Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
Hipersensibilidades Alergia: é uma das imunopatologias mais rápidas. Mecanismos: Reações inespecíficas: são fenômenos alergóides. Reações específicas: é a hipersensibilidade. As reações inespecíficas envolvem macrófagos, mastócitos, neutrófilos e o sistema complemento. Macrófagos: são determinantes. Produzem IFN-gama, TFN, IL 1, IL 6, IL 8 e IL 12. Estão envolvidos na ação fagocítica e dos mediadores citotóxicos. Mastócitos: fazem a liberação dos mediadores inflamatórios e estes provocam a ruptura dos mastócitos. Neutrófilos: possuem ação fagocítica e de liberação de grânulos. Já as específicas estão relacionadas com as hipersensibilidades dos tipos I, II, III e IV. Hipersensibilidade nada mais é que uma resposta imune adaptativa, exagerada ou inadequada, resultando em reação inflamatória e/ou dano tecidual. Hipersensibilidade Tipo I É mediada pelas IgE, ativando os mastócitos. Caracterizado por uma reação alérgica que se estabelece imediatamente após o contato do Ag com o indivíduo sensibilizado. Os efeitos ocorrem de maneira tão rápida porque envolvem a histamina, na maioria dos animais. OBS. Qualquer substância que se enquadre a um Ag pode desencadear hiper do tipo I. Seus efeitos são: Presença de IgE específico IgE ligada a um mastócito Desencadeamento de uma reação, sem Ag não haverá uma reação A degranulação é um fator quimiotáxico para eosinófilos, além de ser CaMg , GMP e AMP cíclico dependente ela só irá ocorrer devido a apresentação de citocinas envolvidas. Os elementos necessários para que ocorra a hiper tipo I são: IgE Mastócitos Basófilos Receptores de IgE Seqüência de eventos: Fase de sensibilização, onde há o reconhecimento primário. Fase de ativação, quando ocorre a liberação de grânulos. Fase efetora, após a degranulação, ou seja, quando há liberação de mediadores químicos. Há liberação de histamina, triptase e cininogena. FASE DE SENSIBILIZAÇÃO Contato com o alérgeno Apresentação de Ag Indução da resposta Th2 Produção de IgE após repetidas exposições ao alérgeno Sensibilização dos mastócitos OBS. A IgE possui uma meia vida curta, porém ligada a receptores pode durar até meses. Preciso de pelo menos duas moléculas de IgE ligadas ao Ag para que ocorra a ativação. O aumento de IgE pode ser devido a infecções helmínticas, doenças diversas (apergilose broncopulmonar, mieloma de IgE), doenças atópicas (asma alérgica, eczema alérgico,febre do feno) ou imunodeficiências (síndrome da hiper IgE). FASE IMEDIATA OU SISTÊMICA É enquadrada em anafilaxia. Caracterizada por vasodilatação venosa, aumento da permeabilidade capilar, espasmos de células musculares lisas e secreção glandular. Ocorre entre 5 a 30 minutos após a exposição ao Ag. Principais mediadores envolvidos na hiper tipo I: Primários: histamina, serotonina, fator quimiotáxico de eosinófilos, fator quimiotáxico de neutrófilos, proteases e IFN- gama. Secundários: fator ativador de plaquetas, leucotrienos, prostaglandinas, bradicinina, TNF e IL 1, IL 2, 3, 4, 5, 6, TGF- beta e GM-CSF. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Sistêmicas: choque anafilático. Localizada: rinite alérgica, asma, alergia alimentar e eczema. ANAFILAXIA SISTÊMICA Alérgenos na corrente sanguínea. Mastócitos do tecido conjuntivo associados à corrente sanguínea. Aumento da permeabilidade vascular e constrição da musculatura lisa. Extravasamento do líquido e queda da pressão arterial. DIAGNÓSTICOS Detecção da presença de IgE, sensibilização do paciente e quantificação de IgA e IgE. Realiza-se testes cutâneos, Spot Test, RIST e RAST. OBS. Filhos de mães alérgicas em ciclo de alergia durante a amamentação transferem além de IgA, IgE e mais importante que isso IL 5. Isso induz a criança a não produzir IgA, mas sim a produzir IgE, pela presença de IL 5, portanto indutor de fator fenotípico de alergia ao filho. Hipersensibilidade Tipo II É mediada pela IgM/IgG, ação fagocítica de neutrófilos e pelo sistema complemento. É citotóxica para ativação do complemento. Haverá sempre lise celular e os Ag estarão ligados a superfície de uma célula. A lise é determinada pelas ligações Ag-Ac e nas reações citotóxicas resulta em lesões teciduais. A reação pode ser primária ou secundária e pode acontecer por fixação do complemento ou pela citotoxicidade. MECANISMO O complexo Ag-Ac pode realizar fagocitose, ativar o complemento, causar citotoxicidade.. As reações mediadas pelo complemento pode causar lise, após a ativação do CAM, e opsonização. A liberação de C3a e C5a causa inflamação e esta é secundária a lise, Quando há lise, há liberação de fosfolipídeos, o que poderá criar uma cadeia de lises. A hipersensibilidade tipo II pode ser induzida por qualquer droga (agentes exógenos). A citotoxicidade depende de Ac e mediadada por células, precisa de receptores para FC de IgG em NK, macrófagos, neutrófilos e eosinófilos (em bovinos). A autoimunidade é causa por Ag do próprio organismo. Hipersensibilidade Tipo III É mediada por IgM/IgG, complexos imunes e fagócitos (neutrófilos). O sistema complemento é determinante. O Ag é solúvel e a lise pode ocorrer ou não, apenas a inflamação é obrigatória e esta decorre através da ativação da via clássica do complemento. Pode acontecer em qualquer fase da vida. As lesões causadas são nos RINS, pulmões e sistema vascular. MECANISMO - As reações estimuladas por complexos imunes formados por Ac e Ag que se depositam em vários locais no organismo. - Os complexos vão induzir uma reação inflamatória que lesar o tecido. - Ag exógenos: bactérias, fungos, parasitas, drogas, vírus.. - Ag endógenos: componentes do próprio organismo, que em algumas circunstâncias, induzem a produção de auto-anticorpos. - Situação normal: remoção dos complexos por fagócitos e eritrócitos. - Eventos sistêmicos: aumento dos complexos na circulação. - Lesões teciduais. É uma alergia flutuante, pois depende do complexo e de C3. Dano vascular generalizado causa choque anafilático e periférico uma necrose do local. Após a formação do complexo ele pode se envolver com qualquer célula, pode haver envolvimento de mastócitos na ação degranulatória. Em apenas algumas espécies que não é mastocitária. Hipersensibilidade Tipo IV Não é Ac dependente e é mediada por linfócitos T e macrófagos. Normalmente acontece por substâncias contactantes. Não é a capaz de produzir óbito agudo no paciente, não causa anafilaxia, mas as alterações causadas são irreversíveis. O Th1 ativa os macrófagos e estes que irão provocar a resposta inflamatória. Depende da atividade celular, logo possui resposta limitada ao estímulo. O que mantém esse efeito inflamatório é a ativação dos macrófagos. É intermediada pelas citocinas. Possui duas fases: Sensibilização Desafio, (formada por INF-gama, TFN e IL12) IFN-gama: ativador de macrófagos TFN: mediador inflamatório IL12: bloqueia a síntese de Th2 Reações de Hipersensibilidade Retardada Contato: leva cerca de 24-48hr formando um eczema, este é mediado por LT, macrófagos e alguns mastócitos. Tuberculínica: leva cerca de 48-72hr causando um endurecimento local, é mediado por LT e monócitos. Granuloma: leva cerca de 21-28 dias formando uma ulceração, é mediado por macrófagos, linfócitos e células gigantes. Sempre será uma resposta secundaria e dependente de CPH I. MECANISMO Th1(produtor de IL12)> ativa o TFN> ativa o IFN-gama, chamando os monócitos> agrupamento de monócitos e proliferação celular> granuloma OBS. O que o organismo não fagocita, ele seqüestra. Para alergia de contato o tratamento é corticóide terapia.
Compartilhar