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Tutoria sobre as Glândulas Adrenais - Endócrino.

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V Tutoria – Módulo de Endocrinologia 
Referência: 
GUYTON, A. C. e Hall J. E. Tratado de Fisiologia Médica. 13ª Ed., 2017 
1STANDRING, S. Gray's anatomia: a base anatômica da prática clínica. 40ª Ed., 2010. 
SILVERTHORN, D. U. Fisiologia Humana: Uma Abordagem Integrada, 7ª Ed., 2017 
TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Princípios de Anatomia e Fisiologia. 14ª Ed., 2016 
 
Wathyson Alex de Mendonça Santos 
 
Caso sobre a prednisolona e o diabetes 
“É importante lembrar que a prednisona é um pró-fármaco, ou seja, que precisa ser 
metabolizado pelo fígado para produzir a prednisolona, que é o fármaco ativo. O uso da 
prednisolona é vantajoso por não necessitar da biotransformação hepática, sendo o mais 
indicado para os pacientes que apresentam alguma disfunção hepática”, explica a 
farmacêutica industrial Geisa Siqueira Sartori Lucho, especialista em Tecnologia 
Industrial Farmacêutica e Legislação e Vigilância Sanitária pela Universidade Federal do 
Rio de Janeiro (UFRJ), al2ém de conteudista do Whitebook. 
“Este é o primeiro estudo a examinar os efeitos metabólicos a curto prazo de doses 
comumente prescritas de glicocorticoides em homens saudáveis. Isso indica que, mesmo 
com doses mais baixas, o metabolismo da glicose é prejudicado, sugerindo um risco 
aumentado de diabetes com o tratamento continuado.”, disse Riccardo Pofi. 
 
Objetivos de estudo: 
• Estudar as glândulas adrenais (fisiologia, histologia e anatomia) 
• Entender o eixo hipotálamo-hipófise do ACTH 
• Estudar os hormônios adrenocorticais 
 
ANATOMIA DA SUPRARRENAL 
As glândulas suprarrenais encontram-se imediatamente superiores e ligeiramente 
anteriores ao polo superior de cada rim. Tonalidade amarelo-dourada, cada glândula 
possui duas áreas distintas sob os pontos de vista funcional e estrutural: córtex e medula. 
As glândulas estão localizadas no interior da fáscia renal, envolvidas por tecido 
conjuntivo e gordura perirrenal, separadas dos rins por uma pequena quantidade de tecido 
fibroso. 
Cada glândula suprarrenal pesa aproximadamente 5 g (medula = 1/10 do peso) 
Sob o ponto de vista 
macroscópico, as glândulas são 
ligeiramente diferentes na 
aparência externa. 
A glândula direita tem formato 
piramidal e apresenta dois ramos 
inferiores bem desenvolvidas, 
dando um aspecto similar a uma 
flecha de ponta larga em corte 
transversal. A maior parte da 
suprarrenal direita dispõe-se 
sobre o ápice do rim direito e 
usualmente se encontra 
ligeiramente mais alta que a 
glândula esquerda, a qual se 
dispõe sobre a face anteromedial 
do polo superior do rim esquerdo 
A glândula esquerda tem um 
formato mais semilunar e é 
achatada no plano 
anteroposterior. A glândula 
esquerda é marginalmente mais 
larga que a direita. 
Pequenas glândulas suprarrenais 
acessórias, compostas 
principalmente de tecido cortical, 
podem ocorrer no tecido 
conjuntivo frouxo próximo às glândulas suprarrenais principais 
 
A medula adrenal e o córtex adrenal. 
A medula, que consiste nos 20% centrais da glândula, é funcionalmente relacionada ao 
sistema nervoso simpático; ela secreta os hormônios epinefrina e norepinefrina, em 
resposta ao estímulo simpático 
O córtex adrenal secreta um grupo inteiramente diferente de hormônios, chamados 
corticosteroides. Esses hormônios são sintetizados a partir do colesterol esteroide e 
apresentam fórmulas químicas semelhantes. Entretanto, pequenas diferenças em suas 
estruturas moleculares lhes conferem funções diferentes. 
 
CORTICOSTEROIDES: mineralocorticoides, glicocorticoides e androgênios 
Os dois principais tipos de hormônios adrenocorticais, os mineralocorticoides e os 
glicocorticoides, são secretados pelo córtex adrenal. Além desses hormônios, são 
secretadas pequenas quantidades de hormônios sexuais, em especial hormônios 
androgênicos. 
Mineralocorticoides: afetam, especificamente, os eletrólitos (os “minerais”) dos líquidos 
extracelulares, sobretudo sódio e potássio. (Aldosterona = principal) 
Glicocorticoides: seus importantes efeitos que aumentam a concentração sanguínea de 
glicose. Apresentam efeitos adicionais nos metabolismos proteico e lipídico que são tão 
importantes para a função corporal quanto seus efeitos no metabolismo dos carboidratos. 
(Cortisol = principal) 
 
SÍNTESE E SECREÇÃO DOS HORMÔNIOS ADRENOCORTICAIS 
O córtex adrenal é composto por três camadas: 
1. A zona glomerulosa: fina camada de células, localizada logo abaixo da cápsula, 
constitui cerca de 15% do córtex. Essas células são as únicas, na glândula adrenal, 
capazes de secretar quantidade significativa de aldosterona porque contêm a enzima 
aldosterona sintase, necessária para sua síntese. A secreção dessas células é 
controlada, principalmente, pelas concentrações no LEC de angiotensina II e de 
potássio, os quais estimulam a secreção de aldosterona. 
 
2. A zona fasciculada, a camada do meio e a mais ampla, constitui cerca de 75% do 
córtex e secreta os glicocorticoides cortisol e corticosterona, bem como pequenas 
quantidades de androgênios e estrogênios. A secreção dessas células é controlada, em 
grande parte, pelo eixo hipotalâmico-hipofisário por meio do hormônio 
adrenocorticotrópico (ACTH). 
 
3. A zona reticular, a camada mais profunda do córtex, secreta os androgênios adrenais 
desidroepiandrosterona (DHEA) e androstenediona, bem como pequenas quantidades 
de estrogênios e alguns glicocorticoides. O ACTH regula a secreção dessas células, 
embora outros fatores, como o hormônio estimulante do androgênio cortical, liberado 
pela hipófise, também possam estar envolvidos. Os mecanismos de controle da 
produção adrenal de androgênios, entretanto, não são tão bem compreendidos. 
Fatores como AG2 aumentam especificamente a liberação de aldosterona e causam 
hipertrofia da zona glomerulosa 
Fatores como o ACTH, aumentam a secreção de cortisol e androgênios adrenais e 
provocam hipertrofia da zona fasciculada e zona reticular 
Ambos não possuem influência em outras zonas além da sua. 
 
Os Hormônios Adrenocorticais São Esteroides Derivados do Colesterol: 
Em torno de 80% do colesterol usado para a síntese dos esteroides é fornecido por 
lipoproteínas de baixa densidade (LDL) no plasma circulante. As LDLs, com alta 
concentração de colesterol, difundem-se do plasma para o líquido intersticial e ligam-se 
a receptores específicos, contidos em estruturas chamadas depressões revestidas na 
membrana das células adrenocorticais. As depressões revestidas são endocitadas, 
formando vesículas, que irão se fundir com lisossomos celulares e liberam o colesterol 
que pode ser usado para sintetizar os hormônios esteroides adrenais. 
O ACTH aumenta o número de receptores de LDL nas células adrenocorticais, bem como 
a atividade das enzimas que liberam o colesterol da LDL. 
 
Uma vez que o colesterol entra na célula, é transportado para as mitocôndrias, onde é 
clivado pela enzima colesterol desmolase, formando pregnenolona; essa é a etapa 
limitante na formação de esteroides adrenais. Nas três zonas do córtex adrenal, esse 
estágio inicial da síntese de esteroide é estimulado pelos diferentes fatores que controlam 
a secreção dos principais produtos hormonais, aldosterona e cortisol. 
Alguns dos mais importantes hormônios corticosteroides, incluindo os sintéticos, são os 
seguintes: 
Mineralocorticoides 
• Aldosterona (muito potente; responsável por cerca de 90% do total da atividade 
mineralocorticoide). 
• Desoxicorticosterona (1/30 da potência da aldosterona, e secretada em 
quantidades muito pequenas). 
• Corticosterona (fraca atividade mineralocorticoide). 
• 9a-fluorocortisol (sintético; ligeiramente mais potente que a aldosterona). 
• Cortisol (atividade mineralocorticoide muito fraca, mas secretado em grande 
quantidade). 
• Cortisona (sintética, fraca atividade mineralocorticoide). 
 
Glicocorticoides 
• Cortisol (muito potente; responsável por aproximadamente 95% do total da 
•atividade glicocorticoide). 
• Corticosterona (responsável por volta de 4% do total da atividade 
glicocorticoide, mas menos potente que o cortisol). 
• Cortisona (sintética, quase tão potente quanto o cortisol). 
• Prednisona (sintética, quatro vezes mais potente que o cortisol). 
• Metilprednisona (sintética, cinco vezes mais potente que o cortisol). 
• Dexametasona (sintética, 30 vezes mais potente que o cortisol). 
 
Os Hormônios Adrenocorticais Ligam-se a Proteínas Plasmáticas.: 90% a 95% do 
cortisol plasmático liga-se a proteínas plasmáticas, especialmente uma globulina 
chamada globulina ligadora de cortisol ou transcortina, e, em menor quantidade, à 
albumina. Esse processo reduz a velocidade de eliminação do cortisol do plasma; 
portanto, o cortisol apresenta uma meia-vida relativamente longa, de 60 a 90 minutos. 
 
Cerca de 60% da aldosterona circulante combina-se às proteínas plasmáticas, de modo 
que apenas cerca de 40% estão em forma livre; por isso, a aldosterona tem meia-vida 
relativamente curta em torno de 20 minutos. 
 
A ligação dos esteroides adrenais às proteínas plasmáticas pode servir como 
reservatório para diminuir as rápidas flutuações nas concentrações de hormônios 
livres e para garantir uma uniforme distribuição desses nos tecidos corporais. 
 
 
Os Hormônios Adrenocorticais São Metabolizados no Fígado: Os esteroides adrenais 
são degradados, principalmente, pelo fígado e conjugados, formando, especialmente, 
ácido glicurônico e, em menor quantidade, sulfatos. Essas substâncias são inativas, sem 
apresentar atividades mineralocorticoides ou glicocorticoides. Cerca de 25% desses 
conjugados são excretados na bile e, em seguida, nas fezes. 
 
FUNÇÕES DOS MINERALOCORTICOIDES — ALDOSTERONA 
A Deficiência de Mineralocorticoides Provoca Intensa Depleção Renal de NaCl e 
Hipercalemia: 
Sem os mineralocorticoides, a concentração de potássio, no LEC, eleva-se 
acentuadamente, sódio e cloreto são rapidamente eliminados do organismo, e os volumes 
totais do líquido extracelular e do sangue são muito reduzidos. Ocasionando a redução do 
débito cardíaco, que evolui para um estado semelhante ao choque, seguido de morte 
A Aldosterona É o Principal Mineralocorticoide Secretado pelas Adrenais 
Atividade mineralocorticoide: Aldosterona 3000x Cortisol 1x 
Concentração plasmática: Aldosterona 1x Cortisol 2000x 
 
O cortisol pode ligar-se a receptores de mineralocorticoides. Porém, as células do epitélio 
renal expressam a enzima 11b-hidroxiesteroide desidrogenase do tipo 2 (11b-HSD2), que 
tem ações que evitam que o cortisol ative os receptores mineralocorticoides. 
Em pacientes com deficiência genética dessa enzima, o cortisol acaba tendo efeitos 
mineralocorticoides substanciais. Essa condição é chamada síndrome do excesso 
aparente de mineralocorticoide (AME), porque o paciente tem, essencialmente, as 
mesmas alterações patofisiológicas de um paciente com excesso de secreção de 
aldosterona 
 
EFEITOS RENAIS E CIRCULATÓRIOS DA ALDOSTERONA 
A aldosterona aumenta a reabsorção de sódio e, simultaneamente, a secreção de potássio 
pelas células epiteliais tubulares renais, especialmente nas células principais dos túbulos 
renais e, em menor quantidade, nos túbulos distais e ductos coletores. Sendo assim, a 
aldosterona faz com que o sódio seja conservado no líquido extracelular, enquanto o 
potássio é excretado na urina. 
A ausência total de secreção de aldosterona provoca a perda transitória de 10 a 20 gramas 
de sódio na urina por dia (1/10 – 1/5 de todo Na do organismo) 
O Excesso de Aldosterona Aumenta o Volume do LEC e a Pressão Arterial, mas 
Apresenta Apenas Pequeno Efeito na Concentração Plasmática de Sódio 
Apesar da atuação da aldosterona na redução da excreção renal de sódio, a concentração 
desse íon não se eleva tanto. Isso porque quando o sódio é reabsorvido pelos túbulos, 
ocorre a absorção osmótica simultânea de quantidade quase equivalente de água. Do 
mesmo modo, quando o sódio no LEC aumenta é estimulada a sede e o aumento da 
ingestão hídrica, além de favorecer a secreção do hormônio antidiurético, que estimula a 
reabsorção de água pelos túbulos distais e coletores dos rins. Logo, o volume do LEC 
aumenta tanto quanto a quantidade de íon retido, sem alterar muito. 
Embora a aldosterona seja um dos mais potentes hormônios retentores de sódio, a 
liberação excessiva desse hormônio provoca apenas retenção transitória de sódio. O 
aumento do volume do LEC mediado por aldosterona, que dure mais que 1 a 2 dias, leva 
também a aumento da pressão arterial. 
A elevação da pressão arterial, então, aumenta a excreção renal de sódio e água, o que é 
chamado natriurese de pressão e de diurese de pressão, respectivamente. Assim, após o 
aumento do volume do líquido extracelular de 5% a 15% acima do normal, a pressão 
arterial também se eleva em 15 a 25 mmHg, o que normaliza o débito renal de sódio e 
água, apesar do excesso de aldosterona 
Essa normalização da excreção de sódio e água pelos rins como um resultado de 
natriurese e diurese de pressão é chamada escape de aldosterona. Desse momento em 
diante, a incorporação de sódio e água pelo organismo é nula, e é mantido o equilíbrio 
entre a ingestão e a eliminação de sódio e água pelos rins, apesar do excesso contínuo de 
aldosterona. Ao mesmo tempo, entretanto, desenvolve-se a hipertensão, que se mantém 
enquanto a pessoa estiver exposta a altos níveis de aldosterona. 
Quando a secreção de aldosterona é completamente interrompida, perde-se grande 
quantidade de sódio na urina, o que não apenas diminui a quantidade de cloreto de sódio 
no líquido extracelular, como também reduz o volume do líquido extracelular. O resultado 
é a desidratação extracelular grave e o baixo volume sanguíneo, levando ao choque 
circulatório 
 
Excesso de aldosterona: hipocalemia (▼ Potássio / fraqueza muscular) 
Além de aumentar e muito a excreção de potássio, esse excesso estimula o transporte de 
potássio do LEC para a maioria das células do organismo. Concentração de potássio cai 
pela metade: 4,5 mEq/L para apenas 2 mEq/L. 
Fraqueza muscular: alteração da excitabilidade elétrica das membranas das fibras 
nervosas e musculares, impedindo a transmissão normal dos potenciais. 
A aldosterona provoca a secreção de H+ em troca por potássio nas células intercaladas 
dos túbulos corticais. Isso diminui a concentração de H+ no LEC, causando alcalose 
metabólica. 
Deficiência de aldosterona: hipercalemia (▲Potássio / toxicidade cardíaca) 
Elevação de 60 a 100% acima do normal, evidenciando grande toxicidade cardíaca, 
incluindo diminuição da força de contração e desenvolvimento de arritmias, e 
concentrações progressivamente maiores de potássio levam, inevitavelmente, à 
insuficiência cardíaca. 
 
A aldosterona estimula o transporte de sódio e potássio nas glândulas sudoríparas e 
salivares e nas células epiteliais intestinais 
Ambas as glândulas formam uma secreção primária que contém grande quantidade de 
cloreto de sódio; entretanto, boa parte desse sal, ao passar pelos ductos excretores, é 
reabsorvida, enquanto os íons potássio e o bicarbonato são secretados. 
• Efeito nas glândulas sudoríparas: conservação do sal corporal em ambientes quentes. 
• Efeito nas glândulas salivares: conservar o sal, quando se perde grande quantidade de 
saliva. 
• Efeito no intestino: intensa absorção de sódio no intestino, especialmente no cólon, 
impedindo a perda de sódio nas fezes (na ausência de aldosterona, essa absorção 
insuficiente de sódio, ânions e água no intestino, o cloreto de sódio e água não 
absorvidos geram diarreia, resultando em perda maior de água) 
 
MECANISMO CELULAR DE AÇÃO DA ALDOSTERONA 
A sequência celular de eventos que levam ao aumento da reabsorção de sódio parece ser 
a seguinte 
1. Lipossolubilidade: a aldosterona se difunde facilmente pela membrana para o 
interior das célulasepiteliais tubulares 
2. Ligação a receptores: no citoplasma dessas células, a aldosterona se combina a 
receptores mineralocorticoides (MR) proteicos citoplasmáticos muito específicos 
3. Complexo aldosterona-receptor: esse complexo se difunde para o núcleo, onde 
pode passar por mais alterações, induzindo porções do DNA a formar um ou mais 
tipos de mRNA, relacionados ao processo de transporte de sódio e potássio. 
4. mRNA formado: já no citoplasma, esse mRNA, agindo em conjunto com 
ribossomos, provoca a formação de proteínas (enzimas, proteínas de transporte de 
membrana, responsáveis pelo transporte de Na+, K+ e H+). Enzimas e proteínas 
formadas serão essenciais para o processo. 
a) Enzima adenosina trifosfatase de sódio-potássio: serve como a parte principal da 
bomba de troca de sódio e potássio nas membranas basolaterais das células 
tubulares renais 
b) Proteínas dos canais epiteliais de sódio: inseridos na membrana luminal das 
mesmas células tubulares que permitem a rápida difusão de íons sódio do lúmen 
tubular para o interior da célula; então, o íon sódio é bombeado para fora da célula 
pelas bombas de sódio-potássio, localizadas em suas membranas basolaterais. 
 
O efeito da aldosterona é algo demorado. Somente ocorre após a sequência de eventos 
que leva à formação de substâncias intracelulares específicas necessárias para o transporte 
30 minutos = produção de novo RNA nas células 
45 minutos = para que o transporte de sódio aumente; efeito máximo só em horas 
Acredita-se que ela tenha efeitos não genômicos rápidos (ação em até 2 minutos) 
mediados por segundos mensageiros, principalmente nas células musculares lisas 
vasculares e nas células epiteliais dos túbulos renais. 
 
REGULAÇÃO DA SECREÇÃO DE ALDOSTERONA 
A regulação da secreção de aldosterona é profundamente interligada à regulação das 
concentrações de eletrólitos no líquido extracelular, volume do líquido extracelular, 
volume sanguíneo, pressão arterial e muitos aspectos especiais da função renal. 
O sistema renina-angiotensina: A angiotensina II (ANG II) é o sinal que normalmente 
controla a liberação de aldosterona do córtex da glândula suprarrenal. 
A via SRA inicia quando células granulares justaglomerulares, localizadas nas arteríolas 
aferentes dos néfrons, secretam uma enzima, chamada de renina. 
Os estímulos que ativam a via SRA são todos relacionados direta ou indiretamente à baixa 
pressão arterial: 
1. As células granulares são sensíveis à pressão arterial. Elas respondem à baixa pressão 
arterial nas arteríolas renais, secretando renina. 
2. Os neurônios simpáticos, ativados pelo centro de controle cardiovascular quando a 
pressão arterial diminui, terminam nas células granulares e estimulam a secreção de 
renina. 
3. A retroalimentação parácrina – da mácula densa no túbulo distal para as células 
granulares – estimula a liberação de renina. Quando o fluxo de líquido através do 
túbulo distal é alto, as células da mácula densa liberam sinais parácrinos, que inibem 
a liberação de renina. Quando o fluxo de líquido no túbulo distal diminui, as células 
da mácula densa sinalizam para as células granulares secretarem renina. 
 
A renina converte uma proteína plasmática inativa, o angiotensinogênio, em 
angiotensina I (ANG I). Quando a ANG I presente no sangue encontra uma enzima, 
chamada de enzima conversora da angiotensina (ECA), ela é convertida à ANG II. 
Pensava-se que essa conversão acontecesse somente nos pulmões, mas sabe-se agora 
que a ECA está presente no endotélio dos vasos sanguíneos em todo o corpo. 
Quando a ANG II no sangue alcança a glândula suprarrenal, ela estimula a síntese e a 
liberação da aldosterona. Por fim, no néfron distal, a aldosterona desencadeia as reações 
intracelulares que estimulam a reabsorção de Na+ pelo túbulo renal. 
A reabsorção de sódio não aumenta diretamente a baixa pressão arterial, mas a retenção 
de Na+ aumenta a osmolalidade, o que estimula a sede. Ao beber líquido, o volume do 
LEC aumenta. Quando o volume sanguíneo aumenta, a PA também aumenta. 
A angiotensina II: aumenta a pressão arterial tanto direta quanto indiretamente através 
de cinco mecanismos adicionais 
1. Aumenta a secreção de ADH: Receptores de ANG II no hipotálamo iniciam este 
reflexo. A retenção de líquido nos rins sob a influência da vasopressina ajuda a 
conservar o volume sanguíneo, mantendo, assim, a pressão arterial. 
2. Estímulo da sede: A ingestão de líquido é uma resposta comportamental que aumenta 
o volume sanguíneo e eleva a pressão arterial. 
3. Potente vasoconstritor: A vasoconstrição faz a pressão arterial aumentar sem que 
ocorra mudança no volume sanguíneo. 
4. Estimulação simpática: A ativação de receptores de ANG II no centro de controle 
cardiovascular aumenta a estimulação simpática do coração e dos vasos sanguíneos, 
e essa aumenta o débito cardíaco e a vasoconstrição, os quais aumentam a pressão 
arterial. 
5. Reabsorção de Na+: A ANG II aumenta a reabsorção de Na+ no túbulo proximal. A 
ANG II estimula um transportador apical, o trocador Na+-H+ (NHE). A reabsorção 
de sódio no túbulo proximal é seguida pela reabsorção de água, de forma que o efeito 
resultante é a reabsorção isosmótica do líquido, conservando volume. 
Desses fatores, a concentração de íons potássio e o sistema RAA são, evidentemente, os 
mais importantes na regulação da secreção de aldosterona. Uma pequena elevação 
percentual na concentração de íons potássio ou a ativação do sistema RAA aumenta em 
muitas vezes a aldosterona. 
 
FUNÇÕES DOS GLICOCORTICOIDES 
Os glicocorticoides suprarrenais são, às vezes, chamados de hormônios do estresse devido 
ao seu papel como mediador do estresse a longo prazo. As catecolaminas suprarrenais, 
particularmente a adrenalina, são responsáveis por respostas metabólicas rápidas 
necessárias em situações de luta ou fuga. 
O cortisol é essencial à vida. Os animais cujas glândulas suprarrenais tenham sido 
removidas morrem se expostos a qualquer estresse ambiental significativo. O efeito 
metabólico mais importante do cortisol é seu efeito protetor contra a hipoglicemia. 
Quando os níveis sanguíneos de glicose diminuem, a resposta normal é a secreção do 
glucagon pancreático, que promove a gliconeogênese e a quebra de glicogênio. Na 
ausência de cortisol, entretanto, o glucagon é incapaz de responder adequadamente a um 
desafio hipoglicêmico. Como o cortisol é necessário para a plena atividade do glucagon 
e das catecolaminas, diz-se que ele tem um efeito permissivo em relação a estes 
hormônios. 
Todos os efeitos metabólicos do cortisol têm o objetivo de prevenir a hipoglicemia. 
Globalmente, o cortisol é catabólico. 
1. Estímulo da Gliconeogênese hepática: (formação de carboidratos a partir de 
proteínas e algumas outras substâncias 
a) O cortisol aumenta as enzimas necessárias para a conversão de aminoácidos em 
glicose pelas células hepáticas (ativação da transcrição de DNA) 
b) O cortisol provoca a mobilização de aminoácidos a partir dos tecidos extra-
hepáticos, principalmente dos músculos (mais AA são disponibilizados no plasma 
para aprimorar o processo no fígado) 
c) O cortisol antagoniza os efeitos da insulina para inibir a gliconeogênese no fígado 
 
2. Redução da Utilização Celular de Glicose. O cortisol também provoca redução 
moderada da utilização de glicose pela maior parte das células do organismo. Um 
efeito importante do cortisol é a diminuição da translocação dos transportadores de 
glicose GLUT 4 para a membrana celular, em especial nas células do músculo 
esquelético, o que conduz à resistência à insulina. 
3. Aumento da lipólise, disponibilizando ácidos graxos aos tecidos periféricos para a 
produção de energia. O glicerol pode ser usado para a gliconeogênese. 
4. Elevação da Concentração Sanguínea de Glicose e “Diabetes Adrenal”: devido a 
todos os fatores anteriores; esse aumento pode prejudicar as ações da insulina nos 
tecidos. Dessamaneira, o excesso da secreção de glicocorticoides pode produzir 
distúrbios no metabolismo de carboidratos 
 
Efeitos do cortisol no metabolismo das proteínas 
1. Redução das Proteínas Celulares: redução dos depósitos de proteínas em, 
praticamente, todas as células corporais, exceto no fígado. O cortisol também reduz a 
formação de RNA e a subsequente síntese proteica em muitos tecidos extra-hepáticos, 
especialmente nos músculos e tecidos linfoides. 
2. O Cortisol Aumenta as Concentrações Plasmáticas e Hepáticas de Proteínas. 
3. Aumento dos Aminoácidos Sanguíneos, Redução do Transporte de Aminoácidos 
para as Células Extra-hepáticas e Elevação do Transporte para Células 
Hepáticas: o cortisol reduz o transporte de aminoácidos para as células musculares. 
cortisol mobiliza aminoácidos nos tecidos não hepáticos e, dessa forma, reduz as 
reservas teciduais de proteínas. (1) Maior desaminação de aminoácidos pelo fígado; 
(2) Aumento da síntese proteica no fígado; (3) Formação maior de proteínas 
plasmáticas pelo fígado; e (4) Aumento da conversão de aminoácidos em glicose 
 
Efeitos do cortisol no metabolismo da gordura 
1. Mobilização de Ácidos Graxos: Essa mobilização eleva a concentração de ácidos 
graxos livres no plasma, o que também aumenta sua utilização para a geração de 
energia. O cortisol também parece exercer efeito direto no aumento da oxidação de 
ácidos graxos nas células. A elevada mobilização de gorduras pelo cortisol, 
combinada à maior oxidação de ácidos graxos nas células, contribui para que os 
sistemas metabólicos celulares deixem de utilizar glicose para a geração de energia e 
passem a utilizar ácidos graxos em momentos de jejum ou outros estresses. 
2. O Excesso de Cortisol Causa Obesidade: deposição excessiva de gordura no tórax 
e na cabeça. Foi sugerido que essa obesidade resulta do estímulo excessivo à ingestão 
alimentar, de modo que a gordura seja gerada em alguns tecidos mais rapidamente do 
que é mobilizada e oxidada. 
 
O CORTISOL É IMPORTANTE NA RESISTÊNCIA AO ESTRESSE E À 
INFLAMAÇÃO 
 
Praticamente, qualquer tipo de estresse físico ou neurogênico provoca aumento imediato 
e acentuado da secreção de ACTH pela hipófise anterior, seguido, minutos depois, por 
grande aumento da secreção adrenocortical de cortisol. 
Uma possibilidade benéfica é que os glicocorticoides causam rápida mobilização de 
aminoácidos e gorduras a partir de suas reservas celulares, tornando-os disponíveis para 
a geração de energia e para a síntese de novos compostos, incluindo a glicose, necessários 
aos diferentes tecidos do organismo 
 
Efeitos Anti-inflamatórios dos Altos Níveis de Cortisol: A administração de grande 
quantidade de cortisol, geralmente, provoca (1) o bloqueio dos estágios iniciais do 
processo inflamatório, antes mesmo do início da inflamação considerável; ou (2), se a 
inflamação já se iniciou, a rápida resolução da inflamação e o aumento da velocidade da 
regeneração 
Como o cortisol impede o desenvolvimento da inflamação 
1. O cortisol estabiliza as membranas dos lisossomos. Essa estabilização é um dos 
mais importantes efeitos anti-inflamatórios porque torna muito mais difícil a ruptura 
das membranas dos lisossomos intracelulares. 
2. O cortisol reduz a permeabilidade dos capilares. Essa redução da permeabilidade 
impede a perda de plasma para os tecidos. (associar com 1) 
3. O cortisol reduz a migração de leucócitos para a área inflamada e a fagocitose 
das células lesadas: deve-se ao fato de que o cortisol diminui a formação de 
prostaglandinas e leucotrienos que aumentariam a vasodilatação, a permeabilidade 
capilar e a mobilidade dos leucócitos. 
4. O cortisol suprime o sistema imunológico, reduzindo acentuadamente a 
reprodução de linfócitos 
5. O cortisol atenua a febre, principalmente por reduzir a liberação de interleucina 
1 a partir dos leucócitos: que é um dos principais estimuladores do sistema de 
controle hipotalâmico da temperatura. A diminuição da temperatura, por sua vez, 
reduz o grau de vasodilatação. 
 
Outros efeitos do cortisol: 
• O Cortisol Bloqueia a Resposta Inflamatória a Reações Alérgicas: o cortisol 
previne efetivamente o choque ou a morte por anafilaxia, que, de outra forma, é muitas 
vezes fatal 
• Efeito nas Células Sanguíneas e na Imunidade em Doenças Infecciosas: O cortisol 
reduz o número de eosinófilos e linfócitos no sangue; a capacidade do cortisol e de 
outros glicocorticoides de suprimir a imunidade os torna agentes úteis na prevenção 
da rejeição imunológica de corações, rins e outros tecidos transplantados; aumentam 
a produção de hemácias. 
 
A secreção de cortisol é controlada pelo ACTH 
A via de controle da secreção de cortisol é conhecida como eixo hipotálamo-hipófise-
suprarrenal (HPA). 
O eixo HPA inicia com o hormônio liberador de corticotrofinas (CRH), que é secretado 
no sistema porta hipotalâmico-hipofisário e transportado até a adeno-hipófise. CRH 
estimula a secreção do hormônio ACTH da adeno-hipófise. O ACTH, por sua vez, atua 
no córtex da glândula suprarrenal para promover a síntese e a liberação de cortisol. O 
cortisol, então, atua como um sinal de retroalimentação negativa, inibindo a secreção de 
ACTH e de CRH 
 
A secreção de cortisol é contínua e possui um forte ritmo diurno. O pico da secreção 
geralmente ocorre pela manhã e diminui durante a noite. A secreção de cortisol também 
aumenta com o estresse. Esse efeito resulta de uma alteração cíclica de 24 horas nos sinais 
do hipotálamo que provocam a secreção de cortisol. 
O cortisol é um hormônio esteroide típico e é sintetizado conforme a demanda. Uma vez 
sintetizado, ele difunde-se das células suprarrenais para o plasma, onde grande parte desse 
hormônio é transportada por uma proteína de transporte, a globulina ligadora de 
corticosteroides (CBG, também conhecida como transcortina). O hormônio não ligado 
está livre para se difundir para dentro das células-alvo. 
Todas as células nucleadas do corpo possuem receptores glicocorticoides citoplasmáticos 
 
O ACTH Ativa as Células Adrenocorticais para Produzir Esteroides pelo Aumento 
do AMPc: principal efeito do ACTH nas células adrenocorticais é a ativação da adenilil 
ciclase na membrana celular. Essa ativação induz a formação de AMPc no citoplasma, 
esse por sua vez ativa enzimas intracelulares que causam a formação dos hormônios 
adrenocorticais. 
O mais importante de todos os estágios estimulados por ACTH no controle da secreção 
adrenocortical é a ativação da enzima PKA, que causa a conversão inicial do colesterol 
em pregnenolona. 
O Estresse Fisiológico Aumenta a Secreção Adrenocortical e de ACTH: O estresse 
mental pode provocar elevação igualmente rápida da secreção de ACTH. Acredita-se que 
isso resulte do aumento da atividade no sistema límbico, especialmente na região da 
amígdala e hipocampo, que transmitem, então, sinais para o hipotálamo posteromedial. 
POMC e melanocortinas A atuação do CRH sob a adeno-hipófise estimula a secreção de 
ACTH. O ACTH é sintetizado a partir de uma grande glicoproteína, chamada de pró-
opiomelanocortina (POMC). A POMC sofre processamento pós-transcricional para 
produzir uma variedade de peptídeos biologicamente ativos em adição ao ACTH. Na 
hipófise, os produtos da POMC incluem a beta-endorfina, um opioide endógeno que se 
liga a receptores que bloqueiam a percepção da dor. O processamento da POMC em 
tecidos não hipofisários cria peptídeos adicionais, como o hormônio estimulador de 
melanócitos (MSH, do inglês, melanocyte-stimulating hormone). O alfa-MSH é 
produzido no encéfalo, onde inibe a ingestão alimentar, e na pele, onde atua sobre os 
melanócitos. Os melanócitos contêm pigmentos, chamados de melaninas, que 
influenciam a cor da pele nos seres humanos e a cor da pelagem em roedores. 
 
Os hormônios MSH e ACTH recebem o nome de melanocortinas. Cinco receptores de 
melanocortinas (MCRs) foram identificados. O MCR2 respondeapenas ao ACTH e é o 
receptor do córtex da glândula suprarrenal. O MCR1 é encontrado nos melanócitos da 
pele e responde igualmente ao alfa-MSH e ao ACTH. Quando o ACTH está elevado na 
doença de Addison, a ação do ACTH sobre o MCR1 leva ao aumento da produção de 
melanina e ao aparente “bronzeado”, ou escurecimento da pele, característico dessa 
doença 
 
Hipercortisolismo: O excesso de cortisol no corpo é chamado de hipercortisolismo. Ele 
pode ocorrer devido a hormônios secretados por tumores ou pela administração exógena 
do hormônio. Caso mais comum é a doença de Cushing. 
O excesso de gliconeogênese causa hiperglicemia, que imita o diabetes. A degradação de 
proteínas musculares e a lipólise causam perda de tecido. Paradoxalmente, o excesso de 
cortisol deposita gordura extra no tronco e na face, talvez em parte devido ao aumento do 
apetite e da ingestão alimentar. A aparência clássica dos pacientes com hipercortisolismo 
é braços e pernas finos, obesidade no tronco e uma “face de lua cheia” com bochechas 
rechonchudas. Os efeitos no SNC do excesso de cortisol incluem euforia inicial, seguida 
de depressão, bem como comprometimento da aprendizagem e da memória. 
O hipercortisolismo tem três causas comuns: 
1. Um tumor suprarrenal que secreta cortisol de modo autônomo. 
2. Um tumor na hipófise que secreta ACTH de modo autônomo 
3. O hipercortisolismo iatrogênico (“causado pelo médico”) ocorre 
secundariamente ao tratamento com cortisol para alguma outra condição 
clínica. 
Hipocortisolismo: A insuficiência suprarrenal, conhecida como doença de Addison, é a 
hipossecreção de todos os hormônios esteroides suprarrenais, geralmente resultante da 
secreção autoimune do córtex da glândula suprarrenal.

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