
posição cômoda, com a área de tratamento expos-
la, onde süo introduzidos pares de agulhas de forma 
Paralela no tecido adiposo, de maneira que a área ª 
!ratar liquc entre as agulhas (Figura 9.7). As agulhas 
~ão colocadas de modo que cubram toda a área a tra-
1Jr n d. • · 1tre as agulhas . · ,,ecomendamos que a 1stancia ei 
111111 tanll's da área tratada não ultrapasse 10 cm,ª ~m 
dl' n • - d . ·ente e os efeitos 
1lil' 11 ;10 haja dispersao a co11 
Elelmlipcí li ~e ([ lelrolipofnrl'~l') 
Figura 9.7a Posicionamento de agulhas em região glútea 
de forma paralela com 1 O cm de distância entre as agulhas. 
Figura 9.7b Posicionamento de agulhas na reg ião do 
cu lote de forma paralela com cerca de 1 O cm de distância 
entre as agulhas. 
t'º~'r'''~"11~,~: ... ,..;(•;·· s, . , ~; 
(J 
9f7 Cf' QÇ--6/P , 91v LI~ 
luuhm;1u11111 . 1, ,1 1 
........ ~----
, 1 ' el 
Figura 9.8 Posicionamento de agulhas de forma paralela 
com 5 cm de distância entre as agulhas. 
. • 11or-
( t ·111z ·11110!-, . . ' li .• . . . . •·. di1111nu1do. j' ·t :1n c 1a cstin1ulato ri o!> ~t:J,Ull . . . ·linic,1 '.í cn1 de< J~. - .. , p1~1(Jl.:1 ( nl:111nl'llll'. l ' lll Jlt)~~'. . 9 ~) 
li ·) (F1glJJ,I , 1 • t r, . ... , '" ' li ,.,~ ~ l'Jl ~ •• . "t-
f 
Figura 9.9 ln!roduçao da agulha sem uso de artefatos 
-.-.-.. -.-.. " ... , .. ·.·111o:•:•: ... •.•-•_.•.· ..... - . .. . . . -~ -.. ~ ... . . . 
~,gura 9.10 Tecnica de posicionamento verti cal da agulha. 
Encontramos, na prática clínica, uma \'ariedade de técnicas de introdução de agu-
lhas; profi ss ionais experientes introduzem as agulhas sem o uso de artefatos auxiliares para 
sua int rodução (Figura 9.9) . E alguns desses profi ss ionais também utilizam agulhas de me-
nor comprimento para a técnica de colocação 
t'crticn l da agulha , posicionando-a a 90° no 
panícu la adiposo durante a eletroestimulação (Figura 9.10). Não há relatos de estudos com -
parativos das técnicas usando a agulha a 90º ou paralela à pele apontando uma delas como sen-do a melhor. 
.Figura 9.11 a-b Introdução da agulha com o auxílio do 
tubo-guia. 
Para introdução das agulhas por profissio-nais pouco experientes, recomendamos introdu-zi-las utilizando o "tubo-guià', normalmente for-necido com as agulhas de acupuntura. A técnica consiste em pressionar o tubo guia na pele, para esticá-la, e dar um golpe rápido no topo da agulha (Figura 9 .11), inserindo-a perpendicularmente à superfície cutânea por cerca de menos de 1cm. A partir daí, indicamos inclinar a agulha na dire-
ção do tecido subcutâneo, introduzindo-a hori-zontalmente (Figura 9.12). Desse modo, buscamos proporcionar a interação da corrente com uma maior área de tecido adiposo. Embora não haja es-
tudos comparativos entre esta técnica e a técnica vertical (Figura 9.10) , optamos em nossa prática 
clínica por empregar somente a técnica horizon tn l por apresentar resultados satisfatórios ( as agu l lu~ 
Figura 9.12 a-b Colocação da agulha no tecido 
subcutâneo após introdução auxiliada pelo tubo-guia. 
podem ser introduzidas obliquamente, dependen
-
do da habilidade do operador) . 
Alguns profissionais, no momento de empur-
rar a agulha no tecido subcutâneo, após sua introdu
-
ção com o tubo-guia, optam por preguear a pele e
 o 
tecido subcutâneo, que apresenta mais firmeza par
a 
0 deslizamento da agulha ou quando a camada de
 
tecido adiposo é de pouca espessura (Figura 9. I J
 ), 
eSta última situação garante a introdução da agulh
a 
sem atingir o tecido muscular localizado abaixo d
a 
camada adiposa. 
Após a agulha ser introduzida, conectam-se 
os eletrodos tipo "jacaré" nos pares de agulhas co
r-
f(\po d · t · de acord
o 
11 entes à área que se dese)é:1 tra ai , 
co111 o canal de saída de corrente. Pode-se fixar 
os 
l'ietrn i , · s •\s agulhas,
 
e os com esparadrapo, prox11no ' __ ; 
Para qu ,. - h . . . do após sua colo<.aç,1
0, 
'- nao ªJª rncomo , 
l '.i l'lrnl1p11l1, l' ( l ·.h·l ro li p11 lor, •w ) 
j 
Figura 9 · 13 Pregueamenlo da pele para introdução da agulha. 
Figura 9.14a Agulha com eletrodo tipo "jacaré" sem fixação . 
Figura 9.14b Eletrodo posicionado corretamente com fixação
 
IJ rrrl/<1 11mt1<ífi:1l 
--------------------------------
r r,1 "'· ,1,-111l/i,1 , lcndrm ,J mud.-ir de po <; içao no te-
( 11/ 1 ,, m ·. 1r1,1dc· d,, rr,,u,,n,rnwnto cx<:rc. ídn pclm 
f 11 , ·, ,Jr, r·I, 1 ri ,d,, , // 1g1J r ,1 9 1 •I ) 
f'.ir.i ,1 rc.i/11.1<,,1 11 d,J tc1.. n1 1..a , ,1 .írca a tratar 
d, ,. < r,,r d1 n1Jd1 < dc, rn fc:r ada. (. 1mportanl l' 
f,1,nl,( Ili l)IJ(' ,J íll,lfh d,, r,ri; rador c<,tcja m de\ in -
f, r.,dJ, 1111 que n mc,mo fa çJ U'- CJ de luva'> C\térei'>. 
•• 1 l1 ~ 1Jr.i , .t( 1ma, podtmo<., ve rifi car a diver-
, ,d,uk de r.im<1nho, e quantidade de agulha<. neces-
.._,n,I\ num.1 dc1um 1nada terapia. ~a Figura 9. l Sa, 
n1 ,t.1mo , ,1uc, (()ffi uma agu lha de maior tamanho, 
rod<:mo, ,1hr,mgcr uma área maior de tecido ad ipo-
,, ,,1 f 1gurd 9 156, verificamo, também que deve-
rnrh <.:<, f,1r atcnto c, ao número de agu lhas necessárias 
rarJ cr,hnr com a rnrrcntc !()da uma área. 
:1d 
Frgura 9 1 Sa O tamanho da agulha pode determinar o 
'amanho da area a tratar numa única sessão. 
Figura 9.1 Sb Um número máxímo de agulhas pode 
Qítr2rit,r ô e~llmulaçao ~m toda árP,a de tratamento. 
() proCl:Wi é con\id c:radr) · · . 
. f . . invasivo alrado 
é.J e: l: ll o, ,1\tc:miu,\ por cau!>a d l , 
J 
O ongo tempo d 
, ura~•">: S(J minul<i1i i 1 S, , d . e 
. tgu n o Zaragoza e Rodri -
go,- a du ração da sessão gi ra em torno de 60 mi-nuto~. ~ão recomendamos o uso da ele tro li poli-,e 
abaixo de 40 minutos, Modesto et al.
24 compararam 
as aplicações de 30 minutos com outras de 60 mi-
nutos pela presença de corpos cetón icos na urina. 
Verificaram que com 60 minutos houve presença de 
corpos cetónicos em 60% das amostras, entretanto, 
com o tempo de 30 minutos não foram verifi cadas 
alterações na urina. Após a sessão, pode-se aplicar 
algum tratamento complementar como eletroesti-
mulação neuromuscular, drenagem linfática, car-
boxüerapia, ultrassom, estimulação de pontos de 
acupuntura etc. 
Para que o tratamento tenha maior resul-
tado, deve ser somado ao tratamento uma dieta 
hipocalórica e hidrosalina, controlada para fa-
vorecer a saída de água intracelular, assim como 
atividade física com características aeróbicas, pois 
a corrente elétrica, ao estimular a lipólise, fa z os 
trigl icerídios serem disponibilizados para consu-
mo, diante disso, se faz necessário que a ingestão 
calórica seja menor que o gasto energético diário, 
com isso, a área de gordura estimulada pela ele-
trolípólise será consumida prioritariamente se 0 
indivíduo tratado esti\·er em demanda energét ica 
(em dieta e/ou praticando atividade física aeró-
bica). Isso faz alguns não acreditarem na eficácia 
da eletrolipóHse, pois alegam que se o indivíduo 
fizer dieta e/ou atividade física ele emaorecerá 
de qu~lq_u~r t~rma, entretanto, ressaltamo: que a 
eletrolipohse e indicada para gordura localizada e 
que quando emagrecemos perdemos medidas de 
forma generalizada e que as gorduras localizadas 
embora diminuam, ainda permanecem evidentes, 
mesmo após perdas d . , ' e peso cons1deraveis; ressal-
tamo~, ain?ª· _que, quando se aplica a eletrolipólise 
assoc'.ada _ a dieta e/ou atividade física , a red ução 
de ~d1pos1dades localizadas se faz de forma muito 
m~1s_ evidente, podendo até haver alguma dim i-
nu1çao de peso. 
Quanto aos parâmetros exatos da intensida-
de de corrente depar 
. . ' amo-nos com algumas di wr-
genc1_as entre alguns autores. Segundo Zaraooz l e 
Rodngo 1 · ·d o • 
, . ' a mtens1 ade varia entre 2 mA e I O \ 
Ja Par e r II m .• . 
I n t sugeriu de 5 rnA a 40 rnA E 
Para Sori·a I " • ntrc
t.l ntL), 
no et a -- a c . . 
1· ·1· . . . orrente utilizada na c.'ktrl>-
1po ise e a rn1crocorrente . . 
praticada d . ' portanto a 111tens1d.ll.,t' 
evera estar abaixo de I m . .\ . 
r 
le 
5, 
·s, 
d-
se 
ão 
ito 
]]· 
. 10ssa pdtica c
línica, iniciamos a sessão 
l· Jll 1 . 
ido ,1 intensidade de corrente gr
adativa-
•111 ;11 d 1· . . ' 1 d 
. 
11 111
1' ·tindo o 11111ar suport,1ve o p
aciente. 
• , pai 
n1l•n1~· ,1 ,ilY rel
ataram que a intensidade deverú 
>(1rií1fll
1
1. t'l(fa cm função do umbral de sens
ibili-
, un1t'll , . 
. 
~l·r '1 dl' forlllª que nao resulte em do
r 111tensa na 
,I.Hll'- tr,itada. V,1le ressaltar que a pe
ssoa tratada 
,,,0,1 . . d " . , .
 . 
1H · • t·ir uma st'nsaçao e pico m
ax1mo nao 
\' no, 
,lc' . "l' L'SSl' serú ajustado segundo a
 tolerância 
l1)ro~0 ' 
Ji .· ,11te preocupand
o-se com a acomodação 
p:tl lt ' 
li() . . ltt ·tl Havendo a acomodação, a
 intensidade 
jJ\'ll ' ' 
1111 
.,' ·er c1UJ11entada quantas vezes forem
 neces-
J ·r,1,1 !I 
l \ • • Para Parienti,
11 é necessário que o paciente 
, ,111.I~- (( . d ,, 
. . 
·. . ·ensação de pICa as que cheg
am ao hm1te 
' ,1 n!,I ~ 
Jo desagradável, e, durante a sessão, 
é preciso au-
inentar progressivamente a intensidad
e da corren-
te durante o processo de acomodação
. 
Entretanto deve-se tomar cuidado 
ao au-
mentar a intensidade da corrente di
ante do pro-
cesso de acomodação quando forem
 utilizadas 
correntes contínuas (polarizadas), po
is vimos, na 
prática clínica, que agulhas foram q
uebradas no 
interior do panícula adiposo em v
irtude de ter 
ocorrido processo de oxidação das
 mesmas no 
polo positivo, quando a intensidade
 foi utilizada 
na faixa dos miliamperes. Fato esse 
que suscitou 
intervenção cirúrgica para retirada da
s agulhas. 
Algumas medidas podem ser tomad
as para 
evitar este processo de oxidação das
 agulhas nos 
aparelhos de corrente contínua. Reco
mendamos o 
uso de agulhas de prata, o uso do mo
do de inver-
são de polaridade automática (se hou
ver disponi-
bilidade técnica) para evitar o acúmu
lo de íons, e 
evitar o uso de miliamperagem, pref
erindo a ado-
ção de doses até, no máximo, 900 mic
roamperes. 
Baseado nestes conceitos, entendem
os que 
os autores que relataram o uso de in
tensidade na 
faixa dos miliamperes utilizaram corre
ntes alterna-
das, pois, caso usassem corrente cont
ínua, haveria 
grande risco de lesão pelos efeitos g
alvânicos da 
corrente contínua, assim como alteraçã
o na estrutu-
ra das agulhas (como citado acima). P
arienti, 11 por 
exemplo, relatou que fez uso de aparel
ho que forne-
cia corrente com pulso bifásico assimé
trico (Figura 
9.16) do tipo normalmente encontrad
o nos apare-
lhos de TENS (eletroestimulação trans
cutânea). 
Diante disso, verificamos, em nossa 
prática 
clínica, que o estímulo proporcionad
o por apare-
lhos de TENS ou com forma de onda
 semelhante 
Ell'lrolip61i~e (Elctrolipofort~) 
conseguiu reproduzir os mesmos efe
itos fisiológi-
cos cm fezes e urina obtidos com o 
uso de apare-
lhos clássicos de eletrolipólise, assim 
como intensa 
redução do panlculo adiposo locali
zado. Alguns 
autores25 ·2r,.n relataram ter obtido boa
 resposta com 
o uso do TENS na eletrolipólise. Re
comendamos 
os seguintes parâmetros de modula
ção do TENS 
para eletrolipólise: modo normal, f
requência de 
25 Hz, tempo (largura) de pulso de
 300 micros-
segundos, tempo de aplicação de 60
 minutos e in-
tensidade máxima tolerada. 
As sessões podem ser semanais, e, p
ara que 
haja resultados, deve ocorrer um m
ínimo de seis 
sessões, podendo o tratamento alc
ançar até dez 
sessões, devendo-se levar em conta 
que os efeitos 
se prolongam durante umas semana
s a mais, sen-
do que, para julgar os resultados, de
ve-se esperar 
até 45 dias após o fim do tratamen
to. 2 Parienti 
11 
sugeriu uma aplicação por semana,
 e, segundo o 
autor, os resultados tornam-se mais
 significativos 
após a terceira sessão. Em nossa prát
ica clínica, ve-
rificamos maior eficácia quando uti
lizamos a ele-
trolipólise duas vezes por semana. 
~1 !~ 
0,52 ms 0,8 ms .___. 
- 50 V 140 µs 
- 100 V 80 s 
- 340 V 
80 µs 
Figura 9.16 Forma de onda bifásica assimét
rica usada em 
eletrolipólise. 
Na aplicação com agulhas, estas dev
erão ser 
de boa qualidade, estéreis, mantend
o-se em todo 
momento medidas de assepsia ( d
esinfetando a 
pele a ser tratada). Embora não se
ja recomenda-
do, quando se utiliza corrente alte
rnada algumas 
Dermato-Funcional 
agulhas podem ser esterilizadas e reutilizadas para 
· ·t plicações 1·22 o mesmo paciente por seis a 01 o a · 
Entretanto, quando a corrente utilizada for pola-
rizada, pode ocorrer oxidação das agulhas no polo 
positivo, inviabilizando a sua reutilização. 
. Quando há o aparecimento de dor durante 
a introdução da agulha, significa que ela está mal 
posicionada ao entrar em contato com as aponeu-
roses da pele, que são estruturas ricamente iner-
vadas, ou atingiu vasos ou nervos subcutâneos. 
As agulhas devem ser introduzidas sobre o tecido 
cutâneo, no nível do panículo adiposo.22 
Não deve ocorrer nenhum sangramento e 
nenhuma dor deve ser manifestada. Esses fatos 
garantem a implantação correta da agulha no te-
cido adiposo. 11 
Durante o tratamento, é normal a percep-
ção, por parte da paciente, de uma mudança no 
aspecto da urina, que pode apresentar-se com tra-
ços de "gordura': representada por uma mancha 
oleosa superficial, de aspecto espelhado. A uri-
na pode parecer, ainda, mais fétida (aumento da 
presença de corpos cetônicos) e turva, há ainda 
aumento da frequência de micção. Pode ocorrer 
também mudança no aspecto das fezes, que ficam 
mais pastosas e gordurosas, podendo ocorrer até 
grande desarranjo intestinal e,ainda, flatulência. 
No campo das repercussões sistêmicas, Paula et 
aL 28 não verificaram diferenças significativas nas 
concentrações séricas do perfil lipídico ( colesterol 
total, HDL-C, LDL-C e triglicérides). As concen-
trações séricas de glicerol no sangue apresentaram 
redução significativa. Barros et al. 30 não verifica-
ram alteração no grau de deposição de gordura no 
fígado após o tratamento com eletrolipólise. 
Em nossa prática clínica com o uso de apa-
relho com corrente contínua pulsada (pulso re-
tangular), com inversão de polaridade a cada dois 
segundos, que emitia uma corrente portadora de 
2.~00 Hz modulada em 30 Hz, aplicada na região 
glutea, venficamos resultados inferiores aos obti-
dos com aparelhos que utilizam somente uma cor-rente de baixa frequência no tocante à d . . . _ 
d , ' 11n10u1çao a espessura do pan1culo adiposo E 
1 · sses resu ta-doc; foram verificados através de exa 
1 . me u trasso-nografico, onde ficou evidenciado u d. · · - ma pequena 1mmu1 çao de cerca de 6 mm 8 . . - ª mm, diferença ec-, c;a que nao fi cou evidenciada na a , 1 · , . 
região tratada das pacientes. na isc vi sual da 
Verificamos que alguns profiss ionais se 
· de na-0 conseguirem bons resultados com queixam 
a eletrolipólise, identificamos alguns erros meto-
dológicos que podem ocorrer na prática clínica e 
que poderiam justificar esse insucesso: 
• Agulhas introduzidas de forma não paralela 
(isso faz a concentração de corrente ocorrer 
de forma heterogênea, se concentram mais 
onde as agulhas estão mais próximas umas 
das outras). 
• Tempo de aplicação menor que 40 minutos. 
• Pouca intensidade de corrente utilizada. 
• Ausência de dieta e/ou atividade física (inges-
ta calórica acima do necessário para as ativi-
dades diárias). 
• Agulha introduzida de forma superficial no 
tratamento de gordura localizada ( quando 
pressionamos levemente o dedo na pele sen-
timos a agulha). 
INDICAÇÕES ■ 
As principais indicações da eletrolipól ise 
estão no tratamento de gordura localizada (Figura 
9.17), lipodistrofia ginoide (Figu ras l 8a-c) e lipo -
distrofia localizada. Há também indicação na pós-
lipoaspiração, como complemento da cirurgia. 
Podemos ainda utilizar a eletrolipólise para dimi -
nuição do perímetro em abdômen, coxa e quadril. 
Po~e haver também discreta perda de peso, 
melhora circulatória local e melhora da troficidade 
da pele da área tratada. 
.se 7 
H 
' 
AgUll 9.19 1\ l) 1111,ltJtllll dtl dl ll\l~ tl dll 'ltll~ tltl 11111 1111 1 1 1 ' 1 .ll l llll l ll ( ti l'll (lllt 'I I ti I Ili) ' ' fl1ílllllt'dli,,1d,1s 18 $tl~Sút.l$ llll ulutinl lpnli su 
1
,
111 1
• ' ' · ' t o.1~ pi1,1ç,1u 11,11 u11ltiu tlu ll,111 cn dl1ull(l, n1Hlt• 
, , 11,11 1.1u1:011tu11u :: Nul,11 wl1111H1 tl:1 sl 111ul1l,1 (aHp111,il dpn~ o l1iil,111Hll 1lo 
~ ' ' 1 
I ' ' J, I 
Figura 9.20 a-b Resultado de 1 o sessões de lratamento de gordura localizada abdominal co 111 uso de clcl1ol 1póliso assoc iacl 1 d 
eletroestirnulaçao com corrente russa. 
Figura 9 20 c--d Aesu laôo de 10 ses.sões de tr~en:o de goíCura toca iá::2 2)1'.:!:-'.:-:é :.:m l!5D ~ e ~o:~ ise ~G:·2== 
çao com corrente russa. 
Figura 9.21 a-b Resultado de 10 sessões de tratamento de gordura localizada em flancos com uso de eletrolipólise realizada 
com TENS 
Paríenti 11 acrescentou ainda o uso da eletro-
lipóli se nas compl icações de "placas onduladas" 
após a lipoaspi ração e na ptose abdominal e das 
nádegas. Garcia et al.29 verificaram diminuição de 
gordura localizada em flanco pós-lipoaspiração 
com o uso de microcorrentes (Figura 9.19). Bigi et 
al .27 associaram a eletrolípólise com a corren te rus-
sa e obti veram ótimos resultados no tratamento dr 
gordura localizada abdominal (Figura 9.20). 
r ~ 
/ -
•' 
n.1.1 111 
-.r-. 
o- a 
Frq 12.0 MHz 
º" 14 EIA 1113 
.... o.o 
D l.Dc■ 
011 71 
2JA Fll 2SHr o • .,. 
., :,t ., ~ · - - ,CRISTA ,_ 
..,.. >-. LIACA 
:~ .. ' ' DIREITA 
CORTI: CORONAL 
ORTOSTASE 
■11.1' n.o.o 12L 
•m• 
0-9 
Frq 12.G MH . º" 44 
- 1,,,,-.41 
CORTE CORONAL 
ORTOSTASE 
Flt- troliróli ,l' ( Elct roliroforc,c) 
.. '-l 111• ... 111 ._r._ 
o- li 
Frw !UI 
e,, r• 
E A Of.J 
MU O.O 
e roca 
OR 71 
jFR Z!HI 
2 AO U \ 
CRISTA ,-
1.JACA 
ESQlERD.A 
■1.115 llllJI 12\ 
~ -0-9 
Frw 120 IIH1 
GIi u 
EIA 0t.1 
· MuD,U 
1 D 7.0 cm DR 75 2 FR !l!Hz - AO '7i 'I " .-,,. · .. -~ ,:_.~~~== . . : -:--: __.---: . 
EA 0.J 
MD O.O 
O 7DCJ:J 
011 75 
;:11 55 HJ 
2- AO 75 '\ 
. ~..-/ 
CRISTA -.,__ .._ · ... ..:: ., 
ILIACA ~ f' 
DIREITA - -
CORTE CORONAL 
ORTOSTASE 
CRISTA 
ILIACA 
ESQUERDA 
Figura 9.22 Exame ultrasonografico mostrando resultado de 1 O sessões de tratamento de gordura localizada em flancos com 
uso de eletrolipólise realizada com TENS. 
Luz et al. 26 verificaram, por meio de fotografias 
e exame ultrassonográfico, boa resposta terapêutica 
nos flancos em sequela de abdominoplastia (Figura 
9.21 e 9.22). 
CONTRAINDICAÇÕES ■ 
Segundo Soriano et al. ,22 não existe ne-
nhuma região do corpo em que o método esteja 
co ntraindicado, sempre e quando a indicação 
seja correta. 
Alguns autores 1·11 ·22 descreveram algumas 
contraindicações para eletrolipólise. Entretanto 
veri licamos que algumas delas reterem-se muito 
nia is a uma atitude cautelosa em relação à eletrote-
rapia co111 0 um todo do que especificamente à téc-
ni ca de l'lctrolipólise, por exemplo: em pacientes 
que apreSt'ntem trc1115tonws cardíacos (alteração 
do ritmo e d,1 condu\)O; insuficiência cardíaca ) e 
portadnres de 111c1rt"11-pL15SO e rnrdiopatias t"onge.,t i-
11as (neste c1so. ,,creditamos que se o estimulo ele-
trico fosse aplicado próximo ,\ área cardíaca tal vcz 
se justificasse L1l contraindicaç:W, mas isso nor-
malmente não ocorre em virtude da localização 
das regiões normalmente tratadas pda elet rolipó-
lise); na gr,widez, em qualquer idade ges tacional, 
recomendamos evitar as úreas do abdómen e flan-
cos (principalmente nos três primeiros meses de 
gestaç:W pelo risco de algum tipo de influência na 
formaçào fetal); na tro111bose venosa profunda ou 
estado \IC 11 oso catc1strófico (acreditamos ser pouco 
provável que o estímulo da eletrolipóli se possa 
causar danos aos vasos comprometidos, pois, nor-
malmente, as agulhas estão colocadas no tt·cid11 
adiposo, ou seja, distantes dos rnsos cornp1\1 1111.·-
tidos); nos casos de neoplasias, contr.1i ndiL .t111 o, 
l)errn.'.lfo-funrio1ial 
1
, . estiver passando so· 
somente se o estírrrulo e etnco 
bre a área tumoral. · . .· am al011111as contrain· Os autores ainda l.Jtar t,· 
. 1 absolutas para a dicações que entendemos seren . . • . . , nicos ( ,nsufic1en-
eletrolipólise: pacientes renais c1 o . . . 
. l 'b .. - de glicerol na unna po-
da rc11al) , pms a I ei açao . . 
d . fi ·iológicas na est1 utw a deria ocasionar mu anças s . . . 
renal, prindpa!J11ente sobrecai:ga; uuhz~çao de me-
dic.unentos, como cvrticostero1des e ant1coagula~tes, 
pois em caso de sangramentos acid~ntais poden:11'.1 
ocorrer complicações; e nas alteraçoes dermatolog1-
(t1S na área a tratar ( dermatites, dermatoses, feridas, 
infüunações, eczemas etc.), pois poderiam apresentar 
irritaç;io à corrente elétrica. 
Possíveis complicações e/ou efeitos secun-
dários podem ocorrer com a implantação de agu-
lhas no panículo adiposo, sem normas de assepsia 
adequada. Podem aparecer também hematomas 
após o procedimento terapêutico, o que não trará 
complicações. No método de aplicação de agulhas 
superficiais, poderá ocorrer uma pequena auréola 
de eritema pela passagem de corrente na pele que 
desaparecerá por si só e sem tratamento em poucas 
horas. Há também a descrição do aparecimento de 
pequenos pontos necróticos superficiais no local 
de introdução da agulha. As causas que podem de-
terminar a aparição deste incidente não estão cla-
ras, entretanto, caso apareçam estes processos, sua 
cura ocorrerá sem maiores complicações. 22 
Parienti 11 mencionou que a técnica realiza-
da de forma inadequada pode levar a ocorrência 
de algunsincidentes: 
• O paciente sente dor no momento exato da 
implantação da agulha. 
• Surgem equimoses após a sessão, devido a 
pequenas veias superficiais que são picadas 
desa~trosamente ou, então, por um erro na 
marnpulação de implantação atingindo teci-
do muscular. 
• No final da sessão, a retirada da agulha 
sangramento. causa 
• Durante a -sessao, o paciente . 
leves contrações I queixa-se de 
museu ares N 
preciso verificar se as Ih . esse caso, é 
agu as nã t· • o plano muscular o a ingiram 
. Recomendamos que o r , 
za1 a eletrolipólise s01· . p ofissional que utili-1cite a p · ac1ente ( cliente) que 
de Consentimento Livre e Escl a-
assine um Termo · . LE) fim de evitar dissabores quanto 
rec1do (TC ª . . . . -. t, ações Judic1a1s por nao terem 
a reciamaçoes e a e . . . . d / ·entados quanto a smtomas tipo 
sido avisa os on . 
te Abaixo sugenmos um mode-dor, hematomas e · . , . 
lo de TCLE específico para a eletrohpohse. 
Nome 
TERMO DE CONSENTIMENTO 
LIVRE E ESCLARECIDO 
Endereço _____________ _ 
Telefone (res.) _____ (cel.) _____ _ 
Idade _RG CPF 
Declaro que o ( a) dr. ( dra). --------
----------
explicou-me e eu enten-
di 
O 
procedimento terapêutico, e quero me ~u~meter 
ao tratamento de eletrolipólise com os ob;etzvos de 
melhorar a minha silhueta corporal e estética. 
a) Descrição da técnica do procedimento: A 
técnica é destinada ao tratamento de gordura locali-
zada. Caracteriza-se pela aplicação de uma corren-
te elétrica terapêutica específica de baixa frequ ência 
que atuará a nível dos adipócitos, provocando a sua 
eliminação. 
Para esse procedimento, serão introduzidas 
agulhas de acupuntura descartáveis na gordura lo-
calizada do paciente, e, em seguida, o aparelho será 
ligado por cerca de 50 a 60 minutos. Nesse momento 
o paciente sente uma forte sensação de corrente elé-
trica passando internamente. 
b~ D~scrição do insucesso: o maior insucesso é 
a\º) p:o~na (o) paciente não aceitar as orientações 
~s10terap1cas como realizar dietas, exercícios físicos e 
as vezes, consultar um médico sefior ne , . ' . cessano. 
compli;) ~escnção de complicações: podem haver 
aço~s, e as mais frequentes podem ser: 
- Discretos equimoses/h 
aparecer nos locais de aplicação ;;atomlhas podem 
sa de pequenos _ agu a por cau-vaos sanguí 
podem ser per+urad I n_eos superficiais que 
r, P os. sso nao ca · • 1uncional (não h , . d . usa zmpotencia ª zmpe zmento p . . normais do dia d. ara as atividades 
d 
ª za e laborativa ) . esaparecem em d s e os sintomas cerca e uma d - p d a ua semanas 
0 em aparecer pequ · 
no local da agulh h enos marcas vermelhas 
a, c amadas hiper . parecem em pou h emza. Estas de.sa -
cas oras e não tr .,. 
- Pode haver a..,em problemas. 
retirada da agulha pequeno sangrnme11to mm ,1 
, que cessa {IO /' in1pa rnu>:, ..-c>m 
Ek1rulipofo,e (Elt!l ro
lipofon--"<·) 
, , -'i i,> .-0 ,11 ,ilcool e ll(
io tra- co 1 
. 
. ,. ,;._v •• 
.. lllf> icaçiio nc. 
' ,,,. ;. 
· ··• _ A•d,· hm·cr peq
ut'no dcsconrj· 
. 
orto d11ramc 
• , ,d111 ·11c> d,, i1gulha c:fou
 apliú1çà d 
REFERÊNCIAS ■ 
,i , ,.ri 
o a corrt'nte 1 • 
SILVA, M. T. Eletroterap
ia cm estética corporal
. 
. . ··n,·,1 . 
. , . d) f),-..,aiçâu da a
nestesia: nâo ha' 
. 
. . . 
· 11ecess1da-
. . J . 1111i;stt•.,1co. Caso 
se;a impossível a pJ
· . 
,;, ,., 
. . . 
a tcaçao 
1• i(1 d,1 alta s,m
s1btl1dade à dor. 0 1 
,· •/! r, _, . 
• rata111ento 
. . ,11 
,-, 111mii11d1cado. 
·'' D,·t·laro e confirm
o mais uma 11c- q ~ uc e11te11-
,; ·: , , 1d, 1., ,is explicações qu
e me foram forn ecida
s de 
, ,,.,11,1 âam e .ümples
, inclusive permit,·,,do
 q ' 
,, 
ue eu 
·,.,·,i/i:,1:-st· todas as perg
untas e fi zesse todas 
as ob-
,.•rT ,IÇÔó que achei perti
nente para entender 0 
.• . 
que 
(1,ww·â 1..'0mtgo nesse 
procedimento, não me
 .ficnn-
,JcJ dú1 1idas sobre a qua
l procedimento terapêu
tico 
,,·Tt·i submetida( o). 
Por esse consentimen
to confirmo que esto
u 
_.;ati.J•ita(o) com as i
nformações recebidas
 e que 
,w11pr1:e11do todos os r
iscos e benefícios deco
rrentes 
d,·ste tratamento, e po
r tais condições consi
nto que 
_.;,:ia realizado o tratam
ento da eletrolipólise. 
_____ __ _, _
__ ! ___ ! __ _ 
Nome/ identidade 
São Paulo: Robe, 1997
. p. 59-64. 
.!- ZARAGOZA
, J. R.; RODRIGO, P. Electr
oestética . 
3· 
Espanha: Nueva Estét
ica, 1995. p. 61- 7. 
Ross, M. H. e ROMREL
L. L. J. Histologia Texto 
e Atlas. 2. ed. São Pau
lo: Panamericana, I 9
93. 
p. 11 7-2 I. 
4· CORMACK, D. H
. Ham: Histologia. 9. 
ed. Rio 
de Janeiro: Guanabara
 Koogan, 1991. p.14-1
-48; 
477-78. 
5· JUNQUEIRA, L. C.;
 CAR:-.IEIRO, J. Histologia
 Bá-
sica. 9. ed. Rio de Janei
ro: Guanabara Kooga
n, 
1999. p. 169-170. 
6- KESSEL, R. G. 
Histologia lvfedica Bá
sica: A 
biologia das células, 
tecidos e órgãos. Rio
 de 
Janeiro: Guanabara K
oogan, 2001. 
7- G UIRRO, E. C. O.;
 GUIRRO, R. R J. Fisiotera
pia 
Dennato-Funcional: Fu
ndamentos. Recursos
 e 
Patologias. 3. ed. São Pa
ulo: Manole. 2002, p. 3
80. 
8- GANO~G, W F. 
Fisiologia Médica. 4. 
ed. São 
Paulo: Atheneu, 1983. 
p. 180-87. 
9- HoussAY, B. A. Fis
iologia Humana. 5. ed. 
Rio de 
Janeiro: Guanabara Ko
ogan, 1984. p. 346- 49
. 
10 - LoFGRE1', 
P. et ai. :VIajor Gende
r differences 
in the lipolytic capac
ity of abdominal sub
cu-
taneous fat cells in o
besity observed bef
ore 
and after long - term
 weight reduction. Jo
ur-
n11l of Clinicai Endo
crinology and Metab
o-
lism. 2002. 
l l · PARIENTI, l. J. }vle
dicina Estética. São P
aulo: 
12-
13-
Andrei, 2001. p. 39-4
9; 58-68. 
GuYTON, A. C.; HALL
, J. E. Tratado de Fisio-
logia Médica. 9. ed. Ri
o de Janeiro: Guanab
ara 
Koogan, I 997. p.693-
786. 
CARIEL, L. A celulite 
e seu tratamento méd
ico 
atual. Sào Paulo: And
rei, 1982. p. 30-5. 
14. D
ERLIM, T. M. Manual 
de Bioquímica com co
r-
relação clínica. Traduç
ão da 5. ed. an1erican
a. 
São Paulo: Edgar Blu
cher, 2003. p. 630-63
2. 
15 _ Duus
, P. Diagnóstico top
ogrâj,co em neu -
rologia: anatomia, fi
siologia , sinJis e sin
to -
mas. 4. ed. Rio de J
aneiro: Cult ura ~kd
i .. · .1 , 
1989. p. 18 7-193. 
J 6- 1Y[ACHADO, A. 
B. \L i\',·1 m Jc1rt1Hvm
1.i fun ,·1, , 
na/. Rio d~ Janeiro: 
.-\thcnt'u, 200~) . p l
 l :-,; . 
20; 197- 9.

Mais conteúdos dessa disciplina