Delineador (delineamento em PPR)

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O delineador é o principal instrumento usado para podermos elaborar um plano com bases científicas e obtermos uma PPR que respeite os princípios biomecânicos. Sua função principal é encontrar um eixo relativo, não absoluto, de inserção para que se possa trabalhar com menos desgaste par se te um eixo de entrada e saída dessa prótese parcial. Determina o paralelismo relativo das superfícies do modelo.Delineamento em PPR
Conceito de delineamento em PPR: procedimento utilizado para estudar o paralelismo ou sua falta entre as superfícies dentais, os dentes entre si, os dentes ao rebordo ósseo a ser utilizado como suporte.
O Delineador: é o instrumento necessário para selecionar a melhor trajetória/eixo de inserção de determinado caso clinico, para que se possa trabalhar com menos desgaste par se te um eixo de entrada e saída dessa prótese parcial. Determina o paralelismo relativo das superfícies do modelo.
Eixo de Inserção: É a direção que a prótese é deslocada do ponto de contato inicial de seus elementos constituintes rígidos com os dentes de suporte, até o total assentamento dos apoios sobre os seus descansou e a sela sobre a fibromucosa. O eixo de inserção ideal seria aquele capaz de transmitir as cargas mastigatórias sobre o longo eixo do dente de suporte, sem produzir forças horizontais, e para isso, os dentes teriam de ser paralelos um ao outro, para guiar o translado da prótese até seu completo assentamento, com áreas retentivas recíprocas e eficazes. Todavia, sabemos que os dentes apresentam regiões retentivas e expulsivas, que dificultam o completo assentamento da prótese, para isso, iremos encontrar um eixo de inserção relativo, em que as regiões rígidas serão paralelas entre si, enquanto as regiões flexíveis se adaptarão ao eixo relativo e retenção do dente a ser seguido.
Componentes de um delineador:
· Haste vertical móvel: possui mandril na sua extremidade inferior onde são fixados as pontas acessórias. É perpendicular a base horizontal fixa e representa a trajetória de inserção. Realiza movimentos para cima e para baixo.
· Platina: Onde o modelo é fixado para determinar a trajetória de inserção. Possui uma junta universal que permite que o modelo seja inclinado livremente nos sentidos ântero- posterior e látero lateral.
· Pontas acessórias: Analisadora -> porta grafite -> calibradores -> Fava para recorte (ordem da técnica)
· Analisadoras: cilíndricas, são a continuação do paralelismo determinado pela haste móvel.
· Porta grafite: substituem a ponta analisadora com o mesmo grau de paralelismo, permitindo determinar oequador protético.
· Calibradores (0,25 mm 0,50 mm 0,75 mm) : Determinação do grau de retenção e no posicionamento correto do terminal retentivo do braço do retentor direto.
· Facas para recorte: Utilizadas no planejamento dos planos guia.
Principios matemáticos dos Delineadores: 
“ As linhas perpendiculares a um mesmo plano são paralelas entre si.”
A aplicação do principio matemático com o uso do delineador é podermos medir o quão paralelo são as superfícies dentais e os detalhes anatômicos (rebordo alveolar) de interesse protético, entre si.
EX: OVO. ex: qualquer área do ovo, só é retentiva ou expulsiva de acordo com o grau de inclinação que o ovo tem na platina.
O equador dentário delimita as áreas expulsivas das retentivas.
Relembrando: trajetória de inserção é o caminho que a PPR executa desde o primeiro contato de suas partes rígidas com os dentes de suporte até sua posição de assentamento final.
FUNÇÃO DOS DELINEADORES:
· Determinar trajetória de inserção.
· Localizar interferências. (analisadora)
· Determinar e localizar necessidade de planos guias.
· Indicação e localização dos terminais retentivo (ponta calibradora.)
· Localização das áreas de alívio.
· Posicionamento de encaixes de precisão e semiprecisão.
Bases de Funcionamento de um Delineador
Pelo Princípio Geométrico, retas perpendiculares ao mesmo plano são paralelas entre si, assim encontramos o eixo de inserção mais favorável. A determinação do eixo de inserção pode-se dar por três técnicas:
· Método das Bissetrizes: Eixo de inserção deve ser a média das inclinações dos dentes-suportes Nos dentes de suporte, encontramos o direcionamento da coroa, seu eixo de inserção e seu paralelismo e transportamos para o modelo de gesso (lateral e depois na posterior desses dentes), a junção dessas duas marcações formará um ângulo e a bissetriz desse ângulo. Após isso deverá tirar-se a bissetriz destas duas bissetrizes. Essa técnica entrou em desuso devido seu nível de dificuldade elevado e suas limitações, tais quais:
· Presença de coroa; · Inclinação do dente; · Extremos livres.
· Método dos Três Pontos: Eixo de inserção deve ser paralelo ao longo eixo dos dentes suporte. O eixo de inserção será perpendicular a um plano de inserção, definidos por três pontos sob o modelo. Vamos então estabelecer um plano de acordo com a arcada: 
· Superior: Limite terço médio-incisal, crista marginal dos dentes posteriores direito e esquerdo;
· Inferior: Ápice da borda incisal e crista marginal dos dentes posteriores direito e esquerdo.
Em caso de ausências dentárias, iremos substituir o elemento com Cera 7, assim iremos supor que aquele elemento constituirá aquele ponto e daremos seguimento ao método.
O plano de inserção deve ser o plano oclusal dos dentes, contudo, por si só não é um plano perpendicular ao longo eixo, é um plano naturalmente inclinado e deveremos compensar essas limitações. Por isso encontramos um eixo relativo e não absoluto.
· Método da Conveniência: O eixo de inserção deve favorecer o preparo de planos-guia a áreas retentivas eficazes. Compensamos com pequenas inclinações para desgastar menos alguns dentes. De qualquer maneira precisa entender o método dos três pontos para poder fazer o da conveniência para encontrar uma melhor forma de assentamento da prótese completamente. É preciso ter uma maior experiência para fazê-lo. É indicado:
· Discrepância acentuada entre os dentes-suporte;
· Necessidade de ampla restauração de suportes;
· Depois do preparo de boca já finalizado.
· São limitações:
· Embasamento tecnocientífico;
· Experiência do operador;
· Planejamento prévio.