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BBPM IV 1 Opioides Analgésicos de ação central: Farmacologia dos Opioides O que vem por aí... • Mecanismos fisiológicos da dor -Nociceptores e sinalização química • Farmacologia dos opioides -Origem e principais fármacos -Alvos celulares e mecanismos de ação -Efeitos farmacológicos e perfil indesejado ➢ DOR E VIAS AFERENTES: *Função adaptativa (evolutiva) -Sinalização periférico-central *Córtex sensorial – responsável pela codificação da dor MEDIADORES PERIFÉRICOS DA DOR *Transdução periférica (nocicepção) – percepção de um estímulo nocivo -Gerar potencial de ação (fibras C/A) -Aumento do influxo de sódio e cálcio → potencial de ação → SNC → abertura de canais de sódio dependentes de voltagem (anestésicos locais) MEDIADORES CENTRAIS DA DOR: -quase sempre excitatórios *Sinapses centrais -Medula espinal -Tronco encefálico -Tálamo -Córtex sensorial -Hipotálamo -Amígdala -Córtex insular -Sistema límbico -Essas sinapses centrais funcionam a base de glutamato (Excitatórias) TIPOS DE DOR: *Quanto à duração e evolução Existem vários tipos de dor. Quanto a duração e a evolução da dor a gente faz essa divisão que eu trouxe. Uma dor aguda que aquela dor auto-limitada, que tem uma causa pontual, por exemplo uma cefaleia, ou dor de dente. Em geral, são protetoras, aquela função adaptativa. A gente tem também as dores crônicas, que são BBPM IV 2 Opioides mantidas ao longo do tempo. Essas dores crônicas podem ter dois componentes principais: a dor crônica inflamatória, que tem caráter persistente. Na verdade, isso aqui serve para as duas tá gente quando, a inflamatória você tem um componente inflamatório por trás e a neuropática quando você pode ter uma alteração nervosa, uma lesão nervosa envolvida. Então nesse caso, as duas são persistentes, podem ter uma causa constante, ou seja, por exemplo, em dor neuropática, você pode ter uma lesão neural que se mantém ao longo do tempo e nunca vai se resolver ou uma situação de resolução inadequada por exemplo, um processo inflamatório que não se resolveu, se cronificou. Em geral a intensidade da dor é escalonada, e tende a aumentar com o passar do tempo. Existem mecanismos de neuroadaptação, que são alterações do processamento da dor, e você considera esse tipo de dor patológica, porque ela perde a função adaptativa, mantendo a dor mesmo sem aquela função evolutiva de sinalizar um risco. Mecanismos de neuroadaptação: *Sensibilização periférica -Menor limiar de ativação em aferentes -Fosforilação de nociceptores (aumentando sua função) ou fosforilação de canais de sódio (reduzindo seu limiar)→ hiperalgesia ou alodínea (geração de uma sensação de dor frente a estímulos que seriam “neutros”) -Dor inflamatória -Você pode ter facilitação espinal, ou seja, você pode ter mecanismos de facilitação acontecendo também no corno dorsal que a gente já vai falar. Os estímulos são produzidos de maneira mais frequente e por isso existe somação temporal também, você tem estímulos de dor sendo gerados uma frequência muito maior. Sensibilização central: -Pode acontecer de maneira transitória (por fosforilação) ou duradoura (plasticidade neural – que seria o aumento de número de sinapses, aumento da área da sinapse, aumento no número de receptores de uma sinapse) -Dor neuropática (disfuncional/não- nociceptiva) -Lesão neural (de nervo, amputação de membro) -Produção de atividade espontânea, sensibilização, fibras que não eram da dor começando a atuar como fibras da dor BBPM IV 3 Opioides Controle “endógeno” da dor: *Mecanismos inibitórios nas vias ascendentes -GPCR/Gi (receptores acoplados à proteína G), canais Ca+2, K+ e/ou CL- nos aferentes • Exemplos: as endorfinas e encefalinas que são opióides e que atuam por exemplo nos receptores acoplados à proteína G, inibido abertura de canal de cálcio, reduzindo a exocitose, e consequentemente reduzindo excitabilidade de uma via ascendente da dor. • A gente tem outros canais receptores que ficam na pré-sinapse mais alguns que ficam na pós. Os canabinóides e serotonina também atuam na pré e na pós sinapse para reduzir a excitabilidade da via ascendente da dor. • Mas outros exemplos a gente tem a noradrenalina que pode atuar em receptores Alfa 2 adrenérgicos e o Gaba G (metabotrópicos) que também atuam em receptores gaba B. Na verdade é um receptor metabotrópico acoplado à proteína G, combinando em abertura de canal de potássio e hiperpolarização pós-sináptica que reduzem excitabilidade. • Além disso, os próprios canais GABA A que quando abertos, permitem o influxo de cloreto e também hiperpolarização, então são vias diferentes que podem modular a via ascendente da dor -Clonidina -Baclofeno *Via descendente da dor (inibitória): -Depois que o sinal chegou até o córtex, a gente tem a via descendente que vai mandar sinais descendentes para tentar controlar a intensidade dessa dor. Do córtex a gente tem eferentes que são projetados para matéria cinzenta periaquedutal -Matéria cinzenta periaquedutal (estrutura mesencefálica) – nessa região tem uma série de neurônios que produzem opioides → ele inibe a inibição, consequentemente ativando uma via -Essa via pode ser por exemplo, associada com ativação do núcleo da rafe, então da matéria cinzenta periaquedutal você vai ter uma distribuição no núcleo da rafe, que é o núcleo produtor de serotonina, que vai mandar projeções de serotonina para o corno dorsal, permitindo a inibição de vias aferentes. -Desinibição do núcleo da Rafe (5T), que projeta... -Corno dorsal, com inibição de vias aferentes -Via “ativada” pelos opioides -Da via descendente da dor, controlada pela matéria cinzenta periaquedutal e o núcleo da rafe, a gente tem a chamada analgesia estresse-dependente ✓ Analgesia “estresse-dependente” -Principalmente frente ao evento de estresse muito grande, a gente tem ativação do locus coeruleus, que é o principal núcleo de formação reticular produtor de noradrenalina -Locus coeruleus (NA) até... -Ele projeta para o corno dorsal também, assim como o núcleo da rafe, faz e libera noradrenalina no corno dorsal, que apresenta uma quantidade grande de receptores Alfa 2 adrenérgicos que são inibitórios, vão ter atividade reduzida por conta dessa ativação do locus coeruleus, tendo um controle estresse-dependente da dor.. -Corno dorsal, com inibição e vias aferentes (alfa-2 adrenérgico) -Via inibida pelos opioides! *Os opioides facilitam a via serotoninérgica e inibem a via noradrenérgica ***** BBPM IV 4 Opioides -São potentes fazendo o serviço pela “metade” -Os opióides facilitam a via de analgesia serotoninérgica, mas inibem a noradrenérgica. Logo, mesmo que sejam analgésicos extremamente potentes, eles são impotentes fazendo o serviço pela metade. Por isso que eles não funcionam para todo tipo de condição. *Controle farmacológico da dor... A gente tem fármacos usados para controlar a dor de vários tipos. Quando uma dor é aguda moderada ou intensa, a gente pode usar os anestésicos por exemplo num processo cirúrgico ou opioides, eles são extremamente eficientes. Para uma dor inflamatória e que você tem sensibilização, a gente usa preferencialmente anti-inflamatórios e corticoides. Opioides servem nesse caso? servem! só que é meio que você dá um tiro de canhão para matar uma mosca. Para dor neuropática, anti- inflamatório não funciona, opioide muito pouco, essencialmente é usado anticonvulsivante e antidepressivos. A origem dos Opioides como fármacos: *Uso popular da papoula -ópio: extrato da planta (rico em alcaloides – substâncias psicoativas) -Opiáceos (opioide derivado da planta) – morfina, codeína *Opioides que a gente produz endogenamente não são opiáceos -Controle da dor, tosse e diarreia OPIOIDES ENDÓGENOS: -Peptídeos opioides (+20) -Precursores comuns *mas afinidade diferente-Controle da dor -Não consegue usar por via oral -Por isso quase não se usa em farmacologia opioides endógenos Receptores opioides → Todos inibitórios! Atuam por proteína G inibitória -Por isso, independente de qual receptor opioide ou do mecanismo específico desencadeado, você vai ter uma redução da excitabilidade nervosa. *Distribuição nos tecidos: -Prediz efeitos desejados e indesejados Kapha – menos utilizados *Mi - são os principais responsáveis pelo efeito da analgesia, por isso eles têm uma distribuição muito frequente na medula espinal, na periferia, em tecidos nervosos supra espinhais, são justamente os locais de ação dos opioides para controle da dor, embora os outros também, em menor escala. -Atualmente há três tipos de receptores: delta (DOR), mi (MOR), kapa (KOR) -A localização desses receptores é importante para gente determinar os efeitos desejados no caso aqui controle da dor, e os indesejados, por exemplo, a redução da motilidade gastrointestinal, depressão respiratória, euforia e sedação. BBPM IV 5 Opioides Mesmo que os MI pode sejam os principais responsáveis pelos efeitos terapêuticos, percebam que eles também são responsáveis pela maior parte dos efeitos indesejados. Então usar um fármaco altamente seletivo para MI não resolveria a situação. MECANISMO DE AÇÃO DOS OPIOIDES: -Inibição do sinal aferentes (excitatório) ***Ação em terminais pré-sinápticos e pós- sinápticos -Redução da abertura de canal de Ca2+/abertura de canais de K+ e aumento da saída de K+ ****COMO OS OPIOIDES ATUAM NA VIA DESCENDENTE DA DOR**** Nessa imagem a gente tem um neurônio aferente primário que leva a informação até a medula espinal. Ele faz sinapse com neurônios aferentes secundários, que vai levar a transmissão da dor do sistema nervoso central, seja tálamo e córtex A via descendente da dor, começa na matéria cinzenta periaquedutal. A gente tem neurônios glutamatérgicos que são excitatórios que levam glutamato até núcleos da rafe que é o núcleo que produz serotonina. Então glutamato ativa neurônios que produzem serotonina. Esses neurônios liberam serotonina no corno dorsal. O corno dorsal tem interneurônios inibitórios, sejam eles produtores de opioide ou gaba que esse azulzinho. Então quando a serotonina excita neurônio inibitório ele libera neurotransmissores inibitórios que inibem a via aferente da dor. Fisiologicamente para evitar essa inibição tônica da dor, a matéria cinzenta periaquedutal tem interneurônios inibitórios gaba que ficam tonicamente inibindo a via inibitória da dor. A via descendente da dor é inibida tonicamente para que ela não funcione o tempo todo e a gente possa sentir dor. Onde que entra os opioides? Além desses interneurônios gabaérgicos na matéria cinzenta periaquedutal, a gente tem interneurônios opioidérgico também na matéria cinzenta periaquedutal, onde possuem o corpo de neurônio na matéria cinzenta e têm prolongamentos que acabam na sinapse entre o neurônio gabaérgico e glutamatérgico. Logo, quando você tem um estímulo doloroso muito grande, esses neurônios opioidergicos são ativados pelo córtex, liberam opioide, que inibe essa sinapse inibitória, e daí você desinibe essa via toda que estava constantemente inibida. OBS: o interneurônio só age após a sensação de dor chegar ao córtex. No final das contas a ideia da dor e da modulação dos opioides é reduzir a atividade da via aferente da dor isso causa uma redução na percepção da dor. Matéria cinzenta periaquedutal (GABA) que fica tonicamente inibindo a via glutamatérgica Neurônios opioides → inibem a sinapse inibitória e desinibe a via que estava inibida *Reduz a “inibição tônica” do sinal descendente (inibitório) -“Desinibição” de vias inibitórias descendentes -CORNO DORSAL da medula -Inibe interneurônios GABAérgicos -Aumenta atividade pós-sináptica (5HT) -GABA ou opioide no corno dorsal Tudo culmina com... -Redução de atividade nas vias nociceptivas aferentes e redução da dor OPIOIDES NA SUPRESSÃO CENTRAL DA DOR: *Supressão dos componentes centrais da dor -Inibição periférica? – receptores opioides, inibição da propriocepção no seu local de início BBPM IV 6 Opioides -Redução da percepção do estímulo da dor em todo o componente central (corno dorsal, tronco, tálamo e córtex) -Além disso, reduz o componente emocional da dor (amígdala, hipotálamo, córtex insular) *atuação no sistema límbico) FÁRMACOS OPIOIDES: *Opioides semissintéticos “derivados da morfina” (seletividade Mi) -Morfina -Codeína -naturalmente presentes no ópio Semissintéticos: -modificações estruturais -heroína -Hidromorfona... etc. A heroína e a Codeína são pró-fármacos -Semissintéticos – são derivados da morfina. Perfil sintético diferente. Codeína e heroína são pró-fármacos, ou seja, não são ativas por si só, precisam ser metabolizados para serem convertidas numa forma ativa. Opioides sintéticos (seletividade Mi): -Estrutura bem diferente -Fentanil e seus análogos Sintéticos – não possuem estrutura parecida com à morfina. o Tramadol a metadona esse daqui não são tão mais usados e os que são bem usados em anestesia: o fentanil que os seus análogos ao sufentanil. o fentanil e os sufentanil são bem lipofílicos porque basicamente você só tem carbono, e um enxofre que aumenta o caráter lipofílico, isso faz com que o efeito analgésico seja muito rápido e que exista certo acúmulo em tecidos. O alfentanil tem uma porrada de nitrogênio, isso já faz com que esse componente seja mais hidrofílico por isso alfentanil é eliminado mais rapidamente e o efeito anestésico é muito mais rápido, sendo vantajoso para analgesia pontual. O Remifentanil tem um efeito muito parecido na cinética você pode usar uma administração constante e o efeito cessa tão logo você pare de administrar justamente por esta instabilidade estrutural. TABELA – ANALGÉSICOS OPIOIDES COMUNS *Principais opioides usados na clínica: -Variam quanto seletividade, potência e eficácia -Morfina < Fentanil (100x) < Etorfina (1000x) FARMACOCINÉTICA – METABOLISMO: *Mecanismos essencialmente hepáticos -pacientes com problemas hepáticos precisam ajustar dose. -Metabólitos ativos prolongam o efeito -Codeína e heroína metabolizadas a morfina -“Resistência” a codeína (10% população) -Polimorfismos em CYP2D5 (farmacocinética) - algumas pessoas têm enzimas mais eficientes e outras PQ MORFINA NÃO CAUSA TANTA DEPENDÊNCIA QUANTO A HEROÍNA? R: na morfina a estrutura típica de carbono com nitrogênio mas percebam que ela tem um monte de oxigênio e também o nitrogênio e confere uma certa polaridade Então embora ela esteja lipossolúvel ela não é substância mais lipossolúvel do mundo, então absorção não é tão grande por via oral. E mesmo a chegada dela no sistema nervoso, o atravessamento da barreira hemato-encefálica não é dos melhores embora aconteça. Já na heroína, temos um grupamento acetil, que aumenta muito o caráter lipofílico, quanto o usuário injeta, chega muito rápido no cérebro, mesmo na forma inativa é ativada por hidrolise, permitindo seu acúmulo de forma mais rápida e ativada. FARMACOCINÉTICA – EXCREÇÃO: *Preferencialmente urinária (renal) BBPM IV 7 Opioides Ativos: M3G: convulsivante (glicina/GABA). Em situações onde o paciente tem lesões renais, posso ter acúmulo dos metabólitos e induzir uma crise convulsiva. M6G: + ativa que morfina. pacientes renais, todos os problemas de sobredose, podem acontecer. -Lesão/insuficiência renal e idosos Efeitos dos opioides e locais de ação: *Analgesia -Efeitos mediados por receptores MI. A magnitude do efeito analgésico acontece por ação no tálamo, no tronco encefálico e na medula espinhal, embora só no córtex também seja importante. Isso confere os opioides uma utilidade clínica para controle de dor aguda principalmente, mas também algumas dores crônicas. Embora para várias dorescrônicas os opioides não sejam a primeira escolha a especial dor crônica de caráter neuropatia. Eles também são indicados para as dores de intensidade moderada a intensa. -Tálamo -Tronco encefálico (PAG, Nu, Trigêmeo) -Medula espinal (I, II, III e V) ✓ Dores agudas/crônicas ✓ Dores moderadas/intensas -Pouco efetivo em dor neuropática São pouco efetivos em Dores neuropática porque você tem um recrutamento diferencial e plasticidade das vias nervosas e que simplesmente pode não ser suficiente. Alguns fármacos que atuam tanto na via serotoninérgica quanto na noradrenérgica costumam ter um efeito melhor para dor neuropática, por exemplo de alguns antidepressivos -Causa sedação ✓ Tramadol: +inibição da captação de monoaminas -O Tramadol é um opioide que atua em receptores opioides inibindo a recaptação de serotonina e noradrenalina. Então ele acaba tendo um efeito mais amplo na via inibitória da dor, potencializa aquelas duas vertentes em vias descendentes tanto serotoninérgica quanto noradrenérgica. Por isso ele é usado em alguns tipos de dor em que outros opioides podem ter um efeito tão interessante. No entanto, mas o Tramal tem efeito opioide muito baixo então para dores muito intensas ele pode não ser efetivo. Outros efeitos são: *Euforia (mi)/disforia (k)/alucinação (k)/ depressão (k) ✓ Contentamento e bem estar ✓ Reduz componente emocional da dor (ansiedade) -Locus coeruleus, hipotálamo, amígdala e córtex... -Núcleo Accumbens: prazer e dependência (aumenta DA) *Depressão respiratória (mi) →Redução do centro respiratório (menor resposta ao CO2) →Mesmo em doses terapêuticas →Redução do tônus SNA simpático (hipotensão) -Pouco envolvimento cardiovascular (+ tolerado) -Causa mortis em intoxicação -Supressão da tosse (codeína, folcodina) *Aumento do Tônus da musculatura lisa (mi/delta) -Redução da motilidade TGI e GU -Reduz esvaziamento gástrico (menor absorção de fármacos) -Constipação e retenção urinária -Contra indicado em cólica biliar -Controle da diarreia (codeína/morfina) -Loperamida: ativamente “retirada” do SNC *Indução de náusea e vômito (mi) receptores mi estão presentes no gatilho do vômito, tornando essa área muito sensível. OBS: não administrar em bolos BBPM IV 8 Opioides -Área postrema do tronco encefálico (gatilho do vômito) -Redução de limiar da zona quimiorreceptora bulbar ***nunca ficar na frente do paciente ao adm. opioide endovenoso e nunca em bolos *Miose – constrição pupilar (mi/k) -Núcleos Oculomotor e afins (pupila puntiforme – ou pupila ponta de agulha, fica muito pequena) -pacientes que chegam inconscientes ou abuso de drogas -Não sofre tolerância (dependentes) -Exceção entre drogas que induzem coma! Efeitos não tão clássicos, mas que podem ser frequentes: *Liberação de histamina (?) -Prurido, broncoconstrição, hipotensão (reduz SNAS) e bradicardia →pacientes asmáticos, hipotensos, insuficientes cardíacos *Imunossupressão (?) -Evidente em dependentes -HIV e imunodeficiências... *Depressão (k) -Antagonistas com efeito antidepressivo? TOLERÂNCIA A OPIOIDES: *Após semanas de uso contínuo -Cruzada para vários opioides (anestesia); -Descontinuação gradativa (“desmame”) -síndrome de abstinência DEPENDÊNCIA E ABUSO: *Abstinência com sintomas físicos e psicológicos -Ex. Heroína, morfina e oxicodona (EUA) -Hiperalgesia paradoxal (“rebote”)? *Retirada do opioide de abuso e uso de... -Opioides de ação prolongada (metadona) -Opioides agonistas parciais: baixa dissociação de receptores (buprenorfina) -Por fim, antagonistas opioides (manutenção “pós-detox” – ele pode usar a droga, mas não vai ter efeito porque os receptores vão estar bloqueados *”Reversão” de estados de intoxicação: -induzem abstinência em dependentes! -poucos efeitos por si só (sem dor crônica ou dependência) BBPM IV 9 Opioides -Tempo de meia vida: naltrexona > naloxona (> morfina) Resumo: perfil indesejado