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Constituição brasileira de 1988 – Wikipédia a enciclopédia livre

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Constituições brasileiras
Constituição de 1824
Constituição de 1891
Constituição de 1934
Constituição de 1937
Constituição de 1946
Constituição de 1967
Constituição de 1988
Capa da Constituição brasileira de
1988
República Federativa do Brasil
Constituição brasileira de 1988
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, promulgada
em 5 de outubro de 1988, é a lei fundamental e suprema do Brasil, servindo
de parâmetro de validade a todas as demais espécies normativas, situando-se
no topo do ordenamento jurídico. Pode ser considerada a sétima ou a
oitava constituição do Brasil (dependendo de se considerar ou não a Emenda
Constitucional nº 1 como um texto constitucional ) e a sexta ou sétima
constituição Brasileira em um século de república.
Foi a constituição brasileira que mais sofreu emendas: 67 emendas mais 6
emendas de revisão.
Índice
1 História
2 Estrutura
2.1 Título I — Princípios Fundamentais
2.2 Título II — Direitos e Garantias Fundamentais
2.3 Título III — Organização do Estado
2.4 Título IV — Organização dos Poderes
2.5 Título V — Defesa do Estado e das Instituições
2.6 Título VI — Tributação e Orçamento
2.7 Título VII — Ordem Econômica e Financeira
2.8 Título VIII — Ordem Social
2.9 Título IX — Disposições Gerais
3 Características
4 Pontos em Destaque
4.1 Emendas Constitucionais
4.2 Remédios Constitucionais
4.3 Política Urbana e Transferências de Recursos
5 Bastidores
6 Referências
7 Ver também
8 Ligações externas
História
Desde 1964 o Brasil estava sob uma ditadura militar, e desde 1967
(particularmente subjugado às alterações decorrentes dos Atos
Institucionais) sob uma Constituição imposta pelo governo.
O regime de exceção, em que as garantias individuais e sociais
[1]
[2]
[1]
Este artigo é parte da série:
Política e governo do
Brasil
Portal do Brasil
Sessão parlamentar que estabeleceu a
Constituição de 1988.
eram restritas, ou mesmo
ignoradas, e cuja
finalidade era garantir os
interesses da ditadura,
internalizados em
conceitos como
segurança nacional,
restrição das garantias
fundamentais etc, fez
crescer, durante o
processo de abertura
política, o anseio por
dotar o Brasil de uma nova Constituição, defensora dos valores
democráticos. Anseio que se tornou necessidade após o fim da
ditadura militar e a redemocratização do Brasil, a partir de 1985.
Independentemente das controvérsias de cunho político, a
Constituição Federal de 1988 assegurou diversas garantias
constitucionais, com o objetivo de dar maior efetividade aos
direitos fundamentais, permitindo a participação do Poder
Judiciário sempre que houver lesão ou ameaça de lesão a direitos.
Para demonstrar a mudança que estava havendo no sistema
governamental brasileiro, que saíra de um regime autoritário
recentemente, a constituição de 1988 qualificou como crimes
inafiançáveis a tortura e as ações armadas contra o estado
democrático e a ordem constitucional, criando assim dispositivos
constitucionais para bloquear golpes de qualquer natureza. Com a nova constituição, o direito maior de um
cidadão que vive em uma democracia foi conquistado: foi determinada a eleição direta para os cargos de
Presidente da República, Governador do Estado e do Distrito Federal, Prefeito, Deputado Federal, Estadual e
Distrital, Senador e Vereador. A nova Constituição também previu maior responsabilidade fiscal. Pela
primeira vez, uma Constituição brasileira define a função social da propriedade privada urbana, prevendo a
existência de instrumentos urbanísticos que, interferindo no direito de propriedade (que a partir de agora não
mais seria considerado inviolável), teriam por objetivo romper com a lógica da especulação imobiliária. A
definição e regulamentação de tais instrumentos, porém, deu-se apenas com a promulgação do Estatuto da
Cidade em 2001.
Estrutura
A Constituição de 1988 está dividida em nove títulos. As temáticas de cada título são:
Título I — Princípios Fundamentais
Do artigo 0 ao 4º temos os fundamentos sob os quais constitui-se a República Federativa do Brasil.
Título II — Direitos e Garantias Fundamentais
Os artigos 5º ao 17 elencam uma série de direitos e garantias, reunidas em cinco grupos básicos:
a) individuais;
b) coletivos;
Executivo [Expandir]
Legislativo [Expandir]
Judiciário [Expandir]
Federação [Expandir]
Outras instituições [Expandir]
Ordem política [Expandir]
[1]
[1]
[3]
[1]
[4]
Ulysses Guimarães segurando uma
cópia da Constituição de 1988.
c) sociais;
d) de nacionalidade;
e) políticos.
As garantias ali inseridas (muitas delas inexistentes em Constituições anteriores) representaram um marco na
história brasileira.
Título III — Organização do Estado
Os artigos 18 a 43 tratam da organização político-administrativa (ou seja, das atribuições de cada ente da
federação (União, Estados, Distrito Federal e Municípios); além disso, tratam das situações excepcionais de
intervenção nos entes federativos, versam sobre administração pública e servidores públicos militares e civis, e
também das regiões do país e sua integração geográfica, econômica e social.
Título IV — Organização dos Poderes
Os artigos 44 a 135 definem a organização e atribuições de cada poder (Poder Executivo, Poder Legislativo e
Poder Judiciário), bem como de seus agentes envolvidos. Também definem os processos legislativos, inclusive
os que emendam a Constituição.
Título V — Defesa do Estado e das Instituições
Os artigos 136 a 144 tratam do Estado de Defesa, Estado de Sítio, das Forças Armadas e da Segurança
Pública.
Título VI — Tributação e Orçamento
Os artigos 145 a 169 definem as limitações ao poder de tributar do
Estado, organiza o sistema tributário e detalha os tipos de tributos e a
quem cabe cobrá-los. Trata ainda da repartição das receitas e de
normas para a elaboração do orçamento público.
Título VII — Ordem Econômica e Financeira
Os artigos 170 a 192 regulam a atividade econômica e financeira,
bem como as normas de política urbana, agrícola, fundiária e reforma
agrária, versando ainda sobre o sistema financeiro nacional.
Título VIII — Ordem Social
Os artigos 193 a 232 tratam de temas caros para o bom convívio e desenvolvimento social do cidadão, a
saber: Seguridade Social; Educação, Cultura e Desporto; Ciência e Tecnologia; Comunicação Social; Meio
Ambiente; Família (incluindo nesta acepção crianças, adolescentes e idosos); e populações indígenas.
Título IX — Disposições Gerais
Os artigos que vão do 234 (o artigo 233 foi revogado) ao 250. São disposições esparsas versando sobre
temáticas variadas e que não foram inseridas em outros títulos em geral por tratarem de assuntos muito
específicos.
Características
Formal — possui dispositivos que não são normas essencialmente constitucionais.
Escrita — apresenta-se em um documento sistematizado.
Promulgada — elaborada por um poder constituído democraticamente.
Rígida — não é facilmente alterada. Exige um processo legislativo mais elaborado, consensual e solene
para a elaboração de emendas constitucionais do que o processo comum exigido para todas as demais
espécies normativas legais.
Analítica — descreve em pormenores todas as normas estatais e direitos e garantias por ela
estabelecidas.
Dogmática — constituída por uma assembleia nacional constituinte.
Pontos em Destaque
Emendas Constitucionais
O artigo 60 da constituição estabelece as regras que regem o processo de criação e aprovação de emendas
constitucionais. Uma emenda pode ser proposta pelo Congresso Nacional (um terço da Câmara dos
Deputados ou do Senado Federal), pelo Presidente da República ou por mais da metade das Assembleias
Legislativas dos governos estaduais. Uma emenda é aprovada somente se três quintos da Câmara dos
Deputados e do Senado Federal aprovarem a proposta, em dois turnos de votação.
As emendas constitucionais devem ser elaboradas respeitando certas limitações. Há limitações materiais
(conhecidas como cláusulas pétreas, art. 60, §4º), limitações circunstanciais (art.60, §1º), limitaçõesformais ou
procedimentais (art. 60, I, II, III, §3º), e ainda há uma forma definida de deliberação (art. 60, §2º) e
promulgação (art. 60, §3º).
Implicitamente, considera-se que o art. 60 da Constituição é inalterável pois alterações neste artigo permitiriam
uma revisão completa da Constituição. Nos casos não abordados pelo art. 60 é possível propor emendas. Os
órgãos competentes para submeter emendas são: a Câmara dos Deputados, o Senado Federal, o Presidente da
República e de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se,
cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.
Os direitos fundamentais, previstos nos incisos do art. 5º, também não comportam Emendas que lhes diminuam
o conteúdo ou âmbito de aplicação.
A emenda constitucional de revisão, conforme o art 3º da ADCT (Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias), além de possuir implicitamente as mesmas limitações materiais e circunstanciais, e os mesmos
sujeitos legitimados que o procedimento comum de emenda constitucional, também possuía limitação temporal -
apenas uma revisão constitucional foi prevista, 5 anos após a promulgação, sendo realizada em 1993. No
entanto, ao contrário das emendas comuns, ela tinha um procedimento de deliberação parlamentar mais simples
para reformar o texto constitucional pela maioria absoluta dos parlamentares, em sessão unicameral e
promulgação dada pela Mesa do Congresso Nacional.
A Constituição brasileira já sofreu 70 reformas em seu texto original, sendo 70 emendas constitucionais tendo a
última sido promulgada no dia 29 de março de 2012, e 6 emendas de revisão constitucional. A única Revisão
Constitucional geral prevista pela Lei Fundamental brasileira aconteceu em 5 de outubro de 1993, Não
podendo mais sofrer emendas de revisão.
Remédios Constitucionais
[5]
A Constituição de 1988 incluiu dentre outros direitos, ações e garantias, os denominados "Remédios
Constitucionais". Por Remédios Constitucionais entendem-se as garantias constitucionais, ou seja,
instrumentos jurídicos para tornar efetivo o exercício dos direitos constitucionais.
Os Remédios Constitucionais previstos no art. 5º da CF/88 são:
Habeas Data - sua finalidade é garantir ao particular o acesso às informações que dizem ao seu respeito
constantes do registro de banco de dados de entidades governamentais ou de caráter público ou
correção destes dados, quando o particular não preferir fazer por processo sigiloso, administrativo ou
judicial (art. 5º, LXXII, da CF).
Ação Popular - objetiva anular ato lesivo ao patrimônio público e punir seus responsáveis art. 5º,
LXXIII, da CF e Lei n.º 4.171/65).
Ação Civil pública - objetiva reparar ato lesivo aos interesses descritos no artigo 1º todos os incisos, da
Lei nº 7.347. possui previsão constitucional no art. 129, III, da CF dem 88).
Habeas Corpus - instrumento tradicionalíssimo de garantia de direito, assegura a reparação ou
prevenção do direito de ir e vir, constrangido por ilegalidade ou por abuso de poder (art. 5º, LXVIII, da
CF).
Mandado de Segurança - usado de modo individual (art. 5º, LXIX, da CF). Tem por fim proteger
direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data.
Mandado de Segurança Coletivo - usado de modo coletivo (art. 5º, LXX, da CF). Tem por finalidade
proteger o direito de partidos políticos, organismos sindicais, entidades de classe e associação legalmente
constituídas em defesa dos interesses de seus membros ou associados.
Mandado de Injunção - usado para viabilizar o exercício de um direito constitucionalmente previsto e
que depende de regulamentação (art. 5º, LXXI, da CF).
Política Urbana e Transferências de Recursos
Entre outros elementos inovadores, esta Constituição destaca-se das demais na medida em que pela primeira
vez estabelece um capítulo sobre política urbana, expresso nos artigos 182 e 183. Até então, nenhuma outra
Constituição definia o município como ente federativo: a partir desta, o município passava efetivamente a
constituir uma das esferas de poder e a ela era dada uma autonomia e atribuições inéditas até então.
Com isso, a Constituição de 1988 favoreceu os Estados e Municípios, transferindo-lhes a maior parte dos
recursos, porém sem a correspondente transferência de encargos e responsabilidades. O Governo Federal
continuou com os mesmos custos e com fonte de receita bastante diminuídas. Metade do imposto de renda (IR)
e do imposto sobre produtos industrializados (IPI) — os principais da União — foi automaticamente distribuída
aos estados e municípios. Além disso, cinco outros tributos foram transferidos para a base de cálculo do
Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Ao mesmo tempo, os constituintes ampliaram
as funções do Governo Federal.
Assim, a Carta de 88 promoveu desequilíbrios graves no campo fiscal, que têm repercutido nos recursos para
programas sociais ao induzir a União a buscar receitas não partilháveis com os Estados e Municípios,
contribuindo para o agravamento da ineficiência e da não equidade do sistema tributário e do predomínio de
impostos indiretos e contribuições. Consequentemente houve uma crescente carga sobre tributos tais como o
imposto sobre operações financeiras (IOF), contribuição de fim social (FINSOCIAL), contribuição social
sobre o lucro líquido (CSLL), entre outros.
Bastidores
Referências
[6]
[7]
a b c d e
1. ↑ Thais Pacievitch (18 de agosto de 2008). Constituição de 1988
(http://www.infoescola.com/direito/constituicao-de-1988/) (em português). InfoEscola. Página visitada em 05
de setembro de 2012.
2. ↑ Contexto histórico e político da Constituição de 1988 (http://educacao.uol.com.br/historia-
brasil/constituicao-1988.jhtm) .
3. ↑ Rolnik, 2002
4. ↑ SILVA, José Afonso — "Curso de direito constitucional positivo" 18ª Edição, Malheiros, 1995, p. 181.
5. ↑ CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 - Subseção II - Da Emenda à
Constituição - Art. 60 (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%E7ao.htm#art60)
6. ↑ Remédios Constitucionais (http://www.direitonet.com.br/textos/x/48/11/481/) (01/11/2003).
7. ↑ Remédios Constitucionais (http://civilex.vilabol.uol.com.br/pagina64.htm) .
Ver também
Assembleia Nacional Constituinte (1987-1988)
Constituição
História do Brasil
Constituição estadual
Lei orgânica
Ligações externas
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988
(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm) (planalto.gov.br)
Obtida de "http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Constituição_brasileira_de_1988&oldid=33020696"
Categoria: Constituição brasileira de 1988
Esta página foi modificada pela última vez à(s) 22h26min de 21 de novembro de 2012.
Este texto é disponibilizado nos termos da licença Atribuição-Partilha nos Mesmos Termos 3.0 não
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a b c d e

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