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FACULDADE ISRAELITA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE ALBERT EINSTEIN - MEDICINA
Tiemi Paiva
Abdome Agudo Inflamatório
CIRURGIA GERAL
	
ABDOME AGUDO
Dor de aparecimento súbito, não traumática, de intensidade suficiente para levar o paciente ao atendimento médico e requer tratamento imediato.
	
-Classificação:
	Inflamatório – apendicite, colecistite, diverticulite, pancreatite e doença inflamatória pélvica
	Obstrutivo – aderências (bridas), hérnias, tumor, volvo, intussuscepção, íleo biliar e fecaloma
	Perfurativo – úlcera péptica, neoplasia, diverticulite complicada, corpo estranho e isquemia com perfuração
	Vascular – isquemia intestinal, trombose mesentérica, torção de cisto e infarto esplênico
	Hemorrágico – gravidez ectópica rota, rotura de aneurisma, cisto ovariano roto, necrose tumoral e endometriose
APENDICITE AGUDA
	Causa mais frequente de abdome agudo inflamatório, operação de urgência mais comum (7%). 
	-Fisiopatologia: obstrução do lúmen do apêndice por fecálito, aderência, aumento do tecido linfático, corpo estranho, parasita ou tumor. Ocorre acúmulo de secreções com aumento da pressão intraluminal (local pró-infeccioso), gerando dor visceral (nervos aferentes de T8 a T10 → dor migratória). A pressão intraluminal aumentada impede a drenagem linfática e venosa acomete a serosa e provoca dor localizada. A progressão pode levar a necrose, perfuração, abscesso e peritonite.
	-Fases evolutivas:
	Hiperêmica – inflamação intraluminal, acometimento de mucosa
	Edematosa – edema da parede do apêndice
	Fibrinosa – extensão até a serosa
	Flegmonosa – secreção purulenta no lúmen
	Gangrenosa – isquemia
	Perfurativa
	-Quadro clínico: dor em mesogástrio, em cólica, acompanhada de náuseas ou vômitos e anorexia, que posteriormente migra para FID, com caráter contínuo e com sinais inflamatórios.
	Sinais inespecíficos: dispepsia, alteração do hábito intestinal, diarreia, mal-estar generalizado.
	Exame físico: afebril ou febre baixa, sinal de Blumberg é sinal independente preditivo de apendicite.SINAIS DE APENDICITE
Sinal de Blumberg: dor à descompressão brusca no ponto de McBurney (FID)
Sinal de Rovsing: dor na FID quando de palpa a FIE ocasionando retorno gasoso com distensão do ceco
Sinal de Lenander: dissociação entre temperatura retal e axilar > 1°C
Sinal de Summer: hiperestesia de FID
Sinal de Lapinski: dor à compressão da FID enquanto se solicita ao paciente que eleve o MID
Sinal da punho-percussão: dor na FID à punho-percussão do calcâneo
Sinal de Dunphy: dor desencadeada pela percussão abdominal ou referida quando se solicita ao paciente que tussa
Sinal do obturador: dor durante a rotação interna passiva da coxa direita flexionada
Sinal do psoas: dor na flexão ativa da coxa direita contra uma resistência (ou dor na extensão passiva da coxa) com o paciente deitado em DLE
	O quadro clínico pode variar de acordo com a posição do apêndice – dor em flanco/dorsal, irradiação para a pélvis ou o testículo, disúria, urgência urinária, evacuação diarreica
Posições do apêndice: retrocecal – subcecal – pré-ileal – pós-ileal - pélvica
	-Diagnóstico: clínico → história e exame físico característicos.
	Exames complementares: beta-hcg em mulheres na idade fértil, urina I, hemograma completo, PCR
	Exames de imagem: apenas se necessário investigar melhor a hipótese diagnóstica → RX raramente faz diagnóstico, USG é ideal em gestante e crianças mas é operador dependente, TC é o melhor exame, RNM é uma opção para gestantes.CRITÉRIOS DE ALVARADO
MANTRELS – migration of pain, anorexia, nausea or vomiting, tenderness in RLQ (2), rebound tenderness, elevation of temperature, leukocytosis (2), leftward shift
Pontuação < 3 – risco muito baixo de apendicite
Pontuação ≥ 7 – apendicite em 93% dos homens e 70% das mulheres
	-Complicações: 48 horas para necrose e 70 horas para perfuração 
	Regressão espontânea possível 
	-Tratamento: cirúrgico! Laparoscopia diagnóstica e terapêutica → apendicectomia
	Antibioticoterapia isolada – conduta não consensual, possível em casos iniciais e pacientes hígidos, risco de insucesso e necessidade de cirurgia.
	-Classificação videolaparoscópica: 
Fase 0: apêndice normal. 
Fase 1: edema e hiperemia. 
Fase 2: fibrina. 
Fase 3: necrose segmentar. 
Fase 4a: abscesso. 
Fase 4b: peritonite regional;.
Fase 4c: necrose da base do apêndice. 
Fase 5: peritonite difusa.
	
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