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Bárbara Rocha Aguilar – Inflamação Lúpus Eritematoso Sistêmico LES é uma doença inflamatória crônica, autoimune, acomete vários órgãos com padrões fenotípicos de apresentação variados Sistêmica Multifacetada (tem pacientes que so tem manifestação articular e cutânea não deformante, outros tem alterações renais importantes) Alterações laboratoriais e prognósticos variados Evolução remitente e recorrente na maioria das vezes. Pode inflamar qualquer órgão, levar a quadro de sangramento graves Autoanticorpos podem formar imunocomplexos que se depositam em órgãos diversos. Vários fenótipos de sintomatologia Lúpus não é órgão específico: SNC, PULMAO, PERICARDIO, RIM, SNC, ARTICULAÇAO, CARDIACO. LUPUS = lobo, pois as lesões lembravam a mordida do lobo. (rash malar) Existe os lúpus cutâneo e o farmacoinduzido, além dos lúpus eritematosos sistêmicos O LES tem manifestação cutânea, além de outros órgãos. FAN: anticorpos antinucleares – importante autoanticorpo EPIDEMIOLOGIA Muito mais mulher Muito relacionado a questão hormonal Pico entre 15 a 35 anos No período fértil é muito mais incidente em mulher Mais comum em afrodescendetntes Exposição solar é muito importante ETIOPATOGENIA Desenvolve por causas multifatorial Fatores ambientais, genéticos e hormonais são os mais importantes confluem e leva a perda de tolerância imunológica Fatores genéticos: agregação familiar (parente de primeiro grau portador), gêmeos monozigóticos, HLA DR2 e DR3 e deficiências hereditárias do complemento (ele é responsável por opsonizar antígenos para serem fagocitados, se há uma deficiência do C4, não há opzoniaçao dos autoantigenos e antígenos externos como o do tabaco que pode ser gatilho) Ambientais: exposição a luz solar; estresse físico e psicológico, fármacos (lúpus farmacoinduzido, tem como efeito adverso lesões que parecem os lúpus e pode levar a ativação do LES também) agentes infecciosos e tabagismo. Medicamentos associados: sulfassalazina, Carbamazepina, metildopa, Hidralaxina, fenitoina Hormonais: exacerba na gravidez, hormônios femininos, níveis elevados de estrogênio e prolactina. PATOLOGIA PREDOMINANTEMENTE HUMORAL Diminui células T citotóxicas Diminui linfócitos T reguladores Aumenta Tcd4 Excesso de linfócitos B Aumenta citocina TH2 Bárbara Rocha Aguilar – Inflamação ESTÁGIOS DO DESENVOLVIMENTO Normal – tem predisposição e é exposto a gatilhos ambientais e começa a produzir autoanticropos pela fisiopatologia (perda da primeira tolerância) - podem a princípio não produzir doença (se tiver tolerância imunológica) - ao ocorrer perda do segundo momento de tolerância imunológica – manifestações clinicas Não pede autoanticorpo se não tem clínica, pq pode ter positivo. Pode inflamar qualquer lugar por ativação e deposição de imunocomplexos Autoanticorpos formam imunocomplexos e se depositam em órgãos alvo, levando um processo inflamatório intenso com grande ativação da cascata de complemento, que também se deposita nessas regiões, sendo consumidos, há uma tendência a agregação plaquetaria, podendo ter maior tendência a risco trombótico. Imunocomplexos fazer quimiotaxia para vários fatores inflamatórios, com grande liberação de citosina gerando processo inflamatório crônico. MANIFESTAÇOES CLINICAS Alopecia Lupus discoide em couro cabeludo Ulceras nasais e orais Rash malar (poupa o sulco naso-labial- regiao de sombra) – fotossensivel Capilaroscopia alterada com FRy (fenomeno de Reynauld)- cianotico e depois fica com vasodilatacao de rebote (vermelha). Pleurite Derrame pleural Pericardite Artropatia de Jaccoud Derrame pericaridico Disturbio da motilidade Elevaçao de provas hepaticas Deonça cerebral orgnaica Convulsoes Psicose Febre Emagrecimento Fadiga Artralgia ( poliartrite e de pequenas articulacaoes – mas não tem comumente deformidades carcatristicas como na AR) Mialgia Anemia (normocitica, normocromica de doença cronica é mais comum; mas a mais especifica é a anemia hemolitica) , leucopenia e plaquetopenia Agudas: fotossensibilidade, eritema malar, lupus bolhoso Subagudas: lesoes psoriasiformes, anulares Cronicas: lupus discoide e profundo Critérios classificatórios: Os critérios de 1997 não se usa mais Nele tem as principais manifestações como rash malar Artrite, alterações hematológicos Vdlr pode dar falso positivo 4 dos 11 criterios classificava como lúpus Tinham uma alta especifidade, mas baixa sensibilidade Abrangiam as manifestações mais abrangentes, mais importantes, mas deixavam outros de fora Existe o SLICC 2012 e o de 2019, mas atualmente ainda usa-se o de 2012, por uma falta de atualização Os de 2012 vieram para aumentar a especificidade, trazer mais sintomatologias, Bárbara Rocha Aguilar – Inflamação Inclui alopecia não cicatricial, ulceras orais e nasais, aumentou a sensibilidade de lesão renal Incluíram novos anticorpos antilupicos Coombs direto na ausência de hemólise Nefrite lúpica Os criterios de 2019 (EULAR/ACR): mantiveram manifestações de 2012, mas foi colocado sistema de pontuação com mais peso em algumas manifestações e menos em outras menos especificas. Biopisa renal com nefrite lúpica 3 ou 4 Anticorpos tem muitos pontos LABORATÓRIO Hemograma (anemias)- mais comum: anemia de doença crônica e ferropriva e amais sugestiva é a hemolítica Plaquetopenia Leucopenia VHS e PCR aumentado, PCR não aumenta muito igual no VHS Complemento baixo (C3,C4, CH50). EAS rico na nefrite lúpica com proteinuria, cilindruria, hematúria. Radiografia de torza, ecg se queixas nos sistemas específicos Urina espumosa, oliguria, edema em mmii, anasarca, HÁ- sintomas de acometimento renal pelos lúpus quando uma nefrite bem grave ANTICORPOS ANTINUCLEARES (FAN ou ANA) : Há anticorpo contra outras estruturas citoplasmáticas não so com nucelo Anticorpos contra antígenos celulares seria o mais certo Feito por imunofluoresecnia indireta em células de HEP 2 SINDROME DO ANTICOPRO ANTINUCELO IDIOPATICO: fan positivo em pacientes saudáveis que não definem lúpus. Deve ser solicitado apenas quando houver suspeita de doença autoimune, se solicitar para pcts sem sintomatologia e queixas vagas pode trazer confusão ao raciocínio clinico O resultado positivo não implica necessariamente em autoimunidade Padrão e tutulaçao importantes Títulos de 1/320 para cima é importante Pacientes com lúpus apresenta títulos de moderado a elevado. Positivo pode preceder o inicio do lúpus Sintomas vagos como artralgia mecânica, astenia não são suficientes para??? Altamente sensível Começa com 1/80.... ate apagar, que é quando considera o titulo Mais forte o FAN, mais diluição para apagar Nuclear pontilhado fino Fino denso Pontilhado grosso Homogêneo Fracionar o fran ( painel de auto- anticorpos): ANTI DNA, ANTI SM, ANTI RO E ANTI LA E ANTI RNP Anti dna : alto especifico sensibilidade, mais característico e mais encontrado. Associada a nefrite lúpica Anti- Sm: mais especifico da doenla de doecças Anti-RO: lúpus cutâneos, atravessa a barreira placentária podendo causar lesão no feto (cardiopatia neonatal) ANTI-la: lúpus cutâneo ANTI-RNP: doença mista. Único momento que autoriza o pedido de FAN sem manifestações clinicas: durante a gestação pois se tiver anti- RO positivo, pode causar problemas no feto. – usar a hidroxicloroquina durante a gestação TRATAMENTO Difeenciara abordagem da deonça crônica estável pra doença em atividade, devido aos períodos de remissão e latência Bárbara Rocha Aguilar – Inflamação Considerar a gravidade dos flares (reatividade da doença); e tto de manutenção Diferencia flare de danos crônicos, toxicidade medicamentosa e intercorrências infecciosas que podem ser conufidos como s FLARES.(lúpus reativando ou uma outra causa ?) Avaliação clinica a cada consulta + avaliação laboratorial (HMG completo, reagentes de fase aguda, provas de função renal e lesão hepática, urinalse, complemento c2, c4 e anti- dna e se necessário, proteinuria 24hrs, Índices de atividade de doença lúpica: SLEDAI, SELENA-SLEDAI, SLAM, BILAG, ECLAM, SLICC/ACR-DI. CONTRACEPÇAO: LUPUS NÃO CONTRAINDICA GRAVIDEZ, PODENDO ENGRAVIDAR NORMALMENTE mas tem que ter uma avaliação , uma pct em atividade de doença não pode engravidar, devendo estra em remissão a pelo menos 6 meses, deve fazer um acompanhamento de pre natal de alto risco, usar medicações não teratogênicas como a hidroxicloroquina. Se não aceitar isso, deve fazer contracepção, mas é preferível usar Anticoncepções sem estrogênio, pois o lúpus já traz por si só uma maior chance de coagulação. Em últimos casos, podemos usar o estrogênio Hoje em dia, a morbimortalidade diminui bastante. A depender da crise, preciso de doses de corticoide mais altas ou mais baixas Crise lúpica muitas vezes vamos usar corticoides em doses altas, após a crise, deve-se reduzir a dose ou fazer o desmame usando só imunossupressores, pois a longo prazo em doses altas, os efeitos colaterais são tóxicos. Flare grave, a dose de corticoide precisa ser maior. HIDROXICLOROQUINA: A Não ser que tenha contraindicação, ela é usada em todos os pcts. Não se usa sozinha na maioria das vezes. Ela diminuiu a morbimortalidade, risco de fenômenos tromboembólicos, frequência de flares- por isso deve usar em todos os pcts Seguro na gestação Protege contra lúpus neonatal Contraindicado se o pct já teve retinopatia Quadros mais leves cutâneos, ela pode ser usada isolada. Dose máxima: 400mg/dia Difosfato de cloroquina causa muita retinopatia, mas seu uso caiu em desuso, sendo mais seguro a hidroxicloroquina. Fazer exame oftalmológico no incio e 5 anos depois e depois anual Bárbara Rocha Aguilar – Inflamação METOTREXATO: pcts com quadros articulares importantes- artrite lúpica – teratogênico Azatioprina: imunossupressor importante, quadros hematológicos mais graves, artrite lupida, quadros mais graves de pele, cerosites. Ciclosporina Há dois inibidores de calcineurina disponíveis para uso tópico: pimecrolimus e tacrolimus Retinoides: talidomida (lesões cutâneas)- é teratogênico BELIMUMABE: único biológico aprovado pela FDA. Anticorpo monoclonal contra LB Indicado para LES em atividade, refratário Tratamento de lesões ameaçadores a vida inclui altas doses de imunossupressores (corticoides...) seguido por doses baixas ou menos intensas de tratamento de manutenção para prevenir reativação da doença. Remissão completa ou baixa atividade da doença, prevenir FLARES – intenção do tratamento Os flares devem ser tratados de acordo com a gravidade das crises. Para manutenção, o corticoide deve ser reduzido para ate 7,5mg/dia ou retirar o medicamento Pcts que não respondem a HCQ ou quando ela sozinha não é suficiente, deve-se adicionar outros imunossupressores. Belimumabe ou Ritucimabe (bloqueador de LB) pode ser usado em casos refratários a tratamentos convencionais. DOENÇA CUTANEA: agentes tópicos (pimecrolimus..) ou HCQ oral DOENÇA NEURO: DEONÇA HEMATOLÓGICA: altas doses de CG. ARTICULAR: AINES; Hidroxicloroquina, corticoides em dose baixas, metotrexato Srrosites: AINES + corticoides em doses baixas; HCQ; colchicina. Casos graves de serosite: corticoides em doses altas. NEFRITE LÚPICA Acometimento renal do lúpus Arteríola afrentes; eferentes, corpúsculo renal e mesangio. Quando acomete os glomeurulos (unidade funcional do rim) é um problema Biopsia renal: Classe 1 e 2: mesangial Classe 3 e 4: mais graves (Ddoença renal proliferativa, afetando glomérulos) Classe 4 é a mais grave (proliferativa difusa)- mais de 50% dos glomérulos acometidos Classe 6: rim terminal (nefroesclerose) Quanto mais lesão ativa, melhor é. Pior quando tem lesões cicatriciais (crônicas) Bárbara Rocha Aguilar – Inflamação Classe 5 vem muito associada a 4. Síndrome nefrotica- proteinuria muito alta. Importante o diagnóstico precoce. Sempre fazer EAS, para pensar em um lúpus que esta alterando função renal, e ficar de olho me sinais de síndrome nefrítica (urina espumosa, anasarca, oligoanuria) Suspeitou faz protreinuria de 24horas- se estiver aumentada, encaminhar para biopsia renal pra avaliar nefrite lúpica. BR: sempre que possível fazer a biposia renal, mas não deve atrasar o tto para fazer a biopsia, já iniciar o tto. Como inciar o tto sem ter feito a biopsia? Inferência clinica através de dados clinico- laboratoriais para pensar se é uma nefrite grave, proliferativa ou não proliferativa, leve. Proteinuria muito alta, completo consumido, EAS rico, comprometimento da função renal- provavelmente forma grave. Hematúria leve, sem repercussão na função renal, EAS pouco alterado, proteinuria pouco elevado- provavelmente forma leve MAS SEMPRE QUE POSSIVEL FAZER PADRAO OURO, BIOPSIA RENAL, que direciona o tto CLASSE 3 OU 4 (PROLIFERATIVAS): Fase de indução terapêutica: tirar da crise: 6 meses :interna e faz infusão Metilprednisolona- 750mg a 1 g durante 3 dias e no quarto dia associar com imunossupressor (micofenolato de mofetila ou ciclofosfamida- infusão mensal ou quinzenal) Br: esquema de dose mais alta 500- 1000mg mensal por 6 meses Fase de manutenção – mínimo 2 anos Micofenolato de mofetila ou azatioprina Indução com ciclofosfamida: azatiprina Micofenolato na indução: micofenoltao na manutenção CLASSE 5: membranosa Geralmente o mesmo da classe 3 e 4, depende de como ela se manifesta. Se aproximar mais das formas mais graves: trata igual classe 3 e 4 Se ela for mais próxima dos casos leves: pode usar só corticoide oral associando com imunossupressor MMF OU CFM? Mesma eficácia Hurry up and wait: começar logo o tto, mas ter paciência pois ela melhora devagar, o tto é demorado. Comorbidades devem ser tratadas em pct com lúpus, controlar PA, colesterol!
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