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OBSTETRÍCIA - 3 Modificações Locais da Gestação

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OBSTETRÍCIA Mayara Suzano dos Santos – T XIV A 
 6º Semestre – 2021.1 
1 
 
Assistência e Patologias 
Obstétricas 
Disciplina de Obstetrícia 
FASM 
MAYARA SUZANO DOS SANTOS 
TURMA XIV A 
6º Semestre – 2021.1 
OBSTETRÍCIA Mayara Suzano dos Santos – T XIV A 
 6º Semestre – 2021.1 
2 
 
MODIFICAÇO ES LOCAIS DA GESTAÇA O 
FISIOLOGIA 
Útero gravídico¹: 
▪ Amolecimento de todo órção → ↓ da consistencia devido a embebição gravídica e à ↓ do tônus, precocemente notadas, especialmente no istmo (Sinal de Hegar³); 
▪ Simultaneamente, o órgão aumenta de modo desigual, sendo mais acentuado o crescimento no local da implantação, o que lhe impõe forma assimétrica (Sinal de Piskacek³) 
e, após a 12ª semana, o útero passa a ocupar o fundo dos sacos laterais da vagina (Sinal de Nobile-Budin³); 
▪ Seu volume e peso aumentam exponencialmente para 5-10 L e 1,1-1,2 Kg; 
▪ Inicialmente, mantém a anteversoflexão e por isso pressiona a bexiga, causando polaciúria → posteriormente, apoia-se sobre a parede abdominal, sendo que em 80% dos casos 
ocorre a dextrorrotação e consequente compressão do ureter D (altura da linha inominada) com ↓ fluxo urinário (causa discreta hidronefrose à D) e também compressão da 
aorta e VCI, causando hipotensão supina; 
▪ coloração em tom de vinho; 
▪ Miométrio → inicialmente apresenta hiperplasia e, posteriormente, estabiliza-se → na 2ª metade da gestação, as células sofre hipertrofia sob influência do estrogênio e 
também estiramento dessa musculatura, em decorrência do ↑ do seu conteúdo, tornando a parede uterina mais delgada; ↑ tecido conjuntivo e líquidos intersticiais; pelo 
grande desenvolvimento do órgão, as fibras que, normalmente estão entrelaçadas², se desenrolam, principalmente no istmo. 
▪ Endométrio passa a ser chamado de decídua → basal (nidação ovular), capsular (ao redor do ovo) e parietal (restante da cavidade uterina) → por volta da 10ª semana, a decídua 
capsular se junta à parietal e ao trofoblasto para formar o cório; 
▪ Perimétrio → formará o peritônio visceral; 
▪ Vascularização → ocorre ↑ e redistribuição do fluxo sanguíneo, sendo 80-90% direcionado para a placenta; vasos da região ístmica acompanham as fibras do miométrio. 
▪ Crescimento uterino esperado → de volume crescente, o corpo do útero mantém a configuração esférica até o 4o a 5o mês, quando o alongamento predomina sobre os diâmetros 
transversos, conferindo uma forma cilíndrica à víscera. A expansão do istmo, levando à incorporação de sua cavidade à do corpo, acentua, nos últimos meses, até o esvaecimento 
cervical e formação do canal de parto no momento do nascimento. 
 
Istmo uterino: abertura do seu orifício e incorporação ao corpo uterino, formando o orifício interno obstétrico5; 
Colo uterino: arroxeado e amolecido; pode ocorrer hiperplasia glandular e eversões da mucosa endocervical (ectopias) que podem causar sangramento, contraindicando relação 
sexual; hipertrofia glandular com secreção de muco espesso (rolha Schroeder); posteriorizado e alongado durante quase toda a gestação, tornando-se de difícil acesso ao toque e 
exame especular → com o posicionamento cefálico do feto, ocorre anteriorização e encurtamento para permitir sua dilatação no parto → sua dilatação ocorre por fatores mecânicos 
e colagenólise estimulados por prostaglandinas; 
Ovário: ↑ vascularização; maturação do corpo lúteo na fase inicial para manter a gestação nas primeiras semanas (enquanto placenta não está formada) 
Ovidutos: ↑ vascularização e fímbrias; hipertrofia do ligamento redondo para acompanhar o crescimento uterino 
Vagina: hipertrofia da musculatura lisa + afrouxamento do tecido conjuntivo = paredes aumentadas com perda de rugosidade; ↑ vascularização; ↓ pH vaginal4 predispondo à 
candidíase; 
Vulva: hipertrofia podendo manter pequenos lábios entreabertos; ↑ vascularização; hiperpigmentação até o períneo 
Mamas: hipersensibilidade mamária; hipertrofia do tecido alveolar; ↑ vascularização com aparecimento da rede venosa de Haller; ↑ volume e pigmentação da aréola primária; gll 
sebáceas da aréola hipertróficas e salientes (tubérculos de Montgomery); secreção mamária incolor à partir da 20ª semana; pode aparecer estrias avermelhadas 
 
OBSTETRÍCIA Mayara Suzano dos Santos – T XIV A 
 6º Semestre – 2021.1 
3 
 
DIAGNÓSTICO³ PREVENÇÃO 
Sinais indicativos de gestação: 
1. Sinal de Piskasek: assimetria do fundo uterino à palpação 
2. Sinal de Nobile-Budin: ocupação do fundo de saco vaginal pelo útero gravídico ao toque vaginal 
3. Sinal de Hegar: amolecimnto da região istmica na fase inicial da gestação 
4. Sinal de Goodbell: coloração arroxeada e consistência amolecida do colo uterino 
5. Sinal Kluge: tonalidade arroxeada da vagina 
6. Sinal de Osiander: percepção da pulsação da artéria vaginal ao toque vaginal 
7. Sinal de Jacquemier: tonalidade arroxeada dos pequenos lábios e lábios entreabertos 
 
Sinais da mama: hipersensibilidade mamária, rede venosa de Haller (+ tardio); aparecimento de aréola externa (Sinal 
de Hunter) e dos tubérculos de Montgomery 
 
Altura do fundo uterino³: a partir da 12ª semana, o fundo uterino se torna palpável no abdome, de forma que seu 
desenvolvimento pode ser acompanhado mês a mês. 
 
Hipotensão supina → conforme ocorre crescimento do 
útero, ↑ compressão dos vasos abdominais, portanto 
orienta-se a gestante com sintomas a deitar-se em DLE. 
Eversão do endocérvice → orienta-se evitar relação sexual 
na presença de eversão, pois pode ocasionar lesão do colo 
uterino e sangramento. 
Infecções vaginais podem estimular produção de 
prostaglandinas, causando dilatação do colo uterino e 
pode ocorrer parto prematuro → orientar usar calcinha de 
algodão, evitar lycra e calcinhas apertadas, períodos de 
ventilação da genitália como tentativa de melhorar o pH 
vaginal. 
Evitar estímulos mamários recorrentes e intensos, pois 
pode estimula a produção de ocitocina e, 
consequentemente, induzir contrações uterinas. 
 
 
OBSTETRÍCIA Mayara Suzano dos Santos – T XIV A 
 6º Semestre – 2021.1 
4 
 
MODIFICAÇO ES LOCAIS DA GESTAÇA O 
DETALHES IMPORTANTES: 
 DIFERENÇAS ENTRE O ÚTERO GRAVÍDICO E NÃO GRAVÍDICO 
 Útero Não Gravídico Útero gravídico 
Capacidade 10 ml 5.000 a 10.000 ml 
Comprimento 7 cm x 4,5 cm x 2,5 cm Varia ao longo da gestação 
Peso 4-70 g 1,1-1,2 Kg 
Formato Piriforme Assimetria do fundo uterino → Globoso → Cilíndrico 
Localização Intrapélvico, não palpável Invade cavidade abdominal, palpável 
Posição Anteversoflexão Dextrorrotação (80%) 
Consistência Fibroelástica Amolecida 
Coloração Avermelhada Arroxeada 
Fluxo Sanguíneo 50 ml/min (2% do DC) igualmente divididos entre 
endométrio e miométrio 
500 ml/min (17% do DC), com 80-90% dirigidos para a 
placenta 
 
 
Figura 1. O útero nas diversas fases da vida. A. Feto a termo; B. RN e infância; C. Puberdade; D. Mencme Nuligesta; E. Menacme Multigesta; F. Senilidade; G. Gestante 
 
FIGURA 1. O útero nas diversas fases da vida. A. Feto a termo: o colo é maior do que o corpo. B. Recém-nascido e infância; 
carente de estímulos hormonais, o útero regride de modo mais acentuado no corpo. C. Puberdade: a atividade ovariana provoca 
o desenvolvimento do órgão. D. Menacma: útero não gravídico de nuligesta. E. Menacma: útero não gravídico, de 
multigesta. F. Senilidade: há involução de todo o órgão, especialmente do corpo. G. Na gestante. 
OBSTETRÍCIA Mayara Suzano dos Santos – T XIV A 
 6º Semestre – 2021.1 
5 
 
MODIFICAÇO ES LOCAIS DA GESTAÇA O 
DETALHES IMPORTANTES: 
 QUADRO 3. Diagnóstico e acopanhamento das modificações uterinas ao longo da gestação 
 
QUADRO 4. Queda do pH vaginal em mulheres grávidas 
 
A acidez vaginal predispõe estas mulheres a infecções vaginais, principalmente Candidíase, que devem ser 
tratadas rapidamente para evitar complicações gestacionais. 
Reprodução 
dos Bacilos 
de Doderlein
↑ fluxo de 
secreção 
vaginal
Glicogenólie
↑ ácido 
láctico
↑ acidez 
vaginalQUADRO 2. Orientação das fibras miometriais 
 
A distribuição dos vasos sanguíneos seguem as linhas do 
miométrio. 
Durante um parto cesárea, normalmente realiza-se a incisão 
seguindo as linhas paralelas do miométrio no segmento 
inferios, onde também existe menor quantidade de miométrio 
e vascularização, mas também pode ser realizada cesárea 
longitudinal em casos de mioma (a incisão uterina pode ou não 
ser longitudinal). 
Imediatamente após o descolamento da placenta, as fibras 
entrelaçadas contraem-se, ocluindo os vasos sanguíneos e ↓ 
sangramento. 
OBSTETRÍCIA Mayara Suzano dos Santos – T XIV A 
 6º Semestre – 2021.1 
6 
 
MODIFICAÇO ES LOCAIS DA GESTAÇA O 
DETALHES IMPORTANTES: 
 
FIGURA 5. Modificações no Istmo Uterino 
 
OBSTETRÍCIA Mayara Suzano dos Santos – T XIV A 
 6º Semestre – 2021.1 
7 
 
REFERÊNCIAS: 
REZENDE,J. Obstetrícia. 13ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. 
OBSTETRÍCIA de Williams. 24. Porto Alegre AMGH 2016

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