Buscar

METÁFORA NA CIÊNCIA E NA tecnologia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1
A FUNÇÃO COGNITIVA DA METÁFORA NA CIÊNCIA E NA
TECNOLOGIA
Profa MSc. Niuza Eugênia do Amaral Lima
niuzaegral@gmail.com
Prof.Dr.Ph.D.Ronaldo Luiz Nagem
ronaldo@dppg.cefetmg.br
RESUMO:
Neste artigo buscamos relatar as concepções teóricas do termo metáfora para além de uma figura
de linguagem com o objetivo de aprofundar o estudo da sua função cognitiva, considerando as
diversas definições para o termo encontradas na literatura científica de Aristóteles (séc. IV a.c) a
Ronald LANDHEER (2002) da Universidade de Leiden, Pays-Bas (Holanda), passando por
RICOEUR (1975), LAKOFF & JONHSON (2002) e outros. Nas últimas décadas a metáfora tem
se constituído em um recurso para os teóricos da argumentação. Grandes estudiosos se referem à
metáfora sob um paradigma de função cognitiva e um desempenho conceptual que favorece a
construção do conhecimento, o processo de ensino e de aprendizagem de tal modo que, de uma
concepção de enigma, a metáfora passa a ser a solução do enigma. Entendendo sob este prisma
que o raciocínio humano é analógico, que nosso cérebro realiza desde sempre conexões, ou seja,
que usa a semelhança como premissa para o entendimento e compreensão do novo. A função
cognitiva da metáfora atua sobre a semelhança, o análogo, o conhecimento prévio e não sobre o
abstrato ou controverso característicos da eloquência da retórica. Na literatura atual nos
deparamos com o termo “metaforização” que consiste no fato de construir uma metáfora com o
objetivo de elucidar, discernir, comunicar, instruir o que ocorre com frequência na Ciência e na
Tecnologia. Resultados preliminares indicam uma linguagem metafórica presente se não em
todos, em quase todos os programas de computação, por exemplo. O principal questionamento
deste artigo será, pois o que é e qual é a função de uma metáfora e o quanto a metáfora é um
elemento importante no processo de entendimento da própria compreensão humana. 
PALAVRAS-CHAVE: Ciência e Tecnologia, metáfora, função cognitiva.
1- Introdução:
“Toda metáfora é uma analogia camuflada.”
Allain Glykos (1999)
De um modo geral toda pesquisa surge de uma inquietação ou de uma pergunta. Aqui, no decorrer
de anos de estudos sobre Analogias e Metáforas (A&M) como membros do grupo de pesquisa
mailto:niuzaegral@gmail.com
mailto:ronaldo@dppg.cefetmg.br
2
AMTEC (CEFET-MG), temos visto surgirem os mais diversos questionamentos sobre os
conceitos A&M na Tecnologia, na Educação e na Ciência. Quanto mais discutimos, mais
percebemos a amplitude que as analogias e as metáforas alcançam no processo de ensino e de
aprendizagem, mais percebemos que as A&M são recursos indispensáveis para a compreensão de
conceitos por demais abstratos, e para a formação de novos conceitos ou concepções. 
Considerando, pois como principal questionamento deste artigo O que é e qual é a função de uma
metáfora? Entendemos que realizar um recuo à origem do termo bem como a diversas definições
ao longo de décadas, seria um ponto de partida adequado. 
O termo metáfora deriva da palavra grega “metaphorá” que é a junção de dois elementos: “meta”
que significa sobre e “pherein” que significa transporte, podendo ser definido então de modo
elementar como mudança; transferência. 
Cabe então perguntar: O que é uma metáfora?
 É uma figura de linguagem;
 É uma analogia condensada ou camuflada;
 É uma transposição de significados;
 É o uso de uma palavra em sentido diferente do próprio por analogia ou semelhança;
 É um transporte de sentido próprio em sentido figurado;
 É uma alteração do sentido de uma palavra ou expressão, pelo acréscimo de um segundo
significado, quando entre o sentido de base e o acrescentado há uma relação de
semelhança, de interseção, isto é, quando apresentam traços semânticos comuns. 
Cabe agora perguntar: Quando é possível usar uma metáfora ou realizar este “transporte”?
 Este transporte só é possível quando há entre dois conceitos ou elementos uma associação
de semelhança implícita ou quando há uma interseção entre eles, isto é, quando estes
apresentam traços semânticos comuns, quando é possível de alguma forma fazer uma
comparação, por mais absurda que possa ser, haverá sempre um ponto de interseção
(conforme fig.01- arquivo pessoal).
Para Ricoeur (2000), a semelhança é o fundamento da
substituição posta em ação na transposição metafórica, e a
visão aristotélica remete a três conceitos principais inerentes à
metáfora: o desvio, o empréstimo e a substituição. Dessa
forma, a metáfora seria um desvio do uso habitual da palavra;
um empréstimo de sentido; uma substituição de uma palavra
por outra tendo, porém, a semelhança como fundamento. 
3
Então aqui a definição de que a metáfora é uma analogia camuflada complementa este raciocínio
de que só é possível recorrer à metáfora quando queremos comparar, quando encontramos traços
de semelhança entre dois conceitos, dois elementos, dois objetos. A metáfora é uma analogia
camuflada porque a comparação não está explícita, falta na frase a locução comparativa e é por
isto que a ideia que as pessoas fazem do conceito metáfora em si, é quase mitológica em relação à
ambigüidade, à camuflagem da verdade que se quer revelar. Afirmar que o discurso de “X” foi
metafórico, é o mesmo que dizer que foi confuso, não explícito, pouco decodificável. 
Esta percepção está relacionada a uma das funções da metáfora muito mais próxima do discurso da
retórica de Aristóteles, cujo principal objetivo era então a persuasão, a eloqüência ou o
convencimento. Note-se que mesmo neste sentido o valor da metáfora como recurso “didático”
está também implícito. Podemos afirmar que se no discurso boas comparações forem feitas, mais
convincente ele será. 
DOMINGUES (2001, pág. 14) afirma que a metáfora faz parte do nosso dia-a-dia e que é parte
integrante da nossa linguagem, fazemos uso dela constantemente apesar de não percebermos. 
Embora, assim, a metáfora esteja presente nas diversas formas de expressão do homem ela é
entendida primeiro como um recurso de manifestação artística. 
Por outro lado então, o que pretendemos é mostrar o quanto o pensamento metafórico, ao ser
concebido em seu sentido mais amplo, auxilia a constituir e não meramente refletir, teoria e
prática científicas. Apoiamos-nos em Ronald LANDHEER, da Universidade de Leinden, que
sustenta em seu artigo “LE RÔLE DE LA MÉTAPHORISATION DANS LE MÉTALANGAGE
LINGUISTIQUE ” ·, uma distinção entre as funções da metáfora que vai além destas ideias
preconcebidas, onde afirma: “A metáfora possui funções específicas e é um fator comunicativo e
significativo indispensável”.
2- Concepções do termo metáfora
No quadro a seguir, apresentamos definições do termo metáfora a partir de Aristóteles (séc. IV
AC) com o objetivo de apontar uma evolução distinta entre as concepções de figura de linguagem,
quando a metáfora deixa de ser pensada apenas em suas funções estética e retórica e passa a ser
reconhecida em suas funções cognitiva, didática e teórica conforme LANDHEER o que, no âmbito
das ciências, propicia o avanço do conhecimento científico.
QUADRO EVOLUTIVO DA CONCEPÇÃO DO TERMO METÁFORA
ARISTÓTELES: (séc. IV AC) Substituição de uma palavra por outra. A metáfora é o transporte
para uma coisa de um nome que designa um outro nome, um transporte ou de gênero para
espécie, ou da espécie para o gênero ou da espécie para a espécie ou de acordo com a relação de
http://www.leiden.edu/
4
analogia.
BALLY: (Sem data no original): Metáfora não é nada além de uma comparação onde o espírito,
enganado pela associação de duas representações, confunde, em um único termo, a noção
caracterizada, o objeto tomado por ponto de comparação. Aquele que diz: 'Este homem é ardiloso
como uma raposa' (comparação), afirma, em uma forma analítica a mesma coisa que se dissesse:
‘Este homem é uma raposa' (metáfora). Aliás, estas associações são baseadas em analogias vagas,
por vezes, muito ilógicas.
BARTHES (1964): Todas as sucessões metafóricas são um paradigmasintagmático.
COHEN (1966): A metáfora poética é a passagem da linguagem denotativa para a linguagem
conotativa, passagem obtida pelo desvio de uma palavra que perde o seu sentido no nível da
primeira linguagem, para encontrá-lo na segunda. Para que a conotação, ou seja, a poesia apareça,
não deve haver nenhum elemento em comum entre ambas. Então, e só então, na ausência de
qualquer analogia objetiva, surge a analogia subjetiva, o significado emocional o sentido poético.
SOJCHER (1969): Renunciando ao dualismo de Cohen, é necessário talvez ver na metáfora, não
o segundo tempo da figura, (a resolução de desvio por mudança do código), não um golpe de
força contra a linguagem, nem a criação de uma linguagem nova, mas somente um nível de
aprofundamento da linguagem prosaica, sempre melhor aproximada, melhor adequada. Não há
metáfora sem esta potencialidade de relações justas e sem a sua aplicação, sem a motivação do
signo. A metáfora, em um sentido amplo substitui “ao termo próprio, outro termo que se desvia
do seu emprego e do seu sentido para conferir-lhe um emprego e um sentido novo”.
ECO (1975): A metáfora nasce de uma agitação interna ao sémiosis. Pode-se inventar uma
metáfora graças à linguagem que, no seu processo de sémiosis ilimitado, constitui uma rede
multidimensional de metonímias onde cada uma é explicada por uma convenção cultural antes
que por uma semelhança original. (.) A metáfora se apóia em uma metonímia.
RICOEUR (1975) “o lugar” da metáfora, seu lugar mais íntimo e último, não é nem o nome, nem
a frase, nem mesmo o discurso, mas a junção do verbo ser. O “é” metafórico significa ao mesmo
tempo “não é” e “é como”.
FONTANIER (1977) Os tropos por semelhanças [isto é, as metáforas] consistem em apresentar
uma ideia sob o signo de uma ideia mais atraente ou mais conhecida, que, aliás, só se atem à
primeira por certa conformidade ou analogia.
MARCHAL (In JONGEN, 1980): Uma expressão linguística será considerada metafórica na
medida em que os termos que a envolve pertençam a linguagens diferentes, a universos
semânticos diferentes. Produzir uma metáfora equivale a produzir uma nova linguagem, ou
melhor, a produzir uma nova prática discursiva. Com efeito, contrariamente ao neologismo que
5
consiste em renovar o léxico através da introdução de novas unidades, o esforço da metáfora atua
essencialmente no contexto de um léxico existente e consequentemente sobre sua semântica.
KLEIBER (1983, citado por MEYER, 1988): Só existe uma metáfora se: (1) o sentido literal não
corresponde ao que quis dizer o orador/ ou não remete a um referencial que faz parte de sua
referência virtual, (2) o entendimento do que quis dizer o orador ou a descoberta da referência
atual 'estranha' passa para a aplicação de mecanismos de similaridade.
LAKOFF (1985): A essência de uma metáfora é que ela permite compreender uma coisa (e de
experimentá-la) em termos de uma outra coisa qualquer.
KLEIBER (Em Charbonnel, 1999): Na base de qualquer metáfora existe uma transgressão do
uso ordinário de palavras e combinações, em suma, um ‘crime literal’. Normalmente, o termo
leão não se destina a ser predicativo de um homem (Paulo é um leão), do mesmo modo que
engolir não se refere a qualquer ação de ondas (As ondas engolem...). Portanto, há algo
inconveniente em declarações metafóricas, que serve como um critério na identificação parcial da
maioria das definições de metáfora.
LONNOY (2001-2002): O conceito de metáfora baseia-se na adição de conotações à noção de
comparação.
Fonte: http://www.info-metaphore.com/definition.html, em maio de 2007.(Tradução da Pesquisadora)
O essencial a partir destas definições que são aqui apresentadas cronologicamente é notarmos que
o entendimento do conceito metáfora aparece inicialmente associado muito mais à ambiguidade,
ao estranhamento, à falta de lógica e ou a um contexto literário poético. Tais definições e
entendimento fizeram com que muitos estudiosos considerassem então ser inadequada a utilização
de metáforas no campo científico por entenderem que a linguagem científica apresenta
características e regras diferenciadas, distantes desta ambiguidade e que no contexto educacional o
estilo da linguagem tem que ser de caráter impessoal. Podemos afirmar que tal atitude encontra
respaldo se o entendimento do que significa utilizar uma metáfora for relacionado à definição de
Cohen citada neste quadro:
A metáfora poética é a passagem da linguagem denotativa para a linguagem conotativa,
passagem obtida pelo desvio de uma palavra que perde o seu sentido no nível da primeira
linguagem, para encontrá-lo na segunda. Para que a conotação, ou seja, a poesia
apareça, não deve haver nenhum elemento em comum entre ambas. Então, e só então, na
ausência de qualquer analogia objetiva, surge a analogia subjetiva, o significado
emocional o sentido poético.
Cohen (1966)
http://www.info-metaphore.com/definition.html
6
Sobre o uso da analogia, bem como o da metáfora assim definida por Cohen, Duarte (2005) afirma
que “os poetas, os teólogos ou até mesmo os filósofos lhe reservam uma intenção estética,
procurando provocar a surpresa, na medida em que pode ser considerado um recurso estilístico
que reflete um modo original, diferente de ver e falar do mundo...” O uso figurado não é então útil
conceitualmente, pois quando usado tem o papel de ludibriar o pensamento ou de embelezar as
ideias prosaicas. 
O filósofo Bachelard em seu livro A formação do espírito científico (1938) incluiu o uso da
metáfora e da analogia aos obstáculos epistemológicos, apesar de que não significou uma postura
contrária, embora tenha sido assim considerado. Como tudo que é abusivo é prejudicial, o uso
inadequado ou abusivo de uma analogia ou metáfora também será, e é a este abuso que Bachelard
se refere. No intuito de facilitar a compreensão de um conceito abstrato, um análogo inadequado
pode sim criar obstáculos para o aprendizado. 
O que Bachelard afirma é que um análogo deve ser um auxílio e não o foco principal. Há em
livros didáticos muitos exemplos de comparações inadequadas, sem uma abordagem
sistematizada, onde o conceito análogo e o conceito fonte não se correspondem, ou geram
confusão por falta de estabelecimento nítido das semelhanças e diferenças. A linguagem científica
então se perde em tais situações, e o estudo de Bachelard e a noção de obstáculo epistemológico
contribuíram para esta compreensão. Da mesma forma o entendimento das funções da metáfora,
conforme LANDHEER (op. Cit. 2002), contribui imensamente para o estudo da linguagem
metafórica ou da “métaphorisation dans le métalangage linguistique” e é o nosso foco neste
trabalho com o objetivo principal de desfazer o preconceito da utilização da metáfora na
linguagem científica, ou no processo de ensino e de aprendizagem em que é ainda considerada um
obstáculo epistemológico.
3- As funções da metáfora
Segundo Ronald LANDHEER, a metáfora possui funções específicas e é um fator comunicativo e
significativo indispensável. Entre as funções da metáfora ele considera como sendo as principais:
a função denominativa; a função estética; a função expressiva; a função cognitiva; a função
didática; a função teórica ou heurística. [fig.02]
7
A função denominativa: Esta função,
segundo LANDHEER (op. cit.) está
relacionada ao fato de que incontáveis
tipos de objetos receberam uma
denominação de origem metafórica
relacionadas ao nosso corpo, são as
metáforas ditas antropológicas, ou seja,
palavras que têm o ser humano como
referencial naquilo em que se
assemelham. Em outras palavras,
conforme CAMPELO (2011) o ponto de
partida é o corpo humano em interação
com seu ambiente: “Os nomes se prestam, assim, desde o princípio para a identificação de
referentes ao alcance da percepção humana imediata”, deste modo, o pé da mesa, os dentes de
um pente, o coração de um reator, as costas de um livro, o braço de um rio são exemplos de
metáforas denominativas. De modo geral, os neologismos metafóricosdecorrem de termos
familiares para designar inovações ou fenômenos novos em uma sociedade. 
Lakoff e Johnson (2002) introduzem a teoria das metáforas conceptuais considerando esta função
denominativa, esta capacidade de compreender novos conceitos a partir de outros conceitos já
existentes. Cabe citar aqui, como exemplo, o que acontece com alguns termos do vocabulário da
informática: mouse, vírus, rede, arquivo, disco, pasta, menu, desktop; são também exemplos de
metáforas denominativas. Para Landheer o que ocorre então é que: “Muito antes de criar um novo
termo para todas estas novidades, opta-se frequentemente pela solução de tomar o nome já
existente de uma coisa que se lhe assemelha em certos aspectos característicos”.
 A função estética está relacionada à missão de “embelezar” o discurso. Esta função pode ser
chamada de decorativa ou ornamental, onde ocorre um jogo de palavras com o objetivo de
substituir nomes das coisas simples por metáforas mais originais, desta forma ornamentando o
texto; “seus lábios de mel’’; “suas faces douradas”; “um rio de lágrimas”; “uma tempestade de
palavras”, são exemplos dessa segunda função que é essencial no campo da literatura poética onde
há muito mais um sentido figurado”. 
A melhor definição de metáfora relacionada a esta função é de que a metáfora é um transporte de
sentido próprio em sentido figurado ou é o uso de uma palavra em sentido diferente do próprio por
analogia ou semelhança. É mais poético ou belo, dizer que seus lábios são de mel do que seus
lábios são doces ou o seu beijo é bom, literalmente. Algumas metáforas estéticas são únicas e
 Fig.
02
8
muito particulares ou bem específicas, o que consequentemente poderá torná-las não codificáveis
fora do contexto.
Para a função expressiva, Landheer cita exemplos de comparações com animais de grande porte
ou de características fortemente conhecidas: para destacar a força física de um homem, por
exemplo, dizer que “Pedro é um touro”, é mais expressivo do que dizer que ele é forte. Assim
como comparar um sujeito que escreve bem poesia chamando-o de Baudelaire (na França, ou de
Drummond aqui no Brasil). Landheer notifica que, de um modo geral, quanto mais expressiva uma
metáfora, menos codificável ela tende a ser e conforme Martins:
As funções expressivas da metáfora têm sido objeto de classificações diversas...
Digamos apenas que as metáforas têm o poder de apresentar as ideias, concreta e
sinteticamente podendo não só intensificar como dissimular os fatos. Na
atribuição de juízo de valor ela se presta admiravelmente ao exagero, quer na
exaltação, quer na depreciação, e têm um papel importante na expressão da
ironia. A não ser na linguagem científica, em que é evitada o quanto possível, pelo
seu caráter de imprecisão e subjetividade, ela está em todos os usos da linguagem,
com os mais variados graus de expressividade e impacto. E mesmo as metáforas
mais pobres, mais desgastadas, sempre indicam que o falante tenta dar às suas
palavras um mínimo de emoção e vivacidade. MARTINS
Um bom exemplo de metáfora expressiva é o termo “trem” da linguagem do povo mineiro. Só o
mineiro tem um trem esquisito no estômago ou um trem bom demais pra fazer, ou ainda um trem
para terminar antes de sair, etc. 
Segundo Landheer, a metáfora expressiva pode então ser entendida apenas em determinadas
comunidades ou em determinados contextos. Um exemplo da literatura regional brasileira no uso
de metáforas de função expressiva é a obra de Guimarães Rosa, onde a metáfora surge, quase
sempre, na reiteração de imagens, embalada por onomatopeias, crispada por neologismos o que
dificulta certamente, o entendimento do leitor que vive fora deste contexto de origem. 
Luciane FERREIRA aponta em seu artigo um estudo sobre a linguagem metafórica do futebol para
os brasileiros e afirma: “Considerando que a cultura brasileira possui uma ligação forte com o
futebol, muitas metáforas e expressões idiomáticas são motivadas pela experiência com o jogo,
por exemplo, o uso de expressões como “show de bola” e “dar um cartão vermelho”, tomadas
emprestadas do universo do futebol”. 
As expressões idiomáticas de um idioma são, portanto um exemplo máximo de uma metáfora
expressiva. Somente o contexto de onde surgiram pode explicar o seu significado, muitas vezes o
falante nativo desconhece a origem de uma determinada expressão que é frequentemente usada,
apesar de usá-la com um sentido adequado. 
9
É possível fazer um paralelo entre a expressão do francês “Ce ne sont pas vos oignons” ou
“Occupe-toi de tes oignons” com a expressão da língua portuguesa “Ele deu com os burros
n’água”; que é para nós uma expressão tão popular quanto a citada em francês. “Ce ne sont pas
vos oignons” literalmente é , “não são suas cebolas” e o “occupe-toi de tes oignons” é “cuide
das tuas cebolas” , o que para nós não faz o menor sentido quando traduzimos ao pé da letra
(outra metáfora), continuamos sem entender, será necessário recorrer a um dicionário de
expressões idiomáticas para saber que o que o outro quis dizer é: “isso não te interessa, não é da
sua conta” ou seja, que ao outro não interessa um determinado assunto de uma conversa. 
“Dar com os burros n’água” é uma expressão mais do que popular e todo mundo entende que se
refere a algo que não deu certo, um negócio que não foi adiante, por exemplo, o que as pessoas
desconhecem é a razão desta analogia (camuflada). 
Sobre a expressão francesa, sabe-se que sua origem data-se do início do séc.XX, quando em uma
região da França, as mulheres não trabalhavam fora de casa e os maridos lhes davam o direito de
cultivar cebolas em seu quintal, vendê-las e desta forma garantir um dinheiro para si, e quando as
mulheres se manifestavam nos negócios dos maridos eles lhes diziam: “Não são suas cebolas, vai
cuidar das suas cebolas.” A partir desta época então “as cebolas” passaram a se relacionar com os
afazeres de cada um. 
Muitos franceses desconhecem esta origem, assim como muitos brasileiros não sabem por que
“dar com os burros n’água” significa fracasso. De acordo com Dicionário Informal online: a
expressão "dar com os burros n'água", surgiu no período do Brasil colonial, onde tropeiros que
escoavam a produção de ouro, cacau e café, precisavam ir da região Sul a Sudeste sobre burros e
mulas. O fato era que muitas vezes esses burros, devido à falta de estradas adequadas, passavam
por caminhos muito difíceis e regiões alagadas, onde os burros morriam afogados. Daí em diante o
termo passou a ser usado para se referir a alguém que faz um grande esforço para conseguir algum
feito e não consegue ter sucesso naquilo, é, pois uma expressão usada desde o Brasil Colonial. Os
dois exemplos são, portanto metáforas expressivas criadas dentro de um contexto que não
corresponde à realidade atual, mas podemos dizer que são metáforas congeladas, conforme
HARLEY afirma em “The psychology language” de 2001. As metáforas podem agir portanto
como uma expressão da cultura de um povo.
A função cognitiva da metáfora tem como objetivo oferecer imagens mais coerentes e claras,
opera muito mais sob a semelhança, ou sob o análogo, do que sob o abstrato, o ambíguo, o
ornamental ou controverso. Esta função é a que torna o exemplo de Lakoff & Jonhson (2002)
célebre, ou seja, está relacionada às metáforas conceptuais. 
10
As metáforas conceptuais são construídas a partir de conceitos significativos existentes em nosso
sistema conceptual. Este sistema fornece a base para a apreensão e a compreensão de novos
conceitos e de novas concepções, isto é, esta base parte daquilo que temos em nossa mente, que já
assimilamos através de nossas experiências e que seguindo uma projeção metafórica, nos permite
formar novas concepções, ou conceber e entender novas idéias relacionando as semelhanças. 
Um conceito pode ser relacionado a outro de domínio corrente: “tempo é dinheiro”, “a vida é uma
viagem” são exemplos citados. Compreende-seque todas as ações que normalmente são atribuídas
ao dinheiro possam também ser atribuídas ao tempo. Se considerarmos a vida uma viagem,
subentende-se que há uma chegada e uma partida, assim como um percurso a transcorrer. As
palavras tempo e vida são “reconceptualizadas” em um emprego metafórico utilizando uma série
de características que normalmente pertencem aos domínios das palavras dinheiro e
respectivamente viagem. 
Segundo Landheer é interessante notar que tais conceitos metafóricos não têm em si um valor de
verdade condicional, não são verdades nem contra-verdades que eles exprimem, mas
simplesmente nos ensinam a ver as coisas de uma maneira ou de outra, funcionam sempre como
imagens reveladoras.
O mesmo acontece com o termo “luz” para designar “o espírito” ele explica, sabemos até que
ponto esta imagem é produtiva considerando todas as palavras que em relação ao conceito “luz”
podem designar esta noção intelectual: claro, clarear, esclarecer, brilhante, luminoso, obscuro,
obscurecer e etc... assim cria-se um paralelismo muito eficaz entre os dois domínios.
A definição de concepção encontrada no Novo Aurélio (edição 1993) ajuda a esclarecer este
mecanismo: ato de conceber, gerar, criar mentalmente, de formar ideias, especialmente
abstrações. Conceptual é tudo aquilo em que há uma concepção. Em outras palavras, tudo aquilo
que nos permite criar ou recriar. 
O nosso conhecimento é uma construção infinita de saberes e ligações cognitivas. Formamos
relações cognitivas que vão se ligando em nossos cérebros, formando uma teia variada de
conhecimento e saberes. Neste processo está implícita a metaforização que é o fato de construir
uma metáfora com uma orientação comparativa, de importância relevante conforme ZUBKOVA
(2012):
Nombreux sont les chercheurs qui soulignent l’importance de la métaphore en tant que
construction conceptuelle qui participe dans les mécanismes de la catégorisation de
l’information, de la conception, de la mémorisation et surtout dans l’apprentissage. Cette
fonction de la métaphore est bien illustrée par les métaphores dites « interfaciales »
11
(Collard, 2004) qui sont des nouveaux dispositifs cognitifs introduits dans la société avec
l’intervention des nouvelles technologies dans la vie quotidienne.
A função da metáfora pode ser também de natureza didática. Utilizam-se frequentemente
metáforas para explicar um fenômeno complexo ou desconhecido a partir da imagem de um
fenômeno conhecido ou familiar. 
Para Landheer (2002), Aristóteles foi sem dúvida o primeiro teórico a reconhecer este valor
didático. A metáfora possibilita a transferência de nossos conhecimentos de um domínio
relativamente conhecido para um domínio relativamente desconhecido, ela funciona como um
catalisador da compreensão. No que se refere à linguagem computacional, termos que
eventualmente fazem parte de um domínio conhecido como o de um escritório, por exemplo,
passam a integrar este novo contexto: arquivos, pastas, documentos etc... 
Finalmente, a metáfora pode também ter uma função teórica ou mesmo heurística. São metáforas
que constituem uma parte integrante e insubstituível de uma teoria ou de uma disciplina, como no
caso da Lingüística Gerativa que é inimaginável sem suas estruturas arborescentes, com seus
diferentes galhos, suas ramificações. Landherr afirma então: “ Selon le philosophe allemand
Nietzsche, l’évolution de la connaissance humaine n’est même rien d’autre que l’échange
d’anciennes métaphores contre des métaphores nouvelles. ” Não é portanto surpreendente ver que
uma nova corrente de pensamentos ou um novo modelo teórico, tenha o hábito de criticar ou de
condenar os conceitos metafóricos de seus predecessores. Para citar exemplos desta função teórica
apontamos a teoria da Árvore da vida de Darwin, conferir em MARCELOS- 2006, bem como em
LACAN (apud IAMANISHI, 2008) que apresenta uma metáfora específica de sua teoria: a
“metáfora do espelho”, em torno da qual Lacan articula suas hipóteses sobre a constituição do
Eu (Je) e aponta para o fundamental papel do Outro neste processo. A metáfora na obra de Lacan
não possui funções estéticas ou retóricas, possui sim funções cognitivas e ou teóricas.
Ronald Landheer (2002) conclui seu artigo afirmando que o que descreve representa na verdade,
um resumo das diversas características funcionais da metáfora e que estas funções não são
mutuamente exclusivas, ao contrário, combinam entre si. 
A função estética combina frequentemente com uma função expressiva, assim como a função
teórica se desdobra facilmente em uma função cognitiva. Na verdade a metáfora constitui a
ancoragem de todo discurso teórico e ela afeta mesmo a essência e a coerência de qualquer
disciplina:
« Si, pour conclure, on m’incitait à indiquer les principales fonctions de la
métaphorisation dans le métalangage scientifique, je n’hésiterais pas à poser que
12
ce sont surtout les trois dernières fonctions qui en sont responsables : la fonction
cognitive, la fonction didactique et la fonction théorique. »
LANDHEER-2002
O texto de Landheer é encerrado assim: a função cognitiva nos torna conscientes das novas ideias
e intuições, a função teórica nos permite criar, a partir destas ideias, um sistema coerente, a função
didática nos permite falar de um novo e complexo problema com a ajuda de analogias que nos são
familiares. São também estas três funções que tornam a metáfora indispensável como ferramenta
de descrição dos fatos da língua, qualquer que seja a ótica sob a qual se observa estes fatos ou
qualquer que seja a perspectiva adotada para a descrição dos mesmos.
4- As funções da metáfora na Ciência e na Tecnologia
No que se refere então à metáfora, todo trabalho de pesquisa realizado no grupo GEMATEC tem
como fundamento a junção destas três funções; ou seja, o discurso tem a metáfora e analogia como
ancoragem. Conforme FERRY (2008):
A constatação da espontaneidade e da naturalidade nas quais analogias são
criadas, independentes da situação formal de ensino, a fim de se explicar ou de se
compreender determinadas estruturas e/ou fenômenos até então desconhecidos
pelo homem, tem permitido à comunidade científica percebê-las não somente como
parte da cognição humana, mas também como importantes ferramentas capazes de
contribuir enormemente para o próprio desenvolvimento da Ciência, e como um
possível recurso didático mediador para o ensino de Ciências.
 Apontamos na tabela a seguir alguns dos trabalhos de pesquisa e defesas do Mestrado em
Educação Tecnológica, nesta linha de pesquisa:
DISSERTAÇÕES DE MESTRADO
1. A UTILIZAÇÃO DE ANALOGIAS COMO RECURSO METODOLÓGICO PARA A
CONSTRUÇÃO E SIGNIFICAÇÃO DOS CONHECIMENTOS E AVALIAÇÃO DA
APRENDIZAGEM -2002 - Andréa Silva Gino
2. A EXPRESSÃO E RECEPÇÃO DO PENSAMENTO ANALÓGICO/METAFÓRICO POR
MEIO DA ANIMAÇÃO CINEMATOGRÁFICA -2003 - Maurício Silva Gino 
3. O USO SISTEMÁTICO DE ANALOGIAS: ESTUDO DE UM MODELO DE ENSINO PARA O
CONCEITO DE INCOMPATIBILIDADE SANGUINEA. 2005 Ana Maria Senac Figueroa.
4. UMA PROPOSTA DE METODOLOGIA INVESTIGATIVA PARA O PENSAMENTO E A
LINGUAGEM METAFORICOS E SUA ATIVIDADE NO SISTEMA CEREBRAL - 2005 -
Cinthia Maria Gomes e Silva 
5. ANALOGIAS E METÁFORAS COMO RECURSO DIDÁTICO NO ENSINO DA
MATEMÁTICA. Eliene Freire de Oliveira
6. ANALOGIAS E METÁFORAS NO ENSINO DE CIÊNCIAS: APLICAÇÕES NA EDUCAÇÃO
SEXUAL - 2006 - Silvia Eugênia do Amaral
7. ANALOGIAS E METÁFORAS DA ÁRVORE DA VIDA, DE CHARLES DARWIN, NA
PRÁTICA ESCOLAR. 2006 - Maria de Fátima Marcelos.
http://www.blogger.com/goog_712501201
http://www.blogger.com/goog_712501201
13
8. METÁFORAS E INTERFACES GRÁFICAS: CONTRIBUIÇÕES PARA UMA
APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA DA INFORMÁTICA - 2008 - CEFETMG -Niuza Eugênia
do Amaral Lima
9. PRÁTICA PEDAGÓGICA DE PROFESSORES DE CIÊNCIAS NATURAIS EM MANAUS -
BRASIL: Uso de Instrumentos Didáticos no Ensino - 2010 - Denilson Diniz Pereira -
Universidade do Estado do Amazonas.
10. ANALOGIAS & CONTRA-ANALOGIAS: UMA PROPOSTA PARA O ENSINO DE
CIÊNCIASNUMA PERSPECTIVA BACHELARDIANA - 2008 - Alexandre Ferry
Quando nos apoiamos em concepções metafóricas é necessário, entretanto, considerar que a
metáfora é formada ou criada pela experiência de cada um, de seu conhecimento prévio, de suas
interações com o meio em que vive, com a cultura que certamente influenciarão na formação de
suas representações mentais. Buscando realizar este estudo, deparamos com diversos trabalhos de
pesquisa que de qualquer modo apontam para o grande potencial cognitivo da metáfora quando
bem estruturada, quando é capaz de elucidar deixando distintas as diferenças e semelhanças. Um
análogo jamais será o objeto de estudo, ou o conceito fonte. Este potencial cognitivo para a
Ciência se apoia então no que foi apontado aqui no início, isto é, no ponto de interseção entre os
domínios comparados.
REFERENCIAL TEÓRICO
ANDRADE, Beatrice & FERRARI, Nadir- “As analogias e metáforas no ensino de ciências à luz da
epistemologia de Gaston Bachelard.” 2002, UFSC - Disponível em
http://Www.Cecimig.Fae.Ufmg.Br/WpContent/Uploads/2007/12/Beatrice.Pdf, - Revista Ensaio FAE-
UFMG , acesso em maio de 2013
BACHELARD, Gaston – “A formação do espírito científico – contribuição para um psicanálise do
conhecimento”; tradução de Estela dos Santos Abreu – RJ: Contraponto, 3ª edição,1986
COLLARD Anne-Sophie, « Portraits de métaphores : réflexions autour des enjeux
communicationnels des métaphores dans l’hypermédia », in Communication, vol. 23(2),
automne/hiver 2005 – Bélgica
COLLARD Anne-Sophie, «La métaphore dans l’hypermédia–Approche théorique et cognitive de
la définition de la métaphore dans l’hypermédia », in Communication, vol.23(2), automne/hiver
2005
DOMINGUES, Delmar Galisi – “O Uso de Metáforas na Computação” – Dissertação apresentada
para obtenção do título de Mestre em Ciências da Comunicação – Escola de Comunicações e Artes
da Universidade de São Paulo. ORIENTADOR: Prof. Dr.Martin Grossmann – São Paulo 2001
disponibilizada em http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis - acesso em agosto de 2005
http://Www.Cecimig.Fae.Ufmg.Br/WpContent/Uploads/2007/12/Beatrice.Pdf
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis
14
DUARTE, Maria Conceição - Analogias na educação em ciências
contributos e desafios – 2005, Universidade do Minho-Braga, Portugal – disponível em
http://www.if.ufrgs.br/public/ensino/vol10/n1/v10_n1_a1.htm , acesso em maio/2013
FERRY, Alexandre _ ANALOGIAS & CONTRA-ANALOGIAS: UMA PROPOSTA PARA O
ENSINO DE CIÊNCIAS NUMA PERSPECTIVA BACHELARDIANA - 2008 acesso em agosto
de 2014
GLYKOS, Allain - Approche communicationnelle du Dialogue Artiste / Scientifique - Université
Diderot - Paris 7- 1999
LANDHEER, Ronald - « La métaphore, une question de vie ou de mort ? », Semen [Revue de
Sémio-Linguistique des textes et de discours - en ligne], 15 | 2002, mis en ligne le 29 avril 2007,
consulté le 12 mai 2013. URL : http://semen.revues.org/2368
LANDHEER Ronald – « Le rôle de la métaphorisation dans le métalangage linguistique » 
Université de Leiden - Pays Bas, 2002, Ed. Nelly Flaux : 283-294 
LAKOFF, George e JONHSON, Mark. Metáfora da vida cotidiana. Coordenação de Trad. Mara
Sophia Zanotto. Campinas, SP: Mercado das Letras; São Paulo: EDUC, 2002. 
MARCUSCHI, Luiz Antônio – “A propósito da metáfora” – ensaio escrito em 1975, refeito em
1978 e publicado com alguns acréscimos na revista Pórtico, do Departamento de Letras da
Universidade Federal de Pernambuco, em 1984 disponível em periodicos.letras.ufmg.br, em maio
de 2013
MARQUES, Luciana M.B. - “A metáfora em três níveis: a estruturação de RICOEUR” – UFES –
disponível em www.filologia.org.br - acesso maio/2013
MOLINIER, Quentin – “ La pensée de Gaston Bachelard ” - Parution initiale : Implications
philosophiques/juin 2012. Acesso em julho/2014 -
http://www.implications-philosophiques.org/wordpress/wp-content/uploads/2012/07/ Bachelard.pdf
RICOEUR, Paul – “A metáfora viva”- Trad. Dion Davi Macedo São Paulo, Edições Loyola
-2000
ZUBKOVA , Hanna – “ Potentiel cognitif de la metaphore interfaciale. ” . Sorbonne Nouvelle
Paris-3 UFR Arts et Médias - 2012 - Institut de la Communication et des Médias
https://www.academia.edu/1920584/Potentiel_cognitif_de_la_metaphore_interfaciale - Acesso em
agosto/ 2014 -
http://www.if.ufrgs.br/public/ensino/vol10/n1/v10_n1_a1.htm
http://semen.revues.org/2368
http://periodicos.letras.ufmg.br/
http://www.filologia.org.br
http://www.implications-philosophiques.org/wordpress/wp-content/uploads/2012/07/%20Bachelard.pdf
https://www.academia.edu/1920584/Potentiel_cognitif_de_la_metaphore_interfaciale

Continue navegando