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Revisão Semiologia -------------Caso clínico 1----------- Identificação: Mulher, negra, 46 anos, casada, 2 filhos (por cesárea). Dados vitais e antropométricos: PA 140 x 70 mmHg Peso: 120kg Altura: 1,65 FC: 80 bpm FR: 14 rpm Sat: 97% Temperatura: 37,8°C Ectoscopia: Podemos avaliar que ela está em REG, eupneica, fácies atípica, tipo normolínea, desidratada, normocorada porém ictérica, acianótica. Anamnese: A QP é de “dor na barriga, parecendo cólica, que piora ao comer”. Na HMA foi perguntado a paciente a quanto tempo a algia existe e ela relatou que cerca de 1 mês de maneira fraca, mas que no momento está insuportável e por isso compareceu ao PS. Na RS não relatou dor referida no ombro direito como “sensação de formigamento”. Exame Físico: Na inspeção estática não foram observadas retrações, abaulamentos, equimoses e nem circulação colateral; pode ser observado a cicatriz de Pfannenstiel e abdômen em avental. Na inspeção dinâmica foi feita a manobra de Valsalva que deu resultado negativo. Na ausculta os quatro quadrantes apresentavam ruídos hidroaéreos um pouco diminuídos mas nada fora do normal, ausculta dos vasos abdominais normais. Na percussão o abdômen estava timpânico em geral com as áreas de macicez preservadas. O espaço de traube estava livre. Na palpação superficial não foram identificadas massas, nem resistência na parede abdominal, nem herniações. Leve diástase dos m. reto abdominais. Foi identificada dor no ponto cístico (hipocôndrio direito e parte do epigástrio). Na palpação profunda podemos palpar a vesícula. Foi constatado sinal de murphy positivo. Diagnóstico: Colelitíase que evoluiu para coledocolitíase, esta impedindo que a bile passasse pelo ducto, causando dor e causando icterícia na paciente. É comum nesses casos ter dor referida no ombro direito. Nessa paciente pode existir a inflamação coexistindo com esse problemas, por isso a colecistite também seria aceita, no entanto, não é a causa. -----------Caso Clínico 2-------------- Identificação: Menino, branco, 4 anos, compareceu ao PS acompanhado dos pais. Dados vitais e antropométricos: PA 140 x 70 mmHg Peso 16,42 kg Altura 1,03m Sat: 98% Temperatura: 38,5°C Ectoscopia: MEG, fácies atípica, normolíneo, desidratado, hipocorado, acianótico, anictérico, eupneico. Anamnese: A QP é uma "dor de cabeça muito forte que piorou depois que ele teve uma otite”. Na HMA foram perguntados fatores de melhora e piora, sendo fator de melhora quando está deitado e de piora quando se levanta ou senta. Foi obtido também que a dor começou há 2 dias e tem piorado e que há algum tempo foram em um médico por conta da otite que o paciente apresentava e foi receitado anti inflamatório já que parecia ser viral. Relatam estar saindo secreção purulenta do ouvido da criança. Na RS foi perguntado se a criança estava tendo vômitos em jato e a resposta foi afirmativa. Nos APP foi perguntado se a criança estava com as imunizações em dia e a resposta foi que não, pois pertencem ao movimento antivacina. Exame Físico: Consciente e orientado no tempo e espaço. Marcha normal. Testes de movimentos normais. Reflexos normais. Linguagem sem alterações. Foram realizados os testes de: Brudzinski - Positivo Laségue - Positivo Kernig - Positivo Romberg - Positivo (paciente pendeu para o lado direito) Como o romberg foi positivo, devemos avaliar o porquê o paciente perdeu o equilíbrio. Teste dos nervos cranianos Todos normais exceto o XIII par - vestibulococlear. Possivelmente a otite evoluiu, afetando a parte vestibular do nervo vestibulococlear e chegou até a meninge. Diagnóstico: Meningite Deve ser confirmado por exame pulsão lombar para verificar a natureza. Se purulento = bacteriano (iniciar antibiótico). ---------Caso Clínico 3---------- Identificação: Homem, pardo, 42 anos, casado. Dados vitais e antropométricos: PA 140 x 70 mmHg Peso: 120kg Altura: 1,65 FC: 90 bpm FR: 25 rpm Sat: 95% Temperatura: 37,8°C Ectoscopia MEG, hipocorado, dispneico, fácies atípica, normolíneo, acianótico, anictérico, hidratado. Presença de edema de MMII. Anamnese: QP: “inchaço nas pernas, falta de ar e tosse que não melhora”. HMA - dificuldade até a pequenos esforços, fica extremamente cansado. Exame Físico: (cardíaco e abdominal) Inspeção - abdômen globoso, sem cicatrizes, sem retrações, não evidencia presença de circulação colateral. Evidente ascite. Tórax normal sem retrações nem abaulamentos. Podemos ver turgência jugular. Ausculta - Abdominal: ruídos hidroaéreos diminuídos nos 4 quadrantes, sem presença de sopros nos vasos abdominais. Cardíaca: presença de sopro sistólico mitral. Percussão - hepatimetria evidencia hepatomegalia tendo o fígado o tamanho, após o rebordo costal, de 5 polpas digitais. Espaço de traube ocupado, evidenciando esplenomegalia. Baço percutível e boyde 3. Além disso, pela percussão podemos evidenciar o semicírculo de Skoda, que é quando temos macicez ao redor do abdômen e timpanismo apenas na parte central (mesogástrio). Palpação: Manobra em garra - possui bordas regulares porém com borda em romba, sem presença de massas, mas com consistência irregular. Schuster - evidenciando também a esplenomegalia. Feito sinal de piparote para comprovar presença de ascite. Sinal de murphy negativo, romberg negativo, laségue negativo. Ictus cordis palpável e deslocado à direita 3 polpas digitais. Edema de MMII confirmada por sinal de Godet, presença de sinais flogísticos. Diagnóstico: ICCD provocada por ICCE. A ICC provoca essas visceromegalias, somadas de edema de MMII, ascite, turgência jugular, sopros sistólico mitral ou tricúspide, fadiga, dispneia. -----------Caso Clínico 4-------- Identificação: Menina, parda, 4 anos, compareceu ao PS acompanhada dos pais. Dados vitais e antropométricos: PA 100 x 50 mmHg Peso 16,42 kg Altura 1,03m Sat: 98% Temperatura: 35,5ºC Ectoscopia:BEG, fácies atípica, normolínea, hidratada, corada, acianótica, anictérico, dispneica. Anamnese: QP: “tosse que não melhora, falta de ar e chiado no peito”. HMA - Piora de manhã e ao deitar. Piora em contato com poeira ou pelo de animais. Tosse de aspecto “seco”. Opressão torácica. Exame físico: Inspeção - tórax sem abaulamentos e retrações, não possui cicatrizes. Palpação - presença de frêmito pulmonar. Percussão - som claro pulmonar. Ausculta - presença de sibilos. Diagnóstico: Asma -----------Caso Clínico 5-------- Identificação: Homem, branco, 60 anos, casado. Dados vitais e antropométricos: PA 120 x 80 mmHg Peso: 80kg Altura: 1,80 FC: 80 bpm FR: 14 rpm Sat: 97% Temperatura: 35ºC Ectoscopia: BEG, fácies atípica, normolíneo, hidratado, corado, acianótico, anictérico, dispneico. Anamnese: QP: “tosse que não melhora, falta de ar e dificuldade para fazer atividades diárias”. HMA - Tosse durante todo o dia. Hábitos - fumante há 40 anos. Fumava cerca de 2 maços de cigarro por dia. Exame físico: Inspeção - tórax sem abaulamentos e retrações, não possui cicatrizes. Palpação - presença de frêmito pulmonar. Percussão - som claro pulmonar. Ausculta - presença de estertor grosso. Diagnóstico: DPOC Exames Físicos Resumo Cardio 1º Inspeção: tipo de tórax, abaulamentos, retrações, deformidades, pulsações, ictus cordis; Verificar pulsações centrais e periféricas e ver se a veia jugular está distendida (turgência jugular). (manobra dos 45º) Turgência jugular permanente - sinal de Kussmaul: indica insuficiência cardíaca direita. Pulsos centrais - carotídeo. Pulsos periféricos - braquiais, radiais, femorais, poplíteos, tibiais e pediosos. OBS; teste de allen. Verificar se o paciente possui edema - Sinal de Godet/Cacifo. Até que nível o edema se estende. 2º Palpação: ictus cordis – descrever localização e intensidade (polpas digitais); presença de frêmitos na região precordial; COMORBIDADES ASSOCIADAS: o deslocamento do ictus cordis indica dilatação e/ou hipertrofia de ventrículo esquerdo , como ocorre na hipertensão arterial e insuficiência aórtica, por exemplo. ● Frêmito cardiovascular É caracterizado como a sensação tátil determinada por vibrações produzidas no coração ou nos vasos. Em caso de presença de frêmito, deve-e investigar localização, situação do ciclo cardíaco e intensidade (avaliado em cruzes ++++/IV ). Estão associados aos sopros . 3º Ausculta: descrever ritmicidade (ritmo regular, ritmo de galope, ritmo irregular); frequência cardíaca (auscultar por 1 minuto); intensidade das bulhas cardíacas (normo, hipo ou hiperfonéticas); desdobramentos ou presença de 3ª ou 4ª bulha; presença de sopros (se presente, localizar qual foco é mais audível e em seguida se é sistólico ou diastólico). Bulhas Cardíacas B1 - fechamento da valva mitral e tricúspide. Coincide com ictus cordis e pulso carotídeo. TUM B2 - fechamento válvulas aórtica e pulmonar TLA ou TA - ouve-se melhor em focos aórtico e pulmonar. B3 - vibração da parede ventricular distendida pela corrente sanguínea que penetra na cavidade durante o enchimento ventricular rápido. Ouve-se TUM TA TU, sendo B3 a parte do Tu que é patológico. B4 - ruído débil que ocorre no fim da diástole ou pré sístole. Ritmo e frequência cardíaca Frequência = BPM Cliques e estalidos Estalidos diastólicos - estenoses das valvas mitral e tricúspide. TEP - audível no 3º e 4º EIC e no foco mitral. Estalido protossistólico: pulmonar (presente na estenose pulmonar e hipertensão pulmonar grave). Aórtico (aneurismas de aorta e tetralogia de Fallot). Sopros Sempre avaliar se o sopro é diastólico, sistólico, continuo, sua localização, irradiação, intensidade, timbre e tonalidade. Tipos de sopros: Estenose mitral - diástole Insuficiência mitral - sístole Estenose aórtica - sístole Insuficiência aórtica - diástole Estenose Tricúspide - diástole Insuficiência tricúspide - sístole Estenose pulmonar - sístole Insuficiência pulmonar - diástole Atrito pericárdico Origina-se do roçar de folhetos pericárdicos. Em geral é um ruído perceptível na sístole e na diástole, sem relação constante e fixa com as bulhas cardíacas. É mais audível entre o ictus e a borda esternal esquerda. DESCRIÇÃO DO EXAME NORMAL: Precórdio calmo, sem abaulamentos, retrações ou deformidades, ictus cordis palpável 1-2 polpas digitais na linha hemiclavicular esquerda no 5º EIC. Bulhas cardíacas rítmicas, normofonéticas em dois tempos, sem sopros. Pulmonar Inspeção Avaliar tipo de tórax, cicatrizes, retrações, abaulamentos, ritmo respiratório, expansibilidade. Palpação Verificar expansibilidade pulmonar no topo e na base e frêmito toracovocal (33). Percussão Percutir 4 áreas de cada pulmão e verificar se o som é claro pulmonar (normalidade). Maciço e timpânico são anormais. Ausculta Auscultar 4 partes do pulmão em cada lado. Sons adventícios (anormais): Estertores - fino ou grosso Fino (crepitações) - indica conteúdo dentro dos alvéolos ou intersticiais. Fibrose/ Pneumonia / ICC Grosso (bolhosos) - indica presença de conteúdo líquido ou inflamatório. Bronquite/DPOC Roncos - sons graves e contínuos que indicam secreção nas vias aéreas. - DPOC Sibilos - estreitamento das vias aéreas. (ASMA) Estridor EDEMA DE GLOTE POR ANAFILAXIA. Podemos ter também atrito pleural. Pleurite por exemplo. Exemplo de normalidade: Tórax atípico, ritmo respiratório normal. Ausência de retrações, abaulamentos ou cicatrizes. Expansibilidade preservada. Som claro pulmonar. Murmúrio vesicular fisiológico sem ruídos adventícios. SONS para estudar: https://semiologiamedica.ufop.br/s emio-%C3%A1udios Abdome Inspeção Realizada em decúbito dorsal com a perna esticada. Observar formato (plano, globoso, escavado, avental), se tem circulação colateral (importante para avaliar uma hipertensão portal, por exemplo), equimoses (sinal de Cullen e grey turner), cicatrizes, hérnias (manobra de valsalva). Cicatrizes: Cesárea- Pfannenstiel Apendicectomia - Mcburney Vesícula - Cocher. Inspeção estática e móvel. Estática só observar. Móvel - manobra de valsalva ou fletir abdômen (m. reto abdominais e herniações). Ausculta Verificar se ruídos hidroaéreos estão aumentados, diminuídos ou normais, nos 4 quadrantes. Pesquisar presença de sopros em artérias aórticas, renais ou ilíacas. Normal - 1 a cada 10-15 seg (avaliar cada quadrante durante 1 min) Aumentados - diarreia (gastroenterocolite). Diminuídos - íleo paralítico, abdome agudo obstrutivo. Avaliar quantidade, timbre, frequência. Artéria aorta - região mesogástrica Artérias renais - paramediana perto da cicatriz umbilical esquerda e direita. Artérias ilíacas - próxima a fossa ilíaca esquerda e direita. Se o paciente tem aneurisma escutamos sopros. Percussão Verificar se a maior parte do abdômen está timpânico. Avaliar hepatimetria. Avaliar espaço de traube. - linha axilar anterior entre 6º e 11° espaço intercostal. Palpação: Superficial Palpar para ver se tem presença de rigidez (resistência da parede abdominal), pontos dolorosos (se já tiver dor deixar onde está doendo por último). Palpar os 9 quadrantes. Processo inflamatório da parede abdominal - contraído Pontos dolorosos - ureteral, McBurney, cístico… Profunda Procurar visceromegalias e presença de massas. Ver se rins, baço, fígado, vesícula estão palpáveis. Palpar fígado - mão embaixo e mão em cima fazendo movimentos para delimitar fígado do paciente. Ou movimento em garra ou Arranhaduras (usa esteto). Avaliar localização, se a borda é fina, romba, se tem alguma nodulação. Palpar baço - Manobra schuster (pedir que o paciente fique quase de lado, membro inferior fletido e apoiado na mesa, depois fazer manobra de garra e tentar encontrar o baço, se estiver aumentado ir para classificação de boyde - percussão desde espaço de traube). Boyde 1 - espaço de traube ocupado Boyde 2 - linha do rebordo costal esquerdo Boyde 3 - linha cicatriz umbilical Boyde 4 - abaixo da linha umbilical. Descompressão brusca - Dor - Sinal de peritonite - somente muda na fossa ilíaca direita que é blumberg. Manobras e sinais importantes: ● Manobra de Valsalva - avaliar presença de herniações. ● Sinal de Cullen - coloração azulada/arroxeada ao redor do umbigo que indica hemorragia retroperitoneal. ● Sinal de Grey Turner - equimoses não traumáticas nos flancos, pode indicar pancreatite hemorrágica, estrangulamento intestinal ou extravasamento de sangue. ● Sinal de Murphy - dor profunda à palpação do ponto cístico, indicativo de colecistite. ● Sinal de Blumberg - Dor referente à descompressão súbita da fossa ilíaca direita no ponto de McBurney (ponto apendicular). Sugere apendicite aguda. ̀Pode também identificar peritonite. ● Manobra de Calas (punho percussão na sola do pé e ver onde doi - se for fossa iliaca direita é sinal de apendicite). ● Sinal de Rovsing - dor no quadrante inferior direito quando ocorre descompressão no quadrante inferior esquerdo, identifica apendicite. ● Sinal de Laségue - positivo quando o indivíduo sente dor ao realizar movimento de extensão do quadril. Indicativo de apendicite. ● Sinal de Kernig - elevação da perna em 90°. Sinal positivo para apendicite quando o paciente tem dor ao realizar esse movimento. ● Sinal de Lapinski: Dor à compressão do ceco contra a parede posterior do abdome, enquanto o doente eleva o membro inferior direito. Pode ser indicativo de apendicite. ● Sinal de Giordano - dor á punho-percussão das lojas renais, sugere pielonefrite. ● Manobra em garra - avaliar fígado. (forma, consistência, nodulações, mais fino ou mais espesso) ● Manobra Schuster - avaliar esplenomegalia (garra do lado esquerdo) ● Sinal Boyde (percussão) - avaliar o tamanho da esplenomegalia e graduar. ● Sinal de Piparote - verificar ascite. ● Ponto de McBurney : união do terço externo com dois terços internos da linha que une a espinha ilíaca ântero-superior à cicatriz umbilical. Dor nessa região sugere apendicite aguda. O Sinal de Blumberg , dor a descompressão, pode ser pesquisado na palpação profunda. ● Sinal de Jobert: percussão do hipocôndrio direito com detecção de timpanismo. É indicativo de pneumoperitônio (ar na cavidade abdominal). ● Laségue - avaliar abdômen agudo e herniações. (mesmo que psoas) ● Ascite móvel e anel de skoda. (até médio volume) ● Grande volume usa piparote. Exemplo de normalidade: Abdome plano, ausência de equimoses, circulação colateral, abaulamentos, retrações, pulsações, retrações, cicatrizes. Ruídos hidroaéreos presentes. Indolor e timpânico à percussão. Indolor à palpação superficial e profunda. Ausência de visceromegalias. Doenças que podem cair Insuficiência Cardíaca (chagásica) L.A.S., 43 anos, sexo masculino, morador de zona rural, deu entrada no pronto socorro com queixa de dispneia e dor torácica. Na admissão, apresentava edema de MMII, jugulares ingurgitadas, reflexo hepatojugular presente, com queixa de dor torácica intensa, constante, que teve início há 2 dias. Relatou também dispneia intensa, constante, que piora com o decúbito e que se mantém mesmo quando o paciente está em repouso. O paciente tem ICC chagásica e faz uso de furosemida 40mg MID, espironolactona 25mg MID e captopril 50mg TID. É hipotireideo e faz uso de puran T4 125mg MID. Ex-etilista há 2 anos, ex-tabagista há 7 anos. Nega demais doenças, cirurgias, alergias, hemotransfusões e neoplasias. História familiar de mãe diabética e hipertensa e pai hipertenso. EXAME FÍSICO: Ectoscopia: estado geral regular, lúcido e orientado no tempo e espaço, fácies atípica, pálido, cianótico (1+/4+), sudorético, pele fria, úmida e com pouca elasticidade, enchimento capilar retardado, edema de MMII 4+/4+). Dados vitais: FC: 105bpm , FR: 15 ipm, PA: 100×70 mmHg, T°C: 36,4 Cabeça: Tireóide palpável, tópica, consistência fibroelástica,de tamanho normal. Linfonodos cervicais palpáveis, jugulares ingurgitadas, refluxo hepatojugular presente.Sistema nervoso: déficits focais inexistentes, força preservada no tronco, nos MMSS e nos MMII. Reflexos miotáticos dentro da normalidade. Discreto tremor fisiológico bilateral das mãos. Sistema respiratório: edema pulmonar, expansibilidade e elasticidade levemente reduzidas em toda a caixa torácica, timpanismo à percussão, frêmito tórcaovocal e sons respiratórios diminuídos em todo o tórax, crepitações teleinspiratórias em todo o tórax. Sistema cardiovascular: ictus cordis palpável, pulso filiforme, bulhas arrítmicas e hipofonéticas, taquicárdico, sem sopros. Abdome: globoso, edemaciado, peristaltismo preservado, maciçez móvel, Traube livre, sem massas ou sinal de irritação do peritônio, fígado palpável, audência de circulação colateral. · Membros superiores: sem edema e demais alterações. · Membros inferiores: edemaciados (4+/4+), com cacifo, sem demais alterações. Insuficiência Cardíaca Congestiva FSM, 76 anos, divorciado, católico, aposentado, com história de falta de ar aos pequenos esforços, diminuição do volume urinário acompanhado de ganho de peso, deu entrada no serviço com quadro de desconforto epigástrico, tosse seca associada a dificuldade para respirar (dispneia progressiva). Antecedentes pessoais ● Foi tabagista 40 anos – parou de fumar há seis anos ● Hipertensão arterial sistêmica ● Diabetes tipo 2 ● Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) anterior ● Doença arterial coronariana – Lesão triarterial (marginal, circunflexa e diagonais) – com indicação cirúrgica – Revascularização Miocárdica. ● Em uso de ácido acetilsalicílico, heparina, furosemida e sinvastatina. Abdome globoso, distendido, com fígado palpável a 5 cm do rebordo costal direito (RCD) e edema importante de membros inferiores (MMII). Má perfusão periférica. Ausculta pulmonar: roncos e estertores em bases pulmonares Ausculta cardíaca: bulhas arrítmicas (taquicárdicas) normofonéticas, sopro sistólico em foco mitral e aórtico. Asma Paciente feminino, 5 anos e 3 meses, se apresenta com queixa de “cansaço” há 01 dia. HMA: Mãe refere que a pré-escolar iniciou há 4 dias, quadro de congestão nasal e tosse seca, com piora no período noturno. Relata que hoje houve piora da tosse associada a quadro de taquidispnéia. A mesma relata que realizou nebulização com soro fisiológico, sem melhora, e decidiu portanto procurar a emergência. Nega febre. Refere 1 episódio de vômito associado a dor abdominal. Nega outras queixas. Nega alergia medicamentosa. Exame Físico Pré-escolar taquidispnéica, taquicárdica, afebril, corada, hidratada, acianótica e anictérica. Boa perfusão capilar periférica. Apresenta batimentos de asa do nariz, retração de fúrcula, tiragem subcostal e intercostal. Peso: 21 kg OTO: membrana translúcida bilateralmente ORO: hiperemia de amígdalas AR: MVUA, presença de sibilos difusos e crepitações em ambas as bases. FR: 49 irpm SAT O2 90% em ar ambiente ACV: RCR, 2 tempos, bulhas normofonéticas, sem sopros. FC: 146 bpm ABD: distendido, hipertimpânico, peristalse presente, indolor, não palpo massas ou megalias. MMII: sem edemas, pulsos simétricos. HPP: Mãe relata outros episódios semelhantes, 3 episódios nos últimos 3 meses. Refere que as crises incapacitam a filha de realizar atividades diárias e que quase sempre necessitam de idas a emergência. Relata episódios noturnos esporádicos. Refere uma pneumonia tratada ambulatorialmente aos 3 anos de idade, com amoxacilina. Relata ainda que tem espirros em salva sempre que acorda e apresenta prurido nasal diário. Nega cirurgias. Nega transfusões sanguíneas. H. Familiar: Mãe relata ter tido bronquite na infância. Pai e irmão de 10 anos são portadores de rinite alérgica. Avós maternos hipertensos. Avós paternos faleceram vítima de trauma automobilístico. H. Gestacional e Neonatal: G2, P2, A0. Realizou 7 consultas pré-natal. Sorologias normais. Fez uso de ácido fólico e sulfato ferroso. Teve DHEG e DMG. Nascido de parto cesáreo, 36 semanas, apgar 7/8. Evoluiu com desconforto respiratório transitório e hipoglicemia, permaneceu em Unidade neonatal intermediária por 48 horas. H. Crescimento e Desenvolvimento: Adequado para idade H. Vacinal: Adequada para idade. H. Social: Casa de alvenaria, 5 cômodos, saneamento básico, reside com pai, mãe e irmão. Nega etilismo e uso de drogas. Pai tabagista. DPOC História Clínica Paciente, masculino, 62 anos. Queixa principal: piora da dispneia há 7 dias. História da moléstia atual: Acompanhado pela esposa, paciente refere dispneia aos grandes esforços e tosse seca ou com pouca secreção, de cor clara, há alguns anos. Há 7 dias, cursa com piora da dispneia e da tosse, agora com secreção amarelada. Há 1 dia, apresentou febre. Nega internações anteriores pelos sintomas atuais. Antecedentes médicos: Nega alergia e asma na infância. Refere HAS em uso irregular de losartana 50 mg 1x ao dia. Nega DM. Hábitos de vida: Tabagista há 47 anos de 01 maço/dia. Usa de fogão à lenha desde criança. Refere passado de etilismo social de destilado (“bombinha”), estando abstêmio há 02 anos. Dieta hipossódica, pobre em fibras. História psicossocial: Acompanhante relata que paciente está mais triste porque não tem o rendimento que tinha antes no trabalho, na roça, pois “cansa” mais rápido. Está também mais fechado desde que tentou parar de fumar, há 02 anos, mas não obteve êxito. Exames Físico Geral: Regular estado geral, lúcido e orientado em tempo e espaço, corado, anictérico, desidratado. Uso de musculatura acessória na respiração. PA: 140×90 mmHg PR: 110 bpm FR: 28 ipm Temperatura axilar: 37,4 Cº Sat O2 = 85% Aparelho cardiovascular: Ritmo cardíaco regular, em 2 tempos. Não ausculto sopros. Aparelho respiratório: Presença de tiragem intercostal. Expansibilidade diminuída, FTV aumentado em terço inferior do HTD, timpanismo à percussão. Murmúrios vesiculares difusamente diminuídos, presença de crépitos em terço inferior do HTD. Abdome: Plano, flácido, indolor, ruídos hidroaéreos presentes, sem visceromegalias. Extremidades: bem perfundidas. Edema de membros inferiores +/4+ O pacienteapresenta quadro de tosse crônica, dispnéia, história de tabagismo e de exposição à fumaça de lenha, que são dados sugestivos de DPOC . Pancreatite História Clínica M.O.C, sexo feminino, 40 anos. Queixa principal: Dor na barriga há 8 horas. História da moléstia atual: paciente refere que vinha sentindo um desconforto em todo abdome há cerca de 48 horas. Porém, nas últimas 8 horas esse desconforto se tornou uma dor intensa epigástrio/mesogástrio que vem piorando e no momento da consulta está mensurada em 9/10. Fez uso de dipirona para a dor, não havendo melhora. Relata que durante esse período teve 2 episódios de vômito e vem sentindo náuseas e sudorese desde então. Nega febre, perda de peso e obstipação. Antecedentes médicos : refere ser hipertensa desde os 20 anos e não fazer o tratamento de forma regular (faz uso de Hidroclorotiazida 25 mg/dia e Sinvastatina 40 mg/dia). Teve um episódio de IAM há 2 anos e faz uso de AAS 100 mg/dia desde então. Nega outras patologias. Antecedentes familiares : pais faleceram quando era criança. Não possui irmãos. Hábitos de vida : Possui hábito alimentar rico em alimentos gordurosos e de baixo valor nutricional. Não realiza atividades físicas. Nega tabagismo e elitismo. Exame físico Geral : Regular estado geral, LOTE, desidratado, taquipneico, bom estado nutricional, mucosas hipocrômicas (++/IV), fácies de dor, paciente em posição antálgica. Dados vitais : TA: 120×80 mmHg; FR: 27 ipm; FC: 120 bpm; Peso: 75 kg, Altura: 1,60, IMC: 29,3 kg/ m2 Pele e fâneros : Pele fria e pálida, sudoreica, sem cianose de extremidades. Aparelho respiratório : Taquipneico, com padrão de respiração normal. Expansibilidade preservada, som claro pulmonar à percussão em ambos HT, e MV normal com ausência de RA. Aparelho cardiovascular : Precórdio calmo, sem abaulamentos, não impulsivo. Ictus não visível, presente em 5º EIC na LHC. Bulhas rítmicas, em dois tempos, normofonéticas, sem sopro. Abdome https://www.sanarflix.com.br/portal/dpoc-e-desnutricao/ Inspeção: Abdome semi-globoso, cicatriz umbilical intrusa, ausência de visceromegalias; Ausculta: RHA diminuídos; Percussão: Timpanismo em todo abdome; Palpação: Abdome doloroso à palpação profunda em epigástrio/ mesogástrio. Sem sinal de descompressão brusca. Sinal de Jobert e Murphy ausentes. Nessa paciente um diagnóstico diferencial poderia ser feito laboratorialmente, pedindo dosagem de enzimas (amilase e lipase). Principal diagnóstico é Pancreatite aguda secundária a uma litíase biliar. - em mulheres é muito recorrente. Ou seja, o quadro clínico de uma pancreatite é: Dor abdominal (Súbita, geralmente de forte intensidade, em faixa: epigástrio irradiando para dorso, piora com a alimentação), Náuseas e vômitos, podendo apresentar também Sinais de irritação peritoneal, Distensão abdominal, Derrame pleural. A dor abdominal está presente em mais de 95% dos pacientes. A presença de equimose em flanco esquerdo (sinal de Gray-Turner) ou na região periumbilical (sinal de Cullen) são indicativos de hemorragia retroperitoneal que pode ocorrer em casos de pancreatite grave. O uso crônico de álcool é uma das principais causas de pancreatite aguda e, certamente, a causa mais comum de sua forma crônica. Colelitíase Causa mais comum de pancreatite aguda. De 3 a 7% dos pacientes com litíase biliar desenvolvem quadro de pancreatite aguda. Colecistite História Clínica D.S.R. sexo feminino, 45 anos. Queixa principal: dor abdominal. História da moléstia atual: paciente chega à emergência do HGE referindo dor abdominal , de início abrupto após o almoço. Informa que a dor se intensificou após comer um hambúrguer no lanche da tarde. Relata náuseas e febre de 38°, medida no trabalho momentos antes de ir para a emergência. Nega alergias, cirurgias prévias e constipação. Informa que há duas semanas realizou exames de sangue de rotina e foi informada pelo seu médico que o açúcar estava alto, porém que ela ainda não era diabética. Foi orientada a melhorar sua alimentação, o que ela nega ter feito. Relata mãe diabética e pai hipertenso. Exame físico ● Geral: estado geral regular, com fácies de dor aguda, anictérica, acianótica e LOTE. ● Dados vitais: FC: 92 bpm TA: 126 x 82 mmHg Temp: 38,2º C FR: 14 ipm ● Abdome: dor à palpação do hipocôndrio direito e sinal de Murphy positivo. ● Demais sistemas sem alterações. Hipótese Diagnóstica : Colecistite aguda https://www.sanarflix.com.br/portal/voce-sabe-o-que-e-o-abdome-agudo/ Apendicite Aguda História Clínica Paciente 23 anos, sexo feminino, se apresenta com queixa de dor na barriga há 3 dias. • História da Moléstia Atual Paciente refere que iniciou dor abdominal aguda difusa em região periumbilical há 2 dias, de caráter progressivo, intensidade 5/10, sem irradiação ou fatores de melhora ou piora, associada a anorexia, náuseas e múltiplos vômitos. Nas últimas 12 horas, relata que houve migração da dor para fossa ilíaca direita juntamente com piora da dor, aumentando a intensidade para 9/10. Relata sensação de corpo quente, porém não mensurou temperatura. Nega leucorreia, disúria ou hematúria. • Antecedentes Pessoais G0P0A0, DUM: 19/09/2016. Nega internamentos prévios ou hemotransfusões. Apresentou cartão vacinal completo. Nega DM, HAS, tuberculose ou neoplasias. • Antecedentes Familiares Mãe hipertensa, pai falecido de IAM aos 60 anos. • Hábitos de Vida Refere ser heterossexual, possuir parceiro fixo há 2 anos e fazer uso de preservativo + anticoncepcional oral regularmente. • Interrogatório Sistemático Geral, gastrintestinal e ginecológico: vide HMA. Sem queixas em outros sistemas. Exame Físico Encontra-se em REG, LOTE, fácies de sofrimento agudo, ativa no leito, anictérica, acianótica, mucosas coradas. Dados Vitais: FC: 104 bpm FR: 22 ipm PA: 110×80 Tax: 38,2ºC. Pele e Fâneros: Pele de coloração, textura, elasticidade, mobilidade e espessura normais,. Presença de turgor reduzido. Cabeça e Pescoço: Crânio normofelálico sem tumorações, lesões e regiões de hipersensibilidade.Pupilas isocóricas e ouvidos, nariz e boca sem achados. Ausência de Linfadenomegalia. Tireoide tópica com consistência normal, não dolorosa e sem nódulos palpáveis. Aparelho Respiratório: Paciente taquipneica porém com ausência de utilização de musculatura acessória, tórax simétrico, sem retrações, abaulamentos ou lesões e cicatrizes. Expansibilidade e FTC preservados. Som claro pulmonar em todo tórax. Murmúrio vesicular bem distribuído e ausência de ruídos adventícios. Aparelho Cardiovascular: Precórdio calmo, sem impulsões, ictus visível. Bulhas não palpáveis, ictus palpável em LMC no 5º EICE, medindo 1 polpa digital. BRNF em 2T, ausência de sopros, B3 ou B4. Aparelho Gastrintestinal: Abdome plano, ausência de abaulamento, lesões ou pulsações visíveis, cicatriz umbilical intrusa. RHA presentes. Difusamente timpânico. Dor à palpação superficial e profunda na fossa ilíaca direita. Sinais de Blumberg, Rovsing. Neurológico: Sem sinais de irritação meníngea. Ausência de movimentos involuntários. Tônus muscular normal. Marcha normal porém um pouco lentificada. Sensibilidade superficial preservada. Reflexos reduzidos ++/IV. Ao exame físico, é importante se atentar à presença de febre, taquicardia e taquipneia, sinais que, associados ao suspeito foco infeccioso (apêndice) configura o diagnóstico de sepse. Neste momento, é imprescindível a confirmação de tal foco para isso, realiza-se o exame físico do abdome onde nota-se dor às palpações superficial e profunda, bem como, à presença dos sinais de Blumberg e Rovsing o quais corroboram com o diagnóstico de apendicite aguda. Meningite Paciente sexo masculino, 10 anos de idade apresentando febre e cefaleia há mais de 48 horas. HMA : Paciente apresentava-se hígido, há cerca de 48 horas começou a apresentar febre alta de 39,5°C junto com vômitos em jato, inapetência, astenia e irritação. Apresentou cefaleia no mesmo período sem fatores de melhora, relata piora ao movimentar-se. Genitora relata administrar Dipirona, 1 vez, sem melhoras. Procurou a emergência, onde foi percebido a presença de petéquias, inicialmente em região inguinal e posteriormente por todo o corpo do paciente. Encaminhado para o Hospital Couto Maia para averiguação e tratamento. Após chegada, a criança tem respondido bem ao tratamento com melhora da febre e da cefaleia, mas com petéquias e irritação persistentes. IS: Nega perda ponderal, sem alterações em nariz, ouvidos e olhos, assim como sem alterações gastrointestinais, urinárias e extremidades. Desenvolvimento Neuropsicomotor: Paciente com crescimento e desenvolvimento adequados para idade. Precedentes Médicos : Genitora nega doenças, internamentos, cirurgias. Nega alergias medicamentosas, alimentares e ambientais. Refere cartão vacinal completo (SIC). História Familiar : Nega casos de hipertensão arterial, diabetes mellitus, cardiopatias, câncer, doenças sexualmente transmissíveis. Exame Físico Dados Vitais: FR: 46 ipm; FC: 140 bpm; Temperatura: 37,8 °C Geral: Paciente mostra-se irritado, choroso, ativo, eutrófico, hidratado, anictérico e acianótico, mucosas normocrômicas, orientado no tempo e espaço. Pele: apresenta petéquias por todo o corpo, com maior distribuição em extremidades nos MMII, sendo algumas coalescentes. Sem adenomegalias. Cabeça e Pescoço : Normocefálico, sem alterações ao exame. Pescoço cilíndrico, simétrico; laringe e traqueia móveis, medianas; pulso carotídeo simétrico; jugulares sem estase a 45º. Apresenta rigidez de nuca. Aparelho Respiratório: tórax simétrico, sem deformidade, boa expansibilidade, taquipneico, murmúrio vesicular presente e bem distribuído sem ruídos adventícios. Aparelho Cardiovascular : precórdio calmo, pulsos simétricos, cheios, taquicárdico. BN2T sem sopros. Abdome: Plano, flácido, indolor, sem visceromegalia, RHA presentes e sem alterações. Sistema Nervoso: Lúcido e orientado, responsivo. Sinais de irritações meníngea positivos: Kerning, Brudzinski e Laségue. Reage a estímulos dolorosos, sem alterações na força muscular. Suspeita Diagnóstica : Meningite Bacteriana AVC HISTÓRIA CLÍNICA: J.F.C, 67 anos, masculino, advogado com antecedentes de HAS e DM II (uso irregular de Losartana e Metformina) vem trazido por familiares ao setor de emergência do HGRS com queixa de um quadro súbito de fraqueza ao lado direito do corpo e dificuldade para falar que iniciou há cerca de 30 minutos do momento da admissão. EXAME FÍSICO: Regular estado geral, hidratado, anictérico, afebril. Dados Vitais: PR: 125bpm, ritmo irregular; FR 18 ipm; TA 180/100mmhg; HGT: 200 Aparelho Respiratório: murmúrios vesiculares bem distribuídos, sem ruídos adventícios Aparelho Cardiovascular: bulhas arrítmicas, normofonéticas em 2 tempos, sem sopros Abdome: flácido, indolor. Exame neurológico: vigil, Afasia global, pupilas isofotoreativas, força muscular 0/5 em hemicorpo direito. NHISS: 18 A principal hipótese para esse paciente é de um Acidente Vascular Cerebral, condição definida como um déficit neurológico, geralmente focal, de início abrupto ou progressão rápida. Nesse caso o AVC é do tipo isquêmico, que corresponde a cerca de 80% dos casos e está muito associado a trombose e cardioembolismo. Os principais fatores de risco associados são: hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus tipo 2, dislipidemia, obesidade, tabagismo, história familiar e idade maior que 60 anos. ● Devemos sempre suspeitar de AVC em casos de déficit neurológico focal, súbito ou com progressão rápida. Parkinson Identificação do paciente e história clínica RPS, sexo masculino, pardo, solteiro, 51 anos, natural e residente de Castro Alves-BA, escritor formado em letras, não possui religião e tem bom grau de informação. Queixa principal Dificuldade na escrita há 3 meses. História da doença Atual (HDA) Paciente refere que há 3 meses vem apresentando dificuldade para escrever. Informa que as letras vêm se tornando cada vez menores, que tem apresentado erros na escrita e lentidão nos movimentos, associada a rigidez e diminuição da destreza para digitar no computador, algo que também foi percebido pela sua irmã.Os sintomas se iniciaram no lado direito e já estão acometendo o outro hemicorpo, o que aumentou sua preocupação. Paciente também relata hiposmia recente (não soube especificar período), constipação e “alterações no sono” que tiveram início há anos, mas ele não buscou atendimento. Nega sintomas associados como: rinorreia, epistaxe, obstrução nasal, dor, cefaleia, vômitos/náuseas, febre, alteração de fala, convulsões, síncope, lipotimia e irritabilidade. Acredita que parte disso tenha relação com as noites mal dormidas que cada vez se tornam mais frequentes, devidos aos constantes sonhos que o fazem despertar,e isso é um dos fatores que também atrapalham o desempenho da o fazem despertar,e isso é um dos fatores que também atrapalham o desempenho da escrita pelo cansaço diurno. Todos os sinais/sintomas tem se acentuado e impactam fortemente na sua qualidade de vida, mas a dificuldade de escrita é aquilo que o tem deixado mais abatido e que vem tirando sua vontade de viver. Essa é a primeira busca a um centro de saúde para resolução das problemáticas, não há uso de medicações nem exames prévios relacionados ao quadro. História de vida. Antecedentes Pessoais: Informa ter tomado vacinas recentemente e na infância -cartão não apresentado-. Paciente nega alergia, transfusões, DM, dislipidemia, tuberculose, pneumonia, meningite, AVC ou infarto. Foi internado e realizou cirurgia há 5 anos por fratura exposta em perna direita após acidente de moto. Não faz uso de medicamento de uso contínuo. Antecedentes Familiares: Paciente relata que pai e mãe faleceram de “causas naturais” aos 50 e 65 anos, respectivamente. Não apresentaram DM, HAS ou outras comorbidades. Avó faleceu por complicações do diabetes (não soube relatar a idade). Nega histórico familiar de câncer. Hábitos de vida: Paciente informa que come pouco, faz refeições regulares, mas com má qualidade (pouca verdura e frutas). Faz atividade física regular (30 minutos de boxe, 4 dias da semana) ingere algo em torno de 1.5L de água e que diariamente consome copos de suco. Nega tabagismo e uso de drogas ilícitas. Faz consumo moderado de bebida alcoólica aos finais de semana, 3-4 latas de cerveja. Trabalha em casa, em média de 6-8 horas por dia, mas o tempo de trabalho tem diminuído ultimamente. História Psicossocial: Paciente informa ter boa relação com família, mora sozinho mas tem contato próximo com irmã, tia, e duas primas. Mora em casa própria e tem renda elevada e plano de saúde. Não sai de casa com frequência, mas sempre está em contato com familiares e alguns amigos escritores, é bem-querido. Exame físico Aspecto geral: bom estado geral, lúcido e orientado em tempo e espaço, bem nutrido, ativo, colaborativo, fácies atípica, afebril, anictérico, acianótico, conjuntivas hipocoradas +/++++. Exame da Pele:temperatura e textura normal. Turgor, elasticidade preservados. Sem lesões. Dados Vitais:FC – 62 bpm, FR – 16 ipm, TEMP – 37.1°C, PA – 120/80 mmHg. Dados Antropométricos: Peso – 62 kg, altura – 1.85m, IMC 18.1kg/m², cintura 77cm. Cabeça e Pescoço:cabeça indolor a palpação, sem alterações na forma ou contorno do crânio, sem deformidades ou nodulações. Fácies atípica, sem paralisias ou pontos de sensibilidade. Ausência de dor a movimentação do tragus, pavilhão auricular e palpação do processo mastoide. Ausência afta e úlceras em cavidade oral. Sem linfonodos palpáveis no segmento cefálico e cervical, tireoide móvel, indolor, com superfície regular e de consistência elástica. Respiratório: tórax de formato normal, simétrico, sem tumorações e/ou lesões, padrão respiratório tóraco-abdominal sem uso de musculatura acessória, expansibilidade bilateral preservada, FTV simétrico, som claro pulmonar à percussão dos campos pulmonares, MV global e bem distribuído sem presença de ruídos adventícios. Cardiovascular:Precórdio calmo com ictus não visível, palpável no 5°EIC na linha médio clavicular a esquerda com paciente em DD e com extensão de 1.5 polpas digitais, bulhas rítmicas, normofonéticas em 2 tempos, sem presença de sopros, cliques ou estalidos. Abdome:abdome plano, cicatriz umbilical intrusa, ausência de estrias, circulação colateral, peristalse, cicatriz, pulsações, RHA diminuídos globalmente, sem sopros em artérias abdominais, espaço de traube livre, hepatimetria – LHD 8cm e LHE 6cm, sem dor a palpação superficial e profunda do abdome, fígado e baço não palpáveis. Neurológico: sem alterações na avaliação de reflexos profundos (grau 3), marcha dinâmica, tônus e força muscular (grau 5). Sensibilidade cinético postural, vibratória, tátil, dolorosa sem alterações e igual dos dois lados. Diminuição da capacidade olfatória nas duas narinas, sem alterações nos demais pares cranianos Exame Osteoarticular:ausência contraturas musculares involuntárias, desalinhamentos e desvios ou deformidades. Ausência de dores, hipermobilidade, nodulações, crepitações e sinais flogísticos. Importante rigidez muscular e articular presente. O principal diagnóstico para esse caso é o de Doença de Parkinson (DP). A DP é um quadro hipocinético de transtorno do movimento, ou seja, cursa com limitação/lentidão dos movimentos. A doença é marcada por um conjunto de sinais e sintomas, uma síndrome denominada de parkinsonismo. Paralisia de Bell História Clínica Paciente, sexo masculino, 5 anos. Queixa principal: queda de escada há 5 dias. História da moléstia atual: história de queda de escada e traumatismo cranioencefálico leve há 5 dias. A mãe percebeu que, no quinto dia após o traumatismo, o lado direito do rosto do seu filho não mexia. Exame físico Dados vitais: FC= 80 bpm; FR= 18 irpm; PA= 105×75 mmHg; Tax= 36,7 ºC Neurológico : paciente orientado em tempo e espaço, não apresentou sinais meníngeos, alterações sensitivas ou déficits apendiculares, Glasgow 15. Desvio da rima bucal para o lado esquerdo, dificuldade de fechamento completo do olho e para enrugar a fronte do lado direito da face (paralisia facial periférica direita grau IV de House-Brackmann). Sem alteraçõesnos demais pares de nervos cranianos. Otoscopia: sem sinais de laceração do meato acústico externo (MAE) com membrana timpânica (MT) íntegra. Nega hiperacusia, acúfenos, otorragia, vertigem e dor retroauricular. Demais sistemas sem alterações. https://www.sanarflix.com.br/portal/caso-clinico-de-neurolocia-e-neurocirurgia-traumatismo-cranio-encefalico-tce/
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