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PEDIATRIA GERAL A diarreia consiste em uma perda anormal de água e eletrólitos pelas evacuações, que se apresenta com diminuição da consistência do bolo fecal ou aumento da frequência e volume das evacuações. Podemos defini-la como: volume acima de 10 ml/kg/dia em lactentes e acima de 200g/dia em crianças mais velhas. Clinicamente é caracterizada pela ocorrência de 3 ou mais evacuações líquidas ou amolecidas em um período de 24h. Atenção o A conceituação de diarreia baseada na frequência das eliminações em crianças é discutível, pois varia conforma a idade. Lactentes em aleitamento materno exclusivo, por exemplo, podem evacuar de 8 a 10 vezes ao dia (“passarinho” = come e caga), sem que isso signifique diarreia, ou podem passar até 10 dias sem evacuar que também é normal; o Desinteria: diarreia com sangue, muco e/ou pus; Classificação Ela pode ser classificada de acordo com a duração, com a localização intestinal e o mecanismo etiopatogênico. Em algumas situações, há sobreposição desses mecanismos, podendo a diarreia, nesses casos, apresentar mais de uma forma clínica. Duração: o Aguda: duração de até 14 dias (etiologia infecciosa é a principal); o Persistente: duração em torno de 14 a 30 dias; o Crônica: duração superior maior que 30 dias. Localização intestinal: o Alta: alteram a absorção no intestino delgado; costumam promover evacuações volumosas; o Baixa: alteram a absorção no cólon; promovem diarreia com evacuações menos volumosas. Mecanismo etiopatogênico: o Osmótica Predomina nos quadros virais. Deve-se ao acumulo de substâncias osmoticamente ativas no interior da luz intestinal que exercem uma pressão osmótica capaz de reter liquido no lúmen da alça, causando uma diarreia líquida. O vírus provoca lesões focais em membrana apical o que leva ao surgimento de células imaturas e consequente diminuição da produção de muco, da liberação de lizoenzimas, lactoferrina, além de uma redução da capacidade de absorção dos nutrientes, principalmente dos carboidratos. Esse carboidrato não digerido leva ao aumento da pressão osmótica capaz de reter líquido no lúmen, causando uma diarreia líquida (ou semilíquida). O quadro é caracterizado por um volume fecal alto, porém, menor que os encontrados no quadro de diarreia secretória, de caráter explosivo (que se deve ao acumulo de gases) amareladas, e com grande perda hidroeletrolítica. Risco para desidratação e para o distúrbio eletrolítico, na maioria dos casos os vômitos estão associados. Quando há febre ela pode ser um pouco mais alta, como toda infecção viral. o Secretória Pode ocorrer por lesão da mucosa ou presença de enterotoxinas. Acontecem quando os sistemas de transporte de solutos no epitélio intestinal apresentam-se em um estado de secreção ativa que pode ser desencadeada pela presença de agentes secretagogos (como as enterotoxinas) que aumentam a concentração intracelular de mediadores de secreção, os nucleotídeos cíclicos (AMP e GMP) e do cálcio iônico, isso leva à secreção de ânios (principalmente cloreto e bicarbonato) pelas células intestinais, como consequência, à diminuição da absorção de agua e íons, ou seja, vai ter aumento do efluxo de sódio e água para o lúmen. O quadro é caracterizado por uma diarreia volumosa (grande volume de água e eletrólitos), e que persiste mesmo durante o jejum. Há poucos sintomas sistêmicos, a febre está ausente ou é baixa e os vômitos surgem com a desidratação. São exemplos típicos desse tipo de diarreia a ETEC e o Vibrio cholerae. o Funcional Absorção e secreção estão normais, nesse caso o problema é que não há tempo suficiente de contato com a mucosa para ocorrer uma absorção correta. o Gordurosa Se associa a algum distúrbio que promova disabsorção de lipídeos no intestino delgado. DIARREIA AGUDA Eliminação anormal de fezes amolecidas ou líquidas com uma frequência igual ou maior a três vezes por dia e duração de até 14 dias. Epidemiologia o Crianças menores de 5 anos tem uma maior capacidade de promover uma morbidade pois estão mais suscetíveis à desidratação portanto representam maior morbidade; o A taxa de mortalidade é maior nas crianças entre 5 e 1 anos e é maior nos países subdesenvolvidos e em desenvolvimento; o No Brasil, segundo publicação oficial do Datasus, a proporção de óbitos por diarreia aguda em menores de 5 anos caiu de 10,8% em 1990 para 1,6% em 2011. As regiões Norte e Nordeste ainda concentram os maiores índices de mortalidade; o Em países desenvolvidos existe a predominância de diarreias infecciosas virais, já as diarreias infecciosas causadas por bactérias e protozoários são mais características de países sub e em desenvolvimento e têm pico de incidência nas estações chuvosas e quentes; o Causas por bactérias tem maior morbidade. Etiologia Infecciosas: São as principais causas, os principais agentes são os vírus, bactérias e protozoários; Não infecciosas: Alergias, intolerâncias e erros alimentares, além de certos medicamentos. Diarreia Aguda Particularidades dos principais agentes: o Retrovírus: principal causa diarreia grave em menores de 2 anos. o E.coli: - Enterotoxigênica: diarreia dos viajantes; principal causa de diarreia bacteriana em países em desenvolvimento; - Enteropatogênica: pode causar diarreia persistente em menores de 2 anos; - Êntero-hemorragica: pode causar disenteria sem febre; associa-se com síndrome hemolítico-urêmica. o Salmonella: causa diarreia aguda aquosa ou disenteria; pode causar doença disseminada em grupos de risco (< 3 meses. Imunodeprimidos, portadores de doenças hemolíticas); o Vírus são os principais causadores das diarreias infecciosas (são altamente infectantes e necessitam de baixa carga viral para causar doença), os mais prevalentes são os rotavírus, os calicivírus, os astrovírus e os adenovírus entéricos. o Os norovírus são os principais agentes de surtos epidêmicos de gastroenterites virais transmitidos por água ou alimentos, ocorrendo em todas as faixas etárias. Adenovírus causam, com mais frequência, infecção do aparelho respiratório, mas, dependendo do sorotipo, podem causar quadros de gastroenterite. o Os agentes parasitários mais frequentes são: Cryptosporidium parvum, Giardia intestinalis, Entamoeba histolytica e Cyclospora cayetanensis. Quadro 1: principais características, quadro clinico e mecanismo de ação dos agentes bacterianos. Transmissão Os enteropatógenos que levam ao quadro de gastroenterite aguda chegam ao tudo digestivo atreves de alimentos, água, fômites ou contato com mãos contaminadas com material fecal. A transmissão vai depender do agente. Modo de transmissão da maioria dos patógenos envolvidos na etiologia da diarreia aguda. Fisiopatologia O pH ácido gástrico, a flora bacteriana normal, o peristaltismo intestinal, as mucinas presentes na camada de muco que reveste a superfície luminal dos enterócitos, fatores antimicrobianos como lisozimas e lactoferrina e o sistema imune entérico compõem a barreira de defesa do sistema digestório potencializado em crianças que usam leite materno exclusivo. Para que ocorra diarreia aguda infecciosa, os microrganismos precisam romper essa barreira e aderir à superfície mucosa, mecanismo este comum a todos os patógenos. Diagnóstico O diagnóstico da diarreia aguda é clínico, por meio de história e um exame físico detalhados. Anamnese: duração da diarreia, características das fezes, número de evacuações diarreicas por dia, vômitos (número de episódios/dia), febre, diurese (volume, cor e tempo decorrido da última micção), uso de medicamentos, sede, apetite, tipo e quantidade de líquidos e alimentos oferecidos após o início da diarreia, doenças prévias, estado geral, presença de queixasrelacionadas a outros sistemas, viagem recente, contato com pessoas com diarreia e ingestão de alimentos suspeitos, além do uso prévio recente de antibióticos. Exame físico: deve incluir avaliação nutricional (desnutrição é fator de risco para quadros mais graves e evolução para diarreia persistente. Exames complementares: O hemograma completo deve ser solicitado para avaliar anemia e padrão leucocitário; ionograma, ureia e creatinina, nos casos com distúrbio hidreletrolítico grave e impacto na função renal. A principal complicação da diarreia aguda é a desidratação, que nos casos de maior gravidade pode levar a distúrbio hidroletrolítico e acidobásico, choque hipovolêmico e até morte. As crianças menores de 1 ano são as mais vulneráveis. Percentual de perda de peso: utiliza-se a variação de perda de peso para saber o grau de desidratação. ▪ Até 5% - perda de 350g: desidratação leve (reposição de 50 mL/kg) ▪ Entre 5 e 10% - perda de 350 a 700g: desidratação moderada (reposição de 50 a 100 mL/kg) ▪ Mais de 10% - perda de mais de 700g: desidratação grave (reposição de mais de 100 mL//kg) Avaliação do estado de hidratação 1 – Para avaliar o enchimento capilar, a mão da criança deve ser mantida fechada e comprimida por 15 segundos. Abrir a mão da criança e observar o tempo no qual a coloração da palma da mão volta ao normal. A avaliação da perfusão periférica é muito importante, principalmente em desnutridos nos quais a avaliação dos outros sinais de desidratação é muito difícil. Quadro 2: Avaliação do estado de hidratação segundo orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS) Plano terapêutico Plano B: compreende a Terapia de Reidratação Oral, que deve ser realizada na Unidade de Saúde. Gastróclise: alimentação enteral contínua através de bomba de infusão e uma sonda introduzida via oral ou nasogástrica Sais de reidratação oral: Mistura de glicose, sódio e outras substancias, que é dissolvida em água. Quadro 3 Composição das soluções de reidratação oral (SRO) Plano C: consistem em hidratação venosa e destina-se ao tratamento das crianças com desidratação grave ou em casos de falha do plano B. Caso a criança consiga ingerir líquidos, enquanto a hidratação venosa é providenciada, deve ser oferecida a SRO por via oral. Para entender melhor o plano C: O MS propõe duas fases de hidratação venosa, uma fase rápida de hidratação e uma fase de manutenção e reposição. A fase rapida vai ser cosiderada de acordo com a idade (menores e maiores que 5 anos). E a fase de manutenção e reposição são todas as faixas etárias. A presença de edemas indica que o paciente está sendo hidratado demais, sendo necessário reduzir a hidratação. Avaliar o paciente continuamente. Se não houver melhora da desidratação, aumentar a Velocidade de infusão: o Quando o paciente puder beber, geralmente 2 a 3 horas após o início da reidratação venosa, iniciar a reidratação por via oral com SRO, mantendo a reidratação venosa. o Interromper a reidratação por via endovenosa somente quando o paciente puder ingerir SRO em quantidade suficiente para se manter hidratado. A quantidade de SRO necessária varia de um paciente para outro, dependendo do volume das evacuações. o Lembrar que a quantidade de SRO a ser ingerida deve ser maior nas primeiras 24 horas de tratamento. o Observar o paciente por pelo menos seis (6) horas. Os pacientes que estiverem sendo reidratados por via endovenosa devem permanecer na unidade de saúde até que estejam hidratados e conseguindo manter a hidratação por via oral. Exemplos de casos com diarreia aguda: (Para os cálculos utilizamos o peso atual). 1. Quanto repor de liquido em um paciente de 17kg? Terapia do plano c: fase de manutenção e reposição: Manutenção: 1000mL (corresponde a 10kg) + 7kg x 50mL/kg = 1350mL 2. Quanto repor de líquido em paciente com 24kg? Manutenção: 1) 1000mL (corresponde a 10kg) + 500mL (corresponde aos outros 10kg) + 4ml x 20mL/kg = 1580mL 2) Do volume total, é preciso montar uma solução 4:1 (4 partes de soro glicosado à 5% para 1 parte de soro fisiológico). Para isso, basta dividir volume total de necessidade hídrica do paciente por 5, daí obtém-se uma parte do soro fisiológico e depois, ao multiplicar por 4 obtém-se as 4 partes do soro glicosado. O volume total de necessidade hídrica de um paciente de 24kg é 1580mL: 1580ml dividido por 5 é 316mL (corresponde ao soro fisiológico). Ao multiplicar esse resultado por 4, temos 1264mL de soro glicosado. 3) É necessário ainda adicionar o KCl à solução para evitar um distúrbio hidroeletrolítico. *Existem 2 tipos de KCl, um a 10% (que corresponde a 2mL para cada 100mL) e um a 19,1% (que corresponde a 1mL para cada 100mL – é a metade pois é mais concentrado); para calcular basta pegar a necessidade hídrica e dividir pelo volume correspondente à porcentagem do KCl que você pretende obter, ou seja, se for usar o KCl de 10% basta dividir 1580 por 100ml que vamos obter 15,8mL (aproximadamente 16mL). Logo: Para o paciente de 24kg vai ser necessário adicionar 16mL de KCl (se for usado o KCl 19,1%) e 32mL (se for usado o KCl 10%). Reposição: 1580 mL/kg + 24kg multiplicado por 50mL/kg/24h (então a reposição será de 1580mL/kg + 1200mL/kg = 2780) Outro exemplo: Paulinho, 1 ano e 9 meses, com relato de diarreia explosiva, sem sangue ou muco, cerca de 7 episódios nas últimas 24 horas, associado a 3 episódios de vômitos nas últimas 2 horas. Ao exame paciente prostado, com abertura ocular ao chamado, choro sem lágrima, saliva espessa, tempo de enchimento capilar em 4 segundos, sinal da prega em desfaz entre 1-2 segundos. Peso antes do episódio de diarreia: 11,4Kg / Peso Atual: 10,1Kg. Calcule: 1. Volume a ser resposto tendo em vista o percentual de perda de peso: Paciente com desidratação grave –> Perda de peso: 11,4% (Superior a 10%) Volume mínimo a ser resposto(>100mL/Kg): >1010mL 2. Terapia do plano C: Fase rápida, Manutenção e Reposição: Fase Rápida (Paciente menor que 5 anos apenas soro fisiológico 0,9%): SF0,9% - 10,1Kg(Peso atual) x 20mL = 202mL em 30min (Até 3x) Fase de Manutenção 4:1: TH 100% - 1005mL em 24horas (10Kg = 1000mL + 0,1Kg x 50mL) SG5% --------- 804mL (1005 x 4/5) SF0,9% ------- 201mL (1005 x 1/5) KCl a 10% ---- 20mL [2 x (1005/100 – 2mL a cada 100mL)] Ou SG5% ------------- 804mL (1005 x 4/5) SF0,9% ----------- 201mL (1005 x 1/5) KCl a 19,1% ---- 10mL [1 x (1005/100 – 1mL a cada 100mL)] Reposição Solução 1:1(Se necessário): 50mL/Kg/dia: 10,1 x 50mL 505mL SG5% --------- 252,5mL (505ml x1/2) SF0,9% ------- 252,5mL (505ml x1/2) 3. Volume de reposição quando paciente apresentar melhora da desidratação (Plano A): 100 a 200mL (Entre 1 e 10 anos). Tratamento farmacológico o Zinco: nas crianças que vivem nos países em desenvolvimento, o uso do zinco oral deve ser recomendado na dose de 20 mg por dia, durante 10 dias; e nos lactentes menores de 2 meses, na dose de 10 mg por dia, também durante 10 dias, para o tratamento da diarreia aguda. o Vitamina A: Reduz o risco de hospitalização e mortalidade por diarreia e tem sido administrada nas zonas mais carentes do norte e nordeste. Indicada para diarreias persistentes. o Antiemético: Caso a ordem dos eventos tenha sido diarreia seguida por vomito vai ser indicativo de um sinal de desidratação, então não tem indicação do uso de antieméticos. Caso tenha vômitos persistentes e precise medicar é necessário escolher qual antiemético usar. Têm efeitos sedativos, o que pode atrapalhar a TRO; entretanto, alguns estudos indicam que crianças com vômitos persistentes, tratadas com a ondansetrona (zofran), apresentam menor risco de admissão hospitalar.Diminidrato (dramim): antiemético de efeito central, vem associado à sonolência, os efeitos colaterais podem ser fatores que cofundem a avaliação clínica. o Probióticos: pode ser usado de forma profilática, também podem ser úteis para reduzir a gravidade e a duração da diarreia aguda infecciosa infantil, abreviando em cerca de 1 dia a sua duração, principalmente nas diarreias de etiologia viral o Antiperistálticos: não são recomendados para tratar crianças, pois aumentam a gravidade e as complicações da doença, particularmente em crianças com diarreia invasiva. (loperamida). Pode prolongar o tempo de doença. o Racecadotrila: é uma droga antissecretora que inibe a encefalinase intestinal sem reduzir o trânsito intestinal ou promover o supercrescimento bacteriano. A medicação reduz a duração da diarreia e o volume de fezes. Racecadotrila pode ser usado associado à SRO. o Uso racional de antibióticos: evita o aparecimento de complicações, bem como de resistência bacteriana, sendo excepcionalmente indicados. A introdução do antibiótico é indicada na presença de fezes com odor fétido, presença de sangue nas fezes com comprometimento sistêmico, e em pacientes menores de 4 meses também está indicado o uso de antibióticos, nesses primeiros meses tem um maior risco de infecção bacteriana, geralmente o metronidazol, sulfametronidazol. O uso de plasio é proibido na pediatria, com algumas exceções. Prevenção o Aleitamento materno exclusivo durante os 6 primeiros meses e após esta idade; o Alimentação complementar adequada para a idade; o Água tratada, de alimentos adequadamente preparados e acondicionados; o Esgotamento sanitário; o Habito de lavar as mãos; o Vacinação. Covid -19 - Manifestações gastrointestinais o Prevalência de cerca de 10% das crianças e podem evoluir com manifestações gastrointestinais; o Manifestação gastrointestinal mais frequente nas crianças do que em adultos; o Diarreia em 17% a 39,6%; o Pode estar associado a dor abdominal, náuseas e vômitos; o Não há dados de viabilidade do SARS-CoV-2 nas fezes para definir uma transmissão fecal-oral ou não. https://www.google.com/search?sxsrf=ALeKk0362gchCTzscqU2NddcK4RCoDYFwQ:1629563676848&q=sulfametronidazol&spell=1&sa=X&ved=2ahUKEwin_uLgxcLyAhXelZUCHQRTA5wQkeECKAB6BAgBEDU&cshid=1629563886727656 TABELAS DO TRATADO DE PEDIATRIA: Quadro 1: principais características, quadro clinico e mecanismo de ação dos agentes bacterianos. Modo de transmissão da maioria dos patógenos envolvidos na etiologia da diarreia aguda. Quadro 2: Avaliação do estado de hidratação segundo orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS) Quadro 3 Composição das soluções de reidratação oral (SRO)
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