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1 Lívia Santos TXVIA Anatomia patológica II prof° Janaina Toreli 02/08/2021 Patologias cardiovasculares Infarto → INTRODUÇÃO • As doenças cardiovasculares são a maior causa de morte mundial; • A cardiopatia isquêmica lidera entre as doenças cardíacas, e normalmente deixam sequelas como a insuficiência cardíaca; • A doença aterosclerótica é maior causa de infarto; • isquemia= escassez do fluxo sanguíneo em determinado território firmemente associada à hipóxia. A hipóxia pode ser causada por isquemia, que pode ser obstrução, ou por espasmo ou por hemorragia. Com pouco oxigênio nas mitocôndrias ocorre comprometimento da síntese de ATP (poucos hidrogênios são captados para a bomba) e ocorre falha na bomba de sódio e potássio- causando degeneração hidrópica, que pode evoluir para uma necrose; → HISTOLOGIA VASCULAR • 1- As células endoteliais impedem a exposição do fator de Von Willebrand da camada subendotelial, o que impede a adesão de plaquetas nessa camada exposta, isso ocorre em endotélio saudável. No entanto, pacientes com hipercolesterolemia, obesidade, menopausa (uso de lipídeos para síntese hormonal diminui), diabetes (por não carregar a glicose para dentro das células converte em TGL e colesterol o que causa hipercolesterolemia), nicotina (altera as plaquetas), uso de anticoncepcionais (alteração na coagulação) , hipertensão (força de arraste) são fatores de risco para lesão endotelial, agregação de plaquetas, formação de trombo, o que pode obstruir um vaso; • 2- o endotélio quando a força de cisalhamento (força de arraste) está alta, produz NO para modular, abaixar a pressão, além de liberar endotelina para aumentar a pressão quando está baixa. Mas doenças e fatores de risco que lesam esse endotélio prejudicam esse funcionamento. Ter endotélio íntegro é importante para não ter coágulo e depósito; • 3- endotélio expressa p-selectinas que são moléculas para adesão de células de defesa, na atividade inflamatória do vaso, o que faz crescer tecido inflamatório e cicatricial, o que leva a isquemia, que leva a hipóxia que leva a necrose; → CARDIOPATIA ISQUÊMICA (INFARTO) • insuficiência de fluxo sanguíneo disparado ou por situação de demanda maior por fluxo sanguíneo (esportes, corrida), ou por doenças crônicas, o que causa insuficiência de 02 e nutrientes no miocárdio; • A síndrome do coração partido, ocorre quando a demanda de sangue é maior, mas o coração não consegue acompanhar essa demanda, associada a estresse e liberação exacerbada de catecolaminas que causam uma mudança do ritmo de contração cardíaco de forma abruta, coração fica na forma de Takotsubo, pois contraem totalmente sem alternância de sístoles e diástoles ventriculares, o que leva a hipoperfusão; 2 Lívia Santos TXVIA Anatomia patológica II prof° Janaina Toreli 02/08/2021 • a isquemia na grande maioria associa-se a processos obstrutivos, espasmos (OBS: no frio os espasmos para controle da pressão fazem com que no inverno os infartos aumentem em pessoas já com aterosclerose em especial idosos); • ou em sua minoria é causada por hipertensão (não dá tempo de perfundir) ou por hipovolemia que leva a má perfusão também; ou por pneumonia (inflamação causa secreção que ocupa o alvéolo e por mais que tenha fluxo sanguíneo normal, se a pneumonia for muito exsudativa, pulmão não consegue oxigenar o sangue adequadamente e os tecidos de alta demanda (coração e cérebro) sofrem primeiro. Além disso, onde existe inflamação significativa, ocorre liberação de enzimas (colagenases, elastases) que danificam os vasos. Ou seja, na pneumonia e na sepse, por exemplo, existe risco aumentado para lesão endotelial devido à atividade inflamatória o que, por conseguinte, pode causar coágulos e trombos que migram podendo produzir infartos; • músculo cardíaco tem baixa regeneração, portanto, ocorre cicatrização- fibrose, o que causa uma insuficiência do órgão devido a parte fibrosada não desenvolver sua função adequadamente; • além disso, anemia é fator de risco para infarto, por conta de as hemácias não transportarem oxigênio como é preciso, o que pode causar uma hipóxia grave e causar infarto, AVC; a imunoglobinopatia S é a mais comum e além de oxigenação ruim pode causar obstrução por deformação de suas células, nesses casos é sugerido transfusão; • ademais, miocardites (inflamação) e embolias (gordurosa, aérea, amniótica) podem ser causas de infarto; → O QUE PROVOCA O INFARTO? Isquemia no coração leva a oferta de o2 ruim, o que causa hipóxia e gera , por conseguinte, problemas no ciclo de Krebs que leva a deficiência de ATP, que leva a falha na bomba de sódio e potássio, ocorre acúmulo de sódio, e por causa disso ocorre entrada de água dentro das células a fim de controlar a osmolaridade, enche vacúolos no citoplasma (OBS: ao ver na microscopia óptica os vacúolos de água não deslocam o núcleo como ocorre quando há vacúolos cheio de gordura no citoplasma), então a membrana rompe e tem dano definitivo que é a necrose, dano irreversível no miocárdio causa perda da capacidade funcional devido a baixa regeneração; → CONTRAÇÃO DO MIOCÁRDIO • as células musculares contêm estriação, que são proteínas contráteis, e as linhas que delimitam uma célula e outra são os túbulos T, os quais tem cálcio importante para contração; 3 Lívia Santos TXVIA Anatomia patológica II prof° Janaina Toreli 02/08/2021 Para o coração contrair, consome muita energia precisa de alta produção de ATP, o coração tem muitas mitocôndrias (OBS: e quem pratica atividade física regular- 40 min em 3 vezes por semana- aumenta as mitocôndrias das células, e quanto mais mitocôndria mais eficácia na fosforilação oxidativa). • a linha preta abaixo que delimita um cardiomiócito e outro são os túbulos T, a membrana chama sarcolema, existe também (em azul claro) imenso retículo sarcoplasmático, tanto no túbulo quanto no retículo têm muito cálcio. Existe um Pool de proteínas residindo no cardiomiócito, a actina é feita de monômeros e da origem a proteína filamentar, que esta envolta em espiral por complexo de proteínas (em roxo) que é a tropomiosina, e a tropomiosina está presa ao complexo de troponina (I, C e T) – atualmente diagnóstico de infarto dosa troponinas (que altas no sangue mostram que célula morreu); • OBS: no exercício físico intenso pode ter amento de troponina devido a lesão muscular, mas do tipo CKMM (creatina cnase isoforma mm), por isso pode pedir os dois para não haver confusão; No sangue os níveis de troponina normais no sangue margeiam a 0; • Contração: o potencial de ação atinge o sarcolema e túbulos T e altera a eletricidade da membrana, e na membrana tem canais modulados por voltagem, ao alterar a voltagem os canais de cálcio modulados por voltagem, o cálcio então entra para dentro da célula muscular, o cálcio que entra provoca a liberação de mais cálcio (cálcio desencadeador), pois desencadeia liberação de ainda mais cálcio pelo retículo sarcoplasmático; • Ao observar o cálcio percebe-se que o cálcio intracelular é perto de 0, já o cálcio do lado de fora 2,4 mEq/L, o cálcio não pode permanecer dentro da célula, pois pode induzir o processo apoptótico, pois íons cálcio são cofatores para ação de enzimas que acionam a morte celular, então o cálcio é lançado para fora pela bomba (bomba= proteína de membrana que trabalha contra o gradientede concentração e consome ATP) de cálcio ATPase; 4 Lívia Santos TXVIA Anatomia patológica II prof° Janaina Toreli 02/08/2021 • o cálcio que entra não é suficiente, mas sim desencadeador, que desencadeia liberação de mais cálcio. Esse cálcio, por sua vez, age para que o complexo troponina ICT sair e desocupar para que a cabeça da miosina possa se ligar na actina. Então, o cálcio se liga na troponina C do complexo de troponinas ICT e com o cálcio ligado desloca e desocupa o espaço entre duas actinas para a cabeça da miosina se encaixar, a miosina com suas cabeças se encaixa na actina; Além disso, magnésio é cofator para a fosforilação (adição de fosfato e requer consumo de ATP) da cabeça da miosina. Em suma: 1- Potencial de ação para abrir canais de cálcio do sarcolema, entra cálcio essencial para modular a liberação de mais cálcio pelo retículo endoplasmático; 2- Esse cálcio se liga na troponina C, para que as troponinas ICT se desloquem e a cabeça da miosina se liga nas actinas; 3- Mas não basta a ligação a cabeça da miosina precisa ser fosforilada e isso se dá pela ação do cofator íon magnésio • a bomba de sódio e potássio que dispara o potencial de ação, é preciso o potencial de membrana para ter potencial de ação e isso demanda ATP manter potencial de membrana, é necessário ATP para fosforilar a cabeça da miosina, para bombear o cálcio para fora pela bomba de cálcio ATPase, ao final da sístole. Isso é importante, pois isquemia seguida de hipóxia faz com que todos esses mecanismos falhem ao mesmo tempo, e só 60 segundos é o tempo para reversão desses danos, se não a degeneração evoluí para necrose. → FISIOPATOGENIA DO INFARTO • com a hipóxia falta ATP, para manter a bomba de sódio e potássio desencadeiam-se muitos problemas (citados anteriormente), ocorre aumento da concentração de íons que precisam da bomba para se manter fora como o próprio cálcio e os íons sódio e potássio, alterando a osmolaridade das células, assim ocorre invasão hídrica nas organelas, no citoplasma, rompem-se as membranas, há perca das vilosidades mitocondriais etc.; 5 Lívia Santos TXVIA Anatomia patológica II prof° Janaina Toreli 02/08/2021 → ACIDOSE •o NAD é aceptor só carrega os hidrogênios temporariamente, e se ele não está presente dentro da mitocôndria não ocorre desmonte do ácido pirúvico em que os hidrogênios entrariam na bomba; Então o NAD transfere os hidrogênios dele para o ácido pirúvico, pois ambos não conseguiram entrar dentro da mitocôndria, agora o piruvato vira lactato. O lactato é usado como marcador da incapacidade de síntese de ATP (marcador de deficiência da respiração tecidual), ele está alto quando ocorre disfunção mitocondrial; O lactato tem o Pka alto (constante de dissociação em meio líquido) então libera muitos hidrogênios, ocorrendo queda do pH causando acidose (acidose= hidrogênios em alta concentração no meio líquido). Na gasometria vem dados de pH, bicarbonato e outros, um paciente que mostre acidose na gasometria mostra que há desordem bioquímica a nível celular grave e que é capaz de levar múltiplas células a morte, o pH não é produzido no sangue, o pH do sangue é sim um reflexo do ocorre em meio intracelular; • Se conseguir agir rapidamente o processo de degeneração hidrópica é revertido com volta do funcionamento da bomba, mas a maioria dos casos evolui para necrose; • Quando o plasmalema estoura vaza conteúdo enzimático, e quando proteínas estão altas indica-se que está havendo morte celular ex: mioglobina, CK, troponina elevados= paciente normalmente encaminhado para UTI; • abaixo evidenciam-se os danos celulares múltiplos da perda do equilíbrio osmótico; → ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS • diagnóstico primário infarto= ECG e dosagem de enzimas marcadoras; • Quando as células cardíacas morrem as outras adjacentes sofrem; 6 Lívia Santos TXVIA Anatomia patológica II prof° Janaina Toreli 02/08/2021 → ENZIMAS MARCADORAS • Proteínas diferenciam-se pelas suas características moleculares como peso molecular, elas vazam para o sangue e linfa e com o passar do tempo elas são degradas e caem, por isso o diagnóstico pela detecção tem que levar em consideração o tempo; • proteína CK (creatina quinase), existe dentro de tecidos os quais tem elevado consumo de ATP, pois funciona como reservatório de fosfatos, tecidos com altas produções e utilizações de ATP têm estoque de fosfato para produção de ATP, no cérebro tem CK reservando fósforo, dentro da célula muscular esquelética e no coração também; • no entanto, há diferença da CK que está no músculo, no cérebro ou no coração. Ou seja, elas apresentam isoformas diferentes (sutil diferença molecular). A do Sistema nervoso é CKBB, do coração CKMB, do músculo esquelético CKMM; • a CKMB está conectada com a garantia da produção de ATP, ela está no citoplasma do cardiomiócito e vaza para o sangue em altas quantidades; OBS: em cirurgia cardíaca CKMB dá alta pelo corte lesão, o que é diferente da emergência em paciente com suspeita de IAM; Em média CKMB aparece elevada na circulação entre 4 e 6 horas do sintoma primário, após início da lesão (na clínica importante perguntar o início do sintomas), mas de acordo com a gravidade da lesão pode aparecer antes; • além disso, essa proteína após 18 horas terá maior volume de CK na circulação e é degradada num intervalo de 48 a 72h, CKMB elevado tem sensibilidade de lesão cardíaca de 93% das vezes. Atenção: se CKMB vier normal com sintomas, tem que repetir depois a CKMB, é seriada a coleta da enzima; • mioglobina também está presente no sistema nervoso e no músculo esquelético sem diferença estrutural; • ela faz papel da hemoglobina, reserva oxigênio, é uma forma de armazenar oxigênio dentro das células com alta atividade metabólica; • se paciente está com pressão alterada e referindo angina, e é recente dosa mioglobina é padrão ouro para diagnóstico precoce de infarto, embora ela não seja específica do músculo cardíaco sua utilidade para diagnóstico de infarto precoce e para reinfarto ( o que é muito comum que ocorra durante o 7 Lívia Santos TXVIA Anatomia patológica II prof° Janaina Toreli 02/08/2021 atendimento, na internação, se sabe que ocorreu reinfarto se tiver outro pico maior dessa enzima); • ela eleva se 1 a 2 horas, faz um pico de 6 a 9 horas e degrada na circulação de 12 a 24. Então se paciente diz que passou mal no dia anterior CKMB é mais indicada para dosagem, mas se passou mal a poucas horas mioglobina é mais indicada para dosagem; • troponinas se soltam do complexo ICT com morte de células, elas são proteínas estruturais dos cardiomiocitos; • se eleva de 4 a 6h, mas tem pico tardio de 36 a 72 horas, o bom é que sua degradação é tardia de 5 a 14 dias. O que é essencial, pois há pacientes que sofrem infarto e demoram dias para procurar ajuda médica, além de ser muito específica; • a melhor opção seria poder pedir todas além de proteínas inespecíficas, mas é necessário saber pedir as enzimas certas com base na anamnese. Além disso, é necessário o paciente esperar ao menos duas horas para repetir o exame, e só com todos os resultados negativos e dados do ECG é que se pode descartar o infarto; Enzimas inespecíficaspor estarem em vários os tecidos não são a melhor a escolha, normalmente nos laboratório tem CKMB, TGO e TGH e acaba se pedindo essas enzimas e juntamente do ECG se especifica o diagnóstico. No entanto, troponina e miosina não está disponível em todos os serviços; Em ordem de tempo tem-se a permanência na circulação: mioglobina, CKMB e tropononina 8 Lívia Santos TXVIA Anatomia patológica II prof° Janaina Toreli 02/08/2021 → CASO CLÍNICO • BE: indicada que está faltando base, a base é o oxigênio, bases são moléculas capazes de receber elétrons como o oxigênio que como tem 6 elétrons em sua última camada, o bicarbonato (HCO3) também é uma base, mas não é uma molécula estável ele se desmonta em OH e CO2, quando o pH está ácido por conta da OH que tem 7 átomos na sua última camada e, por isso, captar hidrogênios livres. Pode ter base oscilando de de 3 a -3 , -1,8 significa que está faltando base qual base está faltando? Oxigênio ou bicarbonato? Nesse caso é o oxigênio= acidose respiratória; • OBS: acidose metabólica envolvida em problemas renais, nefrite relacionada ao bicarbonato BR baixo, mas nesse caso a acidose mostra-se respiratória (ou por danos pulmonares, cardiovasculares e neurológicos) identifica-se como acidose respiratória por Pa02 estar muito baixa; • já está na fase 3 (fase de necrose do músculo), pois as enzimas estão vazando; • a dor pode ser referida (dor em pescoço, queixo e mandíbula ou irradiação para membros), a dor precordial torácica que pode ser irradiada para estomago, baço e pescoço é chamada de angina; - angina estável: paciente sente a dor, mas ela cessa, ocorre durante o esforço físico, ela estabiliza com o cessamento da alta demanda oxigenatória. Pacientes com angina estável apresentam cerca de 70% em média das artérias desobstruídas. Existem pacientes que tem angina estável, mas diante de situações de espasmos ele pode infartar, espasmos 9 Lívia Santos TXVIA Anatomia patológica II prof° Janaina Toreli 02/08/2021 podem ser causados por frio, drogas, álcool são efeitos de contração em locais que tem músculos nesse caso músculo liso, o espasmo impede o fluxo sanguíneo por alguns instantes; - Angina instável: não melhora com repouso, ocorre durante esforços pequenos. Quando o paciente da entrada com angina instável provavelmente o vaso em questão de isquemia tem obstrução de 90%; → RESSONÂNCIA MAGNÉTICA E SINAIS NA MACROSCOPIA • RM: analisa tecidos moles com grande quantidade de água, analisa o spin (movimento da molécula) de hidrogênio, em degeneração hidrópica fica com mais água ainda na RM pode se classificar a grandeza do infarto: - Infarto Transmural: atravessando o muro, ocorre quando coronárias são de calibre maior; - infarto subendocárdico: ocorre a partir da obstrução de vasos menos calibrosos • observe a água deixa um aspecto esbranquiçado, veja que na imagem A tem parte preservada; Já na B tem parte comprometida maior; • a parte branca é sinal aumentado, hiper densidade sinal para água, é importante para fazer previsões, RM trabalha com sinal de hidrogênio e hidrogênio está aumentado por conta da bomba que está parada e tem quantidade de água maior que o normal; • repare na macroscopia veja o sinal da hiperemia reativa, pode ser coágulo, mas sobretudo é necrose, devido reação inflamatória; 10 Lívia Santos TXVIA Anatomia patológica II prof° Janaina Toreli 02/08/2021 → SINAIS NA MICROSCOPIA • na lâmina: vê-se neutrófilos, células eosinofilia por alteração de pH, picnose, cariorexe; perceba na imagem de lâmina abaixo células anucleadas que tiveram cariólise, cariorexe, além de alto padrão de eosinofilia citoplasmático devido alteração do pH; Veja que na lâmina se tem dano agudo e infiltrado inflamatório com espaço intersticial aumentado, em inflamatório agudo vê-se neutrófilos; • olhar o que falta nos slides → CICATRIZ PÓS INFARTO • Espessura e consistência da área lesada ficam alteradas e uma fibrose ventricular é perigoso e caracteriza as insuficiências; Todas as áreas de fibrose consistem em imobilizam, sem contração e relaxamento; • Cromatina condensa fica basofílico, menor até que sofra lise, uns dias depois ocorre que se vê células sem núcleo com sinais de necrose, 3 a 5 dias as células mortas vazando são DAMPs que fazem o pico da reação inflamatória, 7 a 14 dias que ocorre a formação do tecido de granulação que evoluirá para fibrose; • anticoncepcionais interferem na heparina das plaquetas aumentando a sua adesão; 11 Lívia Santos TXVIA Anatomia patológica II prof° Janaina Toreli 02/08/2021 • pode ter infarto em vários tecidos como os abaixo, onde tem isquemia e hipóxia com morte de tecidos têm-se infarto; Valvopatias → ESTENOSE X INSUFICIÊCIA • valvas ATV D e E estão ligados aos músculos papilares (projeção do ventrículo) por cordas tendíneas, já a pulmonar e aórtica não estão ligadas a esses músculos, mas são muito fortes; • estenose= valva estreita, incapacidade de se abrir plenamente, e o fluxo sanguíneo que por ela passa fica retido • insuficiência= incapacidade de fechar plenamente o que causa regurgitação; • no entanto, um dano pode acompanhar o outro em algum grau; • quase sempre tanto a valva tem dificuldade para abri e para fechar; • as valvas ao tracionar se abrem por meio de suas cúspides; • abaixo se vê um corte corado de HE ao microscópio óptico, e vê-se que a porção central da valva é formada por tecido conjuntivo denso para que possa suportar a tensão que as cordas tendíneas fazem sobre ela; No seu revestimento caracteriza-se um epitélio idêntico ao do endotélio, reveste como uma estrutura de proteção; • tecido conjuntiva é composto por uma massa amorfo (proteoglincanos etc.) junto de fibras 12 Lívia Santos TXVIA Anatomia patológica II prof° Janaina Toreli 02/08/2021 colágenas e elásticas, a força que o folheto valvar tem é dada pelo tecido conjuntivo denso da valva, já na sua porção atrial e ventricular o endotélio de revestimento é tecido pavimentoso simples; O que adoece o tecido valvar? Tudo de lesiona vaso, lesiona também como hipercolesterolemia, inflamação (ex: miocardite) e alta pressão arterial podem lesar o endotélio valvar, então esse endotélio passa a expressar os receptores de varredura (moléculas de adesão) para adesão de células inflamatórias. Por isso, a deposição de LDL instala um quadro inflamatório, do mesmo modo que a pressão (força de arraste) pode lesionar esse endotélio, a lesão do folheto valvar não lesa só o endotélio como também o tecido conjuntivo o que causa uma cicatriz (tem fibroblastos nesse local) então a cicatriz diminui as fibras elásticas e altera-se sua densidade, então a valva não abre plenamente ou não fecha; Estenose Aórtica Calcificada Com a lesão ocorre distúrbio de pH o que leva a adesão de átomos de cálcio, calcificando a valva, comprometendo ainda mais a abertura e fechamento da valva; • o que afeta a valva, de modo geral, é a calcificação da valva, é muito comum que com o avanço da idade tenha a esclerosação da valva e de seu endotélio, doenças valvares são muitomais comuns em idosos; • densidade do conjuntivo não habitual, depósito de cálcio na microscopia, e na macro valva espessada por colesterol e espículas de átomos de cálcio; Para vencer os problemas da valva o ventrículo tende a fazer maior esforço e hipertrofiar (aumento do tamanho de cardiomiocitos) por conta disso, e um risco aumentado de isquemia ocorre e angina, pois a demanda de fluxo sanguíneo é maior devido a essa hipertrofia. Ademais, devido ao seu trabalho maior ele aumenta a PA; • todos esses problemas podem levar a ICC e morte para tratamento: toracotomia e substituição por valvas sintéticas, mas tem tempo de duração cada vez que se abre o paciente torna-o cada vez mais comprometido e fibrose nas regiões operadas; • é muito comum que paciente com doença valvar tenha coronárias com percentual de obstrução, pois a fisiopatologia é basicamente a mesma; • em rosa escuro está o cálcio, e repare na diferença do canto superior esquerdo com áreas brancas (macrófagos xantomisados) e canto inferior esquerdo uma maior densidade do tecido conjuntivo que mostra tecido cicatricial; 13 Lívia Santos TXVIA Anatomia patológica II prof° Janaina Toreli 02/08/2021 Febre reumática → MIMETISMO MOLECULAR • a febre reumática refere-se a um mimetismo molecular; • a bactéria estreptococos hemolítico do grupo A tem as estruturas descritas na imagem a seguir. E as proteínas dessas bactérias tem alto grau de similaridade com proteínas do corpo humano, dentre elas a proteína MRT tem uma sequência de aminoácidos com alta similaridade com a proteína tropomiosina; • Quando o corpo combate a bactéria um dos anticorpos pode ser contra o MRT, mas podem ocorrer confusões e o anticorpo se ligar a tropomiosina como se fosse uma estrutura antigênica a combate; Tropomiosina está dentro do miocárdio, pode causar miocardite, já se o corpo fabricar anticorpos contra o N- acetil- glicosamina pode houver ataque da estrutura valvar, já quando produz contra mucopeptídeo da bactéria ligar no ambiente articular age contra a sinóvia e causa artrite, Doença reumática valvar • diagnóstico de infecção de garganta no pronto atendimento: apenas inspeção, mas saber o agente causal é essencial para uma tratamento específico Faz-se SOAB coleta com um “cotonete” estéril e faz uma lâmina de GRAM, e atenção se for esse microrganismos que faz mimetismo; Observe a inflamação da valva cardíaca em degeneração do folheto valvar, o que ocorre em média de 42 a 72 horas a partir de uma infecção de orofaringe, por exemplo; 14 Lívia Santos TXVIA Anatomia patológica II prof° Janaina Toreli 02/08/2021 • observe que os potinhos na lâmina a direta são células inflamatórias e o tecido do tipo conjuntivo é extremamente vulnerável a inflamação; • VHS: velocidade sedimentação Os critérios maiores são: cardite, dor articular poliarticular, coreia (ataxia- movimentos involuntários; ASLO positivo é teste rápido feito a partir do soro do paciente e só aparece com esse patógeno. • formação do complexo antígeno e anticorpo, leva a liberação de interleucinas que atraem linfócitos T e B, e na lâmina também terá macrófagos agredindo a estrutura ligada ao antígeno; Anticorpo não devia estar ligado ao tecido então é uma resposta imune errônea; • Se vê múltiplos linfócitos e macrófagos; Agregados de macrófagos= nódulos de Aschoff, esses macrófagos fagocitam e apresentam então terá cada mais mais anticorpos; Anitschkow= sozinho faz a mesma coisa fagocita a estrutura opsonizada, digere e apresenta; • ocorre nessa doença, disfunção grave e morte muitas vezes, então tem-que se fazer SOAB, fazer meio de cultura e tratamento com penicilina o que pode impedir a produção de anticorpos pelo organismo; → CASO CLÍNICO 15 Lívia Santos TXVIA Anatomia patológica II prof° Janaina Toreli 02/08/2021 Valvopatias associadas a doenças do conjuntivo → VALVOPATIAS ASSOCIADAS A DOENÇA DO TECIDO CONJUNTIVO • Marfan: fibrina I presente no tecido conjuntivo; perda de elasticidade sistêmica de resistência Valvas com perca da elasticidade não funcionam direito, por isso se encontra doença valvar nesses pacientes; A camada média da artéria não é apenas músculo liso como também tecido conjuntivo e isso confere maior capacidade de lidar com a pressão, então ocorre diminuição da resistência da parede de artérias nesses pacientes; • síndrome de marfan: aneurisma de aorta por conta da alteração da elasticidade do tecido conjuntivo • Síndrome de Ehlers- danlos aumento da elasticidade, genética um paciente desse não pode induzir lesões como HAS, inflamação, pois pode ter comprometimentos sérios; Doença valvar mixedematosa • azul- massa amorfa e rosa são fibras colágenas, o normal é as duas misturadas deixando aspecto roxo na lâmina. No entanto, na valva da lâmina direita tem maior material amorfo, o que diminui sua resistência e tende a causar um prolapso da valva= pode ser chamada de doença valvar mixedematosa;, essa doença pode não causar problemas valvares como também múltiplos aneurismas • valva afrouxada, abaulada 16 Lívia Santos TXVIA Anatomia patológica II prof° Janaina Toreli 02/08/2021 Cardiopatias congênitas – mais comuns são os sopros; • primeiro forma-se septo primário que dá origem ao septo atrial e ventricular, mas no final da gestação forma-se o segundo septo que vai obliterar o forame oval em fossa oval, orifício que fecha no final da gestação, mas nem sempre o fechamento do septo primeiro e segundo ocorre Muitos tem, mas só as aberturas (comunicações) significativas que produzem mistura de sangue muito grande com sintomas como cianose e cansaço, usa-se pericárdio bovino para fechar essas comunicações; Desvio de fluxo: - Shunt da direita para esquerda, volume de sangue importante da direita ganha por conta de sua quantidade, o volume de sangue que chega das cavas reflete em pressão e ai menos sangue vai para o pulmão ser oxigenado, ocorre redução de oxigênio sistêmico causa cianose nos lábios na ponta dos dedos (defeito do septo atrial) - Shunt da esquerda para a direita ocorre quando a descontinuidade é ventricular, como a força do ventrículo esquerdo é maior do que do direito então manda mais sangue para o ventrículo direito, local onde nasce o tronco pulmonar. Então, vai mais sangue para o pulmão e pode ocorrer aumento da pressão pulmonar, ruptura de capilares no pulmão (aumentam-se os Damps e diminui a hematose, pode ocorrer também hipóxia visto que o sangue oxigenado proveniente do VE é 17 Lívia Santos TXVIA Anatomia patológica II prof° Janaina Toreli 02/08/2021 desviado ao invés de ir para aorta vai para lado direito), pode ocorrer hipertrofia do ventrículo do lado direito para suportar a pressão dada pelo esquerdo (defeito do septo ventricular); Aneurismas → ANEURISMAS • exame contrastado, vaso sofreu uma dilaceração da camada média e a camada média que suporta a pressão o que pode promover a ruptura (aneurisma roto); No aneurisma ocorre comprometimento da camada média e a pressão faz com que ocorra uma deformidade,uma dilatação no vaso, pode ocorrer aneurismas também no coração; • fístula= quando estoura, rompe um pedaço de sua parede e caem no órgão e causa compressão de estruturas adjacentes o que pode causar dor; • aneurisma dissecantes= rompe parte da íntima e permite que o fluxo sanguíneo passar tanto pela luz quanto pela parede do músculo ainda mais complexo e maior perigo de rompimento 18 Lívia Santos TXVIA Anatomia patológica II prof° Janaina Toreli 02/08/2021 • também podem se formar por trauma, devido ao impacto sobre os vasos que causa lesão mecânica da média Em fraturas de estruturas ósseas podem lesionar os vasos Puncionar deve comprimir para não fazer aneurismas • HAS e aterosclerose são as causas mais comuns, seguidas de traumatismos envolvendo fraturas. A HAS leva o endotélio a ser lesionado. Há menos controle ainda da pressão e atividade força de arraste lesiona e causa reação inflamatória e as células inflamatórias liberam enzimas como metaloproteinases (estases e colagenases); A causa menos comum são as doenças de causa genética em que o tecido conjuntivo já nasce com distúrbios. A proteína alfa-1- antitripsina é produzida no fígado e capaz de degradar elastases e colagenases impedindo a degradação dos tecidos, a sua produção minimiza os danos produzidos pela inflamação • veja que o vaso tem 2 luz devido dissecção • o maior acometimento de aneurismas é na cerebral média; 19 Lívia Santos TXVIA Anatomia patológica II prof° Janaina Toreli 02/08/2021 • fungos é raro, mas comum em pacientes imunossuprimidos → QUESTÕES NORTEADORAS
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