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Estrutura Corpórea de Vertebrados

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Gametas Femininos e Masculino 
O estudo do desenvolvimento do corpo dos animais é capaz de fornecer 
informações úteis não somente ao estudo anatômico micro ou macroscópico, 
assim com o das estruturas que o compõem, mas também se revela importante 
no estabelecimento das relações evolutivas. Afinal, algumas dalas já estão evi-
denciadas durante o estágio de formação embrionária. 
No entanto, não podemos iniciar nossos estudos sobre a embriologia 
comparada sem compreender melhor algumas diferenças estabelecidas antes 
mesmo da formação do embrião. Trata-se daquelas relacionadas aos gametas 
femininos e masculino. 
O gameta masculino (ou espermatozoide) apresenta formas variadas nas espé-
cies de vertebrados, mas ele comumente é composto por: 
 
• Cabeça: além do material genético, pode estar presente nela uma 
estrutura denominada acrossomo. Ela é rica em enzima que auxiliam na 
penetração no gameta feminino. 
• Colo: porção que conecta a cabeça à cauda. 
• Cauda: Apresenta um ou mais flagelos, conferindo mobilidade ao 
gameta. 
O gameta feminino (ou ovo) pode conter: 
• Vitelo: substância rica em carboidratos, proteínas e lipídeos que busca 
nutrir o embrião durante o período no qual ele não consegue obter 
acesso a outras fontes de nutrientes. 
Observaremos a seguir com os ovos de diferentes espécies animais 
podem ser classificados segundo sua quantidade de vitelo: 
Gameta Masculino 
Gameta Feminino 
 
 
 
 
 
 
 
 
Oligolécitos (ou isolécitos) 
Apresentam pouca quantidade. São os gametas femininos de diversos 
invertebrados, como as minhocas e as estrelas do mar 
 
 
 
 
 
 
 
 
. 
 
 
Mesolécitos (ou heterolécitos) 
Reúnem uma porção moderada, que ocorre nos gametas femininos de anfíbi-
os. 
 
Telolécitos (ou megalécitos) 
Possuem uma grande parcela de vitelo em quase todo o ovo. É o caso por 
exemplo, dos gametas femininos de aves e repteis. 
 
Centrolécitos 
Sua localização fica ao redor do núcleo do ovo. Exemplo: gameta feminino dos 
insetos. 
Existem ainda os alécitos, que não contêm a substância. Trata-se dos gametas 
femininos dos mamíferos placentários, como por exemplo, o homem e o cão. 
 
 
Além do vitelo, o gameta feminino pode apresentar camadas envoltórias. Deno-
minadas envelopes, elas lhe conferem a proteção e nutrição. 
Os envelopes podem ser 
Primários: sintetizados pelo próprio ovócito. 
Secundário: sintetizados pelas células foliculares 
Terciário: sintetizado pelos órgãos do aparelho reprodutor 
 
Exemplo: os ovos das aves contem os tipos de envelopes: a membrana 
vitelínica é o primário; o albúmen (clara), o secundário e a casca o terciário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Envelope 
As seguintes condições, portanto, refletem uma adaptação das diversas espé-
cies ao tipo de ambiente no qual haverá a formação e o desenvolvimento do 
embrião: 
• Presença (ou não) de vitelo; 
• Quantidade de vitelo; 
• Envoltórios presentes nos diferentes tipos de ovos animais 
A formação do zigoto ocorre logo após a fertilização, tendo início um processo 
de clivagem, ou seja, a divisão de uma única célula inicial em varias outras 
denominadas blastômeros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A presença (ou não) de vitelo no interior do ovo faz com que a clivagem ocorre 
de modo diferente entre as espécies animais. Dessa forma, o zigoto pode 
sofrer uma clivagem total (holoblástica) ou parcial (meroblástica). 
Verificaremos as formações e os surgimentos decorrentes desse processo: 
• Mórula: com a progressão das clivagens, surge a mórula. Uma massa 
solida com determinada quantidade de células – geralmente, ela se situa 
entre 16 e 64 blastômeros – segundo cada espécie de vertebrado. O 
formato da mórula varia de acordo com o processo de clivagem da 
espécie. Esse processo, por sua vez, depende da quantidade de vitelo 
no interior do ovo. 
Fertilização e Clivagem 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Blastulação: após alcançar o estágio de mórula, os blastômeros 
continuam a sofrer mitose e tornam a direção da periferia do zigoto, 
formando uma cavidade contendo líquido conhecida como blastocele. 
Neste momento, a mórula passa a ser chamada de blástula. 
Com a clivagem ocorre de diferentes modos a presença e a quantidade 
de vitelo no ovo, forma assumida pela blástula também muda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Após a formação da blastula, as celulas passam por diversos rearranjos e divi-
sões. Como consequencia, isso resultará na formação de: 
• Estrutura do sistema nervoso central (neurulação) 
• Tres folhetos germinativos (gastrulação): endoderma, mesoderma e 
ectoderma. 
Esses folhetos dão origem a todos os orgãos e tecidos do corpo animal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gastrulação 
Folhetos germinativos primários presentes nos embriões e algumas estruturas 
derivadas deles: 
Folhetos 
germinativo 
 
Estrutura derivada 
Ectoderma Epiderme e seus anexos, glândulas mamarias, su-
doríparas e sebáceas, hipófise, ouvido interno, cris-
talino, retina, esmalte dentário, parte medular de 
adrenal e estrutura do sistema nervoso central e 
periférico. 
Mesoderma Esqueleto, músculos, derme, gônadas, glândulas 
sexuais acessórias, sangue, braço, coração, parte 
do cortical de adrenal. 
Endoderma Porções epiteliais de traqueia, brônquios e pul-
mões, faringe, tireoide, paratireoides, tonsilas, cavi-
dade timpânica, tuba auditiva e trato gastroin-
testinal, além de fígado, pâncreas e bexiga. 
O desenvolvimento embrionário apresenta estruturas bem parecidas em 
diferentes espécies animais

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