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Parte II: outros sistemas I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco Parte II: outros sistemas I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco Aula 14 Sistema Reprodutor Feminino I BIBLIOGRAFIA: Tratado de Fisiologia Médica, GUYTON 19.04.2021 ÓRGÃOS GENITAIS INTERNOS (anatomia) • São divididos entre órgãos internos (ovários, tubas uterinas, útero e vagina) e externos • OBS: hilo é uma porta de entrada e saída ÓRGÃOS GENITAIS INTERNOS NETTER P. 355 • Ovários: o localizado lateralmente ao útero e próximo de onde ocorre a bifurcação dos vasos ilíacos o relacionados a produção de hormônios sexuais (estrogênio, progesterona) e gametas Estrogênio: Desenvolvimento de características sexuais secundárias Progesterona: Implantação do óvulo fertilizado e desenvolvimento inicial do embrião Relaxina (secretado apenas na gravidez): Relaxamento da sínfise púbica, facilitando a explusão do feto o é aqui que ocorre o desenvolvimento do óvulo antes de ser lançado no útero o morfologia: margem livre (mesométrio), margem mesovárica (hilo do ovário, voltada para o ligamento),extremidade tubária (polo superior voltado p/ a tuba uterina) e extremidade uterina (polo inferior voltado para o útero) o artérias e veias ováricas: Irrigação Art. ovárica (é um ramo da art. aorta) e ramo ovárico da art. uterina Drenagem Veias ováricas (cada uma segue um caminho) - ex: direita desemboca diretamente na veia cava inferior e a veia esquerda desemboca na veia renal esquerda Inervação Plexo ovárico • Tubas uterinas: o São as vias condutoras dos gametas, “unindo” o ovário e a cavidade do útero (funções: captação, local de fecundação e transporte do óvulo) o Aproximadamente 10cm, está na borda superior do ligamento largo o Óstio abdominal: abertura próxima aos ovários; local onde os óvulos entram nas tubas o Óstio/corno uterino: abertura próxima ao útero; abertura p/ o útero o Partes: infundíbulo (possui projeções – fímbrias ováricas), ampola, isto e parte uterina Irrigação Ramo tubário da art uterina e ramos das art ováricas Inervação Plexo ovárico e hipogástrico inferior o A fecundação geralmente ocorre no infundíbulo ou na ampola Parte II: outros sistemas I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco • Útero: o 8cm comprimento, 4cm largura e 2cm espessura o Órgão onde o óvulo fertilizado se desenvolve o Ângulo de anteversão (voltado p/ região anterior) = 90* Espaços vazios: escavação retouterina (espaço entre útero e reto), escavação vesicouterina (espaço entre bexiga e útero) e fórnice (espaço entre a vagina e o colo do útero) o Faces: face anterior (vesical) e face posterior (intestinal) – dá p/ ver os ovários o 3 camadas: endométrio (mucosa), miométrio (muscular) e perimétrio (serosa) o Ligamentos: Ligamento largo (obs: meso é um ligamento plano) - um dos principais meios de fixação do útero - mesossalpinge: parte do ligamento relacionado à tuba uterina - mesovário: parte do ligamento relacionado ao ovário - mesométrio: parte do ligamento abaixo dos outros 2 Ligamento redondo - fixação do útero (sai dos cornos do útero e vai até os lábios maiores da vulva) Ligamento útero- ovárico - chamado de ligamento próprio do ovário - fixação dos ovários no útero Ligamento suspensor do ovário - contém vasos ováricos e plexo ovárico Ligamento reto uterino (ou uterossacro) - vai do colo do útero até o sacro Ligamento transverso do útero - fixa a região do colo do útero o Partes: fundo do útero (parte superior), corpo, istmo, colo/cérvice (porções vaginal e supravaginal) e óstio do útero (orifício no colo do útero) • Vagina: o Túbulo músculo membranoso; órgão feminino da cópula o Parede anterior 7,5cm e parede posterior 9cm o Comunicação com a vulva: óstio da vagina o Comunicação com o útero: óstio do útero o Hímen: prega na vagina o Obs: tem cavidade pélvica e parte na região do períneo ÓRGÃOS GENITAIS INTERNOS (histologia) • Ovários: o Revestimento: epitélio simples cúbico a pavimentoso (epitélio “germinativo”) o Túnica albugínea: TCDNM o Região cortical: TCF + músculo liso + folículos ovarianos e corpo lúteo (corpo albicans) o Região medular: TCF, vasos sanguíneos, vasos linfáticos e nervos Parte II: outros sistemas I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco o Folículo ovariano: estruturas constituídas de células gaméticas e células foliculares (ou céls da granulosa), todas envolvidas por uma lâmina basal - cada folículo contém um ovócito - morfologia do ovócito: célula volumosa, núcleo grande e claro, cromatina dispersa, nucléolo esférico e bem evidente(produção de proteínas); organelas bem desenvolvidas o OBS: ovogênese A formação começa na vida intrauterina e para no paquíteno da prófase da meiose I. Essa parada é chamada de dictióteno e o processo ganha continuidade na puberdade, mas só será finalizada se ocorrer a fecundação. Folículo primordial - formado na vida fetal - ovócito na fase I da meiose - 1 camada de células pavimentosas (achatadas) Folículo primário unilaminar - ovócito na fase I da meiose - 1 camada de células cúbicas Folículo primário multilaminar - ovócito na fase I da meiose - síntese de proteínas que vão envolver o ovócito - formação da zona pelúcida (serve p/ ter reconhecimento molecular de proteínas do espermatozoide); teca interna (camada fina, vascularizada com fibroblastos e células cúbicas secretoras) e teca externa (TC com células musculares lisas e fibras colágenas) folículo 2º ou pré antral - ovócito continuando a divisão celular Folículo maduro ou de Graaf - antro completamente formado - ovócito completou a 1ª e iniciou a 2ª divisão da meiose - céls da granulosa compõem céls murais, céls da corona radiata e cúmulos oophorus Parte II: outros sistemas I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco • Ovulação: o Abaulamento da superfície ovariana – estigma o Enfraquecimento da túnica albugínea e ruptura da parede do folículo maduro o Liberação do ovócito secundário (meiose II) com a zona pelúcida e corona radiata o Remanescentes foliculares: células luteínicas granulosas (aumentam de tamanho e secretam estrogênio e progesterona) e células luteínicas tecais (células menores; também secretam hormônios como céls da granulosa, inclusive a inibina) o O remanescente do folículo ovariano é transformado em corpo lúteo, cuja parte central é composta por coágulo de sangue e TC. Ele é formado após a liberação de um ovócito e tem o mesmo destino de um óvulo: esperar uma fecundação. Caso ele não seja fecundado ele se torna em um corpo lúteo menstrual, que se degenera e se torna um corpo albicans. Se ocorre fecundação ele se torna um corpo lúteo gravídico, que também irá se degenerar e se tornar um corpo albicans devido a presença hormonal no desenvolvimento da placenta. ATRESIA FOLICULAR o Não desenvolvimento dos folículos até a fase ovulatória o É um evento muito comum, sendo que na ovulação o ovócito liberado é o que se desenvolveu melhor; os outros vão entrando no processo de degeneração do folículo e do ovócito; o que sobra disso é uma membrana chamada de membrana vítrea Parte II: outros sistemas I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco • Tuba uterina: o Camada mucosa: epitélio cilíndrico simples (células ciliadas e secretoras não ciliadas apoiadas em lâmina basal própria de TCF) o Esses tipos de células na camada mucosa variam de acordo com a localizaçãoe fase do ciclo menstrual da mulher o Camada muscular: músculo liso (camada circular interna e uma longitudinal externa) o Serosa ou peritônio: mesotélio e TCF • Útero: o Espessura considerável que pode reduzir em função da gestação o Endométrio: epitélio simples cilíndrico (ciliada e secretora aciliada) + lâmina própria (lâmina basal e TC associado) + glândulas tubulosas + TC (fibras reticulares) - presença de vasos sanguíneos - estrato funcional: muitos capilares e sofre descamação na menstruação - estrato basal: células tronco; não são perdidos LEGENDA DO CORTE HSTOLÓGICO: - G: glândulas - LP: lâmina própria o Miométrio: músculo liso; camada + desenvolvida - estrato submucoso: camada orientada paralelamente - estrato vascular: vasos sanguíneos calibrosos, vasos linfáticos e feixes de músculo entrelaçados - estrato subseroso: camada de músculo liso orientado paralelamente o Perimétrio: - camada serosa: mesotélio + TC (porção posterior) - camada adventícia: TCF (porção anterior) Parte II: outros sistemas I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco • Vagina: o Camada mucosa: epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado (escamoso) apoiado na lâmina própria, possui numerosas pregas ou rugas transversais o Camada muscular: músculo liso, uma camada circular interna e uma longitudinal externa (obs: presença de fibras musculares estriadas do músculo bulboesponjoso estão presentes na abertura vaginal) o Camada adventícia: porção interna (TCD rico em fibras elásticas interno e adjacente à camada muscular) e porção externa (camada de TCF externa com vasos sanguíneos, linfáticos e nervos) o Ectocérvix/ectocérvice: epitélio estratificado pavimentoso apoiado na lâmina própria o Zona de transformação o Endocérvix/endocérvice: epitélio simples cilíndrico apoiado na lâmina própria; secretor de muco; se transforma gradativamente no epitélio pavimentoso o Fórnice da vagina: recesso entre a parte vaginal do colo do útero e as paredes da vagina Parte II: outros sistemas I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco Aula 15 Sistema Reprodutor Feminino II BIBLIOGRAFIA: 20.04.2021 ÓRGÃOS GENITAIS EXTERNOS (anatomia) • Vulva ou pudendo: o Monte do púbis ou de Vênus: elevação arredondada; anterior à sínfise púbica o Lábios maiores (do pudendo): duas pregas alongadas compostas por pele pigmentada, glândulas sebáceas e folículos pilosos (homólogos ao escroto no homem) o Lábios menores (do pudendo): duas pequenas pregas de pele entre os lábios maiores o Vestíbulo da vagina: fenda entre lábios menores (óstio da vagina, óstio da uretra e óstio dos ductos das glândulas vestibulares maiores) o Bulbo do vestíbulo: duas massas alongadas de tecido erétil que se localizam lateralmente ao óstio da vagina, podendo ser dilatados e aumentado a área de contato entre pênis e vagina na relação sexual o Clitóris: constituído de tecido erétil, capaz de aumentar de tamanho com o influxo de sangue; análogo a glande do pênis o Glândulas vestibulares: Maiores (homólogas as glândulas bulbo uretrais no homem) Quando comprimidas durante a relação sexual, promovem a lubrificação da extremidade inferior da vagina com um muco (OBS: bartolinites indicam problemas com essas glândulas) Menores Conhecida como glândula de Skene ÓRGÃOS GENITAIS EXTERNOS (histologia) • Vulva ou pudendo: o Monte do púbis: epitélio estratificado pavimentoso com folículos pilosos e tecido adiposo subcutâneo o Lábios maiores: pele fina com presença de glândulas sebáceas e sudoríparas, músculo liso e tecido adiposo subcutâneo - externa: presença de pelos púbicos - interna: ausência de pelos o Lábios menores: pele fina com presença de glândulas sebáceas e TC bem vascularizado o Vestíbulo da vagina: epitélio estratificado pavimentoso com glândulas tubuloalveolares (Slene e Bartholin) rico em terminações nervosas (corpúsculos de Meissner e Pacini Parte II: outros sistemas I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco SISTEMA REPRODUTOR FEMININO (fisiologia) • Funções: o Produzir células germinativas (ovogônias) – corre apenas na vida intrauterina o OBS: 5* mês de gestação (6 milhões), nascimento(1 milhão), menarca (9400mil) o Propiciar condições adequadas p/ fecundação, implantação e desenvolvimento, parto e amamentação • Marcos no desenvolvimento do sistema reprodutor: telarca (desenvolvimento das mamas) e pubarca (desenvolvimento dos pelos pubianos) • OBS: a menarca também é um marco importante, mas não fala a respeito do desenvolvimento de algo como os outros dois, é mais um marco para saber o período de “conclusão” da puberdade • na fisiologia, menstruação é hemorragia por privação hormonal!! • Eixo hipotálamo hipofisário ovário (HHO): o GnRH é produzido pelo hipotálamo (liberação deve ser pulsátil) o LH e FSH são produzidos pela adeno hipófise o Ovários produzem estrógeno e inibina (na primeira fase) e progesterona (na segunda fase) Parte II: outros sistemas I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco CICLO OVARIANO • Fase folicular: o Vários vão amadurecer e atingir o estágio de antro, porém apenas 1 ficará até o final (folículo maior cresce graças a sua maior quantidade de receptores de FSH) e o resto sofre atresia o Feedback positivo: FSH atua sobre folículos, que começam a produzir estrogênio (célula granulosa); estrogênio vai aumentar a sensibilidade das células ao FSH o Folículo + desenvolvido começa a produzir inibina, E2 e ativina, que inibem a secreção intensa de FSH pela hipófise e faz com que as outras células foliculares comecem a atrofiar porque não tem tanto FSH (explicado melhor no pico pré ovulatório) o O folículo maior cresce graças aos mecanismos intrínsecos de feedback positivo!! o Fatores que contribuem p/ o crescimento do folículo primário até o estágio antral: Parte II: outros sistemas I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco • Pico pré ovulatório de LH: estrógenos em maior quantidade no final da fase folicular, maior produção noradrenérgica (locus coeruleus) e mais hipotálamo endócrino a secretar GnRH o quantidade pequena de estrogênio estimula a liberação de beta endorfinas, que regulam a liberação de NE (norepinefrina/noradrenalina) e GnRH o NE é um fator estimulante para a produção de GnRH o Quantidade enorme de estrogênio promove a liberação de GnRH, fazendo com que a liberação de FSH e LH aumente ( LH >> FSH (controle pela inibina por meio de um feedback negativo na hipófise)) o Ainibina impede que novos folículos sejam recrutados para desenvolvimento, porque diminui a quantidade de FSH liberada na hipófise (os folículos que estão em um estágio + inicial de desenvolvimento precisam de uma quantidade muito grande de FSH pra se desenvolver, e os que estão em estágio + avançado não precisam de tanto FSH) o Aproximadamente 16h antes da ovulação o alto nível de estrogênio inibe a atividade de beta endorfinas (porque estimula neurônios inibitórios que bloqueiam beta endorfinas), liberando uma quantidade significativa e rápida de LH • Ovulação: o Pico de LH estimula principalmente a progesterona, que estimula enzimas proteolíticas, que tem a função de enfraquecer a parede folicular levando a degeneração do estigma o Junto com esse evento, o pico de LH leva a hiperemia folicular e secreção de prostaglandinas (vasodilatador), que leva a uma transludação de plasma para o folículo e aumenta o volume do folículo por meio de uma dilatação o Os 2 eventos juntos levam a ruptura do folículo e evaginação do óvulo • Fase lútea: transformação de células da granulosa e da teca interna remanescentes que sofrem luteinização por influência do LH o Função: manter uma produção hormonal adequada que seja capaz de garantir a implantação do blastocisto no útero e seu desenvolvimento o Uma parte da luteólise foi explicada em histologia, os itens abaixo são uma continuação!! Parte II: outros sistemas I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco o Corpo lúteo: estrutura endócrina libera 3 hormônios, que fazem feedback negativo na hipófise - estrogênio: feedback negativo com FSH/LH - inibina: influência direta sob FSH - progesterona (+ produzida): muito importante na fase secretora do ciclo uterino e garante implantação do blastocisto no útero; inibe efeitos do LH, diminuindo a quantidade de estrogênio e induzindo a apoptose o A queda na liberação de hormônios encerra a luteólise, levando a menstruação (descamação do endométrio e degeneração do corpo lúteo) CICLO ENDOMETRIAL • Ocorre paralelamente ao ciclo ovariano • Menstruação: início do ciclo endometrial o Isquemia por vaso espasmo que ocorre no útero, causando uma necrose endometrial o Contrações espasmódicas de artérias e musculatura uterina (cólica menstrual) o Sangramento da camada funcional do endométrio o Normal: 3 a 8 dias, volume total de 60ml (sangue arterial + sangue venoso + líquido seroso) • Fase proliferativa: o 7 a 9 dias antes da ovulação o Caracterizada pelo aumento da espessura do endométrio, crescimento de glândulas e formação de novos vasos • Fase secretora: o Após a ovulação o Endométrio bem vascularizado o Estimula a liberação de uma secreção rica em glicoproteínas, para nutrir o embrião que poderá ser formado (placenta) Parte II: outros sistemas I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco Aula 16 Sistema Reprodutor Masculino I BIBLIOGRAFIA: 26.04.2021 ÓRGÃOS GENITAIS INTERNOS (anatomia) • Testículos: órgão pares que ficam suspensos pelo escroto o Produzem espermatozoides e hormônios o Desenvolve-se no abdome e desce p/ o escroto pelo canal inguinal (OBS: nessa decida, caem alguns tecidos também) o Túnica albugínea: superfície externa do testículo o Túnica vaginal: lâmina visceral e parietal • Epídidimo: estrutura tubular alongada na face posterior do testículo (dividido em cabeça, corpo e cauda) • Ducto deferente: 30cm / condução de espermatozoides o Segue em direção a próstata o Ampola: dilatação do ducto ao lado da glândula seminal (produz sêmen) o OBS: vasectomia é feita nessa região (o homem tem sêmen mas não tem espermatozoides) • Funículo espermático: o Artéria testicular, nervos, plexo venoso pampiniforme, vasos linfáticos e ducto deferente o Envolvido por cremáster (tipo de musculatura lisa) • Glândula seminal: local de produção do líquido seminal (se une ao ducto deferente formando ductos ejaculatórios) • Glândulas bulbouretrais: produz o líquido lubrificante (só abre seus ductos na uretra esponjosa) • Ducto ejaculatório: o Transitam da próstata até a uretra e se abre no seu óstio • Próstata: maior glândula acessória do sistema genital masculino (3x4x2 cm) o secreta o líquido prostático diminuindo a acidez causada pela urina (porque é o mesmo canal) ÓRGÃOS GENITAIS INTERNOS (histologia) • Testículos: o Túnica vaginal ou serosa: epitélio simples pavimentoso e TCF Parte II: outros sistemas I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco o Túnica albugínea: cápsula de TCD, septos fibroso (divide em 250 lóbulos testiculares – TCF, vasos sanguíneos, linfáticos e nervos), túnica vascular (TCF e vasos sanguíneos) e mediastino do testículo o Túbulos seminíferos: lâmina basal e epitélio germinativo (células de Sertoli e células espermatogênicas) – entre os túbulos seminíferos há células intersticiais, TC com células contráteis(mióides - fazem com que os espermatozoides saiam dos túbulos seminíferos), vasos linfáticos e sanguíneos CÉLULAS DE SERTOLI o Alongadas, formato piramidal, apoiada na lâmina basal, citoplasma claro, núcleo alongado e nucléolo bem definido (dão suporte envolvendo parte das células de linhagem germinativa) o Cria uma barreira hematotesticular o Sustentação, proteção e nutrição das células o Fagocitose de resíduos citoplasmáticos das espermátides o Facilitam a liberação de espermátides maduras p/ o lúmen de túbulos seminíferos o Secretam fluido rico em proteínas ABP (proteínas de ligação de andrógenos que se liga a testosterona) e íons p/ o lúmen de túbulos seminíferos o Possuem receptores de FSH e testosterona CÉLULAS ESPERMATOGÊNICAS o Espermatogônias – espermatócitos primários – espermatócitos secundários – espermátides – espermatozoides CÉLULAS INTERTICIAIS OU CÉLULAS DE LEYDIG o Produzem e liberam testosterona (andrógeno testicular produzido a partir do colesterol) o São grandes, poligonais, eosinófilas, com gotículas de lipídios e mitocôndrias (colesterol) – quando ativas o Na vida fetal, são estimuladas pelo hormônio gonadotrófico da placenta, depois regridem o Na puberdade tornam-se ativas pelo LH da hipófise o Lóbulo testicular: túbulos seminíferos, TCF, vasos sanguíneos, linfáticos e nervos; presença de células de Leydig Parte II: outros sistemas I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco o Ductos intratesticulares: • Epidídimo: o Local de amadurecimento dos espermatozoides o Composição do ducto epidídimo: epitélio pseudoestratificado cilíndrico com estereocílios (contém células principais altas e células basais baixas) + lâmina basal + células musculares • Ducto deferente o Camada mucosa: epitélio pseudoestratificado cilíndrico com estereocílios + lâmina própria rica em fibras elásticas o Camada muscular: músculo liso o Camada adventícia: TCF Túbulos retos - segmento inicial: células de Sertoli - segmento principal: epitélio simples cúbico + TCD Rede testicular - epitélio simples cúbico - bainha de TCF + vasos sanguíneos e linfáticos Ductos eferentes (se fundem p/ formar os ductos do epidídimo) - epitélio pseudoestratificado: células cilíndricas ciliadas(altas), cilíndricas ciliadas com microvilosidades (baixas) e células basais - delgada camada de células musculares lisas - bainha de TCF - absorção de líquido Cabeça do epidídimo Túnica albugínea Túnica vaginal Rede do testículo Corpo do epidídimo Parte II: outros sistemas IMorfofisiologia Humana I Universidade São Francisco • Glândula seminal: 2 tubos muito tortuosos o Local onde é formado o sêmen: secreção rica em proteína, vitamina C e frutose o Camada mucosa: epitélio simples cúbico a pseudoestratificado cilíndrico + lâmina própria rica em fibras elásticas, pregueada o Camada muscular: músculo liso (circular e longitudinal) o Camada adventícia: TCF • Glândula bulbouretrais o Cápsula: fibroelástica (fibroblastos – células musculares lisas e estriadas esqueléticas + lóbulos) o Septos dividem as glândulas em lóbulos!! o Porções secretoras tubuloalveolares: epitélio cúbico a cilíndrico simples o Ducto excretor: epitélio cilíndrico estratificado; se une a uretra o Secreta muco (lubrificante) com galactose, galactosmanina, ácido siálico etc; além da lubrificação esse muco pode neutralizar a urina que estiver presente o OBS: no corte histológico, glândulas em maior atividade parecem ser maiores e vice versa • Próstata o Secreção prostática: fluido alcalino, rico em lipídios, enzimas proteolíticas, fibrinolisina, ác cítrico, zinco, amilase, PSA (antígeno prostático específico) e PAP (fosfatase ácida prostática; obs: ela regula o crescimento e o metabolismo do epitélio glandular) o Cápsula: TCDNM o Estroma: fibroclástico rico em músculo liso o Parênquima: 30 a 50 glândulas tubuloalveolares (epitélio simples cilíndrico a pseudoestratificado que desembocam na uretra prostática o 4 zonas Zona central Circunda os ductos ejaculatórios - glândulas periuretrais da mucosa (25%) Zona periférica Glândulas principais (70%) Zona de transição Glândulas periuretrais da submucosa Zona periuretral Glândulas da mucosa e submucosa Parte II: outros sistemas I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco Aula 17 Sistema Reprodutor Masculino II BIBLIOGRAFIA: Tratado de Fisiologia Médica, GUYTON – cap. 55 e 56 03.05.2021 ÓRGÃOS GENITAIS EXTERNOS (anatomia) • Pênis: o Raiz do pênis: espaço superficial do períneo (ramos e bulbo) o Corpo do pênis: corpos cavernosos (art. profundas do pênis – ereção peniana) e corpo esponjoso (glande – local onde sai a uretra) o Glande: dilatação final do pênis (análogo ao clitóris na mulher) - coroa da glande - colo da glande: local onde saem as glândulas prepuciais (depositam esmegma) - óstio externo da uretra - prepúcio do pênis (é a pele que cobre a glande; na fimose é aqui que está o problema) - frênulo do prepúcio o Ereção peniana: artérias profundas do pênis suprem corpos cavernosos • Escroto: local onde estão localizados os testículos o Pele pigmentada e túnica dartos o Músculo dartos: fibras musculares lisas aderentes a pele que promove, contração e relaxamento (de acordo com a temperatura) – aproxima pele do testículo p/ esquentar o Músculo cremáster: faz parte do funículo espermático (eleva o testículo) o Septo do escroto: divisão entre os testículos • Uretra: o Intramural: passa pela bexiga o Prostática: passa pela próstata o Membranácea: passa pelo diafragma urogenital (músculo) o Esponjosa: passa pelo corpo esponjoso ÓRGÃOS GENITAIS EXTERNOS (histologia) • Pênis o 3 massas cilíndricas do tecido erétil (trabéculas de TCF + fibras musculares lisas delimitam seios revestidos por endotélio) – a rigidez do pênis é quando esses espaços ficam cheios de sangue Parte II: outros sistemas I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco o Dorsalmente os corpos cavernosos e ventralmente o corpo esponjoso Túnica albugínea(túnica fibroelástica densa) envolve completamente o corpo esponjoso o TC intersticial contém muitas terminações nervosas e vasos linfáticos o A pele do pênis é fina e frouxamente aderida ao TCF subjacente mas a pele da glande é fina e fortemente aderida FUNÇÕES REPRODUTORAS MASCULINAS (fisiologia) • Funções: espermatogênese, desempenho do ato sexual masculino e regulação das funções reprodutoras • Puberdade o De 9 a 15 anos, maioria começa aos 12 anos e dura 4 anos o Secreção pulsátil de GnRH determina a liberação de LH e FSH (gonadotrofinas), que são o marco de início da puberdade o A pubarca no homem é influenciada pelos mesmos hormônios que as mulheres, mas tem o auxílio de um hormônio liberado pela glândula suprarrenal que leva a um maior desenvolvimento de pelos, barbas e etc o Efeitos dos hormônios sexuais masculinos: início da espermatogênese, maturação de células de Leydig, crescimento de testículos, aumento da pigmentação e enrugamento da pele escrotal, crescimento de pelos púbicos, do epidídimo, vesícula seminal, próstata e pelos em geral, alargamento da laringe e engrossamento de cordas vocais, massa muscular e hematócritos elevados • Maturidade e senescência o Maturidade sexual: 16 a 18 anos o Aos 40 anos ocorre um declínio nos níveis de testosterona + aumento de SBG e aos 50 uma redução da produção de espermatozoides o OBS: a testosterona anda pela corrente sanguínea ligada a albumina ou a SBG; quando se tem pouca testosterona e muita SBG a testosterona se liga a muitos receptores SBG e não consegue ter a sua liberdade no sangue, impossibilitando o uso o Andropausa (análogo a menopausa): queda nos níveis de testosterona e estradiol – menor pulso de frequência do LH – perda de ritmo diurno da secreção de testosterona – menos acúmulo dos esteroides 5alfa reduzidos nos tecidos da reprodução o Outros efeitos da andropausa: alterações na pele, queda de cabelo, menor densidade óssea, tendência a obesidade, menor desejo sexual e menor atividade intelectual, fadiga, depressão e perda de massa magra Parte II: outros sistemas I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco ANDROGÊNIOS • São hormônios capazes de promover e manter características secundárias masculinas • Testosterona o Produção controlada por hormônios gonadotróficos liberados pela adenohipófise o Produzido por células de Leydig e secretada pelos testículos o Funções: desenvolvimento de ductos de Wolff no período fetal, atividade secretora pós puberal, desenvolvimento de caracteres sexuais secundários, efeitos anabólicos sobre músculos e eritropoiese, inibição de desenvolvimento de mamas, estimulação da espermatogênese METABOLISMO DA TESTOSTERONA o Liga-se a albumina plasmática e a SHBG (65%) o Fica de 30min a 1h na corrente sanguínea o Liga-se ao tecido e é transformado em di hidro testosterona na célula • Estradiol o A testosterona é convertida em estradiol(principalmente em células de Leydig, tecido adiposo e placenta), mas não se sabe a função exata desse hormônio o Corresponde a menos de 20% dos andrógenos o Funções(não temos certeza sobre): fechamento epifisal, prevenção de osteoporose e controle da secreção de GnRH por retroalimentação • Inibina o Produzida nas células de Sertoli em resposta ao FSH (feedback positivo) o Efeitos endócrinos e parácrinos, principalmente na espermatogênese • DHT: di hidro testosterona o Funções: desenvolvimento embrionário da próstata, descida dos testículos, calvície no padrão masculino, desenvolvimento de pelos e atividade de glândulas sebáceas • Controle da reprodução masculina pelo eixo hipotálamo-hipófise-testículo o GnRH estimula liberação de FSH e LH (FSH atua nas células de Sertoli junto com a testosterona para promover a espermatogênese e LH atua nas células de Leydig secretando testosterona) o Inibina faz feedback negativo na hipófise, regulando a quantidade de FSH liberado e testosterona faz a mesma coisa, só que pro LH • OBS: em pessoas que fazem terapia com testosterona, a testosterona nãoconsegue atuam na espermatogênese, levando até a infertilidade Parte II: outros sistemas I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco Aula 18 Sistema Urinário BIBLIOGRAFIA: Tratado de Fisiologia Médica, GUYTON – cap. 55 e 56 04.05.2021 COMPOSIÇÃO DO SISTEMA URINÁRIO (anatomia) • É uma parte do sistema excretor • Componentes do sistema urinário: rins, ureteres, bexiga e uretra • Rins: produzem a urina o Localização: retroperitoneal (atras do peritônio) paralelo a coluna vertebral; parte dorsal apoiada em músculos diafragma e Psoas maior o OBS: rim direito mais baixo que o esquerdo por causa do fígado o Extremidades: polo superior (glândula suprarrenal), polo inferior, face anterior, face posterior, margem lateral e margem medial o Elementos importantes: Cápsula fibrosa Envolve intimamente o rim Cápsula adiposa ou corpo adiposo perirrenal Tecido adiposo que envolve a cápsula fibrosa Fáscia renal TC fibroso que envolve ambas as cápsulas e as suprarrenais Corpo adiposo pararrenal Tecido adiposo envolvendo a fáscia renal Hilo renal Fissura vertical na margem medial do rim, por onde passam vasos renais, ureter, vasos linfáticos e inervação Seio renal Espaço dentro do rim que é aberto pelo hilo Pedículo renal Conjunto de estruturas que passam pelo hilo o Regiões: a. Córtex renal: colunas renais (estrutura – projeções de tecido cortical entre as pirâmides renais) b. Medula renal: pirâmides renais (estrutura) c. Papila renal: projeções no ápice da pirâmide renal o Irrigação: artéria renal – artérias segmentares – arteríolas – néfron (obs: a artéria renal esquerda é menor que a direita) o Drenagem: veia renal – veia cava inferior (obs: veia renal direita é menor que a esquerda) o Inervação: plexo celíaco e mesentérico o OBS: filtra o sangue arterial Parte II: outros sistemas I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco VIAS URINÁRIAS o Cálice renal menor: sai a partir das papilas renais (onde goteja a urina) o Cálice renal maior: união de cálices menores o Pelve renal: união de cálices renais maiores HISTOLOGIA DOS RINS (histologia) • O rim pode ser dividido em: cápsula renal (camadas externa e interna), região cortical e região medular • Cápsula renal: o Camada externa (CEC): TCDM com fibroblastos o Camada interna (CIC): TCF com miofibroblastos (são fibroblastos com capacidade de deformação; se houver aumento do volume renal é possível a acomodação do órgão) • Zona cortical: o Túbulos uriníferos: néfron (túbulos proximais, distais e alça do néfron) e túbulo coletor apoiados em lâmina basal o Corpúsculos renais: cápsula glomerular (ou de Bowman), espaço capsular e glomérulo Polo vascular Por onde entram e saem os vasos (penetra arteríola aferente e sai arteríola eferente) Polo urinário Por onde sai o filtrado primário (início do túbulo contorcido proximal) Espaço capsular Recebe o líquido filtrado através de paredes capilares Ultrafiltrado glomerular: pode conter traços de proteínas Néfron cortical (de alça curta) - o corpúsculo renal está localizado na região externa do córtex - células tipo I (pavimentosas sem projeções) na porção descendente da alça do néfron - arteríola glomerular eferente ramifica-se em uma rede capilar - RAIO MEDULAR: consiste em um túbulo coletor e segmentos da alça de Henle dos néfrons corticais Néfron justamedular (de alça longa) - o corpúsculo renal está localizado na região do córtex adjacente a medula - células tipo II (colunares com projeções de membrana com mitocôndrias) e III (pavimentosas com projeções de membrana) na porção descendente e tipo IV (pavimentosas sem projeções) na porção ascendente - a arteríola glomerular eferente ramifica-se em alças vasculares chamadas de VASA RECTA (vasos retos, que descem para a medula e formam uma rede capilar que rodeia os ductos coletores e ramos da alça de Henle Parte II: outros sistemas I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco LEGENDA: TD (túbulo distal), TP (túbulo proximal), EC (espaço capsular), MD (mácula densa) e G (glomérulo) CÁPSULA GLOMERULAR: camada parietal (epitélio simples pavimentoso com núcleos alongados) e camada visceral (formada por podócitos) GLOMÉRULO: formado po capilares glomerulares + mesângio + membrana basal glomerular (barreira de filtração) o Envolta por TCF, vasos sanguíneos, vasos linfáticos e nervos PODÓCITOS: prolongamentos primários e secundários (pedicelos) que envolvem os capilares, formando a fenda de filtração por onde passam algumas moléculas CÉLULAS MESANGIAIS INTRAGLOMERULARES: células que fazem fagocitose e endocitose de membrana basal glomerular; ficam entre os capilares, formando o mesângio ▪ Suporte estrutural p/ capilares e podócitos ▪ Sintetizam e secreta, a matriz extracelular, além de sintetizar biomoléculas ativas (prostaglandinas, endoteliais e interleucinas 1) ▪ Tem receptor p/ angiotensina II CAPILARES GLOMERULARES: fenestrados sem diafragma CAPILARES PERITUBULARES: fenestrados com diafragma • Barreira de filtração glomerular: composto pela membrana basal glomerular (junção das lâminas basais de podócitos e células endoteliais), fenda de filtração, células endoteliais dos capilares fenestrados e podócitos (obs: só devem passar moléculas de carga + ou moléculas pequenas) o Passagem de líquidos: ultrafiltrado (pode ter alguns traços de proteínas) Parte II: outros sistemas I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco • Membrana basal glomerular (MBG) o Lâmina externa rara externa: (prolongamento de podócitos) rica em poliânions, como heparam sulfato, que impedem especificamente a passagem de moléculas de carga negativa o Lâmina interna rara interna: (endotélio capilar) semelhante a lâmina externa rara o Lâmina densa: colágeno tipo IV (atua como filtro físico) e colágeno tipo XVIII (perlecam e agrina – responsáveis pela maior parte das cargas aniônicas encontradas na MBG) • Túbulo contorcido proximal: epitélio simples cúbico ou colunar baixo (imagem em roxo) o Citoplasma acidófilo rico em mitocôndrias o Domínio apical com microvilos que formam orla em escova o + contorcido que o distal, aparecendo mais em cortes transversais • Alça de Henle/alça do néfron: ascendente e descendente o Segmentos espessos: saindo do túbulo contorcido proximal e chegando no distal o Segmento delgado: entre os espessos; néfrons corticais e justamedulares • Túbulo contorcido distal: epitélio cúbico simples (células menores, sem orla e menos acidófilas) Parte II: outros sistemas I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco • Mácula densa: encontro do túbulo contorcido distal com a região da arteríola aferente do polo vascular do corpúsculo renal • Aparelho justaglomerular: estrutura endócrina o Células justaglomerulares (células musculares lisas das arteríolas modificadas) apresentam núcleos esféricos e citoplasma em grânulos de secreção de renina (atua sobre a síntese de angiotensina) o Mácula densa o Células mesangiais extraglomerulares: atuam na renovação de estruturas • Túbulos e ductos coletores (região medular): revestidos por epitélio cúbico simples o Células principais (claras ou CD): cílio primário com microvilosidades curtas aquaporinas (reguladas pelo ADH) e receptores de aldosterona o Células intercaladas (escuras ou IC): alfa (H+) e beta (bicarbonato) – ambas com microvilosidades e ricas em mitocôndrias o OBS: próximo a papilas háum epitélio cúbico simples Parte II: outros sistemas I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco Aula 19 Sistema Urinário II BIBLIOGRAFIA: Tratado de Fisiologia Médica, GUYTON – cap. 55 e 56 17.05.2021 COMPOSIÇÃO DO SISTEMA URINÁRIO (anatomia) • Ureteres: o 25 a 30cm comprimento e 3mm diâmetro o Possui contrações peristálticas (1 a 6x/min), que movimentam a urina p/ a bexiga o Parte abdominal (passa sobre o músculo Psoas maior) e pélvica(cruza a art./veia ilíaca comum ou art./veia ilíaca externa, voltando-se medialmente p/ a bexiga): trajeto peritoneal o 3 constrições (estreitamentos de luz) 1 Na junção da pelve com ureter 2 Na abertura superior da cavidade pélvica, cruzando a art ilíaca externa 3 Na passagem através da parede da bexiga urinária o OBS: isso é importante clinicamente porque em patologias pode haver nefrolitíase e as constrições são os principais locais de alojamento desses cálculos renais Nas mulheres, o trajeto pélvico está relacionado aos vasos uterinos, próximos ao colo do útero A relação ureter x colo do útero x vagina possui risco de lesão do ureter em histerectomias!! o Irrigação: irrigado por um n* variável de artérias que se anastomosam - parte pélvica: ramos das art uterinas nas mulheres e vesicais inferiores em homens (da lateral p/ o centro) - parte abdominal: ramos da aorta, art gonadal, art renal etc (todos do centro p/ lateralidade) - OBS: cirurgiões devem tomar cuidado nessa região por causa dessa diferença centro-lateral o Drenagem e inervação: VER ROTEIRO ANATO • Bexiga: o Relativamente livre o tecido extraperitoneal, exceto pelo seu colo, que é a parte menos móvel, possuindo 3 ligamentos (espessamentos da fáscia superior do diafragma da pelve) o Dividida em 4 partes: ápice, fundo, corpo e colo (parte menos móvel da bexiga, ancorada ao diafragma da pelve (na mulher) e na base da próstata (no homem)) o Ligamentos: puboprostático (dividido em medial e lateral, na mulher é pubovesical e no homem é puboproststático) e ligamento lateral da bexiga o Ligamento remanescente: ligamento umbilical mediano ou úraco (é um cordão fibroso, resultado da contração e obliteração do alantoide ligado ao ápice da bexiga e ao umbigo) o Parte interna da bexiga: óstio dos ureteres e óstio interno da uretra, músculo detrusor da bexiga* e trígono da bexiga (parte + rígida delimitada por óstios dos ureteres e óstio interno) Parte II: outros sistemas I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco *Região da parede da bexiga urinária (fibras internas firmam o esfíncter interno da uretra – involuntário Nos homens o músculo se contrai durante a ejaculação, enviando retorno do sêmen p/ a bexiga o Irrigação: parte superior (art. vesicais superiores e, em homens, art do ducto deferente) e parte inferior (art. vesicais inferiores e, em mulheres, art vaginais) • Uretra: condução da urina da bexiga para o meio externo o Feminina: anterior à vagina (5cm) o Masculina: várias partes (20cm) o 2 esfincters musculares Esfíncter interno da uretra Involuntário Esfíncter externo da uretra Voluntário - no homem, expele últimas gotas de urina da parte membranácea p/ esponjosa - na mulher está no vestíbulo da vagina, anterior ao óstio da vagina – não atua muito como esfíncter, estando íntima a parede da vagina HISTOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO (histologia) • Cálices renais, pelve renal, ureter e bexiga: o Revestidos por epitélio de transição ou urotélio (sofrem deformação qdo há líquido comprimindo suas paredes, fazendo com que ele aumente ou diminua de tamanho – células em guarda chuva) • Ureter o Túnica mucosa: epitélio estratificado de transição (urotélio) + lâmina própria (rica em fibras elásticas) – TC varia de TCF p/ TCD o Túnica muscular: camada longitudinal interna, camada longitudinal médica e camada longitudinal externa (na porção inferior) + presença de TCF entre células musculares o Túnica adventícia: TCF + células adiposas + vasos e nervos • Bexiga urinária o Camada mucosa: epitélio estratificado de transição (urotélio) + lâmina própria(rico em fibras elásticas e vasos sanguíneos); varia de TCF pra TCD o Camada muscular: camada longitudinal interna, camada circular média, camada longitudinal externa, presença de TCF entre células musculares o Camada adventícia: TCF e serosa (parte superior da bexiga) e TCF + mesotélio Parte II: outros sistemas I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco • Uretra masculina o Uretra prostática: epitélio de transição (urotélio) o Uretra membranosa: epitélio pseudoestratificado + camada muscular (músculo liso involuntário e músculo estriado voluntário o Uretra peniana: epitélio pseudoestratificado/estratificado • Uretra feminina o Camada mucosa: epitélio de transição (urotélio) que torna cilíndrico e varia de pseudoestratificado a estratificado pavimentoso não queratinizado próximo ao meato uretral + glândulas mucosas + lâmina própria (fibras elásticas) o Camada muscular: músculo liso circundado por músculo estriado Parte II: outros sistemas I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco Aula 20 Sistema Urinário III BIBLIOGRAFIA: Tratado de Fisiologia Médica, GUYTON – cap. 26 e 27 24.05.2021 SISTEMA URINÁRIO (fisiologia) • Fonte de água para o organismo o Exógena: líquido e alimento o Endógena: oxidação de carboidrato • Perda corporal: evaporação/respiração/difusão da pele, suor, fezes e urina (pode ser controlada, sendo mais diluída ou + concentrada para mantermos volume interno constante) • Funções renais o Excreção de produtos indesejáveis do metabolismo, substâncias químicas e metabólitos o Regulação do equilíbrio de água e eletrólitos e regulação homeostática do pH ácido-base o Regulação da pressão arterial a longo prazo o Secreção, metabolismo e excreção de hormônios o Gliconeogênese • Formação da urina: filtração glomerular, reabsorção de substâncias nos túbulos renais, secreção de substâncias do sangue p/ túbulos renais (obs: a excreção da urina pode ser considerada um 4º passo) • OBS: taxa de excreção da urina = taxa de filtração – taxa de reabsorção + taxa de secreção FILTRAÇÃO GLOMERULAR • Taxa de filtração glomerular (TFG): o Dependendo das necessidades hídricas corporais, o rim determina a concentração da urina que será excretada (+ concentrada ou + diluída) o Taxa de fluxo plasmático renal: 625 mL/min e Taxa de filtração glomerular: 125 mL/min o Fração de filtração: 125/625 = 0.2 ou 20% Parte II: outros sistemas I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco • Depuração renal: processo complementar da filtração, que indica diferentes caminhos para diferentes substâncias o creatinina e inulina são exemplos de substâncias em A (100% de excreção dessas substâncias) o ureia é um exemplo em B (50% é reabsorvido e 50% é excretado), apesar de ser uma substância tóxica é importante para o controle da concentração da urina o glicose e aminoácidos são exemplos de substâncias em C (0% de glicose excretada) o penicilina é um exemplo em D porque não é reabsorvida e temos uma secreção (>100% excretado) • Membrana capilar glomerular: barreira de filtração composta por 3 camadas, que impede a passagemde proteínas plasmáticas e elementos celulares como hemácias o Endotélio capilar: camada + externa caracterizada pela presença de fenestras (buraquinhos) o Membrana basal: presença de colágeno e fibras proteoglicanas o Células epiteliais ou podócitos: permitem o deslocamento do filtrado glomerular o OBS: a filtrabilidade de substâncias depende do peso molecular (filtrabilidade 1,0 indica que é filtrada facilmente e menores indicam dificuldade para atravessar a barreira) • Fatores determinantes da filtração glomerular(FG) o Na luz do capilar(LC): pressão hidrostática(60mmHg), pressão oncótica(32mmHg) o No espaço capsular(EC): pressão hidrostática(18mmHg) e pressão oncótica(0mmHg) o Pressão efetiva de filtração (resultado pressão LC – pressão EC) = 10mmHg Parte II: outros sistemas I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco • Alterações nas forças de Starling o Alterações na pressão hidrostática glomerular: situações de obstruções nas vias urinárias por exemplo, aumentam essa pressão e diminui o filtrado glomerular o Alterações na pressão coloidosmótica/oncótica no capilar glomerular: aumento dessa pressão diminui o FG e a diminuição dessa pressão aumenta a FG o Alterações na pressão hidrostática no capilar glomerular: alterações no calibre das arteríolas; vasoconstrição da arteríola AFERENTE diminui essa pressão e diminui a FG e vice versa, mas a vasoconstrição da arteríola EFERENTE aumenta a pressão e diminui a FG e vice versa (isso acontece porque a vasoconstrição aumenta a pressão coloidosmótica, que é contra a FG) • Efeitos hormonais na filtração glomerular(FG): o E geral todos esses hormônios atuam em todas as arteríolas o Angiotensina 2 é um vasoconstritor que tem ação nas 2 arteríolas, mas tem um efeito maior na eferente o O efeito da angio 2 é mais forte nas eferentes pq as aferentes estão protegidas com esses dois últimos itens da tabela o Efeitos da angio 2: arrasta de volta pro organismo água e sódio, garantindo a excreção de metabólitos indesejados • Autorregulação miogênica do fluxo sanguíneo renal e FG o Vasos sanguíneos individuais resistem ao estiramento durante o aumento da pressão arterial, levando ao estiramento da parede vascular, que leva a um influxo de cálcio e contração da parede vascular o Essa contração evita a distensão excessiva do vaso e previne o aumento excessivo do fluxo sanguíneo renal e da FG Parte II: outros sistemas I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco • Autorregulação por feedback tubuloglomerular (IMAGEM) o Na mácula densa o Grupo de células epiteliais agrupadas é parte do complexo justaglomerular e fornece controle por feedback da FG e do fluxo sanguíneo no mesmo néfron REABSORÇÃO TUBULAR • 2 vias: paracelular e transcelular • Envolve processos ativos e passivos • FG e reabsorção são quantitativamente maiores que a excreção urinária, são processos precisamente coordenados para que não haja grandes flutuações na excreção urinária • A glicose deve ser totalmente reabsorvida como vimos na depuração renal, então é importante falar dela • Filtração = intensidade da filtração glomerular x concentração plasmática o Ex: concentração plasmática 1g/L e filtração glomerular 180L/dia resulta em uma filtração de 180g/dia Parte II: outros sistemas I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco • TM = transporte máximo de substâncias • TM da glicose é 375mg/min, mas não são todos os transportadores que conseguem atingir o máximo então consideramos que o limiar (o limite desses transportadores) é 200mg/100mL • Quando ultrapassa esse limiar, a glicose “sobrando” aparece na urina (glicosúria) e causa também desidratação Parte II: outros sistemas I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco Aula 21 Sistema Digestório I BIBLIOGRAFIA: Tratado de Fisiologia Médica, GUYTON – cap. 55 e 56 25.05.2021 SISTEMA DIGESTÓRIO (anatomia) • Canal alimentar, trato digestório ou trato gastro intestinal: órgãos tubulares por onde passa o bolo alimentar o Início na abertura da rima da boca (espaço entre lábios) e fim no ânus o Órgãos envolvidos: boca, faringe, laringe, esôfago, estômago, intestinos, reto e ânus • Funções: o Apreensão: colocar o alimento na boca o Mastigação: processo mecânico o Deglutição: passagem do alimento pela faringe o Ingestão: passagem do alimento do esôfago para o estômago o Digestão: ocorre no estômago e parte do intestino delgado o Absorção: ocorre no duodeno o Armazenamento: intestino grosso o Eliminação: intestino grosso CAVIDADE ORAL • Limites: o Anterior: lábios – rima da boca o Lateral: bochechas o Posterior: fauces (ou istmo das fauces) o Superior: palato duro (ossos palatinos e processo palatino da maxila) o Inferior: músculo milo-hióideo • Estruturas relacionadas: arcos alvéolos dentais, língua, óstios, úvula palatina – final do palato mole • Divisão: vestíbulo da boca (espaço entre lábios e dentes e entre bochechas e dentes) e cavidade da boca (espaço da cavidade atrás dos dentes Úvula Arco palatofaríngeo Filtro do lábio Palato mole Arco palatoglosso Tonsila palatina Parede posterior da faringe Parte II: outros sistemas I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco • Língua: o Margem: ao redor o Dorso: onde estão papilas(pós sulcal) e tonsilas linguais(pré sulcal), dividido pelo sulco terminal (entre raiz e corpo) o Superfície inferior: abaixo da língua o OBS: no vértice do sulco terminal há uma depressão chamada forame cego – se não houver o fechamento do ducto tireoglosso (liga a língua à tireoide na fase embrionária) não forma ele • Dentes: o 32 dentes o Coroa: porção exposta o Colo: revestido pela gengiva o Raiz: ligação com os alvéolos dentais • Faringe: o Anteriormente a parte cervical da coluna o Posteriormente a cavidade nasal (nasofaringe), cavidade bucal (orofaringe) e laringe (laringofaringe) o Composta por músculo estriado esquelético: músculos constritores superiores, médios e inferiores e músculos levantadores, como o estilofaríngeo, palatofaríngeo e salpingofaríngeo o Desde a base do crânio até a margem inferior da cartilagem cricóidea (vértebra C6); junção faringoesofágica • Esôfago: o 25cm de comprimento e 2cm diâmetro o Origem na junção faringoesofágica e término na junção esofagogástrica o Musculatura: MEE (terço superior), misto (terço médio) e músculo liso (terço inferior) o 3 partes: cervical, torácica e abdominal o Constrições (estreitamentos): Cervical Junção faringoesofágica (15cm dos dentes incisivos) Broncoaórtica onde o arco da aorta cruza o esôfago (22,5cm) e onde o brônquio principal E cruza o esôfago (27,5cm) Diafragmática Onde atravessa o diafragma (40cm) • Estômago: o Junções esofagogástrica e gastroduodenal o Óstios cárdico e pilórico (OBS: esfíncter pilórico regula o que fica e o que sai da parte estomacal) o Partes: cárdia, fundo gástrico (onde ficam alocados os gases), corpo e parte pilórica (antro pilórico, canal pilórico e piloro afunilado) Parte II: outros sistemas I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco o Absorção de cafeína e álcool o Digestão: bolo alimentar (com movimentos peristálticos) + suco gástrico (ácido clorídrico e enzimas) formam o quimo • Intestinodelgado (5 a 8 metros) o 3 partes: duodeno, jejuno e íleo Duodeno - digestão e absorção de nutrientes - papila maior do duodeno: onde entra bile e suco pancreático - flexura duodenojejunal: onde troca a divisão Jejuno Não tem limite claro com o íleo Íleo Se abre na região cecal (intestino grosso) pela papila ileal – óstio ileocecal o OBS: bile + suco pancreático + suco intestinal + quimo = quilo • Intestino grosso: absorção de água o Ceco: onde está o apêndice vermiforme o Cólon: dividido em 4 partes (cólon ascendente, c. transverso, c. descendente e cólon sigmoide) o Reto, canal anal e ânus CARACTERÍSTICAS o Tênias do cólon: fibras musculares dispostas longitudinalmente que percorrem o intestino grosso até a região retal o Apêndices adiposos do cólon: porções de tecido adiposo na túnica serosa do intestino grosso (+ evidentes no c. descendente e sigmoide) o Saculações do cólon (haustrações): segmentação do intestino grosso por sulcos transversais • Peritônio: membrana fina que envolve os órgãos do abdômen o Omento maior e omento menor o Principais funções: sustentar e proteger órgãos o Mesocolo: prega peritoneal relacionada ao intestino grosso o Mesentério: prega peritoneal relacionada ao intestino delgado Parte II: outros sistemas I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco SISTEMA DIGESTÓRIO (histologia) • Cavidade oral: mucosa da cavidade oral (não é queratinizada) o Mucosa de revestimento: mucosa labial, bochechas, palato mole do assoalho bucal e da porção ventral da língua o Mucosa especializada: porção dorsal da língua o Mucosa: epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado apoiado na lâmina própria com vasos sanguíneos e nervos o Submucosa: TCDNM com vasos sanguíneos, linfáticos, nrvos e gl6andulas salivares menores o Muscular: MEE o a • a SEMANA QUE VEM: ÓRGÃOS ANEXOS em ANATO • Gl6ndulas COMPLETAR COM AULA 31.05: SIST DIGESTORIO 2 Parte II: outros sistemas I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco Aula 23 Sistema Respiratório I BIBLIOGRAFIA: Tratado de Fisiologia Médica, GUYTON – cap. 55 e 56 08.06.2021 VIAS AÉREAS SUPERIORES (anatomia) • Nariz: o Dividido em nariz externo, cavidade nasal e seios paranasais o Nariz externo: porção óssea ou posterior (ossos nasais, processo maxilar do osso frontal e processo frontal da maxila) e cartilagínea ou inferior o Partes do nariz externo: raiz (entre os olhos), ápice (ponta do nariz), dorso (entre raiz e ápice), narinas (orifícios) e asa (concavidade que envolve as narinas) o Cavidade nasal: septo nasal, região olfatória, região respiratória, limites e partes, conchas nasais, pelos (vibrissas, + grossos e rígidos que o resto dos pelos de pele fina) e seios paranasais Septo nasal - divide a cavidade nasal em fossas nasais simétricas (porção cartilagínea anterior, porção óssea súpero-posterior e porção óssea ínfero-posterior) - obs: a porção súpero é a lâmina perpendicular do osso etmoide e a porção ínfero é a lâmina perpendicular do osso vômer Região olfatória - terço superior da cavidade nasal + conchas nasais superiores (inervada pelo nervo olfatório) Região respiratória - 2/3 inferiores da cavidade nasal Limites - superior: lâmina cribiforme do osso etmoide + ossos nasais + osso frontal - inferior (assoalho): palato duro - medial: septo nasal - anterior/posterior: narinas/coanas Partes - vestíbulo do nariz: de narinas até o limiar do nariz (dobrinha logo após as narinas) - cavidade nasal propriamente dita: limiar do nariz até coanas Conchas nasais - são projeções ósseas revestidas por mucosa; temos 3 conchas nasais (superior, média e inferior) - meatos nasais são buracos entre as conchas, onde passa o ar e começa a ser filtrado (maior contato om a mucosa e aquecimento por turbilhonamento do ar) - temos 3 meatos: superior (entre conchas superior e média), médio (entre conchas média e inferior) e inferior (entre concha inferior e palato duro) - óstio do ducto lacrimal no meato inferior: abertura do ducto lacrimonasal, vaporização das lágrimas e umidecimento do ar que entra Seios paranasais - seios frontal, células etmoidais, seio maxilar (+ acometido na sinusite) e seio esfenoide • Faringe: órgão muscular de forma tubular que vai da base do crânio até a borda inferior da 6ª vértebra cervical o Dividida em naso, orofaringe e laringofaringe Parte II: outros sistemas I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco Nasofaringe - tonsila faríngea (adenoide quando hipertrofiadas): estrutura linfoide - óstio faríngeo da tuba auditiva: comunicação da nasofaringe com a orelha média (equalização de pressão) - toro tubário: elevação de cartilagem revestida por mucosa (reveste o óstio faríngeo da tuba auditiva) - tonsilas tubárias: próximas ao toro tubário Orofaringe - tonsilas palatinas (amígdalas): órgão linfoide presente na fossa tonsilar (entre arcos) – pode inflamar - arco palatoglosso: prega que vai do palato até a língua - arco palatofaríngeo: prega que vai do palato até a laringofaringe - tonsila lingual: órgão linfoide localizado na parte posterior da língua - valécula epiglótica: região entre a língua e a epiglote (muitos alimentos ficam presos aqui no engasgo) Laringofaringe - recesso piriforme: depressão por onde passa o nervo laríngeo superior – pode ser lesionado caso os alimentos não sejam mastigados corretamente • Laringe: válvula protetora – impede a entrada de alimento nas vias respiratórias e permite com que haja aumento da pressão abdominal o Ádito da laringe; conecta a cavidade da laringe a laringofaringe o Pregas: vestibulares (superiores – 4) e vocais (inferiores – 5) o Glote: região entre pregas vocais o Cartilagens: ímpares (únicas) e pares (duplas) o Membrana tíreo-hioidea: da cart. tireóidea até o osso hioide o Ligamento crico-tireoide-mediano: liga as cartilagens cricóidea e tireóidea no plano mediano o Músculos intrínsecos (atuam nas pregas vocais) e extrínsecos 9elevação da laringe na deglutição) o Regiões: Vestíbulo da laringe do ádito até a prega vestibular Ventrículo da laringe Entre as pregas Cavidade infraglótica Das pregas vocais até a traqueia Tireóidea - é ímpar e lembra um escudo - proeminência laríngea (gogó) - cartilagem hialina Cricóidea - é ímpar e circunda a laringe como um todo - cartilagem hialina Epiglótica - faz a obstrução da laringe durante a deglutição - cartilagem elástica Aritenoideas - pares - atua diretamente na região de pregas vocais Corniculadas Pares acima das Aritenoideas Cuneiformes pares Parte II: outros sistemas I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco VIAS AÉREAS SUPERIORES (histologia) • Porção condutora: umedece, aquece e purifica o ar • Nariz e seios paranasais: epitélio respiratório (epitélio pseudoestratificado cilíndrico ciliado não queratinizado) o O epitélio respiratório é constituído por epitélio pseudoestratificado cilíndrico ciliado + células calciformes + lâmina própria (plexo venoso superficial) + glândulas seromucosas o Outros tipos de células no epitélio respiratório: ciliadas, calciformes, células em escova (são receptores sensoriais), células granulares ou de Kulchitsky (grânulos secretores) e células basais • Faringe: epitélio respiratório • Laringe: o Órgão de fonação o Região de cordas vocais: epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado o Fora dessas regiões:epitélio respiratório apoiado em cartilagem elástica VIAS AÉREAS SUPERIORES (fisiologia) • Subdivisões do sistema respiratório: o São 23 a 25 divisões o maior resistência ao ar que encontramos é em estruturas de calibres maiores o em estruturas menores temos menos camadas histológicas Parte II: outros sistemas I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco Aula 24 Sistema Respiratório II BIBLIOGRAFIA: Tratado de Fisiologia Médica, GUYTON – cap. 55 e 56 15.06.2021 VIAS AÉREAS INFERIORES (anatomia) • Traqueia: formada por anéis d cartilagem hialina (cartilagens traqueais) unidas por ligamento anular o OBS: a última cartilagem traqueal é chamada de carina (é a bifurcação dos brônquios principais e possui uma elevação) o Parte sem cartilagem no anel: membrana traqueal (musculatura que divide parede com esôfago) • Brônquios: primeira ramificação da traqueia chamados de brônquios principais (B.P.) o B.P.D: brônquio principal direito é + curto, + calibroso e verticalizado, dividido em 3 brônquios lobares (superior, médio e inferior) o B.P.E: brônquio principal esquerdo é + longo, menos calibroso e horizontalizado, dividido em 2 brônquios lobares (superior e inferior) • Pulmões: o Base (região aplanada apoiada no diafragma) e ápice (pontinha em cima) o 3 faces: costal voltada para as costelas), mediastinal (voltada para o coração) e diafragmática (voltada para o diafragma) o Pulmão esquerdo: 2 lobos, presença de fissura oblíqua e incisura cardíaca (língula do pulmão, considerada como lobo médio) o Pulmão direito: 3 lobos, presença de fissura horizontal e fissura oblíqua o Hilo do pulmão: local de entrada e saída de vasos, nervos e brônquios o Pleura: membrana serosa que envolve os pulmões (a mesma membrana recebe diferentes nomes dependendo de sua localização) Parietal Reflete sobre a parede torácica Visceral Reflete sobre pulmões Cavidade pleural Espaço entre pleuras onde se tem o líquido pleural GRADIL ESTEROCOSTAL o Caixa torácica o Esqueleto do tórax: constituído de forma que o volume da cavidade pode ser variado de acordo com movimentos torácicos o Inclui esterno, costelas, cartilagens costais, vértebras torácicas e discos vertebrais o Músculos da respiração que atual no gradil auxiliam a ventilação pulmonar Inspiração (ativa) Diafragma, intercostais externos, parte intercondral dos intercostais internos, esternocleidomastoideo e escalenos Expiração (passiva) Reto abdominal, oblíquos externo e interno do abdome, transverso do abdome e parte costal dos intercostais internos Parte II: outros sistemas I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco VIAS AÉREAS INFERIORES (histologia) • COMPLETAR COM MEET 14.06 e 15.06 • Traqueia: o Camada mucosa: epitélio pseudoestratificado cilíndrico ciliado + lâmina própria de TCF rico em fibras elásticas o Camada submucosa: TCF + glândulas mucosas e serosas +vasos e nervos o Camada cartilaginosa: anéis de cart hialina em C ligada por músculo liso envolvida por pericôndrio o Camada adventícia: TCF + vasos e nervos + tecido adiposo • Brônquios: Parte II: outros sistemas I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco FISIOLOGIA DA RESPIRAÇÃO (fisiologia) • COMPLETAR COM MEET 15.06.2021 • Complacência pulmonar: grau de distensão dos pulmões por cada unidade de aumento da pressão transpulmonar o Toda vez que a pressão pulmonar aumentar 1cm de H20 o volume pulmonar após 10 a 20s se3 expandirá em 200ml o Complacência = AV/AP, onde A representa delta, V volume e P pressão transpulmonar o Diagrama de complacência pulmonar: a inclinação entre 2 pontos em uma curva de volume/pressão é conhecida como complacência o Quando a pressão transpulmonar aumenta o volume pulmonar também aumenta o Determinante do diagrama é a força elástica dos pulmões, composta por: forças elásticas do tecido pulmonar (1/3) e forças causadas pela tensão superficial do líquido alveolar o OBS: uma pequena mudança na pressão de distensão acarretará uma grande mudança no volume como no gráfico 2 • Volume e capacidade pulmonar: • Distribuição regional da ventilação alveolar o Pressão pleural + negativa o Maior gradiente de pressão transpulmonar o Alvéolos maiores, menos complacentes o A parte de baixo é tudo oposto do de cima • a REVER AULA 15.06!!!! Parte II: outros sistemas I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco Aula 25 Sistema Respiratório III BIBLIOGRAFIA: Tratado de Fisiologia Médica, GUYTON – cap. 55 e 56 21.06.2021 VIAS AÉREAS INFERIORES (histologia) • septo alveolar o separação entre alvéolos adjacentes o TC rico em fibras elásticas e reticulares e rede capilar, fibroblastos e macrófagos (células de poeira) o Local da barreira hematoaérea inclui somáticos, pneumócitos do tipo I e suas lâminas basais fundidas o Refere-se às células e a produtos celulares através dos quais os gases devem se difundir entre os compartimentos alveolares e capilares o Inspiração; O2 nos alvéolos, pneumócitos do tipo I (fazem hematose), O2 se difunde pela membrana plasmática apical, passa pela membrana plasmática basal e lâmina basal • Barreira hematoaérea o Na parte amarela temos TC o Bolinhas vazias com centro vermelho são capilares PEGAR PRINT DA BARREIRA DA ANA PAULA Parte II: outros sistemas I Morfofisiologia Humana I Universidade São Francisco VIAS AÉREAS INFERIORES (anatomia) • Traqueia: for •
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