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Técnicas Anestésicas em Odontologia Prof. Carlos Gilberto de Vasconcellos Antes de qualquer anestesia… Onde é mais conveniente fazer o bloqueio desses nervos para favorecer o procedimento que vou realizar? Na trajetória de minha agulha há alguma estrutura nobre? Anestesia tem que doer??? Na saída do nosso consultório, o paciente pensará em três coisas: 1. Deixaram meu sorriso bonito? 2. Foram atenciosos e gentis comigo e meus acompanhantes? 3. Senti dor? Nossos pacientes deixaram de ser pacientes há tempos, viraram clientes e ficam cativos quando despertamos o famoso efeito “UAU!!!” Regras e princípios para evitar o desconforto Preparo psicológico do paciente!!! Demonstração de conhecimento e segurança para realização do que está sendo proposto. Uso de algum tipo de pré anestesia local. Anestesia tópica, pressão ou vibração de lábios e bochechas, por exemplo. Regras e princípios para evitar o desconforto PH + TEMPERATURA + TEMPO PH A maior parte das dores sentidas durante a anestesia se dá pela infiltração da solução anestésica e não pela punção da agulha!!! O PH das soluções é muito ácido!!! Temperatura O ideal seria modificar a temperatura da solução anestésica, fazendo aproximar-se da temperatura corporal(entre 35,5º e 37º). Tempo Injetar a solução anestésica lentamente. Injeções rápidas causam lise celular e dor local que, normalmente, persiste após o efeito anestésico. O ideal seria 1mm/minuto, ou seja, um tubete levaria 2 minutos para ser totalmente infiltrado. Dor A anestesia palatina é a mais dolorosa infiltração que podemos propor a nosso paciente. Minimização com: crioanestesia e pressão com isquemia no local da punção. Nervo Trigêmeo V1 - Oftálmico V2 - Maxilar V3 - Mandibular Técnicas Anestésicas Intra Orais Periféricas ou terminais superficiais: É a anestesia da mucosa superficial, uma pré anestesia local para evitar maior desconforto na punção da agulha. Indicações: diminuir a dor na punção da agulha; exodontia de dentes decíduos com rizólise quase completa, presos apenas pela fibromucosa; reflexo de náusea nas tomadas radiográficas posteriores; drenagem de pequenos abscessos submucosos. Superficiais ou Tópicas Compressão Pulverização Fricção Crioanestesia Anestesias Teminais Infiltrativas Profundas Submucosa Supraperiostal Subperiostal Intraóssea Intraligamentar Intraseptal Circular Peridental Intrapulpar Anestesia Submucosa Quando a solução anestésica é depositada no tecido mole que recobre a zona a intervir, insensibilizando as terminações nervosas livres. Bisel da agulha voltado para o osso. Anestesia Supraperiostal Consiste na punção da mucosa, fazendo a agulha penetrar até a região submucosa, junto ao periósteo, mas sem atingi-lo ou penetrá-lo. Bisel da agulha voltado para o osso. Anestesia Subperiostal É quando depositamos a solução anestésica sob o periósteo, junto ao tecido ósseo. Bisel da agulha voltado para o osso. Anestesia Subperiostal - Palato - No palato, 10 mm distante do colo palatino dos dentes. Única infiltração que deve ser realizada rapidamente. Anestesia Intraligamentar Infiltração anestésica no ligamento periodontal, entre o osso alveolar e o dente. Viável nos casos de dentes com comprometimento periodontal. Anestesia Intraseptal Infiltração anestésica no septo alveolar. Indicada na falha de outros métodos. Em desuso. Anestesia Intrapulpar Infiltração anestésica diretamente no tecido pulpar. Altamente dolorosa. Último recurso anestésico. Uso de gotejamento anestésico antes da infiltração diminui dor. Bloqueio Regional O anestésico local é depositado próximo a um tronco nervoso principal, usualmente distante do local da intervenção. Anestesia Troncular ou por Bloqueio Interceptação da condução nervosa de um ramo entre o centro e a periferia. Bloqueio Troncular Técnica eficaz para produzir anestesia profunda de uma hemimaxila ou hemimandíbula, útil em procedimentos que envolvem quadrantes em odontologia ou em procedimentos cirúrgicos extensos. Técnicas Anestésicas Maxilares Nervo alveolar superior anterior Nervo alveolar superior médio(28%) Nervo alveolar superior posterior Nervo nasopalatino Nervo palatino maior Bloqueio do nervo maxilar superior Anestesia toda hemimaxila. Infiltração anestésica na fossa esfenopalatina, por trás do túber. Necessidade de curvar a agulha, que deve ser longa. Indicações Quando se deseja insensibilizar três ou mais dentes de uma mesma hemiarcada. Contra indicações de anestesias terminais infiltrativas. Nervo Alveolar Superior Anterior - Nervo Infraorbitário - Anestesia: polpas dos incisivos centrais e laterais, caninos, polpa dos pré molares(72%), raiz mésiovestibular de 1º molar, periodonto vestibular, osso alveolar sobrejacente desses dentes, pálpebra inferior, asa do nariz e lábio superior. Nervo Alveolar Superior Anterior - Nervo Infraorbitário - Área de introdução da agulha: prega mucovestibular sobre o 1º pré superior. Nervo Alveolar Superior Médio - 28% dos pacientes - Anestesia: 1º e 2º pré molares superiores, raiz mésiovestibular de 1º molar superior, mucosa periodontal e osso sobrejacente. Inserção da agulha: prega mucovestibular do 2º pré molar superior. Nervo Alveolar Superior Posterior Anestesia: polpas dos 1º, 2º e 3ºs molares superiores, exceto a raiz mésiovestibular do 1º molar, tecido periodontal, mucosa vestibular e osso sobrejacente a esses dentes. Punção na altura da prega mucovestibular acima do 2º molar superior. Nervo Nasopalatino Anestesia: mucosa do palato duro da distal do canino até distal de canino do lado oposto. Nervo Nasopalatino - Múltiplas perfurações - Infiltrações: vestíbulo, na altura do freio labial superior; papila interincisiva, entre incisivos centrais e no palato, na entrada do forame incisivo Nervo Palatino Maior Anestesia: mucosa de palato duro da distal do 3º molar até a distal do canino, do mesmo lado. Medialmente, vai até a rafe palatina. Punção: na área entre a distal do 2º molar e medial do 3º molar. Anestesias Mandibulares Prof. Carlos Gilberto de Vasconcellos –Prof. Mário Grazianni - 1976 “A anestesia do nervo mandibular objetiva fazer seu bloqueio logo após sua saída do forame oval. Trata-se de uma técnica pouco recomendável pela falta de reparos precisos quando executada por via bucal” Técnicas Mandibulares Bloqueio regional dos nervos alveolar inferior, lingual e bucal. Bloqueio do nervo mentoniano Bloqueio de Gow-Gates Bloqueio de Vazirani-Akinose Bloqueio do Nervo Alveolar Inferior - Nervo Dentário Inferior - Técnica de Grazianni Técnica de Lindsay Técnica direta Técnica Indireta Técnica de Gow Gates Técnica de Vazirani Akinose Bloqueio do Nervo Alveolar Inferior - Nervo Dentário Inferior - Segunda técnica de injeção mais frequente em odontologia. Grande porcentagem de insucessos clínicos. Utilização bilateral indicada para profissionais experientes. Bloqueio do Nervo Alveolar Inferior - Nervo Dentário Inferior - Nervos anestesiados: alveolar inferior, lingual, mentoniano e incisivo. Áreas anestesiadas: dentes mandibulares até a linha média, corpo mandibular e parte inferior do ramo ascendente, 2/3 anteriores da língua e assoalho da cavidade bucal(nervo lingual), periósteo e tecidos moles linguais(nervo lingual). Indicações Procedimentos em múltiplos dentes de um hemiarco. Casos em que são necessárias anestesias de tecidos moles bucais. Casos em que são necessárias anestesias de tecidos moles linguais. Referências Anatômicas Incisura coronóide(concavidade maior na borda anterior do ramo ascendente da mandíbula). Rafe pterigomandibular(partevertical). Plano oclusal dos dentes mandibulares posteriores. GRAZIANI LINDSAY Bloqueio do Nervo Dentário Inferior Técnica direta Técnica indireta Técnica Direta Direção única da agulha. Anestesia nervo dentário inferior e nervo lingual. Inserção no terço médio da fossa mandibular. Pré molares do lado oposto são referência. Nervo bucal não é anestesiado. Técnica Indireta Anestesia nervos dentário inferior, lingual e bucal. Insere 6 mm para anestesiar o nervo bucal. Insere mais 1 mm para anestesiar o nervo lingual. Retrai, deixando apenas 2 mm da agulha na intimidade dos tecidos. Gira o conjunto carpule até pré molares do lado oposto. Insere a agulha até tocar o osso. Retrai de 1 a 3 mm e infiltra o anestésico. Nervo Bucal Facilmente acessível por situar-se logo abaixo da fibromucosa. Utilizada quando há previsão de trauma em tecidos moles vestibulares de molares inferiores. Nervo Bucal Região de punção: entre as linhas oblíquas interna e externa. Conjunto carpule mais vestibularizado em relação à anestesia do nervo dentário inferior. Técnica de Gow-Gates Bloqueio do nervo mandibular. Anestesia sensorial de praticamente toda a distribuição do V3. Técnica de Gow-Gates Nervos anestesiados: alveolar inferior, lingual, milohióideo, mentoniano, incisivo, auriculotemporal e bucal. Indicações: múltiplos procedimentos num hemiarco, anestesia dos tecidos moles bucais do 3º molar até a linha média, anestesia de tecidos moles línguas, quando o bloqueio convencional não é bem sucedido. Técnica de Vazirani-Akinosi Indicada nos casos que uma diminuição de amplitude de abertura bucal impedem técnicas convencionais. Avaliar dificuldade e riscos!!! Nervos anestesiados: alveolar inferior, lingual, incisivo, mentoniano e milohióideo. Área de punção: tecidos moles sobrejacentes à borda medial (lingual) do ramo mandibular diretamente adjacente à tuberosidade maxilar, na parte alta de junção mucogengival circunvizinha ao terceiro molar maxilar. Nervo Mentoniano É ramo terminal do nervo dentário inferior. Áreas anestesiadas: gengiva vestibular do 2º pré molar até a linha média, pele do lábio inferior e do queixo. Prof. Carlos Gilberto de Vasconcellos Av. Domingos Ferreira nº 890 salas 102 e 104 - Empresarial Domingos Ferreira - Pina - Recife (81) 34651741 / 982621741 Instagram: @drcarlosgilberto
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