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Homicídio Qualificado - Art. 121, §2˚ do CP + CAUSAS DE AUMENTO E DIMINUIÇÃO

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Homicídio Qualificado – Art. 121, §2˚ do CP 
 
Pena – reclusão de 12 a 30 anos (pena-base - 1˚ fase da dosimetria das penas, 
não se confunde com agravante – art. 61 do CP – a incidir na 2 ˚fase da dosimetria das 
penas). 
O mesmo fato não pode ser considerado como qualificadora e agravante ao 
mesmo tempo, sob pena de se verificar um bis in indem proibido. Qualificadora terá 
precedência sobre a agravante (situação especial diante da situação geral). Isso não 
impede que o fato homicídio qualificado também seja acometido de uma agravante, desde 
que seja por fato diverso. Ex. Homicídio por motivo torpe (qualificadora) e reincidente 
(agravante). 
I. Motivo torpe: repugnante, provocador de repulsa, motivo indecente. Ex. 
pagamento ou promessa de pagamento, encomendar a morte. 
Matar por ciúmes? Entendimento prevalecente é que NÃO constitui nem motivo 
torpe, nem motivo fútil, mas sim homicídio simples. 
II. Motivo Fútil: insignificante, sem expressividade, desproporcional, mesquinho. 
Ex. matar o dono do bar por se negar a vender fiado. 
Matar sem motivo? Não se consegue provar o motivo da morte (homicídio 
simples). 
III. Veneno, fogo, asfixia, tortura ou outro meio cruel – homicídio com 
requintes de crueldade, que possa resultar em perigo comum. 
- circunstâncias objetivas relativamente á forma pela qual o delito é cometido 
- meio insidioso – enganoso ex. esconder veneno, colocar de uma forma sorrateira 
em uma xícara. 
- meio cruel – meio que cause sofrimento desnecessário à vítima, que causa agonia. 
- cause perigo comum – ex. exploração de uma bomba, com emprego de fogo. 
 
IV. Traição, emboscada ou mediante dissimulação ou outro meio 
que impossibilite a defesa da vítima. 
Quando o crime é praticado de forma inesperada. 
V. Para assegurar a ocultação, execução, impunidade ou vantagem 
de outro crime. 
Forma especial de torpeza, quando conexo a outro delito. Ex. mata a testemunha 
para que ela não o denuncie 
VI. Feminicídio – homicídio quando a motivação do crime se dá pela condição 
do sexo feminino – ódio, raiva, crime, disputa familiar. 
Todo homicídio contra a mulher é feminicídio? Não, somente aqueles que se 
motivem pela condição da vítima ser do sexo feminino. 
§2-A, CP: Violência doméstica e familiar e menosprezo ou discriminação contra a 
mulher. 
VII. Contra autoridade pública do sistema prisional. 
CRIME HEDIONDO? Lei 8072/90 
• Quando praticado por atividade típica de grupo de extermínio (simples). 
• Quando o homicídio seja qualificado (em todas as hipóteses de qualificação). 
 
Características do crime hediondo: 
a) insuscetíveis de anistia, graça, indulto e fiança. 
b) prisão temporária poderá ser por até 30 dias 
c) prazos de progressão de regimes majorados (Lei de Execução Penal). 
 
→ CAUSAS DE AUMENTO E DIMINUIÇÃO – 3ª FASE 
CAUSAS DE AUMENTO - § 4, 6 e 7˚ do art. 121 
a) 4˚ - Homicídio culposo profissional – majorado de 1/3 quando a inobservância do 
dever objetivo de cuidado decorra de regra relativa a profissão arte ou ofício, ou ainda quando 
o agente deixar de prestar imediato socorro á vítima, ou não procure diminuir a consequência 
dos seus atos. 
b) 4˚ - Aumento no homicídio doloso: majorada em 1/3 quando a vítima seja menor 
de 14 anos ou maior de 60 anos. 
c) 6˚ - Quando o crime for praticado por milícia privada ou grupo de extermínio – 
majorada de 1/3 
d) 7˚ - Feminicídio (majorado em 1/3): I) Vítima estiver em gestação ou 3 meses após o 
parto; II) Menor de 14 anos ou maior de 60 anos ou portadora de doença degenerativa ou 
limitante; III) Na presença física ou virtual de ascendente ou descendente; IV) 
Descumprimento de medida protetiva. 
 
CAUSAS DE DIMINUIÇÃO - § 1˚ 
Impelido de relevante motivo social ou moral – homicídio piedoso de 1/6 a 1/3. 
Por violenta emoção logo após provocação da vítima (que não se confunde com legítima 
defesa). 
 
HIPÓTESE DE PERDÃO JUDICIAL - §5˚ 
Homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, quando as 
consequências do crime forem tamanhas que a sanção penal se torne desnecessário. 
 
Aspectos Processuais 
Ação Penal: Pública Incondicionada (tanto o homicídio doloso, quanto o homicídio 
culposo). 
Competência de julgamento 
a) Homicídio doloso (simples ou qualificado, tentado ou consumado): art. 5, XVIII, 
d, CF – Tribunal do Júri, sendo competente para julgamento dos crimes dolosos contra a 
vida (art. 121, 122, 123, 124, 125, CP) 
b) Homicídio Culposo: juiz singular 
Formas especiais: art. 302, CTB (homicídio no trânsito) – juiz singular. 
c) Exceções: Latrocínio (roubo seguido de morte) – é crime doloso contra a vida? 
(art. 157, § 3, CP) – competência do juiz singular. 
 
Art. 123. Infanticídio 
 
→ Forma especial de crime hediondo 
Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou 
logo após. 
Pena: Detenção de 2 a 6 anos. 
 
1. Bem Jurídico: Vida 
 
2. Sujeito ativo: Crime próprio, exige uma qualidade especial do autor do 
crime – ser mãe em estado puerperal – isso que diferencia do crime de homicídio. 
 
3. Objeto material: Criança recém-nascida, após o início das contrações 
expulsivas (antes é feto, aborto). 
 
4. Tipo objetivo 
Matar: Tirar a vida, morte cerebral. 
Estado puerperal: Estado hormonal da mulher logo após dar a luz, que pode 
causar depressão e outras perturbações psicológicas. 
Próprio filho: Não pode ser filho alheio. 
Durante o parto ou logo após: momento consumativo determinado. 
 
5. Tipo subjetivo 
Dolo 
Culposo não é punível 
Crimes dolosos contra a vida. 
- Competência para julgamento o tribunal do júri: Homicídio; infanticídio, 
induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio e a automutilação e o aborto. Art. 5, XXXVII, 
d, CF.

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