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Peça nº 54 Consumidor - Ação de Reparação por Danos Materiais e Danos Morais

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Nome: Aline Nunes Santesso 
RA: 201510005
Peça processual Direito do consumidor, número 54.
EXCELENTISSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(ÍZA) DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE CATANDUVA – SP.
	
	
	NORBERTO DA SILVA, brasileiro, estado civil, profissão, inscrito no CPF sob n° xxx.xxx.xxx-xx, portador do RG nº xx.xxx.xxx-SPP/SP, endereço eletrônico: desconhecido, com domicilio e residência na Rua xxx, nº xx, CEP xxxxx-xxx, na cidade de Abacaxi D’Oeste - SP, telefone (17) xxxx-xxxx, por intermédio da sua advogada subscrita, com endereço profissional à rua xxx, nº xx, nesta cidade, endereço eletrônico advogado@adv.com.br, cujo o instrumento de procuração com poderes especiais segue anexo (doc. 01), vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fulcro nos artigos 318 e 319 do código de processo civil; artigo 927, § único do Código Civil e artigo 12, § 1º do Código de Defesa do Consumidor, oferecer:
AÇÃO DE REPARAÇÃO POR DANOS MATERIAIS C/C DANOS MORAIS DECORRENTE DE RESPONSABILIDADE PELO FATO DO PRODUTO
	Em face da empresa VENTANIA LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob n°: xxx.xxx.xxx/xxxx-xx, endereço eletrônico: ventania@gmail.com, situada na Rua xxxxxx, nº xxx, bairro xxxxxx, na cidade de São Paulo - SP, CEP xxxxxx-xx, telefone (11) xxxx-xxxx e da marca VENTOBOM, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob n° xxx.xxx.xxx/xxxx-xx, endereço eletrônico: ventobo@hotmail.com, situada na Rua xxxxxx, nº xx, bairro xxxx, na cidade de xxxxx-xx, CEP xxxxxx-xx, telefone (xx) xxxx-xxxx, pelos fatos e fundamentos a seguir delineados.
GRATUIDADE DA JUSTIÇA
	Requer, inicialmente, os benefícios da Justiça Gratuita por ser pobre na forma da Lei, conforme declaração de hipossuficiência anexa, nos termos do art. 98 e seguintes do CPC/15. Não dispondo de numerário suficiente para arcar com taxas, emolumentos, depósitos judiciais, custas, honorário ou quaisquer outras cobranças dessa natureza sem prejuízo de sua própria subsistência e/ou de sua família, requer a assistência da Defensoria Pública com fulcro no art. 185 do CPC/15, tudo consoante com o art. 5º, LXXIV, da Constituição Federal. 
I. DOS FATOS
	O Autor reside na cidade de Abacaxi D’Oeste, interior de São Paulo, onde em xx de abril de 2018, adquiriu através do site VENTANIA LTDA um Ventilador da marca VENTOBOM, aparelho de teto com pás de acrílico, no valor de R$ 450,00 (quatrocentos e cinquenta reais), segundo a nota fiscal de compra anexa (doc. 02), com muito esforço e trabalho com a finalidade de dar um “aconchego” melhor para sua família, já que em sua cidade a temperatura é altíssima e Norberto é trabalhador braçal, além de possui três filhos menores (certidões em anexo). 
	O comprador um contratou instalador elétrico que instalou o produto seguindo as informações da embalagem, bem como, o manual de instruções. 
	No dia xx/xx/xxxx, com a família toda reunida no cômodo sob ventilador comprado, assistindo ao jogo do “Leão”, tempos depois da aquisição (aproximadamente 18 meses), quando uma das pás se rompeu e caiu ainda em movimento, quase acertando seu filho pequeno, despedaçando-se na parede, conforme demonstrados às fotos que seguem anexas (doc. 03). 
	Norberto procurou a assistência técnica da marca para resolver o problema, ocasião que foi informado o decurso do prazo de garantia, orçando com o conserto em R$ 300,00 (trezentos reais), valor praticamente semelhante ao da aquisição. Conforme documento em anexo (doc 04).
	Foi orientado a procurar a fabricante, relatando o defeito oculto e exigindo a substituição do aparelho ou devolução do valor da compra. Assim agiu, tanto por E-mail com por telefone, conforme anexo (doc. 05), no entanto, a parte demonstrou desinteresse e pouco caso frente à situação e alegou não poder atende-lo, já que se encontrava fora do período de garantia, assim, como última alternativa restou ao Autor, ingressar com a presente ação, tendo por base os fundamentos jurídicos que agora expõe.
II. DO DIREITO
	Primeiramente se caracteriza o autor como CONSUMIDOR por trata-se de pessoa que adquiriu um produto como destinatário final nos termos do art. 2º do CDC, por sua vez a Ré constitui-se como FORNECEDOR conforme artigo 3º do mesmo código, fabricante do ventilador, conforme demonstra nota fiscal anexa (doc. 02). 
	Será aplicado ao presente caso portanto as normas de proteção e defesa ao consumidor previstas à lei nº 8.078/90 (CDC), que, nos termos de seu art. 4º, ressalta a busca pelo o respeito a dignidade do consumidor, a sua saúde e segurança, bem como a garantia de seus interesses econômicos, e sendo reconhecida sua vulnerabilidade frente ao FORNECEDOR em questão.
	Que deverá ainda, por força da alínea d do mesmo instituto legal garantir a segurança e a qualidade do produto, norma claramente desrespeitada no presente caso, quando se vê que um aparelho que deveria ter duração mínima de 10 anos, após 1 ano e meio teve sua hélice despedaçada e por pouco não atingindo uma criança. São direitos básicos do consumidor (art. 6º, especialmente I e IV do CDC) a proteção à sua saúde e segurança contra riscos decorrentes de defeitos do produto, bem como assegurada a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais por ele sofridos, em decorrência de eventuais violações.
	Bem como a responsabilidade objetiva do FORNECEDOR, considerando-se especialmente o art. 8º do CDC:
 “Os produtos e serviços colocados no mercado de consumo não acarretarão riscos à saúde ou segurança dos consumidores” 
	Assim também, o art. 12 do mesmo código:
“O fabricante, (...) respondem, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos.
§ 1º O produto é defeituoso quando não oferece a segurança que dele legitimamente se espera, levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais: 
II - o uso e os riscos que razoavelmente dele se esperam;”.
	Assim sendo, diante da ilegalidade consubstanciada na venda do produto eivado de vício, é “inquestionável” a legitimidade da FABRICANTE na lide e a sua responsabilidade pelos prejuízos causados ao consumidor, em razão de sua “conduta ardilosa”, conforme o artigo 18 do CDC, que prevê:
“a responsabilização do fornecedor, quando demonstrada sua culpa pelo vício de qualidade oculto ou aparente do produto, não importando sua relação direta ou indireta, contratual ou extracontratual com o consumidor”. 
Nesse sentido é o entendimento do nosso Tribunal de Justiça. 
152000009952 JNCCB.405 JNCCB.406 – CIVIL – CONSUMIDOR – AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS – VEÍCULO NOVO – DEFEITOS DE FÁBRICA – CONDENAÇÃO EM DANOS MORAIS – QUANTUM INDENIZATÓRIO EXCESSIVO – REDUÇÃO – CORREÇÃO MONETÁRIAA PARTIR DO ARBITRAMENTO (SÚMULA 362, STJ)– JUROS MORATÓRIOS A PARTIR DA CITAÇÃO – 1- A proteção da confiança é estandarte de importância ímpar à tutela dos direitos do consumidor. Se violada tal premissa, abre-se a possibilidade de indenização por danos morais. 2- No caso em tela, as expectativas do apelado quanto à eficiência e a qualidade do veículo adquirido restaram falidas, tendo em vista os inúmeros reparos realizados. Houve, ainda, privação do uso seu bem. Cabível, pois, a reparação dos danos morais. 2- O quantum indenizatório deve ser suficiente e adequado para penalizar o ofensor e, ao mesmo tempo, para inibir novas agressões, compensando-se o sofrimento do indivíduo sem, contudo, permitir o seu enriquecimento sem causa. No caso, a condenação original mostra-se excessiva, devendo ser reduzida. 3- O marco inicial para incidência da correção monetária é a data do arbitramento (SÚMULA Nº. 362 DO STJ).4. Nos casos de indenização por danos morais, os juros moratórios devem incidir a partir da citação (ART. 405 E 406 DO CÓDIGO CIVIL VIGENTE).5. Recurso parcialmente provido. (TJPI – Ap 2011.0001.000185-3 – 1ª C. Esp. Cív. – Rel. Juiz Conv. Oton Mário José Lustosa Torres – DJe 10.05.2011 p.7). Destarte, requer a condenação solidária das rés na condenação por danos morais, considerando os art.6º, VI do CDC, art. 1º, III, 5º, V e X da CF e artigos 186, 187 e 927 do CC.
	Por fim, impõe-se necessária indenização pelos danos morais sofridos pelo autor, pois tal fato o desgastou, sem contar o gasto extra que obteve através de um vicio oculto do produto comprado com muito esforço e trabalho árduo, o ventilador que para muitos é algo superficial, para Norberto e sua família era essencial.
III. REPARAÇÃO DOS DANOS MATERIAIS E MORAIS 
	Expressa ainda o Código Civil em seu artigo 927, caput e § único, que aquele que causa, independentemente de culpa quando a atividade normalmente desenvolvida, por sua natureza, implicar risco para os direitos de outrem responde integralmente por sua reparação. Mesmo espírito expressado ao art. 186 do CC. 
	Assim a substituição do produto defeituoso, por um novo é a ação mínima que se espera da ré. 
	Por fim, deve-se considerar o descaso da empresa, que após causar dano considerável ao CONSUMIDOR, permanece inerte, obrigando-o a ingressar com a presente ação judicial buscando ver respeitar direito expresso, ato que por si só enseja a indenização a título de danos morais, em valor a ser definido por este douto juízo.
IV. DO PEDIDO
	Diante do exposto, requer o Autor a Vossa Excelência que: 
a) Julgue integralmente procedente o presente pedido, condenando a Ré a entrega de novo ventilador da marca VENTOBOM, ou subsidiariamente ao pagamento da quantia de R$ 450,00 (quatrocentos e cinquenta reais) acrescidos de correção monetária e juros de mora desde abril deste ano, bem como ao pagamento de indenização por danos materiais no valor de R$.xxx, bem como indenização a título de danos morais em valor a ser arbitrado por V. Ex.; 
b) Condene-se a Ré ainda ao pagamento das custas e honorários advocatícios de sucumbência, nos termos dos artigos 82 e 85 do Código de Processo Civil; 
c) Conceda a inversão do ônus da prova prevista no Art. 6º VIII do C. D. C. Em razão de possível necessidade de comprovação de fatos impossível ao autor, na presente lide; 
d) Cite a ré, nos termos do art. 238 e seguintes do CPC, para, querendo, contestar o pedido e comparecer às audiências designadas, sob pena de aplicação dos efeitos de revelia e confissão quanto à matéria de fato e no final pagamento dos valores pleiteados acrescidos de juros de mora e correção monetária; 
	Requer, por fim, provar o alegado por todos os meios de provas admitidas em Direito, especialmente a concessão da inversão do ônus da prova, o depoimento pessoal do requerido, testemunhas e novos documentos, se forem o caso.
Dar-se à causa o valor de R$ xxx
Nestes termos,
Pede Deferimento.
São Paulo, 15 de agosto de 2021.
Aline Nunes Santesso, Advogada.
OAB XXXXXXX. 
ROL DE DOCUMENTOS:
Doc. 01 – Procuração.
Doc. 02 – Nota Fiscal do ventilador.
Doc. 03 – Fotos do ventilador despedaçado e caído.
Doc. 04 – Orçamento e comprovante de pagamento do conserto. 
Doc. 05 – E-mail com a fabricante, bem como, conta telefônica (comprovante a ligação).
Doc. 06 – Certidão de nascimento dos três filhos menores.
	NUNES advogados |
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