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Saúde da Mulher

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Visão geral
	
	 
	
	O curso SAÚDE DA MULHER tem a finalidade de disseminar informações que contribuirão para que possamos conhecer e problematizar sobre a situação das mulheres em nossa área de atuação; promovendo assim a melhoria das condições de vida e saúde destas mulheres, por meio da garantia de direitos e ampliação do acesso aos serviços de promoção, prevenção, assistência e recuperação da saúde.
	
 
	Objetivos:
	
	- Estimular a construção do conhecimento na área de saúde da mulher e gênero por meio da pesquisa e da participação no ensino;
- Compreender a assistência integral à saúde da mulher, com vistas à redução da morbimortalidade deste grupo populacional;
- Conhecer as políticas públicas na área da saúde da mulher;
- Proporcionar o aperfeiçoamento técnico e científico, para a assistência à mulher.
	
	Conteúdo Programático:
	
	- História da mulher na luta pela saúde;
- Planejamento Familiar;
- Assistência às mulheres negras e população GLBTT;
- Violência contra a mulher;
- Redução da Mortalidade Materna;
- Pré-Natal de Baixo Risco;
- Promoção do Parto Natural (Normal);
- Combate ao Câncer Do Colo do Útero e de Mamas;
- Assistência ao Climatério.
	
	Metodologia:
	
	
	Na unidade utilizaremos todos os recursos necessários e disponíveis para o desenvolvimento da discussão do conteúdo, sendo assim, faremos uso de:
· Textos da própria Web Aula e de outros sites que possam contribuir para a discussão;
· Vídeos que possam esclarecer ou aprofundar determinados conteúdos;
· Avaliações virtuais onde será realizada a verificação do aprendizado;
· Entre outros recursos que poderão ser utilizados visando maior entendimento da matéria.
	
	
 
	Avaliação Prevista:
	
	
	Cada Web Aula conterá uma avaliação virtual composta de 5 questões (sendo assim, temos 2 Web Aulas com 5 questões cada). 
	
	
	Habilidades e competências
	
	
	Espera-se que no final do curso os alunos possam:
  - Ampliar seus conhecimentos sobre os aspectos teóricos contidos nas diversas correntes do pensamento sobre a temática saúde da mulher;
  - Compreender a importância dos temas trabalhados para a formação profissional;
  - Articular a relação teoria e prática no exercício da profissão, por meio do entendimento da visão do mundo moderno e globalizado;
  - Entender a importância da assistência integral à saúde da mulher, visando a promoção, prevenção e recuperação da saúde.
	
SAÚDE DA MULHER
WEBAULA 1
Unidade 1 – Saúde da Mulher
Prezado (a) aluno (a).
Seja bem-vindo.  É com muita satisfação que convidamos você a participar desta Web Aula que tem como objetivo apresentar a disciplina SAÚDE DA MULHER, tema tão importante nos dias atuais, o qual nos mostra que as necessidades de saúde da mulher são diferentes das do homem em muitos sentidos e propõem desafios especiais que derivam de seus papéis como mãe (ou como possíveis mães futuras) e de sua tradicional situação de subordinação no lar, na comunidade e no local de trabalho. 
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As desigualdades de gênero, ou seja, aquelas que se expressam quando se compara situações de saúde entre homens e mulheres, ainda são enormes em nosso País.
Você percebe esta desigualdade na sua comunidade, no seu bairro ou local de trabalho/estudo?
Estas desigualdades, na maioria dos casos, são desfavoráveis às mulheres e precisam ser consideradas para orientar nossos planos e ações de saúde.
 
A discriminação e as difíceis condições de sobrecarga das mulheres, em decorrência do acúmulo das funções na casa, na família, no trabalho e na comunidade, dão embasamento dessa desigualdade entre mulheres e homens, levando à vulnerabilidades e riscos diferenciados para a  saúde destas mulheres.
Vamos definir o que é gênero?
Gênero: é o conjunto de relações, atributos, papéis, crenças e atitudes que definem o que significa ser homem ou ser mulher.    
 
Acesse o link e leia o texto: <www.uepg.br/nupes/genero.htm>.
Após ler o texto sobre gênero, você diria que, apesar de tantas dificuldades, as mulheres conquistaram um espaço de respeito dentro da sociedade nos dias atuais?
O mês de março, em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, sempre é marcado por debates, encontros, ações e novas políticas para estas mulheres, onde são discutidas medidas que buscam mais segurança, saúde, educação e desenvolvimento econômico.
Saiba mais sobre este assunto acessando o vídeo abaixo:  <http://www.youtube.com/watch?v=M1BpUH3Gr6c&feature=related>.
O assunto a seguir é sobre a luta das mulheres pela sua saúde. É importante conhecer como o direito da mulher foi se desenvolvendo por meio das décadas, devido aos vários movimentos e ações.
Você já participou de algum tipo de passeata, movimento ou ações em defesa do direito da mulher?
A HISTÓRIA DAS MULHERES NA LUTA PELA SAÚDE
As mulheres brasileiras defendem seu direito de votar desde 1910. Apenas após 1927 este direito foi inaugurado no Brasil. Nas décadas seguintes, as mulheres sempre se destacaram na busca por mais democracia e direitos.
No início dos anos 1960, com a descoberta da pílula anticoncepcional, o tema da sexualidade ganhou força em todo o mundo. Nessa época, havia grande interesse dos países ricos, especialmente os Estados Unidos, em impor à América Latina a adoção de políticas de controle demográfico.
Esse pensamento repercutiu no Brasil com a entrada e funcionamento de várias instituições e recursos destinados ao controle da natalidade.
Mas essas instituições não tinham o seu foco na saúde e havia inúmeras distribuições de contraceptivos e realizações de laqueaduras que não eram realizadas dentro dos critérios necessários para garantir a saúde das mulheres.
Muitas denúncias sobre o controle da natalidade foram feitas nessa época e o debate do assunto foi marcado por críticas ao País.
Nesse contexto, a luta das mulheres pela saúde ganhou força e, na década de 1960, já se observava uma preocupação das brasileiras em como controlar o número de filhos e utilizar métodos contraceptivos, decidindo por si mesmas sobre a sua vida reprodutiva.
Começava então, na década de 1970, a discussão sobre o  tema planejamento familiar.
VOCÊ SABIA QUE:
O Ministério da Saúde, na década de 1980, criou um programa para reorientar a atenção à saúde integral da mulher?
Em 1983, o Ministério da Saúde formulou um programa que era uma política que reorientava toda a atenção à saúde das mulheres: o Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (Paism). Que estava centrado no conceito da integralidade, ou seja, as mulheres passaram a ser contempladas em todas as faixas etárias, em todos os ciclos de vida, em todos os seus papéis na sociedade e, em todos os seus problemas e necessidades de saúde.
Acesse o site do Ministério da Saúde para saber mais sobre o PAISM, no link:
<portal.saude.gov.br/portal/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=25236>.
Uma outra conquista importante foi a instituição do Planejamento Familiar pela Constituição de 1988, com plenas garantias por parte do Estado para que as pessoas decidissem se queriam ou não ter filhos. Estudaremos o Planejamento Familiar logo a seguir.
Ao longo da década de 1990, o Ministério da Saúde, infelizmente, rompeu com a ideia de um programa único para atender às complexas situações de saúde das mulheres, e passou a fracionar a saúde delas em distintos programas.
A persistência da excessiva esterilização cirúrgica, especialmente voltada à redução da população negra, preocupou o Congresso Nacional no início dessa década, motivando a criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito no Congresso Nacional (CPMI), sobre a esterilização de mulheres negras. Essa CPMI gerou no seu relatório uma proposta de lei para regulamentar o planejamento familiar que foi aprovado em 1996.
Ainda na década de 1990, no cenário internacional, aconteceram muitos debates importantes para a saúde das mulheres, impulsionados pelas Conferências da ONU (Organização das Nações Unidas).  O Brasil teve importante contribuição nesse cenário.Apenas em 1993, a Conferência Internacional de Direitos Humanos, em Viena, considerou que as violações contra os direitos das mulheres fossem tratadas como violações contra os direitos humanos, tais como estupro e violência doméstica. E em 1994, a Conferência do Cairo recomendou que os países se comprometessem na oferta de ações para garantir os direitos sexuais e reprodutivos para as mulheres.
VOCÊ SABIA QUE:
Nessa época, as estatísticas já vinham apontando para as precárias condições que as mulheres viviam com a prática do aborto clandestino, que era um dos maiores responsáveis pelo elevado número de mortes de mulheres por causas relacionadas à gravidez, parto e puerpério. Ou seja, pela taxa de mortalidade materna?
Na saúde, o aborto ilegal já deixava suas consequências e, mesmo naqueles casos em que a lei permitia, as mulheres não conseguiam interromper a gravidez arriscada ou indesejada.
Sobre esse assunto, em 1995, a Conferência de Beijing (Pequim) se pronunciou, indicando que os governos deveriam reavaliar suas punições para as mulheres que faziam o aborto voluntário.
O relatório da 12ª Conferência Nacional de Saúde (CNS), realizada em 2003, mostrou a recomendação pela oferta de atendimentos integrais à saúde da mulher que considerassem as necessidades específicas da mulher negra, lésbica, do campo, profissionais do sexo e indígenas. A 12ª CNS avançou, ainda, ao emitir recomendações para incentivar o parto vaginal (normal) com acesso a analgesia (aplicação de medicamentos que inibem a dor), e para que o SUS garantisse condições de parto cirúrgico (cesariana) quando necessário.
No ano de 2004, aconteceu a I Conferência de Políticas para as Mulheres, que teve por objetivo reafirmar o compromisso do Governo com a construção da igualdade entre homens e mulheres.
O Seminário Nacional sobre Controle Social nas Políticas de Saúde das Mulheres, realizado em 2006 pelo Ministério da Saúde, aprofundou o debate sobre a necessidade de que os Conselhos de Saúde discutissem a saúde das mulheres e que atuassem no sentido de melhorar nos estados e municípios a situação da saúde da população feminina.
Na 13ª Conferência Nacional de Saúde, em 2007:
[...] também foram apresentadas propostas importantes para a saúde [da mulher. Dentre estas] recomendações, destaca-se o acompanhamento do cumprimento dos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres e adolescentes envolvendo os Conselhos de Saúde e de Educação, considerando as diferenças étnico-raciais, religiosas, de gênero, orientação sexual, sofrimento psíquico, físico, [entre outros. Além de ser] apresentada a proposta de tornar efetiva a Política Nacional de Planejamento Familiar, enfatizando a atenção aos adolescentes e a prevenção da mortalidade materna (BRASIL, 2010, p. 17).
O II Plano Nacional de Políticas para Mulheres, lançado em 2008, pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, marcou definitivamente, a importância que a política da saúde da mulher tem para o Governo Federal.
Você já observou como vem acontecendo a atenção às mulheres no seu município? Será que têm sido mantido tudo o que se estabeleceu na nossa última Conferência de Saúde em 2011?
Pois no Relatório Final da 14ª Conferência Nacional de Saúde, que aconteceu entre os dias 30 de novembro e 4 de dezembro de 2011, em Brasília, ficou estabelecido, entre outros aspectos:
-  fortalecer a Política de Atenção à Saúde da Mulher com ênfase nos direitos sexuais e reprodutivos;
-  atendimento humanizado à mulher em situação de abortamento e de violência doméstica, sexual e de gênero;
-  prevenção da mortalidade materna, garantindo a regionalização do Projeto Rede Cegonha;
-  ampliar a cobertura na prevenção e controle do câncer de colo de útero, garantindo o acesso a exame de citologia e  colposcopia;
-  prevenção e controle do câncer de mama, garantindo o acesso a exame de imagem para rastreamento e diagnóstico;
-  gestionar junto ao Ministério da Saúde a ampliação de recursos financeiros para a implantação e manutenção da Rede de Atenção à Saúde Materno-Infantil.
 
Para sabe mais sobre as diretrizes gerais e operacionais da Rede Cegonha, acesse o link:
<http://portal.saude.gov.br/portal/saude/Gestor/visualizar_texto.cfm?idtxt=37082>.
Percebe-se, em todo o contexto, que a atuação das mulheres evidencia a importância e a singularidade dessa participação popular na definição dos rumos da saúde pública do Brasil, demonstrando a força que tem essa participação quando os grupos se organizam com objetivo de defesa das coletividades, articulando entre distintos movimentos os objetivos em comum.
É importante que nós, profissionais da saúde, tenhamos esta visão da história da luta das mulheres pela sua saúde, você não acha? Porque conhecer o passado nos faz compreender para agir no presente e poder planejar o futuro.
Vamos estudar agora sobre o Planejamento Familiar.
IMPORTANTE SABER:
Você sabe a diferença entre Planejamento Familiar e Controle de Natalidade?  Dê uma olhada neste artigo:
<www.jij.tjgo.jus.br/artigos/verartigo.php?codigo=59>.
PLANEJAMENTO FAMILIAR
 
Em 1996, o Governo Federal publicou a Lei nº 9.263, que trata do Planejamento Familiar.
PARA SABER MAIS:
Para conhecer melhor sobre esta Lei, acesse o link abaixo: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9263.htm>.
Nesta Lei fica claro que o Planejamento Familiar é um direito de todos, mulheres e homens, de todas as classes sociais. A população prioritária para o planejamento familiar são as mulheres na idade fértil, onde há risco de engravidar quando têm vida sexual com parceiros do sexo oposto.              
 
Planejar quantos filhos teremos se tornou uma prioridade nos dias atuais. As mulheres têm o direito de decidirem com seus companheiros quando ter filhos e como prevenir a gravidez. Os serviços de saúde devem estar preparados para acolher a mulher ou o casal com informações e também com os meios para essa finalidade.
Considerando que esse tema é importante para os direitos reprodutivos e a autonomia das mulheres, o Ministério da Saúde priorizou o Planejamento Familiar, no contexto da Política de Atenção Integral à Saúde da Mulher.
Assista este vídeo que nos mostra os cuidados com o Planejamento Familiar:
<http://www.youtube.com/watch?v=aGCYCZBQ8ow>.
Os métodos reversíveis mais utilizados para evitar a gravidez são: anticoncepcional (oral e injetável), preservativo masculino, dispositivo intrauterino (DIU) e o diafragma.
Também poderão ser usados os métodos comportamentais, ou seja, de abstinência. A laqueadura e a vasectomia são métodos cirúrgicos e ainda são considerados de difícil reversão.
 
O Ministério da Saúde faz periodicamente a compra centralizada de anticoncepcional oral e injetável para todos os municípios de todos os estados brasileiros. A distribuição desses insumos é realizada diretamente pelas empresas vencedoras dos processos de licitação desses produtos. Já em relação ao DIU e ao diafragma, a compra e a distribuição continuam sendo realizadas pelo Ministério da Saúde.
PARA SABER MAIS:
Os serviços de saúde devem oferecer para essas mulheres pelo menos uma consulta médica e de enfermagem ao ano, mesmo depois que o método esteja em uso, pois há necessidade de verificar se esse método está adequado e se não está prejudicando a saúde de quem o está usando; além de proporcionar, pelo menos, uma prática educativa anual para esclarecimentos sobre métodos contraceptivos e o planejamento familiar.
 
No seu bairro ou município há uma oferta de práticas educativas sobre sexualidade e métodos para evitar a gravidez?
Os profissionais de saúde devem empenhar-se em bem informar aos usuários para que conheçam todas as alternativas de anticoncepção e possam participar ativamente da escolha do método.
Considerando que a AIDS vem se tornando uma das principais causas de morte entre mulheres jovens, é fundamental que se estimule a prática da dupla proteção, ou seja, a prevenção simultânea das doenças sexualmente transmissíveis (DST), inclusive a infecção pelo HIV/AIDS e a gravidez indesejada. Isso pode se traduzir no uso dos preservativosmasculino e feminino ou na opção de utilizá-los em associação a outro método anticoncepcional da preferência do indivíduo ou casal.   
 
Para aprofundar seus estudos e conhecer sobre os Métodos Contraceptivos, acesse esta cartilha do Ministério da Saúde sobre Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos no link abaixo:
<http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/cartilha_direitos_sexuais_2006>.
Dando sequência à nossa aula, estudaremos agora um pouco sobre a ASSISTÊNCIA ÀS MULHERES NEGRAS E POPULAÇÃO GLBTT (gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais); que são de responsabilidade da ÁREA TÉCNICA DE SAÚDE DA MULHER, dentro da Política de Atenção Integral à Saúde da Mulher do Ministério da Saúde.
SAÚDE DAS MULHERES NEGRAS
A ausência da variável cor na maioria dos sistemas de informação da área de saúde sempre dificultou uma análise mais consistente sobre a saúde das mulheres negras no Brasil. No entanto, os dados socioeconômicos referentes à população negra por si só já são indicadores de seu estado de saúde. A grande maioria de mulheres negras encontra-se abaixo da linha de pobreza e a taxa de analfabetismo é o dobro, quando comparada a das mulheres brancas. Por essas razões, elas possuem menor acesso aos serviços de saúde de boa qualidade, resultando que as mulheres negras têm maior risco de contrair e morrer de determinadas doenças do que as mulheres brancas. Como exemplo dessa situação, está o menor acesso das mulheres negras à assistência obstétrica, seja durante o pré-natal, durante o parto ou no puerpério. A mesma situação se repete na atenção ginecológica às mulheres que é maior entre as mulheres brancas do que entre as negras (BRASIL, 2004, p. 49).
 
Assista ao vídeo que fala um pouco sobre a incidência da Mortalidade Materna em Mulheres Negras, e discuta no Fórum este assunto tão importante:
<http://www.youtube.com/watch?v=P5qpGAfPbQo>.
Alguns problemas de saúde são mais prevalentes em determinados grupos raciais/étnicos e, no caso das mulheres negras, a literatura refere maior frequência de diabetes tipo II, miomas, hipertensão arterial e anemia falciforme.
No que se refere à hipertensão arterial, sua maior prevalência se dá em negros de ambos os sexos, com a peculiaridade de aparecer mais cedo e ser mais grave e complicada nas mulheres. Esse dado adquire maior gravidade quando relacionado à hipertensão arterial durante a gravidez, levando à toxemia gravídica (pré-eclâmpsia), uma das principais causas de morte materna no Brasil.
A precariedade das condições de vida das mulheres negras leva-as a apresentarem também maiores taxas de doenças relacionadas à pobreza, como o câncer de colo de útero que é duas vezes mais frequente em mulheres negras que em brancas.
O Conselho Nacional de Saúde aprovou a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra, por meio da Portaria n° 992, de 13 de maio de 2009.
Para saber mais sobre esta Portaria, acesse o link, onde você poderá conhecer as Diretrizes e Objetivos desta Política:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2009/prt0992_13_05
Este instrumento tem por objetivo combater a discriminação étnico-racial nos serviços e atendimentos oferecidos no Sistema Único de Saúde, bem como promover a equidade em saúde da população negra.
Acesse o vídeo para conhecer a: MOBILIZAÇÃO NACIONAL DA POPULAÇÃO NEGRA 2011
<http://www.youtube.com/watch?v=dJp4znInIf0>.
 
 
Agora que nós já entendemos um pouco sobre Política de Saúde da População Negra, vamos conhecer a Política de Saúde para População GLBTT.
POPULAÇÃO GLBTT (gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais)
Na sua opinião, esse grupo social seria mais fragilizado ou vulnerável em relação à outros grupos de pessoas no Brasil?
Você concorda com a necessidade de uma Política de Saúde específica para esta população?
Esta Política tem como objetivo geral promover a saúde integral de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, eliminando a discriminação e o preconceito institucional, contribuindo para a redução das desigualdades e para a consolidação do SUS como sistema universal e integral.
Desde a década de 1980, o Ministério da Saúde vem adotando estratégias para o enfrentamento da epidemia do HIV/AIDS e contou, para isso, com a parceria dos movimentos sociais vinculados a defesa dos direitos da população de GLBTT. Esta estratégia fortaleceu a participação destes grupos na luta pela saúde.
Assista a este vídeo e saiba mais sobre a População GLBTT:
<http://www.youtube.com/watch?v=_dOnFsz9muw&playnext=1&list=PLD6B5C7ADD6ECA1B7&feature=results_main>.
O compromisso do Ministério da Saúde com a redução das desigualdades constitui uma das bases do Programa Mais Saúde - Direito de Todos, lançada em 2008, e que visa à reorientação das políticas de saúde com o objetivo de ampliar o acesso a ações e serviços de qualidade. Este Programa apresenta metas específicas para promover ações de enfrentamento das iniquidades e desigualdades em saúde com destaques para grupos populacionais de negros, quilombolas, GLBTT, ciganos, prostitutas, população em situação de rua, entre outros. (BRASIL, 2010, p. 4).
 
Esta Política, GLBTT, tem também como marca o reconhecimento dos efeitos da discriminação e da exclusão no processo de saúde-doença desta população.
Suas diretrizes e seus objetivos estão, portanto, voltados para mudanças na determinação social da saúde, com vistas à redução das desigualdades relacionadas à saúde destes grupos sociais. Além de reafirmar o compromisso do SUS com a universalidade, a integralidade e com a efetiva participação da comunidade.
O respeito sem preconceito e sem discriminação é valorizado como fundamento para a humanização na promoção, proteção, atenção e no cuidado à saúde. Para que isso se efetive, a Política LGBTT articula um conjunto de ações e programas, que constituem medidas concretas a serem implementadas, em todas as esferas de gestão do SUS, particularmente nas Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde. Este processo de implementação deve ser acompanhado, cotidianamente, pelos respectivos Conselhos de Saúde e apoiado, de forma permanente, pela sociedade civil.
Dessa forma, enfrentar toda a discriminação e exclusão social implica em promover a democracia social, ao mesmo tempo, exige ampliar a consciência sanitária com mobilização em torno da defesa, do direito à saúde (BRASIL, 2010, p. 4-5, grifos da autora).
 
Para saber mais acesse o link do Ministério da Saúde: <http://portal.saude.gov.br/portal/saude/cidadao/area.cfm?id_area=1048>.
Portaria nº 2.836, de 1º de dezembro de 2011
Resolução nº 2, de 6 de dezembro de 2011
O nosso próximo assunto é a violência contra a mulher, tema tão importante e discutido nos dias de hoje. É um drama que faz parte do dia-a-dia das pequenas e grandes cidades. É uma prática milenar e silenciosa. Vista com naturalidade e inerente à condição humana, muitas vezes é considerada sem importância, e o que é pior, está cada dia mais banalizada.
VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
Você conhece alguém que sofreu ou sofre este tipo de violência?
Se sim, quais foram as medidas tomadas a respeito?
Violência contra a mulher é qualquer ato ou conduta baseada no gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto na esfera pública como na esfera privada.
Esta é a definição prevista na Convenção Interamericana (também conhecida como “Convenção de Belém do Pará”), de 1994, para Prevenir e Erradicar a Violência contra a Mulher.
PARA SABER MAIS:
No link abaixo, leia na íntegra a definição, o direito das mulheres e os deveres do Estado da “CONVENÇÃO DE BELÉM DO PARÁ”.
<http://www.cidh.oas.org/Basicos/Portugues/m.Belem.do.Para.htm>.
Existem vários tipos de armas utilizadas na violência contra a mulher: a lesão corporal, que é a agressão física, como socos, pontapés, bofetões, entre outros; o estupro ou violência carnal, sendo todo atentado contra o pudor de pessoa de outro sexo, por meio de força física, ou grave ameaça, com intenção de satisfazer nela desejos lascivos, ou atos de luxúria; ameaça de morte ou qualqueroutro mal, feitas por gestos, palavras ou por escrito; abandono material, quando o homem, não reconhece a paternidade, obrigando assim a mulher, entrar com uma ação de investigação de paternidade, para poder receber pensão alimentícia.
Mas nem todos deixam marcas físicas, como as ofensas verbais e morais, que causam dores que superam a dor física. Humilhações, torturas ou abandono são considerados pequenos assassinatos diários, difíceis de superar e praticamente impossíveis de prevenir, fazendo com que as mulheres percam a referência de cidadania (VELLOSO, 2012).
Assista a este vídeo do Ministério da Saúde, sobre Notificação e Prevenção da Violência contra a Mulher, e veja como este assunto é importante:
<http://www.youtube.com/watch?v=7y6-0NR0vJc>.
Como já citado acima, em 1994, o Brasil assinou o documento da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher, também conhecida como Convenção de Belém do Pará. Este documento define o que é violência contra a mulher, além de explicar as formas que essa violência pode assumir e os lugares onde pode se manifestar. Foi com base nesta Convenção que a definição de violência contra a mulher, constante na Lei Maria da Penha, foi escrita.
A LEI MARIA DA PENHA, n° 11340/2006, foi criada para combater a violência contra a mulher. Ainda hoje se discute se teria sido um avanço na legislação ou se foi de encontro à Constituição do Brasil.
Leia na íntegra a Lei Maria da Penha: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm>.
Esta lei alterou o Código Penal Brasileiro e possibilitou que agressores de mulheres no âmbito doméstico ou familiar sejam presos em flagrante ou tenham sua prisão preventiva decretada, e estes agressores também não poderão mais ser punidos com penas alternativas. A legislação também aumenta o tempo máximo de detenção previsto de um para três anos, e a nova lei ainda prevê medidas que vão desde a saída do agressor do domicílio e a proibição de sua aproximação da mulher agredida.
O pacto pelo Enfrentamento à Violência Contra a Mulher foi lançado em agosto de 2007, como parte da Agenda Social do Governo Federal e consiste num acordo federativo entre o governo federal, os governos dos estados e dos municípios brasileiros para o planejamento de ações que visem a consolidação da Política Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres por meio da implementação de políticas públicas integradas em todo território nacional.
Para saber mais a respeito do Pacto Nacional pelo Enfrentamento à violência contra a Mulher, acesse o link:
<http://www.sepm.gov.br/subsecretaria-de-enfrentamento-a-violencia-contra-as-mulheres/pacto/Pacto%20Nacional/view>.
Atualmente existe a Delegacia de Defesa da Mulher, que recebe todas as queixas de violência contra as mulheres, investigando e punindo os agressores.  Como em toda a Polícia Civil, o registro das ocorrências, ou seja, a queixa é feita através de um Boletim de Ocorrência, que é um documento essencialmente informativo, todas as informações sobre o ocorrido visam instruir a autoridade policial, qual a tipicidade penal e como proceder nas investigações.
Toda a mulher violentada física ou moralmente, deve ter a coragem para denunciar o agressor, pois agindo assim ela esta se protegendo contra futuras agressões, e serve como exemplo para outras mulheres, pois enquanto houver a ocultação do crime sofrido, não vamos encontrar soluções para o problema (VELLOSO, 2012).
Como pudemos perceber, a identificação de mulheres em situação de violência é de extrema importância. Os serviços de saúde são importantes na detecção do problema, porque têm, em tese, uma cobertura e contato com as mulheres, podendo reconhecer e acolher o caso antes de incidentes mais graves.
         
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Bem, estamos finalizando esta Web Aula e espero que você tenha aproveitado e continue desenvolvendo seus estudos para o aprimoramento de seus conhecimentos sobre os temas abordados. Bons estudos e nos encontramos com certeza na próxima Web Aula.
Acesse o link abaixo e reflita se você concorda com o texto, sobre este artigo: Violência contra a Mulher.
<http://www.cem.sc.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=55&Itemid=53&lang=>.
BRASIL. Ministério da Saúde. Assistência em Planejamento Familiar: manual para o gestor. Brasília, 2002.
BRASIL. Ministério da Saúde. Assistência em Planejamento Familiar: Manual técnico. Brasília, 2002. 150p.
BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher: princípios e diretrizes. Brasília, 2004. 82p.
BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher: plano de ação. Brasília, 2004.
BRASIL. Ministério da Saúde. Política nacional de saúde integral de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais. Brasília, 2010. Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/politica_lgbt.pdf>. Acesso em: out. 2012.
BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Gestão de Políticas Estratégicas. Prevenção e Tratamento dos Agravos resultantes da Violência Sexual contra Mulheres e Adolescentes: norma técnica – Brasília: Secretaria de Políticas de Saúde, 2000. 56p.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Política Nacional de atenção integral à saúde da mulher: princípios e diretrizes. Brasília, 2004. Disponível em: <http://conselho.saude.gov.br/ultimas_noticias/2007/politica_mulher.pdf>. Acesso em: out. 2012.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa Saúde da mulher: um diálogo aberto e participativo. Brasília, 2010. (Série B. Textos Básicos de Saúde). Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/saude_da_mulher_um_dialogo_aberto_part.pdf>. Acesso em: out. 2012.
VELLOSO, Renato Ribeiro. Violência contra a mulher. Portal da família. Disponível em: <http://www.portaldafamilia.org/artigos/artigo323.shtml>. Acesso em: out. 2012.
SAÚDE DA MULHER
WEBAULA 2
Unidade 1 – Saúde da Mulher
Prezado (a) aluno (a).
Seja bem-vindo novamente. É com muita satisfação que convidamos você a participar desta Web Aula que dará continuidade ao nosso assunto sobre SAÚDE DA MULHER. Gostaria ainda de ressaltar que essa disciplina é de extrema importância na sua formação profissional, por abordar temas, constantemente citados na mídia, relacionados à saúde das nossas mulheres.
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REDUÇÃO DA MORTALIDADE MATERNA
A redução da mortalidade materna e neonatal no Brasil é ainda um desafio para os serviços de saúde e da sociedade. As altas taxas encontradas são como uma violação dos direitos humanos de mulheres e crianças e um sério problema de saúde pública, atingindo desigualmente as regiões brasileiras de classes sociais de baixa renda.
Assista este vídeo e veja um pouco da realidade do nordeste do Brasil, onde a mortalidade materna tem sido um grande problema de saúde pública:
<http://www.youtube.com/watch?v=YhLXvfnjUQk>.
 
Você sabe a incidência de mortalidade materna da sua região?
O Ministério da Saúde vem adotando várias medidas para melhorar a qualidade da assistência à saúde da mulher, incluindo a atenção obstétrica. Uma estratégia fundamental para a prevenção do óbito materno é a criação e o fortalecimento de comitês de morte materna.
 
VOCÊ SABIA QUE:
A mortalidade materna é uma das mais graves violações dos direitos humanos das mulheres, por ser uma tragédia evitável na grande maioria dos casos? (Ministério da Saúde).
Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, no Manual dos Comitês de Mortalidade Materna, no Brasil, existem dois fatores que dificultam o verdadeiro monitoramento do nível e da tendência da mortalidade materna: a subinformação e o sub-registro das declarações das causas de óbito.
“A subinformação resulta do preenchimento incorreto das declarações de óbito, quandose omite que a morte teve causa relacionada à gestação, ao parto ou ao puerpério. Isso ocorre pelo desconhecimento dos médicos quanto ao correto preenchimento da declaração de óbito e quanto à relevância desse documento como fonte de dados de saúde. Já o sub-registro é a  omissão do registro  do óbito em cartório, frequente nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, seja pela dificuldade de acesso aos cartórios, pela existência de cemitérios irregulares ou à falta de informação da população quanto à importância da declaração de óbito como instrumento de cidadania” (BRASIL, 2007).
De acordo com os padrões propostos pela Organização Mundial da Saúde, a morte materna abrange todas as mulheres, desde o início da gravidez até completar um ano de puerpério, que morrem devido às complicações:
-  decorrentes diretamente da gravidez (eclâmpsia – hemorragia gestacional – complicações de aborto – infecção puerperal – entre outras);
-  de complicações de alguma doença pré-existente (cardiopatias – diabetes – hipertensão arterial crônica – entre outras);
-  ou de alguma doença que se instale durante a gestação ou puerpério e é agravada pelos efeitos fisiológicos da gravidez (broncopneumonias – pielonefrites – entre outras).
Você conhece alguém que tenha tido alguma destas complicações na gestação?
Com suas ações, o Brasil está reduzindo a mortalidade materna, mas ainda não alcançou o 5º Objetivo de Desenvolvimento do Milênio (ODM), que é “Melhorar a Saúde Materna”.
Para conhecer todos os objetivos do Milênio (do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), acesse o link abaixo: <http://www.pnud.org.br/ODM.aspx>.
Através de medidas eficientes de assistência à saúde, que vão desde o planejamento familiar até os cuidados pós-parto, passando por todo o processo gestacional, investindo em profissionais de saúde com habilidades obstétricas e garantindo o acesso aos cuidados obstétricos de emergência quando surgirem complicações, pode-se reduzir a possibilidade dessas complicações e prevenir as mortes maternas.
Vamos falar agora sobre o Pré-Natal de Baixo Risco, que é um dos fatores que podem contribuir para diminuição do índice de mortalidade materna.
PRÉ-NATAL DE BAIXO RISCO
Para que a gravidez transcorra com segurança, são necessários cuidados de todos (gestante, parceiro, família e profissionais da saúde).  Na atenção básica da gravidez está incluída a prevenção, a promoção da saúde e o tratamento dos problemas que ocorrem durante o período gestacional e após o parto.
A equipe de saúde, ao entrar em contato com uma mulher gestante, deve buscar compreender os inúmeros significados da gestação para aquela mulher e sua família; a história que cada mulher grávida traz deve ser acolhida integralmente.
Ao Ministério da Saúde compete estabelecer políticas e normas técnicas para a atenção pré-natal de boa qualidade. Além dos equipamentos e instrumental necessários, deve-se levar em conta a capacitação da equipe da saúde (BRASIL, 2000).
Acesse o vídeo abaixo, e veja sobre a importância do pré-natal, na visão de um médico obstetra:
<http://www.youtube.com/watch?v=hN745R48Q2g>.
De acordo com o Ministério da Saúde, o diagnóstico da gravidez pode ser feito pelo médico ou pelo enfermeiro da unidade básica de saúde.
Após a confirmação da gravidez em consulta médica ou de enfermagem, dá-se início ao acompanhamento da gestante, registrando todos os aspectos que são relevantes nesta gestação.
Nesse momento, a gestante deverá receber as orientações necessárias referentes ao acompanhamento pré-natal.
VOCÊ SABIA QUE:
De acordo com a Lei do Exercício Profissional da Enfermagem - Decreto nº 94.406/87, o pré-natal de baixo risco pode ser inteiramente acompanhado pela enfermeira?
 
Leia o texto abaixo sobre: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PRÉ-NATAL DE BAIXO RISCO, e confira: <http://www.redesindical.com.br/abenfo/viicobeon_icieon/files/0
Você sabe o que deve ser investigado na consulta de pré-natal?
Para saber mais, acesse o protocolo do Ministério da Saúde sobre pré-natal:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/pre-natal_puerperio_atencao_humanizada.pdf>.                  
Para contribuir com as atividades do controle de pré-natal, é preciso identificar os riscos nos quais cada gestante está exposta. Isso permitirá a orientação e os encaminhamentos corretos em cada momento da gravidez.
ATENÇÃO:
É indispensável que essa avaliação do risco seja permanente, ou seja, aconteça em toda consulta.
Frente a qualquer alteração, ou se o parto não ocorrer até sete dias após a data provável, a gestante deverá ter consulta médica assegurada, ou ser referida para serviço de maior complexidade.
Acesse o link abaixo para saber mais sobre os FATORES DE RISCO GESTACIONAL. <http://pt.scribd.com/doc/53025736/3/FATORES-DE-RISCO-GESTACIONAL>.
PARA SABER MAIS:
O Ministério da Saúde oferece programas como Rede Cegonha e Humanização no Pré-Natal e Parto, para melhorar a qualidade do atendimento às gestantes e garantir o acesso delas nos serviços de saúde, assista este vídeo e confira:
<http://www.youtube.com/watch?v=Rc2osYcvqqE>.
Como podemos perceber, a realização de um pré-natal adequado tem um papel fundamental em termos de prevenção ou detecção precoce de patologias tanto maternas como fetais. Isto permite um desenvolvimento saudável do bebê e reduz os riscos da gestante.
Dando sequência à nossa aula, vamos falar um pouco a respeito do parto normal, pois, segundo o Ministério da Saúde, é o mais aconselhado e seguro, devendo ser disponibilizados todos os recursos para que ele aconteça.
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PROMOÇÃO DO PARTO NATURAL (NORMAL)
Entende-se por parto natural aquele realizado sem intervenções ou procedimentos desnecessários durante todo o período de trabalho de parto, parto e pós-parto, e com o atendimento centrado na mulher. Também pode ser chamado de "parto humanizado", devido todo o respeito e ternura com que são tratados a mulher e o bebê neste período.
Neste vídeo você pode ver um pouco da importância e benefícios do parto humanizado por meio de depoimentos de gestantes e profissionais:
<http://www.youtube.com/watch?v=w6G8CxA4Va8>.
As atitudes dos profissionais envolvidos no parto são fundamentais, deve-se respeitar o tempo, limites e as expectativas de cada mulher, durante todo o trabalho de parto e parto.
A mulher deve ser o centro das atenções e a figura principal, tendo ela poder sobre seu próprio corpo e sobre o processo do nascimento.
VOCÊ SABIA QUE: Atualmente, o parto natural tem sido motivo de diversos investimentos por parte do Ministério da Saúde, como na criação do Programa de Humanização do Parto e Nascimento e na criação dos Centros de Parto Normal?
 
Acesse o link da Rede Humaniza SUS e o link sobre Centro de Parto Normal, para saber mais:
<http://www.redehumanizasus.net/taxonomy/term/17283>.
<http://www.brasil.gov.br/sobre/saude/maternidade/parto/centros-de-parto-normal>.
 
PARA SABER MAIS: A legislação que permite o acompanhamento e a realização do trabalho de parto e parto pelo profissional enfermeiro obstetra é a Lei 7.498/86 e o Decreto-Lei 94.406/87.
 
Neste vídeo, conheça a Campanha do Parto Natural e a importância do enfermeiro (a) obstetra:
<http://www.youtube.com/watch?v=urodai7h-qc>
De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil, apenas 15% dos partos, em média, apresentam problemas que exigiriam a realização de cesárea. Nos outros 85% dos casos, a recomendação é realizar parto normal e, quando possível, humanizado – feito em um ambiente acolhedor, com profissionais que auxiliem a mulher a lidar, por exemplo, com a dor.  Desde 2006, o Ministério da Saúde promove a Campanha Nacional de Incentivo ao Parto Normal e Redução da Cesárea Desnecessária.
Em 2008, lançou a Política Nacional pelo Parto Natural e Contra as Cesáreas Desnecessárias, em parceria com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
VOCÊ SABIA QUE: Existem indicações para a realização da cesárea?
A cesariana é um procedimento importantepara salvar a vida da mãe e do bebê quando uma delas (ou as duas) está em risco.
Segundo o site do Ministério da Saúde, as indicações absolutas mais tradicionais são: desproporção céfalo-pélvica (quando a cabeça do bebê é maior do que o canal do parto da mãe); hemorragias importantes; doenças hipertensivas na mãe; bebê transverso (atravessado); e sofrimento fetal.
Já a ocorrência de diabete gestacional, ruptura prematura da bolsa d’água e bebê com trabalho de parto prolongado são consideradas indicações relativas.
O Ministério da Saúde ainda acrescentou, recentemente, outra indicação para a cesariana, que é o caso de gestantes portadoras do vírus HIV. Pois na hora do parto é o momento que ocorre maior troca sanguínea entre a mãe e o bebê. Então, a cirurgia programada reduziria os riscos de transmissão do vírus.
Com tudo o que vimos, podemos perceber que é importante deixar que a natureza comande o processo de parir e de nascer, respeitando a forma natural. O corpo da mulher tem um conhecimento intuitivo de como ter filhos, e a forma natural de parir pode ser muito gratificante para a mãe e seu bebê (BRASIL, 2012).
Agora vamos falar um pouco sobre o Combate ao Câncer do Colo do Útero e de Mamas.  Este nosso próximo assunto é também de extrema importância quando temos em vista a saúde de nossas mulheres.
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COMBATE AO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO
O Programa de Controle do Câncer do Colo do Útero é resultado da evolução de iniciativas que começaram a ser organizadas e consolidadas a partir do Programa de Saúde Materno-Infantil (1977) e que, a partir da década de 1990, expandiu-se consideravelmente.
VOCÊ SABIA QUE: Atualmente, cerca de 12 milhões de exames citopatológicos são realizados anualmente no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS)?
O câncer do colo do útero é o segundo mais incidente na população feminina brasileira, excetuando-se os casos de câncer de pele não melanoma. Ações que atuem sobre os determinantes sociais do processo saúde-doença e promovam qualidade de vida são fundamentais para a melhoria da saúde da população e o controle das doenças e dos agravos.
 
Para o controle do câncer do colo do útero, o acesso à informação e a redução das dificuldades de acesso aos serviços de saúde são questões centrais, a serem garantidas mediante ações intersetoriais que elevem o nível de escolaridade e a renda da população, bem como qualifiquem o Sistema Único de Saúde. O amplo acesso da população a informações claras, consistentes e culturalmente apropriadas a cada território deve ser uma iniciativa dos serviços de saúde em todos os níveis do atendimento.
A prevenção primária do câncer do colo do útero está relacionada à diminuição do risco de contágio pelo papiloma vírus humano (HPV). A transmissão da infecção pelo HPV ocorre por via sexual, presumidamente por meio de abrasões microscópicas na mucosa ou na pele da região anogenital. Consequentemente, o uso de preservativos (camisinha) durante a relação sexual com penetração protege parcialmente do contágio pelo HPV, que também pode ocorrer por meio do contato com a pele da vulva, região perineal, perianal e bolsa escrotal.
VOCÊ SABIA QUE: Há duas vacinas aprovadas e comercialmente disponíveis no Brasil que protegem contra alguns subtipos do HPV?
Acesse o link abaixo para saber mais:
<http://www.virushpv.com.br/novo/hpv_vacina.php>.
 
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as estratégias para a detecção precoce do Câncer do Colo do Útero são:
- o diagnóstico precoce (abordagem de pessoas com sinais e sintomas da doença);
- o rastreamento (aplicação de um teste ou exame numa população sem sintomas, aparentemente saudável, com objetivo de identificar lesões sugestivas de câncer e encaminhá-la para investigação e tratamento).
O método principal e mais amplamente utilizado para rastreamento do Câncer do Colo do Útero é o teste de Papanicolau (exame citopatológico do colo do útero), que deve ser oferecido às mulheres na faixa etária de 25 a 64 anos e que já tiveram atividade sexual. A priorização desta faixa etária como a população-alvo do Programa Nacional de Controle ao Câncer do Colo do Útero justifica-se por ser a de maior ocorrência das lesões de alto grau, passíveis de serem tratadas efetivamente para não evoluírem para o câncer.
Para saber mais sobre o teste de Papanicolau acesse o link abaixo:<http://pt.wikipedia.org/wiki/Teste_de_Papanicolau>.
O tratamento apropriado das lesões precursoras é meta prioritária para a redução da incidência e mortalidade pelo câncer do colo uterino. Entre os tratamentos mais comuns estão a cirurgia e a radioterapia. O tipo de tratamento dependerá do estadiamento (estágio) da doença, tamanho do tumor e fatores pessoais, como idade e desejo de preservação da fertilidade.
Como você deve saber, a equipe de enfermagem tem um papel importante na prevenção e detecção de doenças, inclusive do Câncer Colo do Útero, pois, neste caso, é responsável por:
-  Sensibilizar as mulheres a fazerem o exame de Papanicolau, por meio de programas educativos e também identificar a mulher com situação de risco durante o acolhimento ou na consulta ginecológica.
Todos os profissionais de saúde engajados na área da saúde da mulher deverão estar envolvidos no combate ao câncer cervicouterino, para que possa provocar um grande impacto sobre os múltiplos fatores que interferem nas ações de controle.
É importante que a atenção às mulheres esteja pautada em uma equipe multiprofissional e com prática interdisciplinar.
COMBATE AO CÂNCER DE MAMAS
VOCÊ SABIA QUE: o câncer de mama é a quinta causa de morte por câncer em geral e a causa mais frequente de morte por câncer em mulheres?
O sintoma mais comum de câncer de mama é o aparecimento de nódulo, geralmente indolor, duro e irregular; mas há tumores que são de consistência branda, globosos e bem definidos. Outros sinais de câncer de mama são edema cutâneo semelhante à casca de laranja; retração cutânea; dor; inversão do mamilo; hiperemia; descamação ou ulceração do mamilo; e secreção papilar, especialmente quando é unilateral e espontânea. A secreção associada ao câncer geralmente é transparente, podendo ser rosada ou avermelhada devido à presença de glóbulos vermelhos. Podem também surgir linfonodos palpáveis na axila.
Sinais de Câncer de Mama
Os principais fatores de risco para o câncer de mama estão ligados à idade, aspectos endócrinos e também genéticos.
Assista ao vídeo e confira os fatores de risco para o câncer de mama:
<http://www.youtube.com/watch?v=QzLSH3EHqLk>.
A prevenção primária do câncer de mama está relacionada ao controle dos fatores de risco reconhecidos. Os fatores hereditários e os associados ao ciclo reprodutivo da mulher não são, em princípio, passíveis de mudança, porém fatores relacionados ao estilo de vida, como obesidade pós-menopausa, sedentarismo, consumo excessivo de álcool e terapia de reposição hormonal, são modificáveis. Estima-se que por meio da alimentação, nutrição e atividade física é possível reduzir em até 28% o risco de a mulher desenvolver câncer de mama, segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer).
Para saber mais sobre “O Papel dos Alimentos Funcionais na Prevenção e Controle do Câncer de Mama”, leia este artigo.
<http://www.inca.gov.br/rbc/n_50/v03/pdf/REVISAO3.pdf>.
O câncer de mama identificado em estágios iniciais apresenta prognóstico mais favorável e elevado percentual de cura.
Como no caso de Câncer de Colo de Útero, existem estratégias para a detecção precoce do Câncer de Mama, que são: o diagnóstico precoce -  abordagem de pessoas com sinais e sintomas da doença, e o rastreamento -  aplicação de teste ou exame numa população sem sintomas, aparentemente saudável, com o objetivo de identificar lesões sugestivas de câncer.
Deve-se encaminhar essas mulheres, com resultados alterados, para investigação e tratamento. É fundamental que a mulher esteja bem informada e atenta a possíveis alterações nas mamas e, em caso deanormalidades, deve buscar rapidamente o serviço de saúde.
VOCÊ SABE QUE ORIENTAÇÕES DEVEMOS DAR A ESSAS MULHERES?
A mulher deve realizar a autopalpação das mamas (autoexame das mamas), todo mês, observando a descoberta casual de pequenas alterações mamárias.
É preciso que ela seja estimulada a procurar esclarecimento médico sempre que houver dúvida em relação aos achados da autopalpação das mamas. O sistema de saúde deve adequar-se para acolher, informar e realizar os exames e diagnósticos adequados nestas mulheres.
No Brasil, a mamografia e o exame clínico das mamas (ECM) são os métodos preconizados para o rastreamento na rotina da atenção integral à saúde da mulher.
A recomendação para as mulheres de 50 a 69 anos é a realização da mamografia a cada dois anos e do exame clínico das mamas, por um profissional da área de saúde, anualmente. Para as mulheres de 40 a 49 anos, a recomendação é o exame clínico anual e a mamografia diagnóstica em caso de resultado alterado do ECM. 
Com relação ao tratamento, importantes avanços na abordagem do câncer de mama aconteceram nos últimos anos, principalmente no que diz respeito a cirurgias menos mutilantes, assim como a busca da individualização do tratamento. O tratamento varia de acordo com o estadiamento (estágio) da doença, suas características biológicas, bem como das condições da paciente (idade, status menopausal, comorbidades e preferências).
O prognóstico do câncer de mama depende da extensão da doença (estadiamento). Quando a doença é diagnosticada no início, o tratamento tem maior potencial curativo. Quando há evidências de metástases o tratamento tem por objetivos principais prolongar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida.
O Artigo abaixo nos fala sobre como o diagnóstico e o tratamento do câncer de mama afetam a condição emocional da mulher:
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S1414-98932003000400006&script=sci_arttext>.
Como você pôde perceber pelo artigo, o relacionamento da paciente com os profissionais de saúde são de extrema importância para a aceitação da doença e tratamento.  É fundamental que fiquemos atentos a isso!
Já estamos chegando quase ao final de nosso estudo, você percebeu como tem muito assunto importante sobre a Saúde da Mulher?  Agora quero falar com você a respeito do Climatério, que não é uma doença, e sim uma mudança fisiológica da vida da mulher.
ASSISTÊNCIA AO CLIMATÉRIO
Você sabe qual a diferença entre Climatério e Menopausa?
O climatério é definido pela Organização Mundial da Saúde, não como um processo patológico, e sim como uma fase biológica que compreende a transição entre o período reprodutivo e o não reprodutivo da vida da mulher.
A menopausa é um marco dessa fase, caracterizada pela interrupção da ovulação e da produção de estrogênio, correspondendo ao último ciclo menstrual; ela é somente reconhecida depois de passados 12 meses da sua ocorrência e acontece geralmente em torno dos 48 aos 50 anos de idade.
É importante ressaltar que o climatério é uma fase natural da vida da mulher e muitas mulheres passam por esta fase sem queixas ou necessidade de medicamentos. Outras já apresentam sintomas que variam na sua diversidade e intensidade. Por isso, é fundamental que haja, nessa fase da vida, um acompanhamento visando à promoção da saúde, o diagnóstico precoce, o tratamento imediato dos agravos e a prevenção de danos.
Os serviços de saúde precisam adotar estratégias e evitar que as mulheres entrem em contato com os serviços e não recebam orientações ou ações de promoção, prevenção e recuperação da saúde (BRASIL, 2008).
O artigo abaixo se refere a uma reflexão acerca da importância do papel do enfermeiro no cuidado à mulher, atentando para o climatério, que é uma fase bastante crítica da vida da mulher, acesse o link.
<http://www.itpac.br/hotsite/revista/artigos/31/4.pdf>.
Na vida da mulher há diferentes fases fisiológicas, tais como a menarca (primeira menstruação), a gestação, climatério ou a menopausa (última menstruação). São episódios marcantes para seu corpo e sua história de vida.
Além disso, as mulheres na fase do climatério podem apresentar algumas patologias como: aumento das taxas de colesterol, doenças cardiovasculares, diabetes mellitus, neoplasias benignas e malignas, obesidade, distúrbios urinários, osteoporose e doenças autoimunes.
Estes agravos, que não tem relação direta com a diminuição da função ovariana, podem, no entanto, provocar uma mudança na imagem que a mulher tem de si, e isso pode levá-la à insegurança e ansiedade, evoluindo gradualmente para um processo de depressão.
ATENÇÃO: Os profissionais de saúde exercem importante função no atendimento dessas mulheres, sendo necessário que tenham esses aspectos em mente, qualifiquem sua escuta, acolham as queixas e estimulem a mulher a investir em si própria, no seu autocuidado e a valorizar-se. Devem contribuir para que cada mulher exerça o protagonismo de sua história de saúde e de vida.
PARA SABER MAIS: acesse o link abaixo do Ministério da Saúde:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_atencao_mulher_climaterio_menopausa.pdf>.
Com relação ao tratamento, conforme o Consenso da Associação Brasileira do Climatério, os estudos mostram que a terapêutica hormonal (TH) alivia efetivamente os sintomas desta fase, proporcionando melhor qualidade de vida às mulheres. Outra vantagem é prevenir e tratar a osteoporose (redução da massa óssea que provoca manifestações dolorosas e aumento do risco de fraturas).
Assista ao vídeo abaixo e confira a reportagem sobre algumas dúvidas das mulheres e o esclarecimento de um médico, sobre menopausa e Reposição Hormonal:
<http://www.youtube.com/watch?v=geAcVvJYdOc>.
Como profissionais de saúde, devemos promover a saúde das mulheres no climatério, considerando a relação de cada uma com seu próprio corpo, com as mudanças visíveis que estão ocorrendo nele e suas reações físicas e emocionais nessa fase. Reconhecendo também os reflexos de suas relações na família, no emprego e na sociedade, construindo espaços de diálogo, tanto individualmente, como também em grupo, para que possa haver um aprofundamento na vivência entre estas mulheres, gerando maior compreensão da questão e um intercâmbio coletivo de experiências entre as próprias mulheres, facilitando, assim, a aquisição de novos conceitos, mudanças na mentalidade e no modo de vida.
Prezado aluno, chegamos ao final de nosso estudo sobre Saúde da Mulher, e espero que você tenha gostado e compreendido um pouco mais sobre sua importância.
Espero que você, como profissional da área de saúde possa contribuir para que a assistência à mulher seja efetiva e possa promover ações para aperfeiçoar a atenção integral à saúde da mulher.
BRASIL. Ministério da Saúde. Assistência pré-natal: manual técnico. 3. ed. Brasília: Secretaria de Políticas de Saúde, 2000. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd04_11.pdf>. Acesso em: out. 2012.
BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de atenção à mulher no climatério/menopausa. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2008 (Série A. Normas e Manuais Técnicos). Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/manual_climaterio.pdf>. Acesso em: out. 2012.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portal da saúde SUS +. Parto normal: mais segurança para a mãe e o bebê. Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=20911>. Acesso em: out. 2012.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Manual dos comitês de mortalidade materna. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2007 (Série A. Normas e Manuais Técnicos). Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/comites_mortalidade_materna_m.pdf>. Acesso em: out. 2012.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Política Nacional de Promoção da Saúde. Brasília: Ministério da Saúde 2006. 60p. (Série B. Textos básicos de saúde).
BRASIL. Ministério da Saúde. Assistência integral à saúde da mulher: bases de ação programática. Brasília: Ministério da Saúde,1984. 27p.
BURROUGHS, A. Uma introdução à enfermagem materna.  6 ed., Artes Médicas, Porto Alegre, 1995.
CAVALCANTI, Mabel O. da Cunha e Cavalcanti, Ricardo da Cunha.  Aspectos emocionais da disfunção sexual. In: Tratado de Ginecologia. 2. ed. São Paulo, Roca, 1994. p. 165.
INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER (Brasil). Resumo. Alimentos, Nutrição, Atividade Física e Prevenção do Câncer. Uma perspectiva global. Tradução de Athayde Handson Tradutores. Rio de Janeiro, 2007, 12 p.
INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER (Brasil). Sumário Executivo. Políticas e Ações para Prevenção do  Câncer no Brasil. Alimentos, Nutrição e Atividade Física. Rio de Janeiro: INCA, 2009.
 
Visão geral
 
 
 
 
O curso SAÚDE DA MULHER tem a finalidade de 
disseminar informações que contribuirão para que 
possamos conhecer e problematizar sobre a situação 
das mulheres em nossa área de atuação; promovendo 
assim a melhoria das condições de vida e saúde destas 
mulheres
, por meio da garantia de direitos e ampliação 
do acesso aos serviços de promoção, prevenção, 
assistência e recuperação da saúde.
 
 
 
 
Objetivos:
 
-
 
Estimular a c
onstrução do conhecimento na área de 
saúde da mulher e gênero por meio da pesquisa e da 
participação no ensino;
 
-
 
Compreender a assistência integral à saúde da 
mulher, com vistas à redução da morbimortalidade 
deste grupo populacional;
 
-
 
Conhecer as polític
as públicas na área da saúde da 
mulher;
 
-
 
Proporcionar o aperfeiçoamento técnico e científico, 
para a assistência à mulher.
 
 
Conteúdo Programático:
 
-
 
História da mulher na luta pela saúde;
 
-
 
Planejamento Familiar;
 
-
 
Assistência às mulheres negras e população GLBTT;
 
-
 
Violência contra a mulher;
 
-
 
Redução da Mortalidade Materna;
 
-
 
Pré
-
Natal de Baixo Risco;
 
-
 
Promoção do Parto N
atural (Normal);
 
-
 
Combate ao Câncer Do Colo do Útero e de Mamas;
 
-
 
Assistência ao Climatério.
 
Meto
dologia:
 
 
 
Visão geral 
 
 
O curso SAÚDE DA MULHER tem a finalidade de 
disseminar informações que contribuirão para que 
possamos conhecer e problematizar sobre a situação 
das mulheres em nossa área de atuação; promovendo 
assim a melhoria das condições de vida e saúde destas 
mulheres, por meio da garantia de direitos e ampliação 
do acesso aos serviços de promoção, prevenção, 
assistência e recuperação da saúde. 
 
 
Objetivos: 
- Estimular a construção do conhecimento na área de 
saúde da mulher e gênero por meio da pesquisa e da 
participação no ensino; 
- Compreender a assistência integral à saúde da 
mulher, com vistas à redução da morbimortalidade 
deste grupo populacional; 
- Conhecer as políticas públicas na área da saúde da 
mulher; 
- Proporcionar o aperfeiçoamento técnico e científico, 
para a assistência à mulher. 
 
Conteúdo Programático: 
- História da mulher na luta pela saúde; 
- Planejamento Familiar; 
- Assistência às mulheres negras e população GLBTT; 
- Violência contra a mulher; 
- Redução da Mortalidade Materna; 
- Pré-Natal de Baixo Risco; 
- Promoção do Parto Natural (Normal); 
- Combate ao Câncer Do Colo do Útero e de Mamas; 
- Assistência ao Climatério. 
Metodologia:

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