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Introdução em Farmacologia

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Introdução a Farmacologia
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Conceito
A palavra FARMACO vem do grego e significa droga. LOGIA significa ciência.
Ou seja, Farmacologia é a ciência que estuda o efeito das substancias químicas (drogas) no organismo
Se essas substancias têm propriedades medicinais, elas são referidas como “substancias farmacêuticas” (origem do fármaco”.
História da farmacologia 
A farmacologia nem sempre foi reconhecida como foi uma ciência. 
∙ O primeiro registro histórico que menciona os Fármacos foi o Papiro de Smith, datado de 1600 a.C.
∙ 495 a.C. – Chineses desenvolviam seus remédios à base do de plantas. 
∙ Gregos promoviam cura em templos;
∙ Alexandria – guerras, doenças e desgraças (epidemias). Há um grande impulso da farmacologia.
∙ No século X, sugiram as Apotecas, também chamadas de Boticas, que atualmente podem ser consideradas como as primeiras farmácias
∙ Somente em 1803, o farmacêutico alemão Friedrich Wilhelm Adam conseguiu isolar a substância responsável pela ação hipno-analgésica do ópio, qual ele denominou de Morfina, em homenagem ao Deus grego do sono, Morfeu. Esta substância foi e é produzida em laboratórios, para aliviar dores. 
∙ A farmacologia só foi reconhecida como ciência no final do século XIX, na Alemanha. 
∙ Produtos de origem natural foram gradativamente substituídos por produtos químicos sintéticos.
∙ A maior descoberta da farmacologia, aconteceu no Século XX, que foi a descoberta dos antibióticos. Alexander foi o cientista que descobriu a penicilina. A descoberta aconteceu em 1928, enquanto o pesquisador trabalhava em um hospital em Londres, na Inglaterra, em busca de uma substância que pudesse ser usada no combate a infecções bacterianas.
Ramos da farmacologia
A farmacologia pode ser vista como uma vasta área do conhecimento cientifico e nas suas diferentes abordagens pode ser estudada/dividida nas seguintes áreas.
Farmacologia Geral: Estuda os conceitos básicos e todas as drogas.
Farmacologia especial ou aplicada: Se ocupa dos fármacos reunidos em grupos específicos de acordo com a ação farmacológica (ação farmacológica similar).
Farmacognosia: é o ramo mais antigo das ciências farmacêuticas. Estuda a origem, as características, a estrutura e a composição químicas dos princípios ativos naturais (drogas), sejam eles animais ou vegetais. Assim como busca novos fármacos a partir de fontes naturais.
Originalmente – durante o século 19 e começo do século 20 – o termo farmacognosia era utilizado para definir o ramo da medicina que tratavam das drogas vegetais brutas ou não processadas. Drogas vegetais são a parte utilizada da planta medicinal seca e estabilizada, podendo ser inteira, rasurada ou pulverizada. Apesar da maioria dos estudos farmacognosticos focar nas plantas e derivados, outros tipos de organismos também são considerados de interesse farmacognosticos, como por exemplo, bactérias, fungos e organismos marinhos.
Farmacotécnica: se ocupa da preparação das formas farmacêuticas sob quais os medicamentos são administrados. Ex: capsulas, comprimidos e etc.
Farmacodinâmica: estuda os efeitos bioquímicos e fisiológicos dos fármacos. Ou seja, aquilo que o fármaco faz no organismo. Na pratica, farmacodinâmica é o que a droga faz ao organismo.
A farmacodinâmica aborda também a presença de receptores aos quais os medicamentos estarão se ligando para produzir as reações celulares.
Imunofarmacologia: Estuda a ação dos fármacos sobre o sistema imune. 
Área relativamente nova que tem se desenvolvido muito nos anos últimos anos graças à possibilidade de se interferir, através do uso de drogas, na realização dos transplantes e de se utilizar com fins terapêuticos substâncias normalmente participantes da resposta imunológica.
Farmacogenética: Estuda a ação dos fármacos sobre os genes.
Psicofarmacologia: E responsável pelo estudo dos medicamentos que atuam seletivamente sobre a atividade mental, sobre o psiquismo do indivíduo. Ex: calmantes (anti-stress), hipnóticos (induzir ao sono), sedativos, antidepressivos, tranquilizantes.
Toxilogia: Estuda os efeitos colaterais dos fármacos. 
A toxicologia estuda os agentes tóxicos como quaisquer substâncias químicas ou agentes físicas capazes de produzir efeitos nocivos ao organismo vivo. 
Farmacologia clínica: estuda os efeitos colaterais dos medicamentos no ser vivo avaliando segurança e eficácia. 
Farmacopeia: é o conjunto de medicamentos aceitos oficialmente em um país. 
Farmacocinética: estuda a absorção, a distribuição, a biotransformação e a excreção dos fármacos. Na prática, farmacocinética é o que o organismo faz com a droga. 
Fases da farmacocinética
 Absorção: se refere a passagem das moléculas do fármaco do seu local de administração para os fluídos circulantes. Dentre eles, o principal é o sangue. Para alcançar seu local de ação a droga tem que atravessar diversas barreiras biológicas, como a epitélio gastrointestinal, endotélio vascular e membranas plasmáticas. 
Vias de administração como intra-venosa não passam por essa etapa de absorção, as medicações entram direto na circulação sanguínea. 
que podem interferir na absorção dos fármacos:
• PH do meio;
• Forma farmacêutica e patologias (úlceras por exemplo);
• Dose da droga a ser administrada;
• Concentração da droga na circulação sistêmica, no local de ação;
• Distribuição da droga organicamente;
• Característica química da droga pois esta interfere no processo de absorção.
 Distribuição: Após ser absorvido, o fármaco é distribuído dentro do organismo, para os tecidos e órgãos e finalmente para o local de ação específica. A droga é distribuída no organismo através da circulação sanguínea. 
Nem todos os fármacos passam pela fase de absorção, uma vez que dependendo da via (intravenosa ou intra-arterial) o fármaco cai direto na corrente sanguínea. O processo de distribuição é feito quando o fármaco cai na corrente sanguínea. O processo de distribuição é feito em fases, sendo que primeiro passam por órgãos com maior vascularização, como SNC, pulmão e coração. Depois sofre redistribuição aos tecidos de menos irrigação (tecido adiposo por exemplo).
 Metabolismo: Após o medicamento alcança seu local de ação, ele é metabolizado em forma menos ativa ou inativa, para então ser excretado com mais facilidade.
A Biotransformação acontece sob a influência de enzimas que desintoxicam, degradam (clivam) e removem biologicamente as substâncias químicas ativas.
 Excreção: Eliminação da droga do organismo. Pode ocorrer de várias formas: 
∙ Rins – urina;
• Sistema biliar – bile;
• Intestino – fezes;
• Pulmões – substâncias voláteis;
• Excreção mamária – leite;
• Glândulas sudoríparas – suor;
• Glândulas lacrimais – lágrima;
• Diálise – hemodiálise.
Principais definições em farmacologia
 Remédio: O termo “Remédio” é definido como todo meio que é utilizado para prevenir ou curar doenças, curar ou aliviar a dor e o desconforto.
Os remédios podem também apresentar ação psicológica (placebo) no indivíduo, e não apenas física.
 Medicamento: Toda substância que é introduzida no organismo com a finalidade:
∙ Profilático: quando a finalidade é prevenção de alguma doença. 
∙ Terapêutico: quando a finalidade é um tratamento quando o paciente já apresenta a patologia. 
∙ Diagnóstico: quando a finalidade é o diagnóstico de alguma patologia ou localização de alguma área afetada.
O medicamento é a forma farmacêutica apresentada para uso em doses habituais. Sua composição pode ser dividida em: 
∙ Fármaco: Princípio ativo.
∙ Corretivo: que vai ofertar cor e sabor adocicado.
∙ Veículo: que irá favorecer a administração do medicamento, dando forma, volume e tipo de apresentação.
 Fármaco: O fármaco pode ser definido como principio ativo. É o produto responsável pelo efeito que existe no medicamento. 
 Droga: Toda substância química que interfere no funcionamento orgânico. Esta substância é originária do reino animal e vegetal. Apresenta-se como sinônimo de Fármaco.
 Tóxico: qualquer substância que possa produzir: 
∙ Efeitos maléficos no organismo: inibir o processo alimentar, hiper estimular um órgão ou sistema, inibir funçõesimportantes de um órgão ou sistema;
∙ Dependência: o organismo não consegue realizar suas funções sem a presença da droga;
 Dose: quantidade de medicamento introduzida no organismo com intenção de obter seus efeitos terapêuticos. 
A dosagem do medicamento é fundamental por provocar importantes modificações nas funções do organismo e no metabolismo celular. 
∙ Dose mínima: é a menor quantidade de um determinado medicamento, capaz de produzir uma ação farmacológica esperada.
∙ Dose máxima: é a maior quantidade de um medicamento capaz de reproduzir o efeito terapêutico sem apresentar um quadro de intoxicação ao organismo doente. 
∙ Dose toxica: é a quantidade de medicamento que ultrapassa a dose terapêutica máxima, causando perturbações, intoxicações ao organismo, até a morte. 
∙ Dose letal: é a quantidade de um medicamento que leva a MORTE.
Prescrição medicamentosa
De acordo com a Política Nacional de Medicamentos, Portaria GM nº 3.916/98, a prescrição é o ato de definir o medicamento a ser consumido pelo paciente, com a respectiva posologia (dose, frequência de administração e a duração do tratamento). 
A prescrição contém detalhes e instruções sobre os medicamentos que devem ser dados ao paciente, em quantidade determinada, indicando a via de administração, frequência de administração e a duração do tratamento. Pode ser dividida em:
∙ Prescrição excessiva: é observada quando o medicamento não é necessário ou prescrito em dose muito elevada ou por período longo demais.
∙ Subprescrição: Consiste em prescrever dose ou duração do tratamento insuficiente. 
∙ Prescrição incorreta: Ocorre quando se erra no diagnóstico ou quando se escolhe o medicamento errado para o caso, ou quando a receita é preparada de modo impróprio.
∙ Prescrição múltipla: os abusos causados pela prescrição múltipla ocorrem quando o paciente consulta e recebe receita de vários médicos.
Quando são utilizados medicamentos não prescritos (automedicação) juntamente com os prescritos ou quando o prescritor não suspende um medicamento antes iniciar outro.
∙ Posologia: é a indicação da dose a ser administrada e o período em que se deve administrar um medicamento.
Tipos de medicamento
∙ Medicamento simples: são medicamentos que apresentam um único fármaco.
∙ Medicamento composto: São aqueles medicamentos preparados a partir de vários fármacos.
∙ Medicamentos de uso externo: São medicamentos preparados e indicados para serem aplicados em áreas externas do corpo ou em mucosas.
∙ Medicamentos de uso interno: são medicações preparadas para serem administradas no interior do organismo. As preparações são específicas para absorção e ação do medicamento.
∙ Medicamentos de manipulação: são medicamentos preparados a partir de formulários com a designação dos fármacos que deverão estar presentes. 
Estes medicamentos seguem os princípios da farmacologia na preparação. Podem ser comercializados na forma de cápsula ou líquida.
∙ Homeopáticos: os medicamentos homeopáticos são preparados a partir de substâncias extraídas da natureza, provenientes dos reinos mineral, vegetal ou animal.
∙ Placebo: administração de uma solução sem efeito terapêutico, visando o bem estar psicológico do paciente, uma vez que ele acredita que a droga irá solucionar o problema. É a utilização de um produto sem o fármaco. Pode-se empregar similares alimentares para simbolizar o medicamento.
Ação dos medicamentos
A ação dos medicamentos ocorre basicamente de duas formas:
∙ Ação Local: o medicamento irá agir no próprio local onde é aplicado. 
PELE: esse é o mais comum. Tem-se aqui os cremes, loções, etc.
MUCOSA: São os supositórios, colírios, gotas de uso nasal, óvulos vaginais, etc. 
∙ Ação Sistêmica: o princípio ativo deverá ser absorvido e entrar na corrente sanguínea para, então, chegar ao seu local de ação. Para que ele atinja o seu "alvo", são duas as maneiras que o paciente vai lidar com o medicamento:
O paciente toma um comprimido: o princípio ativo deverá chegar ao estômago e depois ser absorvido. Uma vez absorvido o princípio ativo entrará na corrente sanguínea até chegar no órgão que ele deva atingir.
Aplicação de uma injeção: ao tomar uma injeção na veia, o medicamento já é depositado "sem escalas" na corrente sanguínea. Para quem não pode “perder tempo”, essa é uma ótima solução.
A diferença é que não há necessidade de ser absorvido pelo sistema digestivo. Ele..."pula" essa parte e já vai quase que direto ao seu alvo. O tempo é bem menor.
Nomes 
 Nome comercial: é o nome fornecido pelo Laboratório onde o medicamento está sendo produzido. O nome comercial é patenteado e recebe a inscrição. É também chamado de nome fantasia.
Ex: Anatil®, Cyfenol®, Dôrico®, Fervex®,
Termol®, Trifen®, Tylenol®, Unigrip®.
 Nome genérico: É o nome da substância química ativa presente no medicamento. É o nome do fármaco. E mais simples que o nome químico e conhecido de forma universal. Não possui marca comercial. Pode possuir o mesmo nome sendo produzido por diferentes laboratórios. Possui a logo de medicamento genérico.
Ex: Paracetamol. 
 Nome químico: nome do composto indicado como a substância ativa no medicamento. É o nome da estrutura molecular da substância de ação farmacológica.
Ex: 4-hidroxiacetanilida, p-acetilaminofenol, N-acetil-p-aminofenol.

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