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Técnicas e Instrumentos de Avaliação

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TÉCNICAS E INSTRUMENTOS 
DE AVALIAÇÃO
PROF.A SANDRA LEA RANGEL DE MESQUITA
Reitor: 
Prof. Me. Ricardo Benedito de 
Oliveira
Pró-Reitoria Acadêmica
Maria Albertina Ferreira do 
Nascimento
Diretoria EAD:
Prof.a Dra. Gisele Caroline
Novakowski
PRODUÇÃO DE MATERIAIS
Diagramação:
Alan Michel Bariani
Thiago Bruno Peraro
Revisão Textual:
Fernando Sachetti Bomfim
Marta Yumi Ando
Simone Barbosa
Produção Audiovisual:
Adriano Vieira Marques
Márcio Alexandre Júnior Lara
Osmar da Conceição Calisto
Gestão de Produção: 
Cristiane Alves
© Direitos reservados à UNINGÁ - Reprodução Proibida. - Rodovia PR 317 (Av. Morangueira), n° 6114
 Prezado (a) Acadêmico (a), bem-vindo 
(a) à UNINGÁ – Centro Universitário Ingá.
 Primeiramente, deixo uma frase de 
Sócrates para reflexão: “a vida sem desafios 
não vale a pena ser vivida.”
 Cada um de nós tem uma grande 
responsabilidade sobre as escolhas que 
fazemos, e essas nos guiarão por toda a vida 
acadêmica e profissional, refletindo diretamente 
em nossa vida pessoal e em nossas relações 
com a sociedade. Hoje em dia, essa sociedade 
é exigente e busca por tecnologia, informação 
e conhecimento advindos de profissionais que 
possuam novas habilidades para liderança e 
sobrevivência no mercado de trabalho.
 De fato, a tecnologia e a comunicação 
têm nos aproximado cada vez mais de pessoas, 
diminuindo distâncias, rompendo fronteiras e 
nos proporcionando momentos inesquecíveis. 
Assim, a UNINGÁ se dispõe, através do Ensino a 
Distância, a proporcionar um ensino de qualidade, 
capaz de formar cidadãos integrantes de uma 
sociedade justa, preparados para o mercado de 
trabalho, como planejadores e líderes atuantes.
 Que esta nova caminhada lhes traga 
muita experiência, conhecimento e sucesso. 
Prof. Me. Ricardo Benedito de Oliveira
REITOR
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01
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................................4
1. A IMPORTÂNCIA DA FICHA DE ANAMNESE ..........................................................................................................5
2. ASPECTO AMPLO A SER TRABALHADO ............................................................................................................... 14
CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................................................................... 19
ANAMNESE
PROF.A SANDRA LEA RANGEL DE MESQUITA
ENSINO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA:
TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
INTRODUÇÃO
Anamnese é um levantamento de informações, comum a vários profissionais da saúde, 
e que inclui as características do ambiente e das pessoas que fazem parte da vida diária do 
paciente, os anseios diante dos processos de habilitação e reabilitação, os históricos de saúde, de 
desenvolvimento infantil e pregresso, história atual e a rotina diária do paciente.
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
1. A IMPORTÂNCIA DA FICHA DE ANAMNESE
A anamnese tem por finalidade conhecer por completo o cliente, o que se dá por 
meio de um questionário sobre histórico clínico, familiares, fatores genéticos, intolerâncias a 
medicamentos ou alimentos, tabagismo, padrões de vida, atividades físicas, tratamentos a que se 
está sendo submetido(a) etc.
A anamnese tem como objetivo estabelecer o contato inicial com o cliente. Esse 
procedimento é o principal instrumento para se chegar a um diagnóstico de confiança.
Existem várias formas de se fazer uma anamnese:
Anamnese livre: a ficha está em branco, e o cliente conta a história da própria doença. O 
profissional anota tudo o que o cliente conta.
Anamnese dirigida: é a mais usada pelos profissionais da saúde. As perguntas já estão 
prontas e são dos tipos abertas e fechadas. O profissional dirige as perguntas específicas 
ao cliente, devendo fazê-las de modo simples de acordo com o nível de entendimento do 
cliente; afinal, ele deve entendê-las com clareza.
O local onde a anamnese é feita deve ser privado, sem haver interrupção, além de a 
entrevista já ser pré-preparada para o cliente responder.
Há dois modelos: a anamnese infantil e a anamnese adulta. 
A anamnese infantil se subdivide em:
- Identificação: compõe-se de nome, data de nascimento, data da avaliação, nome dos 
pais, profissão dos pais, telefone, escolaridade, endereço, cidade, estado, idade do pai, 
idade da mãe, diagnóstico, médico responsável, encaminhamento, queixa principal e 
composição familiar.
- História pregressa: gravidez (idade, se foi planejada, pré-natal, uso de drogas, 
medicamentos, ameaça de aborto, dieta, intercorrências); parto (tipo, idade gestacional, 
peso, cor, choro, intercorrências); período neonatal (choro, icterícia, convulsões, sucção, 
movimentação); tratamentos anteriores (médicos, reabilitação, exames); internações 
(infecção, cirurgias); vacinas; antecedentes alérgicos.
- História e desenvolvimento: controlou a cabeça, rolou, arrastou, sentou, engatinhou, 
andou, falou; esfíncteres. 
- Rotina da criança: com quem e onde fica a criança; relacionamento familiar; se assiste à 
televisão (posição, tempo e programa(s)); se gosta de música (preferência e como reage); 
passeios e locais que frequenta; se brinca (como, posição, tempo, nível de atenção e 
brinquedos preferidos).
- Escola: horário; série; relacionamento com professor(a); relacionamento com colegas; 
mobiliário e dificuldades; comportamento (humor, birras e medos).
- Atividades de vida diária: posição; local; dificuldades; nível de dependência; 
alimentação; higiene; banho; vestir; despir. 
Deve-se anotar tudo o que se observou do paciente, os fatos importantes e 
encaminhamentos. Ademais, deve haver a assinatura e o carimbo, com nome do profissional e 
conselho da categoria.
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Segue modelo de ficha de anamnese infantil.
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Figura 1 – Modelo de anamnese infantil. Fonte: A autora.
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Quanto à anamnese adulta, suas partes são:
- Identificação: nome; data da avaliação; data de nascimento; idade; sexo; naturalidade; 
estado civil; RG; CPF; escolaridade; profissão; religião; endereço; telefone; cidade; 
estado; diagnóstico; sequelas; medicação atual e médico responsável; encaminhamento; 
comorbidades: responsável/acompanhante; composição familiar; queixa principal; 
história; antecedentes familiares; tratamentos anteriores e atuais (médicos, reabilitação e 
exames); internação; cirurgias.
- História atual: uso de álcool, cigarro ou outros; sono; atividades atuais; rotina diária; 
relacionamento familiar; âmbito social (passeio, locais frequentados e dificuldades).
- Atividade de vida diária: atividades instrumentais da vida diária (posição: órteses/
adaptações, cadeiras de rodas, dificuldades e outros); transferências (cadeira de rodas); 
higiene (escova de dentes, cabelo etc.); continência/uso do sanitário; banho; alimentação; 
vestir-se; atividades domésticas; transporte público; dirigir carro.
Igualmente, aqui também se deve anotar tudo o que se observou do paciente, os fatos 
importantes e encaminhamentos. Semelhantemente, deve haver a assinatura e o carimbo, com 
nome do profissional e conselho da categoria.11WWW.UNINGA.BR
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Segue modelo de ficha de anamnese adulta.
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Figura 2 – Modelo de anamnese adulta. Fonte: A autora.
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
2. ASPECTO AMPLO A SER TRABALHADO
Discorreremos agora sobre todos os itens importantes para se elaborar um modelo de 
anamnese. Isso é necessário para que você consiga interpretar e entender a história de cada 
indivíduo, levando em conta que cada indivíduo é único e, portanto, cada um tem uma história.
Os dados colhidos nortearão sua escolha dos instrumentos de avaliação aplicados; daí a 
importância de se colherem os dados com muita cautela e sem pressa para que não se esqueça 
qualquer detalhe.
Geralmente, a anamnese dura a média de 45 minutos a 1 hora para ser respondida; se 
durar menos que isso, provavelmente, faltarão dados importantes.
A ficha de anamnese é o momento mais importante do atendimento ao cliente, sendo 
fundamental ao tratamento. No momento da entrevista, não economize perguntas; agindo assim, 
ficará mais fácil identificar corretamente o problema, achar o melhor tratamento e, até mesmo, 
encaminhar o paciente a outros profissionais para que eles também possam avaliá-lo. 
Durante a entrevista de anamnese, devemos dar importância aos aspectos 
emocionais cognitivos, sendo essenciais os conflitos internos. Deve-se adotar 
uma atitude empática e estabelecer um ambiente afetivo para criar um bom 
vínculo com o paciente. Afinal, devemos atrair a confiança do paciente. 
Empatia não se cria apenas com palavras, mas também com atitudes, gestos e 
expressões faciais. Trata-se de uma situação consciente em que se entende a 
situação do doente, sem que, no entanto, haja identificação do entrevistador com 
o paciente. 
Tal identificação é uma situação inconsciente que, se não for bem trabalhada, pode 
facilmente ser exposta de forma a colocar em risco todo o trabalho da anamnese. 
Atualmente, pensa-se que, se a anamnese não for feita como um interrogatório 
sistemático, pode-se perder a confiança do paciente na medida em que ele verá 
o terapeuta como alguém que simplesmente quer invadir sua privacidade. E isso 
pode criar resistência no paciente. 
Por isso, devemos deixá-lo falar, entender o que se passa com ele, dar importância 
ao que está dizendo e demonstrar interesse pela sua história. Logo, ressaltamos 
que a anamnese não deve ser feita às pressas.
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
 
Como fazer uma boa anamnese
 
A anamnese consiste em uma entrevista com o cliente, fazendo-lhe perguntas 
objetivas para reconstituir os fatos relacionados à sua necessidade.
A anamnese é dirigida pelo profissional de saúde (médico, terapeuta ocupacional, 
fisioterapeuta etc.) a fim de colher dados do paciente e obter um diagnóstico 
seguro para, assim, fazer o tratamento correto.
Na maior parte das vezes, a anamnese é a parte mais importante; porém, ela pode 
sofrer algumas variantes de acordo com o tipo do paciente. Por exemplo: quanto 
a crianças, a entrevista é feita com a mãe, mas a fala da criança não deixa de ter 
importância; com adolescentes, a entrevista se faz em dois tempos: primeiramente, 
faz-se com a família e, depois, com o adolescente apenas.
É sempre fundamental que o profissional garanta o sigilo das informações entre 
as duas partes, a menos que as informações de uma e de outra partes sejam 
realmente muito importantes ao tratamento.
Com adultos, a anamnese sofre alterações de acordo com a patologia que o 
paciente apresenta.
O livro Anamnese E Exame Físico norteará você a estruturar uma anamnese. Não 
existe um livro específico de anamnese na área de terapia ocupacional, porém, 
como se trata de um instrumento utilizado por todas as áreas de saúde, qualquer 
livro que possa auxiliar a estruturar uma anamnese torna-se uma boa leitura para 
quem quer se aprofundar no assunto.
O livro Terapia Ocupacional Na Complexidade Do Sujeito abordará as diferentes 
possibilidades de atuação do terapeuta ocupacional, mostrando como o profis-
sional trabalha no dia a dia.
 Terapia Ocupacional Na Complexidade Do Sujeito chega à segunda edição, am-
pliada e revista, mostrando a importância de o profissional utilizar recursos tera-
pêuticos e atividades diversas, sem distinção, para pacientes de todas as idades.
 Fonte: Saraiva (2020). Fonte: Shop Fácil (2020).
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Se você quiser entender outros aspectos de anamnese e ver quais 
erros não se devem cometer, assista aos vídeos disponíveis em 
https://youtu.be/nx0nr_5mRAM e https://youtu.be/wPcAsFG0Uxw . 
Após assistir a eles, você compreenderá que as habilidades 
desenvolvidas possuem uma relação muito próxima com o sucesso 
ou o fracasso no processo de ensino e aprendizagem. 
Você poderá observar como os dados da anamnese são importantes 
para se desenvolver um bom plano de tratamento ao paciente, sem 
se cometerem tantos erros. Ainda, você verá a importância de se ter 
um lugar reservado para isso, onde o paciente se sinta à vontade e 
seguro para falar. 
Devemos manter sempre o sigilo das informações e anotar tudo o 
que nos é relatado. 
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
ANAMNESE OCUPACIONAL
Nº_____ Data: ____/____/_____ 
Nome: _____________________________________________________________
Data nascimento: ____/____/______ Empresa:______________________ 
Função:___________________ Setor:______________________ 
( ) Admissão ( ) Periódico - Data Admissão: ____/____/_______ ( ) Demissão ( ) Mudança 
de Função ( ) Retorno ao trabalho 
1) Você acha que sua audição é...? ( ) boa ( ) regular ( ) ruim 
2) O último exame de audição estava...? ( ) normal ( ) alterado ( ) não sei 
3) Infecção ou dor de ouvido na infância? sim ( ) não ( ) 
4) Já fez cirurgia no ouvido? sim ( ) não ( ) 
5) Alguém na família com perda auditiva? sim ( ) não ( ) 
Parentesco_______________________________.
6) Teve alguma(s) das seguintes doenças diagnosticada(s) por médico? ( ) Sarampo ( ) 
Caxumba ( ) Meningite ( ) Hipertensão ( ) Diabetes 
7) Toma remédio para controle de alguma dessas doenças ou de outra doença? 
Sim ( ) Não ( ). Qual? ________________________________________________________.
8) Exerce alguma atividade barulhenta fora do trabalho? sim ( ) não ( ) Qual? 
____________________________.
9) Trabalha com música ou toca algum instrumento musical? ( ) sim ( ) não 
10) Sente zumbido? nunca ( ) às vezes ( ) sempre ( ) direita ( ) esquerda ( ) bilateral ( ) 
Não sabe ( ) 
11) Há quanto tempo você trabalha nesta empresa? Há ______________ anos e ___________ 
meses. 
12) Qual sua função atual? ___________________Tempo de trabalho nessa função? ______ 
anos.
13) Acha que tem ruído na sua função atual? sim ( ) não ( ) 
14) Utiliza protetor auditivo? sim ( ) não ( ) 
ANAMNESE OCUPACIONAL Nº_____ Data: ____/____/_____ 
15) Já trabalhou em outra função nesta empresa? sim ( ) não ( ) Qual? ________. 
Tempo em que trabalhou nessa função? ___________________.
Tinha ruído? sim ( ) não ( ) 
16) Você já trabalhou em ambientes ruidosos antes do seu emprego atual? sim 
( ) não ( ) Empresa:_______________________Função:______________________
Tempo de exposição:___anos ____meses. Empresa:_______________________
Função:______________________Tempo de exposição:___anos ____meses.Empresa:_______________________Função:______________________Tempo de 
exposição:___anos ____meses.
Protetor auditivo: sim( ) não( ) às vezes( ) 
17) Utiliza ou utilizou produtos químicos em algum dos seus trabalhos? sim ( ) não ( )
18) Tem alguma coisa para reclamar dos ouvidos? __________________________
19) Pratica atividades físicas? ( ) sim ( ) não. Quais? ______________________.
20) Alimenta-se bem? ( ) sim ( ) não
21) Bebe bastante água e líquidos? ( ) sim ( ) não
22) O que faz nas horas vagas? _________________________________________.
23) Tira férias todos os anos? ( ) sim ( ) não
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Agora, a partir do vídeo assistido, estruture uma anamnese a partir dos dados que seguem.
EXERCÍCIO 1 –
A criança Lorena Santos, de 2 anos de idade e data de nascimento em 02/02/2017, com 
diagnóstico de Síndrome de Down, veio encaminhada pela pediatra Dra. Jaqueline Suades. A 
menor veio acompanhada pela mãe Aparecida Santos, do lar, idade de 45 anos, casada. Sua 
queixa principal é a de que a criança não fala, não controla direito a cabeça, está com atraso no 
desenvolvimento motor, usa fralda, não engatinha, não anda, não come sozinha, vai para a escola 
desde os 7 meses, tem dificuldade para engolir e gosta de brincar jogando blocos para cima.
A criança começou a arrastar agora, ainda não engatinha e senta com apoio.
A mãe informou que não planejou a gravidez e que teve parto cesariana, pois a criança 
estava com o cordão umbilical enrolado no pescoço. A criança nasceu roxa, com dificuldade de 
respirar, ficou na incubadora por 24 horas e, depois, já foi ao quarto com a mãe.
Na escola, ela é sorridente, interage com outras crianças e não é de fazer birra. Porém, não 
se desenvolve com as outras crianças de sua idade.
EXERCÍCIO 2 –
O paciente Júlio Miranda, de 70 anos, chegou ao hospital com pressão arterial de 220/140. 
Ele tem problemas cardíacos, com paralisia facial, perda de linguagem, perda de movimento e 
ADM de MSD (membro superior direito) e MID (membro inferior direito). Não consegue comer 
sozinho; ao sentar na cama, não consegue se manter sentado, não mantém controle de tronco, e 
a mão está em padrão flexor.
Quanto às atividades de vida diária, está totalmente dependente, ou seja, dependência 
total para as atividades de higiene. É muito confuso, agitado, e sua esposa é sua cuidadora.
Ele mora com a esposa e dois filhos; é aposentado, porém, passa a maior parte do tempo 
fazendo pão para vender e aumentar a renda da família. Nas horas vagas, gosta de ler e fazer 
palavras cruzadas; não gosta de assistir à televisão, mas ouve rádio.
Ao ser perguntado se gosta de ouvir música, ele responde afirmativamente com a cabeça.
Com base nesse cenário, trace a anamnese do paciente.
EXERCÍCIO 3 – 
João Maltes tem 50 anos, nasceu em 20/02/1970, trabalha com máquinas pesadas e está 
reclamando de surdez em um dos ouvidos. Seu local de trabalho tem muitos ruídos e vibrações, 
sendo necessário usar tampão de ouvido. Porém, João não gosta de usá-lo e já trabalha há 8 anos 
nessa mesma empresa, possuindo a mesma função desde que entrou.
Ele está muito irritadiço e cansado. Há anos não tira férias já que sempre as vende à 
empresa. Seu trabalho é repetitivo.
Ele mora com a esposa e dois filhos, quase não sai e, quando está em casa, fica somente na 
frente da televisão. Não mantém uma boa qualidade de vida, não se alimenta direito e não pratica 
qualquer atividade física.
Trace a anamnese de João.
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Sendo a anamnese um instrumento inicial de avaliação, ela deve conter todos os dados do 
paciente, deve ser aplicada em local adequado e tem como objetivo estabelecer o contato inicial 
com o paciente. 
A anamnese é o principal instrumento para se chegar a um diagnóstico de confiança 
e estabelecer um bom vínculo com o paciente. Ela também direciona quanto a qual avaliação 
podemos usar e para quais profissionais de saúde podemos encaminhar, antes mesmo da avaliação 
física ou neurológica.
Sendo assim, ela se torna um instrumento indispensável para os atendimentos terapêuticos 
ocupacionais. Eis a importância de se manter completo o prontuário do paciente.
No momento da anamnese inicial, alguns aspectos são valorizados de forma a abranger o 
cliente e o ambiente. Porém, ainda que se tenha uma visão ampla do caso, isso não significa que 
seja possível acessar todos os aspectos funcionais do sujeito. 
Nem sempre a anamnese será certeira, porventura necessitando de outros instrumentos 
para melhor avaliar todos os aspectos do sujeito em avaliação. Porém, ela é a porta de entrada 
para conhecer o paciente, suas dificuldades e rotina. Com ela, já é possível traçar alguns objetivos 
de tratamento e analisar o melhor instrumento de avaliação, a atividade e o tratamento que se 
deve aplicar ao caso.
Do ponto de vista dos profissionais da área de saúde, a anamnese é o instrumento mais 
utilizado e, com ele, é possível saber as áreas a serem trabalhadas e as dificuldades apresentadas 
pela criança ou adulto. Algumas situações e informações colhidas dos pacientes são valiosas; cada 
detalhe falado se faz importante para o processo de avaliação.
Por isso, faz-se necessário o estudo a fundo de todos os dados obtidos na anamnese, pois 
eles ajudam a nortear a escolha de avaliação, o plano de tratamento e a análise de atividade e 
reabilitação do paciente.
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02
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ...............................................................................................................................................................22
1. DESENVOLVIMENTO FÍSICO ..................................................................................................................................23
2. DESENVOLVIMENTO COGNITIVO ..........................................................................................................................23
3. DESENVOLVIMENTO SOCIAL .................................................................................................................................23
4. DESENVOLVIMENTO AFETIVO ..............................................................................................................................23
5. ASPECTOS AMPLOS A SEREM TRABALHADOS ..................................................................................................24
6. FASES IMPORTANTES ATÉ OS 12 MESES ............................................................................................................25
7. MARCOS DO DESENVOLVIMENTO DOS 18 MESES AOS 6 ANOS .......................................................................27
8. FASES DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL SEGUNDO PIAGET ..........................................................................29
DESENVOLVIMENTO COGNITIVO, MOTOR
E PERCEPTIVO DA CRIANÇA
PROF.A SANDRA LEA RANGEL DE MESQUITA
ENSINO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA:
TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
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9. A IMPORTÂNCIA DO TERAPEUTA OCUPACIONAL NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL ................................. 31
9.1 CONTRIBUIÇÕES DO TERAPEUTA OCUPACIONAL ............................................................................................ 31
9.2 ÁREA DE TRABALHO DO TERAPEUTA OCUPACIONAL INFANTIL ....................................................................32
10. QUAIS SÃO OS SINAIS DE ALERTA PARA IDENTIFICAR DIFICULDADES NO DESENVOLVIMENTO MOTOR? 
QUANDO SOLICITAR AJUDA DO PROFISSIONAL TERAPEUTA OCUPACIONAL? ..................................................32
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...........................................................................................................................................36
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
INTRODUÇÃO
O que vem a ser infância?
De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a infância é um período 
de mudanças biopsicossociais, que vai desde o nascimento até o ingresso na puberdade, período 
durante o qual a criança passa por experiências e transformações. 
As pesquisas em neurologia mostram que a primeira infância é um período fundamental 
no desenvolvimento cerebral. Os bebês começam muito cedo seu aprendizado sobre o mundo 
que os cerca, o que se inicia no período pré-natal, passa pelo perinatal e chega ao pós-natal.
O desenvolvimento infantil é um processo pelo qual todas as crianças passam, desde o 
nascimento até, mais ou menos, os 6 anos de idade. Ele está relacionado ao desenvolvimento de 
habilidades específicas que garantem a autossuficiência da criança.
Esse processo de desenvolvimento é repleto de marcos, isto é, a criança precisa adquirir 
certos comportamentos a partir de uma certa idade. 
Muitos pais ficam ansiosos para ouvir a primeira palavra do bebê ou ficam felizes quando 
o filho dá os primeiros passos. Esses são apenas dois exemplos de pequenos aprendizados do dia a 
dia, que mostram o desenvolvimento da criança. E seu desenvolvimento não está limitado apenas 
ao desenvolvimento motor, mas ocorre em várias ocasiões e situações ao mesmo tempo, sendo, 
muitas vezes, necessária a integração de todos os tipos de desenvolvimento.
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1. DESENVOLVIMENTO FÍSICO
Define-se como a melhora das habilidades físicas da criança, como a capacidade de 
engatinhar, manter-se em pé, andar, correr, pular e, até mesmo, fazer atividades mais precisas, 
como desenhar e escrever, o que muitas vezes requer que a habilidade mental esteja desenvolvida.
2. DESENVOLVIMENTO COGNITIVO
A palavra cognição refere-se à capacidade de o cérebro processar informações e, com 
isso, obter conhecimentos sobre o mundo e tudo o que o envolve. Ela abrange processos, como 
pensamento, raciocínio, memória, linguagem e atenção.
Sabemos que os bebês não nascem sabendo fazer tudo isso e que, com o tempo, todas 
essas habilidades precisam ser desenvolvidas. E isso leva tempo, um tempo necessário para que a 
criança aprenda a viver no mundo.
 Por meio da aprendizagem contínua, a criança se ajusta à realidade que a rodeia, 
aprendendo a se virar sozinha e a resolver os problemas que possam aparecer durante sua vida.
3. DESENVOLVIMENTO SOCIAL
Com o aprendizado da linguagem, inicia-se o desenvolvimento social. 
A partir daí é que a criança é capaz de trocar informações com outras crianças e com 
adultos, o que possibilita o aprendizado de regras sociais e culturais e de tradições.
4. DESENVOLVIMENTO AFETIVO
Está relacionado às emoções, estando presente desde as primeiras etapas da vida da 
criança. Quem acha que bebê não sente amor está muito enganado: diversas abordagens da 
Psicologia mostram como o amor e o carinho são importantes para que a criança se desenvolva 
de maneira saudável já nas primeiras semanas de vida.
Os sentimentos da criança em relação aos pais e pessoas mais próximas são muito 
importantes para desenvolver inteligência emocional.
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5. ASPECTOS AMPLOS A SEREM TRABALHADOS
Compreenderemos os estágios do desenvolvimento cognitivo infantil, porque é nessa fase 
que aparecem os primeiros sinais de vários transtornos diagnosticados na infância, como é o caso 
do autismo e de outras patologias.
Aliás, algumas dificuldades que aparecem durante o aprendizado de uma criança podem 
ser um convite para pensarmos: “O que pode estar acontecendo no âmbito social e familiar dessa 
criança que pode estar atrapalhando seu desenvolvimento?”
Reforçaremos as etapas do desenvolvimento motor para que possamos entender o 
desenvolvimento de cada criança e para que saibamos se ela está se desenvolvendo da forma 
adequada, dentro daqueles marcos do desenvolvimento que citamos há pouco. Afinal, se a criança 
não se desenvolve, precisamos entender o que está acontecendo: se ela possui alguma patologia 
ou se é algo que está se passando em seu contexto familiar, escolar e social. 
Daí a importância de se conhecerem os marcos, suas etapas e em qual idade eles acontecem. 
É claro que crianças diferentes se desenvolvem de maneiras diferentes. Ainda assim, em linhas 
gerais, existe um tempo certo para que algumas habilidades apareçam. E, se isso não acontecer, 
deve-se investigar, pois pode ser que algo não vá bem.
A base para um bom desenvolvimento infantil é o vínculo de afeto com os pais, 
familiares e demais cuidadores. Quando há um ambiente calmo e acolhedor, a 
criança tem oportunidade de crescer de forma saudável, desenvolvendo ao máxi-
mo suas habilidades.
No entanto, há fatores de risco, que podem fazer com que as crianças tenham 
dificuldade de desenvolver suas habilidades e até corram o risco de desenvolver 
transtornos mentais ou dificuldades sociais. Trata-se de ambientes perturbado-
res, como casas em que moram muitas pessoas, excesso de brigas, violência e 
abuso psicológico e/ou físico.
Outros fatores que podem influenciar o desenvolvimento são:
• Hereditariedade: se os pais começaram a falar mais tarde do que a maior parte 
dos bebês, é provável que o filho também demore um pouco mais para aprender 
a falar.
• Nutrição: a alimentação é importante, não apenas para o desenvolvimento do 
corpo, mas também para a cognição visto que o cérebro é um órgão que, como 
todos os outros, precisa estar nutrido para funcionar adequadamente.
• Ambiente: quando falta estimulação no ambiente em que a criança vive, pode 
haver retardo em seu desenvolvimento intelectual. Por outro lado, ambientes 
com estímulos diversos facilmente aceleram esse desenvolvimento.
• Problemas físicos: se a criança sofre de alguma condição patológica, seu de-
senvolvimento pode ser dificultado. Crianças surdas, por exemplo, podem demo-
rar mais para desenvolver a linguagem.
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6. FASES IMPORTANTES ATÉ OS 12 MESES
- Recém-nascido:
• Dorme a maior parte do tempo.
• Suga com a boca com frequência.
• Chora quando é perturbado(a) ou sente desconfortos.
- 4 semanas:
• Leva as mãos aos olhos e à boca.
• Move a cabeça de um lado para o outro quando deitado(a).
• Segue objetos em movimento em frente ao rosto com o olhar.
• Responde aos sons do ambiente (levando sustos ou chorando, por exemplo).
• Pode se virar na direção de vozes e sons familiares.
• É capaz de focar em um rosto.
- 6 semanas:
• Observa objetos dentro do seu campo de visão.
• Passa a sorrir quando se fala com ele(a).
• Fica deitado(a) sobre a barriguinha.
- 3 meses:
• Consegue manter a cabeça firme quando está sentado(a).
• Eleva a cabeça a 45º quando deitado(a) de bruços.
• Abre e fecha as mãozinhas.
Muitos pais sabem que seu(sua) filho(a) está se desenvolvendo bem, porque 
conhecem as fases do desenvolvimento. Essas fases são etapas durante as quais 
a criança começa a demonstrar certos comportamentos. Afinal, cada fase tem um 
momento certo para acontecer.
Vale destacar que as idades podem variar bastante, mas, em geral, aconselha-se 
procurar um pediatra se se observar que a criança não está se desenvolvendo 
normalmente.
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• Faz força com os pés quando é colocado(a) sobre uma superfície plana.
• Movimenta-se para alcançar brinquedos suspensos, como o móbile do berço.
• Segue, com o olhar, um objeto na frente do seu rosto, balançando a cabeça de um lado 
para o outro.
• Observa rostos atentamente.
• Sorri ao ouvir a voz do cuidador (mãe, pai, babá etc.).
• Começa a balbuciar, emitindosons semelhantes à fala.
- 5/6 meses:
• Mantém a cabeça firme quando está em pé.
• Consegue se sentar com apoio.
• Rola o corpo em um sentido, geralmente da posição deitado de bruços para deitado 
de costas.
• Tenta alcançar objetos.
• Reconhece pessoas à distância.
• Presta bastante atenção às vozes humanas.
• Sorri espontaneamente.
• Ao sentir prazer, expressa-o por meio de gritinhos.
• Balbucia para brinquedos.
- 7/8 meses:
• Consegue se sentar sem apoio.
• Sustenta parte do seu peso corporal quando mantido(a) em pé.
• Passa objetos de uma mão para a outra.
• Segura a própria mamadeira.
• Procura objetos que caíram.
• Responde ao próprio nome.
• Balbucia, combinando vogais e consoantes.
• Responde à brincadeira do “Cadê o bebê?”
- 9/10 meses:
• Consegue se sentar bem.
• Tenta pegar brinquedos que estão longe do seu alcance.
• Responde quando os brinquedos são tirados dele(a).
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• Engatinha ou se mantém sobre os pés e as mãos.
• Consegue se colocar em pé.
• A partir da posição de bruços, consegue se sentar.
• Consegue ficar em pé, apoiando-se em algo ou alguém.
• Diz “mama” e “papa”.
- 11/12 meses:
• Consegue andar, apoiando-se em móveis ou segurando a mão de pessoas.
• Pode dar um ou dois passos sem apoio.
• Fica em pé por poucos momentos de cada vez.
• Diz “mama” e “papa” para as pessoas corretas.
• Aprende a beber em copo.
• Bate palminhas e dá tchau.
• Consegue falar algumas palavras.
7. MARCOS DO DESENVOLVIMENTO DOS 18 MESES AOS 6 ANOS
- 18 meses:
• Anda bem.
• Consegue subir escadas, apoiando-se.
• Desenha uma linha vertical.
• Faz uma torre com 4 cubos.
• Vira várias páginas de um livro ao mesmo tempo.
• Fala cerca de 10 palavras.
• Puxa brinquedos em cordas.
• Consegue comer algumas coisas sozinho.
- Aos 2 anos:
• Tem coordenação motora o suficiente para correr bem.
• Sobe em móveis.
• Manuseia bem talheres.
• Vira páginas individuais dos livros.
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• Faz uma torre com 7 cubos.
• Forma frases com 2 ou 3 palavras.
- Aos 2 anos e meio:
• Salta.
• Sobre e desce escadas sem ajuda.
• Faz rabiscos em padrão circular.
• Abre portas.
• Consegue, sozinho(a), vestir roupas simples.
• Fala quando precisa ir ao banheiro.
- Aos 3 anos:
• Possui boa coordenação motora para andar bem (marcha madura).
• Anda de velocípede.
• Prefere usar uma mão à outra.
• Copia um círculo.
• Consegue se vestir sozinho(a), mas ainda não sabe fechar os botões ou amarrar cadarços.
• Conta até 10 e usa plurais.
• Reconhece, pelo menos, 3 cores.
• Faz perguntas constantemente.
• Consegue comer sozinho(a).
• Grande parte das crianças nessa idade já consegue usar o banheiro sozinha.
- Aos 4 anos:
• Sobe e desce as escadas, alternando os pés.
• Salta sobre um pé.
• Consegue lançar bolas.
• Copia uma cruz.
• Consegue se vestir.
• Lava as mãos e o rosto.
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- Aos 5 anos:
• Pula.
• Pega uma bola arremessada.
• Copia um triângulo.
• Desenha uma pessoa em 6 partes.
• Conhece 4 cores.
Consegue se vestir e se despir sem ajuda.
- Aos 6 anos:
• Anda em linha reta, usando toda a superfície do pé.
• Escreve seu próprio nome.
8. FASES DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL SEGUNDO PIAGET
O grande pesquisador das fases do desenvolvimento cognitivo infantil é Jean Piaget. Ao 
analisar o crescimento de diversas crianças, inclusive seus próprios filhos, Piaget postulou 4 fases 
do desenvolvimento cognitivo infantil.
Os dois primeiros estágios são bastante extensos, pois há uma grande quantidade de 
habilidades sendo aprendidas nessas fases. As fases do desenvolvimento infantil são:
 - Sensório-motor: de 0 a 2 anos.
Nessa fase, a criança se concentra nas sensações e nos movimentos. Ela começa a entender 
o que as sensações significam e como seus movimentos podem levar a alterações no mundo 
exterior.
Nos primeiros meses, o bebê ainda não tem controle consciente de suas ações motoras. 
No entanto, com o passar do tempo, ele vai, gradualmente, ganhando consciência de seus 
movimentos. É aí que começa a festa: ele percebe que, se esticar o bracinho, consegue puxar o 
móbile em cima do berço. A partir daí, ele passa a testar as possibilidades de movimentação para 
ver aonde aquilo vai chegar.
Vale ressaltar que, nessa fase, a criança ainda tem dificuldade com tudo aquilo que ela 
não pode ver, tocar ou sentir. A chamada permanência do objeto ainda não existe, pois a criança 
não admite sua existência fora de seu campo sensorial. Sendo assim, se os pais escondem um 
brinquedo, por exemplo, ela não vai procurar. Para ela, o brinquedo deixou de existir. O mesmo 
acontece quanto a pessoas: se o bebê não vê a mãe, ela automaticamente deixa de existir, e começa 
a choradeira. À medida que a criança vai recebendo estímulos, ela passa a ter a vaga noção de que 
objetos fora de sua vista não necessariamente deixam de existir. 
É por isso que a brincadeira do “Cadê o bebê?” é tão divertida e saudável.
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- Pré-operatório: de 2 a 7 anos.
Essa etapa se inicia com a capacidade do pensamento representativo, ou seja, a criança 
começa a gerar representações da realidade no próprio pensamento. É isso que possibilita a 
aprendizagem da fala (que começa bem mais cedo, mas se desenvolve mais rapidamente aqui) e 
as brincadeiras de faz-de-conta.
Vale lembrar que essa fase é marcada por um egocentrismo evidente. Isso não significa 
falha de caráter já que faz parte do desenvolvimento cognitivo típico de qualquer criança. Ao 
falar, ela fala sozinha e poucas vezes considera aquilo que lhe foi dito.
Com isso, há também uma necessidade de “dar vida” às coisas: para as crianças nesse 
estágio, uma bola rola, porque tem vontade, e não porque está em uma superfície íngreme ou 
uma força lhe foi aplicada, tirando-a da inércia. Ela também acredita que as coisas acontecem 
por causa dela mesma: na mente das crianças dessa idade, por exemplo, o Sol se põe para que elas 
vão dormir, e não porque o dia naturalmente acaba.
Voltando ao pensamento representativo, é justamente ele que permite, posteriormente, o 
desenvolvimento do pensamento lógico. Nessa fase, a criança pode se confundir com números e 
quantidades.
Um exemplo é quando colocamos a mesma quantidade de suco em copos de formatos 
diferentes: um fino e longo, outro largo e curto. Por mais que seja a mesma quantidade, o nível 
do suco no copo fino fica acima do nível no copo curto. Para as crianças nesse estágio, isso quer 
dizer que há mais suco no copo fino mesmo que, antes, elas tenham visto que se trata da mesma 
quantidade.
Por isso, se o(a) seu(sua) filho(a) pequeno(a) dá respostas erradas em exercícios que 
medem quantidades, volumes e tamanhos, não se preocupe: ele(a) está se desenvolvendo 
normalmente, apenas passando pelo período pré-operatório, no qual a lógica ainda está sendo 
formada.
É também nesse estágio que as crianças começam a entender o que é certo e o que é 
errado, o que podem e o que não podem fazer. No entanto, ao serem apresentadas a uma nova 
situação inusitada, elas ainda não são capazes de julgar moralmente o problema, fazendo aquilo 
que têm vontade (independentemente de ser certo ou errado).
Por isso, pais e mães devem ter paciência com as crianças nessa fase. Elas ainda têm muito 
a aprender, e não adianta brigar quando fazem algo de errado: elas simplesmente não são capazes 
de perceber sozinhas que tal ato é indevido.
- Operatório concreto: de 8 a 12 anos.
É marcado pelo início do pensamento lógico concreto. As crianças nesse estágio começam 
a manipular mentalmente as representações das coisas, que internalizaramdurante os estágios 
passados. O problema é que essa manipulação só pode ocorrer com coisas concretas, disponíveis 
no mundo real. Conceitos abstratos ainda não são compreensíveis.
Retomando-se o exemplo dos copos de suco, a criança nessa fase já compreende que os 
dois copos têm a mesma quantidade de suco, ou seja, ela tem noção de conservação.
Aqui, já há maior compreensão do que é moral e do que não é. As regras da sociedade 
começam a fazer sentido e, em situações simples, a criança já é capaz de, por si só, julgar o que 
seria correto fazer.
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- Operatório formal: a partir de 12 anos.
O último estágio postulado por Piaget tem seu início já na pré-adolescência, quando 
a criança é capaz de manipular, também, representações abstratas, fazendo operações com 
conceitos que não possuem formas físicas, como certos conceitos matemáticos.
Nesse estágio, as crianças começam a entender o mundo pelos olhos de outras pessoas: 
elas passam a compreender experiências que elas mesmas não vivenciaram em primeira pessoa. 
Na verdade, esse processo já começa durante o período operatório concreto, mas, como o nome 
já deixa claro, ele só serve para objetos concretos. Nesse novo estágio, a criança passa a entender 
o ponto de vista dos outros a respeito de conceitos abstratos.
9. A IMPORTÂNCIA DO TERAPEUTA OCUPACIONAL NO 
DESENVOLVIMENTO INFANTIL
O objetivo do atendimento realizado pelo terapeuta ocupacional infantil está associado 
ao desenvolvimento, educação, emoções, desejos, habilidades, organização espaço-temporal 
e conhecimento do próprio corpo. O profissional facilita novas experiências e aprendizados 
sensório-motores, estimula as funções cognitivas e se utiliza de adaptações para as atividades de 
vida diária, explorando e estimulando o brincar e o lazer de forma a propiciar melhor qualidade 
de vida e independência.
A criança se desenvolve física e cognitivamente ao se relacionar. Ela se conecta com o 
mundo, usando as informações que lhe chegam pelos sentidos e movimentos. Essas interações se 
dão por meio do brincar. O ato de brincar é muito importante para o desenvolvimento infantil 
e para a prática terapêutica ocupacional, podendo estar presente como recurso terapêutico ou 
papel ocupacional.
9.1 Contribuições do Terapeuta Ocupacional
• Aplicar avaliação e acompanhar o desenvolvimento neuropsicomotor da criança.
• Estimular as vias sensório-motoras do bebê.
• Orientar os educadores sobre o atraso no desenvolvimento, as dificuldades e os déficits 
que podem influenciar no desenvolvimento infantil.
• Estimular as vias sensório-motoras que acontecem desde o nascimento do bebê até seus 
dois anos, propiciando que a criança continue seu desenvolvimento adequado para a 
aprendizagem.
• Fazer adaptações em mobiliários com vistas ao melhor posicionamento dessa criança 
para se sentar, deitar, brincar e melhorar seu desenvolvimento motor e independência. 
• Estimular os bebês para que se desenvolvam dentro das fases do desenvolvimento normal 
para cada idade.
• Planejar, explorar e organizar o ambiente para que ele favoreça o reconhecimento e o 
desenvolvimento de suas habilidades.
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9.2 Área de Trabalho do Terapeuta Ocupacional Infantil
• Área sensorial
Desenvolvemos as sensibilidades específicas e os estímulos sensoriais a partir de 
experiências relacionadas aos sentidos (visão, audição, tato, olfato e paladar) e a partir de atividades 
atraentes com movimento e interação. Realizam-se atividades em circuitos psicomotores, parques 
infantis, móveis e recursos adaptados à estimulação sensorial.
• Área interativa
Estimulamos as habilidades humanas por meio de recursos interativos que ofereçam 
vivências agradáveis e que respeitem as capacidades de cada criança. Realizam-se atividades de 
contação de histórias, imitações com fantoches, apresentação de vídeos, uso de tecnologias e 
atividades de estimulação visual.
• Área cognitiva
Oferecemos atividades pedagógicas com diversos recursos adaptados e que mantenham 
o foco no trabalho educacional e no desenvolvimento cognitivo.
• Área física ou motora
• Área mental
10. QUAIS SÃO OS SINAIS DE ALERTA PARA IDENTIFICAR 
DIFICULDADES NO DESENVOLVIMENTO MOTOR? QUANDO SOLICITAR 
AJUDA DO PROFISSIONAL TERAPEUTA OCUPACIONAL?
Algumas crianças demonstram dificuldade em aprender novas habilidades. Outras 
demonstram dificuldade de interagir socialmente ou de realizar suas atividades de vida diária 
(higiene e autocuidado). 
Isso acontece quando os neurônios responsáveis por captar as informações do ambiente 
não estão exercendo corretamente o recebimento dos estímulos. Por exemplo:
• Visão: a luz atrapalha ou incomoda a criança. Pode ser que ela se interesse demasiadamente 
por luzes ou brinquedos que se movimentam.
• Audição: para algumas crianças, o som se torna insuportável e incomoda; outras gostam 
dele em exagero, saindo da normalidade.
• Olfato e paladar: a criança se torna seletiva para alguns alimentos ou come de tudo, não 
sabendo parar, comendo de forma exagerada.
• Tato: a criança sente incômodo em estar suja; etiquetas a incomodam; pisar descalça em 
grama e areia a incomoda; tem asco por várias texturas; busca cair, fica encostando nas 
coisas, bate em tudo e abraça demais.
https://fofuuu.com/blog/alimentacao-saudavel-para-criancas/
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• Vestibular: a criança não gosta de balançar nem gosta de brinquedos altos; não suporta 
colo ou brinquedos de parquinho. Pode ser que goste demais de altura, arriscando-se sem 
medo de nada.
• Propriocepção: a criança parece desastrada e desorganizada ao se movimentar. Pode ser 
que caia, pule e corra muito.
• Dificuldade na coordenação motora ampla.
• Dificuldade na coordenação motora fina.
• Lentidão para realizar qualquer atividade.
• Agitação motora demasiada.
• Dificuldade em atenção e concentração
As indicações seguintes servem para aprimorar a qualidade de interpretação e 
para que você realize um bom estudo sobre o desenvolvimento infantil. São textos 
de autores importantíssimos e célebres no quesito desenvolvimento infantil. 
As obras indicadas são:
- O Desenvolvimento Infantil de 0 a 6 e a Vida Pré-Escolar, disponível 
em http://www.ebooksbrasil.org/adobeebook/wagnerpsico.pdf .
- Vygotsky e o Desenvolvimento Infantil, disponível em 
http://pdf.blucher.com.br.s3-sa-east-1.amazonaws.com/openac-
cess/9788580391664/23.pdf.
- Avaliação do Desenvolvimento Motor de Crianças de 0 a 18 Meses, 
disponível em https://docs.google.com/viewerng/viewer?url=http://
livros01.livrosgratis.com.br/cp137805.pdf.
http://www.ebooksbrasil.org/adobeebook/wagnerpsico.pdf
http://pdf.blucher.com.br.s3-sa-east-1.amazonaws.com/openaccess/9788580391664/23.pdf
http://pdf.blucher.com.br.s3-sa-east-1.amazonaws.com/openaccess/9788580391664/23.pdf
https://docs.google.com/viewerng/viewer?url=http://livros01.livrosgratis.com.br/cp137805.pdf
https://docs.google.com/viewerng/viewer?url=http://livros01.livrosgratis.com.br/cp137805.pdf
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- Como é o Processo de Desenvolvimento da Criança nos Primeiros 2 
Anos de Idade?, disponível em http://omnipax.com.br/livros/2017/
DCFES/dcfes-cap1.pdf.
- Jean Piaget, disponível em http://livros01.livrosgratis.com.br/
me4676.pdf.
Os vídeos aqui indicados contribuirão
 ao aprendizado das fases do desenvolvimento infantil. Eles lhe ajudarão a enten-
der cada etapa do desenvolvimento para que, futuramente, você saiba identificar 
crianças com atraso ou não em seu desenvolvimento. Os links de acesso aos 
vídeos são:
- Desenvolvimento Motor DNPM: https://www.youtube.com/watch?v=k6ViNF6S-
m6ge https://youtu.be/aVluXOx-Vzw .
- Desenvolvimento Infantil: https://youtu.be/wP5p3CSqB5g e 
https://youtu.be/Va1fKkMxO4A.
http://omnipax.com.br/livros/2017/DCFES/dcfes-cap1.pdf
http://omnipax.com.br/livros/2017/DCFES/dcfes-cap1.pdf
http://livros01.livrosgratis.com.br/me4676.pdf
http://livros01.livrosgratis.com.br/me4676.pdf
https://www.youtube.com/watch?v=k6ViNF6Sm6g
https://www.youtube.com/watch?v=k6ViNF6Sm6g
https://youtu.be/aVluXOx-Vzw
https://youtu.be/wP5p3CSqB5g
https://youtu.be/Va1fKkMxO4A
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- Parte superior do formulárioDesenvolvimento Infantil Jean Piaget: 
https://youtu.be/EnRlAQDN2go e https://youtu.be/x--74EvyuBg .
- O Desenvolvimento Infantil e a Terapia Ocupacional: 
https://youtu.be/BZ9CM2y7qVM e https://youtu.be/mHQQXazfORs.
https://youtu.be/EnRlAQDN2go
https://youtu.be/x--74EvyuBg
https://youtu.be/BZ9CM2y7qVM
https://youtu.be/mHQQXazfORs
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
As experiências dos primeiros anos de vida da criança são muito importantes, são 
formadoras e fundamentais. Nas suas atividades simples, os bebês e as crianças pequenas estão a 
elaborar as bases do seu desenvolvimento.
Estudiosos demonstraram que, quanto mais prematuramente uma criança viver uma 
experiência, mais possibilidades existem de que os seus efeitos perdurem. Logo, as atividades 
propostas nos primeiros anos exercem mais efeito do que se fossem propostas depois.
Quando a criança foi mal desenvolvida cognitiva, perceptiva e motoramente, haverá 
atrasos que podem marcá-la durante sua infância e fases escolar e adulta.
Os primeiros anos de vida da criança são o período em que se deve fazer o melhor 
investimento para assegurar-lhes um futuro de sucesso. Daí a importância de se trazerem os 
marcos do desenvolvimento infantil para este estudo.
Quando uma criança apresenta atrasos ou dificuldades no desenvolvimento físico, 
cognitivo e emocional (ou seja, no desenvolvimento psicomotor), ela necessita da ajuda de um 
profissional, como o terapeuta ocupacional. Ele é o profissional mais indicado para trabalhar 
com exercícios e terapias que reabilitem crianças com atrasos, dificuldades ou, até mesmo, 
ausência motora (como apraxia motora). Os profissionais da área colaborarão para melhorar as 
dificuldades e promover maior autonomia.
Atualmente, o profissional psicomotricista também está apto a oferecer esse trabalho. 
Porém, o terapeuta ocupacional tem a psicomotricidade como uma matéria muito importante em 
sua formação acadêmica, sendo um profissional com amplo conhecimento na área infantil. Ele 
conhece o desenvolvimento infantil, sabe da importância do brincar como recurso terapêutico 
e tem vasto conhecimento na reabilitação neurológica, física e cognitiva. Ademais, ele utiliza a 
integração sensorial também para crianças que possuem déficits motores e sensoriais.
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SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ...............................................................................................................................................................39
1. AVALIAÇÃO PSICOMOTORA ...................................................................................................................................40
1.1 TONICIDADE ............................................................................................................................................................40
1.2 EQUILÍBRIO ............................................................................................................................................................40
1.3 LATERALIDADE ...................................................................................................................................................... 41 
1.4 NOÇÃO CORPORAL ................................................................................................................................................ 41 
1.5 ESTRUTURAÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL ............................................................................................................... 41
1.6 PRAXIA GLOBAL ....................................................................................................................................................42 
1.7 PRAXIA FINA ..........................................................................................................................................................42
1.8 OBJETIVOS GERAIS DA AVALIAÇÃO PSICOMOTORA .................................................................................................................42
AVALIAÇÕES INFANTIS
PROF.A SANDRA LEA RANGEL DE MESQUITA
ENSINO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA:
TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
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2. AVALIAÇÃO DE PORTAGE ...................................................................................................................................... 43
2.1 GUIA PORTAGE DE EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR – A ESCALA PORTAGE PARA AVALIAÇÃO E CÁLCULO DA IDA-
DE DE DESENVOLVIMENTO ...................................................................................................................................... 43
3. AVALIAÇÃO INFANTIL PARA RASTREAR O AUTISMO ........................................................................................ 69
3.1 O QUE É AUTISMO? .............................................................................................................................................. 69
3.2 PRINCIPAIS INSTRUMENTOS DIAGNÓSTICOS PARA AVALIAR CRIANÇAS COM AUTISMO (TEA) ........... 69
3.3 AVALIAÇÃO DE TRAÇOS AUTÍSTICOS (ATA) ..................................................................................................... 70
3.4 AVALIAÇÃO M-CHAT – ESCALA DE RASTREAMENTO DE AUTISMO .............................................................. 75
3.4.1 M-CHAT: QUESTIONÁRIO PARA DETECÇÃO DE RISCOS DO AUTISMO AOS 18 MESES ............................ 76
3.4.2 MCHAT: QUESTIONÁRIO MODIFICADO PARA DETECÇÃO DE RISCOS DO AUTISMO .............................. 77
3.5 ESCALA DE AVALIAÇÃO PARA AUTISMO INFANTIL (CHILDHOOD AUTISM RATING SCALE – CARS) ........ 79
3.5.1 ESCALA CARS ..................................................................................................................................................... 79
3.6 AVALIAÇÃO PEDI .................................................................................................................................................. 88
CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................................................................... 106
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INTRODUÇÃO
A avaliação é um processo executado com a finalidade de identificar e interpretar dados 
pertinentes e necessários para o planejamento da intervenção. 
Quando começaram a ser criadas, as avaliações foram arquitetadas em um paradigma 
mecanicista, orientado pelas composições corporais e suas funcionalidades. Exemplos disso são 
o desempenho motor, o processamento sensorial e a percepção visual. 
Atualmente, no paradigma da ocupação, o foco está no desempenho ocupacional das 
atividades referentes ao autocuidado, trabalho e lazer.
As avaliações com crianças possuem os mesmos objetivos gerais, diferenciando-se na 
coleta de dados e na forma como ela é feita. Essa coleta deve ser adequada à possibilidade de 
assimilação do paciente, elaborada a partir da etapa do desenvolvimento. Deve, ainda, estabelecer 
critérios quando for necessário adicionar as concepções do profissional avaliador e as descrições 
dos pais. 
O terapeuta ocupacional busca informações sobre o que a criança executa no seu dia a dia 
(o que gosta de fazer e com quemfaz), conhecendo suas possibilidades e dificuldades.
Hoje em dia, as avaliações infantis são insuficientes. As escalas validadas e padronizadas 
geralmente são de outros países, o que leva os terapeutas ocupacionais a utilizar avaliações que 
não foram validadas e padronizadas, mas que levam ao mesmo objetivo de avaliação.
Neste estudo, traremos alguns modelos traduzidos e adaptados de avaliação infantil 
padronizada.
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1. AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
Primeiramente, precisamos entender o que é psicomotricidade. 
A psicomotricidade baseia-se em uma concepção unificada da pessoa, que 
inclui as interações cognitivas, sensoriomotoras e psíquicas na compreensão das 
capacidades de ser e de expressar-se, a partir do movimento, em um contexto 
psicossocial. Ela se constitui por um conjunto de conhecimentos psicológicos, 
fisiológicos, antropológicos e relacionais que permitem, utilizando o corpo 
como mediador, abordar o ato motor humano com o intento de favorecer a 
integração deste sujeito consigo e com o mundo dos objetos e outros sujeitos 
(COSTA, 2002).
 Segundo Fonseca (1983), sete fatores são importantes para se realizar uma boa avaliação 
psicomotora, dentre eles: tonicidade, equilíbrio, lateralidade, noção corporal, estruturação 
espaço-temporal e praxias fina e global.
O instrumento de avaliação que será usado e ensinado aqui é a bateria psicomotora 
(doravante, BPM), elaborada por Fonseca, em 1995.
A BPM se compõe de sete fatores psicomotores: tonicidade, equilibração, lateralização, 
noção do corpo, estruturação espaço-temporal, praxia global e praxia fina, subdivididos em 26 
subfatores. Ela apresenta condições e oportunidades para estudar a psicomotricidade atípica, 
podendo, no seu todo ou em alguns fatores, ser utilizada para estudar a psicomotricidade em 
deficientes visuais, deficientes da comunicação, deficientes socioemocionais etc.
 
1.1 Tonicidade
   
 A tonicidade, que mostra o tônus muscular, tem papel fundamental no desenvolvimento 
motor. É ela que garante as atitudes, a postura, as mímicas, as emoções e de onde emergem todas 
as atividades motoras humanas. Se ela for reduzida, a criança com certeza terá dificuldade motora 
fina e dificuldade na sensibilidade.
1.2 Equilíbrio
    
O equilíbrio reúne um conjunto de aquisições estáticas (sem movimento) e dinâmicas (com 
movimento), abrangendo o controle postural e o desenvolvimento das aquisições de locomoção. 
O equilíbrio estático caracteriza-se pelo tipo de equilíbrio apresentado em determinada posição 
ou pela capacidade de manter certa postura sobre uma base. O equilíbrio dinâmico é aquele 
apresentado com o corpo em movimento, determinando as alterações da base de sustentação.
 
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1.3 Lateralidade
    
A lateralidade traduz-se pelo estabelecimento da dominância lateral da mão, olho e 
pé, do mesmo lado do corpo. A lateralidade corporal se refere ao espaço interior do indivíduo, 
capacitando-o a utilizar um lado do corpo com maior desenvoltura.
O que geralmente acontece é a confusão entre lateralidade e a noção de direita e esquerda, 
relacionada ao esquema corporal. A criança pode ter a lateralidade adquirida, mas não saber qual 
é seu lado direito e esquerdo (ou vice-versa). No entanto, todos os fatores estão intimamente 
ligados e, quando a lateralidade não está bem definida, é comum ocorrerem problemas na 
orientação espacial, dificuldade na discriminação e diferenciação entre os lados do corpo, além 
de incapacidade de seguir uma direção gráfica.
A lateralidade manual surge ao fim do primeiro ano de vida, mas só se estabelece 
fisicamente por volta dos 4 a 5 anos.
 
1.4 Noção Corporal
   
A formação do eu, isto é, da personalidade, compreende o desenvolvimento da noção ou 
esquema corporal por meio do qual a criança toma consciência de seu corpo e das possibilidades 
de se expressar por ele.
Ajuriaguerra (apud FONSECA, 1983) relata que a evolução da criança é sinônimo de 
conscientização e conhecimento cada vez mais profundo do seu corpo. É por meio do corpo que 
a criança elabora todas as experiências vitais e organiza toda a sua personalidade.
A noção do corpo em psicomotricidade não avalia a sua forma ou suas realizações 
motoras, mas procura outra linha da análise, que se centra mais no estudo da sua representação 
psicológica e linguística e nas suas relações inseparáveis com o potencial de alfabetização.
Esse fator resume dialeticamente a totalidade do potencial de aprendizagem, não só por 
envolver um processo perceptivo-sensorial complexo, mas também por integrar e reter as atitudes 
afetivas vividas e experimentadas.
 
1.5 Estruturação Espaço-Temporal
A estruturação espaço-temporal decorre como organização funcional da lateralidade e da 
noção corporal uma vez que é necessário desenvolver a conscientização espacial interna do corpo 
antes de projetar o referencial somatognósico no espaço exterior (FONSECA, 1983).
Esse fator emerge da motricidade, da relação com os objetivos localizados no espaço, da 
posição relativa que ocupa o corpo, enfim, das múltiplas relações integradas da tonicidade, do 
equilíbrio, da lateralidade e do esquema corporal.
A estruturação espacial leva a criança à tomada de consciência da situação de seu próprio 
corpo em um determinado ambiente, permitindo-lhe conscientizar-se do lugar e da orientação 
no espaço que pode ter em relação às pessoas e coisas.
 
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1.6 Praxia Global
 Praxia é, por definição, a capacidade de executar o movimento voluntário preestabelecido 
como forma de alcançar um objetivo. A praxia global está relacionada à realização e automação 
dos movimentos globais complicados, que se desdobram num determinado tempo e que exigem 
um agrupamento de atividades de vários grupos musculares.
 
1.7 Praxia Fina
A praxia fina compreende todas as funções motoras finas. Abrange a função de 
coordenação dos movimentos dos olhos durante a fixação da atenção, a manipulação de objetos 
que exige controle visual e as funções de programação, regulação e verificação das atividades 
apreensivas e manipulativas mais finas e complexas.
Crianças que têm transtornos na coordenação dinâmica manual geralmente têm 
problemas visomotores, apresentando inúmeras dificuldades de desenhar, recortar e escrever, ou 
seja, dificuldades em movimentos que demandam precisão na coordenação olho/mão.
1.8 Objetivos Gerais da Avaliação Psicomotora
• Induzir a capacidade de percepção por meio do conhecimento dos movimentos e da 
resposta corporal.
• Motivar as crianças à descoberta de suas expressões, além de impulsioná-las à ação 
criativa e emoção.
• Estabelecer consciência e respeito ao espaço de outras pessoas.
• Estimular a coordenação motora de acordo com o objetivo desejado da criança 
(coordenação motora fina e grossa).
• Reforçar a valorização da autoestima e da identidade própria.
• Desenvolver a capacidade sensorial em relação ao ambiente externo.
• Induzir a confiança em si mesma (na criança).
• Trabalhar a comunicação para a interação social.
• Algumas atividades que desenvolvem a psicomotricidade.
• Rolar, engatinhar, andar com um pé só, andar para os dois lados, pular, fazer cambalhota, 
brincadeiras com os dedos, dentre outras.
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2. AVALIAÇÃO DE PORTAGE
O Inventário Portage Operacionalizado (doravante, IPO) é um guia de descrição e 
levantamento de comportamentos, que abrange as áreas de socialização, linguagem, autocuidados, 
cognição e desenvolvimento motor de crianças de 0 a 6 anos. 
O IPO orienta o aplicador a uma descrição de comportamentos de crianças de 0 a 6 
anos deidade, com o objetivo de construir um parecer para posterior intervenção no ambiente 
natural da criança avaliada. Por meio de sua aplicação, pode-se visualizar o seu desempenho para 
elaborar uma intervenção e avaliar os progressos da criança ao longo e depois de um período de 
intervenção.
2.1 Guia Portage de Educação Pré-Escolar – A Escala Portage para Avaliação 
e Cálculo da Idade de Desenvolvimento
O Guia Portage de Educação Pré-escolar foi desenvolvido nos Estados Unidos, na cidade 
de Portage, Wisconsin, e seus autores originais foram Bluma, Shearer, Frohman e Hilliard, em 
1978. Ele consiste em uma listagem de 580 comportamentos de crianças de 0 a 6 anos para as áreas 
de desenvolvimento motor, linguagem, cognição, socialização, autocuidados e uma área específica 
para bebês de 0 a 4 meses, denominada de estimulação infantil (ou estimulação precoce). 
A escala Portage pode ser usada com crianças de desenvolvimento normal até a faixa de 
6 anos, podendo ser utilizada em berçários, creches e programas de pré-escola. Além disso, pode 
ser usada com crianças mais velhas quando há suspeita de atraso de desenvolvimento.
Chegamos ao nosso ponto: crianças com suspeita de atraso no desenvolvimento 
(independentemente da idade) são candidatas a serem avaliadas pelo inventário Portage. Se o(a) 
seu(sua) aluno(a) tem até 6 anos, tudo bem. Caso contrário, sem problemas: siga em frente com 
o Portage e descubra maneiras de estimular esse(a) aluno(a) a se desenvolver.
Veja alguns comportamentos esperados para crianças de até um ano de idade:
– Brinca sozinho(a) por 10 minutos. 
– Bate palmas, imitando um adulto. 
– Manipula brinquedo ou objeto. 
Algumas dicas importantes sobre o Portage são:
- Devem ser selecionados para o Portage aqueles objetivos que sejam prioritários para a 
criança, ou seja, os não alcançados.
- Os objetivos em cuja avaliação a criança obteve A.V. (às vezes) devem ser trabalhados 
para reforço até que sejam alcançados.
 - Os objetivos já alcançados deverão ser sempre reforçados.
- Selecionar dois objetivos de cada área, no mínimo, para desenvolver com a criança. À 
medida que cada objetivo for alcançado, ele deverá ser substituído por outro da mesma área, na 
mesma folha.
- O terapeuta não deve se restringir apenas aos objetivos do Portage. Deve haver 
dinamismo para trabalhar as dificuldades que forem surgindo.
- Sempre considere a individualidade de cada criança. Ninguém é igual a ninguém.
- Sempre considere utilizar o interesse da criança para tornar as atividades mais relevantes 
para ela. Seja criativo.
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MODELO DA AVALIAÇÃO PORTAGE
SETOR DE TERAPIA OCUPACIONAL
Nome:
D/N:
Data da Avaliação:
GUIA PORTAGE DE EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR
SOCIALIZAÇÃO 
N.º Verificar se Avaliação
0 a 1 Ano
01 Observa uma pessoa movimentando-se em seu campo visual. 
02 Sorri em resposta à atenção do adulto. 
03 Vocaliza em resposta à atenção. 
04 Olha para sua própria mão, sorrindo ou vocalizando.
05 Responde a seu círculo familiar, sorrindo, vocalizando ou parando de chorar. 
06 Sorri em resposta à expressão facial dos outros.
07 Sorri e vocaliza ao ver sua imagem no espelho.
08 Acaricia ou toca no rosto de adultos (puxa cabelo, nariz, óculos etc.). 
09 Estende a mão em direção a um objeto oferecido. 
10 Estende os braços em direção a pessoas familiares. 
11 Estende a mão e toca sua imagem refletida no espelho. 
12 Segura e examina por 1 minuto um objeto que lhe foi dado. 
13 Sacode ou aperta um objeto colocado em sua mão, produzindo sons involuntários.
14 Brinca sozinho por 10 minutos. 
15 Procura contato visual quando alguém lhe dá atenção por 2 a 3 minutos. 
16 Brinca sozinho sem reclamar por 15 a 20 minutos, próximo de um adulto. 
17 Vocaliza para obter atenção. 
18 Imita adulto em brincadeiras de esconde-esconde. 
19 Bate palmas, imitando um adulto. 
20 Acena a mão, imitando um adulto. 
21 Ergue os braços para expressar “grande”, imitando um adulto. 
22 Oferece algo, mas nem sempre entrega. 
23 Abraça, acaricia e beija familiares. 
24 Responde ao próprio nome, olhando ou estendendo o braço para ser pego. 
25 Aperta ou sacode um brinquedo para produzir sons, em imitação. 
26 Manipula brinquedo ou objeto. 
27 Estende um brinquedo ou objeto a um adulto e o entrega.
28 Imita movimentos de outras crianças ao brincar. 
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LINGUAGEM
N.º Verificar se Avaliação
0 a 1 Ano
01 Repete sons emitidos por outras pessoas.
02 Repete a mesma sílaba 2 a 3 vezes.
03 Responde a gestos com gestos.
04 Obedece a uma ordem simples, quando acompanhada de gestos indicativos.
05 Interrompe a atividade quando lhe dizem “Não” 75% das vezes.
06 Responde a perguntas simples com respostas não verbais.
07 Combina 2 sílabas diferentes quando tenta verbalizar.
08 Imita padrões de entonação da voz de outras pessoas.
09 Usa uma palavra funcionalmente para indicar objetos ou pessoas.
10 Vocaliza em resposta à fala de outras pessoas.
COGNIÇÃO
N.º Verificar se Avaliação
0 a 1 Ano
01 Remove um pano do rosto que obscureça sua visão. 
02 Procura com o olhar um objeto que foi tirado de seu campo visual. 
03 Remove um objeto de um recipiente, colocando a mão dentro do mesmo.
04  Coloca um objeto em um recipiente, imitando um adulto. 
05 Coloca um objeto em um recipiente quando recebe instruções. 
06 Balança um brinquedo que produz som, pendurado em um barbante.
07 Coloca três objetos em um recipiente e o esvazia. 
08 Transfere um objeto de uma mão à outra para apanhar outro objeto. 
09 Deixa cair e apanha um brinquedo. 
10 Descobre um objeto escondido sob um recipiente. 
11 Empurra 3 blocos como se fosse um comboio. 
12 Remove um círculo de uma prancha, por imitação. 
13 Coloca um pino redondo em uma prancha de pinos, quando solicitado. 
14 Executa gestos simples quando requisitado. 
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AUTO-CUIDADOS
N.º Verificar se Avaliação
0 a 1 Ano
01 Suga e deglute líquidos.  -
02 Toma mingau/sopinha. -
03 Estende as mãos em direção ao biberão, tentando pegá-lo. -
04 Come alimentos peneirados dados pelos pais.  -
05 Segura o biberão sem ajuda enquanto bebe.  -
06 Leva o biberão até a boca ou o recusa, empurrando-o. -
07 Come alimentos amassados dados pelos pais. -
08 Bebe em uma chávena, segurada pelos pais. -
09 Come alimentos semissólidos dados pelos pais. -
10 Alimenta-se sozinho, usando os dedos.  -
11 Segura a chávena com ambas as mãos e bebe. -
12 Leva a colher cheia de comida até a boca com ajuda.  -
13 Estica braços e pernas ao ser vestido.  -
 
DESENVOLVIMENTO MOTOR
N.º Verificar se Avaliação
0 a 1 Ano
01 Alcança um objeto colocado à sua frente (15 a 20 cm.).
02 Apanha um objeto colocado à sua frente (8 cm.). 
03 Estende os braços em direção a um objeto à sua frente e o apanha. 
04 Alcança um objeto preferido. 
05 Coloca objetos na boca.
06 Eleva a cabeça e o tronco, apoiando-se nos braços, ao estar deitado de barriga para baixo.
07 Levanta a cabeça e o tronco, apoiando-se em um só braço. 
08 Toca e explora objetos com a boca. 
09 Em DV, vira de lado e mantém esta posição ½ das vezes.
10 Em DV, vira de costas.
11 Em DV, move-se para frente o equivalente à sua altura. 
12 Em DD, rola para o lado. 
13 Em DD, vira de barriga para baixo.
14 Faz esforço para sentar-se, segurando nos dedos do adulto.
15 Vira a cabeça com facilidade quando o corpo está apoiado. 
16 Mantém-se sentado por 2 minutos. 
17 Solta um objeto para apanhar outro. 
18 Apanha e deixa cair um objeto propositalmente. 
19 Fica em pé com o máximo de apoio. 
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20 Estando em pé com apoio, pula para cima e para baixo.
21 Engatinha para apanhar um objeto (distante, àsua altura). 
22 Senta-se, apoiando-se sozinho. 
23 Estando sentado, vira de gatinhas. 
24 Estando em DV, consegue sentar-se. 
25 Senta-se sem o apoio das mãos. 
26 Atira objetos ao acaso. 
27 Balança para frente e para trás quando de gatinhas.
28 Transfere objetos de uma mão para outra quando sentado.
29 Retém, em uma das mãos, 2 cubos de 2,5 cm. 
30 Fica de joelhos.
31 Fica em pé, apoiando-se em algo. 
32 Usa preensão de pinça para pegar objetos. 
33 Engatinha. 
34 Estando de gatinhas, estende uma das mãos para o alto. 
35 Fica em pé com o mínimo de apoio. 
36 Lambe a comida ao redor da boca. 
37 Mantém-se em pé sozinho por um minuto. 
38 Derruba um objeto que está dentro de um recipiente. 
39 Vira várias páginas de um livro ao mesmo tempo. 
40 Escava com uma colher ou pá. 
41 Coloca pequenos objetos dentro do recipiente. 
42 Estando em pé, abaixa-se e senta. 
43 Bate palmas. 
44 Anda com um mínimo de apoio. 
45 Dá alguns passos sem apoio. 
Conclusão: ___________________________________________________________________
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SETOR DE TERAPIA OCUPACIONAL
Nome:
D/N:
Data da Avaliação:
  
GUIA PORTAGE DE EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR
 SOCIALIZAÇÃO 
N.º Verificar se Avaliação
1 a 2 Anos
29 Imita um adulto em uma tarefa simples. 
30 Brinca ao lado de outras crianças, realizando uma tarefa diferente. 
31 Toma parte em uma brincadeira com outra criança por 2 a 5 minutos. 
32 Aceita a ausência dos pais, embora possa reclamar. 
33 Explora ativamente seu meio ambiente. 
34 Realiza atividade manipulativa com outra pessoa. 
35 Abraça e carrega uma boneca ou brinquedo macio. 
36 Repete ações que produzem risos e atenção. 
37 Dá um livro para que um adulto o leia ou para que ambos o compartilhem.
38 Puxa uma pessoa a mostrar-lhe algo.
39 Retira a mão ou diz “não” quando está próximo de um objeto não permitido e alguém o lembra disso. 
40 Quando colocado em sua cadeira ou trocador, espera ser atendido. 
41 Brinca com 2 ou 3 crianças da sua idade. 
42 Compartilha um objeto ou alimento com outra criança. 
43  Cumprimenta colegas ou adultos quando lembrado. 
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LINGUAGEM
N.º Verificar se Avaliação
1 a 2 Anos
11 Diz 5 palavras diferentes.
12 Pede “mais”.
13 Diz “acabou”.
14 Obedece a 3 ordens diferentes, que não são acompanhadas de gestos indicativos.
15 Consegue “dar” ou “mostrar” quando solicitado.
16 Aponta para 12 objetos quando nomeados.
17 Aponta para 3 a 5 figuras em um livro.
18 Aponta para 3 partes de seu próprio corpo.
19 Diz seu nome ou apelido quando solicitado.
20 Responde à pergunta “O que é isto?”
21 Combina palavras e gestos para expressar desejos.
22 Nomeia 5 membros da família, incluindo animais.
23 Nomeia 4 brinquedos.
24 Produz sons de animais ou os nomeia pelo som.
25 Pede alimentos conhecidos pelo nome, quando mostrados.
26 Faz perguntas, variando a entonação da voz.
27 Nomeia 3 partes do corpo em uma boneca ou outra pessoa.
28 Respondes a perguntas de sim / não.
COGNIÇÃO
N.º Verificar se Avaliação
1 a 2 Anos
15 Retira 6 objetos de um recipiente, um por vez.
16 Aponta para uma parte do corpo. 
17 Empilha 3 blocos, dada a ordem. 
18 Emparelha objetos semelhantes.
19 Faz rabiscos no papel.
20 Aponta para si quando perguntam “Cadê o Fulano?” 
21 Coloca 5 pinos redondos, dada a ordem.
22 Emparelha objetos com a figura do mesmo nome.
23 Aponta para a figura nomeada. 
24 Vira as páginas de um livro (2/3 por vez) para encontrar a figura nomeada.
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
AUTO-CUIDADOS
N.º Verificar se Avaliação
1 a 02 Anos
14 Come com colher de modo independente.
15 Segura a chávena com uma só mão e bebe. 
16 Coloca a mão na água e dá tapinhas no rosto com as mãos molhadas, imitando alguém.
17 Senta-se em um peniquinho ou sanitário infantil por 5 minutos.
18 Coloca um chapéu na cabeça e o remove.
19 Tira as meias.
20 Empurra os braços pelas mangas e os pés pelas pernas da calça. 
21 Tira os sapatos quando os cadarços estiverem desamarrados.
22 Tira o casaco quando desabotoado. 
23 Tira a calça quando desabotoada. 
24 Puxa um fecho grande para cima e para baixo.
25 Utiliza palavras ou gestos, indicando necessidade de ir à casa de banho.
26 Alimenta-se sozinho, usando colher ou chávena, derrubando um pouco de comida ou derramando pouco líquido. 
27 Quando recebe uma toalha, enxuga as mãos e o rosto com ajuda. 
28 Suga líquido do copo ou chávena, usando palhinha. 
29 Dá garfadas.
30 Mastiga e engole apenas substâncias comestíveis. 
31 Enxuga as mãos sem ajuda ao lhe darem uma toalha.
32 Avisa que quer ir à casa de banho, mesmo sendo tarde demais.
33 Controla sua baba. 
34 Urina ou defeca quando colocado no peniquinho, pelo menos, 3 vezes por semana. 
35 Calça os sapatos. 
36 Escova os dentes, imitando um adulto. 
37 Retira roupas simples que foram desabotoadas. 
38 Usa a casa de banho para defecar (falha apenas 1x por semana). 
39 Obtém água de uma torneira sem ajuda.
40 Lava as mãos e o rosto com um sabonete. 
41 Avisa que quer ir à casa de banho durante o dia a tempo. 
42 Pendura o casaco em um gancho da sua altura.
43 Permanece seco ao dormir durante o dia. 
44 Evita riscos, por exemplo, pontas de móveis e escadas sem corrimão.
45 Usa guardanapo quando recomendado.
46 Espeta o garfo na comida, levando-a à boca. 
47 Despeja líquido de uma pequena jarra para o copo, sem ajuda. 
48 Desprende roupas presas com o feixe de pressão. 
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
49 Lava seus braços e pernas ao lhe darem banho. 
50 Coloca meias. 
51 Veste casaco, malha ou camisa. 
52 Identifica a parte dianteira da roupa. 
DESENVOLVIMENTO MOTOR
N.º Verificar se Avaliação
1 a 2 Anos
46 Sobe escadas, engatinhando. 
47 Coloca-se em pé, estando sentado. 
48 Rola uma bola, imitando um adulto. 
49 Sobe em uma cadeira de adulto, vira-se e senta.
50 Coloca 4 aros em uma pequena estaca. 
51 Retira pinos de 2,5 cm de uma prancha ou tabuleiro.
52 Encaixa pinos de 2,5 cm em uma prancha de encaixe. 
53 Constrói uma torre de 3 blocos.
54 Faz traços no papel com lápis ou lápis de cera. 
55 Anda sozinho. 
56 Desce escadas sentado, colocando primeiro os pés.
57 Senta-se em uma cadeirinha. 
58 Agacha-se e volta a ficar em pé. 
59 Empurra e puxa brinquedos ao andar. 
60 Usa cadeira ou cavalo de balanço. 
61 Sobe escadas com ajuda.
62 Dobra o corpo sem cair para apanhar objetos no chão. 
63 Imita um movimento circular. 
Observações:
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