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Completude do ordenamento jurídico

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Completude do ordenamento jurídico
Problemas das lacunas 
· Completude: Propriedade pela qual um ordenamento jurídico tem uma norma para regular qualquer caso; Falta de lacunas; não existe caso que não possa ser regulado com uma norma tirada do sistema 
· Lacuna: falta de uma norma
Dogma da completude
· Admitir que o ordenamento jurídico estatal não era completo significava introduzir um direito concorrente; quebra de monopólio
Crítica da completude 
· Muitos comentadores afirmavam não existir lacunas no ordenamento 
· Mas novos afirmavam que existiam varias lacunas e era preciso confiar no poder criativo dos juízes para resolvê-las 
· Quanto mais envelhecia, mais insuficiente as normas ficavam 
· Transformações na sociedade aceleraram o envelhecimento 
· Se o direito era um fenômeno social, um produto da sociedade e não somente do Estado, o juiz e o jurista tinham que tirar as regras jurídicas, adaptadas às novas necessidades, do estudo da sociedade, da dinâmica das relações entre as diferentes forças sociais, e dos interesses que estas representavam 
Espaço jurídico vazio 
· Completude como exigência de justiça e certeza 
· Fora da esfera regulada do direito, o homem é livre para fazer o que quiser 
· Absoluta liberdade
Norma geral exclusiva 
· Todos os comportamentos não compreendidos na norma particular são regulados por uma norma geral exclusiva 
· Regra que exclui tudo que não é previsto em lei 
· Norma particular: norma inclusiva 
· Todas as atividades humanas são reguladas por normas particulares ou exclusivas 
· Norma geral inclusiva: regula casos não compreendidos na norma particular, mas semelhantes a eles, de maneira idêntica
· Conflito entre a exclusiva (a contrario) e inclusiva ( a simili), pois resolvem questões de maneiras diferentes
· Lacuna como falta de critério para a escolha de qual das duas regras gerais deva ser aplicada 
As lacunas ideológicas 
· Falta de uma norma justa, satisfatória
· Como é e como deveria ser 
· Direito a ser estabelecido 
· Só o ordenamento jurídico natural não deveria ter lacunas ideológicas
· Não interessam os juristas 
Vários tipos de lacunas 
· Lacuna imprópria: comparação com o ideal; resolve criando outras normas 
· Lacuna própria: lacuna no sistema; só existe quando um caso não regulado se encaixa na norma exclusiva e na inclusiva; resolve pelas leis vigentes ; involuntárias e voluntarias(diretrizes = determinação particular)
· Praeter legem: expressas para serem muito particulares, não compreendem todos os casos que podem apresentar-se a nível dessa particularidade
· Intra legem: normas muito gerais e apresentam buracos ou vazios que o intérprete terá que preencher 
Heterointegraçao e auto-integração 
· Um ordenamento é completável 
· Pode-se utilizar dois métodos 
· Heterointegração: recurso a ordenamentos diversos e de fontes diversas daquela que é dominante; recorrer ao direito natural; recurso ao costume; recurso ao poder criativo do juiz 
· Auto-integração: integração feita pelo próprio ordenamento, pela mesma fonte dominante, sem recorrer a outros ordenamentos 
· Uso de outras fontes diversas pode enfraquecer o poder estatal, abre espalho para poder paralelo; autotutela 
Analogia
· Auto-integração apoia-se na analogia, nos princípios gerais do direito 
· Devem-se levar em conta disposições que regulem casos semelhantes ou matérias análogas
· Se caso permaneça duvidoso, deve ser decidido segundo os princípios gerais do ordenamento jurídico do Estado 
· A regra deve ser encontrada no ordenamento 
· Atribui a um caso não regulado a mesma resolução de um caso semelhante
· Norma geral inclusiva 
· Semelhança relevante 
· É preciso ter o ratio legis em comum 
· Analogia iuris: retira-se uma nova regra para um caso imprevisto não mais da regra que se refere a um caso singular, mas de todo o sistema ou de uma parte dele 
· Extensão analógica: criação de uma nova norma jurídica
· Interpretação extensiva: extensão de uma norma para casos não previstos por ela 
· Onde na é permitida a extensão analógica, a interpretação extensiva é licita 
Princípios gerais do direito 
· Recorrência aos princípios gerais = analogia iuris 
· Critérios de valoração

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