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Exercícios de Aprofundamento Port. Gramatica Verbos

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Exercícios de Aprofundamento – Port. Gram. – Verbos 
 
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1. (G1 - cps 2015) De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, está correta a 
alternativa: 
a) Naquela região, muitos assinantes preferem o rádio à TV. 
b) À partir das vinte e três horas, ninguém entrava no teatro. 
c) Os funcionários do museu obedeceram os regulamentos. 
d) Lembrou-se que levaria a mãe à Bienal na cidade de São Paulo. 
e) Assistimos à diversos documentários sobre a Primeira Guerra. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
TEXTO PARA A(S) PRÓXIMA(S) QUESTÃO(ÕES) 
 
Tornando da malograda espera do tigre, 
1
alcançou o capanga um casal de velhinhos, 
2
que 
seguiam diante dele o mesmo caminho, e conversavam acerca de seus negócios particulares. 
Das poucas palavras que apanhara, percebeu Jão Fera 
3
que destinavam eles uns cinquenta 
mil-réis, tudo quanto possuíam, à compra de mantimentos, a fim de fazer um moquirão*, com 
que pretendiam abrir uma boa roça. 
 - Mas chegará, homem? perguntou a velha. 
 - Há de se espichar bem, mulher! 
 Uma voz os interrompeu: 
 - Por este preço dou eu conta da roça! 
 - Ah! É nhô Jão! 
 Conheciam os velhinhos o capanga, a quem tinham por homem de palavra, e de fazer 
o que prometia. Aceitaram sem mais hesitação; e foram mostrar o lugar que estava destinado 
para o roçado. 
 Acompanhou-os Jão Fera; porém, 
4
mal seus olhos descobriram entre os utensílios a 
enxada, a qual ele esquecera um momento no afã de ganhar a soma precisa, que sem mais 
deu costas ao par de velhinhos e foi-se deixando-os embasbacados. 
 
ALENCAR, José de. Til. 
 
* moquirão = mutirão (mobilização coletiva para auxílio mútuo, de caráter gratuito). 
 
 
2. (Fuvest 2015) Considere os seguintes comentários sobre diferentes elementos linguísticos 
presentes no texto: 
 
I. Em “alcançou o capanga um casal de velhinhos” (ref. 1), o contexto permite identificar qual é 
o sujeito, mesmo este estando posposto. 
II. O verbo sublinhado no trecho “que seguiam diante dele o mesmo caminho” (ref. 2) poderia 
estar no singular sem prejuízo para a correção gramatical. 
III. No trecho “que destinavam eles uns cinquenta mil-réis” (ref. 3), pode-se apontar um uso 
informal do pronome pessoal reto “eles”, como na frase “Você tem visto eles por aí?”. 
 
Está correto o que se afirma em 
a) I, apenas. 
b) II, apenas. 
c) III, apenas. 
d) I e II, apenas. 
e) I, II e III. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
TEXTO PARA A(S) PRÓXIMA(S) QUESTÃO(ÕES) 
 
O OPERÁRIO NO MAR 
 
Na rua passa um operário. Como vai firme! Não tem blusa. No conto, no drama, no discurso 
político, a dor do operário está na sua blusa azul, de pano grosso, nas mãos grossas, nos pés 
enormes, nos desconfortos enormes. Esse é um homem comum, apenas mais escuro que os 
outros, e com uma significação estranha no corpo, que carrega desígnios e segredos. Para 
Exercícios de Aprofundamento – Port. Gram. – Verbos 
 
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onde vai ele, pisando assim tão firme? Não sei. A fábrica ficou lá atrás. Adiante é só o campo, 
com algumas árvores, o grande anúncio de gasolina americana e os fios, os fios, os fios. O 
operário não lhe sobra tempo de perceber que eles levam e trazem mensagens, que contam da 
Rússia, do Araguaia, dos Estados Unidos. Não ouve, na Câmara dos Deputados, o líder 
oposicionista vociferando. Caminha no campo e apenas repara que ali corre água, que mais 
adiante faz calor. Para onde vai o operário? Teria vergonha de chamá-lo meu irmão. Ele sabe 
que não é, nunca foi meu irmão, que não nos entenderemos nunca. E me despreza... Ou talvez 
seja eu próprio que me despreze a seus olhos. Tenho vergonha e vontade de encará-lo: uma 
fascinação quase me obriga a pular a janela, a cair em frente dele, sustar-lhe a marcha, pelo 
menos implorar-lhe que suste a marcha. Agora está caminhando no mar. Eu pensava que isso 
fosse privilégio de alguns santos e de navios. Mas não há nenhuma santidade no operário, e 
não vejo rodas nem hélices no seu corpo, aparentemente banal. Sinto que o mar se acovardou 
e deixou-o passar. Onde estão nossos exércitos que não impediram o milagre? Mas agora vejo 
que o operário está cansado e que se molhou, não muito, mas se molhou, e peixes escorrem 
de suas mãos. Vejo-o que se volta e me dirige um sorriso úmido. A palidez e confusão do seu 
rosto são a própria tarde que se decompõe. Daqui a um minuto será noite e estaremos 
irremediavelmente separados pelas circunstâncias atmosféricas, eu em terra firme, ele no meio 
do mar. Único e precário agente de ligação entre nós, seu sorriso cada vez mais frio atravessa 
as grandes massas líquidas, choca-se contra as formações salinas, as fortalezas da costa, as 
medusas, atravessa tudo e vem beijar-me o rosto, trazer-me uma esperança de compreensão. 
Sim, quem sabe se um dia o compreenderei? 
 
ANDRADE, Carlos Drummond de. Sentimento do mundo. 
 
 
3. (Fuvest 2015) Dentre estas propostas de substituição para diferentes trechos do texto, a 
única que NÃO está correta do ponto de vista da norma-padrão é: 
a) “Para onde vai ele, (...)?” = Aonde vai ele, (...)? 
b) “O operário não lhe sobra tempo de perceber” = Ao operário não lhe sobra tempo de 
perceber. 
c) “Teria vergonha de chamá-lo meu irmão” = Teria vergonha de chamá-lo de meu irmão. 
d) “Tenho vergonha e vontade de encará-lo” = Tenho vergonha e vontade de o encarar. 
e) “quem sabe se um dia o compreenderei” = quem sabe um dia compreenderei-o. 
 
4. (Unifesp 2014) 
 
 
Mantida a norma-padrão da língua portuguesa, a frase que preenche corretamente o segundo 
balão é: 
a) Todos os dragões o tem. 
b) Todos os dragões têm isso. 
c) Os dragões todos lhe tem. 
d) Sempre se encontra dragões com isso. 
e) Sofre disso todos os dragões. 
 
5. (Espm 2014) Na frase: “Analfabetismo, saneamento básico e pobreza combinados 
explicam 62% da taxa de mortalidade das crianças com até cinco anos no Brasil.” (O Estadão), 
o termo em negrito: 
a) transgride as normas de concordância nominal. 
Exercícios de Aprofundamento – Port. Gram. – Verbos 
 
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b) concorda em gênero e número com o elemento mais próximo. 
c) faz uma concordância ideológica, num caso de silepse de número. 
d) poderia ser substituído pelo termo “combinadas”. 
e) concorda com todos os termos a que se refere, prevalecendo o masculino plural. 
 
6. (Espcex (Aman) 2014) Assinale a alternativa em que a palavra bastante(s) está empregada 
corretamente, de acordo com a norma culta da Língua. 
a) Os rapazes eram bastantes fortes e carregaram a caixa. 
b) Há provas bastante para condenar o réu. 
c) Havia alunos bastantes para completar duas salas. 
d) Temos tido bastante motivos para confiar no chefe. 
e) Todos os professores estavam bastantes confiantes. 
 
7. (G1 - ifsp 2014) Assinale a alternativa correta de acordo com a norma padrão: 
a) Fazem quinze dias que os camponeses não colhem nada. 
b) Era esperada, na fazenda, vinte toneladas de grãos. 
c) Houveram, no sítio, fortes chuvas que destruíram a plantação. 
d) É necessário que todos, inclusive o agricultor, seja favorável à preservação. 
e) Haviam feito os lavradores o plantio adequado das sementes. 
 
8. (G1 - ifsp 2014) A questão a seguir deve ser respondida de acordo com a gramática 
normativa 
 
Assinale a alternativa correta quanto à concordância verbal. 
a) Meus irmãos põe os óculos de grau toda vez que precisam dirigir o carro. 
b) As óticas mantém uma variedade de modelos de óculos à disposição dos clientes. 
c) Em breve, pode surgir novos equipamentos que se assemelhem ao Google Glass. 
d) Alguns oftalmologistas alegam que nem sempre a cirurgia convêm aos pacientes. 
e) Houve muitos voluntários interessados em testar os aplicativos do novo equipamento. 
 
9. (Fgv 2014) Examine as seguintes frases e, em seguida, reescreva-as, eliminando os 
problemas de redação que nelas ocorrem:a) Nunca e ninguém tomaram conhecimento da crise que cansei de me referir, nas páginas 
desse jornal, temeroso e inutilmente. 
b) É sabido que no século XX da história humana houve mais desenvolvimento científico e 
tecnológico que todas as outras épocas juntas produziram. 
 
10. (Espcex (Aman) 2014) Marque a única alternativa em que o emprego do verbo haver está 
correto. 
a) Todas as gotas de água havia evaporado. 
b) Elas se haverão comigo, se mandarem meu primo sair. 
c) Não houveram quaisquer mudanças no regulamento. 
d) Amanhã, vão haver aulas de informática durante todo o período de aula. 
e) Houveram casos significativos de contaminação no hospital da cidade. 
 
11. (G1 - ifsp 2014) A questão a seguir deve ser respondida de acordo com a gramática 
normativa. 
O substantivo em destaque está corretamente flexionado no plural em: 
a) Vários painéus explicativos foram expostos para orientar os visitantes que vêm ao museu. 
b) Os arqueólogos até hoje tentam decifrar alguns caracteres usados por povos da 
Antiguidade. 
c) Os cidadões estão indignados com o aumento excessivo e injusto dos impostos. 
d) A nova cozinheira sabe preparar deliciosos pãozinhos de milho. 
e) No salão de cerimônias do clube estavam expostos os troféis do time. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Musa paradisíaca 
 
Exercícios de Aprofundamento – Port. Gram. – Verbos 
 
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Hoje, na quitanda, vi duas donas de casa pondo as mãos na cabeça: “Trinta e seis 
1
cruzeiros por uma dúzia de bananas! É o fim do mundo, onde já se viu uma coisa dessas!” 
E a conversa continuava nesse tom. Mas eu fui e paguei prazerosamente o preço de 
um cacho dourado. Tudo está pela hora da morte, concordo. Mas banana não! Acho que nunca 
a banana será cara demais para mim, e eu conto por quê. 
Para mim, a banana é bem mais que aquela fruta amarela, perfumada, de polpa alva, 
macia e saborosa, que se apresenta numa abundância nababesca em cachos e pencas. O 
aspecto, o sabor, o perfume da banana estão indissoluvelmente associados com minha 
infância longínqua na terra nórdica de onde eu vim, nas praias do Mar Báltico. 
Naquele tempo, naquele lugar, uma banana era uma novidade e uma raridade. Numa 
certa época do ano, ela aparecia na cidade, em algumas casas muito finas, solitária e formosa, 
exposta na vitrina. Solitária, sim – uma de cada vez. E uma banana custava uma quantia 
fabulosa, porque meu pai comprava mesmo uma só, e a trazia para casa onde ela era 
admirada e namorada durante horas, para depois ser solenemente descascada e repartida em 
partes milimetricamente iguais entre nós crianças, que a saboreávamos lentamente, 
conservando o bocadinho de polpa suave na boca o mais possível, com pena de engoli-lo. 
Imaginem, pois, o meu espanto maravilhado ao desembarcar do navio no porto de 
Santos e dar de cara com todo um carregamento de bananas, cachos e mais cachos enormes, 
num exagero de abundância que só em contos de fadas! 
Naquele dia, me empachei de bananas até quase estourar. Foi aos dez anos de idade, 
a minha primeira grande impressão gastronômica do Trópico de Capricórnio – e nunca mais 
me refiz dela. Até hoje sou fiel ao meu primeiro amor brasileiro – a banana. 
Se eu fosse poeta, como Pablo Neruda, por exemplo, que escreveu 
2
Ode à cebola, eu 
escreveria uma Ode à banana. 
E não estou sozinha neste meu entusiasmo pela mais brasileira das frutas, porque se 
eu não tivesse razão, os cientistas, que não são as pessoas mais sentimentais do mundo, não 
a teriam batizado com o nome poético de Musa paradisíaca. 
 
(BELINKI, Tatiana. Olhos de ver. São Paulo: Moderna, 1996. Adaptado) 
 
1
 cruzeiro: moeda utilizada no Brasil à época em que a crônica foi escrita 
2
 ode: poema de exaltação, de elogio 
 
 
12. (G1 - cps 2014) Leia as frases reescritas a partir do texto e assinale a alternativa em que o 
verbo em destaque está corretamente empregado de acordo com a gramática normativa. 
a) A escritora relata que se mantêm fiel ao seu primeiro amor brasileiro. 
b) As porções de banana era saboreadas prazerosamente pelas crianças. 
c) Em Riga, havia mercearias finas que exibiam bananas e outras frutas na vitrina. 
d) Necessitavam-se de trinta e seis cruzeiros para se comprar uma dúzia de bananas. 
e) Estavam visível, nas docas do porto de Santos, um enorme carregamento de bananas. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Exercícios de Aprofundamento – Port. Gram. – Verbos 
 
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13. (G1 - cps 2014) Imagine que, após se hospedarem em uma pousada no Pantanal, pai e 
filho vencedores do concurso recebem as seguintes orientações: 
 
 
 
De acordo com a gramática normativa, o texto deve ser preenchido, respectivamente, por 
a) estejam ... meia ... levá-los. 
b) estejam ... meio ... levá-los. 
c) estejam ... meio ... levar-lhes. 
d) estejem ... meia ... levá-los. 
e) estejem ... meio ... levar-lhes. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Como fazíamos sem óculos 
 
Três graus de miopia. Hoje, um diagnóstico como esse é bobagem. Afinal, você pode 
viver normalmente usando um par de óculos. Mas há alguns séculos, um problema de visão 
assim era sinônimo de aposentadoria. 
O senador romano Marco Túlio Cícero, que viveu no século I a.C., quase teve de 
abandonar seu cargo quando a idade o impediu de ler sozinho. Como tinha dinheiro, resolveu o 
problema do jeito que se fazia na época: comprou escravos que pudessem ler para ele. No 
século IV, o grego Sêneca, autor de tragédias e famoso pensador, resolveu o mesmo problema 
usando um pote com água sobre os textos para deixar as letras maiores. 
Exercícios de Aprofundamento – Port. Gram. – Verbos 
 
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Foi aproximadamente pelo ano 1 000 que as lentes apareceram na Europa. As 
primeiras foram criadas pelos monges católicos, os poucos alfabetizados na época, que 
usaram cristais de quartzo, topázio ou berilo lapidados em forma de semicírculos e polidos. O 
resultado era uma lupa primitiva que se colocava em cima do material que se pretendia ler. 
Muito tempo se passou até que os homens tivessem a ideia de aproximar a lente dos 
olhos, ou melhor, do olho, pois os primeiros modelos de óculos eram feitos só para uma vista. 
Quando surgiu a versão para dois olhos, tinha o formato de um V invertido e era 
preciso segurar a armação com as mãos para que permanecesse apoiada sobre o nariz. Nessa 
época, óculos eram caríssimos, a ponto de aparecerem listados em testamentos e inventários. 
Foi só em 1752 que o inglês James Ayscough criou óculos com duas hastes laterais. 
Mas apesar de terem aberto os olhos de muita gente, muitas tinham vergonha de aparecer em 
público usando o acessório. Menos na Espanha, onde as pessoas achavam que aquele objeto 
de vidro as deixava com um ar mais importante e respeitoso. 
 
(SOALHEIRO, Barbara. Como fazíamos sem. São Paulo: Panda Books, 2006. Adaptado) 
 
 
14. (G1 - ifsp 2014) Leia as frases a seguir. 
 
As lentes, primeiramente, permaneciam sobre o material de leitura mas, com o tempo, os 
homens ________ dos olhos. 
Os óculos devolveram a boa visão a muitas pessoas, embora algumas sentissem vergonha de 
________. 
A indústria tem investido bastante na criação de óculos diferenciados e, hoje, ________ tanto 
por necessidade física como por valorização estética. 
 
De acordo com a gramática normativa, as lacunas das frases devem ser preenchidas, correta e 
respectivamente, por 
a) aproximaram-nas ... usá-los ... os adquirimos. 
b) aproximaram-nas ... usar-lhes ... lhes adquirimos. 
c) aproximaram-se ... usá-los ... os adquirimos. 
d) aproximaram-lhes ... usar-se ... lhes adquirimos. 
e) aproximaram-lhes ... usar-lhes ... os adquirimos. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
O melro veio com efeito às três horas. Luísa estava na sala, ao piano. 
– Está ali o sujeito do costume – foi dizer Juliana. 
Luísa voltou-se corada, escandalizada da expressão: 
– Ah! meu primo Basílio? Mande entrar. 
E chamando-a:– Ouça, se vier o Sr. Sebastião, ou alguém, que entre. 
Era o primo! O sujeito, as suas visitas perderam de repente para ela todo o interesse 
picante. A sua malícia cheia, enfunada até aí, caiu, engelhou-se como uma vela a que falta o 
vento. Ora, adeus! Era o primo! 
Subiu à cozinha, devagar, — lograda. 
– Temos grande novidade, Sra. Joana! O tal peralta é primo. Diz que é o primo Basílio. 
E com um risinho: 
– É o Basílio! Ora o Basílio! Sai-nos primo à última hora! O diabo tem graça! 
– Então que havia de o homem ser se não parente? – observou Joana. 
Juliana não respondeu. Quis saber se estava o ferro pronto, que tinha uma carga de 
roupa para passar! E sentou-se à janela, esperando. O céu baixo e pardo pesava, carregado 
de eletricidade; às vezes uma aragem súbita e fina punha nas folhagens dos quintais um 
arrepio trêmulo. 
– É o primo! – refletia ela. – E só vem então quando o marido se vai. Boa! E fica-se 
toda no ar quando ele sai; e é roupa-branca e mais roupa-branca, e roupão novo, e tipoia para 
o passeio, e suspiros e olheiras! Boa bêbeda! Tudo fica na família! 
Os olhos luziam-lhe. Já se não sentia tão lograda. Havia ali muito “para ver e para 
escutar”. E o ferro estava pronto? 
Mas a campainha, embaixo, tocou. 
 
Exercícios de Aprofundamento – Port. Gram. – Verbos 
 
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(Eça de Queirós. O primo Basílio, 1993.) 
 
 
15. (Unifesp 2014) O trecho do texto reescrito sem prejuízo para o sentido original e para a 
correção gramatical encontra-se em: 
a) – Ouça, caso vêm o Sr. Sebastião, ou alguém, que entre. (6.º parágrafo) 
b) E sentou-se na janela enquanto esperava. (13.º parágrafo) 
c) – Ah! meu primo Basílio? Mande-lhe entrar. (4.º parágrafo) 
d) [...] engelhou-se tal como uma vela para a qual faltasse o vento. (7.º parágrafo) 
e) Os olhos luziam para Juliana. (15.º parágrafo) 
 
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES: 
Poetas e tipógrafos 
 
Vice-cônsul do Brasil em Barcelona em 1947, o poeta João Cabral de Melo Neto foi a 
um médico por causa de sua crônica dor de cabeça. Ele lhe receitou exercícios físicos, para 
“canalizar a tensão”. João Cabral seguiu o conselho. 
Comprou uma prensa manual e passou a produzir à mão, domesticamente, os próprios 
livros e os dos amigos. E, com tal “ginástica poética”, como a chamava, tornou-se essa ave 
rara e fascinante: um editor artesanal. 
Um livro recém-lançado, “Editores Artesanais Brasileiros”, de Gisela Creni, conta a 
história de João Cabral e de outros sonhadores que, desde os anos 50, enriqueceram a cultura 
brasileira a partir de seu quarto dos fundos ou de um galpão no quintal. 
O editor artesanal dispõe de uma minitipografia e faz tudo: escolhe a tipologia, compõe 
o texto, diagrama-o, produz as ilustrações, tira provas, revisa, compra o papel e imprime – em 
folhas soltas, não costuradas – 100 ou 200 lindos exemplares de um livrinho que, se não fosse 
por ele, nunca seria publicado. Daí, distribui-os aos subscritores (amigos que se 
comprometeram a comprar um exemplar). O resto, dá ao autor. Os livreiros não querem nem 
saber. 
Foi assim que nasceram, em pequenos livros, poemas de – acredite ou não – João 
Cabral, Manuel Bandeira, Drummond, Cecília Meireles, Joaquim Cardozo, Vinicius de Moraes, 
Lêdo Ivo, Paulo Mendes Campos, Jorge de Lima e até o conto “Com o Vaqueiro Mariano” 
(1952), de GuimarãesRosa. 
E de Donne, Baudelaire, Lautréamont, Rimbaud, Mallarmé, Keats, Rilke, Eliot, Lorca, 
Cummings e outros, traduzidos por amor. 
João Cabral não se curou da dor de cabeça, mas valeu. 
 
(Ruy Castro. Folha de S.Paulo, 17.08.2013. Adaptado.) 
 
 
16. (Unifesp 2014) Na oração – como a chamava – (1.º parágrafo), o pronome retoma: 
a) ave rara e fascinante. 
b) tensão. 
c) ginástica poética. 
d) crônica dor de cabeça. 
e) prensa manual. 
 
17. (Unifesp 2014) Na passagem – O editor artesanal dispõe de uma minitipografia e faz tudo: 
escolhe a tipologia, compõe o texto, diagrama-o, produz as ilustrações –, se a expressão 
editor artesanal for para o plural, a sequência em destaque assume a seguinte redação, de 
acordo com a norma-padrão da língua portuguesa: 
a) compõe o texto, diagrama-no, produz as ilustrações. 
b) compõem o texto, diagrama-lo, produz as ilustrações. 
c) compõem o texto, diagramam-no, produzem as ilustrações. 
d) compõe o texto, diagramam-o, produzem as ilustrações. 
e) compõem o texto, diagramam ele, produz as ilustrações. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
A sensível 
 
Exercícios de Aprofundamento – Port. Gram. – Verbos 
 
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Foi então que ela atravessou uma crise que nada parecia ter a ver com sua vida: uma 
crise de profunda piedade. A cabeça tão limitada, tão bem penteada, mal podia suportar 
perdoar tanto. Não podia olhar o rosto de um tenor enquanto este cantava alegre – virava para 
o lado o rosto magoado, insuportável, por piedade, não suportando a glória do cantor. Na rua 
de repente comprimia o peito com as mãos enluvadas – assaltada de perdão. Sofria sem 
recompensa, sem mesmo a simpatia por si própria. 
Essa mesma senhora, que sofreu de sensibilidade como de doença, escolheu um 
domingo em que o marido viajava para procurar a bordadeira. Era mais um passeio que uma 
necessidade. Isso ela sempre soubera: passear. Como se ainda fosse a menina que passeia 
na calçada. Sobretudo passeava muito quando “sentia” que o marido a enganava. Assim foi 
procurar a bordadeira, no domingo de manhã. Desceu uma rua cheia de lama, de galinhas e de 
crianças nuas – aonde fora se meter! A bordadeira, na casa cheia de filhos com cara de fome, 
o marido tuberculoso – a bordadeira recusou- se a bordar a toalha porque não gostava de fazer 
ponto de cruz! Saiu afrontada e perplexa. “Sentia-se” tão suja pelo calor da manhã, e um de 
seus prazeres era pensar que sempre, desde pequena, fora muito limpa. Em casa almoçou 
sozinha, deitou-se no quarto meio escurecido, cheia de sentimentos maduros e sem amargura. 
Oh pelo menos uma vez não “sentia” nada. Senão talvez a perplexidade diante da liberdade da 
bordadeira pobre. Senão talvez um sentimento de espera. A liberdade. 
 
(Clarice Lispector. Os melhores contos de Clarice Lispector, 1996.) 
 
 
18. (Unifesp 2014) A alternativa em que o enunciado está de acordo com a norma- padrão da 
língua portuguesa e coerente com o sentido do texto é: 
a) A senhora, pensando na recusa da bordadeira, não sabia se a perdoaria, mas achava 
melhor esquecer daquilo. 
b) Ao descer pela rua cheia de lama, a senhora se perguntava aonde é que estava, confusa no 
lugar que caminhava. 
c) Era comum de que a senhora, distraída com sua sensibilidade, fosse roubada, o que lhe 
fazia levar as mãos ao peito em sinal de inquietação. 
d) A senhora, quando se dispôs a ir à bordadeira, esperava que esta não lhe recusasse o 
trabalho solicitado. 
e) A senhora gostava muito de passear, embora tivesse ainda a impressão que era menina 
passeando pela calçada. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Texto para a(s) questão(ões) 
 
Os enunciados de uma obra científica e, na maioria dos casos, de notícias, reportagens, cartas, 
diários etc., constituem juízos, isto é, as objectualidades puramente intencionais pretendem 
corresponder, adequar-se exatamente aos seres reais (ou ideias, quando se trata de objetos 
matemáticos, valores, essências, leis etc.) referidos. Fala-se então de “adequatio orationis ad 
rem”*. Há nestes enunciados a intenção séria de verdade. Precisamente por isso pode-se falar, 
nestes casos, de enunciados errados ou falsos e mesmo de mentira e fraude, quando se trata 
de uma notícia ou reportagem em que se pressupõe intenção séria. 
O termo “verdade”, quando usado com referência a obras de arte ou de ficção, tem significado 
diverso. Designa com frequência qualquer coisa como a genuinidade, sinceridade ou 
autenticidade (termos que, em geral, visam à atitude subjetiva do autor); ou a verossimilhança, 
isto é, na expressão de Aristóteles, não a adequação àquilo queaconteceu, mas àquilo que 
poderia ter acontecido; ou a coerência interna no que tange ao mundo imaginário das 
personagens e situações miméticas; ou mesmo a visão profunda - de ordem filosófica, 
psicológica ou sociológica - da realidade. Até neste último caso, porém, não se pode falar de 
juízos no sentido preciso. Seria incorreto aplicar aos enunciados fictícios critérios de 
veracidade cognoscitiva. [...] Os mesmos padrões que funcionam muito bem no mundo mágico-
demoníaco do conto de fadas revelam-se falsos e caricatos quando aplicados à representação 
do universo profano da nossa sociedade atual [...]. “Falso” seria também um prédio com portal 
e átrio de mármore que encobrissem apartamentos miseráveis. É esta incoerência que é 
“falsa”. Mas ninguém pensaria em chamar de falso um autêntico conto de fadas, apesar de o 
seu mundo imaginário corresponder muito menos à realidade empírica do que o de qualquer 
romance de entretenimento. 
Exercícios de Aprofundamento – Port. Gram. – Verbos 
 
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Anatol Rosenfeld, literatura e personagem. In: A. Candido et. al. A personagem de ficção. 
 
* adequatio orationis ad rem: adequação da linguagem ao assunto. 
 
 
19. (Fgv 2014) Reescreva as seguintes frases do texto, conforme a instrução entre parênteses 
que acompanha cada uma delas: 
 
a) “termos que, em geral, visam à atitude subjetiva do autor” (substitua o verbo “visar” por “ter 
como foco”, fazendo as alterações necessárias); 
b) “apesar de o seu mundo imaginário corresponder muito menos à realidade empírica” 
(substitua “apesar de” por “embora”, fazendo as alterações necessárias). 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
A língua literária 
 
Na implantação de uma língua em novo ambiente físico e social, há duas 
possibilidades extremas. Uma é a transferência para uma comunidade aloglota, 
6
que assim 
abandona o anterior idioma materno. Outra é a transferência, não apenas da língua, mas de 
um grande grupo dos seus sujeitos falantes, para uma região desabitada, ou habitada por uma 
população nativa 
7
que os invasores eliminam. 
É certo 
8
que, em regra, não se verifica na prática, singelamente, o esquema teórico 
aqui formulado. No primeiro caso, 
1
há que levar em conta um núcleo de conquistadores, sob 
cuja pressão material, cultural ou política se processa a mudança. No segundo caso, se a nova 
região não era totalmente 
2
erma, fica frequentemente um resíduo de população nativa, 
9
que 
com o correr dos tempos se integra na nova situação e adota a língua e as demais instituições 
sociais dos invasores. Mas, num e noutro caso, continua ainda assim válido o contraste entre 
as duas possibilidades de ocorrência. 
É por isso que não se pode associar a implantação do latim em províncias do Império 
Romano – digamos, particularmente, na Península Ibérica – com a implantação de certas 
línguas europeias – digamos, particularmente, o português – no ambiente americano. Ali, 
houve, preponderantemente, a adoção do latim pelos iberos aloglotas, 
3
de par 
secundariamente com a fixação entre eles de soldados e colonos latinos. Aqui, houve uma 
colonização portuguesa em massa, que 
4
desarraigou “in totum” e eliminou em grande parte os 
indígenas, 
5
malgrado certa assimilação 
10
que afinal se verificou. 
O aspecto da implantação do português no Brasil explica por que tivemos, de início, 
uma língua literária pautada pela do Portugal coevo. A sociedade colonial considerava-se – e o 
era em princípio, abstração feita da necessária adaptação ao novo ambiente – um 
prolongamento da sociedade ultramarina. O seu ideal era reviver os padrões vigentes no reino. 
 
J. Mattoso Câmara Jr., A língua literária. In: A. Coutinho (org.), A literatura no Brasil, 1968. 
 
 
20. (Fgv 2014) O pronome sublinhado no trecho “e o era em princípio” (último parágrafo) tem 
como referente o termo 
a) anterior “Portugal”. 
b) anterior “aspecto”. 
c) posterior “abstração”. 
d) posterior “prolongamento”. 
e) posterior “ambiente”. 
 
Exercícios de Aprofundamento – Port. Gram. – Verbos 
 
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Gabarito: 
 
Resposta da questão 1: 
 [A] 
 
[A] Correta. (...) preferem o rádio à TV. Na norma culta deve-se dizer prefiro uma coisa a outra. 
[B] Não há crase antes de verbo: A partir (...) 
[C] Na norma culta é correto: obedeceram aos regulamentos (...) 
[D] Lembrou-se de que. O verbo lembrar quando se refere à lembrança vem regido pela 
preposição de. 
[E] Não há crase quando a preposição a aparece no singular antecedendo um elemento no 
plural. 
 
Resposta da questão 2: 
 [D] 
 
[I] Verdadeiro. Mesmo estando o verbo conjugado no singular (“alcançou”) e duas expressões 
igualmente no singular (“o capanga” e “um casal de velhinhos”), a leitura do trecho indica 
que o sujeito da oração é “o capanga”, uma vez que se refere a uma ação de Jão Fera. 
[II] Verdadeiro. Em “que seguiam diante dele o mesmo caminho”, o verbo pode concordar com 
o núcleo do sujeito, “um casal de velhinhos”. 
[III] Falso. No trecho “que destinavam eles uns cinquenta mil-réis”, o sujeito é posposto (eles), 
recurso bastante empregado por José de Alencar; no exemplo citado, pertinente ao registro 
coloquial da língua, “eles” desempenha função de objeto direto da locução “tem visto”. 
 
Resposta da questão 3: 
 [E] 
 
A alternativa [A] está correta segundo a norma-padrão, pois o verbo “ir” exige preposição “a” ou 
“para”; a substituição, portanto, é válida. 
A alternativa [B] está correta segundo a norma-padrão, uma vez que a substituição emprega o 
objeto indireto pleonástico: o pronome pessoal do caso oblíquo “lhe” tem como referente “ao 
operário”. 
A alternativa [C] está correta segundo a norma-padrão, pois o verbo “chamar”, no sentido de 
“nomear” pode apresentar tanto a transitividade direta quanto a indireta. 
A alternativa [D] também segue a norma-padrão, pois o verbo no infinitivo aceita a próclise, 
caso seja precedido de preposição. 
A alternativa [E] não segue a norma-padrão, pois, apesar de o verbo estar conjugado no futuro 
(o que obrigaria o emprego da mesóclise), há ocorrência de partícula atrativa (“um dia”: locução 
adverbial). 
 
Resposta da questão 4: 
 [B] 
 
As alternativas [A], [C], [D] e [E] apresentam desvios à norma culta da língua portuguesa. Para 
que isso não acontecesse, deviam ser substituídas por: 
 
[A] Todos os dragões o têm. 
[C] Os dragões todos o têm. 
[D] Sempre se encontram dragões com isso. 
[E] Sofrem disso todos os dragões. 
 
Assim, é correta apenas a alternativa [B]. 
 
Resposta da questão 5: 
 [E] 
 
Exercícios de Aprofundamento – Port. Gram. – Verbos 
 
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Conforme a gramática normativa, a concordância nominal pode se dar em relação ao elemento 
mais próximo ou a todos os termos relacionados e, caso haja diferença de gênero, prevalece o 
gênero masculino no plural. 
 
Resposta da questão 6: 
 [C] 
 
A palavra “bastante”, dependendo do contexto, pode pertencer a três classes gramaticais 
diferentes: pode ser adjetivo, pronome ou advérbio. Nos dois primeiros casos, ela varia em 
número. Quando é advérbio, no entanto, é invariável, não pode, portanto, ser flexionada para o 
plural. 
Em [A], a palavra é advérbio, está incorreto, portanto o uso no plural; em [B] e [D], é, 
respectivamente, adjetivo e pronome indefinido, devendo estar no plural; e em [E], é advérbio, 
por isso é equivocado o uso do plural. A única alternativa correta, assim, é a [C], em que 
“bastante” é adjetivo e está, coerentemente, no plural. 
 
Resposta da questão 7: 
 [E] 
 
[A] Faz quinze dias que os camponeses não colhem nada. 
[B] Eram esperados, na fazenda, vinte toneladas de grãos. 
[C] Houve, no sítio, fortes chuvas que destruíram a plantação. 
[D] É necessário que todos, inclusive o agricultor, sejam favoráveis à preservação. 
[E] Correta. Haviam feito os lavradores o plantio adequado das sementes. 
 
Resposta da questão 8: 
 [E] 
 
[A] Meus irmãos põem os óculos de grau toda vez que precisam dirigir ocarro. 
[B] As óticas mantêm (...) uma variedade de modelos de óculos à disposição dos clientes. 
[C] Em breve, podem surgir novos equipamentos que se assemelhem ao Google Glass. 
[D] Alguns oftalmologistas alegam que nem sempre a cirurgia convém aos pacientes. 
[E] Correta. Houve muitos voluntários interessados em testar os aplicativos do novo 
equipamento. 
 
Resposta da questão 9: 
 a) Nunca e ninguém tomou conhecimento da crise a que cansei de referir-me nas páginas 
deste jornal, temerosa e inutilmente. 
 
Ou 
 
Nunca e ninguém tomou conhecimento da crise a que, temeroso, cansei de referir-me 
inutilmente nas páginas deste jornal. 
 
b) É sabido que, no século XX, houve mais desenvolvimento científico e tecnológico do que em 
todas as outras épocas juntas. 
 
Resposta da questão 10: 
 [B] 
 
Em [A], o verbo haver deveria concordar com o sujeito, estando, portanto, no plural. 
Nas alternativas [C], [D] e [E], o verbo haver é impessoal, devendo, assim, ser invariável. 
Desse modo, é correta apenas a alternativa [B]. 
 
Resposta da questão 11: 
 [B] 
 
[A] Vários painéis explicativos foram expostos para orientar os visitantes que vêm ao museu. 
[B] Correta. Os arqueólogos até hoje tentam decifrar alguns caracteres usados por povos da 
Exercícios de Aprofundamento – Port. Gram. – Verbos 
 
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Antiguidade. 
[C] Os cidadãos estão indignados com o aumento excessivo e injusto dos impostos. 
[D] A nova cozinheira sabe preparar deliciosos pãezinhos de milho. 
[E] No salão de cerimônias do clube estavam expostos os troféus do time. 
 
Resposta da questão 12: 
 [C] 
 
As alternativas [A], [B], [D] e [E] são incorretas, pois os termos assinalados em negrito, para se 
ajustarem corretamente à gramática normativa, deveriam ser substituídos, respectivamente, 
por: mantém, eram, necessitava-se e estava. 
 
Resposta da questão 13: 
 [A] 
 
Apenas a alternativa [A] é correta, pois a 3ª pessoa plural do imperativo do verbo estar é 
“estejam”, o adjetivo “meia” concorda com o substantivo a que se refere (hora) e o pronome 
oblíquo “los” corresponde ao objeto direto do verbo levar. 
 
Resposta da questão 14: 
 [A] 
 
[A] Correta. O verbo pede próclise por atração do pronome nas pela preposição dos. 
[B] O pronome lhe sintaticamente só pode acompanhar verbos que sejam transitivos indiretos, 
o que não é o caso dos verbos usar e adquirir. 
[C] O pronome se altera o sentido da frase por alterar o sujeito a que se refere. 
[D] Tanto os pronomes lhes quanto o pronome se estão sintaticamente incorretos nesta 
alternativa. 
[E] Os pronomes lhes estão sintaticamente incorretos em ambos os verbos. 
 
Resposta da questão 15: 
 [D] 
 
As alternativas [A], [B], [C] e [E] apresentam substituições que prejudicam o sentido original 
e/ou apresentam desvios à norma culta, pois em: 
 
[A] o termo verbal “vêm” deveria ser substituído por venha, já que a conjunção subordinativa 
condicional rege o presente do subjuntivo; 
[B] a preposição “em”, inclusa na expressão “sentou-se na janela”, é incorreta, pois sugere que 
Juliana se sentou em cima da janela. Para conservar o seu sentido original, deveria ser 
substituída por sentou-se à janela; 
[C] o verbo “mandar” é transitivo direto, deve ser acompanhado de pronome oblíquo átono com 
a mesma função, no caso “o” e não “lhe” (mande-o entrar); 
[E] no trecho original, eram os próprios olhos de Juliana que brilhavam e não outros que 
brilhavam para ela. 
 
Assim, é correta apenas a alternativa [D]. 
 
Resposta da questão 16: 
 [E] 
 
É correta a alternativa [E], pois o pronome oblíquo átono “a” constitui elemento anafórico que 
remete, metonimicamente, a “prensa manual” (ele chamava a prensa manual de ginástica 
poética). 
 
Resposta da questão 17: 
 [C] 
 
Exercícios de Aprofundamento – Port. Gram. – Verbos 
 
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Se o sujeito da oração estiver no plural, todos os verbos a ele ligados irão também para o 
plural: compõem, diagramam, produzem. O pronome oblíquo “o”, que acompanha o segundo, 
deve ser precedido de “n”, pois está em situação de ênclise após forma verbal terminada em 
som nasal: digramam-no. Assim, é correta a alternativa [C]. 
 
Resposta da questão 18: 
 [D] 
 
As alternativas [A], [B], [C] e [E] apresentam desvios à norma-padrão da língua portuguesa. 
Para que tal não acontecesse, deveriam ser substituídas por: 
 
[A] A senhora, pensando na recusa da bordadeira, não sabia se a perdoaria, mas achava 
melhor esquecer-se daquilo (ou esquecer aquilo). 
[B] Ao descer pela rua cheia de lama, a senhora se perguntava onde é que estava, confusa no 
lugar que caminhava. 
[C] Era comum que a senhora, distraída com sua sensibilidade, fosse roubada, o que lhe fazia 
levar as mãos ao peito em sinal de inquietação. 
[E] A senhora gostava muito de passear, embora tivesse ainda a impressão de que era menina 
passeando pela calçada. 
 
Assim, é correta apenas a alternativa [D]. 
 
Resposta da questão 19: 
 a) “termos que, em geral, têm como foco a atitude subjetiva do autor”. 
 
b) “embora o seu mundo imaginário corresponda muito menos à realidade empírica”. 
 
Resposta da questão 20: 
 [D] 
 
[A] Não se refere a Portugal. 
[B] Não se refere a aspecto. 
[C] Não se refere à palavra abstração. 
[D] Correta. O pronome faz referência à palavra prolongamento. Pode-se perceber que, 
sintaticamente, o pronome o integra uma oração com função explicativa que aparece entre 
travessões. Dessa forma, um prolongamento aparece como núcleo do sintagma, do outro 
lado da vírgula, complementando, assim, o sentido do pronome. 
[E] Não se refere à palavra ambiente.

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