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capítulo 9 Eletrolipólise (Eletrolipof ores e) Objetivos Pretendemos. com este ca- pítulo. mostrar ao leitor as peculiari- dades desta técnica, extremamente eficaz no tratamento. principalmen- te, de adiposidades localizadas. mas Que tem sido empregada com base em uma série de informações desencontradas, veiculadas por em- presas e profissionais de estética. Os relatos aQui descritos dão con- ta da fisiologia do tecido adiposo. especificamente Quando localizado de forma inestética, assim como da lipodistrofia ginoide (celulite). tendo em vista serem estas duas af ecções as Que mais merecem destaque com relação às indica- Ana Carolina Assumpçào Aline Souza Luana ~lá.ximo Marcela Cister Cardoso Fábio dos Santos Borges ções da eletrol1póllse Em seguida. abordamos os aspectos en-.01m1- do o tratamento por meio da eletro- lipohse. na Qual buscarTI{)s elucida! o mecanismo de ação da cooente no tecido adiposo e a tecnica ae aplicação. no 1ntu1to àe construir no fisioterapeuta ctermato-tunc10- nal o conhecimento adequado para a utilização da eletrohpol1se de for- ma eficaz em sua pratica clinica Por tim. mediante as indicações e à contraindicações determinamos as possibilidades e os limites desta técnica em algumas afecções na clínica dermato-tunc1ona1 o início da década d 1980 e , na França, um grupo de m 'd• e ICOS na medicina esct~m1· eçou a utilizar, e 1ca e na lura, correntes 01 . acupun- lransculàneos sobre a área aletada. Enlrelanlo, a grande novidade dos métodos aluais consiste lanlo na forma de aplicar a correnle como em seu mecanismo biofísico de aluação. Hoje em dia, é realizado o tralamenlo da celulile e de adi- posidades (principalmenle gordura localizada), mediante correnles aplicadas com eletrodos em forma de agulhas, inlroduzidas nas áreas de lratamento. 2 para tratamentopde anz_ada~ ou mista lulite fibrót· ad1pos1dade, ce- . ica ou nodular i Antenorment · sica . . e, na eletroterapia clás- 'd , ex~st,am tratamentos para obe- s, ade a base d 1 . e corrente galvânica ap 1cada co TECIDO ADIPOSO ■ O tecido adiposo é uma forma especiali- zada de tecido conjuntivo, formado por células chamadas adipócitos. Podem ser encontrados de forma isolada ou em pequenos grupos, nas malhas de muitos tecidos conjuntivos, ou ainda agrupados em grandes áreas do corpo, como no tecido subcutâneo. 3•4•5 Existem dois tipos de tecido adiposo iden- tificáveis pela estrutura, localização, cor, função, inervação e vascularização de suas células, sendo classificados em tecido adiposo amarelo ( ou unilo- cular) e tecido adiposo pardo (ou multilocular). 5 • 6 O adipócito multilocular contém nume- rosas mitocôndrias, especiais por não apresenta- rem subunidades de membrana interna, ou seja, ª energia produzida por estas mitocôndrias se dissipa sob forma de calor, em vez de ficar arma- zenada sob forma de adenosina trifosfato (ATP), como ocorre com o tecido unilocular. 6 Essa ca- racterística conota a significativa importância da m grandes eletrodos gordura parda na regulação térmica dos huma- nos recém-nascidos. 3 Acrescentamos ainda que em humanos o teci- do adiposo pardo está presente durante o desenvol- vimento fetal, mas sua quantidade diminui a partir do nascimento, permanecendo, em adultos, apenas em torno dos rins, da aorta e nas regiões do pescoço e mediastino. Já o tecido adiposo amarelo persiste como tecido adiposo no adulto. 3 • 5 Por essa razão, normalmente o objeto de tratamento é a gordura amarela, que constitui cerca de 20% do peso corpo- ral total de um adulto com peso ideal, segundo os parâmetros de sexo, idade e altura relacionados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). 6 O corpo humano possui capacidade limi- tada para armazenar carboidratos e proteínas, e a gordura contida no interior dos adipócitos repre- senta o armazenamento de calorias nutricionais que excedem à utilização. Desta forma, o tecido adiposo representa um reservatório de energia, principalmente em períodos de jejum prolongado, proteção contra o frio ou quando o organismo está sujeito à atividade física intensa. 3 .4· 5 · 7 l">t m1.11\t- r, .111l·ion:1I Distribuição 1 1 11 ·ntc di -..trihuí - A ~Mdu r,1 .un.1rl' .1 l' .11np .11 t . . - . '"'" ~ tJU,\l\tld:I · dJ no 1c..:1d1) -..uh.·u1.1m·,,. 11 1•1~ '1 11 • • · 1 1nfhtl'nci,1d:1., de. Jj'rt•,1•111.1 ll1h·n'11,·., , rq!Hlll, 1 ~ . . 1 1 \ 1 t \ •I , de tcl°1do :1d1 1•d(\ '-l' \ 1)l' pd., I\ ,\\ l ' . '-l''·'" 1( _ , l • t 1 , 1 •t · r11111 \ 1d 1 ,,,lr l,11 11n:'.\ p1' ' '' l'l1l um til\ l \ h llO l \ \ ( ' ' h'-.''-"-h t.\ n,,, t· .1111b11·111.11 , . ~ç1hl,, o prin i.:i p,,1 Jl· ~---c ~ J ll\~l•, \J1) ,k __ ,,ll''l 1,1'-. • ' 1 m 1nd1, hifü" bcin nutrido~. cs~l' tec ido ll'rma 111n..i , JtnJdJ 111.,1 '- ou menos ..:ontínua no ;'-, 1dn '--,,n1u 1111, 11 ,oh ,1 pele, o panículo adiposo. 11 , ,,,!,,fh .1m --·ntc. c,tJ ..:.11n,1da é conhecidJ i.:omo "''l'"'i, nlh' (l-1gura 9.1) htc pan1culo adiposo ,u1' 11tJnl"-' d(u mul:-i aproximad.1 mcntc 50% da ~' rJu1 .11,,1;)1 do organ,,mo. 1 111 1 narH,J<., c, ... c panículn .,diposo tem es· J"·,,ur.l 11nilnrmc por toJo ..:orpo. Nos adultos, no , 11 1.,111,,. ele ~e tornJ 1i nn cm .ilgumas regiões, mas r<'' '"'" l' ,e c-,pc,,., cm (C rt J~ áreas de predileção. 1 '"' ' ,iro, ,:10 J,krcntt·~ nos dois sexos e responsá- H"1, plir .,lgum.1-- ,b!-. mJb ev identes diferenças nos , ( 1f'l1 C)!, do h<)mcm e d.1 mullwr, pois o tecido adipo- '-<l mncieL, .1 .,upcrt ll 11.' corporal. \ ,11 Segundo Lofgren " 1 1.I ·' .l:- printip.11~ .in.•Js <l l' localização da gordura ,uh(11 t.üw.1 ~10: • Hlllllé"n~ nuca. n.-gi.io acima da sétima vértebra ú.'niwl, ln..."3:i sulxutàneas que recobrem O del- tuilk e O tn..'.cp~ região lombossacra e nádegas. • ,\h,uhl·r: mamas. nádegas, região epitrocante- na.11..1 e n,l parte .liltt'rior da coxa Hipoderme , ~..,,..,.- llr:rvo Ar téria Veia t ·es relataram ainda que c~tas difcrcn - Qs ,Iliº' · , , . 1 icas referentes ao sexo permanecem -as c.:aractt:fl!'.1 , ~ . d'víduo apresenta acumulo de tec ido l uando o 111 1 l . , que homens obesos tendem a acumu. adiposo, clll . . . . , Jestc tecido, pnnc1palmente na região l.1r ('XCC~SO · . _ 1 . , 1 e mulheres nas regtoes gluteofemorai'i ah< o1111n,1 ' ' . . Além desse deposito de gordura superficial, 1 , de ,,ct'unulo cm ambos os sexos, no omen 14' gr.111 • ' - Cllle , 1 . 1 · 0 e na área retroperitoneal. Todas es to, 111es - .... , e·,s cedem prontamente seus estoques lipídi - s,1!'! .ir , - , , cos durante O jejum. Ha outras areas, contudo, que nào fornecem seus estoques tão prontamente, poi~ exercem função mecânica de suporte ou prote- ção. Esse é O caso do tecido adiposo na órbita , na\ articulações maiores, nas palmas das mãos e na" plantas dos pés. Essas áreas diminuem de tamanho somente depois de prolongadas estafas. 8 Ross e RomrelP relataram que durante pe- ríodos de reduzida ingestão calórica, quando 0 tecido adiposo de outros locais fica desprovido de líquido, esse tecido adiposo que exerce funções me- cânicas não diminui. Ademais, o tecido adiposo preenche espa- ços entre outros tecidos e auxilia a manutenção de certos órgãos em suas posições normais. 5 Vascularização ? te~ido adiposo amarelo apresenta septos de conJuntivo, que possui vasos e nervos. Desses sept?s partem fibras reticulares que vão sustentar as celulas adiposas.s A troca gasosa entre as células adiposas e a corrente sanguínea , . · . e mtensa, contribuindo para isso a nca vasculariza - d . que nesse ca çao o tecido conjuntivo, ' so, ocorre at , d lobulares con· . raves as paredes inter- Junt1vas 6 A 1 . adiposo nã · vascu anzação do tecido o parece ser m ·t b fato é quand m O a undante, mas de ' 0 se conside de citoplasma f . ra ª pequena quantidade unc1onante A l - pilar sanguíne / 1 · re açao volume de ca- ovo ume d . l da no tecido ad· e citop asma é mais eleva- , •poso do q , que e muito va 1 . ue no musculo estriado, seu anzado.s Caract , · erist1cas fisiológicas O tecid d' sid O ª iposo, po . erado metabolic r muito tempo, foi con· Ganongx I aniente inerte 11 N reatou qu . o entanto, e as cél I d u as este tecido não i,,oluta1nente inertes: sint t · -... , i,1 .1 • . . e iza111 ar , · Jur,1 a part 1r de h1d ratos de ·l I\ amentc ,•l•fl . . ca, )ono - ·1 ::- , itt' responsave1s pela estiin 1 _ se sao al- 1111t l u a çao 1 1 • ,rro~.i. desempenhando itnpo t 10rnional ,· 11t . . r ante p Jtl·n,·,w do suprimento de en . apel na i\1 ·1 11 L _ , erg1a estáv 1 s.1bi:-sc atu .. umente que a O d e · . . . bor ura é ar l •111 ~rande~ qu,mt1dad es em d . . tnaze. 11.1, ,l l • . . o is tecidos . . J,1 l111!;u11srno: o tecido adiposo ., prmc1- !.,11~ l - e o hoado ·i Jt1 .1diposo denominado depó . t> , sendo ,11:, ' sito de gord i ' Como relatado, a gordura ura. · amarela co • 111 ~r.ind e órgão difuso e, por ser t· nst1tui u • . .• . a iva met b 1 . _1111cnte, esta envolv ida, sobretud ª 0 - 1, o na capta - nlt'St' , armazenamento e mobiliºz . çao, ·'1 açao dos lip 'd· Il t'Lltn)S. Como resultado desta m bil· - I ios . , . o izaçao li í- J ica. pode sei colocado a disposi ç· P ' . ao para células Jt' outras pai tes do corpo combu st' 1 , . . . . . , . ive energetico p.ir.i suas c1t1v1dades fisiologicas.4. s Assim, o adipócito possui co . . , . ~~m ~~ c,iractenst1ca o armazenamento de d . . gor u ra por Jllt'io da dieta, disponibilizando- a ao . organismo de forma modulada, e quando n ecess , · e ' ano, 1orne- cendo energia. u O tecido adiposo é constituído b as· 1camente por lipídios que, segundo Derlim, 14 contêm ou são derivados de ácidos graxos, e a p rincipal maneira de armazená-los é sob a forma de triglicerídios. Cada triglicerídio é constituído p or três mo- léculas de ácido graxo esterificado s em glicerol.4,s Os triglicerídios do tecido adipo so estão em equilíbrio dinâmico devido à at uação de hormô- nios li políticos e lipogênicos. 4 Segundo Derlim, 14 0 metabolismo dos triglicerídios é e stritamente con- trolado por hormônios e cofatore s necessários, e as estruturas responsáveis pelo con trole das secreções hormonais são o sistema nervos o e o hipotálamo. Mecanismo de síntese lipídica (l ipossíntese) O adipócito recebe os ácidos graxos dos triglicerídios, de quilomícrons (m inúsculas gotículas de gordura com 1 mícron de diâm etro) e de lipopro- teínas de densidade muito baixa (VLDL - Very Low Density Lipoprotein), assim como p odem ser forma- dos ª partir da glicose pela síntese de ácidos graxos e nionoetilênicos ou de aminoácidos. O s triglicerídios \inte ti zados a partir de quilomícr ons e lipoproteí- n3~ ~5° hidrolisados por um comp lexo enzi mático Ele1rolipól~ (Eletrolipoforese ) chamado 1· . bum . tpaselipoproteica, em p resença de al- tna plasm · · adip , . atica. A albumina n ão penetra no oc1to, enq , nas .1 1 uanto os acidas graxos penetram ce u as e . . sao convertidos em acetilcoa com o consumo d . , e adenosma trifosfato (ATP). Este rifi- cam.se o 1· 1 . g icerolfosfato, sintetizado a partir da g 1cose. o , · d , . aci o fosfatid1co, formado desta manei- ra, em seg ·d u1 a se transforma em diglicerídeo por perdª do fosfato, e mediante a adição do te rceiro acetilcoa se conv t . 1· 'd· A , er e em tng 1cen 10. smtese ocorre no retículo endoplasmático rugoso, e dali os trigl' 'd· , ICen 10s passam aos vacúolos de gordura. A smtese de triglicerídios a partir de glicose ou de aminoácidos acontece com a utili zação de certos produtos do desdobramento da gl icose e dos ami- noácidos na matriz citoplasmátic a, podendo ser convertido em ácidos graxos de ca deia longa, que, como já explicado, são combinado s com fosfato de glicerol, para se transformar em triglicerídios. A grande importância da glicose pa ra formação dos triglicerídios se manifesta por su a transformação em glicerolfosfato.4.s.14 Mecanismo de degradação lipídica (lipólise) Em condições normais, a lípase de triglice- rídios permanece inativa. Ela pr ecisa ser ativada por meio de hormônios lipolítico s, com seu recep- tor específico na superfície celu lar. Como resul- tado, teremos a ativação da enz ima adenilciclase que catalisa a transformação da adenosina trifos- fato em adenosina monofosfato c íclico intracelular (AMPc - nucleotídeo que atua como mensageiro químico para dizer à célula que ela foi estimulada por um hormônio). O funcionam ento desse siste- ma desdobra os triglicerídios na superfície da go- tícula de gordura, e os ácidos gr axos assim libera- dos são metabolizados ou atrave ssam a membrana celular do adipócito para entra rem na circulação capilar; já na corrente sanguíne a, eles se ligam à albumina sérica, que atua com o carreador, e são transportados, desse modo, par a as células que os utilizam.4·8· 9 · 14 Estudo recente pesquisou as di ferenças na influência da obesidade com subsequente re - dução de peso corporal na reg ulação lip l)lit iCJ t' ntre homens e mulheres, 1.mde se conduiu que 1 )\•1111:1l0-I ·unri<HUI Metabolismo l 1, t n~lil:'cndios do tecido adipos o estão cm t'-lu1libnn d1~1.ünico. Sua decom posição constitui um.1 l1pt1lt~t.> ou hidrólise cm glice rol ou .kidos gra- w .. , . . 1 qu,11 e c.,timulad .1 por diw rsos hormônios ~-nmn J~ catccolaminJs (,1drcnalin a e noradrenalina) e o glucagon. entre outros. E,'{'s horm ônios possuem 11wçani~mo1- dl' ação di lc.rcndados . Os hormônios de J\:ào dpida a fazem por meio do AMP cíclico; já os qlll' atuam Jc forma lenta, ml'dian te a síntese protei- c,1 (.1uml'11to d.1 quantidade de enz ima lipolítica). 9 Ro~~ l' Romrell' relataram que a mobiliza- çfo dos lipídios é influenciada p or fatores neurais l' hormonais, e _justificaram diz endo que a nora- dr~nali n,1 (libl'rada pd as extrem idades das células nrn·osas do sistema nl' rvoso sim pàtico) inicia uma sair de passos metabólicos que levam à ativação da lip:ise. Esta enzima divide os triglicerídios que constituem 90°0 dos lipídios exi stentes nas gotas de gordura: esta atividade enzim ática é o primeiro passo na mobilização lipídica e su a regulação neu- r:tl é particularmente importante durante períodos de jejum e exposição a frio intens o. A enzima lípase sensível a horm ônio é ati- \·ada pela adenilciclase, quando o tecido adiposo é esti mulado pela noradrenalina . Este mediador qu1 mico é liberado pelas termi nações pós-gan- glionares dos nervos simpáticos do tecido adipo- so. l 'ma vez at ivada, a enzima hidrolisa inicial- me_nte o~ tri~licerídios superfic iais da gotícula lip1d1ca. Os aci dos graxos, quas e insolúveis no pla~ma , ligam-se a moléculas de alb . _ umma e sao t~an:.p_o_rtado~ para outros tecido s, nos quais se- rao ut1lt zados como fonte de ene rgia O 1· I . 1 , 1 • g 1cero , mui to so uve no pl asma, é capta do pelo fí ado reaproveitado. 5 g e , Derlim ,_, informou que a en zima acilglicerol hpase hormonossensível é controla da por um meca- 1. lo 1 ,<lí A~ IP (1diú) (:\ ,\I P( ). Dtns 11j,(ll<l (lll't l ,ll • , OlJ . · . . . ·nt:io. 1-;.1pidanwnll· c omplt't,un ,1 hid" t r.1~ hpa~L ~- L . . . . . , . • ,1- . _ ,ci L' di;Kilgh1.-em1~. li bt:r.rndo ,Ktdos .,1 .. li sc do~ 11101 ~ . . . :.- ,l - . . 1, . 111 (JH) l)U,il se hg,1111 a aJbumm,1 se ric:i) :\ll~ Jl () J' ,l~I • . Influência llormonal na regulação do metabolismo do tecido adiposo Como dito anteriornwntc. os tr igliccridios do tt·ddo adiposo se encontra m cm equil íbrio di- • • .0 de,·ido .\ atuação de hormônio s lipnliticth ll.ll111l · e lipogênicos. _ Os hormônios que atuam de to rma lipnl i- . __ -.; 0 as catecolaminas(adrenalina e norad r<' - llL,l s,, ' ' nalina) produzidas pela med ula da suprarrenal. na qual a adrenalina atua pro movendo o desdo- bramento e a mobilização da g ordura armazen::i,b e a noradrenalina é o neurotran smissor liberado nos terminais associados aos adipócitos de fibra~ pós-ganglionares do sistema nervoso simpáti rn. ou seja, os dois tipos de catec olaminas possuem 0 mesmo efeito no tecido adiposo. Tan1bém p os- suem ação lipolítica os hormôn ios do crescimento (ACTH), hormônios sexuais, como o estrogêni o. que mostram grande influênci a na predileção do local de acúmulo adipocitário, o glucagon, os hor- mônios tireoidianos e o hormô nio de estimulaçào da tiroide. Os mecanismos de ação dos h ormônios so- bre a lipólise pela via de AMP c são similares, at~ onde se conhece, ao fenômeno da glicogenólise. ~ O hormônio insulina, produzi do pelo pân- creas, promove várias reações nos adipócitos que permitem que eles sintetizem e armazenem mais lipídios. Estas reações incluem: • Captação acelerada da glicos e. • A conversão aumentada da glicose em trigli - cerídios. • Uma atividade aumentada d a lípase lipopro· teica, que leva a uma transferê ncia aumenta- da intracelular dos ácidos grax os de quilomí- crons e de lipídios de lipoprote ínas. Além disso, a insulina retarda a mobilização de lipídios p d' · · , or 1m111uir a ação de enzi mas que promovem O desdobramento d os mesmos. 1 / /,,, Influência do sistema nervos - d t b o na regulaçao o me a oi ismo do teci adiposo do o tecido adiposo é rica 111 . , 1 · ente I nervad 1 libras pos-gang 1onares do sist o pe- as . , . · , ema nervo , omo s1mpat1co, que sccretan so au- 1011 . 1 noradren 1. , se mostra partJCularmente . a ina, que , . . importante ,riodos de JeJum. Contudo, acred·t nos pt 1 a-se qu . ,-.1 a forma pela qual o sistema ne e essa ~t)' - , . rvoso contr 1 obilizaçao dos acidas graxos pois O a a 111 , . ' a noradren 1 · .1 ativa a hpase do tecido adiposo ª 1- Jl, < • , • d . . , aumentando a tJ-Xa de l11drohse e tnghcerídios.s, 11 Hipotálamo O hipotálamo controla e co d • or ena todo sistema nervoso autonomo periférico A . _ • estimu- lação da porçao rostral (anterior) leva a o aumen- to da atividade pa~as_simpática (trofotrópica), manifestado pela d1mmuição do metabolismo basal e da secreção de adrenalina, entre outros efeitos. A estimulação da porção basal (caudal) resulta em aumento da atividade simpática (er- gotrópica), e se caracteriza pelo aumento da pro- dução de adrenalina, hiperglicemia e retenção urinária, entre outros. 1 2 • 15 A estimulação simpática obriga a medula suprarrenal a produzir adrenalina e noradrenali- na. Estes hormônios penetram na corrente sanguí- nea, aumentando os efeitos do sistema simpático. 15 Segundo Guyton e Hall,1 2 a estimulação de certas áreas do hipotálamo faz que a glândula hi- pófise anterior secrete seus hormônios endócri- nos que, por sua vez, controlam outras funções corporais. Os autores relataram ainda outros efei- tos importantes: • Controle da secreção do hormônio do cresci- mento (ACTH). . • Controle da secreção pelas glândulas adre~ai_s. d h • · o tireo1dia-• Controle da secreção o ormom no pela glândula da tireoide, e, portanto, 0 d tabolismo do controle da grande parte o me corpo. d I sist ema nervo- As estruturas inerva as pe O . , . ossuem merva- so autônomo (SNA), a princ1pw, P Eletroli11ólise (Eletrolipolorese) Çào simpática e . , . altern d parass1mpat1ca. Eles, porém, agem ª arnente d i ativan 1 . e orma antagônica, trabalhando ' e O e inibi d d . n ° etermmadas funções. O SN rent A apresenta diferenças químicas refe- es aos ne d b urotransmissores liberados no nível os otões t · • ermma1s dos neurônios pós-ganglio- nares; assim , . . , . 1.6 ' 0 pos-ganghonar parass1mpat1Co 1 era acerl 1· d. . 1 ço ma e o pós-ganglionar simpático 1spon1bi)· tza noradrenalina (neurotransmissor). A adrenal· · · ma consiste em um hormônio secretado p~la medula suprarrenal. Já os neurônios pré-gan- gh_o_nares dos sistemas simpático e parassimpático utilizam o mesmo neurotransmissor que é a acetil- colina, Outra diferença importante consiste em um neurônio pré-ganglionar simpático que estabelece sinapse com um número grande de neurônios pós-ganglionares, enquanto os neurônios pré- -ganglionares parassimpáticos o fazem em núme- ro reduzido. Essa situação permite que o sistema simpático atue mais difusamente que o parassim- pático, ou seja, a estimulação do simpático terá efeitos mais extensos no corpo. 16 LIPODISTROFIA GINOIDE (LDG) ■ Também conhecida popularmente como celulite, é uma afecção que atinge a maioria das mulheres (mais de 95%). Constitui, portanto, um motivo de consulta bastante frequente a profissio- nais da área de estética. ~uas consequências físicas, psicológicas e sobretudo estéticas não devem ser desprezadas.11.i7 Além de ser desagradável aos olhos e, às vezes, provocar problemas álgicos nas zonas aco- metidas, a celulite pode atrapalhar o dia a dia em determinadas atividades tais como a caminhada, a corrida, subida ou descida de escadas, entre outras atividades físicas. Existem outros termos pelos quais a celulite também é designada: fibroedema geloide (FEG), aniculopatia edematofibroesclerótica (PEFE), p . l' lipodistrofia localizada, mesenqmmat~~e, ipoe~- cierose, dermatopaniculose vasculopat1ca, pam- culose.7, 11 Contudo, 0 uso do termo celulit~ rel~- cionada à disfunção estética é incorreto, pois nao 1 >r 11 11.11" 1 111 11 /, 111,11 1 1 ,1 id1 1 l d11/ 11 r. /\ ., de /i. l 111 ·11h11111 ,1 111// ,1111 ,1~ dn '" ' -. . f r 1:1se· é: consíderad;.i co mo Lll'l " , • ,'-ícgr llH • ' . . . . . '« l ;J\t: 1.11 ,·v·i Nela, a J ,l..itaçao ar tc:rinc·ip· t t•x ,,11L, • · ' 1 ar li I l lt , l'"II ,1k1 ',ln li 111 1w1111n .1, 1h'' 111 ,d, 111 1 1 •11 '1' 1' ' 1 1 1. (··icfa 1,ela c.,lé.1!>1.' acentua -se ~cnd . provo , • . . ' · o 0 1 I 1,h 11h'dl'lllil 1-(l' () f l . , 11/11 ll11ndi,11nl1,1 g111n 11 • 1111 .· 1,, ,·clt1far ,nv adrdo por um comi)o l 1,•1,. 1( " ~ o ·1 111,· 11odL' lll 11pn· l h li ,11111111 ·11111, / 1•11 •1 d 1 1 • ,· 11 lflnlll'l'fl' 111 11 ' ·''' ,,·111.11 11 1~ 11111 ,11' 11! ,h I.I , 111·1' • 1 ' . 1 1 , ' I "( ' ,\ , ,r;\ lk,1 d,· (' Xl'I ( 1.11 1111. ,lt" \ 111d,lí " ·' ( li" 11 ' l " 'º"· I'' •dr111 ih' •1, ,·1 , ,., id lv11.,. 1 . 1 I· . I I 1 · " 'r I d111, ,1 A /1pnd1 .\ l1t1l1.1 ~1110, e pm' . . l , f , ,1i,1d fllL'cido '-ll ll · ,(1111() 11111 ,I 11tlil1,,1,. () l( tlll, ( 1 • 1 I · 111111n d ,1d1l 111.l11,·o. 11 ,ln 111ll,1111a 1órl,1, .,cgu1< a t l 11nl1111 c11 1,1,.l,> d,t ,t1h.'lf ,\ 11 Li.1 1ú11d;111w111al q11L', • hr:1 11111,1 rcaç;lo 1nhltr.111d,1 .,,. 11,1, 1r,11t1,1., , lllO l ,,1i,,11i. ,1 ,,111_-L•..i rll\',l. 11,\ r,unb ém u111 :111111c11fn 1 1 1 'do · · ubcur ·1· n.1 c.,pf,.,1, r,1 ,· ro11 .,i .,1,' 11 l' ., t ll., t'C I •' s • 1h'1h. ,11111H' lll11 d .1 scnsibilidndc e diminuiçfo de ,11.1 ,11oh,lid.1dc pc)r meio de adc rúJCia .,upcrficial e prol II nd.1. " F.\1slc .1i11d.1 uma alrcraçüo do s diversos clc111c111 0_- dú rccidn conju111iv 0 .~ubcutüneo que ln·.1111 ,\ hipavi"wsidadc da s ubstância funda- 111c111.tl ligada .\ c.,ra.,c capilow nular e linfática. lk.'lc11cadci.1 -sc, ent .10, uma av alanche de sinais .:om r rarn,fornia~·Jo do tecido a diposo em tecido cd11lí1ico. E.,1ahdccl'-sc um ver dadeiro círculo ví- cios,). N.1 .rn~t'.•1Kia de toda interv enção clínica, isso 1r,1d111 um:1 dcsrnmpensaç.io his t·oangiológica que C\'olui em quatro fases. 11 Segu ndo Guirro e Guirro,7 esta d ivisão é fei- 1.1 dcl .,cguintl' maneira: de ,nucopolís!>ac:1rídcrn, e cletr ólir o~. '/'ai <:x. !,ud;rlo di ssocia as fibras conju ntivas e Pode L·xdtrir íl S terminaçúcs nervosa s da região. • .1,_,,-cdrn ra.~e: e: c onsiderada a fase nodular. /\pan.•i.:cm os (ibroblas tos, f~m1 ando um arca . bouçu fibro.~o que progressivam ente transfor. ma-se cm colágeno. Esse tecido fibroso orig; . rléldO fora a compressüo de todos os elem entos do tecido conjuntivo, artérias, v eias e nervos. • Quarta fase: hél fibrose cica tricial, atrófica e irreversível , e também retraçã o esclerótica. As arteríolas são al'ingidas, o correndo uma endoarterite e uma periarterite , sendo os ner- vos comprimidos pelo conjunto de fibroses. Esta compressão causará irrit ação contínua nas terminações nervosas resu ltando em do- res à palpação. Fatores predisponentes, determinantes e condicionantes Dentre os fatores predispon entes para a incidência de celulite encontr amos na literatura citações de que fatores genétic os, etários, sexuais, hormonais, psicossomáticos, fumo, entre outros, teriam papel importante no q uadro evolutivo da LDG. No entanto, destacamo s os fatores obesi- • Primeira fose: não é percebi da pelo pacien- rc; é uma fase breve, purament e circulatória e de cstase venosa e linfütica . Pode haver uma hipertrofia das células adi posas devido ao acúmulo de lipídios. Ocorre diminuição na drenagem do líquido _interce lular, ocasio- nando o inundamento do tecido . Essa é a fase congesriva simples. A continu idade dessa congestão leva a uma compressã o dos vasos mais importantes, que, não des empenhando dade e distúrbios circulatório s como aqueles que seriam influenciados pelos efe itos terapêuticos da eletrolipólise. o ,cu papel normal, são obrigado s a se dilatar dianre da dific uldade. A dilataç ão e a disten- :.ão da~ paredes da rede venosa a umentam a , ua permeabilidade, o que result a no escape para o tecido conjuntivo do lí quido seroso, auml'ntando assim a pressão, a congestão e o :. fenômeno., de bloqueio. Entra -se assim em 11111 círculo viciow . • Obesidade: a compressão d os vasos sanguí- neos e linfáticos pelo aumen to do tamanho e número dos ·adipócitos e as alterações nas j trocas com os interstícios inte rferem enorme- mente no processo, além do hiperinsulinis- mo; '8 a celulite pode também resultar de um acúmulo de gorduras fora do comum, consti- tuídas, essencialmente, por áci dos graxos satu- rados, às custas dos ácidos grax os etilênicos. 7 · 13 A eletrolipólise, ao diminuir a q uantidade de gordura subcutânea no local da c elulite, dimi· nui a "pressão" sobre os septos fibrosos, dimi· nu indo assim o aspecto dos "f urinhos" na pele. ◄ ~ · ·l · ' '· . ·túrbt0S c1rcu atonos: insuficiên •. f)t~ eia veno- • , v,,rizcs e edema linfático oferece . !,'1, . , . m cond1- - ,5 ótimas para o 1111 c10 da doenca ~ot: ,-e ou atuam 110 agravantes qua ndo a LDG J·a' . 'º' , . , . e existe. o tlu:<º sangumeo e hnfat1co através do tecido diposo é inversam ente proporcional . . 3 . < a seu lll - ·r•• J11e11tO, ass11T1, fluxo lento leva à lt'po . '-- ... • genese e fluxo veloz, à lipólíse.' H A eletrolipólise esti- ,nula a circulação e drenagem local retardan- do a evolução do quadro celulítico. Diagnóstico o diagnóstico da celulite é feito poi· . meio de uma anamnese completa que tem grande i m- f1ortãncia para a escolha e realização do tra ta- 111tnto e um _exame ~ísico, composto por insp e- ç.io e palpaçao. Realiza-se também a perimetr ia do segmento a ser tratado e mensuração de p eso e altura. 11 É importante pesquisar também a dieta ali- mentar do indivíduo, a frequência com que prat ica exercícios físicos e a eventual realização de tra ta- mentos anteriores para a LDG. Na inspeção, podemos observar na superfí- cie da pele a presença de "furinhos", produzindo um aspecto similar ao de uma casca de laranja. Ou s eja, uma pele com ondulações e depressões. A inspe ção deve ser feita com o paciente na posição ortostáti ca, porque o decúbito poderia mascarar o grau de a co- metimento dos tecidos. 7 A palpação deve ser feita por pinçamento, palpação profunda, pressão deslizante ou pal pa- ção deslizante com movimentos de rolamen to. São realizados basicamente dois testes: • Teste da casca de laranja: deve ser feito d a seguinte maneira: pressiona-se o tecido adi- poso entre os dedos polegar e indicador ou entre as palmas das mãos, e a pele se parecerá com uma "casca de laranja", com aparência rugosa (Figura 9.2).7 -11.18 • Teste de preensão: visa a detectar alteração da sensibilidade dolorosa do tecido acometido pela celulite e é realizado da seguinte manei- ra : faz-se a preensão da pele juntamente com a leia subcutânea entre os dedos, e promove- se um movimento d;-tração {Figura 9.3). 7 ...... Além disso, quando se faz o rolamento en- tre os dedos da região atirigida, podemos no tar a J presença de nódulos muito duros, semelhan tes a " - d h b " /. graos e c um o que são os nódulos do infil tra- do tecidual. 7 / Localizações da ½6G 1 As regiões afeitadas mais frequentemente são a porção superior da coxa, interna e exte rna- mente, a porção interna do joelho, região a bdo- minal, região glútea e porção superior dos br aços anterior e posteriormente. 6 . 1 J . 14 . 19 O acúmulo de gordura nestas regiões aumen- ta após os 18 anos; pelo estímulo estrogênico, com o objetivo de armazenar energia para a gravide z e a lactação, sendo também responsável pelo des enho da silhueta feminina, determinando as difere nças do contorno corporal entre os dois sexos_ 1x l 1 k r111;1to-f-11nrional Formas clínicas A lipodi~troti;1 ginoidc pmk ~L·r dividida l'lll . 1 . . i· ll 'I ·1 ·0111l'll'lldO lllll 4uatro 11,rm.1s e 1111(,1~. l,H •' ui ' · L • · l . · . t . • rJ vl•·ndo t·unbé111 f'L' rhl L'Sl'l'í.'llh' l' l L' p,H. ll n o, t t , '" ' t. 11 h,1wr ., L' \'l)lu\·•in dl' u lll ~rupo parn ou 1 º· • Du1-;1: ()l'1llTL' cm pacientes jovens com ativida- dl' li~k'., regular l' tt·cidos com boa tonicidade; 0 ,bpL'(to de c1sG1 de laranja aparece ao belis- (,lr ,l pck e não muda de acordo com a posição. • Fl.\cida: acomete pessoas sedentárias ou com antecedentes desportivos, sendo mais comum cm mulheres inativas que perderam peso ra- pidamente; ocorre mais frequentemente após a terceira década, podendo representar a evolução da forma dura não tratada. Clinica- mente, observa-se que a pele "sacode" com os movimentos e a aparência muda conforme a posição. Significa um colapso do sistema de sustentação conjuntivo por ruptura do ácido hialurónico e da flacidez muscular. A falta de sustentação no nível das fáscias musculares pode provocar refluxos e varicosidades. • Edema tosa: acomete mulheres jovens que to- mam anticoncepcionais; também conhecida como "lipodistrofia com perna egípcia''. O si- nal de casca de laranja é precoce com péssimo prognóstico quanto à reversão do processo. • Mista: é caracterizada quando temos a LDG dura nas coxas associado à flácida no abdômen; ou então muito dw-a na coxa, lateralmente, acompanhada da muito flácida, mediaimente. Classificação Podemos classificar a LDG em graus, de acordo com os aspectos clínicos e a fase evolutiva: • Grau 1: segundo Ulrich, 20 a celulite só é visível por meio da compressão do tecido entre o~ dedos ou da contração muscular voluntária (Figura 9.4) e não há alteração da sensibilidade à dor. Entretanto Curri1 1 relatou que a paciente é assintomática, e não há nenhuma alteração clínica. Na ava- liação histopatológica, pode haver aumento da espessura da camada areolar, aumento da permeabilidade capilar, quebra de adi- pócito, micro-hemorragia diapedética, ec- Figura 9.4 a-b Celulite grau 1, de acordo com Ulri ch .2º tasia capilar e microaneurisma fusiforme dentro das vênulas pós-capilares. • Grau 2: segundo Ulrich,20 as depressões são visíveis mesmo sem a compressão dos teci- dos. Para Curri,21 a celulite só aparece depois da compressão de pele ou contração muscu- lar (Figura 9.4), em quetambém há palidez, baixa temperatura e diminuição de elastici- dade da pele; não há nenhuma alteração de alívio em repouso; histopatologicamente, há hiperplasia e hipertrofia de periadipócitos e dilatação capilar, micro-hemorragias e au- mento da espessura da membrana capilar. • Grau 3: o acometimento tecidual pode ser observado quando o indivíduo estiver em qualquer posição. Tem aspecto de "saco de nozes". 211 A pele mostra-se acolchoada, pa- recendo uma "casca de laranja", e são evi- dentes em repouso; há sensação palpável de pequenas granulações em níveis profundos; há dor à palpação, diminuição da elasticida- de, palidez e diminuição da temperatura d:i pdc.:': histopatologicamente 1 ,. çüo e rarefação do tecid '·ctlcl desassocia- . 0 go1 ur0 (d . ú neotonnaçào de fibras d 1 , so ev1do eco ªºeno) das por encapsulaçào d O , segui- . , . e pequenas cole -de ad1poc1tos deoenerado e Çoes b e s, 1onnand . cronódulos; esclerose e e 1 . 0 lll!- . l g1ossa1nento d·1 camada mterna de pequena . , . < _ A s anenas; dila- taçao de venulas e pequen·is ve· e • • e , ias; 1or111ação de nume10s0s m1croaneuris111 . 1 1 • e S e 1e111or- ragia dentro de tecidos gordur·osos· e . , neo101- maçào com obliteração de capilúes entre a derme e o tecido subcutâneo, seguido por um aumento no volume dos micronódulos gordurosos; e esclerose com inclusão de adi- pócitos dentro do tecido conjuntivo da der- me profunda (Figura 9.5). 21 • Grau 4: tem as mesmas características do grau 3 ·com nódulos mais palpáveis, visíveis e dolorosos, aderência nos níveis profundos e aparecimento de um ondulado óbvio na superfície de pele. Histopatologicamente, a estrutura lobular do tecido gorduroso desa- parece e alguns nódulos são encapsulados através de tecido conjuntivo denso. Lipoes- clerose difusa (seguida por alterações mic_ro- . 1 , . . t tes) telangiectasias, c1rcu atonas impor an , , . microvarizes e varizes, e atrofia epidenmca completam o qua ro micros · d · cópico 21 gnóstico, a celu-Observação: Quanto ao pro . . • fib edema gelo1de mi-lite pode ser dividida em ro 1 · de eia! ou leve (grupos I e II) e fibroedema ge o1 avançado (grupos IlI e IV). 1 '· 19 I Ji•lrolipoli,~ (1 :lelrolipofort,t' ) lRAlAM ENTO POR MEIO DE ELETROLIPÓLISE flor I •: . , . l lf1n1ç·io 1 . \Jca dl'stin • d· ' ' a t' t'lrolipólisl' é• urna léc - . · ' 1 •1 ao Ir· t ,lcu,l\lJlo ck ·\ .. 1 ,1 anit•nto das adiposidades e r' · . 'Cll os gr·1x . 1 1· 12 ,l -sl' PL'I . . 1. ~ ' · os oca 1zados. Caracte-.J a ,1p rcaç•~o d , cu.:' baixa fre , . ' t: urna corrente espl'cífica d. quenc1a ho r•d d 25 1reta1nent, , ' t: or e 1-lz) que atua t:non1veldo ·· d· 6 . acun1ulad . . . s a 1P c1tos e dos lipídios sua P . . ~S, p, oduzrndo lipólise e favorecendo Ostenor elim. . . 1" eletro1· 1• inaçao. e tambéll\ c hamada de 1Po orese. Ern seu início a I t 1· . ") . ' ' e e ro ipoforese se aplicava r or l\1e10 de el t d li d· e ro os em forma de finíssimas agu-1as, iret·11n t . I . . . ' en e 1mp antadas no panícula adipo-so, reahzad·1 ap . ' ' enas por equipe médica. 22 Segundo Gu1rro e Guirro ; . d, . d , , a 111 ustna e equipamentos da area de estética •· I 1· e , c11ou a e etro 1po1orese com placas trans t • cu aneas na tentativa de ampliar o mercado de ve nd a. Entretanto, não encontramos estudos comprovando a eficácia da eletrolipólise com uso de eletrodos transcutâneos. Efeitos no organismo A aplicação com eletrodos em forma de agulhas, ligadas a uma corrente de baixa intensida- de, cria um campo elétrico entre elas, promovendo uma modificação no meio intersticial, favorecen- do as trocas metabólicas e, ainda, a lipólise.23 De acordo com os relatos de alguns autores, os principais efeitos fisiológicos proporcionados pela eletrolipólise são: 1. Efeito Joule: em virtude do efeito Joule, a cor- rente elétrica, ao circular por um condutor, realiza wn trabalho que produziria certo tipo de "calor" ao atravessá-lo. O aumento de tem- peratura produzido na eletrolipólise não atinge tecidos orgânicos, pois se trata de uma corrente com uma intensidade muito pequena, porém suficiente para contribuir para a instalação de uma vasodilatação com aumento de fluxo san- , 1 al Dessa forma é estimulado o me-uumeo oc . . ) ;abolismo celular local, estimulando a quei1~_1a de calorias e melhorando o trofismo celular.-- 1 )~rn1:ilo-Fu11rio11:1I 4. 2. . . . . ldiçôcs normais, Ele ito eletrolitrco: c:m 1.or 1 1 , . 1 • , 111 incr111dvd, se- J . a mcmbr.111;1 cc: li ,11 l ~1.: r . . l . ,osiç·io iônica parando dois nw1os < e L OlllJ · • • · ·ltilar (detronega - dilúcntes. o lllt'Hl 1ntraCL ' tiro) e P meio rxtracdul.1r (eletropositivo) . · , · , · llTClltC o campo elétrico gcr;1do por u;t,I u . , . _ n.1 clctrolipúlisl' indu7 o ,novimentll IOt.llLO · -1·1~ ··t ·c·i •s 11 ·1 polarrda-quc tr.1 7 ~-(, n~1go nwur IL, ~ L • de d.1 llh.' lllbr.rna celular. A célula tende a 111 .rn tl'r ~cu pott'nci;tl clctrico de membnu~a nllrm.il , e c:s~a atividade consome energia 110 nrn·I celular. 1 1 22 Efi.>ito de 1..·~tímulo circulatório: o ligeiro .llllllt'rHo de temperatura que se instala no locd (efeito Joule) contribui, em parte, para ,\ instauração de urna vasodilatação, pois a corrente atua com estímulo direto nas iner- vações, promovendo uma ativação da micro- circulação. Foi relatado 1·22 que a frequência de 25 Hz é mais eficaz para tratar alterações circulatórias e congestivas. A microestimu- laçào elétrica ativa as fibras do tecido con- juntivo subcutâneo, que favorecem também a drenagem linfática e sanguínea, provocan- do uma melhora da qualidade e aspecto da peleY Silva I relatou que o estímulo circula- tório produzido pela corrente elétrica tem grande importância na drenagem da área. Esse efeito, particularmente, é um dos que justifica o uso da eletrolipólise na fibroede- mageloide. Efeito neuro-hormonal: quando se utiliza uma corrente específica de baixa frequência durante a eletrolipólise, produz-se uma esti- mulação artificial do sistema nervoso simpá- tico e, como consequência, ocorre a libera- ção de catecolaminas com aumento do AMP cíclico intradipocitário e aumento da hidró- lise dos triglicerídios. Trabalhos realizados com esta técnica 11 demonstraram a presen- ça de quantidades significativas de glicerol na urina, horas subsequentes ao tratamento (sabe-se que, em condições basais, o glicerol não é detectado na urina). Segundo alguns autores,1,11 .22 esse fato indica ativação da li- pólise que, produzida em conjunto, e como consequência de todos os efeitos menciona- dos, ocorre também um aumento do catabo- lismo local, que se traduz clinicamente em d ição do pan ículo adiposo, desde urna re L a primeira sessão. Mecanismo de ação da corrente Segundo Zaragoza e Rodrigo,2 existe muita . bre qual o mecanismo de ação dessas discussao so . , . . , plicadas na eletrolipohse; amda que os correntes a I d S clínicos são, em geral, concordantes e resu ta o, . _ . si'tivos há pouca expenmentaçao básica muito po ' ·ta definir claramente a sua forma de atua- que perm1 . 0 t dos os modos há, ao menos, dois efeitos cla- çao. e o ramente envolvidos: • 0 estímulo circula tório produzido pela cor- rente elétrica tem grande importância na drenagem da área. • o estímulo da lipólise, direta ou indireta- mente, pela excitação das terminações ner- vosas simpáticas e liberação de catecolami - nas (adrenalina e noradrenalina) que atuam sobre os receptores do adipócito e estimu- lam a enzima que potencializa a lipólise dos triglicerídios em glicerol e ácidos graxos. Estudos histopatológicos vêm demons- trando o efeito desse tipo de tratamento sobre os adipócitos ( diminuição no tamanho, alterações na forma e mudanças estruturais) que indicam a existência de uma base orgânica para os efeitos clínicos constatados.2 0Entretanto, Guirro e Guirro; relataram que os efeitos das correntes no organismo estão bem catalogados, porém, os textos que des- crevem os tratamentos de eletrolipólise são pou- co científicos e seus reais efeitos devem ser mais bem investigados. Técnica de aplicação Zaragoza e Rodrigo2 relataram que os ele- trodos são agulhas de acupuntura de 15 cm de comprimento por 0,3 mm de diâmetro, de uso único. Silva 1 mencionou que as agulhas podem medir entre 4 cm, 5 cm, 7 cm e 12 cm, introduzi- das em nível hipodérmico, utilizando-se uma dis- tância de 4 cm entre elas. Parienti 11 sugeriu agu- lhas de acupuntura, fabricadas em aço inoxidárel ou em prata d ' · , escartave1s, medindo de 0,25 mm L F. ura g 6 Modelos de agulhas de 7 5 crn e 3 ,g · · crn de comprimento com 0,30 mrn de espessura. O 3 111111 dt' diâmetro com comprim ,1 , entos que va- . 11 de I cm a 3 cm, ou de 10 cm a 12 r,:11 . cm. Vt'riflcamos que embora haJ·a d' . ivers1dade na dicaç;io dos tamanhos das agulhas ,n . , quando uti- 1 · , .11110s agulhas maiores (a partir de 7 d ,7,, ~- . cm e com- 1 1ri1ncnto) (F1gu1 a 9.6) , conseguimos est · 1 1mu ar a . ,.1 .1 tratar com um menor número d 1 ,11 t, • . , e e etrodos. Onentamos tambem priorizar O d . . uso e agu- llris de p1 ata em apa1 elhos de corrent , · · e continua {principalmente º ,s .que não possuem inversão de liohridade automat1ca) , pois os efeitos elet l' . ' ro 1t1Cos na estrutura da agulha não ocorrem ou se dão com nienor intensidade, trazendo, com isso, maior se- gurança para os pacientes. Parienti 11 mencionou ainda que as agulhas mais grossas (0,30 mm) apresentam melhor efei- 10. Verificamos também que o uso das agulhas de maior diâmetro (a partir de 0,30 mm) possibilita mais facilidade na sua introdução, se comparadas com as agulhas mais finas (abaixo de 0,25 mm), principalmente nos casos de sequelas de gordura localizada em áreas que sofreram lipoaspiração e 4ue hú presença de fibrose residual. A frequência de aplicação oscila normal- ílll'nle entre 5 Hz e 50 Hz. 2 Parienti 11 informou que rs:ia frequência pode variar entre 5 Hz e 500 Hz. Em nossa prática clínica verificamos bastante eficácia com o uso de 25 Hz, tanto em aparelhos de cor- rl' ntc contínua quanto de alternada. Em aparelhos l',n que havia ausência desse parâmetro utilizamos 30 Hz, também com eficácia. A técnica consiste em colocar o paciente em posição cômoda, com a área de tratamento expos- la, onde süo introduzidos pares de agulhas de forma Paralela no tecido adiposo, de maneira que a área ª !ratar liquc entre as agulhas (Figura 9.7). As agulhas ~ão colocadas de modo que cubram toda a área a tra- 1Jr n d. • · 1tre as agulhas . · ,,ecomendamos que a 1stancia ei 111111 tanll's da área tratada não ultrapasse 10 cm,ª ~m dl' n • - d . ·ente e os efeitos 1lil' 11 ;10 haja dispersao a co11 Elelmlipcí li ~e ([ lelrolipofnrl'~l') Figura 9.7a Posicionamento de agulhas em região glútea de forma paralela com 1 O cm de distância entre as agulhas. Figura 9.7b Posicionamento de agulhas na reg ião do cu lote de forma paralela com cerca de 1 O cm de distância entre as agulhas. t'º~'r'''~"11~,~: ... ,..;(•;·· s, . , ~; (J 9f7 Cf' QÇ--6/P , 91v LI~ luuhm;1u11111 . 1, ,1 1 ........ ~---- , 1 ' el Figura 9.8 Posicionamento de agulhas de forma paralela com 5 cm de distância entre as agulhas. . • 11or- ( t ·111z ·11110!-, . . ' li .• . . . . •·. di1111nu1do. j' ·t :1n c 1a cstin1ulato ri o!> ~t:J,Ull . . . ·linic,1 '.í cn1 de< J~. - .. , p1~1(Jl.:1 ( nl:111nl'llll'. l ' lll Jlt)~~'. . 9 ~) li ·) (F1glJJ,I , 1 • t r, . ... , '" ' li ,.,~ ~ l'Jl ~ •• . "t- f Figura 9.9 ln!roduçao da agulha sem uso de artefatos -.-.-.. -.-.. " ... , .. ·.·111o:•:•: ... •.•-•_.•.· ..... - . .. . . . -~ -.. ~ ... . . . ~,gura 9.10 Tecnica de posicionamento verti cal da agulha. Encontramos, na prática clínica, uma \'ariedade de técnicas de introdução de agu- lhas; profi ss ionais experientes introduzem as agulhas sem o uso de artefatos auxiliares para sua int rodução (Figura 9.9) . E alguns desses profi ss ionais também utilizam agulhas de me- nor comprimento para a técnica de colocação t'crticn l da agulha , posicionando-a a 90° no panícu la adiposo durante a eletroestimulação (Figura 9.10). Não há relatos de estudos com - parativos das técnicas usando a agulha a 90º ou paralela à pele apontando uma delas como sen-do a melhor. .Figura 9.11 a-b Introdução da agulha com o auxílio do tubo-guia. Para introdução das agulhas por profissio-nais pouco experientes, recomendamos introdu-zi-las utilizando o "tubo-guià', normalmente for-necido com as agulhas de acupuntura. A técnica consiste em pressionar o tubo guia na pele, para esticá-la, e dar um golpe rápido no topo da agulha (Figura 9 .11), inserindo-a perpendicularmente à superfície cutânea por cerca de menos de 1cm. A partir daí, indicamos inclinar a agulha na dire- ção do tecido subcutâneo, introduzindo-a hori-zontalmente (Figura 9.12). Desse modo, buscamos proporcionar a interação da corrente com uma maior área de tecido adiposo. Embora não haja es- tudos comparativos entre esta técnica e a técnica vertical (Figura 9.10) , optamos em nossa prática clínica por empregar somente a técnica horizon tn l por apresentar resultados satisfatórios ( as agu l lu~ Figura 9.12 a-b Colocação da agulha no tecido subcutâneo após introdução auxiliada pelo tubo-guia. podem ser introduzidas obliquamente, dependen - do da habilidade do operador) . Alguns profissionais, no momento de empur- rar a agulha no tecido subcutâneo, após sua introdu - ção com o tubo-guia, optam por preguear a pele e o tecido subcutâneo, que apresenta mais firmeza par a 0 deslizamento da agulha ou quando a camada de tecido adiposo é de pouca espessura (Figura 9. I J ), eSta última situação garante a introdução da agulh a sem atingir o tecido muscular localizado abaixo d a camada adiposa. Após a agulha ser introduzida, conectam-se os eletrodos tipo "jacaré" nos pares de agulhas co r- f(\po d · t · de acord o 11 entes à área que se dese)é:1 tra ai , co111 o canal de saída de corrente. Pode-se fixar os l'ietrn i , · s •\s agulhas, e os com esparadrapo, prox11no ' __ ; Para qu ,. - h . . . do após sua colo<.aç,1 0, '- nao ªJª rncomo , l '.i l'lrnl1p11l1, l' ( l ·.h·l ro li p11 lor, •w ) j Figura 9 · 13 Pregueamenlo da pele para introdução da agulha. Figura 9.14a Agulha com eletrodo tipo "jacaré" sem fixação . Figura 9.14b Eletrodo posicionado corretamente com fixação IJ rrrl/<1 11mt1<ífi:1l -------------------------------- r r,1 "'· ,1,-111l/i,1 , lcndrm ,J mud.-ir de po <; içao no te- ( 11/ 1 ,, m ·. 1r1,1dc· d,, rr,,u,,n,rnwnto cx<:rc. ídn pclm f 11 , ·, ,Jr, r·I, 1 ri ,d,, , // 1g1J r ,1 9 1 •I ) f'.ir.i ,1 rc.i/11.1<,,1 11 d,J tc1.. n1 1..a , ,1 .írca a tratar d, ,. < r,,r d1 n1Jd1 < dc, rn fc:r ada. (. 1mportanl l' f,1,nl,( Ili l)IJ(' ,J íll,lfh d,, r,ri; rador c<,tcja m de\ in - f, r.,dJ, 1111 que n mc,mo fa çJ U'- CJ de luva'> C\térei'>. •• 1 l1 ~ 1Jr.i , .t( 1ma, podtmo<., ve rifi car a diver- , ,d,uk de r.im<1nho, e quantidade de agulha<. neces- .._,n,I\ num.1 dc1um 1nada terapia. ~a Figura 9. l Sa, n1 ,t.1mo , ,1uc, (()ffi uma agu lha de maior tamanho, rod<:mo, ,1hr,mgcr uma área maior de tecido ad ipo- ,, ,,1 f 1gurd 9 156, verificamo, também que deve- rnrh <.:<, f,1r atcnto c, ao número de agu lhas necessárias rarJ cr,hnr com a rnrrcntc !()da uma área. :1d Frgura 9 1 Sa O tamanho da agulha pode determinar o 'amanho da area a tratar numa única sessão. Figura 9.1 Sb Um número máxímo de agulhas pode Qítr2rit,r ô e~llmulaçao ~m toda árP,a de tratamento. () proCl:Wi é con\id c:radr) · · . . f . . invasivo alrado é.J e: l: ll o, ,1\tc:miu,\ por cau!>a d l , J O ongo tempo d , ura~•">: S(J minul<i1i i 1 S, , d . e . tgu n o Zaragoza e Rodri - go,- a du ração da sessão gi ra em torno de 60 mi-nuto~. ~ão recomendamos o uso da ele tro li poli-,e abaixo de 40 minutos, Modesto et al. 24 compararam as aplicações de 30 minutos com outras de 60 mi- nutos pela presença de corpos cetón icos na urina. Verificaram que com 60 minutos houve presença de corpos cetónicos em 60% das amostras, entretanto, com o tempo de 30 minutos não foram verifi cadas alterações na urina. Após a sessão, pode-se aplicar algum tratamento complementar como eletroesti- mulação neuromuscular, drenagem linfática, car- boxüerapia, ultrassom, estimulação de pontos de acupuntura etc. Para que o tratamento tenha maior resul- tado, deve ser somado ao tratamento uma dieta hipocalórica e hidrosalina, controlada para fa- vorecer a saída de água intracelular, assim como atividade física com características aeróbicas, pois a corrente elétrica, ao estimular a lipólise, fa z os trigl icerídios serem disponibilizados para consu- mo, diante disso, se faz necessário que a ingestão calórica seja menor que o gasto energético diário, com isso, a área de gordura estimulada pela ele- trolípólise será consumida prioritariamente se 0 indivíduo tratado esti\·er em demanda energét ica (em dieta e/ou praticando atividade física aeró- bica). Isso faz alguns não acreditarem na eficácia da eletrolipóHse, pois alegam que se o indivíduo fizer dieta e/ou atividade física ele emaorecerá de qu~lq_u~r t~rma, entretanto, ressaltamo: que a eletrolipohse e indicada para gordura localizada e que quando emagrecemos perdemos medidas de forma generalizada e que as gorduras localizadas embora diminuam, ainda permanecem evidentes, mesmo após perdas d . , ' e peso cons1deraveis; ressal- tamo~, ain?ª· _que, quando se aplica a eletrolipólise assoc'.ada _ a dieta e/ou atividade física , a red ução de ~d1pos1dades localizadas se faz de forma muito m~1s_ evidente, podendo até haver alguma dim i- nu1çao de peso. Quanto aos parâmetros exatos da intensida- de de corrente depar . . ' amo-nos com algumas di wr- genc1_as entre alguns autores. Segundo Zaraooz l e Rodngo 1 · ·d o • , . ' a mtens1 ade varia entre 2 mA e I O \ Ja Par e r II m .• . I n t sugeriu de 5 rnA a 40 rnA E Para Sori·a I " • ntrc t.l ntL), no et a -- a c . . 1· ·1· . . . orrente utilizada na c.'ktrl>- 1po ise e a rn1crocorrente . . praticada d . ' portanto a 111tens1d.ll.,t' evera estar abaixo de I m . .\ . r le 5, ·s, d- se ão ito ]]· . 10ssa pdtica c línica, iniciamos a sessão l· Jll 1 . ido ,1 intensidade de corrente gr adativa- •111 ;11 d 1· . . ' 1 d . 11 111 1' ·tindo o 11111ar suport,1ve o p aciente. • , pai n1l•n1~· ,1 ,ilY rel ataram que a intensidade deverú >(1rií1fll 1 1. t'l(fa cm função do umbral de sens ibili- , un1t'll , . . ~l·r '1 dl' forlllª que nao resulte em do r 111tensa na ,I.Hll'- tr,itada. V,1le ressaltar que a pe ssoa tratada ,,,0,1 . . d " . , . . 1H · • t·ir uma st'nsaçao e pico m ax1mo nao \' no, ,lc' . "l' L'SSl' serú ajustado segundo a tolerância l1)ro~0 ' Ji .· ,11te preocupand o-se com a acomodação p:tl lt ' li() . . ltt ·tl Havendo a acomodação, a intensidade jJ\'ll ' ' 1111 .,' ·er c1UJ11entada quantas vezes forem neces- J ·r,1,1 !I l \ • • Para Parienti, 11 é necessário que o paciente , ,111.I~- (( . d ,, . . ·. . ·ensação de pICa as que cheg am ao hm1te ' ,1 n!,I ~ Jo desagradável, e, durante a sessão, é preciso au- inentar progressivamente a intensidad e da corren- te durante o processo de acomodação . Entretanto deve-se tomar cuidado ao au- mentar a intensidade da corrente di ante do pro- cesso de acomodação quando forem utilizadas correntes contínuas (polarizadas), po is vimos, na prática clínica, que agulhas foram q uebradas no interior do panícula adiposo em v irtude de ter ocorrido processo de oxidação das mesmas no polo positivo, quando a intensidade foi utilizada na faixa dos miliamperes. Fato esse que suscitou intervenção cirúrgica para retirada da s agulhas. Algumas medidas podem ser tomad as para evitar este processo de oxidação das agulhas nos aparelhos de corrente contínua. Reco mendamos o uso de agulhas de prata, o uso do mo do de inver- são de polaridade automática (se hou ver disponi- bilidade técnica) para evitar o acúmu lo de íons, e evitar o uso de miliamperagem, pref erindo a ado- ção de doses até, no máximo, 900 mic roamperes. Baseado nestes conceitos, entendem os que os autores que relataram o uso de in tensidade na faixa dos miliamperes utilizaram corre ntes alterna- das, pois, caso usassem corrente cont ínua, haveria grande risco de lesão pelos efeitos g alvânicos da corrente contínua, assim como alteraçã o na estrutu- ra das agulhas (como citado acima). P arienti, 11 por exemplo, relatou que fez uso de aparel ho que forne- cia corrente com pulso bifásico assimé trico (Figura 9.16) do tipo normalmente encontrad o nos apare- lhos de TENS (eletroestimulação trans cutânea). Diante disso, verificamos, em nossa prática clínica, que o estímulo proporcionad o por apare- lhos de TENS ou com forma de onda semelhante Ell'lrolip61i~e (Elctrolipofort~) conseguiu reproduzir os mesmos efe itos fisiológi- cos cm fezes e urina obtidos com o uso de apare- lhos clássicos de eletrolipólise, assim como intensa redução do panlculo adiposo locali zado. Alguns autores25 ·2r,.n relataram ter obtido boa resposta com o uso do TENS na eletrolipólise. Re comendamos os seguintes parâmetros de modula ção do TENS para eletrolipólise: modo normal, f requência de 25 Hz, tempo (largura) de pulso de 300 micros- segundos, tempo de aplicação de 60 minutos e in- tensidade máxima tolerada. As sessões podem ser semanais, e, p ara que haja resultados, deve ocorrer um m ínimo de seis sessões, podendo o tratamento alc ançar até dez sessões, devendo-se levar em conta que os efeitos se prolongam durante umas semana s a mais, sen- do que, para julgar os resultados, de ve-se esperar até 45 dias após o fim do tratamen to. 2 Parienti 11 sugeriu uma aplicação por semana, e, segundo o autor, os resultados tornam-se mais significativos após a terceira sessão. Em nossa prát ica clínica, ve- rificamos maior eficácia quando uti lizamos a ele- trolipólise duas vezes por semana. ~1 !~ 0,52 ms 0,8 ms .___. - 50 V 140 µs - 100 V 80 s - 340 V 80 µs Figura 9.16 Forma de onda bifásica assimét rica usada em eletrolipólise. Na aplicação com agulhas, estas dev erão ser de boa qualidade, estéreis, mantend o-se em todo momento medidas de assepsia ( d esinfetando a pele a ser tratada). Embora não se ja recomenda- do, quando se utiliza corrente alte rnada algumas Dermato-Funcional agulhas podem ser esterilizadas e reutilizadas para · ·t plicações 1·22 o mesmo paciente por seis a 01 o a · Entretanto, quando a corrente utilizada for pola- rizada, pode ocorrer oxidação das agulhas no polo positivo, inviabilizando a sua reutilização. . Quando há o aparecimento de dor durante a introdução da agulha, significa que ela está mal posicionada ao entrar em contato com as aponeu- roses da pele, que são estruturas ricamente iner- vadas, ou atingiu vasos ou nervos subcutâneos. As agulhas devem ser introduzidas sobre o tecido cutâneo, no nível do panículo adiposo.22 Não deve ocorrer nenhum sangramento e nenhuma dor deve ser manifestada. Esses fatos garantem a implantação correta da agulha no te- cido adiposo. 11 Durante o tratamento, é normal a percep- ção, por parte da paciente, de uma mudança no aspecto da urina, que pode apresentar-se com tra- ços de "gordura': representada por uma mancha oleosa superficial, de aspecto espelhado. A uri- na pode parecer, ainda, mais fétida (aumento da presença de corpos cetônicos) e turva, há ainda aumento da frequência de micção. Pode ocorrer também mudança no aspecto das fezes, que ficam mais pastosas e gordurosas, podendo ocorrer até grande desarranjo intestinal e,ainda, flatulência. No campo das repercussões sistêmicas, Paula et aL 28 não verificaram diferenças significativas nas concentrações séricas do perfil lipídico ( colesterol total, HDL-C, LDL-C e triglicérides). As concen- trações séricas de glicerol no sangue apresentaram redução significativa. Barros et al. 30 não verifica- ram alteração no grau de deposição de gordura no fígado após o tratamento com eletrolipólise. Em nossa prática clínica com o uso de apa- relho com corrente contínua pulsada (pulso re- tangular), com inversão de polaridade a cada dois segundos, que emitia uma corrente portadora de 2.~00 Hz modulada em 30 Hz, aplicada na região glutea, venficamos resultados inferiores aos obti- dos com aparelhos que utilizam somente uma cor-rente de baixa frequência no tocante à d . . . _ d , ' 11n10u1çao a espessura do pan1culo adiposo E 1 · sses resu ta-doc; foram verificados através de exa 1 . me u trasso-nografico, onde ficou evidenciado u d. · · - ma pequena 1mmu1 çao de cerca de 6 mm 8 . . - ª mm, diferença ec-, c;a que nao fi cou evidenciada na a , 1 · , . região tratada das pacientes. na isc vi sual da Verificamos que alguns profiss ionais se · de na-0 conseguirem bons resultados com queixam a eletrolipólise, identificamos alguns erros meto- dológicos que podem ocorrer na prática clínica e que poderiam justificar esse insucesso: • Agulhas introduzidas de forma não paralela (isso faz a concentração de corrente ocorrer de forma heterogênea, se concentram mais onde as agulhas estão mais próximas umas das outras). • Tempo de aplicação menor que 40 minutos. • Pouca intensidade de corrente utilizada. • Ausência de dieta e/ou atividade física (inges- ta calórica acima do necessário para as ativi- dades diárias). • Agulha introduzida de forma superficial no tratamento de gordura localizada ( quando pressionamos levemente o dedo na pele sen- timos a agulha). INDICAÇÕES ■ As principais indicações da eletrolipól ise estão no tratamento de gordura localizada (Figura 9.17), lipodistrofia ginoide (Figu ras l 8a-c) e lipo - distrofia localizada. Há também indicação na pós- lipoaspiração, como complemento da cirurgia. Podemos ainda utilizar a eletrolipólise para dimi - nuição do perímetro em abdômen, coxa e quadril. Po~e haver também discreta perda de peso, melhora circulatória local e melhora da troficidade da pele da área tratada. .se 7 H ' AgUll 9.19 1\ l) 1111,ltJtllll dtl dl ll\l~ tl dll 'ltll~ tltl 11111 1111 1 1 1 ' 1 .ll l llll l ll ( ti l'll (lllt 'I I ti I Ili) ' ' fl1ílllllt'dli,,1d,1s 18 $tl~Sút.l$ llll ulutinl lpnli su 1 , 111 1 • ' ' · ' t o.1~ pi1,1ç,1u 11,11 u11ltiu tlu ll,111 cn dl1ull(l, n1Hlt• , , 11,11 1.1u1:011tu11u :: Nul,11 wl1111H1 tl:1 sl 111ul1l,1 (aHp111,il dpn~ o l1iil,111Hll 1lo ~ ' ' 1 I ' ' J, I Figura 9.20 a-b Resultado de 1 o sessões de lratamento de gordura localizada abdominal co 111 uso de clcl1ol 1póliso assoc iacl 1 d eletroestirnulaçao com corrente russa. Figura 9 20 c--d Aesu laôo de 10 ses.sões de tr~en:o de goíCura toca iá::2 2)1'.:!:-'.:-:é :.:m l!5D ~ e ~o:~ ise ~G:·2== çao com corrente russa. Figura 9.21 a-b Resultado de 10 sessões de tratamento de gordura localizada em flancos com uso de eletrolipólise realizada com TENS Paríenti 11 acrescentou ainda o uso da eletro- lipóli se nas compl icações de "placas onduladas" após a lipoaspi ração e na ptose abdominal e das nádegas. Garcia et al.29 verificaram diminuição de gordura localizada em flanco pós-lipoaspiração com o uso de microcorrentes (Figura 9.19). Bigi et al .27 associaram a eletrolípólise com a corren te rus- sa e obti veram ótimos resultados no tratamento dr gordura localizada abdominal (Figura 9.20). r ~ / - •' n.1.1 111 -.r-. o- a Frq 12.0 MHz º" 14 EIA 1113 .... o.o D l.Dc■ 011 71 2JA Fll 2SHr o • .,. ., :,t ., ~ · - - ,CRISTA ,_ ..,.. >-. LIACA :~ .. ' ' DIREITA CORTI: CORONAL ORTOSTASE ■11.1' n.o.o 12L •m• 0-9 Frq 12.G MH . º" 44 - 1,,,,-.41 CORTE CORONAL ORTOSTASE Flt- troliróli ,l' ( Elct roliroforc,c) .. '-l 111• ... 111 ._r._ o- li Frw !UI e,, r• E A Of.J MU O.O e roca OR 71 jFR Z!HI 2 AO U \ CRISTA ,- 1.JACA ESQlERD.A ■1.115 llllJI 12\ ~ -0-9 Frw 120 IIH1 GIi u EIA 0t.1 · MuD,U 1 D 7.0 cm DR 75 2 FR !l!Hz - AO '7i 'I " .-,,. · .. -~ ,:_.~~~== . . : -:--: __.---: . EA 0.J MD O.O O 7DCJ:J 011 75 ;:11 55 HJ 2- AO 75 '\ . ~..-/ CRISTA -.,__ .._ · ... ..:: ., ILIACA ~ f' DIREITA - - CORTE CORONAL ORTOSTASE CRISTA ILIACA ESQUERDA Figura 9.22 Exame ultrasonografico mostrando resultado de 1 O sessões de tratamento de gordura localizada em flancos com uso de eletrolipólise realizada com TENS. Luz et al. 26 verificaram, por meio de fotografias e exame ultrassonográfico, boa resposta terapêutica nos flancos em sequela de abdominoplastia (Figura 9.21 e 9.22). CONTRAINDICAÇÕES ■ Segundo Soriano et al. ,22 não existe ne- nhuma região do corpo em que o método esteja co ntraindicado, sempre e quando a indicação seja correta. Alguns autores 1·11 ·22 descreveram algumas contraindicações para eletrolipólise. Entretanto veri licamos que algumas delas reterem-se muito nia is a uma atitude cautelosa em relação à eletrote- rapia co111 0 um todo do que especificamente à téc- ni ca de l'lctrolipólise, por exemplo: em pacientes que apreSt'ntem trc1115tonws cardíacos (alteração do ritmo e d,1 condu\)O; insuficiência cardíaca ) e portadnres de 111c1rt"11-pL15SO e rnrdiopatias t"onge.,t i- 11as (neste c1so. ,,creditamos que se o estimulo ele- trico fosse aplicado próximo ,\ área cardíaca tal vcz se justificasse L1l contraindicaç:W, mas isso nor- malmente não ocorre em virtude da localização das regiões normalmente tratadas pda elet rolipó- lise); na gr,widez, em qualquer idade ges tacional, recomendamos evitar as úreas do abdómen e flan- cos (principalmente nos três primeiros meses de gestaç:W pelo risco de algum tipo de influência na formaçào fetal); na tro111bose venosa profunda ou estado \IC 11 oso catc1strófico (acreditamos ser pouco provável que o estímulo da eletrolipóli se possa causar danos aos vasos comprometidos, pois, nor- malmente, as agulhas estão colocadas no tt·cid11 adiposo, ou seja, distantes dos rnsos cornp1\1 1111.·- tidos); nos casos de neoplasias, contr.1i ndiL .t111 o, l)errn.'.lfo-funrio1ial 1 , . estiver passando so· somente se o estírrrulo e etnco bre a área tumoral. · . .· am al011111as contrain· Os autores ainda l.Jtar t,· . 1 absolutas para a dicações que entendemos seren . . • . . , nicos ( ,nsufic1en- eletrolipólise: pacientes renais c1 o . . . . l 'b .. - de glicerol na unna po- da rc11al) , pms a I ei açao . . d . fi ·iológicas na est1 utw a deria ocasionar mu anças s . . . renal, prindpa!J11ente sobrecai:ga; uuhz~çao de me- dic.unentos, como cvrticostero1des e ant1coagula~tes, pois em caso de sangramentos acid~ntais poden:11'.1 ocorrer complicações; e nas alteraçoes dermatolog1- (t1S na área a tratar ( dermatites, dermatoses, feridas, infüunações, eczemas etc.), pois poderiam apresentar irritaç;io à corrente elétrica. Possíveis complicações e/ou efeitos secun- dários podem ocorrer com a implantação de agu- lhas no panículo adiposo, sem normas de assepsia adequada. Podem aparecer também hematomas após o procedimento terapêutico, o que não trará complicações. No método de aplicação de agulhas superficiais, poderá ocorrer uma pequena auréola de eritema pela passagem de corrente na pele que desaparecerá por si só e sem tratamento em poucas horas. Há também a descrição do aparecimento de pequenos pontos necróticos superficiais no local de introdução da agulha. As causas que podem de- terminar a aparição deste incidente não estão cla- ras, entretanto, caso apareçam estes processos, sua cura ocorrerá sem maiores complicações. 22 Parienti 11 mencionou que a técnica realiza- da de forma inadequada pode levar a ocorrência de algunsincidentes: • O paciente sente dor no momento exato da implantação da agulha. • Surgem equimoses após a sessão, devido a pequenas veias superficiais que são picadas desa~trosamente ou, então, por um erro na marnpulação de implantação atingindo teci- do muscular. • No final da sessão, a retirada da agulha sangramento. causa • Durante a -sessao, o paciente . leves contrações I queixa-se de museu ares N preciso verificar se as Ih . esse caso, é agu as nã t· • o plano muscular o a ingiram . Recomendamos que o r , za1 a eletrolipólise s01· . p ofissional que utili-1cite a p · ac1ente ( cliente) que de Consentimento Livre e Escl a- assine um Termo · . LE) fim de evitar dissabores quanto rec1do (TC ª . . . . -. t, ações Judic1a1s por nao terem a reciamaçoes e a e . . . . d / ·entados quanto a smtomas tipo sido avisa os on . te Abaixo sugenmos um mode-dor, hematomas e · . , . lo de TCLE específico para a eletrohpohse. Nome TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Endereço _____________ _ Telefone (res.) _____ (cel.) _____ _ Idade _RG CPF Declaro que o ( a) dr. ( dra). -------- ---------- explicou-me e eu enten- di O procedimento terapêutico, e quero me ~u~meter ao tratamento de eletrolipólise com os ob;etzvos de melhorar a minha silhueta corporal e estética. a) Descrição da técnica do procedimento: A técnica é destinada ao tratamento de gordura locali- zada. Caracteriza-se pela aplicação de uma corren- te elétrica terapêutica específica de baixa frequ ência que atuará a nível dos adipócitos, provocando a sua eliminação. Para esse procedimento, serão introduzidas agulhas de acupuntura descartáveis na gordura lo- calizada do paciente, e, em seguida, o aparelho será ligado por cerca de 50 a 60 minutos. Nesse momento o paciente sente uma forte sensação de corrente elé- trica passando internamente. b~ D~scrição do insucesso: o maior insucesso é a\º) p:o~na (o) paciente não aceitar as orientações ~s10terap1cas como realizar dietas, exercícios físicos e as vezes, consultar um médico sefior ne , . ' . cessano. compli;) ~escnção de complicações: podem haver aço~s, e as mais frequentes podem ser: - Discretos equimoses/h aparecer nos locais de aplicação ;;atomlhas podem sa de pequenos _ agu a por cau-vaos sanguí podem ser per+urad I n_eos superficiais que r, P os. sso nao ca · • 1uncional (não h , . d . usa zmpotencia ª zmpe zmento p . . normais do dia d. ara as atividades d ª za e laborativa ) . esaparecem em d s e os sintomas cerca e uma d - p d a ua semanas 0 em aparecer pequ · no local da agulh h enos marcas vermelhas a, c amadas hiper . parecem em pou h emza. Estas de.sa - cas oras e não tr .,. - Pode haver a..,em problemas. retirada da agulha pequeno sangrnme11to mm ,1 , que cessa {IO /' in1pa rnu>:, ..-c>m Ek1rulipofo,e (Elt!l ro lipofon--"<·) , , -'i i,> .-0 ,11 ,ilcool e ll( io tra- co 1 . . ,. ,;._v •• .. lllf> icaçiio nc. ' ,,,. ;. · ··• _ A•d,· hm·cr peq ut'no dcsconrj· . orto d11ramc • , ,d111 ·11c> d,, i1gulha c:fou apliú1çà d REFERÊNCIAS ■ ,i , ,.ri o a corrt'nte 1 • SILVA, M. T. Eletroterap ia cm estética corporal . . . ··n,·,1 . . , . d) f),-..,aiçâu da a nestesia: nâo ha' . . . . · 11ecess1da- . . J . 1111i;stt•.,1co. Caso se;a impossível a pJ · . ,;, ,., . . . a tcaçao 1• i(1 d,1 alta s,m s1btl1dade à dor. 0 1 ,· •/! r, _, . • rata111ento . . ,11 ,-, 111mii11d1cado. ·'' D,·t·laro e confirm o mais uma 11c- q ~ uc e11te11- ,; ·: , , 1d, 1., ,is explicações qu e me foram forn ecida s de , ,,.,11,1 âam e .ümples , inclusive permit,·,,do q ' ,, ue eu ·,.,·,i/i:,1:-st· todas as perg untas e fi zesse todas as ob- ,.•rT ,IÇÔó que achei perti nente para entender 0 .• . que (1,ww·â 1..'0mtgo nesse procedimento, não me .ficnn- ,JcJ dú1 1idas sobre a qua l procedimento terapêu tico ,,·Tt·i submetida( o). Por esse consentimen to confirmo que esto u _.;ati.J•ita(o) com as i nformações recebidas e que ,w11pr1:e11do todos os r iscos e benefícios deco rrentes d,·ste tratamento, e po r tais condições consi nto que _.;,:ia realizado o tratam ento da eletrolipólise. _____ __ _, _ __ ! ___ ! __ _ Nome/ identidade São Paulo: Robe, 1997 . p. 59-64. .!- ZARAGOZA , J. R.; RODRIGO, P. Electr oestética . 3· Espanha: Nueva Estét ica, 1995. p. 61- 7. Ross, M. H. e ROMREL L. L. J. Histologia Texto e Atlas. 2. ed. São Pau lo: Panamericana, I 9 93. p. 11 7-2 I. 4· CORMACK, D. H . Ham: Histologia. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1991. p.14-1 -48; 477-78. 5· JUNQUEIRA, L. C.; CAR:-.IEIRO, J. Histologia Bá- sica. 9. ed. Rio de Janei ro: Guanabara Kooga n, 1999. p. 169-170. 6- KESSEL, R. G. Histologia lvfedica Bá sica: A biologia das células, tecidos e órgãos. Rio de Janeiro: Guanabara K oogan, 2001. 7- G UIRRO, E. C. O.; GUIRRO, R. R J. Fisiotera pia Dennato-Funcional: Fu ndamentos. 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