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Punção Venosa

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Mariana Freitas – 2º semestre 
Habilidades Médicas 
 
 
1 
Introdução 
 O objetivo da terapia intravenosa é corrigir ou 
evitar distúrbios hídricos e eletrolíticos, por 
isso, permite o acesso direto ao sistema 
vascular, permitindo a infusão contínua de 
líquidos ao longo de um período de tempo. 
 A punção venosa é uma técnica na qual uma 
veia é puncionada através da pele por um 
estilete pontiagudo rígido. As finalidades gerais 
da punção venosa são coletar uma amostra de 
sangue, iniciar uma infusão IV de líquidos, 
proporcionar acesso vascular para uso 
posterior, administrar um medicamento ou 
injetar um marcador radiopaco ou outros 
exames de diagnósticos especiais. 
 
Os 9 certos da administração de fármacos 
 Medicação certa 
 Paciente certo 
 Dose certa 
 Via certa 
 Horário certo 
 Registro certo 
 Ação certa 
 Forma farmacêutica certa 
 Monitoramento certo 
 
Vantagens 
 Emergência (efeito rápido) 
 Estabelecimento de níveis constantes 
sanguíneos 
 Controle sobre a administração da dose 
 Aceita grandes volumes 
 Alguns medicamentos são altamente alcalinos e 
irritantes para o músculo e o tecido 
subcutâneo, por isso, precisam ser 
administrados diretamente na veia 
Dispositivos de Acesso Vascular 
São cateteres ou portas de infusão concebidas para 
acesso repetido ao sistema vascular 
 Cateteres periféricos (também chamados de 
Scalp): Uso em curto prazo. Utilizados para 
restauração hídrica após cirurgias e 
administração de antibióticos a curto prazo nas 
veias periféricas. Não utilizar as veias das mãos 
em idosos. A inserção na veia do pé é mais 
comum em crianças, mas é preciso evitar em 
adultos para evitar o risco de tromboflebite. Em 
crianças geralmente é administrado no membro 
inferior. 
OBS: Prazo máximo de 24 horas para sua retirada 
 Cateteres centrais e portas implantados 
(também chamados de Jelco): Uso em longo 
prazo. Terminam em uma veia central (o termo 
central é onde o cateter termina e não no seu 
local de inserção). O cateter central de inserção 
periférica (CCIP) entra em uma veia periférica 
do braço e desloca-se pelo sistema venoso até 
a veia cava superior, onde termina. São mais 
eficazes que os cateteres periféricos para 
administrar grandes volumes de líquido, NP e 
medicamentos ou líquidos que irritam as veias. 
OBS: Prazo máximo de 3 a 5 dias para sua retirada 
 
Complicações da terapia intravenosa 
 Sobrecarga circulatória: Quando o paciente 
recebe a administração em grande velocidade 
ou grande quantidade. Os sintomas de 
complicações dependem do tipo de solução. 
 Infiltração: Quando o cateter está desalojado ou 
se a veia se rompe e os líquidos intravenosos 
entram inadvertidamente no tecido subcutâneo 
em torno do local de punção venosa. Causa 
frieza, palidez e inchaço da área. Deve-se 
avaliar os aditivos no líquido infiltrado para 
Mariana Freitas – 2º semestre 
Habilidades Médicas 
 
 
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determinar como proceder. Deve ser feito a 
interrupção do acesso. 
 Extravasamento: Quando o líquido contém 
aditivos que danificam os tecidos, ocorre 
extravasamento. Causa frieza, palidez e 
inchaço da área. Deve ser feita a interrupção 
do acesso. 
 Flebite: É uma inflamação da parede da veia. 
Resulta de causas químicas, mecânicas ou 
bacterianas. Os fatores de risco incluem 
soluções ácidas ou hipertônicas; velocidade de 
infusão rápida; fármacos IV, como KCl, 
vancomicina e penicilina; cateter mal protegido; 
DAV inserido em área de flexão; higiene das 
mãos precária e falta de técnica asséptica. As 
reações são calor, rubor, dor que ocorrem ao 
longo do curso da veia e em alguns casos, 
causam embolia. Pode causar danos 
permanentes às veias. Deve ser feito a 
interrupção do acesso venoso. 
 Infecção local: Infecção na ponta do cateter na 
pele durante a infusão ou após a remoção do 
cateter. Calor, vermelhidão, edema. Deve ser 
feito a interrupção do acesso. 
 Hemorragia no local da punção venosa: 
Exsudação ou infiltração lenta e contínua de 
sangue no local da infiltração venosa. É 
detectado pelo sangue fresco evidente no local 
da punção venosa, às vezes se acumulando sob 
o membro. 
 
Materiais 
 Dispositivo de acesso vascular (cateter sobre 
agulha de calibre adequado, dependendo do 
tamanho da veia). Para infusões contínuas de 
líquido, cateter periférico de calibre 20 em 
adultos e 22 para idosos e crianças 
 Campo estéril ou toalha descartável 
 Garrote - 1 minuto máximo de permanência 
 Cotonete ou algodão com antisséptico 
(clorexidina a 2% ou álcool 70%) 
 Fita adesiva não alergênica 
 Anestésico local 
 Extensor de equipo curto, com conector sem 
agulha fundido ou separado 
 Seringa de 5 ml 
 Soro fisiológico 
 Equipo de infusão apropriado para bomba de 
infusão 
 Luvas para procedimento 
 EPI 
 Frasco para descarte de agulhas 
 Agulha 40x12 
 
Coleta de dados 
1. Revisar a ficha clínica do paciente (seguir os 
certos da administração de fármacos) 
2. Avaliar as variáveis clínicas (peso, PA, pulso, 
enchimento das veias do pescoço, ausculta dos 
pulmões, diurese, sede, nível de consciência) 
 
Preparação 
1. Coletar o equipamento adequado 
2. Identificar o paciente com dois indicadores 
(nome e data de nascimento, por exemplo) 
3. Explicar ao paciente, aos familiares ou 
acompanhantes o procedimento e a 
justificativa para aquilo, além do quadro de 
melhora que a pessoa irá apresentar 
4. Paciente deve assumir uma posição confortável 
(sentado ou decúbito dorsal) 
5. Realizar a higiene das mãos e organizar o 
material em uma mesa de cabeceira limpa e 
arrumada 
6. Abrir os pacotes estéreis com técnica 
asséptica estéril 
7. Preparar o extensor de equipo curto com 
conector sem agulha ou lock de soro fisiológico 
independente para anexar o DAV ao conector 
do cateter (salinizar o extensor com soro) 
 
 
Mariana Freitas – 2º semestre 
Habilidades Médicas 
 
 
3 
Procedimento 
1. Colocar luvas limpas (EPI) 
2. Colocar o garrote ao redor do braço do 
paciente acima da fossa cubital anterior (de 10 
a 15 cm acima do local de inserção) 
3. Escolher a veia de inserção do DAV, 
normalmente são as veias das superfícies 
dorsal e ventral dos membros superiores (veia 
cefálica, basílica e intermédia). Utilizar o local 
mais distal do braço não dominante 
4. Selecionar uma veia bem dilatada (com o dedo 
indicador palpar a veia pressionando para baixo 
e observar uma sensação de maciez elástica e 
saltitante ao liberar a pressão) 
5. Utilizar um cotonete ou algodão com álcool para 
limpar o local de inserção, usando atrito em um 
plano horizontal com o primeiro cotonete, em 
um plano vertical com o segundo cotonete e em 
movimento circular para fora com o terceiro 
cotonete 
6. Realizar a punção venosa, de modo a fixar a 
veia colocando o polegar sobre ela e esticando 
a pele contra a direção de inserção 4 a 5 cm 
distalmente ao local (inserir o DAV com o bisel 
para cima em um ângulo de 10 a 30 graus na 
direção da veia e depois que for inserido, deixar 
a agulha bem rente a pele) 
7. Observar o retorno sanguíneo à câmara de 
refluxo do cateter, indicando que a agulha 
entrou na veia 
8. Continuar mantendo a pele esticada e avançar 
o cateter na veia até que o conector esteja 
próximo ao local de punção venosa 
9. Estabilizar o cateter com a mão não dominante 
e liberar o garrote com a outra. Aplicar uma 
pressão suave com o dedo médio da mão não 
dominante 3 cm acima do local de inserção e 
manter o cateter estável com o dedo indicador 
10. Conectar rapidamente a extremidade distal do 
extensor de equipo ou extremidade de um lock 
de soro fisiológico ao cateter (extensão de 
infusão contínua) 
OBS: O extensor de equipo curto que vai ser 
instalado já deve estar enxaguado cuidadosamente 
por meio da seringa com solução salina para evitar 
a presença de ar (a agulha 40x12 deve ser utilizada 
para administrar o soro para a seringa, que por sua 
vez irá se conectar ao extensor). 
11. Fixar o cateter e aplicar a fita não alergênica 
12.Enrolar o equipo ao longo do braço e colocar 
o segundo pedaço de fita diretamente sobre 
o equipo para prendê-lo 
13. Retire as luvas de procedimento e higienize 
as mãos 
14. Anotar data e a hora da inserção, calibre e 
comprimento do DAV e as iniciais do 
profissional 
15. Deixar o paciente confortável e ensiná-lo a 
se movimentar sem desalojar o DAV 
16. Descartar qualquer utensílio perfurante no 
recipiente adequado 
 
Avaliação 
 Observar o paciente a cada 1 a 2 horas 
(verificar a quantidade correta de líquido, 
verificar a velocidade da bomba ou a taxa de 
gotejamento e verificar a permeabilidade do 
DAV)

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