2011_Programa_Clássicos

Prévia do material em texto

1 
 
Disciplina: EAE115 - Clássicos do Pensamento Econômico 
1o. Semestre de 2011 
 
Professor: Pedro Garcia Duarte 
 
"Acho que na sociedade atual nos falta filosofia. Filosofia como espaço, lugar, método 
de reflexão, que pode não ter um objectivo determinado, como a ciência, que avança para satisfazer 
objetivos. Falta-nos reflexão, pensar, precisamos do trabalho de pensar, e parece-me que, sem ideias, 
não vamos a parte nenhuma." (José Saramago 2008) 
 
 
1. Objetivo do curso 
Apresentar as principais questões que vêm sendo tratadas pela teoria econômica ao longo do tempo 
e o contexto no qual foram tratadas. A apresentação se inicia com a escola mercantilista e estende-se até 
autores da segunda metade do século passado, como Milton Friedman, passando pelos principais autores 
dos séculos XVIII, XIX e XX. O curso é finalizado com um breve apanhado dos desenvolvimentos recentes em 
economia, com o intuito de situar o aluno no debate contemporâneo. 
 
2. Programa e bibliografia 
Os textos indicados são de leitura obrigatória. Durante as aulas serão indicados textos 
complementares. Há uma pasta na xerox com cópias de alguns textos: Pasta 100. Favor mantê-la em ordem 
e completa. 
O curso adotará um livro-texto de referência: Hunt, E. K. História do Pensamento Econômico. Rio de 
Janeiro: Editora Campus. Há várias edições em português, traduzidas da décima edição em inglês de 1978. 
Em 2005 a editora lançou uma segunda edição em português, revista e atualizada. Na bibliografia do curso 
são indicadas as páginas da primeira e entre colchetes a da segunda edições em português. 
Há dois outros livros complementares: 
Heilbroner, Robert L. ([1953] 1999). The Worldly Philosophers. New York: Touchstone. (Em português, este 
livro tem títulos variados: “Introdução à História das Ideias Econômicas”, “Grandes Economistas” 
e “História das Ideias Econômicas”) 
Brue, Stanley L. (2006). História do pensamento econômico. São Paulo: Thomson. 
 
A matéria está agrupada em oito temas: 
 
I Introdução: O Método Científico e Uma Perspectiva da Evolução do Pensamento Econômico no Tempo 
Alves, R. A. ([1981] 1994). Filosofia da Ciência—introdução ao jogo e suas regras. São Paulo: Editora 
Brasiliense. Caps. 1-4, 6 (Erudito) 
Backhouse, R. (2002). The Ordinary Business of Life. Princeton: Princeton University Press. Prólogo (1-9). 
(Texto na pasta 100) 
Zamagni, S. (1987). Microeconomic Theory: an introduction. Oxford: Blackwell. Cap. 1. (Pasta) 
 
II O Objeto da Ciência Econômica 
Marshall, A. (1920). Princípios de Economia. In: Coleção os Economistas. São Paulo: Abril Cultural, 1982. 
Livro Primeiro: Caps. I-IV. (Pasta) 
Robbins, L. ([1932] 1935). An Essay on the Nature and Significance of Economic Science. London: 
Macmillan. 2a ed.: 1-25, 46-48; 147-152, 156-158. Disponível na página: 
http://mises.org/literature.aspx?action=author&Id=273 
Robinson, J. ([1962] 1979). Filosofia Econômica. Rio de Janeiro: Zahar. Cap. 1. (Pasta) 
 
 
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO 
FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE 
DEPARTAMENTO DE ECONOMIA 
 
 
2 
III Noções de Excedente, Produto e Equilíbrio 
III.1 Mercantilistas 
Mun, T. England’s Treasure by Forraign Trade. In: Monroe, A. E. (1965). Early Economic Thought. 
Cambridge: Harvard University Press. (Erudito) 
Spiegel, H. W. (1991). The Growth of Economic Thought. Durham: Duke University Press, 3a ed. Cap. 5 
(Pasta) 
Hunt: 44-51 [21-30] 
III.2 Fisiocratas 
Quesnay, F. “O Quadro Econômico”. In.: Kuntz, R. (org) (1984). Quesnay. Coleção Grandes Cientistas 
Sociais, Ed. Ática. (Pasta) 
Spiegel, H. W. (1991). The Growth of Economic Thought. Durham: Duke University Press, 3a ed. 177-
192, 198-200 (Pasta) 
Hunt: Cap. 2 [32-35]. 
III.3 Clássicos 
Smith, A. (1776). A Riqueza das Nações. In: Coleção os Economistas. São Paulo: Abril Cultural, 1983. 
Vol. I, Livro Primeiro: Introdução e Caps. 1-3, 7 e 10; Vol. I, Livro Segundo: Introdução e Caps. I e III. 
Hunt: Smith 60-69 (37-46), Smith 77-84 (53-60), Marx 218-222 (193-197), Marx 226-238 (201-220). 
III.4 Neoclássicos (Marginalistas) 
Marshall, A. (1920). Princípios de Economia. In: Coleção os Economistas. São Paulo: Abril Cultural, 
1982: Vol. I Livro Quarto, Caps. I e VII; Vol. II, Livro Quinto, Caps. I-III. (Pasta) 
 
IV Teoria do Valor 
IV.1 Teoria do Valor Trabalho 
Smith, A. (1776). A Riqueza das Nações. In: Coleção os Economistas. São Paulo: Abril Cultural, 1983. 
Vol. I, Livro Primeiro: Caps. 5-6. 
Hunt: 69-77 [46-53]. 
Ricardo: Hunt: Cap. 5 [Cap. 5]. 
Brue: Cap. 7. (Erudito) 
Marx: Sweezy, P. (1956). Teoria do Desenvolvimento Capitalista. In: Coleção os Economistas. São 
Paulo: Abril Cultural, 1983. Caps. II e IV. (Pasta) 
Brue: Cap. 10. (Erudito) 
Hunt: 222-225 [197-199]. 
Mill, J. S. (1848). Princípios de Economia Política. In: Coleção Os Economistas. São Paulo: Abril Cultural, 
1985: Vol. II, Livro Quarto, Caps. 4 e 6. (Pasta) 
IV.2 Teoria do Valor Utilidade 
Bentham, J. (1789). Introduction to the Principles of Morals and Legislation. McMaster: Caps. I e III. 
Jevons, William Stanley (1871). The Theory of Political Economy. 5a ed. McMaster: 12-16, 28-61, 69-83. 
Coleção Os Economistas. São Paulo: Abril Cultural, 1983: 33-35, 41-57, 61-69. 
Hunt: 143-152 [119-127]. 
IV.3 A Tesoura Marshalliana 
Marshall, A. (1920). Princípios de Economia. In: Coleção os Economistas. São Paulo: Abril Cultural, 
1982: Vol. II, Livro Quinto, Caps. V, XV. (Pasta) 
 
V Moeda e Taxa de Juros 
V.1 Taxa de juros, impaciência e a Demanda por moeda para transações 
Smith, A. (1776). A Riqueza das Nações. In: Coleção os Economistas. São Paulo: Abril Cultural, 1983. 
Vol. I, Livro Primeiro: Cap. 4. 
Brue: Cap. 16. (Erudito) 
V.2 Demanda especulativa e para precaução 
Hansen, A. ([1953] 1973). Guia para Keynes. Rio de Janeiro: Editora Expressão e Cultura. Cap. 6. (Pasta) 
 
VI O princípio da Demanda Efetiva e Política Econômica 
Miglioli, J. (1981). Acumulação de Capital e Demanda Efetiva. São Paulo : TAQ. Caps. 1-3. (Pasta) 
 
3 
Pasinetti, L. (1997). The Principle of Effective Demand. In: Harcourt, G., Riach, P. (eds.). A ‘Second 
Edition’ of the General Theory. London: Routledge. Vol. 1, Cap. 6. (Pasta) 
Prebisch, R. (1991). Keynes, Uma Introdução. São Paulo: Ed. Brasiliense: 27-36. (Pasta) 
Hunt: 152-156 [128-131], Cap. 16 [Cap. 15]. 
 
VII Laissez-Faire versus Intervencionismo Estatal 
Smith, A. (1776). A Riqueza das Nações. In: Coleção os Economistas. São Paulo: Abril Cultural, 1983. 
Vol. II, Livro Quinto: Cap. 1. 
Friedman, M. (1982). Capitalismo e Liberdade. In: Coleção Os Economistas. São Paulo: Abril Cultural, 
1985: Caps. I, II, V e VI. 
Keynes, J. M. (1926). O Fim do “Laissez-Faire”. In: Szmrecsányi, T. (1984) (org.). Keynes. Coleção 
Grandes Cientistas Sociais, Ed. Ática. (Pasta) 
 
VIII Desenvolvimentos Recentes do Pensamento Econômico 
Backhouse, R. (2002). The Ordinary Business of Life. Princeton: Princeton University Press. Cap. 14. 
(Pasta) 
 
A McMaster University mantém um arquivo online de textos canônicos em economia (em inglês), 
principalmente dos autores até o início do século passado: http://socserv.mcmaster.ca/econ/ugcm/3ll3/ 
Lembre-se que o material de internet deve ser devidamente citado (com data de acesso, inclusive) 
para que você não seja acusado de plágio. 
A New School University mantém também uma página sobre a história do pensamento econômico 
(em inglês), a ser usada com parcimônia, com informações sobre os autores e escolas do pensamento, e 
algumas indicações bibliográficas: http://cepa.newschool.edu/het/ 
Um material de apoio muito útil são os verbetes dos economistas no The New Palgrave Dictionary of 
Economics: a primeira edição, de 1987, está disponível na biblioteca da FEA; a segunda está disponível 
também na internet (conexão FEA-USP): http://www.dictionaryofeconomics.com/ 
 
3. Avaliações 
A média dos alunos no curso será composta de três provas em sala. As duas primeiras provas têm 
peso 1 (cada umacom matéria parcial) e a terceira, com a matéria toda, peso 1,5. Não há prova substitutiva: 
quem faltar a alguma das provas ficará com zero e se não obtiver média 5,0 nas três provas, precisará fazer a 
prova de reavaliação. 
Alunos que não obtiverem média 5,0 no semestre e que tiverem no mínimo 70% de frequência farão 
a prova de reavaliação (cuja data será marcada posteriormente pelo departamento de economia). 
 
Datas: primeira prova: 12 de abril; segunda: 26 de maio e terceira: 01 de Julho (unificada). 
 
4. Aulas: Terças e quintas, Sala G-01. 
Não serão tolerados atrasos para as aulas do primeiro horário de mais de 15 minutos. 
 
 
5. Horários de atendimento: quartas-feiras, das 18:30 às 19:30h; FEA1, sala C-125a. 
Toda nossa comunicação extraclasse, bem como a divulgação de notas, dar-se-á através do ambiente 
virtual “Erudito” (http://www.erudito.fea.usp.br). É responsabilidade do aluno manter seu cadastro 
atualizado e verificar seu email regularmente.