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Parte I: Neuro I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco Sabrina Carvalho Miname LXXII Parte I: Neuro I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco Sabrina Carvalho Miname LXXII Aula 01 Revisão de conceitos importantes BIBLIOGRAFIA: Anatomia orientada para a clínica, MOORE – cap.1 22.02.2021 CONCEITOS GERAIS O sistema nervoso de divide em 2 regiões principais: • Parte central: cérebro e medula espinal • Parte periférica: nervos (feixes de axônios revestidos por TCD)*, terminações nervosas e gânglios (acúmulos de corpos de neurônios fora do SNC) CÉLULAS DO SISTEMA NERVOSO (histologia) • Se dividem em 2 tipos: neurônios e células da glia (astrócito, oligodendrócitos, micróglia, células ependimárias, células de Schwann e células satélites) • Morfologia clássica do neurônio: Fonte: Resumo sobre neurônios – SANAR Medicina • Tipos de transporte axonal: a. Anterógrado: dendrito – corpo celular – axônio (rápido, cinesina) b. Retrógrado: axônio – corpo celular – dendrito (lento, dineína) EPINEURO PERINEURO ENDONEURO TCDNM, pode apresentar vasos sanguíneos e adipócitos TCDNM com fibroblastos modificados TCF, fibras reticulares e lâmina basal de células de Schwann ORGANIZAÇÃO DOS NERVOS Parte I: Neuro I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco Sabrina Carvalho Miname LXXII • Neurônios classificados de acordo com conexões neuronais Sensoriais ou aferentes Conduzem a informação da periferia em direção ao SNC Morfologicamente são pseudounipolares (informações somestésicas) ou bipolares (visão, paladar, audição e olfato) Motores ou eferentes Conduzem a informação do SNC p/ a periferia Morfologicamente são multipolares Associativos ou interneurônios Unem a aferência e a eferência Morfologicamente são multipolares encontrados no SNC • Detalhes do axônio: o origem no cone de implantação (entre axônio e corpo celular) o rico em microtúbulos (no axoplasma) e mitocôndrias (no telodendro) o proteínas motoras que se associam aos microtúbulos: cinesina e dineína (as duas são dependentes do ATP) • Células da glia no SNC: Célula Função Morfologia Oligodendrócito Formação e manutenção da bainha de mielina (que cerca o axônio) Células pequenas, poucos prolongamentos citoplasmáticos Astrócito* Sustentação mecânica do tecido nervoso, formação da barreira hematoencefálica (mecanismo de transporte super importante), etc Morfologia estrelada *pode ser protoplasmático(muitos prolongamentos, curtos e bem ramificados) ou fibroso (poucos prolongamentos, longos e pouco ramificados) Micróglia Fagocitose na substância cinzenta Células pequenas com muitos lisossomos Células ependimárias Produção do líquido cerebroespinal, plexo corióide e pia-máter Cúbicas com cílios e microvilosidades • Células da glia no SNP: Célula Função Morfologia Células satélites Ajudam a estabelecer o ambiente controlado em torno do corpo celular (concentração iônica, isolamento elétrico...) Achatadas e irregularmente unidas por junção de adesão Células de Schwann Sustentação de fibras mielínicas e amielínicas, produção da bainha de mielina e ajudam a limpar os restos celulares Alongadas com núcleos achatados; apoiadas na lâmina basal Fonte(imagem): Células da Glia – Brain Latam OBSERVAÇÃO • Substância branca: fibras nervosas mielínicas (axônio + várias camadas de células envoltórias concêntricas e células da glia (astrócito fibrosos, micróglia e oligodendrócitos) • Substância cinzenta: corpos de neurônios, fibras nervosas amielínicas (axônio + uma camada de célula envoltória) e células da glia (astrócitos protoplasmáticos, micróglia e oligodendrócitos) • A organização da substância branca e cinzenta é diferente na medula e no cérebro!!! Parte I: Neuro I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco Sabrina Carvalho Miname LXXII • A formação da bainha de mielina é diferente no SNC e no SNP: o SNC: axônios do oligodendrócito ase enrolam para formar a bainha o SNP: células de Schwann dão origem à bainha de mielina • OBS: nas fibras mielínicas a bainha de mielina é interrompida em alguns pontos por Nódulo de Ranvier MECANISMO DA SINAPSE (fisiologia) • OBS: proteínas que atuam no transporte iônico Canais comporta dependentes de estímulo: na presença de estímulo, permitem a passagem de um íon pra dentro da célula; permitem difusão facilitada Canais comporta dependentes de voltagem: as células são naturalmente carregadas positivamente fora e negativamente dentro, e quando a célula se altera, esses canais se abrem (se a tensão continua aumentando, atinge um estado de inatividade antes de voltar ao normal) Canais comporta dependentes de ligantes: Ionotrópicos: quando um neurotransmissor se liga a uma proteína específica, ela se abre permitindo a passagem de um íon (alosteria) Metabotrópicos: neurotransmissor se liga a uma proteína e outra proteína permite a passagem do íon (o neurotransmissor ativa a subunidade G da proteína, que ativa uma unidade alfa que abre ou fecha outro canal – NEUROPLASTICIDADE FUNCIONAL*) *também existe a neuroplasticidade morfológica • As sinapses podem ser elétricas ou químicas, mas ambas seguem o padrão unidirecional do neurônio pré sináptico (obrigatoriamente fim do axônio) para o pós sináptico • Se um estímulo for forte o suficiente para atingir o limiar de excitabilidade, temos um potencial de ação, que percorre todo o axônio e quando chega no terminal axonal abre canais comporta dependentes de voltagem • Quando os canais se abrem, cálcio entra pra dentro da célula, ativa o complexo de enzima SNARE e é bombeado para fora da célula – esse processo excita o neurotransmissor • Quando canais comporta do neurônio pós se abrem, determina a ocorrência de um evento nesse neurônio: Se o íon for positivo ocorre a despolarização com a PPSE (potencial pós sináptico excitatório) - se esse PPSE for suficiente para atingir o limiar, ocorre um potencial de ação, e se não for ocorre um estímulo sublimiar Se o íon for negativo ocorre a hiperpolarização com o PIPS (potencial inibitório pós sináptico) com um efeito inibitório (afasta do limiar de excitabilidade EX: se abrir mais canais de potássio e fazer com que eles permaneçam mais tempo abertos pode gerar um PIPS, ou íon cloreto tbm faz o mesmo efeito Conceito de limiar: estímulo mínimo capaz de causar uma resposta OBS: espaço entre neurônios é chamado de fenda sináptica Parte I: Neuro I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco Sabrina Carvalho Miname LXXII Aula 02 Conceitos gerais do sistema sensorial BIBLIOGRAFIA: Tratado de Fisiologia Médica, GUYTON – cap. 47 23.02.2021 CONCEITOS GERAIS • OBS: o sistema nervoso deve interpretar a atividade de uma vasta rede de receptores e usá-la para gerar percepções coerentes • Capacidades sensoriais dos neurônios são ligeiramente diferentes devido ao genoma e experiências e influências ambientais, além de estados fisiológicos/biológicos/psicológicos/etc • Sensação X percepção: o Sensação: estímulo que provoca a transdução o Percepção: como cada pessoa interpreta o estímulo • Modalidades sensoriais (tipos de sensibilidade que podemos experimentar como tato, visão, audição etc) levam à percepção RECEPTORES SENSORIAIS (fisiologia) CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA DOS RECEPTORES: • Células especiais não neurais ou células neurais especializadas/modificadas (receptores não possuem canaisdependentes de voltagem, não conduzindo potenciais de ação) • OBS: principio das vias rotuladas é a especificidade de fibras nervosas para transmitir apenas uma modalidade sensorial • Neurônios (terminações nervosas livres ou encapsulados) Modalidade Detalhamento Morfologia do receptor Visão detecção de formas, cores, movimento, distância multipolar Audição reconhecimento de timbres, localização espacial) bipolar Olfato reconhecimento de odores Multipolar e bipolar Gustação paladar reconhece sabores como doce, amargo etc Bipolar Somestesia tato, vibração, pressão, dor, sensibilidade térmica Pseudounipolar Propriocepção sexto sentido ou submodalidade sensorial da somestesia CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DOS RECEPTORES: • Mecanorreceptores: sensíveis a estímulos mecânicos contínuos ou vibratórios – capta deformação mecânica o Corpúsculo de Pacini: derme; mais profundo; periósteo (parede das vísceras) – detecta pressão vibratória e alta frequência o Corpúsculo de Missner: epiderme glabra – detecta tato, pressão vibratória e baixa frequência o Existem outros tipos de terminações também, como terminações nervosas livres(dor, temperatura, tato grosseiro..), discos de Merkel (tato e pressão estática) e outros Parte I: Neuro I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco Sabrina Carvalho Miname LXXII OBS: o potencial receptor é variável a. quanto mais forte o estímulo, maior a amplitude e maior a frequência de PAs (se for muito intenso, gera potenciais de ação com mais frequência do que se for mais fraco) b. quanto mais duradouro, maior a frequência de PAs • Quimiorreceptores: sensíveis a estímulos químicos • Fotorreceptores: sensíveis a estímulos luminosos (ex: bastonetes e cones) • Termorreceptores: sensíveis a variações térmicas • Nocirreceptores: sensíveis a estímulos intensos que podem causar lesões - dor (deformações mecânicas, alterações térmicas ou estímulos químicos) CLASSIFICAÇÃO QUANTO A LOCALIZAÇÃO DOS RECEPTORES: • Exterorreceptor: contato direto com o meio externo (ex: língua) • Propriorreceptor: em músculos e articulações • Viscerorreceptor ou interorreceptor: localizados nas vísceras COMO FUNCIONAM? • Transdução: captação do estímulo do ambiente capaz de gerar uma atividade bioelétrica; a nomenclatura depende da origem do estímulo (ex: mecanoelétrica, termoelétrica..) o Pode ou não haver o potencial de ação Potencial gerador(ou receptor): valor antes de alcançar o potencial de ação (acompanha a intensidade e tamanho do estímulo(não obedece a lei do tudo ou nada)) • Codificação Neuronal: transformação do potencial receptor em potencial de ação Ex: papila gustativa (quimiorreceptor, exterorreceptor e célula epitelial modificada) Parte I: Neuro I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco Sabrina Carvalho Miname LXXII a. NOCICEPTORES (terminações nervosas livres sensíveis a fortes estímulos mecânicos) b. TERMINAIS DOS FOLÍCULOS PILOSOS (detectam os menores movimentos dos pelos) c. CORPÚSCULO DE PACINI (detectam estímulos vibratórios) ATRIBUTOS DA EXPERIÊNCIA SENSORIAL • Especificidade o ex: estímulos químicos nunca vão causar efeitos em mecanorreceptores pq o limiar de excitabilidade são diferentes o Lei das energias específicas: dizer que um receptor é específico p/ uma determinada forma de energia significa dizer que sua sensibilidade é máxima p/ essa forma de energia, ou então de modo inverso, que seu limiar de sensibilidade é mínimo p/ essa forma de energia o OBS: gnosia é a capacidade de integrar diversas sensações advindas de diferentes receptores • Localização espacial o Reconhece de onde o estímulo está vindo a partir do campo receptivo o Dermátomo: regiões correspondentes às terminações nervosas (ex: dermátomos cervicais correspondem a área cervical) o Campos receptivos: Grandes Pequenos Menor especificidade (ex: antebraço) Vários neurônios primários convergem para um só secundário Maior especificidade (ex: ponta dos dedos) Cada neurônio primário tem um secundário Fonte: https://slideplayer.com.br/slide/4019748/ • Determinação da intensidade: pela frequência de potenciais de ação criados e pela quantidade de receptores estimulados (maior potencial gerador maior a frequência) Parte I: Neuro I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco Sabrina Carvalho Miname LXXII • Determinação da duração: o RECEPTORES TÔNICOS: receptores de adaptação lenta (enviam impulsos ao SNC durante todo o tempo que o estímulo estiver presente, como segurar algo pesado por muito tempo) o RECEPTORES FÁSICOS: receptores de adaptação rápida (só enviam impulsos ao SNC quando a força do estímulo se altera, por exemplo, a pressão fica um tempão no corpo, mas só gera excita os receptores em momentos periódicos como início, fim ou alteração na pressão) CONVERGÊNCIA DE SINAIS • É importante porque é o modo pelo qual o SNC correlaciona, soma e separa diferentes tipos de informação • Como ocorre a inibição: a fibra aferente excita diretamente a fibra eferente excitatória, mas também estimula interneurônio inibitório, que secreta substância transmissora diferente, inibindo a segunda via eferente desse grupo • Isso é importante p/ evitar a atividade excessiva em muitas partes do cérebro! • OBS: a discriminação entre estímulos é acentuada pela inibição lateral que corresponde ao mecanismo pelo qual os neurônios + ativos limitam a atividade de neurônios adjacente SENSIBILIDADE SOMESTÉSICA (resumo) Morfologia Transdução Localização Função Adaptação Terminações livres Mecanoelétrica, termoelétrica e quimioelétrica Toda a pele, órgãos internos, vasos sanguíneos e articulações Dor, temperatura, tato grosseiro e propriocepção Lenta Corpúsculos de Meissner Mecanoelétrica Epiderme glabra Tato e pressão vibratória Rápida Corpúsculos de Pacini Mecanoelétrica Derme, periósteo e parede das vísceras Pressão vibratória Rápida Discos de Merkel Mecanoelétrica e termoelétrica Toda a epiderme glabra e pilosa Tato e pressão estática Lenta Órgãos tendinosos de Golgi Mecanoelétrica Tendões Propriocepção Lenta Fusos musculares Mecanoelétrica Músculos esqueléticos Propriocepção Lenta e rápida Folículos pilosos Mecanoelétrica Pele pilosa Tato rápida • Fibras aferentes e eferentes de pele e vísceras: ordem alfabética(alfa, beta) • Fibras aferentes proprioceptivas: ordem numérica(I, II) Parte I: Neuro I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco Sabrina Carvalho Miname LXXII Aula 03 Somestesia BIBLIOGRAFIA: Tratado de Fisiologia Médica, GUYTON – cap. 48 01.03.2021 CARACTERÍSTICAS ANATÔMICAS GERAIS • O Sistema Nervoso Central (SNC) é dividido em cérebro e medula espinal • O cérebro, por sua vez, é dividido em regiões, sendo elas: cérebro (telencéfalo e diencéfalo), tronco cerebral (mesencéfalo, ponte e bulbo) e cerebelo • OBS: sulcos (são depressões – as linhas do cérebro) e giros (elevações em forma de minhoca) DIENCÉFALO • É dividido em 4 partes: tálamo, hipotálamo, subtálamo e epitálamo • O metatálamo pode ser considerado uma quinta subdivisão ou uma projeção talâmica (do tálamo) • O tálamo é o nome dado a 2 massas ovoides do sistema nervoso (ver figura ao lado), que possuem duas extremidades cada: o tubérculo anterior do tálamo e o pulvinar do tálamo (posterior) • A substância branca infiltrada no tálamo forma a lâmina medular externa, que compõem as lateralidades (lâmina medularlateral ou externa) • Infiltração da substância branca formando um septo origina a lâmina medular interna ou medial (percorre longitunialmente o tálamo – sentido anterior/posterior) • A lâmina medular interna se bifurca, delimitando os núcleos anteriores (no tubérculo anterior do tálamo) – essas porções possuem projeções de axônios em direção ao cortex do giro do cíngulo (no lobo límbico; comportamento emocional) OBSERVAÇÕES • Pulvinar do tálamo possui conexões com giros angular e supramarginal, e pode estar relacionada à linguagem • O tálamo possui vários grupos e cada um está relacionado a uma área/função do cérebro • Núcleos são substâncias cinzentas envoltos por substância branca!! GRANDES VIAS AFERENTES (anatomia) • Quais são os elementos da via? o receptor (terminação nervosa sensível ao estímulo) o trajeto periférico (no SNP, um nervo espinal ou craniano e um gânglio sensitivo) o trajeto central (tratos, fascículos ou lemniscos + núcleos “relés” + neurônios 1, 2, 3 ou 4) o área de projeção cortical (no córtex cerebral – consciente: distingue tipos de sensibilidade) Parte I: Neuro I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco Sabrina Carvalho Miname LXXII • OBS: neurônios 1 (fora do SNC), neurônios 2 (coluna posterior (H. Medular) ou núcleos dos nervos cranianos) e neurônios 3 (tálamo) • OBS: núcleos relés são núcleos com quem o neurônio vai estabelecer conexão durante o trajeto de sua parte central OBSERVAÇÃO DO TRAJETO CENTRAL • No SNP (Sistema Nervoso Periférico), conjuntos de axônios são chamados de nervos, mas no SNC eles são chamados de tratos, fascículos ou lemniscos!! o Tratos: conjunto de axônios que tem certa quantidade de neurônios o Fascículos: é um trato mais compacto e menor que um trato, em questão de quantidade e tamanho o Lemniscos: formato de fita, que carrega os axônios, carregando informações sensitivas por esses axônios o OBS: existem tratos e fascículos que são motores e outros que são sensitivos, mas existem apenas lemniscos sensitivos • Núcleos reles: núcleos no tronco encefálico que realizam uma “releitura” de fibras nervosas (é aqui que estão localizados os neurônios 3 e 4) • A partir dos núcleos reles, a informação segue para uma região cortical específica no córtex cerebral o É uma região que diferencia tipos de sensibilidade (ex: quando é uma via, o estímulo é consciente) o Sendo assim a informação segue do trajeto periférico para o trajeto central por meio de conjuntos de axônios, que recebe diferentes nomes dependendo da região (SNP ou SNC) o O destino dessa informação no SNC é o núcleo nervoso, que pode estar no tronco encefálico ou no tálamo (as regiões que abrigam núcleos reles são chamadas de região rele de distribuição e direcionamento, e direcionam a informação para locais onde ela pode ser interpretada) • OBS: a área de projeção cortical no cerebelo é inconsciente mas no córtex é consciente!! VIAS AFERENTES PELOS NERVOS ESPINAIS • Informações gerais sobre os neurônios envolvidos o N1: é o primeiro neurônio relacionado com a recepção do estímulo, normalmente fora do SNC (gânglio sensitivo do nervo espinal, retina, mucosa olfatória..) o N2: normalmente localizado na coluna posterior do H. medular ou núcleos nervosos, mas em vias de sentidos especiais como visão e olfato pode variar a localização o N3: normalmente localizado o tálamo; o axônio segue em direção ao córtex cerebral o OBS: a localização de todos esses neurônios pode variar com o tipo de via envolvida!! Parte I: Neuro I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco Sabrina Carvalho Miname LXXII • Via neoespino-talâmica o Axônios do N2 cruzam o plano mediano pela comissura branca da M.E (vai em direção ao o funículo lateral do lado oposto), formando o trato espinotalâmico lateral o Na ponte, os axônios do N2 (trato espinotalâmico lateral) se unem ao trato espinotalâmicos anterior, formando o lemnisco espinal o OBS: caminho do N3 até o córtex (NVPL – radiações talâmicas – cápsula interna – coroa radiada - região cortical) o OBS: áreas somestésicas do córtex cerebral são baseadas na distribuição dos elementos celulares do córtex cerebral - o estímulo chega até a área somestésica do córtex cerebral (giro pós central) - nessa região encontra-se as áreas 1, 2 e 3 de Brodmann • Via paleoespino-talâmica o Parte vai para o funículo do lado oposto e outra parte vai para o mesmo lado (quando os axônios se dirigem para o mesmo lado que vieram + para o lado oposto, formam o trato espinoreticular) o OBS: essa via não tem organização somatotrópica, estando assim relacionada com dor pouco localizada • Pressão e tato protopático o Quando cruza o plano mediano, em vez e ir para o funículo lateral, leva informação para o funículo anterior, formando o trato espinotalâmico anterior o Ao nível da ponte, se junta ao trato espinotalâmico lateral (estímulos de dor e temperatura), formando o lemnisco espinal, seguindo até o tálamo o OBS: caminho do N3 até o córtex (NVPL – radiações talâmicas – cápsula interna – coroa radiada) N1 gânglio sensitivo do nervo espinal N2 coluna posterior (M.E) N3 N.V.P.L (tálamo) - núcleo ventral póstero lateral (que leva a informação ao córtex) N1 gânglio sensitivo do nervo espinal N2 coluna posterior (M.E) Trato espinoreticular N3 Formação reticular (tronco encefálico) N4 Núcleo intralaminar (tálamo) N1 gânglio sensitivo do nervo espinal N2 coluna posterior (M.E) N3 N.V.P.L (tálamo) - núcleo ventral póstero lateral (que leva a informação ao córtex) Parte I: Neuro I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco Sabrina Carvalho Miname LXXII • Propiocepção consciente, tato epicrítico e sensibilidade vibratória o OBS: o N2 não está na medula, está no bulbo, portanto só faz sinapse no bulbo o Fibras cruzam o plano mediano e formam o lemnisco medial o OBS: caminho do N3 até o córtex (NVPL – radiações talâmicas – cápsula interna – coroa radiada) o Fascículo Grácil (informações de metade inferior de tronco e de membros inferiores) X fascículo Cuneiforme (informações da metade superior do tronco e membros superiores) LEI DAS ENERGIAS NERVOSAS ESPECÍFICAS (fisiologia) • Sistema proprioceptivo (maior sensibilidade de músculos e articulações) • Sistema exteroceptivo (maior sensibilidade tátil discriminativa proveniente da pele) • Sistema interoceptivo (maior sensibilidade somestésicas proveniente de todo o organismo que monitora dinamicamente o estado funcional do corpo) • Na imagem, da esquerda para a direita, os sistemas mencionados em ordem! ÁREAS CORTICAIS SOMESTÉSICAS (fisiologia) GIRO PÓS CENTRAL • Independente de qual via, tudo chega ao córtex somestésico (giro pós central) • O giro pós central é dividido em 4 porções: 3a, 3b, 1 e 2 (nessa ordem) • A maioria das fibras sai do tálamo e se projeta p/ as áreas 3a e 3b, por isso essa área seria considerada o córtex somestésico primário, e não o giro todo o 1: textura o 2: tamanho e forma o 3a: propriocepção consciente o 3b: somestesia N1 gânglio sensitivo do nervo espinal (segue constituindo o fascículo Grácil(porção baixa da M.E) e Cuneiforme (porção alta da M.E)) N2 Núcleo grácil e cuneiforme N3 N.V.P.L (tálamo) - núcleo ventral póstero lateral (que leva a informação ao córtex) Parte I: Neuro I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco Sabrina Carvalho Miname LXXII • OBS: S1 é a área de projeção contralateral da metade do corpo • OBS: área S2(somestésica secundária): recebe informações de S1 e encaminhainformações p/ áreas de memória(lobo temporal e córtex insular), portanto, promove o aprendizado tátil • As outras áreas são chamadas de áreas associativas (recebem informações e fazem conexões com outras áreas para integrar informações) CÓRTEX PARIETAL SUPERIOR • Importante p/ processamentos táteis (área associativa somestésica tátil e proprioceptiva) • Dividido em 2 áreas: 5 e 7 o 5: conexão entre os hemisférios (ex: atividades em que se usa as duas mãos ao mesmo tempo) o 7: recebe informações somestésicas e visuais (área importante para a relação espacial entre os objetos e destes com o corpo) ÁREAS CORTICAIS SOMESTÉSICAS (resumo) Funções 3a 3b 1 2 5 e 7 Campos receptores Grandes Pequenos Médios Grandes Muito grandes Estímulos preferenciais Toque forte; manipulação de músculos e articulações Toque leve de objetos pequenos e pontiagudos Deslocamento de objetos sobre a pele Toque de objetos maiores e complexos 5: movimentos complexos (bilaterais – conexões inter-hemisféricas) 7: somestésicas e visuais Efeitos de lesões Déficit de identificação de posição espacial do corpo e partes do corpo Déficit de discriminação de forma, tamanho e textura de objetos Déficit na discriminação de textura Déficit de coordenação digital e diferenciação de forma e tamanho de objetos Déficit de coordenação visuo-motora Parte I: Neuro I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco Sabrina Carvalho Miname LXXII Aula 04 Somestesia II e fisiologia da dor BIBLIOGRAFIA: Tratado de Fisiologia Médica, GUYTON – cap. 49 02.03.2021 TERMORRECEPTORES (fisiologia) • Submodalidade somestésicas que reconhece diferentes temperaturas (entre 10 e 45*) • Os Termorreceptores podem atuar de maneira consciente ou inconsciente CONSCIENTE: • Terminações nervosas livres • Expressão em sua membrana canais iônicos termossensíveis da família TRP • Receptores periféricos presentes na pele e em tecidos profundos (medula espinal, vísceras e grandes veias) • Receptores p/ calor são TRPV4: 30 a 45* • Receptores p/ frio são TRPM8: 10 a 35* (possuímos muito mais receptores p/ frio para prevenção de hipotermia) • Nociceptores para frio são AnKtm1 e para calor são TRPV1 • Acima de 45 ou abaixo de 10* ativa os nociceptores (de dor) • É ativado o termorreceptor de acordo com o sentido da variação da temperatura!! • OBS: uma pessoa friorenta não necessariamente tem mais receptores para frio, porque depende mais do limiar de excitabilidade FISIOLOGIA DA DOR: CONCEITOS GERAIS (fisiologia) • Definição: dor é uma experiência emocional e sensorial subjetiva desagradável associada à real ou potencial lesão tecidual, ou descrito em termos de tal lesão • Insensibilidade congênita a dor: mutação nos genes responsáveis pela expressão dos receptores de tirosinocinase A (ocorre bloqueio da ação natural da NGF – fator de crescimento neural e desenvolvimento/manutenção de nociceptores) TRPM8: sensível ao mentos (sensação de geladinho que temos com pasta de dente e mentos/mentol) TRPV1: sensível a pimenta e substâncias que provoquem queimação/ nociceptores AnKtm1: nociceptor Parte I: Neuro I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco Sabrina Carvalho Miname LXXII • Características multidimensionais: sensorial, cognitivo, motivacional e afetivo • A experiência dolorosa é um reflexo da: magnitude do estímulo, emoções, experiências e lembranças passadas ou habilidade de compreender suas causas e consequências • OBS: os receptores são terminações nervosas livres • Respostas à dor: • Classificação da dor segundo a fisiologia: Dor rápida ou aguda - cessa com a interrupção do estímulo (ex: beliscão) - pele (estímulos mecânicos e/ou térmicos) Dor lenta ou crônica - aumenta gradativamente (ex: cortar dedo com papel) - pele e tecidos profundos - possível inflamação (calor, rubor edema e perda de função) Dor neuropática - aumento da neuromediadores excitatórios no corno dorsal da medula - maior expressão de canais de sódio - ampliação do campo receptivo por brotamento de fibras AB (mecanoceptores de baixo limiar) - aumento de SP e BDNF (fator neurotrófico) nessas fibras lesadas – interpretação de estímulos mecânicos inóculos como agressivos Ex: hérnia de disco, queimação, formigamento.. • Classes de nociceptores: a. Mecânicos (pressão intensa) b. Térmicos (temperaturas extremas quentes ou frias) c. Receptores poli modais (detectam estímulos mecânicos, térmicos e químicos) d. Silenciosos (estímulos químicos e mediadores inflamatórios – só respondem à inflamação) • Distribuição de nociceptores: todo os lugares menos no parênquima cerebral • OBS: nociceptores não se adaptam porque são tônicos!! • Significado adaptativo: o dor rápida ou fisiológica (função de alertar sobre um estímulo nocivo; permite uma reação rápida) o dor lenta ou crônica (mantém o indivíduo informado da existência do estímulo lesivo) FISIOLOGIA DA DOR: MORFOLOGIA E MECANISMOS • terminações nervosas livres (amielínicas ou mielinizadas) • A fisiologia da dor pode ser dividida em 5 fases: transdução, condução, transmissão, percepção e modulação (segundo o Sanar) Reflexões somáticas Medula espinal (retirada e extensão cruzada – reflexos) Autonômicas e neuroendócrinas Vômito, transpiração, aumento de frequência cardíaca, variação de P.A, vasoconstrição cutânea Comportamentais Alterações de humor, choro, tendência ao isolamento, manifestações vocais e alterações no sono Parte I: Neuro I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco Sabrina Carvalho Miname LXXII TRANSDUÇÃO • A transdução pode ser considerada o processo inicial da dor, que é a ação de nociceptores detectando um estímulo o O estímulo despolariza o terminal nervoso dos axônios aferentes, gerando potenciais receptores e eventualmente uma salva de potenciais de ação o Ocorre também a geração de um potencial elétrico despolarizante • OBS: na dor rápida, tudo cessa (nociceptores ficam inativos e tudo para) CONDUÇÃO • Nessa fase os nociceptores levam a informação até a medula espinal; isso ocorre por meio de neurônios de primeira ordem • Além dos neurônios, existem 3 principais tipos de fibras envolvidas nesse processo o Abeta: diâmetro grande, mielinizada e condução rápida o Adelta: diâmetro médio, mielinizadas e com condução intermediária o C: diâmetro pequeno, não mielinizadas, velocidade de condução lenta • OBS: até o final desse processo a pessoa ainda não sente dor TRANSMISSÃO • Ainda na medula, acontecem fortes estímulos que podem ser por conta de neurotransmissores ou bioquímicos (que podem ser excitatórios como glutamato e fatores de crescimento, ou inibitórios como GABA e opioides) PERCEPÇÃO • Nessa fase os neurônios de 1ª ordem (que levam a informação de áreas corticais para a medula) fazem sinapse com neurônios de 2ª ordem (que levam a informação da medula para o cérebro) • A percepção acontece quando o impulso nervoso é percebido como dor, por meio da integração dos estímulos nocivos com áreas do sistema límbico MODULAÇÃO • É a nossa reação à dor, e tem muitos fatores envolvidos (emocional, situações de luta/fuga ou não, segurança, crenças, entre outros) • É um processo complexo que tem um papel determinante em condições dolorosas crônicas • Pode ser por facilitação (em casos que a resolução rápida é necessária) e inibição (quando a dor não é considerada perigosa) MECANISMO DA DOR • 1ª sinapse da dor aguda(percepção): o É o primeiro momento que desencadeia de fato o processo doloroso o mediada por glutamato(se liga a receptores no neurônio N2, que são chamados NMDA ou AMPA, os dois são ionotrópicos) Parte I: Neuro I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco Sabrina Carvalho Miname LXXII o glutamato no AMPA: influxo de sódio o glutamato no NMDA: entrada e sódio e cálcio, no meio do receptor tem magnésio (para ter a entrada de sódio e preciso tirar esse magnésio por meio de uma despolarização da membrana; essa despolarização ocorre por meio da entrada de sódio no AMPA – tipo um feedback positivo do sódio no AMPA com o sódio no NMDA) o OBS: o AMPA trabalha bem sozinho, mas o NMDA precisa da ajuda do AMPA o Na dor aguda o principal receptor é o AMPA porque quase não vemos os efeitos do NMDA, mas na dor crônica é o oposto!! • Sinapse na dor crônica: o Caracterizada por um estímulo intenso e provável lesão tecidual o Normalmente tem presença de processo inflamatório (calor, rubor, edema e perda de função) o Na dor crônica, o glutamato se liga a receptores do tipo AMPA, que estimulam a abertura de canais de cálcio como o NMDA e por consequência, o influxo de cálcio na célula. Esse cálcio se liga ao PKC, desencadeando a produção de óxido nítrico (NO) pelo neurônio de 2ª ordem (pós sináptico). O NO se difunde na membrana e vai para o neurônio de 1ª ordem, desencadeando alguns eventos: - ativa a enzima guanil sintase, que fecha canais de potássio do neurônio de 1ª ordem (pré sináptico) - isso mantém a célula despolarizada por mais tempo, levando a uma maior exocitose de neurotransmissor - além disso, ele estimula liberação de substância P, que se liga a receptores metabotrópicos no N2. Isso leva a liberação de prostaglandinas, que reduz o limiar e excitabilidade das células PROCESSO INFLAMATÓRIO • Envolve uma complexa cascata de eventos bioquímicos e celulares: o extravasamento de fluidos o ativação enzimática o migração celular o liberação de mediadores o sensibilização o ativação de receptores o lise tecidual e reparo Parte I: Neuro I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco Sabrina Carvalho Miname LXXII • Eventos vasculares o vasodilatação o aumento de permeabilidade vascular o extravasamento proteico e plasmático • OBS: substâncias algiogênicas o bradicina (produz dor) e prostaglandinas (diminui o limiar) o outros receptores recrutados: acetilcolina, histamina, serotonina, íons potássio, substância P (vasodilatação), interleucinas... • Hiperalgesia: aumento da resposta dolorosa a um estímulo nociceptivo (previamente doloroso) o A liberação de substância P leva a vasodilatação e edema, que “ativa” mastócitos e plaquetas, que liberam histamina. Isso desenvolve alterações químicas na região da lesão, diminuindo o limiar de excitabilidade. MECANISMOS DE SENSIBILIZAÇÃO: • Sinalização química na via nociceptiva: a sensibilização periférica resulta no aumento da frequência de disparo de potenciais de ação de neurônios nociceptivos de primeira ordem, em decorrência da ação dos produtos liberados pela lesão • A sensibilização central é dependente do incremento de excitabilidade de neurônios do corno dorsal da medula espinal, em resposta aos altos níveis de atividade dos aferentes nociceptivos TIPOS DE DOR E SUAS CARACTERÍSTICAS (fisiologia) DOR NEUROPÁTICA • Na regeneração axonal, canais de sódio dependentes de voltagem se instalam e disparam potencial de ação mesmo quando não há estímulo nenhum o Aumento de neuromediadores excitatórios no corno dorsal da medula o Maior expressão de canais de sódio, que leva a ampliação do campo receptivo por brotamento de fibras Abeta (mecanorreceptores de baixo limiar), causando a dor “aleatória” o Aumento de substância P e BDNF (fator neurotrófico) nessas fibras – interpretação de estímulos mecânicos inócuos como agressivos (alodinia) • Erro da neuroplasticidade e ausência de processo inflamatório, mas a dor continua DOR REFERIDA • Axônios dos nociceptores procedentes das regiões lesadas (vísceras) e referida (pele) convergem sobre o mesmo segundo neurônio de transmissão no corno dorsal da medula • A dor referida é caracterizada por uma dor distante do tecido causador da dor, geralmente entre pele e vísceras Parte I: Neuro I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco Sabrina Carvalho Miname LXXII • Ocorre devido a convergência de fibras na raiz posterior da medula o Duas fibras chegam ao mesmo lugar na medula, mas a medula não consegue identificar de qual das 2 fibras está chegando a informação de dor o Então na dúvida, a medula responde à fibra que normalmente traz dor (pele, porque geralmente traz + dor que vísceras) e a resposta da medula caracteriza a dor referida TEORIA DA COMPORTA • É uma analgesia endógena que estimula o processo analgésico voluntariamente • No desenho, neurônio preto é o de segunda ordem • Objetivo: bloquear a interação entre os neurônios de primeira e segunda ordem • Como? Estímulos táteis intensos (quando estimula uma fibra tátil do tipo Abeta, a atividade estimula o interneurônio inibitório que bloqueia a sinapse dos neurônios de 1 e 2* ordem) MODULAÇÃO DESCENDENTE • A estimulação do córtex somestésico SII possui efeitos inibitórios sobre a atividade de alguns neurônios • Parece estar ligado à liberação de serotonina e opióides endógenos • Substância cinzenta perioquedutal: seus neurônios se projetam p/ o núcleo magno da rafe; e promove analgesia através de dinorfina, encefalina e serotonina (alta concentração de receptores) • Estimulação do núcleo magno da rafe: produz depressão dos neurônios do corno posteror da medula tanto por mecanismos pré como pós sinápticos (neurotransmissor: serotonina e encefalina) Parte I: Neuro I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco Sabrina Carvalho Miname LXXII Aula 05: parte I Sistema Olfatório BIBLIOGRAFIA: Tratado de Fisiologia Médica, GUYTON – cap. 54 08.03.2021 SISTEMA OLFATÓRIO: RECEPTORES (fisiologia) • Quimiocceptores localizados no epitélio pseudoestratificado da cavidade nasal • São neurônios bipolares com cílios na musosa olfatória • OBS: muco é importante para a transdução (apresenta proteínas ligadoras de odorantes – “capturar”odorantes lipossolúveis) • Se o potencial receptor for forte o suficiente pra atingir o limiar, ocorre a codificação (a informação é encaminhada para o bulbo olfatório – onde ocorre a primeira sinapse da via olfatória) • A primeira sinapse ocorre entre os glomérulos e células mitrais ou tufosas (células m/t) • No mesmo local em que ocorre a sinapse, ocorre um evento chamado inicição lateral, para melhorar o sinal sináptico que será processado • Entre os glomérulos existem células fazendo sinapse periglomerulares (células peiglomerular) • “Camadas” do sistema olfatório: o Muco e cílios o Camada mucosa/epitélio de sustentação: células olfatórias (com receptores olfatórios), células basais ou células de sustentação, glândulas de Bowman e fibras do nervo olfatório o OBS: na imagem as fibras são so tracinhos que ligam glomérulos às células olfatórias!! o A placa crivosa é a camada entre a mucosa e o bulbo olfatório o Bulbo olfatório: glomérulos, células mitrais ou células granulares, e fibras do trato olfatório TRANSDUÇÃO • Receptor (quimiorreceptor) acoplado à proteína G (G olf) • Mecanismo: o odorante se liga ao quimiorreceptor o proteína é ativada e realiza a conversão de GTP em GDP, gerando um estímulo p/ a adenil ciclase Parte I: Neuro I Morfofisiologia Humana I UniversidadeSão Francisco Sabrina Carvalho Miname LXXII o cascata de eventos que aumenta os níveis de AMPc dentrro da célula o enzimas fosforilantes (cinases) abrem canais iônicos inespecíficos que permitem o influxo de Na e Ca o a entrada de íons leva ao potencial receptor, que se espalha até o cone de implantação do axônio do neurônio – onde vai ocorrer a codificação!! MECANISMO MULTIPLICADOR DOS EFEITOS ODORANTES • Potencializa a atividade celular p/ termos um aumento da percepção do estímulo odorante • Entrada de Ca faz abrir canais de Cl, e a maior entrada de Cl resulta em uma maior despolarização • OBS: o cloreto está em maior quantidade no LIC então quando o cálcio ativa a abertura de canais de cloreto, o cloreto começa a sair da célula ADAPTAÇÃO OLFATÓRIA • Receptores fásicos (ex: depois de um tempo não sentimos mais o cheiro do perfume) • O Ca se liga a calmodulina, formando o complexo cálcio- calmodulina que determina o bloqueio de canais iônicos • Alguns livros dizem que o complexo atua no bloqueio da proteína G, mas independente de qual processo seja, podemos afirmar que os altos níveis de cálcio impedem a transdução!! SISTEMA OLFATÓRIO: RECEPTORES (histologia) • Epitélio oflatório: céls basais, céls de sustentação, céls olfatórias e céls escova* *microvilosidades pra quaisquer estímulos • Células olfatórias são neurônios bipolares (únicos neurônios que são renovados na vida adulta)!! • Lâmina basal: TCF a TCD presente em todo o tecido epitelial, unindo o tecido epitelial a um TC que é a lâmina própria • Lâmina própria: TC em continuidade ao periósteo composto por glândulas olfatórias s ou de Bowmann (secreção de muco e outras moléculas como proteína OBP), fibras nervosas e vasos • Proteínas OBP: reconhece moléculas lipossolúveis e as apresenta para os receptores da membrana plasmáticas (as moléculas hidrossolúveis são diluídas no muco) • Muco limpa o epitélio olfatório! Parte I: Neuro I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco Sabrina Carvalho Miname LXXII Fonte: Histologia Texto e Atlas - ROSS ANATOMIA DA VIA OLFATÓRIA (anatomia) • Apenas 2 neurônios no trajeto: mucosa olfatória (N1) e bulbo ofatório (N2) • Trato olfatório: • N1 envia axonios p/ N2, N2 no bulbo mandam axonios para a região cortical do trato olfatório • Os tratos formam a estria lateral: impulso consciente que terminam no UNCO e giro parahipocampal (lobo límbico) • OBS: as fibras não se cruzam, se a estria entra do lado direito po ex segue caminho p/ o unco direito • Não há relê talâmico (não passa pelo tálamo antes de ir para a via) Fonte: Tratado de Fisio. Médica, GUYTON e Histologia Texto e Atlas, ROSS Parte I: Neuro I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco Sabrina Carvalho Miname LXXII Aula 05: parte II Sistema Auditivo BIBLIOGRAFIA: Tratado de Fisiologia Médica, GUYTON – cap. 53 08.03.2021 ANATOMIA DA ORELHA (anatomia) • Páginas 105 a 109 NETTER • Envolvido com audição e equilíbrio Componentes anatômicos função Outras informações Orelha externa Pavilhão auricular e meato acústico externo (canal interno p/ a membrana timpânica) OBS: lóbulo não é cartilagíneo (tec. fibroso, tec. adiposo e vasos sanguíneos) Capta e conduz as ondas sonoras Irrigação: ramificações da artéria carótida externa (ex: artéria temporal superficial e artéria auricular posterior) Inervação: nervo auricular magno (C2 e C3), nervo auriculotemporal (ramo do nervo NC V par) Orelha média (cavidade timpânica) Ossículos, músculos tensor do tímpano e estapédio e nervo corda do tímpano Transforma as ondas sonoras em vibrações mecânicas (músculos contraem e atenuam os sons (proteção da OI contra ruidos elevados), reflexo de proteção) - tuba auditiva (óstio faríngeo da tuba auditiva) -contém os ossículos da audição: materlo, bigorna e estribo - equalização pressoões: fato importante p/ conducao e som Orelha interna Labirinto ósseo e labirinto membranoso (espaços complexos cheios de líquidos) Estimulam receptores sensitivos que convertem essa energia em impulsos elétricos que irão alcançar o SNC * Orelha média e orelha interna estão localizadas na parte petrosa do osso temporal Parte I: Neuro I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco Sabrina Carvalho Miname LXXII • A orelha externa é fixa ao crânio por frágeis músculos e ligamentos auriculares • Anatomia da membrana timpânica (entre orelhas externa e média): o septo entre O. E e O.M o mais ou menos 1cm de diâmetro o oblíquia/superfície lateral côncava o depressão central: umbigo (mini radar/antena parabólica) o maior parte dela é chamada denomnada tensa, mas existe a parte flácida o irrigação: ramificações da artéria maxilar o inervação: nervo auriculotemporal e auricular (superfície auricular) e ramos do nervo glossofarínego (superfície medial) • Orelha média: o espaço cheio de ar proveniente da nasofaringe onde se encontram ossículos da audição *cavidade timpânica propriamente dita (espaço relacionado à membrana timpânica) + recesso epitimpânico (superior a membrana; área que contém os ossos da audição) - teto: parede tegumental - assoalho: parede jugular - lateral: membra (membrana timpânica) - posterior: mastoidea (voltara pra orelha interna) - anterior: carotídea (voltada pra tuba auditiva) Parte I: Neuro I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco Sabrina Carvalho Miname LXXII ORGANIZAÇÃO HISTOLÓGICA DA ORELHA (histologia) • Pavilhão externo: pele fina, glândulas sebáceas e sudoríparas, pelos, cartilagem elástica e músculos • Meato acústico externo: pele fina, glândulas sebáceas e ceruminosa tubulares espiraladas, pelos + cerúmen (proteção) *o produto de secreção(cerume) é lipídico e pastoso, com coloração • Sustentação: 1/3 parede cartilaginosa elástica e 2/3 contidas osso temporal • Membrana timpânica: o face/meato: pele fina sem papilas dérmicas (projeções da derme), tecido conjuntivo (fibras colágenas circular e radial elásticas, fbroblastos, fibras nervosas sensitivas e vasos) o face orelha média: epitélio cúbico simples o anel: fibrocartilagem o converte ondas sonoras em energia mecânica transmitida aos ossículos da orelha média!! • Orelha média: o porção pétrea do ossso temporal; preenchida por ar o TC associado a um tecido epitelial origina uma mucosa (epitélio simples pavimentoso a cúbico) sem glândulas o Tuba auditiva: comunicação da orelha média com a nasofaringe Óssea - ossos: martelo, bigorna e estribo - conectam a membrana timpânica à janela do vestíbulo (janela oval) - músculo tensor do tímpano - inervação: nervo trigêmeo - estapédio/estribo: nervo facial Cartilaginosa - cartilagem elástica: contínua a porção óssea da tuba - cartilagem hialina: próxima a abertura da nasofaringe Mucosa da tuba auditiva epitélio cilíndrico simples ciliado a pseudoestratificado com glândulas secretoras de muco + TC Parte I: Neuro I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco Sabrina Carvalho Miname LXXII Aula 06 Sistema Auditivo II BIBLIOGRAFIA: Tratado de Fisiologia Médica, GUYTON – cap. 53 09.03.2021 SISTEMA AUDITIVO: COMPOSIÇÃO(anatomia) ORELHA INTERNA • Localizada na parte petrosa do osso temporal • Contém órgãos relacionados a audição e ao equilíbrio • Estrutura: órgãos vestibulares e a cóclea o Série complexa de espaços cheios de líquido o Labirinto membranáceo: série de sacos e ductos intercomunicantes envolvidos por perilinfa e preenchidos por endolinfa o OBS: o labirinto membranáceo se localiza dentro do labirinto ósseo o Labirinto ósseo: série de cavidades (na tabela) localizadas na cápsula ótica, que é uma parte do osso temporal onde o osso fica + denso Cóclea Contém estruturas relacionadas a audição - modíolo: centro ósseo ao qual o canal espiral faz 2 voltas e meia; contém vasos sanguíneos e ramos do nervo coclear - rampas: divisões existentes no canal espiral a partir da presença do ducto coclear; rampa do vestíbulo e rampa do tímpano Vestíbulo Câmara oval no centro do labirinto ósseo que contém o utrículo e o sáculo Canais semicirculares 3 canais que “circulam” o vestíbulo Parte I: Neuro I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco Sabrina Carvalho Miname LXXII Fonte: Atlas de Anatomia Humana, NETTER ORGANIZAÇÃO HISTOLÓGICA DA ORELHA INTERNA (histologia) • Espaços com líquidos: o Endo linfático (endolinfa): alta concentração de K+ e baixa de Na+ o Perilinfático (perilinfa): baixa concentração de K+ e alta de Na+ • Labirinto ósseo: revestimento endósteo • Espaço perilinfático separa os dois labirintos!! • Labirinto membranoso: o Epitélio pavimentoso a cúbico circundado por TC o Sistema vestibular: vestíbulo (sáculo e utrículo) e 3 canais semicirculares (ductos) - Porções epiteliais diferenciam-se em órgãos especiais (receptores sensoriais – máculas, cristas ampulares e órgãos de Corti) estabelecem contato com o nervo vestíbulo coclear Máculas - detectam a orientação da cabeça em relação a gravidade e aceleração linear - no sáculo é vertical e no utrículo é horizontal - células pilosas do tipo I e II formando um neuroepitélio, células de sustentação com microvilosidades (a mácula é uma camada gelatinosa acima dessas microvilosidades, composta por glicoproteínas e carbonato de cálcio) Parte I: Neuro I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco Sabrina Carvalho Miname LXXII Cristas ampulares - epitélio sensorial: células de sustentação e células receptoras (ou sensoriais) pilosas tipo I e tipo II - camada glicoproteica sem otólitos - TC com nervos e células epiteliais modificadas - sensíveis a aceleração circular (giro da cabeça) e terminações nervosas Órgãos de Corti - epitélio sensorial da cóclea - modificações: estria vascular (EV), órgão de corti (células sensoriais (pilosas) internas e externas), céls de sustentação (falângicas e céls pilares) - TC com capilares sanguíneos - membrana téctoria e túneis interno e externo *estria vascular: variação epitelial - parede lateral do ducto coclear (vascularização do epitélio) o Sistema auditivo: cóclea (ducto coclear) - escala ou rampa média (ducto coclear) representa a câmara central e contém endolinfa - escala ou rampa vestibular contém perilinfa - escala ou rampa timpânica contém perilinfa Parte I: Neuro I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco Sabrina Carvalho Miname LXXII Fonte: Histologia Texto e Atlas, ROSS Parte I: Neuro I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco Sabrina Carvalho Miname LXXII CONCEITOS GERAIS DA AUDIÇÃO (fisiologia) • Importância: localização de fontes sonoras do ambiente, principalmente aqueles de importância imediata para sobrevivência (situações de perigo) • Submodalidade auditivas: o Intensidade do som – amplitude/volume o Discriminação tonal (grave/agudo) o Reconhecimento de timbres o Localização espacial de som na vertical e na horizontal o Percepção de fala (área de Broca, área de Wernicke e fascículo arqueado) o Percepção musical difusa, presente em diferentes áreas) • Os sons são audíveis na pressão do ar e se propaga em ondas sonoras • Propagação no ar ocorre em mais de 1200km/h • O sistema auditivo humano pode responder a ondas de 20 a 20.000Hz • Propriedade das ondas sonoras: o Frequência: determina o tom (graves/agudos) o Intensidade: expressa a energia mecânica (volume) o Diminui com idade, muita exposição a ruídos • Timbre: conjunto de diversas composições de ondas de um estímulo, com diferentes intensidades, frequências e relações de tempo entre 2+ ondas o Diferenciar sons (ex: vozes) • Diminui com idade, muita exposição TRANSDUÇÃO SONORA • É mecanoelétrica • Orelha externa: amplifica sons com frequências em torno de 3.000Hz – fala • Orelha média: amplifica o som 20x – compensação da perda na interface com o ouvido interno • Orelha interna: cóclea com 3 escalas o Timpânica o Vestibular o Média • Mecanismo: o A vibração da membrana basilar excita as terminações dos cílios, por meio de uma inclinação. Todos os cílios se inclinam no mesmo sentido. Se inclinarem do menor para o maior leva a uma despolarização da célula e se for do maior para o menor leva a uma hiperpolarização. Por causa disso se diz que o potencial é bifásico!! Parte I: Neuro I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco Sabrina Carvalho Miname LXXII o A movimentação dos cílios desencadeia reações que levam a movimentação de fibras basilares, bastões de Corti e lâmina reticular. O movimento de fibras leva a movimentação da lâmina reticular, fazendo com que os cílios e as células ciliadas sejam distorcidos para frente e para trás contra a membrana tectorial. Assim, as células ciliadas são excitadas sempre que a membrana basilar vibra. o As células ciliadas externas influenciam no movimento de células ciliadas internas (ex: ouvir o cochicho de alguém em um lugar barulhento é um exemplo de ação de células externas em células internas) PERCEPÇÃO DA INTENSIDADE DO SOM (fisiologia) REFLEXO DE ATENUAÇÃO • Botão de volume natural • Regula a rigidez da membrana timpânica e da cadeia ossicular (esse segundo é o principal) o Ele atua no músculo tensor do tímpano e no estapédio, contraindo os músculos e permitindo a rigidez da cadeia de ossículos o Tensor do tímpano: inervado pelo nervo trigêmeo; ancorado ao martelo e ao osso da cavidade da orelha média o Estapédio: inervado pelo nervo facial; ancorado ao estribo e ao osso • Nível sonoro menor que 70dB (músculo relaxado) e maior que 70dB (músculo contraído) o Sons acima de 130dB ativam nociceptores e portanto geram dor o Temos um retardo normal na atuação do reflexo, por isso pessoas podem ficar surdas em explosões (ficaram em um estímulo muito intenso e não deu tempo do reflexo atuar) • OBS: potencial receptor proporcional a amplitude das ondas sonoras!! TONOTOPIA • Percepção de tom no aparelho auditivo (grave e agudo) • Se esticarmos a cóclea como uma fita que estava enrolada, podemos perceber que ela é mais rígida na base e mais larga e flexível no ápice o Tons graves não tem força suficiente para mexer a parte rígida da membrana basilar (a parte rígida da cóclea esticada), só há a movimentação do ápice – isso leva a uma menor movimentação do líquido e da membrana basilar o Tons agudos tem muita força e conseguem mexer a parte rígida, mas não mexem tanto na parte flexível o Tons intermediários estimulam uma região mediana, entre os extremos • Assim, o principal método que o sistemanervoso usa para interpretar diferentes frequências sonoras é analisar a posição da membrana basilar que está sendo mais estimulada!! Parte I: Neuro I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco Sabrina Carvalho Miname LXXII MECANISMO DE LOCALIZAÇÃO DO SOM • Plano horizontal: requer uma comparação dos sons que alcançam os 2 ouvidos o retardo temporal intrauricular: sons na faixa de 20 a 200Hz (onda sonora tem um comprimento maior que a distância entre os 2 ouvidos) o quando temos um estímulo sonoro do lado direito por exemplo, os dois ouvidos interpretam o som mas o lado direito interpreta primeiro – isso é o retardo temporal o isso é importante para o córtex entender de qual lado veio o estímulo sonoro (importante para situações de perigo por exemplo) o diferença de intensidade interauricular: sons na faixa de 2000 a 20.000 Hz (no lado da sombra sonora a frequência é menor) o um som que veio do lado direito estimula células no nosso ouvido direito que reduzem a capacidade de interpretação do lado esquerdo (oposto ao estímulo) o esses dois mecanismos atuam juntos para facilitar o reconhecimento da localização do estímulo sonoro, o sistema nervoso percebe qual lado recebeu o estímulo primeiro (retardo) e a intensidade do estímulo em cada orelha - se o estímulo estiver mais fraco na orelha esquerda é porque provavelmente veio do lado oposto • Plano vertical: não é preciso o Reflexão com objetos externos, como o solo e o pavilhão auditivo são diferentes conforme a posição da fonte sonora VIA AUDITIVA (anatomia) • Interpretações bilaterais do mesmo local de audição se devem ao jeito que essa via funciona • OBS: se tiver lesão a partir dos núcleos cocleares N1 gânglio espiral (cóclea), onde origina o nervo coclear N2 Núcleos cocleares, cujos axônios cruzam e formam o lemnisco lateral N3 Colículo inferior (uma parte penetra do mesmo lado) N4 Tálamo (corpo geniculado lateral) e cápsula interna (gânglio temporal t. anterior) Parte I: Neuro I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco Sabrina Carvalho Miname LXXII Aula 07: parte I Sistemas sensoriais: aprendizado e memória BIBLIOGRAFIA: Tratado de Fisiologia Médica, GUYTON – cap. 58 15.03.2021 COGNIÇÃO (fisiologia) • É o processo de estar consciente (saber, pensar, aprender e julgar) • Dividido em 4 esferas: gnosias (reconhecer as coisas pelos 5 sentidos), praxias (aprendizado motor), linguagem (comunicação), aprendizado e memória • Aprendizado e memória podem resultar de modificações na transmissão sináptica (podem ser disparadas pela conversão de atividade neural em segundos mensageiros intracelulares) • Engrama: unidade física da memória de natureza desconhecida; tipo um arquivo cerebral que corresponde a um fato MEMÓRIA • Memória é a capacidade de reter ou readquirir ideias/imagens/expressões e conhecimentos adquiridos anteriormente, reportando-se às lembranças • Sequência de processos que dá origem à memória: o Seleção de eventos (qualquer coisa memorizável: pensamento, acontecimento..), que podem ser externos ou internos o Aquisição de aspectos mais relevantes (mais fortes sensorialmente ou priorizados por critérios desconhecidos) o Retenção temporária: pode durar segundos ou dias, e pode ter 3 destinos (evocada para gerar um comportamento, consolidada para uma retenção duradoura ou é esquecida) o OBS: a retenção duradoura também pode ser evocada para gerar um comportamento ou pode ser esquecida com o tempo o Tipos e subtipos de memória: Classificação Tipos e subtipos Quanto ao tempo de retenção Ultra rápida ou imediata Curta duração Longa duração Quanto à natureza Explícita ou declarativa (subdividida em: episódica e semântica) Implícita ou não declarativa (subdividida em: de representação perceptual, de procedimentos, associativa e não associativa) Operacional ou memória de trabalho Parte I: Neuro I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco Sabrina Carvalho Miname LXXII • Memória explícita ou declarativa: o Depende de fatores de avaliação, cognição.. o Episódica: quando se envolve eventos datados ou seja, relacionados ao tempo (ex: aniversários) o Semântica: envolve conceitos atemporais ou memória cultural; associadas a conhecimento acerca do mundo (ex: assuntos de anatomia) • Memória implícita ou não declarativa: o Não pode ser descrita em palavras; se estabelece lentamente através de repetições o De representação perceptual: não temos registros padronizados (ex: fotos de Einstein – nunca o vimos, mas já vimos fotos e reconhecemos quem é) o De procedimento: hábitos, habilidades e regras (ex: andar de bicicleta) o Associativa: quando olhamos para alimentos que gostamos começamos a salivar o Não associativa: aprendemos sem perceber (latido de cão não nos traz riscos, então ignoramos esse estímulo) • Memória operacional ou de trabalho: o Raciocínio imediato, resolução de problemas e elaboração de comportamentos o Utiliza dados de memória ultra rápida e de longa duração o Elaborada por neurônios do lobo pré frontal (interage com outras áreas p/ concluir a atividade de planejamento e estratégia) • Esquecimento/amnésias: o Amnésia retrógrada: trauma/lesão no SNC – não se lembra de fatos ocorridos antes do trauma o Amnésia anterógrada: não consegue reter novas memórias o Amnésia global transitória: lacunas em suas memórias (trauma ou falta de fluxo no sangue) Parte I: Neuro I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco Sabrina Carvalho Miname LXXII Aula 07: parte II Sistemas sensoriais: visão BIBLIOGRAFIA: Tratado de Fisiologia Médica, GUYTON – cap. 50 a 52 15.03.2021 CONCEITOS GERAIS DA VISÃO (fisiologia) • A retina é a janela do encéfalo p/ o mundo • Mais de um terço do córtex cerebral humano está comprometido com a análise do mundo visual • Luz é uma energia eletromagnética emitida na forma de ondas (380 a 750nm é o comprimento de onda visível) • Amplitude = intensidade da luz – brilho • Radiação eletromagnética: refração, absorção e reflexão • Submodalidades da visão: o Intensidade de luz o Localização espacial o Medida do brilho o Discriminar cores o Discriminar formas o Detecção de movimento CONCEITOS GERAIS (anatomia e histologia) • Órbita: é a cavidade em que se encontra a região orbital (lembra uma pirâmide) • Região orbital: região que contém o bulbo do olho (bolinha do olho) e estruturas acessórias • Estruturas acessórias: pálpebra, músculos, nervos e vasos, fáscia orbital (circunda os bulbos e músculos) e túnica mucosa (TC que reveste aa pálpebras e face anterior dos bulbos e aparelho lacrimal) Parte I: Neuro I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco Sabrina Carvalho Miname LXXII PÁLPEBRAS (anatomia e histologia) • Funções: o Protegem a córnea e o bulbo do olho contra lesões e agentes (ex: poeira) o Mantém a córnea úmida porque ajuda a espalhar o líquido lacrimal!! • Túnicas conjuntivas da pálpebra e túnica conjuntiva do bulbo formam o espaço sacular (saco da conjuntiva) • Quando o olho está fechado a estrutura sacular fica totalmente fechada e quando o olho está aberto elas possuem uma “abertura” • OBS: o líquido lacrimal fica contido dentro da estrutura sacular • Rima das pálpebras: espaço entreas pálpebras • Tarsos são lâminas de TC que formam o “esqueleto” da pálpebra o regiões onde são encontradas as glândulas tarsais (sã glândulas sebáceas que produzem uma secreção lipídica que lubrifica a margem as pálpebras, impedindo que as pálpebras grudem quando estão fechadas) o essa secreção lipídica forma uma barreira para que o líquido lacrimal não ultrapasse e extravase em situações normais (quando não estamos chorando) o OBS: a margem das pálpebras atua como uma barreira mecânica • Composição histológica dessa região: o Epitélio de revestimento (epitélio estratificado cilíndrico com células caliciformes apoiadas em lâmina basal de TC) constituindo a conjuntiva o TC rico em vasos sanguíneo APARELHO LACRIMAL (anatomia e histologia) • Na anatomia, lágrima = líquido lacrimal; a lágrima só recebe esse nome quando o líquido extravasa • Glândulas lacrimais secretam líquidos lacrimais (composição salina com lisozimas – enzimas com ação bactericida) o possuem de 8 a 12 ductos excretores (conduzem o líquido p/ o saco da conjuntiva) o o líquido lubrifica a superfície da conjuntiva e da córnea, fornecendo nutrientes!! o destino do líquido: espalhado na pálpebra, bulbo do olho e empurrado p/ o vértice o canalículos lacrimais drenam o líquido p/ uma estrutura dilatada chamada saco lacrimal o caminho do líquido depois do saco lacrimal: saco lacrimal – ducto lacrimonasal – meato nasal inferior (ajuda no umedecimento do ar nessa região) • Recebe inervação de nervos faciais (sendo mais específico, do nervo facial) por meio de impulsos parassimpáticos (os impulsos estimulam a secreção do líquido) Parte I: Neuro I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco Sabrina Carvalho Miname LXXII Aula 08: Sistemas sensoriais: visão II BIBLIOGRAFIA: Tratado de Fisiologia Médica, GUYTON – cap. 50 a 52 16.03.2021 BULBO DO OLHO (anatomia e histologia) • É o globo ocular • Diâmetro aproximado de 25mm • Composto por uma camada de TCF e 3 túnicas (de fora pra dentro): TÚNICA FIBROSA • Esclera: 0,4 a 1mm (obs: na criança a esclera é + delgada) • Substância própria: TCDM e fibras colágenas, pouco vascularizada • Lâmina supracorioidea: contém fibras colágenas + finas e fibras elásticas, fibroblastos, melanócitos, macrófagos e outras células do TC • Limbo: o Junção corneoescleral ou esclerocorneana (entre córnea e esclera) o Células tronco do limbo - CTL (epitélio mais espesso na área de junção) o Altamente vascularizada o Ângulo iridocorneal: seio venoso da esclera (canal de Schelmm) drena o humor aquoso o Conjuntiva não invade a córnea, mas o epitélio da córnea é uma continuação dela!! Parte I: Neuro I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco Sabrina Carvalho Miname LXXII • Córnea: o 0,5 a 1mm o Transparente e avascular, mas apresenta muitas terminações nervosas o transmite e refrata a luz o epitélio em continuidade com a conjuntiva; renovado constantemente o Nutrientes vem da túnica vascular!!! o Camadas da córnea: TÚNICA VASCULAR • Formada pelo corpo ciliar, corioide e íris • Corioide: camada marrom-avermelhada o Entre a esclera e a retina (perto da esclera tem vasos de maior calibre e perto da retina tem vasos de menor calibre) o Maior porção da túnica vascular o 3 camadas: Membrana de Bruch - fibras elásticas e colágenas + lâmina basal (derivada do epitélio da retina e do endotélio de capilares) Coriocapilar - capilares fenestrados e nutrição da retina Estroma da corioide - melanócitos, fibroblastos e neurônios do sistema nervoso autônomo - presença de fibras elásticas, fibras colágenas e fibras de músculo liso - vasos sanguíneos Epitélio - formado por 5 camadas de células (células da base são cilíndricas e as apicais são pavimentosas - renovado a cada 7 dias - epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado com desmossomos - presença de microvilosidades (permitem que o fluido lacrimal fique retido por + tempo) - atravessadas por terminações nervosas livres - constante exposição a radiação UV Camada de Bowman (lâmina limitante anterior) - proteção para córnea (barreira de impedimento de processos inflamatórios) - 6 a 9 micrômeros - fibras de colágeno do tipo I - não sofre regeneração Estroma - feixes de colágeno I e V dispostos em lamelas - fibroblastos modificados (queratinócitos) que sintetizam elementos da matriz extracelular - nervos mielínicos e proteoglicanos (entre lamelas e fibras) - quando lesada, a orientação das fibras de colágeno se alteram (compromete a transparência da córnea) Membrana de Descemet (lâmina limitante posterior) - 5 a 10 micrômeros - constantemente renovada e produzida pelo endotélio - fibras de colágeno do tipo VII - pode aumentar de espessura em idosos!! Endotélio - células fortemente aderidas (complexo unitivo, desmossomos e zonas de oclusão) para impedir o influxo do humor aquoso para o estroma Parte I: Neuro I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco Sabrina Carvalho Miname LXXII • Corpo ciliar: espessamento da camada posterior ao limbo da córnea, promovendo a união da corioide com a íris o Possui parte muscular e parte vascular, as duas são consideradas subdivisões do estroma - a camada externa é composta por músculo liso (músculo ciliar), que forma a maior parte do corpo ciliar - a camada interna é vascular e se estende até os processos ciliares o Contornos irregulares formando saliências – processos ciliares (local de produção do humor aquoso); TCF o Epitélio ciliar: epitélio duplo cúbico a cilíndrico apoiado na lâmina basal (a camada externa é bem pigmentada e é contínua ao epitélio pigmentado da retina) Fonte: Histologia Texto e Atlas, ROSS Parte I: Neuro I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco Sabrina Carvalho Miname LXXII • Íris o Prolongamento da corioide que cobre parte do cristalino o Controla a qtde de luz que entra dentro do olho o Epitélio pigmentar posterior (cilíndrico) rico em grânulos de melanina apoiada em lâmina basal o OBS: quanto mais melanina mais escura a íris o “mioepitélio” pigmentar anterior (cilíndricas) rico em grânulos de melanina com prolongamentos contráteis e apoiado em l6amina basal que os delimita do estroma adjacente o Estroma: TCF bem vascularizado rico em fibroblastos, macrófagos e melanócitos Fonte: Histologia Texto e Atlas, ROSS • Cristalino ou lente o É mantido pelas fibras da zônula ciliar, que permite a acomodação (ligamentos) o Fica suspenso pelas fibras da zônula ciliar o É transparente e sofre deformações (aspecto gelatinoso) o Cápsula: lâmina basal, fibras colágenas e glicoproteínas o Epitélio subcapsular: simples cúbico disposto na camada anterior do cristalino o Fibras do cristalino: células anucleadas, alongadas e citoplasma reduzido • OBS: Túnica interna na próxima aula!! Parte I: Neuro I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco Sabrina Carvalho Miname LXXII Fonte: Histologia Texto e Atlas, ROSS LÍQUIDOS DO OLHO (fisiologia) • Mantém a pressão suficiente no globo ocular p/ conservá-lo distendido • Humor aquoso: a frente do cristalino o Garante a pressão do líquido intraocular – cerca de 15mmHg (11 a 21mmHg) o Produzimos 2 a 3 mililitros/minutos o Formação: sódio reage com Cl- e HCO3, e H2O sai por osmoseo Fluxo: processos ciliares – pupila – câmara anterior do olho – direção anterior ao cristalino – entra no ângulo entre córnea e íris – malha de trabéculas – canal de Schlemm – veias extraoculares o Secretado por processos ciliares (céls epiteliais secretoras; área altamente vascularizada) o Equilíbrio: formação/reabsorção o Acomodação pelo cristalino: envolvido na formação de imagens nítidas de objetos + próximos, situados a uma distância menor que 9mm em relação ao olho (cristalino tem natureza elástica) o A capacidade de acomodação é alterada com a idade! o OBS: estimulação da visão de perto SNPS(sistema nervos parassimpático) e visão de longe SNS(sistema nervoso simpático) Parte I: Neuro I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco Sabrina Carvalho Miname LXXII • Astigmatismo: irregularidades na curvatura da córnea ou do cristalino que levam a diferentes graus de refração nos planos horizontal e vertical • Humor vítreo: entre a superfície posterior do cristalino e a retina Fonte: Tratado de Fisio. Médica, GUYTON Parte I: Neuro I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco Sabrina Carvalho Miname LXXII Aula 09: Sistemas sensoriais: visão III BIBLIOGRAFIA: Tratado de Fisiologia Médica, GUYTON – cap. 50 a 52 22.03.2021 TÚNICA INTERNA (anatomia e histologia) • A retina converte a imagem luminosa em impulsos nervosos e é dividida em partes o Retina neural: camada interna com fotorreceptores (em vermelho na imagem) o Parte das camadas da retina recebe nutrientes por meio de difusão das células do epitélio pigmentar • Fundo do olho inclui a região disco do nervo óptico (insensível a luz – ponto cego), onde fibras sensitivas e vasos entram no bulbo do olho • Mácula lútea e fóvea central (no centro da mácula) - mácula tem fotorreceptores especializados (cones)- na fóvea temos a maior acuidade visual!! • Vascularização: o Vasos sanguíneos atravessam a esclera para nutrir a túnica interna o Artéria ciliar posterior longa e artérias posteriores curtas o Artéria central da retina e veia central da retina (transitam pelo disco do nervo óptico) o OBS: artéria central da retina tinha ramos que iam até a lente do indivíduo para nutrir a lente, mas eles se fecharam com a evolução, gerando uma ”cicatriz” chamada de canal hialoide • Epitélio pigmentado da retina aderida à corioide (não sensorial) Fonte: Atlas de Anatomia Humana, NETTER Parte I: Neuro I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco Sabrina Carvalho Miname LXXII RETINA (anatomia e histologia) • Possui 10 camadas histológicas • Neurônios e células de sustentação que compõem as 10 camadas: o Céls fotorreceptoras: cones e bastonetes (céls sensoriais primárias) o Neurônios condutores: células bipolares e ganglionares o Neurônios associativos: células horizontais e amácrinas o Células de sustentação: neurogliais (astrócitos e micróglias) e células de Muller Fonte: Histologia Texto e Atlas, ROSS ESPECIFICAÇÕES DAS CÉLULAS • Cones e bastonetes Cones Bastonetes - 7 milhões localizados na fóvea central - visão colorida e detalhada - segmento externo é cônico que termina em pedículo - sinapse com céls bipolares e horizontais - fotopigmento: iodopsina - absorção: 420nm, 535nm e 65nm - 120 milhões localizados na periferia - visão periférica e noturna - segmento externo é cilíndrico que termina em esférula - sinapse com céls bipolares e horizontais - fotopigmento: rodopsina - absorção: 496nm Parte I: Neuro I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco Sabrina Carvalho Miname LXXII • Células bipolares e ganglionares o Conduzem os impulsos recebidos pelas células fotorreceptoras o Axônios amielínicos das céls ganglionares – fazem parte do nervo óptico • Células horizontais e amácrinas o Não possuem axônios ou dendritos – processos neuríticos ramificados o Estabelecem contato com fotorreceptores e células ganglionares respectivamente • Fóvea o É uma região marcante da retina!! o Depressão superficial que contém cones em abundância o Função: acuidade visual (onde ocorre a refração da luz) Fonte: Tratado de Fisio. Médica, GUYTON e Histologia Texto e Atlas, ROSS Características Retina central Retina periférica Melhor desempenho Visão fotópica Visão escotópica Receptor + frequente Cone Bastonete Circuito + frequente Linha exclusiva Projeção convergente Sensibilidade a intensidade Baixa Alta Discriminação de formas Ótima Precária Visão de cores Ótima Precária Resultado da lesão Cegueira total localizada Cegueira noturna Parte I: Neuro I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco Sabrina Carvalho Miname LXXII A C D ANATOMIA DO BULBO DO OLHO (anatomia) • No trajeto até a retina, as ondas luminosas passam por várias camadas • Humor aquoso ocupa o segmento anterior do bulbo do olho! • Podemos separar o bulbo do olho em 2 segmentos: o segmento anterior (dividido em 2 partes: câmara anterior (anterior à íris) e câmara posterior(posterior a íris)) o segmento posterior (abriga o humor vítreo – lembra uma substância gelatinosa transparente – que ajuda a manter a lente e a retina no lugar) o OBS: as duas câmaras do segmento anterior é preenchida por humor aquoso o Seio venoso da esclera ou canal de Schlemm: local onde ocorre a drenagem do humor aquoso para uma região vascularizada (pode ser que essa região seja entupida por diversos fatores e quando isso ocorre, há o aumento da pressão intraocular ou PIO – tem muito líquido produzido que não consegue ser drenado, aumentando a pressão dessa região e podendo levar a compressão de estruturas por exemplo) MÚSCULOS (anatomia) • Extrínsecos (movimentam o bulbo para direcionar o foco de visão) a. Musculo oblíquo superior (nervo troclear) b. Músculo levantador da pálpebra superior (nervo oculomotor) c. Musculo reto superior (nervo oculomotor) d. Musculo reto medial (nervo oculomotor) e. Musculo reto inferior (nervo oculomotor) f. musculo obliquo inferior (nervo oculomotor) g. Musculo reto lateral (nervo abducente VI) MOVIMENTOS OCULARES (fisiologia) • Classificação dos movimentos oculares: o Coordenação binocular: o movimento de ambos os olhos pode ser conjugado(globos oculares se movimentam para o mesmo lado) ou disjuntivo(globo ocular indo para direções opostas) o Velocidade: são sacádicos(rápidos independentes do movimento do objeto) ou de seguimento (lentos; seguem o movimento do objeto) o Trajetória: são radiais (se o eixo visual se desloca para qualquer direção) e torcionais(quando o eixo permanece fixo e só os globos oculares se mexem) • Obs: os movimentos dos olhos e da cabeça estão relacionados ao sistema vestibular B E F G Parte I: Neuro I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco Sabrina Carvalho Miname LXXII Aula 10: Sistemas sensoriais: visão IV BIBLIOGRAFIA: Tratado de Fisiologia Médica, GUYTON – cap. 50 a 52 23.03.2021 FOTOTRANSDUÇÃO (fisiologia) • Nos cones: o Sob a luz brilhante, há queda nos níveis de GMPc nos bastonetes, até um ponto que a resposta da
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