Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - Notas de Aula de Cálculo Cálculo Vetorial Bárbara Rodriguez Cristiana Poffal 22 de setembro de 2019 IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - Universidade Federal do Rio Grande - FURG NOTAS DE AULA DE CÁLCULO Resumo baseado no livro Matemática Avançada para Engenharia: álgebra linear e cálculo vetorial - v. 2 de Dennis Zill e Michael Cullen Instituto de Matemática, Estatística e Física - IMEF 1 Notas de aula de Cálculo - FURG IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - Sumário 1 Cálculo Vetorial 4 1.1 Funções Vetoriais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 1.2 Limite de uma Função Vetorial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 1.3 Continuidade de uma Função Vetorial . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 1.4 Derivada de uma Função Vetorial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 1.4.1 Regras de Derivação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 1.5 Integral de uma Função Vetorial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 1.6 Comprimento de uma Curva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 1.7 Velocidade, Direção e Módulo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 1.8 Modelando o Movimento de Projéteis . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 1.9 Vetor Tangente Unitário T . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 1.10 Curvatura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 1.11 Vetor Normal Principal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 1.12 Círculo de Curvatura e Raio de Curvatura . . . . . . . . . . . . . . . 12 1.13 Vetor Binormal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 1.14 Derivadas Parciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 1.15 Derivada Direcional e Vetor Gradiente . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 1.15.1 Propriedades da Derivada Direcional . . . . . . . . . . . . . . 16 1.16 Plano Tangente e Reta Normal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 1.17 Rotacional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 1.18 Divergente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 1.19 Funções Harmônicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 1.20 Campo Conservativo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 1.21 Integrais de Linha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 1.21.1 Conceitos Básicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 2 IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - SUMÁRIO 1.21.2 Integrais de Linha no Plano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 1.21.3 Integral de Linha: Curva definida por uma função explícita . . 23 1.21.4 Forma Compacta para Escrever a Integral de Linha . . . . . . 24 1.21.5 Aplicação da Integral de Linha: Trabalho . . . . . . . . . . . . 24 1.21.6 Circulação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25 1.21.7 Integrais de Linha: Independência do Caminho . . . . . . . . 25 1.22 Teorema de Green . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27 1.23 Integrais de Superfície . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28 1.23.1 Superfícies Orientáveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28 1.23.2 Integral de Superfície . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28 1.23.3 Aplicações de Integrais de Superfície . . . . . . . . . . . . . . 30 1.23.4 Integrais de Superfície de Campos Vetoriais . . . . . . . . . . 30 1.24 Teorema de Stokes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31 1.25 Teorema da Divergência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33 3 Notas de aula de Cálculo - FURG IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - Capítulo 1 Cálculo Vetorial Neste capítulo estudam-se as funções vetoriais, o cálculo de limites, derivadas e integrais e suas aplicações. 1.1 Funções Vetoriais Quando um corpo se movimenta no espaço, as equações x = f(t), y = g(t), z = h(t) fornecem as coordenadas do corpo na forma de funções do tempo que podem ser usadas como equações paramétricas na modelagem do movimento e da trajetória do corpo. Por meio da notação vetorial, pode-se escrever: −→r (t) = (f(t), g(t), h(t)). Definição 1.1.1. (Trajetória de uma partícula) Quando uma partícula se move pelo plano durante um o intervalo de tempo I, as coordenadas da partícula como funções em I são: x = f(t), y = g(t), z = h(t), t ∈ I. Os pontos (x, y, z) = (f(t), g(t), h(t)),t ∈ I, formam um curva no espaço que é a trajetória da partícula. As equações e o intervalo I parametrizam a curva. A curva no espaço também pode ser representada na forma vetorial. O vetor −→r (t) = −→ OP = f(t) −→ i + g(t) −→ j + h(t) −→ k a partir da origem até a posição da partícula P (f(t), g(t), h(t)) no instante t é o vetor posição da partícula. As funções f(t), g(t) e h(t) são as componentes do vetor posição. A trajetória da partícula é a curva traçada por −→r durante o intervalo de tempo I. A equação −→r (t) = −→ OP = f(t) −→ i + g(t) −→ j + h(t) −→ k define −→r como uma função vetorial da variável t no intervalo I. 4 IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - 1.2. LIMITE DE UMA FUNÇÃO VETORIAL Exemplo 1.1.1. Represente as funções vetoriais: a)−→r1 (t) = cos(t) −→ i + sen(t) −→ j , t ∈ [0, π] b) −→r2 (t) = sec(t) −→ i + tg(t) −→ j t ∈ [−π/2, π/2] c) −→r3 (t) = (cos(t), sen(t), t) d) −→r4 (t) = (cos(t), sen(t), 4) Figura 1.1: Ilustração Exemplo 1.1.1d) Exemplo 1.1.2. Obtenha a função vetorial que descreve a curva C de intersecção entre as superfícies indicadas z = x2 + y2, y = x, x = t. Observação 1.1.1. Seja D uma região no espaço e seja −→ f uma função vetorial definida em D. Então em cada ponto P ∈ D, −→ f associa um único vetor −→ f (P ). A região D, juntamente com os vetores −→ f (P ) constitui um campo vetorial. Diz-se que −→ f (P ) define um campo vetorial sobre D. 1.2 Limite de uma Função Vetorial Se lim t→a f(t), lim t→a g(t) e lim t→a h(t) existem, então lim t→a −→r (t) = ( lim t→a f(t), lim t→a g(t), lim t→a h(t) ) . Exemplo 1.2.1. Considere −→r (t) = ( sen(3t) t , (t− 4)3, 2t ln(t) ) . Calcule lim t→0+ −→r (t). 5 Notas de aula de Cálculo - FURG IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - 1.3. CONTINUIDADE DE UMA FUNÇÃO VETORIAL 1.3 Continuidade de uma Função Vetorial Uma função vetorial é contínua em t = a se a) lim t→a −→r (t) existe. b) lim t→a −→r (t) = −→r (a). 1.4 Derivada de uma Função Vetorial A função vetorial −→r (t) = (f(t), g(t), h(t)) é derivável em t, se f , g e h são deriváveis. A derivada de −→r (t) é −→ r′ (t) = d dt −→r (t) = (f ′(t), g′(t), h′(t)). Observação 1.4.1. Quando as funções componentes de −→r têm as primeiras deri- vadas contínuas e −→r 6= −→0 , ∀t ∈ (a, b), então −→r é dita uma função suave e a curva C traçada por −→r é chamada de curva suave. Observação 1.4.2. Quando −→ r′ (t) 6= −→0 em um ponto P , então ele é um vetor tangente à curva em P . Exemplo 1.4.1. Determine −−→ r′(t) e −−→ r′′(t) para a função vetorial −→r (t) = (t cos(t),−sen(t), t+ cos(t)). Exemplo 1.4.2. Determine as equações paramétricas da reta tangente à curva −→r (t) = (t3 − t, 6t t+ 1 , (2t+ 1)2) em t = 1. 1.4.1 Regras de Derivação Considere −→r1 e −→r2 funções vetoriais diferenciáveis e u(t) uma função escalar diferenciável. Valem as seguintes regras de derivação. 1) Regra da Soma: d dt [−→r1 (t) +−→r2 (t)] = −→ r′1 (t) + −→ r′2 (t) 2) Regra do Produto por uma Função Escalar: d dt [u(t)−→r1 (t)] = u(t) · −→ r′1 (t) + u ′(t) · −→r1 (t) 6 Notas de aula de Cálculo - FURG IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - 1.5. INTEGRAL DE UMA FUNÇÃO VETORIAL 3) Regra do Produto de Funções Vetoriais: d dt [−→r1 (t) · −→r2 (t)] = −→r1 (t) · −→ r′2 (t) + −→ r′1 (t) · −→r2 (t) 4) Regra do Produto Vetorial de Funções Vetoriais: d dt [−→r1 (t)×−→r2 (t)] = −→r1 (t)× −→ r′2 (t) + −→ r′1 (t)×−→r2 (t). Exemplo 1.4.3. Mostre que −→r (t) = (sen(t), cos(t), √ 3) tem comprimento cons- tante e é ortogonal à sua derivada. 1.5 Integral de uma Função Vetorial A integral indefinida de −→r em relação a t é o conjunto de todas as primitivas de −→r , denotada por ∫ −→r (t)dt. Se −→R for uma primitiva qualquer de −→r (t), então ∫ −→r (t)dt = −→ R + −→ C . Exemplo 1.5.1. Calcule a integral de: a) −→r (t) = (cos(t), 1,−2t) b) −→r (t) = (cos(t),−1, 3t) para t ∈ [0, π 2 ]. 1.6 Comprimento de uma Curva Se −→r (t) = (f(t), g(t), h(t)) for uma função suave, então o comprimento da curva suave traçada por −→r é dada por: s = ∫ b a √ [f ′(t)]2 + [g′(t)]2 + [h′(t)]2dt ou s = ∫ b a ‖−→r (t)‖dt. Exemplo 1.6.1. Considere a hélice −→r (t) = (2 cos(t), 2sen(t), t), t > 0. a) Calcule −→ r′ (t). b) Determine o comprimento s da curva de −→r (0) até um ponto arbitrário −→r (t). 7 Notas de aula de Cálculo - FURG IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - 1.7. VELOCIDADE, DIREÇÃO E MÓDULO c) Escreva a equação vetorial da hélice em função de s (o comprimento da curva). d) Calcule ‖ −→ r′ (s)‖. Figura 1.2: Ilustração da Hélice Exemplo 1.6.2. Um planador está voando para cima ao longo da hélice −→r (t) = (cos(t), sen(t), t). Qual é a distância percorrida pelo planador ao longo sua trajetória de t = 0 até t = 2π? Observação 1.6.1. Se uma curva −→r (t) for dada em termos de algum parâmetro t e se s(t) for uma função do comprimento de arco, então talvez seja possível determinar t como função de s: t = t(s). Então a curva pode ser parametrizada em termos de s: −→r = −→r (t(s)). Exercício 1.6.1. Exercícios sugeridos da seção 3.1: 15 a 20, 25, 26, 33 a 36, 41 e 46. 1.7 Velocidade, Direção e Módulo Se −→r (t) éo vetor posição de uma partícula que se move ao longo de uma curva suave no plano, então −→v (t) = −→ r′ (t) é o vetor velocidade da partícula, tangente à curva. Em qualquer instante t, a direção de −→v é a direção do movimento. O módulo da velocidade −→v é denotado por ‖−→v ‖. A aceleração é a derivada da velocidade 8 Notas de aula de Cálculo - FURG IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - 1.8. MODELANDO O MOVIMENTO DE PROJÉTEIS −→a (t) = −→ v′ (t) = −→ r′′(t). O vetor −→v ‖−→v ‖ é a direção do movimento no instante t. Exemplo 1.7.1. Uma pessoa em uma asa delta está espiralando para cima de- vido ao ar ascendente muito veloz e uma trajetória com vetor posição −→r (t) = (3 cos(t), 3sen(t), t2), para 0 ≤ t ≤ 4π. Determine: a) os vetores velocidade e aceleração; b) o módulo da velocidade da asa delta em qualquer instante; c) os instantes, se houver, em que a aceleração é ortogonal à velocidade. Figura 1.3: Ilustração da Asa Delta Exercício 1.7.1. O vetor aceleração −→a (t) = (−3 cos(t),−3sen(t), 2). Em t = 0, o objeto partiu do ponto (3, 0, 0) com velocidade −→v (0) = (0, 3, 0). Determine a posição do objeto em função do tempo t. 1.8 Modelando o Movimento de Projéteis Para modelar o movimento do projétil, assume-se que o projétil se com- porta como uma partícula que se move em um plano coordenado vertical e que a única força que atua sobre o projétil durante sua trajetória no ar seja a força cons- tante da gravidade, sempre apontando diretamente para baixo. Assumimos que o projétil é lançado a partir da origem em t = 0 no primeiro quadrante com velocidade inicial −→v0 . Se −→v0 fizer um ângulo α com a horizontal, então: −→v0 = (‖−→v0‖ cos(α)) −→ i + (‖−→v0‖sen(α)) −→ j . 9 Notas de aula de Cálculo - FURG IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - 1.8. MODELANDO O MOVIMENTO DE PROJÉTEIS A equação vetorial para o movimento ideal do projétil é −→r (t) = (v0 cos(α))t −→ i + (−gt 2 2 + v0tsen(α)) −→ j . Prova: Assume-se que o projétil é lançado a partir da origem em t = 0 no primeiro quadrante com velocidade inicial −→v0 . Se −→v0 fizer um ângulo α com a horizontal, então: −→v0 = (‖−→v0‖ cos(α)) −→ i + (‖−→v0‖sen(α)) −→ j . Considerando v0 = ‖−→v0‖, tem-se −→v0 = (v0 cos(α), v0sen(α)). Vetorial- mente, escreve-se a posição inicial como −→r = (0, 0) = −→0 . A segunda lei de Newton para o movimento afirma que a força que atua sobre um projétil é: −→ F = m−→a , onde −→a = d 2−→r dt2 , se −→r for o vetor posição do projétil e t for o tempo. Se a força que atua sobre o projétil for somente gravitacional −m−→g , então: m d2−→r dt2 = −mg−→j . Cancelando m: d2−→r dt2 = −g−→j , sujeita às condições iniciais −→r = −→r0 e −→v = −→v0 em t = 0. Integrando d2−→r dt2 = −g−→j em t, obtém-se: d −→r dt = −gt−→j + −→ C1. Como −→v = −→v0 em t = 0, chega-se a −→ C1 = −→v0 . Integrando d−→r dt = −gt−→j + −→v0 para obter −→r , tem-se: −→r = − gt2 2 −→ j + −→v0 t+ −→ C2. Usando o fato que −→r = −→r0 , percebe-se que −→ C2 = −→ 0 . Dessa forma, deduz-se a equação vetorial para o movimento ideal do projétil: −→r = −→v0 t −→ i + [ −gt 2 2 + v0sen(α)t ] −→ j . Exemplo 1.8.1. Um projétil é disparado da origem sobre uma superfície horizontal com módulo da velocidade inicial de 500m/s e com ângulo de lançamento de 60◦. 10 Notas de aula de Cálculo - FURG IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - 1.9. VETOR TANGENTE UNITÁRIO T a) Escreva a equação que representa a trajetória do projétil. b) Calcule a posição do projétil após 10s. Exercício 1.8.1. Considerando a dedução da equação vetorial para o movimento ideal do projétil, obtenha: a) a altura máxima alcançada pelo projétil; b) o tempo até atingir o chão; c) o alcance do projétil. Exercício 1.8.2. Exercícios sugeridos da seção 3.2: 1 a 9. 1.9 Vetor Tangente Unitário T O vetor velocidade −→v = d −→r dt é tangente à curva e o vetor −→ T = −→v ‖−→v ‖ é o vetor tangente unitário à curva suave. Exemplo 1.9.1. Determine o vetor tangente unitário −→ T da curva−→r (t) = (3 cos(t), 3sen(t), t2). 1.10 Curvatura Corresponde à taxa com a qual o vetor unitário −→ T muda de direção em relação ao comprimento de arco com um indicador da curvatura de uma curva suave C. Definição 1.10.1. Se −→ T é o vetor unitário de uma curva suave, a função curvatura da curva é κ = |d −→ T ds | ou κ = 1 ‖−→v ‖ ‖d −→ T dt ‖, onde −→ T é o vetor tangente unitário. Exemplo 1.10.1. Determine a curvatura de um círculo de raio a. 11 Notas de aula de Cálculo - FURG IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - 1.11. VETOR NORMAL PRINCIPAL Observação 1.10.1. A curvatura de C em um dado ponto é a medida de quão rapidamente a curva muda de direção no ponto. Por exemplo, círculos de pequeno raio têm grande curvatura, enquanto grandes círculos possuem pequena curvatura. 1.11 Vetor Normal Principal Definição 1.11.1. Se −→r (t) é uma curva suave, então a normal unitária principal é −→ N = d −→ T dt ‖d −→ T dt ‖ , onde −→ T é o vetor tangente unitário. Observação 1.11.1. O vetor normal principal aponta para o lado côncavo da curva. Exemplo 1.11.1. Determine os vetores tangente unitário e o normal principalpara −→r (t) = (cos(2t), sen(2t)). 1.12 Círculo de Curvatura e Raio de Curvatura Definição 1.12.1. O raio de curvatura em um ponto P em uma curva C é o raio do círculo que se ajusta à curva melhor que qualquer outro círculo. O círculo em P é chamado de círculo de curvatura e o seu centro é o centro de curvatura. O raio de curvatura é ρ = 1 κ . Observação 1.12.1. O círculo de curvatura tem a mesma reta tangente em P que a curva C e o seu centro se localiza no lado côncavo da curva. Exemplo 1.12.1. Determine e trace o gráfico do círculo osculador da parábola y = x2 na origem. 1.13 Vetor Binormal Definição 1.13.1. O vetor −→ B = −→ T × −→ N é chamado de binormal. Exemplo 1.13.1. Determine −→ B para −→r (t) = (3sen(t), 3 cos(t), 4t). 12 Notas de aula de Cálculo - FURG IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - 1.13. VETOR BINORMAL Observação 1.13.1. Componentes tangencial e normal da aceleração Suponha que uma partícula se mova em duas ou três dimensões em uma curva suave C descrita pela função vetorial −→r . A velocidade da partícula em C é −→v (t) = −→ r′ (t). Considera-se v = ‖−→v ‖. Sabe-se que o vetor tangente unitário é −→ T = −→v v , (1) a curvatura é dada por κ = ‖d −→ T dt ‖ v (2) e o vetor normal unitário é −→ N = d −→ T dt ‖d −→ T dt ‖ (3). Reescrevendo (1) como −→v = v −→ T (4), tem-se uma expressão para a velocidade em termos de −→ T . Derivando (4), obtém-se a aceleração: −→a = v′ −→ T + v d −→ T dt . (5) De (3), segue que d −→ T dt = ‖d −→ T dt ‖ −→ N (6) e de (2), escreve-se que ‖d −→ T dt ‖ = κv. (7) Assim, de (5) chega-se a: −→a = v′ −→ T + κv2 −→ N . (8) Portanto, o vetor aceleração da partícula em movimento é a soma de dois vetores ortogonais. A função escalar aN = κv2 é chamada de componente normal da acele- ração e aT = v′ é a componente tangencial da aceleração. Significado: Para um passageiro em um carro uma virada brusca em uma rua 13 Notas de aula de Cálculo - FURG IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - 1.14. DERIVADAS PARCIAIS pode ser vista como um grande valor de curvatura de modo que a componente da aceleração perpendicular ao movimento é grande e o passageiro é jogado contra a porta do carro. A alta velocidade em uma curva tem o mesmo efeito: quando se dobra a velocidade, a componente normal da aceleração aumenta um fator 4. Exercício 1.13.1. Escreva aN e aT em função de −→r , −→ r′ e −→ r′′ . Exercício 1.13.2. Exercícios sugeridos da seção 3.3: 7 a 16. 1.14 Derivadas Parciais Revisar o material de Cálculo diferencial e Integral I e resolver os exer- cícios sugeridos a seguir. Exercício 1.14.1. Exercícios sugeridos da seção 3.4: 13 a 37, 39 a 52 . 1.15 Derivada Direcional e Vetor Gradiente Definição 1.15.1. O vetor gradiente de f(x, y) no ponto P0 = (x0, y0) é o vetor −→ ∇f = ∂f ∂x −→ i + ∂f ∂y −→ j obtido por meio do cálculo das derivadas parciais de f em P0. Observação 1.15.1. O vetor gradiente de f(x, y, z) no ponto P0 = (x0, y0, z0) é o vetor −→ ∇f = ∂f ∂x −→ i + ∂f ∂y −→ j + ∂f ∂z −→ k . Observação 1.15.2. Gradiente e Reta Tangente a curvas de nível Se uma função f(x, y) tiver um valor constante c ao longo de uma curva lisa −→r = (g(t), h(t)) (fazendo da curva uma curva de nível de f), então f(g(t), h(t)) = c. Derivando ambos os lados da equação em relação a t, obtém-se: d dt f(g(t), h(t)) = d dt c. Usando a regra da Cadeia: 14 Notas de aula de Cálculo - FURG IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - 1.15. DERIVADA DIRECIONAL E VETOR GRADIENTE df dx dg dt + df dy dh dt = 0. Em forma vetorial, pode-se escrever: ( df dx , df dy ) · ( dg dt , dh dt ) = 0 o que leva a ∇f · d −→r dt = 0. Portanto, ∇f é ortogonal ao vetor tangente, portanto é normal à curva. Teorema 1.15.1. A derivada direcional D−→u f de f na direção do vetor unitário −→u é calculada por D−→u f = −→ ∇f · −→u . Exemplo 1.15.1. Determine o gradiente de f(x, y) = xey + cos(xy) no ponto A = (2, 0). Exemplo 1.15.2. Determine a derivada direcional de f(x, y) = xey + cos(xy) no ponto A = (2, 0) na direção do do vetor −→u = (3,−4). Figura 1.4: Ilustração Exemplo de Gradiente e Derivada Direcional 15 Notas de aula de Cálculo - FURG IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - 1.16. PLANO TANGENTE E RETA NORMAL 1.15.1 Propriedades da Derivada Direcional A derivada direcional de f na direção do vetor unitário −→u pode ser calculada como D−→u f = −→ ∇f · −→u = ‖ −→ ∇f‖ cos(θ). 1) f aumenta mais rapidamente quando cos θ = 1 ou quando −→u está direção do gradiente de f e tem o mesmo sentido de −→ ∇f . Neste caso, D−→u f = ‖ −→ ∇f‖. 2) f decresce mais rapidamente no sentido oposto do −→ ∇f . Neste caso, D−→u f = −‖ −→ ∇f‖. 3) Qualquer direção −→u ortogonal ao gradiente −→ ∇f 6= −→0 é uma direção de variação zero em f porque que θ é, então igual a π 2 e D−→u f = 0. Exemplo 1.15.3. Determine as direções nas quais f(x, y) = x2 2 + y2 2 a) cresce mais rapidamente no ponto A = (1, 1); b) decresce mais rapidamente em (1, 1); c) possui variação zero de f em (1, 1). Observação 1.15.3. Se S é a superfície de nível de equação f(x, y, z) = k que contém P0, então −→ ∇f(P0) é normal a Sem P0, ou seja, −→ ∇f(P0) é perpendicular a qualquer vetor tangente a S no ponto P0. Exemplo 1.15.4. Determine a taxa de variação de f(x, y, z) = xyz + e2x+y em P0 = (−1, 2, 1) na direção do vetor −→u = (1, 1, √ 2). Exercício 1.15.1. Exercícios sugeridos da seção 3.5: 1 a 10, 23 a 33, 41, 43. 1.16 Plano Tangente e Reta Normal Definição 1.16.1. O plano tangente no ponto P0 = (x0, y0, z0) na superfície de nível f(x, y, z) = c de uma função diferenciável f é o plano que passa por P0 e é normal a −→ ∇f(P0). Definição 1.16.2. A reta normal à superfície em P0 é a reta que passa por P0 e é paralela a −→ ∇f(P0). 16 Notas de aula de Cálculo - FURG IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - 1.17. ROTACIONAL Exemplo 1.16.1. Determine o plano tangente e a reta normal à superfície f(x, y, z) = x2 + y2 + z − 9 = 0 no ponto P0 = (1, 2, 4). Figura 1.5: Ilustração Exemplo Plano Tangente e Reta Normal Exercício 1.16.1. Exercícios sugeridos da seção 3.6: 13 a 24. 1.17 Rotacional Definição 1.17.1. O rotacional de um campo vetorial −→ F = (P,Q,R) é o campo vetorial ∇× −→ F = ∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣ −→ i −→ j −→ k ∂ ∂x ∂ ∂y ∂ ∂z P Q R ∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣ . Observação 1.17.1. Giro em torno de um eixo: a componente −→ k do rota- cional O rotacional fornece a ideia de como o fluido está circulando ao redor dos eixos localizados em diferentes pontos perpendiculares à região. Os físicos chamam de densidade de circulação de um campo vetorial −→ F em um ponto. Considera-se o campo vetorial −→ F = (P (x, y), Q(x, y)) e o retângulo A. A circulação de −→ F no sentido anti-horário em torno da fronteira de A é a soma das taxas de escoamento ao longo dos lados. Para a aresta inferior, a taxa de escoamento é aproximadamente: 17 Notas de aula de Cálculo - FURG IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - 1.17. ROTACIONAL Figura 1.6: Ilustração do Retângulo para Definir a Densidade de Circulação −→ F · −→i ∆x = P (x, y)∆x. Esta é a componente escalar da velocidade −→ F (x, y) na direção do vetor tangente −→ i vezes o comprimento do segmento. As taxas de escoamento ao longo dos outros lados no sentido anti-horário são expressas de maneira análoga: Topo: −→ F (x, y + ∆y) · (−−→i )∆x = −P (x, y + ∆y)∆x Fundo: −→ F (x, y) · −→i ∆x = P (x, y)∆x Direita: −→ F (x+ ∆x, y) · (−→j )∆y = Q(x+ ∆x, y)∆y Esquerda: −→ F (x, y) · (−−→j )∆y = −Q(x, y)∆y. Somando os pares opostos: Topo e fundo: −(P (x, y + ∆y)− P (x, y))∆x ≈ − ( ∂P ∂y ∆y ) ∆x Direita e esquerda: Q(x+ ∆x, y)∆y −Q(x, y)∆y ≈ ( ∂Q ∂x ∆x ) ∆y. Somando ambos os membros destas últimas equações e dividindo por ∆x∆y, tem-se uma estimativa da densidade de circulação para o retângulo: Fluxo Area ≈ ∂Q ∂x − ∂P ∂y . Faz-se ∆x e ∆y tenderem a zero para definir a densidade de circulação de −→ F no ponto (x, y). 18 Notas de aula de Cálculo - FURG IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - 1.18. DIVERGENTE A orientação positiva da densidade de circulação para o plano é o sentido anti-horário de rotação ao redor do eixo vertical. Observação 1.17.2. Fluido irrotacional Um fluido é dito irrotacional se ∇ × −→ F = −→ 0 , o que significa que ele está livre de turbilhões ou redemoinhos que causariam rotação. 1.18 Divergente Definição 1.18.1. O divergente de um campo vetorial −→ F = (P,Q,R) é a função escalar div −→ F = ∂P ∂x + ∂Q ∂y + ∂R ∂z . Notação: ∇ · −→ F Observação 1.18.1. Divergência de um Campo Vetorial A divergência de um campo vetorial também é chamada de densidade de fluxo de um campo vetorial. Suponha que −→ F = (P (x, y), Q(x, y)) seja o campo de velocidade de um escoamento de um fluido no plano e que as derivadas parciais de primeira ordem de P e Q sejam contínuas em cada ponto de uma região R. Seja (x, y) um ponto em R e A um retângulo pequeno com um vértice em (x, y) que, juntamente com seu interior, está inteiramente contido em R. Os lados do retângulo, paralelos aos eixos coordenados, têm comprimentos ∆x e ∆y. Figura 1.7: Ilustração do Retângulo para definir a Divergência A taxa a qual o fluido deixa o retângulo através da aresta inferior é aproximadamente −→ F (x, y) · (−−→j )∆x = −Q(x, y)∆x. 19 Notas de aula de Cálculo - FURG IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - 1.18. DIVERGENTE Esta é a componente escalar da velocidade em (x, y) na direção do vetor normal ex- terior vezes o comprimento do segmento. Analogamente, as taxas às quais o fluido atravessa os outros três lados nas direções de suas normais exteriores são: Topo: −→ F (x, y + ∆y) · (−→j )∆x = Q(x, y + ∆y)∆x Fundo: −→ F (x, y) · (−−→j )∆x = −Q(x, y)∆x Direita: −→ F (x+ ∆x, y) · (−→i )∆y = P (x+ ∆x, y)∆y Esquerda: −→ F (x, y) · (−−→i )∆y = −P (x, y)∆y. Combinando pares opostos, tem-se: Topo e fundo: Q(x, y + ∆y)∆x − Q(x, y)∆x = [Q(x, y + ∆y) − Q(x, y)]∆x ≈( ∂Q ∂y ∆y ) ∆x Direita e esquerda: P (x+ ∆x, y)∆y − P (x, y)∆y ≈ ( ∂P ∂x ∆x ) ∆y. Somando ambos os lados dessas duas equações, obtém-se: Fluxo através de uma fronteira retangular ≈ ( ∂P ∂x + ∂Q ∂y ) ∆x∆y. Dividindo por ∆x∆y para estimar o fluxo total por unidade de área ou a densidade de fluxo para o retângulo: Fluxo area ≈ ∂P ∂x + ∂Q ∂y . Fazendo ∆x e ∆y se aproximarem de zeropara definir a densidade de fluxo de −→ F no ponto (x, y). Em matemática, chama-se a densidade de fluxo de divergente de −→ F . Observação 1.18.2. O divergente de −→ F próximo de um ponto P (x, y, z) é o fluxo por unidade de volume. Se div −→ F > 0, então P é uma fonte de −→ F , pois existe um fluxo líquido de fluido para fora próximo de P , se div −→ F < 0, então P é dito escoadouro para −→ F , pois existe fluxo líquido de fluido para dentro próximo de P . Se div −→ F = 0, então o fluido 20 Notas de aula de Cálculo - FURG IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - 1.19. FUNÇÕES HARMÔNICAS é dito incompressível. Exemplo 1.18.1. Determine o rotacional e o divergente do campo vetorial −→ F = (x2sen(yz), z cos(xz3), ye5xy). Exemplo 1.18.2. Um fluido escoa em movimento uniforme com velocidade −→v = x −→ j . Verifique que todas as partículas se deslocam em linha reta e que o campo de velocidade dado representa um escoamento incompressível. 1.19 Funções Harmônicas Quando uma função escalar f(x, y, z) tem derivadas de segunda ordem contínuas e div(gradf) = 0 em um domínio é chamada de função harmônica neste domínio. Isto é, ∇2f = 0 significa que f é uma função harmônica. Exemplo 1.19.1. Verifique se f(x, y, z) = x2y + ey − z é harmônica. 1.20 Campo Conservativo Definição 1.20.1. Seja −→ F um campo vetorial em um domínio U . Se f = f(x, y, z) é uma função diferenciável em U tal que −→ F = ∇f diz-se que −→ F é um campo conservativo ou campo gradiente e a função f é chamada de função potencial de −→ F em U . Teorema 1.20.1. Seja −→ F = (f1, f2, f3) um campo vetorial contínuo em um domínio U com derivadas parciais de primeira ordem contínuas em U . Se −→ F admite uma função potencial f , então ∇× −→ F = −→ 0 . Exemplo 1.20.1. Verifique se o campo vetorial −→ F = (yz+ 2, xz+ 1, xy+ 2z) é um campo gradiente em R3. Em caso afirmativo, determine a função potencial f . Exercício 1.20.1. Verifique se o campo vetorial −→ F = (1 + ysen(x), 1 − cos(x)) é conservativo. Em caso afirmativo, determine a função potencial. Exercício 1.20.2. Exercícios sugeridos da seção 3.7: 7 a 16, 38. 21 Notas de aula de Cálculo - FURG IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - 1.21. INTEGRAIS DE LINHA 1.21 Integrais de Linha Integral de linha é uma integral definida ao longo de uma curva. 1.21.1 Conceitos Básicos Considere uma curva parametrizada C : x = f(t), y = g(t), a ≤ t ≤ b. Sejam os pontos A = (f(a), g(b)) e B = (f(b), g(b)). Definição 1.21.1. (Curva suave) C é uma curva suave se f ′ e g′ são contínuas em [a, b] e não simultaneamente nulas em (a, b). Definição 1.21.2. (Curva suave por partes) C é uma curva suave por partes for uma união de curvas suaves: C = C1 ∪ C2 ∪ · · · ∪ Cn. Definição 1.21.3. (Curva fechada) Se A = B, então a curva é dita fechada. Definição 1.21.4. (Curva fechada simples) Se C for uma curva fechada que não cruza por cima de si própria. Observação 1.21.1. Se C não for uma curva fechada, então a direção positiva em C é a direção correspondente ao crescimento dos valores de t. Observação 1.21.2. A interpretação física de uma integral de linha depende do significado físico de f . Suponha ρ(x, y) como sendo a densidade linear em um ponto (x, y) de um arame fino com o formato de uma curva C. A massa da parte do arame entre Pi−1 e Pi é ρ(xi, yi)∆si e a massa total é ∑ ρ(xi, yi)∆si = ∫ C ρ(x, y)ds. O centro de massa do arame com função densidade ρ está localizado no ponto: x = 1 m ∫ C xρ(x, y)ds y = 1 m ∫ C yρ(x, y)ds. 1.21.2 Integrais de Linha no Plano Seja G uma função de duas variáveis x e y definida em uma região do plano que contenha uma curva suave C. i) A integral de linha de G ao longo de C a partir de A para B em relação a x é I = ∫ C G(x, y)dx = ∫ b a G(f(t), g(t))f ′(t)dt. 22 Notas de aula de Cálculo - FURG IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - 1.21. INTEGRAIS DE LINHA ii) A integral de linha de G ao longo de C a partir de A para B em relação a y é I = ∫ C G(x, y)dy = ∫ b a G(f(t), g(t))g′(t)dt. iii) A integral de linha de G ao longo de C a partir de A para B em relação ao comprimento de arco é I = ∫ C G(x, y)ds = ∫ b a G(f(t), g(t)) √ [f ′(t)]2 + [g′(t)]2dt. Exemplo 1.21.1. Considerando C uma semicircunferência centrada na origem com raio 3, calcule: a) I1 = ∫ C (x+ 2y)dx b) I2 = ∫ C (x+ 2y)dy c) I3 = ∫ C (x+ 2y)ds 1.21.3 Integral de Linha: Curva definida por uma função ex- plícita Se uma curva C for definida por uma função explícita y = f(x), a ≤ x ≤ b, usa-se x como parâmetro. Assim dy = f ′(x)dx e ds = √ 1 + [f ′(x)]2dx. Portanto, ∫ C G(x, y)dx = ∫ b a G(x, f(x))dx ∫ C G(x, y)dy = ∫ b a G(x, f(x))f ′(x)dx ∫ C G(x, y)ds = ∫ b a G(x, f(x)) √ 1 + [f ′(x)]2dx. Observação 1.21.3. Uma integral de linha ao longo de uma curva suave por par- tes é definida como a soma das integrais sobre diversas curvas suaves cuja união compreende C. Por exemplo, se C = C1 ∪ C2, então ∫ C G(x, y)ds = ∫ C1 G(x, y)ds+ ∫ C2 G(x, y)ds. 23 Notas de aula de Cálculo - FURG IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - 1.21. INTEGRAIS DE LINHA Observação 1.21.4. Notação: ∫ C P (x, y)dx+ ∫ C Q(x, y)dy= ∫ C Pdx+Qdy. Uma integral de linha ao longo de uma curva fechada C é frequentemente representada por ∮ C Pdx+Qdy. Exemplo 1.21.2. Calcule ∫ C xydx+ x2dy, onde C : y = x2, 0 ≤ x ≤ 4. Exemplo 1.21.3. Calcule ∮ C 3xyds, sendo C o triângulo de vértices A = (0, 0), B = (1, 0) e C = (1, 2) no sentido anti-horário. 1.21.4 Forma Compacta para Escrever a Integral de Linha Suponha −→ F (x, y) = (P,Q) definida ao longo de uma curva C : x = f(t), y = g(t), a ≤ t ≤ b, então −→r (t) = (f(t), g(t)) é o vetor posição dos pontos de C. A derivada de −→r (t) é d −→r dt = (f ′(t), g′(t)) e a diferencial d−→r = (dx, dy). Como −→ F · d−→r = Pdx+Qdy, pode-se escrever∫ C Pdx+Qdy = ∫ C −→ F · d−→r . Analogamente para uma curva espacial∫ C P (x, y, z)dx+Q(x, y, z)dy +R(x, y, z)dz = ∫ C −→ F · d−→r , onde −→ F = (P,Q,R) e d−→r = (dx, dy, dz). 1.21.5 Aplicação da Integral de Linha: Trabalho O trabalho W feito por uma força −→ F causando um deslocamento em linha reta −→ d de um objeto é W = −→ F · −→ d . O trabalho W realizado ao longo de uma curva C é W = ∫ C −→ F · d−→r . Exemplo 1.21.4. Determine o trabalho realizado pela força −→ F = (y, x) atuando ao longo de y = ln(x) de (1, 0) até (e, 1). Observação 1.21.5. A unidade de trabalho depende da unidade da força e do deslocamento. 24 Notas de aula de Cálculo - FURG IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - 1.21. INTEGRAIS DE LINHA 1.21.6 Circulação Uma integral de linha de um campo vetorial em torno de uma curva fechada simples C é chamada de circulação de −→ F em torno de C, isto é, ∮ C −→ F · d−→r . Exemplo 1.21.5. Calcule ∮ C (x2+y2)dx−2xydy na curva fechada C : x = 2 cos(θ); y = 2sen(θ) para 0 ≤ θ ≤ π. Exercício 1.21.1. Exercícios sugeridos da seção 3.8: 1, 2, 3, 5, 17, 23, 29 e 35. 1.21.7 Integrais de Linha: Independência do Caminho Teorema 1.21.1. (Teorema Fundamental para Integrais de Linha) Suponha que exista uma função f(x, y) tal que df = Pdx+Qdy é uma diferencial exata, isto é, ∂P ∂y = ∂Q ∂x , então ∫ C Pdx+Qdy depende apenas dos pontos extremos do caminho C, ou seja, A e B e, portanto,∫ C Pdx+Qdy = f(B)− f(A). Observação 1.21.6. Se P , Q e R têm derivadas parciais primeiras contínuas em uma região aberta e conexa do espaço, então ∫ C Pdx + Qdy + Rdz é independente do caminho se e só se ∂P ∂y = ∂Q ∂x , ∂P ∂z = ∂R ∂x e ∂Q ∂z = ∂R ∂y . Observação 1.21.7. Campo vetorial conservativo 1) Sendo −→ F = (P,Q) é um campo vetorial e P = ∂f ∂x e Q = ∂f ∂y , ou seja, −→ F = ∇f . Então −→ F é um campo gradiente e f é a função potencial para −→ F . 2) Se −→ F = ∇f , então −→ F é um campo conservativo. Se −→ F = (x, y, z) e −→ ∇× −→ F = −→ 0 , então −→ F é campo conservativo. 3) A integral de linha de −→ F = ∇f é independente do caminho de integração. 4) A integral de linha de um campo conservativo ao longo de uma curva fechada é zero. Exemplo 1.21.6. Resolva os itens: a) Verifique se o campo vetorial −→ F = (y, x) é conservativo. b) Calcule I = ∫ −→ F · d−→r de A = (0, 0) e B = (1, 1). 25 Notas de aula de Cálculo - FURG IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - 1.22. TEOREMA DE GREEN Exemplo 1.21.7. Calcule I = ∫ −→ F · d−→r , sabendo que −→ F = (2xy3, 1 + 3x2y2) ao longo de qualquer caminho de A = (1, 4) e B = (3, 1). Exemplo 1.21.8. Determine I = ∫ C −→ F · d−→r , sendo −→ F = (ex+y + 1, ex+y), e C qualquer caminho de A = (1, 0) e B = (1, 1). Observação 1.21.8. O teorema fundamental das integrais de linha vale para o espaço tridimensional: I = ∫ C −→ F · d−→r = f(B)− f(A). Exemplo 1.21.9. Calcule I = ∫ C −→ F · d−→r , onde −→ F = (yz + 2, xz + 1, xy + 2z) ao longo de qualquer caminho que une A = (0, 0, 1) e B = (1, 2, 1). Exemplo 1.21.10. Sendo −→ F = (sen(x),−2yz,−y2), calcule I = ∫ C −→ F ·d−→r ao longo de qualquer caminho que une A = (0, 2, 0) e B = (2, 2, 4). Exercício 1.21.2. Mostre as integrais são independentes do caminho. Calcule o resultado. a) I1 = ∫ (2,2) (0,0) x2dx+ y2dy b) I2 = ∫ (2,4,8) (1,1,1) yzdx+ xzdy + xydz Exercício 1.21.3. Calcule I = ∫ C −→ F · d−→r , sabendo que −→ F = (y − yzsen(x), x + z cos(x), y cos(x)) e −→r (t) = (2t, (1 + cos(t))2, 4sen3(t)), 0 ≤ t ≤ π 2 . Exercício 1.21.4. Exercícios sugeridos da seção 3.9: ímpares até o 18. 1.22 Teorema de Green O Teorema de Green expressa uma integral curvilínea ao longo de uma curva fechada no plano como uma integral dupla sobre uma região limitada pela curva. Teorema 1.22.1. Sejam C uma curva fechada simples, suave por partes, orientada no sentido anti-horário, e R uma região fechada delimitada por C. Se −→ F = (P,Q) é um campo vetorial contínuo com derivadas parciais de primeira ordem contínuas em um domínio D que contém R, então∮ C Pdx+Qdy = ∫ ∫ R ( ∂Q ∂x − ∂P ∂y ) dxdy. 26 Notas de aula de Cálculo - FURG IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - 1.23. INTEGRAIS DE SUPERFÍCIE Exemplo 1.22.1. Use o teorema de Green para calcular ∮ C y2dx+ 2x2dy, sendo C o triângulo de vértices O = (0, 0), A = (1, 2) e B = (0, 2) no sentido anti-horário. Exemplo 1.22.2. Calcule I = ∫ C −→ F ·d−→r ao longo da circunferência x2+(y−1)2 = 1, no sentido horário, sendo −→ F = (4x2 − 9y, 9xy + √ y2 + 1). Exemplo 1.22.3. Calcule o fluxo exterior do campo −→ F = (y2, x) através do qua- drado limitado pelas retas x = ±1 e y = ±1, usando o teorema de Green. Exercício 1.22.1. Verifique o teorema de Green para o campo −→ F (x, y) = (x−y, x) e a região R limitada pela circunferência unitária C : −→r (t) = (cos(t), sen(t)), 0 ≤ t ≤ 2π. Exercício 1.22.2. Utilize o teorema de Green para calcular ∮ C ( √ ydx+ √ xdy) onde C é o contorno formado pelas retas y = 0, x = 1 e a parábola y = x2 no sentido anti-horário. Observação 1.22.1. Uma aplicação da direção reversa do teorema de Green está no cálculo de áreas. Como a área de uma região D é ∫ ∫ D dA, deseja-se escolher P e Q de modo que∂Q ∂x − ∂P ∂y = 1. Existem as possibilidades: 1) Se P (x, y) = 0, Q(x, y) = x, então A = ∮ C xdy. 2) Se P (x, y) = 0, Q(x, y) = −y, então A = − ∮ C ydx. 3) Se P (x, y) = −1 2 y,Q(x, y) = 1 2 x, então A = 1 2 ∮ C xdy − ydx. Exemplo 1.22.4. Calcule a área delimitada pela elipse x2 4 + y2 9 = 1. Exemplo 1.22.5. Calcule a área do círculo −→r (t) = (a cos(t), asen(t)), 0 ≤ t ≤ 2π. Exercício 1.22.3. Exercícios sugeridos da seção 3.12: 2, 4, 5, 7, 9 e 13. 1.23 Integrais de Superfície 1.23.1 Superfícies Orientáveis Uma superfície S é orientável ou é uma superfície orientada se existir uma função vetorial normal unitária contínua −→n definida em cada ponto P (x, y, z) 27 Notas de aula de Cálculo - FURG IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - 1.23. INTEGRAIS DE SUPERFÍCIE na superfície. Uma superfície S definida por z = f(x, y) tem orientação para cima quando as normais unitárias estão direcionadas para cima (cota > 0) e têm ori- entação para baixo quando as normais estão voltadas para baixo (cota< 0). Se a superfície é definida por g(x, y, z) = 0, então −→n = −→ ∇g ‖ −→ ∇g ‖ . Para uma superfície fechada, a convenção positiva é aquela para a qual os vetores normais apontam para fora. Figura 1.8: Plano tangente e vetor normal a uma superfície Fonte: Kreyszig 1.23.2 Integral de Superfície Figura 1.9: Área de uma superfície Fonte: Zill, Cullen Definição 1.23.1. Seja f uma função na qual as derivadas parciais primeiras fx e fy sejam contínuas em uma região fechada R, então a área da superfície sobre R é dada por A(S) = ∫ ∫ R √ 1 + f 2x + f 2 ydA. 28 Notas de aula de Cálculo - FURG IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - 1.23. INTEGRAIS DE SUPERFÍCIE Figura 1.10: Área de uma superfície Fonte: Zill, Cullen A função dS = √ 1 + f 2x + f 2 ydA é chamada de diferencial de superfície. Exemplo 1.23.1. Determine a área da superfície da parte do plano 2x+3y+4z = 12 que é limitada pelos planos coordenados no primeiro octante. Exercício 1.23.1. Determine a área da parte do parabolóide z = x2 + y2 que está abaixo do plano z = 9. Exercício 1.23.2. Calcule a área da calota cortada pelo hemisfério x2+y2+z2 = 2, z ≥ 0 pelo cilindro x2 + y2 = 1. Exemplo 1.23.2. Calcule ∫ ∫ S G(x, y, z)dS, sabendo que G(x, y, z) = x e S é a porção do cilindro z = 2− x2 no primeiro octante limitada por x = 0, y = 0, y = 4 e z = 0. Exemplo 1.23.3. Calcule ∫ ∫ S ydS, onde S é a superfície z = x+ y2 , 0 ≤ x ≤ 1 e 0 ≤ y ≤ 2. 1.23.3 Aplicações de Integrais de Superfície Fluxo elétrico Se −→ E é o campo elétrico, então I = ∫ ∫ S −→ E · −→n dS é o fluxo elétrico de −→ E através de S. Carga elétrica Lei de Gauss: a carga contida por uma superficie S é Q = ε0 ∫ ∫ S −→ E · −→n dS. 29 Notas de aula de Cálculo - FURG IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - 1.23. INTEGRAIS DE SUPERFÍCIE Fluxo de calor Suponha que a temperatura em um ponto (x, y, z) em um corpo seja u(x, y, z), então o fluxo de calor é definido pelo campo vetorial −→ F = −k −→ ∇u, onde k é a condutividade da substância. A taxa de fluxo de calor através da superfície S no corpo é dada por:∫ ∫ S −→ F · −→n dS = −k ∫ ∫ S −→ ∇u · −→n dS. Exemplo 1.23.4. A temperatura de uma bola metálica é proporcional ao quadrado da distância do centro da bola. Determine a taxa de fluxo de calor através da esfera S de raio a e centro no centro da bola. 1.23.4 Integrais de Superfície de Campos Vetoriais Se −→ F (x, y, z) = (P (x, y, z), Q(x, y, z), R(x, y, z)) for o campo de veloci- dade de um fluido, então o volume do fluido escoando através de um elemento de área de superfície ∆S por unidade de comprimento é aproximado por: (altura) · (área da base)=( −→ F · −→n )∆S, onde −→n é o vetor unitário normal à superfície. O volume total de um fluido passando através de S por unidade de tempo é chamado de fluxo de −→ F através de S, sendo dado por fluxo= ∫ ∫ S ( −→ f · −→n )dS. Exemplo 1.23.5. Seja S a superfície exterior do parabolóide −→r = (x, y, x2 + y2), (x, y) ∈ R, onde R = {(x, y)‖x2 + y2 ≤ 4}. Determine ∫ ∫ S ( −→ f · −→n )dS, onde −→ f é o campo vetorial definido por −→ f = (3x, 3y,−3z). Exemplo 1.23.6. Calcule ∫ ∫ S ( −→ f ·−→n )dS, onde −→ f = (x, y, z) e S é a parte do plano 2x + 3y + 4z = 12 cortada por x = 0, y = 0, x = 1 e y = 2 e −→n a normal com componente z não negativa. Exemplo 1.23.7. Determine o fluxo do campo vetorial −→ f = (x, y, z) através da esfera x2 + y2 + z2 = 1. Exercício 1.23.3. Exercícios sugeridos da seção 3.13: 1, 3, 5, 8, 15, 17 e 25. 30 Notas de aula de Cálculo - FURG IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - 1.24. TEOREMA DE STOKES 1.24 Teorema de Stokes Teorema 1.24.1. (Teorema de Stokes) Seja S uma superfície orientável suave por partes limitada por uma curva fechada simples e suave por partes C. Seja −→ F = (P,Q,R) um campo vetorial para o qual P , Q e R são contínuas e têm derivadas parciais primeiras contínuas em uma região tridimensional contendo S. Se C for atravessada na direção positiva, então∮ C −→ F · d−→r = ∫ ∫ S (∇× −→ F ) · −→n dS, onde −→n é uma normal unitária a S na direção da orientação de S. Exemplo 1.24.1. Verifique o teorema de Stokes.Considere que a superfície S esteja orientada para cima −→ F = (5y,−5x, 3) e S é a porção do plano z = 1 dentro do cilindro x2 + y2 = 4. Exemplo 1.24.2. Utilize o teorema de Stokes para calcular I = ∫ y2dx+z2dy+x2dz, onde C é o contorno da parte do plano x+ y + z = 4, que está no primeiro octante no sentido anti-horário. Exemplo 1.24.3. Calcule ∫ ∫ S ( −→ ∇×−→g ) ·−→n dS, sendo −→g = (xy2, x, z3) e S qualquer superfície suave delimitada pela curva −→r (t) = (2 cos(t), 3sen(t), 1), 0 ≤ t ≤ 2π, com a normal apontando para cima. Exemplo 1.24.4. Calcule ∫ C sen(z)dx− cos(x)dy+ sen(z)dz, onde C é o perímetro do retângulo 0 ≤ x ≤ π,0 ≤ y ≤ 1, z = 3 no sentido horário. Exemplo 1.24.5. Calcule ∮ C −→ F · d−→r , onde −→ F = (−y2, x, z2) e C é a curva da intersecção do plano y + z = 2 com o cilindro x2 + y2 = 1. (Oriente C para ter o sentido anti-horário quando visto de cima.) Exemplo 1.24.6. Use o teorema de Stokes para calcular ∫ ∫ rot −→ F · dS, onde −→ F = (yz, xz, xy) e S é a parte da esfera x2 + y2 + z2 = 4 que está dentro do cilindro x2 + y2 = 1 e acima do plano xy. Exercício 1.24.1. Use o teorema de Stokes para calcular ∫ C −→ f d−→r , para C orientada em sentido anti-horário, sabendo que −→ f (x, y, z) = (x + y2, y + z2, z + x2) e C é o triângulo de vértices A = (1, 0, 0), B = (0, 1, 0) e C = (0, 0, 1). 31 Notas de aula de Cálculo - FURG IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - 1.24. TEOREMA DE STOKES Exercício 1.24.2. Seja S a parte do gráfico de z = 9− x2 − y2, z ≥ 0 com normal exterior. Determine I = ∫ ∫ S ( −→ ∇ ×−→g ) · −→n dS, sendo −→g = (3z, 4x, 2y). Exercício 1.24.3. Use o teorema de Stokes para calcular ∫ C −→ f · d−→r . Considere −→ f (x, y, z) = (yz, 2xz, exy) e C como sendo a circunferência x2 + y2 = 16 e z = 5. Exercício 1.24.4. Calcule ∮ C [(x2 + 2y3)dx + xy2dy + 3 √ z2 + 1dz], sendo C a cir- cunferência x = a cos(t), y = asen(t), z = 2, 0 ≤ t ≤ 2π. Exercício 1.24.5. Utilize o teorema de Stokes para calcular as integrais de linha: a) I = ∮ C (y2dx+ x2dz), onde C é o contorno da parte do plano 2x+ y+ z = 4 que está no primeiro octante, no sentido anti-horário. b) I = ∮ C [(y+2z)dx+(2z+x)dy+(x+y)dz], onde C é a intersecção das superfícies x2 + y2 + z2 = a2 e x = a 2 . Considere os dois sentidos de percurso. c) I = ∮ C [xdx + ydy + z2dz], onde C é o perímetro do retângulo 0 ≤ x ≤ 2, 0 ≤ y ≤ 4, z = 4 no sentido anti-horário. d) I = ∮ C [ex 2 dx+ (x+ z)dy + (2x− z)dz], onde C é o contorno da parte do plano x+ 2y + z = 4 que está no primeiro octante, no sentido anti-horário. e) I = ∮ C ~fd~r, onde ~f = (y3 cos(xz), 2x2+z2, y(x−z)) e C é o retângulo 0 ≤ x ≤ 4, 0 ≤ z ≤ 1, no plano y = 2. Considere os dois sentidos de percurso. f) I = ∮ C [ydx + (y + 2z + x)dy + (x + 2y)dz], onde C é a intersecção do cilindro x2 + y2 = 1 com o plano z = y, orientado no sentido anti-horário. g) I = ∮ C [(y − x)dx + (x − z)dy + (x − y)dz], onde C é o retângulo de vértices (0, 0, 5), (0, 2, 5), (−1, 0, 5) e (−1, 2, 5) no sentido horário. h)I = ∮ C ~fd~r, onde ~f = (ex2 + 2y, ey2 + x, ez2) e C é elipse x = cos(t), y = 2sen(t), z = 2 para 0 ≤ t ≤ 2π. i) I = ∮ C [(x2+2y3)dx+(xy2)dy+ 3 √ z2 + 1dz], onde C é circunferência x = a cos(t), y = asen(t), z = 2 para 0 ≤ t ≤ 2π. Exercício 1.24.6. Seja S a parte do gráfico z = 16 − x2 − y2, z ≥ 0 com normal exterior. Determine I = ∫ ∫ S rot~g · ~ndS, sendo ~g = (2y, y + z, z). 32 Notas de aula de Cálculo - FURG IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - 1.25. TEOREMA DA DIVERGÊNCIA Exercício 1.24.7. Calcule I = ∫ ∫ S rot~g · ~ndS, sendo ~g = (xy2, x, z3) e S qualquer superfície suave delimitada pela curva ~r(t) = (2 cos(t), 3sen(t), 1), para 0 ≤ t ≤ 2π. Respostas 1.24.5 a)−16 b)3a 2π 4 c)0 d)−16 e)±(sen(4)− 4) f)2π g)0 h) −2π i)−5πa 4 4 1.24.6 −32π 1.24.7 6π 1.25 Teorema da Divergência Este teorema expressa uma relação entre uma integral tripla sobre um sólido e uma integral de superfície sobre a fronteira deste sólido. Teorema 1.25.1. (Teorema da Divergência) Seja D um sólido no espaço limi- tado por uma superfície orientável S. Se −→n é a normal unitária exterior a S e se −→ f (x, y, z) = (P,Q,R) é uma função vetorial contínua que possui derivadas parciais de primeira ordem contínuas em um domínio que contém D, então∫ ∫ S −→ f · −→n dS = ∫ ∫ ∫ D div( −→ f )dV . ou ∫ ∫ S [Pdydz +Qdzdx+Rdxdy] = ∫ ∫ ∫ D [ ∂P ∂x + ∂Q ∂y + ∂R ∂z ] dxdydz. Exemplo 1.25.1. Determine o fluxo do campo vetorial −→ f = (z, y, x) sobre a esfera x2 + y2 + z2 = a2. Exemplo 1.25.2. Calcule I = ∫ ∫ S −→ f · −→n dS, onde −→ f = (xy, y2 + exz 2 , sen(xy)) e S é a superfície da região E limitada pelo cilindro parabólico z = 1 − x2 e pelos planos z = 0, y = 0 e y + z = 2. Exemplo 1.25.3. Utilizando o teorema da Divergência, calcule o fluxo de −→ f = (exsen(y), ex cos(y), yz2) através da superfície da caixa delimitada pelos planos x = 0, x = 1, y = 0, y = 1, z = 0 e z = 2. Exemplo 1.25.4. Determine o valor de ∫ ∫ S [xdydz + ydzdx+ zdxdy], onde S é a superfície da região delimitada pelo cilindro x2 +y2 = 9 e pelos planos z = 0 e z = 3 usando o teorema da divergência. 33 Notas de aula de Cálculo - FURG IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - 1.25. TEOREMA DA DIVERGÊNCIA Exemplo 1.25.5. Use o teorema da divergência para calcular a integral de superfície I = ∫ ∫ S −→ f · d −→ S , ou seja, calcule o fluxo através de S. a) −→ f = (xysen(z), cos(xz), y cos(z)), S é o elipsóide x2 a2 + y2 b2 + z2 c2 = 1. b) −→ f = (cos(z) + xy2, xe−z, sen(y) + x2z), S é a superfície do sólido limitado pelo parabolóide z = x2 + y2 e o plano z = 4. Exercício 1.25.1. Prove cada identidade, admitindo que S e E satisfaçam às condi- ções do Teorema de Gauss e que as funções escalares componentes do campo vetorial tenham derivadas parciais de segunda ordem contínuas. a) ∫ ∫ S −→a · −→n dS = 0, onde −→a éum vetor constante. b) V (E) = 1 3 ∫ ∫ S −→ f · −→n d −→ S , onde −→ f = (x, y, z). Exercício 1.25.2. Verifique que o teorema da divergência é verdadeiro para o campo vetorial −→ f = (x2, xy, z) na região que é delimitada pelo parabolóide de z = 4−x2−y2 e pelo plano xy. Exercício 1.25.3. Use o teorema da divergência para calcular o fluxo de saída do campo −→ f (x, y, z) = (2x, 3y, z2) através do cubo de lado unitário que é determinado pelos vetores −→ i , −→ j e −→ k . Exercício 1.25.4. Exercícios sugeridos da seção 3.16: 5, 6, 8, 11, 12 e 13. 34 Notas de aula de Cálculo - FURG
Compartilhar