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Estafilococcias São doenças provocadas por um grupo de bactérias do gênero Staphylococcus. Suas classes de maior importância médica são: - S. aureus - S. epidermidis - S. haemolyticus - S. saprophyticus São cocos gram-positivos, imóveis e não esporulados; Possuem uma parede espessa, são encapsuladas, inibindo a fagocitose, possuem adesinas as quais favorecem a adesão à célula e são compostas de proteína A, que permite a opsonização. O principal reservatório de Staphylococcus é o ser humano, o s. epidermidis é encontrado na nossa superfície cutânea e o s. aureus está presente nas narinas de 10 a 40% da população mundial, em maior evidência em ambientes hospitalares. A presença transitória de estafilococos nas mãos serve de fonte de infecção para o próprio indivíduo, determinando auto infecção (infecção endógena), ou para outros indivíduos (infecção exógena); por isso, a lavagem frequente das mãos com técnica apropriada constitui o método mais eficiente para reduzir o máximo possível a disseminação desses microrganismos, tanto no hospital quanto no ambiente domiciliar. ENZIMAS PRODUZIDAS - Betalactamase: inativa a penicilina G e outros antibióticos betalactâmicos; - Coagulase: ativa a protrombina, converte o fibrinogênio em fibrina insolúvel e provoca o agrupamento ou a agregação dos estafilococos; - Hialuronidases: capaz de destruir tecidos e facilitar a disseminação bacteriana; - Catalases: induz a decomposição do peróxido de hidrogênio dos neutrófilos em água e oxigênio, impedindo que esse mecanismo de defesa anti-infeccioso atue de modo eficaz TOXINAS PRODUZIDAS - Alfa e Beta: Produzida pelo S. aureus, destrói vários tipos de tecido; - Gama; Delta e PVL: Toxinas que agridem os leucócitos. (começa a ter debilidade na imunidade); - Enterotoxinas: Toxinas relacionadas a intoxicação staphylococcus ou de alimento; - TSST-1: Síndrome do choque tóxico; - Esfoliatina: Síndrome da pele escaldada. TRANSMISSÃO ● Contato interpessoal ● Objetos contaminados pelo ar ● Invasão tissular ● Produção e liberação de enzimas e toxinas ● Microbiota normal da pele FATORES DE RISCO ● Diabetes; IRC; IHC; desnutrição grave; fibrose cística; ● usuários de drogas; imunodeficiências. IMPETIGO BOLHOSO s. aureus ou s. pyogenes, ambos ● Produz toxina epidemolítica; ● Formam bolhas flácidas de até 2 cm; ● Base da bolha eritematosa, brilhante e úmida; ● Mais comum em crianças entre 2 – 5 anos; ● Em RN: acomete os membros inferiores; regiões de dobras e face; causa lesões múltiplas em diferentes estágios. IMPETIGO NÃO-BOLHOSO (CROSTOSO) s. aureus ou em conjuntos com streptococcus do grupo A; ● Pode ocorrer em pele normal ou a impatiginização pode ocorrer: ● Dermatose prévia com dermatite atópica; ● Dermatite de contato; ● Picada de insetos; ● Pediculose e escabiose. ● Falta de higiene contribui; ● Forma vesícula, que se rompe com facilidade; ● Ulceração superficial (1-2 cm) – recoberta por secreção purulenta cujo ressecamento dá origem a uma crosta aderente e amarelada; ● Acomete em maior frequência a face, ao redor do nariz e da boca, às vezes com febre. FURUNCULOSE s. aureus ● Infecção do aparelho pilossebáceo – reação inflamatória intensa e necrose; ● Nódulo doloroso e quente; ● Nódulo com um ponto purulento junto do pêlo por onde serão eliminados o pus e o material necrótico (carnegão); ● Maior frequência na puberdade. CELULITE s. aureus e s. pyogenes; ● Caráter agudo que atinge os tecidos mais profundos da pele, especialmente o subcutâneo; ● Febre, linfadenopatia local e dor; FASCIÍTE NECROSANTE ● Necrose tecidual por liberação de gás em espaços fechados; ● Pele, submutâneo, fáscias musculares; ● Perineal, pelve, coxas, pernas, pés e parede abdominal; ● Doença de Fournier – região perianal – febre e toxemia; - Diagnóstico: Leucocitose com desvio a esquerda; Hiponatremia, ↑ creatinina, hipocalcemia, hipoalbuminemia, ↑ CK; Hemocultura positiva. SÍNDROME DA PELE ESCALDADA ● Doença epidermolítica; ● Eritema macular doloroso, bolhas flácidas e descamação; ● Face, pescoço e axilas – 24 a 48 horas; ● Febre e irritabilidade; - Diagnóstico: Clínico Dermatopatologia Coloração de Gram Cultura bacteriana SÍNDROME DO CHOQUE TÓXICO – TSST-1 ● Colonização, liberação de toxinas – redução do tônus vasomotor, extravasamento de líquido intracelular, hipotensão e disfunção sistêmica; ● Febre alta, mialgias, cefaléia, confusão, desorientação, convulsões, diarréia e dispnéia; - Diagnóstico: Cultura de sangue e líquor negativas.
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