Buscar

Transtornos do Neurodesenvolvimento e Deficiência Intelectual

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 Laís Kist de Almeida – ATM 2024/2 
Transtornos do Neurodesenvolvimento e Deficiência Intelectual 
 
Transtornos do neurodesenvolvimento 
⇨ Início no período de desenvolvimento (em geral, antes do ingresso na escola). 
⇨ Déficits no desenvolvimento (seja cognitivo, psíquico), acarretando prejuízo pessoal, social, 
acadêmico e profissional. 
⇨ Frequente ocorrência de mais de um transtorno do neurodesenvolvimento (Ex: TEA e def. 
intelectual que pode ser leve, moderada ou grave). 
⇨ Podem incluir o especificador “associado a alguma condição médica ou genética conhecida 
ou a fator ambiental”. 
 
PRINCIPAIS CATEGORIAS (DSM-5): 
Deficiência intelectual: (no CID ainda tá retardo mental, mas é melhor usar déficit). déficits em 
capacidades mentais genéricas, como raciocínio, solução de problemas, planejamento, pensamento 
abstrato, juízo, aprendizagem acadêmica e aprendizagem pela experiência. Acarreta prejuízos no 
funcionamento adaptativo, de modo que o indivíduo não consegue atingir padrões de independência 
pessoal e responsabilidade social em um ou mais aspectos da vida diária 
 
⇨ Atraso global do desenvolvimento: indivíduo não atinge os marcos do desenvolvimento 
esperados em várias áreas do funcionamento intelectual. 
⇨ Transtornos da comunicação: incluem transtorno da linguagem, transtorno da fala, 
transtorno da comunicação social (pragmática) e transtorno da fluência com início na infância 
(gagueira). 
o Dificuldade no aparato fonológico 
⇨ Transtorno do espectro autista (TEA): déficits persistentes na comunicação social e na 
interação social em múltiplos contextos, incluindo déficits na reciprocidade social, em 
comportamentos não verbais de comunicação usados para interação social e em habilidades 
para desenvolver, manter e compreender relacionamentos. Além dos déficits na comunicação 
social, o diagnóstico do TEA requer a presença de padrões restritos e repetitivos de 
comportamento, interesses ou atividades 
 
⇨ Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH): transtorno do 
neurodesenvolvimento definido por níveis prejudiciais de desatenção, desorganização e/ou 
hiperatividade-impulsividade. 
 
*Desatenção e desorganização envolvem incapacidade de permanecer em uma tarefa, aparência de 
não ouvir e perda de materiais em níveis inconsistentes com a idade ou o nível de desenvolvimento. 
*Hiperatividade-impulsividade implicam atividade excessiva, inquietação, incapacidade de 
permanecer sentado, intromissão em atividades de outros e incapacidade de aguardar – sintomas 
que são excessivos para a idade ou o nível de desenvolvimento. 
 
⇨ Transtornos motores do neurodesenvolvimento: incluem o transtorno do desenvolvimento 
da coordenação, o transtorno do movimento estereotipado e os transtornos de tique. 
 
 
2 Laís Kist de Almeida – ATM 2024/2 
⇨ Transtorno específico da aprendizagem: diagnosticado diante de déficits específicos na 
capacidade individual para perceber ou processar informações com eficiência e precisão. 
Esse transtorno do neurodesenvolvimento manifestase, inicialmente, durante os anos de 
escolaridade formal, caracterizando-se por dificuldades persistentes e prejudiciais nas 
habilidades básicas acadêmicas de leitura, escrita e/ou matemática. 
 
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL 
• Transtorno com início no período do desenvolvimento que inclui déficits funcionais, tanto 
intelectuais quanto adaptativos, nos domínios conceitual, social e prático (conforme tabelas 
– DSM-5 p. 34-36). 
• Dificuldades, prejuízos no funcionamento, e dificulta a também em área de aprendizagem nas 
trocas com o meio (andar, falar, brincar, usar objetos) 
• Os vários níveis de gravidade são definidos com base no funcionamento adaptativo, e não 
em escores de QI, uma vez que é o funcionamento adaptativo que determina o nível de apoio 
necessário – leve, moderada, grave, profunda. 
• DI: conjunto de de limitações do funcionamento individual que têm sua origem em fatores 
orgânicos e/ou sociais. Esses fatores dão origem a limitações funcionais (instrumentais) que 
refletem numa incapacidade ou restrição ao nível das tarefas e papéis sociais que seriam 
esperados do indivíduo no ambiente social. 
• DSM-5 incentiva uma perspectiva mais abrangente da DI, enfatizando o funcionamento 
adaptável e o desempenho de habilidades usuais da vida (e não especificamente os escores 
de QI como critério diagnóstico). 
• Descrição utilizada quando funcionamento intelectual e capacidades adaptativas se 
encontram significativamente abaixo da média em comparação a crianças da mesma idade 
cronológica. 
• Foco na funcionalidade, no comportamento adaptativo e em fatores contextuais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 Laís Kist de Almeida – ATM 2024/2 
• Maior propensão de pessoas com DI desenvolverem problemas de saúde mental devido a 
fatores de vulnerabilidade (limitações socioadaptativas, déficit no pensamento conceitual e 
nas competências comunicativas, baixa autoestima, estigmas, etc.). 
 
Comorbidades 
• TEA, transtornos da comunicação, transtornos da aprendizagem, TDAH, transtornos de 
controle dos impulsos, paralisia cerebral, epilepsia e outras condições geneticamente 
transmitidas. 
• Quando há suspeita de DI, investigar as comorbidades. 
• Avaliação cognitiva inclusive testes de inteligência), avaliação da capacidade funcional 
adaptativa, avaliação neuropsicológica. 
• Avaliação cognitiva: inclui testes de inteligência (avaliação do QI); teste WISC; testes não-
verbais são mais adequados. Tentativa de avaliar o potencial cognitivo, habilidade de resolver 
problemas de forma flexível. 
• Objetivo focal do diagnóstico deixa de ser a patologia do indivíduo, mas suas potencialidades 
e habilidades de acordo com suas condições clínicas e seu contexto. 
 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
⇨ Recomenda-se que diagnóstico seja feito após os 5 anos de idade. 
⇨ Transtornos neurocognitivos maiores e leves: principal característica é a deterioração 
dos domínios cognitivos, alterações de comportamento e prejuízo funcional. Há um 
declínio em relação a um nível de desenvolvimento anterior. 
⇨ Transtornos da comunicação e transtorno específico da aprendizagem: levar em 
consideração a inteligência normal do indivíduo. Diagnóstico duplo é finalizado que a 
totalidade dos critérios de ambos os quadros forem preenchidos. 
⇨ Transtorno do espectro autista: prevalência para DI no autismo em torno de 70% dos 
casos. Importante a observação clínica para as sutilezas comportamentais, pois o TEA 
caracteriza-se por desvio qualitativo do desenvolvimento. 
 
ALTERAÇÕES NEUROFUNCIONAIS 
• Comprometimento cerebral mais difuso ou multifocal, tendo impacto sobre a inteligência 
geral. 
• Disfunção cerebral do desenvolvimento, genética ou causada por um insulto ao SNC que está 
em desevolvimento (trauma, infecção, deficiência nutricional, etc.) 
 
PREVALÊNCIA 
⇨ Sexo masculino. 
⇨ DI é mais prevalente dentre as deficiências: 50% dos casos de deficiência apresentam DI. 
 
 
 ETIOLOGIA 
⇨ Fatores genéticos: 
o desordens hereditárias (Ex: síndrome de Down, síndrome do X frágil). 
⇨ Fatores adquiridos: 
o englobam causas congênitas, causas desenvolvimentais e causas ambientais (ex: 
exposição a substâncias tóxicas; vulnerabilidades psicossociais). 
 
4 Laís Kist de Almeida – ATM 2024/2 
 
CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES 
• Embora a DI seja uma condição crônica e irreversível na maioria dos casos, precisamos 
lembrar que o cérebro é um órgão dinâmico com potencial para reorganizar suas funções em 
razão da neuroplasticidade. 
• Importância do investimento em planos terapêuticos individual, familiar, com perspectiva 
social. 
• Importância do trabalho interdisciplinar, da avaliação sistemática do caso para estabelecer 
novos objetivos e intervenções terapêuticos.

Outros materiais