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Fazemos parte do Claretiano - Rede de Educação
SEMIOLOGIA 
E SEMIOTÉCNICA
EM ENFERMAGEM
Olá! Meu nome é Danielle Monteiro Vilela. Possuo Graduação 
em Enfermagem pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto 
da Universidade de São Paulo (2004), Mestrado em Enfermagem 
Fundamental (2011) e Doutorado em Enfermagem em Saúde Pública pela 
mesma instituição (2015). Atualmente, sou professora no Claretiano – 
Centro Universitário e professora contratada III da Escola de Enfermagem 
de Ribeirão Preto – USP. Também sou membro pesquisador do Grupo de 
Pesquisa Enfermagem no Cuidado à Criança e ao Adolescente (GPECCA). 
Tenho experiência na área de Enfermagem, com ênfase em Ciências 
da Saúde, atuando principalmente nos seguintes temas: Assistência de 
Enfermagem, Enfermagem Neonatal, Educação em Saúde, Materiais de Ensino, Tecnologias de 
Ensino, Recém-Nascido, Prematuro e Avaliação Clínica Neonatal.
E-mail: danielledias@claretiano.edu.br
Olá! Meu nome é Renata Paula Fabri. Possuo Graduação em Matemática, 
Pedagogia e Enfermagem pelo Claretiano – Centro Universitário, 
Especialização em Educação Infantil e Atendimento Pré-Hospitalar de 
Urgência e Emergência pela mesma instituição; e Mestrado em Ciências 
pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto – Universidade de São 
Paulo, instituição em que realizei pesquisas relacionadas ao Ensino de 
Enfermagem. Atuei como enfermeira assistencial em Unidade de Terapia 
Intensiva e hospital geral. Atualmente sou coordenadora do Curso de 
Enfermagem do Claretiano – Centro Universitário de Batatais, e ministro 
as disciplinas de Fundamentos de Enfermagem: Procedimentos Técnicos Básicos, Semiologia 
e Semiotécnica em Enfermagem e Metodologia da Assistência de Enfermagem. É com imenso 
prazer que compartilho experiências e conhecimentos na área de Enfermagem. Sejam todos 
bem-vindos à disciplina de Semiologia e Semiotécnica em Enfermagem!
E-mail: renatafabri@claretiano.edu.br
Claretiano – Centro Universitário
Rua Dom Bosco, 466 - Bairro: Castelo – Batatais SP – CEP 14.300-000
cead@claretiano.edu.br
Fone: (16) 3660-1777 – Fax: (16) 3660-1780 – 0800 941 0006
claretiano.edu.br/batatais
Danielle Monteiro Vilela 
Renata Paula Fabri
Batatais
Claretiano
2020
SEMIOLOGIA 
E SEMIOTÉCNICA
EM ENFERMAGEM
© Ação Educacional Claretiana, 2020 – Batatais (SP)
Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, a transmissão total ou parcial por qualquer forma 
e/ou qualquer meio (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação e distribuição na web), ou o 
arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito do autor e da Ação 
Educacional Claretiana.
CORPO TÉCNICO EDITORIAL DO MATERIAL DIDÁTICO MEDIACIONAL
Gerente do Material Didático: Rodrigo Ferreira Daverni
Preparação: Aline de Fátima Guedes • Camila Maria Nardi Matos • Carolina de Andrade Baviera • Cátia 
Aparecida Ribeiro • Lidiane Maria Magalini • Luciana A. Mani Adami • Luciana dos Santos Sançana de Melo • 
Patrícia Alves Veronez Montera • Simone Rodrigues de Oliveira • Vanessa Ito Nazar
Revisão: Eduardo Henrique Marinheiro • Filipi Andrade de Deus Silveira • Rafael Antonio Morotti • Vanessa 
Vergani Machado
Projeto gráfico, diagramação e capa: Bruno do Carmo Bulgarelli • Joice Cristina Micai • Lúcia Maria de Sousa 
Ferrão • Luis Antônio Guimarães Toloi • Raphael Fantacini de Oliveira • Tamires Botta Murakami
Videoaula: André Luís Menari Pereira • Bruna Giovanaz Bulgarelli • Gustavo Fonseca • Luis Gustavo Millan • 
Marilene Baviera • Renan de Omote Cardoso
Bibliotecária: Ana Carolina Guimarães – CRB7: 64/11
DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
 
 610.73 V755s 
 
 Vilela, Danielle Monteiro 
 Semiologia e Semiotécnica em Enfermagem / Danielle Monteiro Vilela, Renata Paula 
 Fabri – Batatais, SP: Claretiano, 2020. 
 186 p. 
 
 ISBN: 978-65-88553-09-1 
 
 1. Semiologia. 2. Semiotécnica. 3. Enfermagem. 4. Exame físico. 5. Avaliação clínica. 
 I. Fabri, Renata Paula. II. Semiologia e Semiotécnica em Enfermagem. 
 
 
 
 
 
 CDD 610.73 
 
INFORMAÇÕES GERAIS
Cursos: Graduação
Título: Semiologia e Semiotécnica em Enfermagem 
Versão: ago./2020
Formato: 15x21 cm
Páginas: 186 páginas
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 9
2. GLOSSÁRIO DE CONCEITOS ............................................................................ 12
3. ESQUEMA DOS CONCEITOS-CHAVE ............................................................... 14
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 15
5. E-REFERÊNCIA .................................................................................................. 15
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO A SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA, 
EXAME FÍSICO E SISTEMA TEGUMENTAR
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................. 19
2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA ............................................................. 19
2.1. INTRODUÇÃO A SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA .................................. 19
2.2. EXAME FÍSICO .......................................................................................... 23
2.3. SISTEMA TEGUMENTAR ......................................................................... 36
3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR ................................................................ 49
3.1. EXAME FÍSICO .......................................................................................... 49
3.2. SISTEMA TEGUMENTAR ......................................................................... 50
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ....................................................................... 51
5. CONSIDERAÇÕES ............................................................................................. 53
6. E-REFERÊNCIAS ................................................................................................ 53
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 54
UNIDADE 2 – EXAME FÍSICO DE CABEÇA, PESCOÇO E TÓRAX
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 57
2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA ............................................................. 57
2.1. EXAME FÍSICO DA CABEÇA E PESCOÇO ................................................. 57
2.2. EXAME FÍSICO DO TÓRAX (APARELHO RESPIRATÓRIO, MAMAS E 
AXILAS) ...................................................................................................... 79
3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR ................................................................ 108
3.1. EXAME FÍSICO DA CABEÇA E PESCOÇO ................................................. 108
3.2. EXAME FÍSICO DO TÓRAX ....................................................................... 108
3.3. EXAME DAS MAMAS E AXILAS ............................................................... 109
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ....................................................................... 109
5. CONSIDERAÇÕES ............................................................................................. 112
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 113
UNIDADE 3 – EXAMES FÍSICOS CARDIOVASCULAR, VASCULAR 
PERIFÉRICO E ABDOMINAL
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 117
2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA .............................................................117
2.1. EXAMES FÍSICOS CARDIOVASCULAR E VASCULAR PERIFÉRICO .......... 118
2.2. EXAME FÍSICO ABDOMINAL ................................................................... 126
3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR ................................................................ 143
3.1. EXAME FÍSICO CARDIOVASCULAR E VASCULAR PERIFÉRIO ................ 143
3.2. EXAME FÍSICO ABDOMINAL ................................................................... 143
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ....................................................................... 144
5. CONSIDERAÇÕES ............................................................................................. 146
6. E-REFERÊNCIA .................................................................................................. 147
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 147
UNIDADE 4 – EXAME DO SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO E 
NEUROLÓGICO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 151
2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA ............................................................. 151
2.1. EXAME DO SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO ..................................... 151
2.2. 2. ANATOMIA DO SISTEMA NERVOSO ................................................... 163
2.3. ANAMNESE NEUROLÓGICA .................................................................... 169
2.4. INSPEÇÃO ................................................................................................. 178
2.5. AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO MOTORA ....................................................... 179
2.6. AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO SENSITIVA ...................................................... 180
3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR ................................................................ 181
3.1. EXAME DO SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO ..................................... 181
3.2. EXAME NEUROLÓGICO ........................................................................... 182
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ....................................................................... 182
5. CONSIDERAÇÕES ............................................................................................. 185
6. E-REFERÊNCIA .................................................................................................. 186
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 186
7
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
Conteúdo
A disciplina engloba toda a nomenclatura semiológica, 
bem como a instrumentalização para realização do exame físico 
geral, sistema tegumentar, da cabeça e do pescoço, tórax e dos 
pulmões, sistema cardiovascular e vascular periférico, mamas e 
axilas, abdome, sistema musculoesquelético e sistema 
neurológico.
Bibliografia Básica
BARROS, A. L. B. L. (Org.). Anamnese e exame físico: avaliação diagnóstica 
de Enfermagem no adulto. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2010.
BICKLEY, L. S.; SZILAGYI, P. G. Bates – Propedêutica médica. 11. ed. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 2015.
JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2012.
Bibliografia Complementar
CONSENDEY, Carlos Henrique (trad.). Semiologia: bases para a prática assistencial. 
Rio de Janeiro: Ganabara Koogan, 2006.
JENSEN, S. Semiologia para Enfermagem: conceitos e práticas clínicas. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.
POSSO, M.B. S. Semiologia e Semiotécnica de Enfermagem. São Paulo: Atheneu, 
1999.
PORTO, C. C. Exame clínico: bases para a prática médica. 7. ed. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.
POTTER, Patrícia. Semiologia em enfermagem. 4. ed. Rio de Janeiro: Reichmann & 
Affonso, 2002.
8 © SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA EM ENFERMAGEM 
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
É importante saber: ––––––––––––––––––––––––––––––––
Estaobra está dividida, para fins didáticos, em duas partes:
Conteúdo Básico de Referência (CBR): é o referencial teórico e prático que 
deverá ser assimilado para aquisição das competências, habilidades e atitudes 
necessárias à prática profissional. Portanto, no CBR, estão condensados os 
principais conceitos, os princípios, os postulados, as teses, as regras, os 
procedimentos e o fundamento ontológico (o que é?) e etiológico (qual sua 
origem?) referentes a um campo de saber.
Conteúdo Digital Integrador (CDI): são conteúdos preexistentes, 
previamente selecionados nas Bibliotecas Virtuais Universitárias conveniadas 
ou disponibilizados em sites acadêmicos confiáveis. São chamados “Conteúdo 
Digital Integrador” porque são imprescindíveis para o aprofundamento do 
Conteúdo Básico de Referência. Juntos, não apenas privilegiam a convergência 
de mídias (vídeos complementares) e a leitura de “navegação” (hipertexto), 
como também garantem a abrangência, a densidade e a profundidade dos 
temas estudados. Portanto, são conteúdos de estudo obrigatórios, para efeito 
de avaliação.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
9© SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA EM ENFERMAGEM 
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
1. INTRODUÇÃO
Prezado aluno, seja bem-vindo!
Iniciaremos o estudo de Semiologia e Semiotécnica em 
Enfermagem, por meio do qual você obterá as informações 
necessárias para o embasamento teórico da sua futura profissão 
e para as atividades que virão.
Além disso, procuramos elaborar um conteúdo capaz de 
proporcionar fundamentos para a realização da avaliação clínica 
do paciente, e ele servirá de base para realizar a anamnese 
e o exame físico. É importante lembrar, também, que a 
Semiologia e a Semiotécnica incluem o levantamento de dados 
de Enfermagem, sendo a observação, a entrevista e a coleta 
de dados extremamente necessárias. É de suma importância 
que o enfermeiro, além de dominar as técnicas propedêuticas 
de inspeção, palpação, percussão e ausculta, tenha uma 
profunda compreensão da fisiologia normal, de patologia clínica 
e de diagnóstico por imagem, o que permitirá extrapolar e 
analisar criticamente os dados coletados e oferecer cuidados e 
intervenções adequados à evolução positiva do estado de saúde 
do paciente. 
Falaremos, a seguir, das unidades de estudo, que irão 
ajudar você a aprender sobre Semiologia e Semiotécnica.
O que é Semiologia e Semiotécnica
Para iniciarmos os nossos estudos, você pode estar se 
perguntando: o que são Semiologia e Semiotécnica?
10 © SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA EM ENFERMAGEM 
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
Muitos responderão que são técnicas utilizadas para a 
realização do exame físico; outros dirão que são sinais e sintomas 
do paciente. Na Unidade 1, juntos, responderemos a essa 
pergunta. Veremos que os conceitos são muito mais abrangentes 
do que o senso comum afirma e bem mais importantes do que 
pensamos, pois garantem o cuidado prestado ao paciente com 
qualidade.
Técnicas básicas
Ainda na Unidade 1, trabalharemos a anamnese e as 
técnicas básicas, como inspeção, palpação, percussão e ausculta, 
pelas quais vocês devem começar ao realizar o exame físico do 
paciente.
Iniciaremos, também, a avaliação física do sistema 
tegumentar e seus anexos, tratando de anatomia e função da 
pele.
Exames físicos de cabeça, pescoço e tórax
A partir dos conceitos discutidos, estudaremos, na 
Unidade 2, a anatomia de cabeça e pescoço, bem como faremos 
a Semiologia e Semiotécnica dos mesmos. Trataremos também 
da realização do exame físico do tórax, envolvendo pulmões, 
mamas e axilas. Aprenderemos, ainda, os valores considerados 
normais em relação ao número de movimentos respiratórios e 
suas alterações; os sons normais e anormais encontrados em 
ausculta e percussão do pulmão; as técnicas utilizadas para o 
exame das mamas e axilas, e as alterações a que devemos estar 
atentos; e os grupos de linfonodos estão presentes no tórax e 
suas alterações.
11© SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA EM ENFERMAGEM 
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
Exames físicos cardiovascular, vascular periférico e de abdome
Já na Unidade 3, estudaremos a abordagem teórica para 
a realizaçãodo exame cardiovascular e vascular periférico; a 
Semiologia e Semiotécnica dos sistemas cardiovascular e vascular 
periférico; os valores dos batimentos cardíacos considerados 
normais e as alterações desses números; como são formadas as 
bulhas cardíacas (B1 e B2) e as bulhas B3 e B4; sístole e diástole; 
a localização do ictus cordis; e os focos cardíacos encontrados na 
ausculta cardiovascular.
Aprenderemos, também, sobre o sistema digestório. 
Realizando a Semiologia e Semiotécnica do abdome, 
descobriremos os parâmetros de normalidade encontrados 
em inspeção, ausculta percussão e palpação abdominal. Ainda, 
falaremos sobre a divisão do abdome em quadrantes, e quais 
órgãos se localizam em cada um.
Exames físicos neurológico e musculoesquelético
Nesta Unidade 4, estudaremos o sistema neurológico, 
com sua Semiologia e Semiotécnica. Abordaremos as alterações 
neurológicas relacionadas à sua função, bem como as mais 
comuns na avaliação do nível de consciência, a Escala de Coma de 
Glasgow. Além disso, estudaremos o sistema musculoesquelético, 
aprendendo sua Semiologia e Semiotécnica e suas alterações.
Vamos iniciar esse desafio? Convidamos você a percorrer 
as unidades de estudo, sem esquecer da grande responsabilidade 
que terá de agora em diante no desenvolvimento das habilidades 
na realização do exame físico para prestar um cuidado com maior 
qualidade ao paciente.
12 © SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA EM ENFERMAGEM 
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
2. GLOSSÁRIO DE CONCEITOS
O Glossário de Conceitos permite uma consulta rápida 
e precisa das definições conceituais, possibilitando um bom 
domínio dos termos técnico-científicos utilizados na área de 
conhecimento dos temas tratados.
1) Arreativo: não reage a estímulos ofertados (JARVIS, 
2002).
2) Ausculta: utilizada para ouvir os sons produzidos pelo 
nosso organismo. Geralmente utiliza-se o estetoscópio 
para ampliar o sentido da audição. Com a prática da 
ausculta, o enfermeiro torna-se sensível às alterações 
sonoras produzidas pelo nosso organismo, conseguindo 
realizar a diferenciação dos sons normais dos anormais 
e, dentro dos anormais, quais são indicativos de 
determinadas patologias (JARVIS, 2002).
3) Bulhas: sons cardíacos (JARVIS, 2002).
4) Decorticação: falência do córtex sobre o sistema 
motor, com a dobra e a rigidez de membros (JARVIS, 
2002), 
5) Descerebração: falência do córtex sobre o sistema 
motor com o estiramento e rigidez de membros 
(JARVIS, 2002).
6) Espessamento da sinóvia: inflamação dos tecidos que 
revestem a articulação (JARVIS, 2002).
7) Exame físico de Enfermagem: conjunto de técnicas 
e manobras que os profissionais de Enfermagem 
desenvolvem com o intuito de diagnosticar nos 
pacientes problemas associados a alguma patologia 
13© SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA EM ENFERMAGEM 
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
e, com isso, elaborar o planejamento da assistência 
de Enfermagem. O exame físico se divide em quatro 
etapas: inspeção, ausculta, palpação e percussão 
(JARVIS, 2002).
8) Ginecomastia: hipertrofia das glândulas mamárias 
(JARVIS, 2002).
9) Hidrocefalia: aumento da quantidade de líquido no 
cérebro (JARVIS, 2002).
10) Inspeção: a mais importante de todas as técnicas do 
exame físico, por isso deverá ser utilizada no início de 
cada uma de suas fases. Inicia-se no primeiro encontro 
com o cliente, em que o enfermeiro começa a analisar 
o comportamento e o organismo dele, utilizando o 
sentido da visão, realizando a observação do paciente 
(JARVIS, 2002).
11) Intumescência: aumento do volume, inchaço (JARVIS, 
2002).
12) Macrocefalia: condição em que a cabeça da criança 
tem um tamanho maior do que o considerado esperado 
para sua idade (JARVIS, 2002).
13) Microcefalia: é a condição em que a cabeça da criança 
tem um tamanho menor do que o considerado 
esperado para sua idade (JARVIS, 2002).
14) Orofaringe: parte do nosso corpo que fica entre a boca 
e a faringe (JARVIS, 2002).
15) Palpação: obtenção de dados por meio de tato e 
pressão. Permite a identificação de textura, espessuras, 
consistência, sensibilidade, volume e dureza, percepção 
de frêmito, reconhecimento de flutuação, elasticidade 
e edema (JARVIS, 2002).
14 © SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA EM ENFERMAGEM 
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
16) Percussão: produção de vibrações com pequenos 
golpes em determinadas partes do corpo, que 
transmitem aos órgãos e tecidos subjacentes. Deve ser 
realizada com o uso das mãos e dedos (JARVIS, 2002).
17) Submacicez: mesmo que submaciço; consiste em um 
som na percussão em regiões que são restritas de ar 
(JARVIS, 2002).
18) Torcicolo: um espasmo muscular causado na região do 
pescoço (JARVIS, 2002).
19) Tumefações: aumento do volume de uma parte 
do corpo, podendo ser causado por um processo 
inflamatório de ordem tumoral (JARVIS, 2002).
3. ESQUEMA DOS CONCEITOS-CHAVE
O Esquema a seguir possibilita uma visão geral dos 
conceitos mais importantes deste estudo.
3. ESQUEMA DOS CONCEITOS‐CHAVE 
O  Esquema  a  seguir  possibilita  uma  visão  geral  dos 
conceitos mais importantes deste estudo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1 Esquema de Conceitos‐chave de Semiologia e Semiotécnica em Enfermagem. 
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
BICKLEY,  L.  S.;  SZILAGYI,  P.G.  Bates  –  Propedêutica médica.  10.  ed.  Rio  de  Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2010. 
JARVIS,  C. Guia de  exame  físico  para  a  Enfermagem.  7.  ed. Rio  de  Janeiro:  Elsevier, 
2002. 
POSSO, M. B. S. Semiologia e Semiotécnica de Enfermagem. São Paulo: Atheneu, 2010. 
5. E‐REFERÊNCIA 
UNIFESP  – UNIVERSIDADE  FEDERAL DE  SÃO  PAULO.  Entrevista  e  exame  físico  geral. 
2010. Disponível em: https://www.youtube.com/ watch?v=7yqTLzvm1Bw. Acesso em: 
17 jul. 2016. 
Semiologia e Semiotécnica 
Exame Físico 
 
 
Inspeção 
Ausculta 
Palpação 
Percussão 
 
Cabeça e Pescoço 
Cardiovascular  
Vascular 
periférico  
Abdome 
Tórax 
Axila e Mamas 
Neurológio 
Musculoesquelético 
Figura 1 Esquema de Conceitos-chave de Semiologia e Semiotécnica em Enfermagem.
15© SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA EM ENFERMAGEM 
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BICKLEY, L. S.; SZILAGYI, P.G. Bates – Propedêutica médica. 10. ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2010.
JARVIS, C. Guia de exame físico para a Enfermagem. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 
2002.
POSSO, M. B. S. Semiologia e Semiotécnica de Enfermagem. São Paulo: Atheneu, 2010.
5. E-REFERÊNCIA
UNIFESP – UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO. Entrevista e exame físico geral. 
2010. Disponível em: https://www.youtube.com/ watch?v=7yqTLzvm1Bw. Acesso em: 
17 jul. 2016.
© SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA EM ENFERMAGEM 
17
UNIDADE 1
INTRODUÇÃO A SEMIOLOGIA E 
SEMIOTÉCNICA, EXAME FÍSICO E SISTEMA 
TEGUMENTAR
Objetivos
• Compreender a importância da e Semiologia e Semiotécnica.
• Realizar as técnicas básicas da e Semiologia e Semiotécnica.
• Apreender a realizar o exame físico do sistema tegumentar.
Conteúdos
• Definição de Semiologia e Semiotécnica.
• Anamnese (entrevista) e exame físico.
• Abordagem teórica das técnicas utilizadas na realização da avaliação física: 
inspeção, palpação, percussão e ausculta.
• Abordagem teórica do sistema tegumentar (pele) e anexos, anatomia e 
função da pele.
• Semiologia e semiotécnica da pele e anexos.
Orientações para o estudo da unidade
Antes de iniciar o estudo desta unidade, leia as orientações a seguir:
1) Não se limite ao conteúdo deste Caderno de Referência de Conteúdo; 
busque outras informações em sites confiáveis e/ou nas referências 
bibliográficas, apresentadas ao final de cada unidade. Lembre-se de que, 
na modalidade EaD, o engajamento pessoal é um fator determinante para 
o seu crescimento intelectual.
18 © SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA EM ENFERMAGEM 
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO A SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA, EXAME FÍSICO E SISTEMA TEGUMENTAR
2) Busque identificar os principais conceitos apresentados; siga a linha 
gradativa dos assuntos até poder observar a evolução do estudo da 
semiologia e semiotécnica na enfermagem.
3) Não deixe derecorrer aos materiais complementares descritos no 
Conteúdo Digital Integrador.
19© SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA EM ENFERMAGEM 
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO A SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA, EXAME FÍSICO E SISTEMA TEGUMENTAR
1. INTRODUÇÃO 
Vamos iniciar nossa primeira unidade de estudo, você está 
preparado? 
Nesta unidade, entraremos em contato com o mundo 
da Semiologia e da Semiotécnica, de suas técnicas básicas, e, 
em seguida, já começaremos a estudar o exame do sistema 
tegumentar.
Na introdução à Semiologia, estudaremos a anamnese, 
juntamente com os sinais e sintomas demonstrados pelo 
paciente; e, na Semiotécnica, estudaremos as técnicas utilizadas 
para a realização do exame físico, bem como a importância deste 
para o cuidado ao paciente. É importante que você observe como 
são construídos os conceitos, pois eles serão fundamentais ao 
longo de nosso estudo.
2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA
O Conteúdo Básico de Referência apresenta, de 
forma sucinta, os temas abordados nesta unidade. Para sua 
compreensão integral, é necessário o aprofundamento pelo 
estudo do Conteúdo Digital Integrador.
2.1. INTRODUÇÃO A SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA
Semiologia e Semiotécnica são técnicas utilizadas para 
realização do exame físico: a primeira é o estudo dos sinais e 
sintomas encontrados quando avaliamos o paciente; e a segunda 
é a verificação desses sinais e sintomas, definidos como inspeção, 
ausculta, palpação e percussão (POSSO, 2010, p. 21).
20 © SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA EM ENFERMAGEM 
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO A SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA, EXAME FÍSICO E SISTEMA TEGUMENTAR
De acordo com Posso (2010, p. 23):
A palavra anamnese se origina de ana= trazer de volta, recordar 
e mnese= memória, portanto significa trazer de volta à mente 
todos os fatos relacionados com a doença e com a pessoa 
doente.
Simplificando, a anamnese é uma entrevista, e o 
instrumento utilizado para tal é a palavra falada. Lembramos 
que, em casos especiais (como pacientes surdos e mudos), pode 
ser utilizada a linguagem de sinais e/ou a palavra escrita.
Na anamnese, o diálogo precisa ser estabelecido, e 
ele precisa ter objetivo definido, isto é, reconstituir os fatos 
e acontecimentos da vida do paciente, ligados ou não à sua 
doença.
A entrevista pode ser conduzida de duas maneiras:
• O paciente pode relatar livre e espontaneamente suas 
queixas sem interrupção, e o enfermeiro se limita a 
ouvi-lo.
• O enfermeio utiliza uma técnica para a entrevista, com 
roteiros e perguntas pré-estabelecidas. Trata-se da 
chamada anamnese dirigida.
Essa forma de entrevista pode ser composta por três fases: 
introdução, corpo e fechamento.
Introdução à entrevista
Na introdução, você deve apresentar-se, utilizando o 
primeiro nome do paciente, antecedido por “Senhor(a)” ou “Seu/
Dona”, e perguntando por qual nome/sobrenome o paciente 
prefere ser chamado. Lembre-se de que deve ser evitado o 
uso de apelidos ou títulos (vozinho, tio), que pode criar a falsa 
21© SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA EM ENFERMAGEM 
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO A SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA, EXAME FÍSICO E SISTEMA TEGUMENTAR
impressão de intimidade. É importante explicar ao paciente a 
necessidade da entrevista para o melhor cuidado a ser prestado.
Exemplo: Bom Dia, Sr. Antônio. Sou aluno do segundo ano 
do curso de Enfermagem e preciso saber algumas informações 
a seu respeito para que possamos cuidar do senhor da melhor 
forma.
Corpo da entrevista
Depois desse primeiro momento, você deve dar início à 
entrevista propriamente dita.
Nessa fase, o paciente deve ser encorajado e estimulado 
a falar e expressar a sua percepção acerca da doença e de 
sua história de saúde, contando suas queixas, sentimentos e 
sofrimentos por que passa.
Ainda nessa fase, o enfermeiro precisa obter informações 
sobre os diversos hábitos e costumes de vida do paciente. A 
entrevista, enquanto primeiro passo da coleta de dados de 
enfermagem, deve prover à equipe um conhecimento amplo 
acerca do paciente, para que a assistência seja individual e 
englobe todos os pontos a serem cuidados no paciente.
Para facilitar o aprendizado, o Quadro 1 traz o conteúdo 
geral do corpo da entrevista.
22 © SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA EM ENFERMAGEM 
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO A SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA, EXAME FÍSICO E SISTEMA TEGUMENTAR
Quadro 1 Conteúdo dos dados do corpo da entrevista a serem 
coletados.
Aspecto abordado Conteúdo a ser coletado
Motivo da internação e/ou queixa 
principal
Descrição dos sintomas que apresenta 
(quando surgiram, localização, 
intensidade, fatores que agravam ou 
aliviam os sintomas).
Presença de doenças e tratamentos 
anteriores; alergias
Descrição resumida de doenças crônicas; 
motivo das hospitalizações e/ou cirurgias 
anteriores; alergias a medicamentos, 
alimentos, esparadrapos etc.
Antecedentes familiares
Estado de saúde dos familiares diretos 
(presença de diabetes, hipertensão 
arterial, doenças cardíacas, renais, 
autoimunes, tuberculose etc.) e causa 
da morte desses familiares, se for o caso.
Uso de medicamentos
Relação dos remédios que tomou ou 
toma (se prescritos ou não) e outras 
substâncias que ingere para o alívio de 
sintomas.
Existência de outros fatores de risco
Relato do consumo de álcool, fumo ou 
drogas (quantidade, frequência, idade 
de início e, se for o caso, quando parou).
Hábitos e costumes
Relato de condições de moradia. Hábitos 
de higiene, alimentação, sono repouso, 
atividade física, atividade sexual, lazer/
recreação e eliminações.
Como são muitos dados a serem coletados, sugerimos que 
você esteja com um instrumento de coleta nas mãos que conte 
com todos esses tópicos, em forma de questionário, assim será 
garantido que nenhum aspecto a ser abordado na entrevista 
seja esquecido. Peça sempre licença ao paciente para fazer as 
anotações e justifique a necessidade das mesmas.
23© SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA EM ENFERMAGEM 
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO A SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA, EXAME FÍSICO E SISTEMA TEGUMENTAR
Fechamento da entrevista
Conforme a entrevista for progredindo e se aproximando 
do final, você entrará na terceira e última etapa, o fechamento. 
Nessa fase, é necessário dar ao paciente a oportunidade de falar 
algo que ainda não tenha sido abordado, e que ele julga ser 
importante.
Ainda nessa etapa, oportunize ao paciente ser também o 
entrevistador, esclarecendo suas dúvidas quanto ao tratamento, 
rotinas do hospital, e outras que possa haver.
A anamnese é uma técnica que pode sofrer interferências 
na sua realização, portanto procure um lugar tranquilo para 
realizá-la. Vale ressaltar que é muito importante deixar de lado 
seus valores e crenças – escute o paciente de forma individual e 
com qualidade.
2.2. EXAME FÍSICO
A Enfermagem é uma ciência e uma arte que, segundo 
conceito de Wanda Horta, visa "assistir o ser humano no 
atendimento de suas necessidades básicas"(COREN, 2020). 
No último século, “a ciência vem estabelecendo, por meio 
a resolução de problemas da avaliação do paciente, denominado 
processo de enfermagem” (JARVIS, 2016, p. 59).
Segundo Jarvis (2016, p. 61),
O exame físico é o traço da união entre a arte e a ciência de 
enfermagem, e é através dele que acontece a fusão destes dois 
componentes inerentes a enfermagem, e assim, o cuidado é 
realizado.
24 © SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA EM ENFERMAGEM 
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO A SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA, EXAME FÍSICO E SISTEMA TEGUMENTAR
Os procedimentos que constituem as bases do exame 
clínico são: entrevista (que já estudamos no tópico anterior), 
inspeção, ausculta, palpação e percussão, as quais serão 
estudadas a seguir 
Para a realização do exame físico, é necessário que o 
avaliador e o avaliado estejam cofortáveis, e que a superfície 
corporal seja dividida em regiões. Essa divisão deve “seguir a 
Terminologia Anatômica Internacional, publicada em português 
pela Sociedade Brasileira de Anatomia (2001), e será apresentada 
ao longo das unidades” (POSSO, 2010, p. 72).
Para a realização do exame físico, costuma-se usar 
fundamentalmenteas seguintes posições para o paciente: 
decúbito dorsal (Figura 1); decúbito lateral direito e esquerdo 
(Figura 2); decúbito ventral (Figura 3); posição sentada, no leito 
ou em uma cadeira (Figura 4); posição ortostática (Figura 5).
Fonte: Jarvis (2016, p. 76). 
Figura1 Paciente em decúbito dorsal.
Fonte: Jarvis (2016, p. 77).
Figuras 2 Paciente em decúbito lateral. 
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UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO A SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA, EXAME FÍSICO E SISTEMA TEGUMENTAR
Fonte: Jarvis (2016, p. 77)
Figura 3 Paciente em decúbito ventral.
Fonte: Jarvis (2016, p. 78). 
Figura 4 Paciente em posição sentada.
Fonte: Jarvis (2016, p. 79).
Figura 5 Paciente em posição ortostática.
É importante que o examinador procure sempre a posição 
mais confortável para o paciente antes de iniciar a coleta dos 
dados, para que este se sinta bem durante todo o exame físico.
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UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO A SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA, EXAME FÍSICO E SISTEMA TEGUMENTAR
Como já citado anteriormente, “o exame físico compreende 
a inspeção, ausculta, palpação e percussão” (JARVIS, 2016, p. 81). 
Para a realização de cada etapa, o examinador deve empregar 
os seus sentidos, principalmente visão, tato e audição. Além 
desses, o olfato é considerado também um sentido importante 
para buscar dados do paciente.
Busca-se verificar, por meio do olfato, a presença de 
diferentes odores corporais que possam indicar alterações. 
Ao entrar em contato com o paciente, ou durante o exame da 
boca, pode-se identificar a presença de hálitos específicos, tais 
como o hálito cetônico (o odor lembra acetona). Pode-se sentir 
também as halitoses, normalmente ocasionadas por má higiene 
bucal, cáries e infecções; odor de suor, o que pode indicar falta 
de higienização corporal; e odor genital, que podem indicar 
infecções genitais, restos de placentas e outros.
Vejamos em detalhe, a seguir, as etapas do exame físico.
Inspeção
A inspeção exige a utilização do sentido da visão. Deve-se 
inspecionar, nos segmentos corporais, a presença de assimetria, 
distúrbios do desenvolvimento, lesões cutâneas, e presença de 
cateteres e tubos e outros dispositivos. A inspeção pode ser 
estática, quando se analisa a anatomia, ou dinâmica, quando o 
enfermeiro observa os movimentos do pacinte.
Deve-se providenciar iluminação adequada, de preferência 
com luz natural; se for artificial, deve ser preferencialmente 
de cor branca e com intensidade suficiente. Para a inspeção 
das cavidades (nariz, boca, ouvidos, olhos e outros), usam-se 
pequenas lanternas.
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UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO A SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA, EXAME FÍSICO E SISTEMA TEGUMENTAR
Com o estetoscópio, podemos encontrar, no abdome, 
os ruídos dos intestinos, chamados hidroaéreos, considerados 
ruídos normais, e ruídos chamados hipoativos e hiperativos, 
considerados anormais (Figura 8).
Fonte: Jarvis (2016, p. 101). 
Figura 8 Técnica da ausculta abdominal.
Ao longo das próximas unidades, serão discutidos os sons 
que podem ser obtidos por meio da ausculta de cada sistema.
Palpação
A palpação é uma técnica que permite a obtenção do dado 
por meio do tato e da pressão.
Posso (2016, p. 103) afirma que:
O sentido do tato leva a obtenção das impressões táteis da 
parte mais superficial do corpo humano, enquanto que a 
pressão permite a obtenção destas impressões de regiões mais 
profundas do corpo.
Vale ressaltar que a inspeção e a palpação são 
procedimentos que cursam juntos, porém um complementa o 
outro.
A palpação permite a identificação de modificações de 
textura, espessura, consistência, sensibilidade, volume e dureza, 
Permite, ainda, a percepção de frêmito, elasticidade e edema.
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UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO A SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA, EXAME FÍSICO E SISTEMA TEGUMENTAR
Para realizar a palpação, é importante que:
•	 As mãos estejam lavadas com água e sabão.
•	 As mãos sejam aquecidas, esfregando-as uma contra 
outra, antes de colocá-las no paciente.
•	 As unhas estejam cortadas e tratadas, em um tamanho 
que não machuque o paciente.
A palpação pode ser realizada da seguinte maneira:
1) Palpação com a mão espalmada, usando-se toda a 
palma de uma mão ou ambas as mãos (Figura 9).
Fonte: Jarvis (2016, p. 105). 
Figura 9 Técnica da palpação do tórax com a mão espalmada.
2) Palpação com uma das mãos, sobrepondo-se à outra 
(Figura 10).
Fonte: Jarvis (2016, p. 107).
Figura 10 Técnica da palpação abdominal com mão sobrepostas.
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3) Palpação com a mão espalmada, usando-se apenas as 
polpas digitais e a parte ventral dos dedos (Figura 11).
Fonte: Jarvis (2016, p. 107).
Figura 11 Técnica da palpação torácica com as polpas digitais.
4) Palpação usando-se os polegares e o indicador, for-
mando uma pinça (Figura 12).
Fonte: Jarvis (2016, p. 109).
Figura 12 Técnica da palpação abdominal usando o polegar e o indicador.
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UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO A SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA, EXAME FÍSICO E SISTEMA TEGUMENTAR
5) Palpação com o dorso dos dedos da mão, para avaliar 
temperatura (Figura 13).
Fonte: Jarvis (2016, p. 109).
Figura 13 Técnica da palpação com o uso dos dedos.
6) Dígito-pressão: realizada com a polpa do polegar ou do 
indicador, para avaliar edema e dor (Figura 14).
Fonte: Jarvis (2016, p. 109).
Figura 14 Técnica da palpação com o uso dos dedos.
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UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO A SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA, EXAME FÍSICO E SISTEMA TEGUMENTAR
7) Puntipressão: utiliza-se um objeto pontiagudo, 
não cortante, num ponto do corpo, para avaliar 
sensibilidade dolorosa (Figura 15).
Fonte: Jarvis (2016, p. 110).
Figura 15 Técnica da puntipressão.
8) Fricção com algodão: com uma mecha, roçar de leve 
a pele, procurando verificar sensibilidade tátil (Figura 
16).
Fonte: Jarvis (2016, p. 110).
Figura 16 Técnica da fricção com o algodão.
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UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO A SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA, EXAME FÍSICO E SISTEMA TEGUMENTAR
Percussão
A percussão é executada por meio de pequenos golpes 
realizados em determinadas superfície do organismo. Os “sons 
obtidos têm características próprias quanto à intensidade, 
tonalidade e timbre de acordo com a estrutura anatômica 
percutida” (JARVIS, 2016, p. 112).
Dentre as várias técnicas existentes na percussão, 
falaremos daquelas que são de maior interesse para a prática 
clínica na enfermagem:
• percussão direta;
• percussão dígito-digital;
• percussão com a borda da mão, punho-percussão e 
percussão de piparote.
A percussão direta é realizada com as pontas dos dedos na 
região a ser examinada.Os dedos devem estar dobrados, como se 
fossem um martelo, e os movimentos são feitos pela articulação 
do punho (Figura 17).
Fonte: Jarvis (2016, p. 115).
Figura 17 Técnica da percussão direta.
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UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO A SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA, EXAME FÍSICO E SISTEMA TEGUMENTAR
A percussão dígito-digital é realizada utilizando a borda 
ungueal de um dedo, golpeando-se contra o segundo ou terceiro 
dedo da outra mão, que deve estar aberta e apoiada na região a 
ser examinada.
O examinador deve procurar a forma em que se sinta 
mais adequado e confortável, ou seja, na mão que percute, o 
dedo que buscará o som fica na posição de martelo e os outros 
estendidos ou em outra posição mais confortável, tomando-se 
cuidado para que a movimentação da mão se faça apenas com a 
articulação do punho. O cotovelo deve permanecer fixo, fletido 
em um ângulo de 90°, com o braço em semiabdução. O golpe 
deve ser dado com a borda ungueal, não com a polpa (Figura 18).
Fonte: Jarvis (2016, p. 117).
Figura 18 Técnica da percussão dígito-digital.
A técnica da percussão dígito-digital é a maisutilizada no 
exame físico e os sons nela encontrados são: maciço, submaciço, 
timpânico e claro pulmonar.
Alguns cuidados devem ser tomados ao realizar a percussão, 
o examinador não deve estar com a unha longa, e é importante 
realizar dois golpes seguidos para confirmar o som.
35© SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA EM ENFERMAGEM 
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO A SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA, EXAME FÍSICO E SISTEMA TEGUMENTAR
A punho-percussão e a percussão com a borda da mão, 
por sua vez, são utilizadas para buscar dor no paciente. Na 
punho-percussão, a mão deve ser mantida fechada (Figura 19).
Fonte: Jarvis (2016, p. 120).
Figura 19 Técnica da punho-percussão.
Na percussão com a borda da mão, os dedos ficam 
estendidos e unidos (Figura 20).
Fonte: Jarvis (2016, p. 120).
Figura 20 Técnica da percussão com a borda da mão.
A percussão por pirote é feita golpeando o abdome com 
uma mão, enquanto a outra permanece aberta do outro lado do 
abdome para captar as ondas na parede abdominal (Figura 21). 
Deve ser utilizada para pesquisa de ascite.
36 © SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA EM ENFERMAGEM 
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO A SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA, EXAME FÍSICO E SISTEMA TEGUMENTAR
Fonte: Jarvis (2016, p. 123).
Figura 21 Técnica da percussão por pirote.
Ao realizar a coleta de dados do paciente, por meio de 
instrumentos e técnicas apropriados, estamos realizando a 
avaliação clínica. Se for realizada com competência, ela poderá 
poupar o paciente de abordagens desnecessárias e cansativas, 
preservando o que há de mais nobre no cuidado: respeito, 
consideração e amor ao próximo.
2.3. SISTEMA TEGUMENTAR 
Agora vamos tratar do sistema tegumentar, o qual é 
composto pela pele e seus anexos – unhas, pelos, e glândulas 
sebáceas e sudoríparas.
Pele
A pele (ou tegumento cutâneo) é constituída de três 
camadas (Figura 22): epiderme ou camada externa; derme ou 
córion; e hipoderme ou tecido celular subcutâneo.
A epiderme é constituída de células epiteliais que se 
renovam em um processo contínuo. Não tem vascularização, e 
suas atividades metabólicas dependem da difusão de líquidos 
38 © SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA EM ENFERMAGEM 
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO A SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA, EXAME FÍSICO E SISTEMA TEGUMENTAR
Coloração: o primeiro passo é relembrar a coloração da pele 
que foi registrada na anamnese do paciente. Nos indivíduos de 
cor branca, nota-se uma coloração de pele rósea, que é o aspecto 
normal. Esse róseo é dado pelo sangue que circula na rede capilar 
cutânea, e pode sofrer alterações com a exposição ao frio e ao sol, 
ou até após emoções. É importante lembrar que, em pessoas de 
coloração de pele negra, os distúrbios de coloração da pele são 
mais difíceis de serem visualizados.
Você pode estar se perguntando quais as principais 
alterações da coloração da pele. São elas:
Palidez
•	 Desaparecimento ou diminuição da cor rósea da pele. 
Pode ser classificada em generalizada e localizada. A 
palidez generalizada ocorre devido à diminuição de 
hemácias circulantes da corrente sanguínea, o que pode 
acontecer por dois motivos: vasoconstrição por conta 
de susto ou crises de dor, e a redução real do número 
de hemácias no organismo, resultante de anemias. A 
palidez localizada tem sua causa principal a isquemia, a 
obstrução de uma artéria, que pode provocar a palidez.
Vermelhidão
•	 Intensifacação da coloração rósea da pele, indicando 
um aumento da quantidade de sangue na rede vascular 
cutânea, ocasionada por vasodilatação ou aumento do 
sangue. A vermelhidão também pode ser classificada 
como generalizada e localizada ou segmentar. A 
generalizada deve ser observada nos pacientes febris, 
nos indivíduos que ficaram expostos ao sol, ou em 
casos de certas algumas patologias, como escarlatina, 
pênfigo foliáceo e outras. Já a vermelhidão localizada 
pode ocorrer por emoção, como ruborização do rosto, 
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UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO A SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA, EXAME FÍSICO E SISTEMA TEGUMENTAR
ou por algum evento adverso, como picada de inseto, 
entre outros.
Cianose 
•	 cor azulada da pele, a qual se manifesta quando a 
hemoglobina alcança no sangue valores superiores 
a 5 mh/100ml. Quanto à sua localização, pode ser 
generalizada ou localizada. A cianose generalizada é vista 
na pele toda e, na localizada, apenas em seguimentos 
corporais, podendo ser leve, moderada e intensa.
Icterícia
•	 Coloração amarelada da pele, resultante de aumento 
de bilirrubina no sangue. Pode variar de um amarelo 
claro até o amarelo-esverdeado.
Integridade da pele
•	 Lesões elementares que, quando agrupadas e associadas 
aos dados complementares, permitem caracterizar as 
doenças da pele.
Manchas ou máculas
•	 Modificações da coloração da pele sem alteração de 
relevo ou consistência (Figura 23).
 
Fonte: Jarvis (2016, p. 162).
Figura 23 Manchas e máculas na pele.
40 © SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA EM ENFERMAGEM 
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO A SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA, EXAME FÍSICO E SISTEMA TEGUMENTAR
Eritema
•	 Mancha de coloração avermelhada causada por 
dilatação vascular e caracterizada pelo desaparecimento 
quando submetida a pressão (Figura 24).
Fonte: Jarvis (2016, p. 163).
Figura 24 Eritema na pele.
Mancha hemorrágica
•	 Resultado de sangue extravasado na derme. Pode ser 
classificada como petéquia, equimose e hematoma 
(Figura 25).
Fonte: Jarvis (2016, p. 163).
Figura 25 Manchas hemorrágicas na pele.
41© SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA EM ENFERMAGEM 
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Hemangioma
•	 Mancha de cor vermelha e permanente. Deve-se ao 
aumento de vasos sanguíneos na derme (Figura 26).
Fonte: Jarvis (2016, p. 164).
Figura 26 Mancha angiomatosa na pele.
Pápula
•	 Elevação sólida na pele, menor que 1 cm (Figura 27).
Fonte: Jarvis (2016, p. 164).
Figura 27 Pápula na pele.
42 © SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA EM ENFERMAGEM 
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO A SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA, EXAME FÍSICO E SISTEMA TEGUMENTAR
Vesícula
•	 Elevação na pele, de conteúdo líquido, menor que 1 cm 
(Figura 28).
Fonte: Jarvis (2016, p. 166).
Figura 28 Vesículas na pele.
Bolha
•	 Elevação na pele, de conteúdo líquido, maior que 1 cm 
(Figura 29).
Fonte: Jarvis (2016, p. 166).
Figura 29 Bolha na pele.
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Pústula
•	 Elevação na pele com conteúdo purulento (Figura 30).
Fonte: Jarvis (2016, p. 167).
Figura 30 Pústula na pele.
Abscesso
•	 Elevações purulentas, flutuantes, circulares e 
proeminentes, que se localizam na epiderme, derme ou 
hipoderme (Figura 31).
Fonte: Jarvis (2016, p. 170).
Figura 31 Abscesso na pele.
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Crosta
•	 Ressecamento de secreção que recobre uma área 
machucada ou lesada (Figura 32).
Fonte: Jarvis (2016, p. 171).
Figura 32 Crosta na pele.
Escoriação
•	 Fenda estreita e profunda. Forma-se quando a pele 
perde a flexibilidade, torna-se quebradiça ou masserada 
(Figura 33).
Fonte: Jarvis (2016, p. 171).
Figura 33 Escoriações na pele.
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Lesão por pressão
•	 Perda circunscrita de epiderme e derme, podendo 
atingir a hipoderme e os tecidos adjacentes (Figura 34).
Fonte: Jarvis (2016, p. 172).
Figura 34 Lesão por pressão na pele.
Umidade: a umidade da pele dever ser observada após 
palpar com as polpas digitais e a palma da mão. Pela sensação 
tátil, pode-se avaliar a pele como: com umidade normal, seca e 
sudorenta.
Textura: a avaliação da textura da pele é realizada por meio 
da palpação, e pode ser classificada como: normal, lisa, aspera e 
enrugada.
Espessura: a espessura na pele deve ser avaliada por meio 
da dobra cutânea, realizando o pinçamento da pele entre o 
polegar e o indicador,pegando apenas a epiderme e a derme. 
Deve ser feita no antebraço, tórax e abdome. Pode-se encontrar: 
pele de espessura normal, atrófica (espessura fina encontrada 
em idosos e prematuros) e hipertrófica ou espessa.
Temperatura: para a avaliação da temperatura da pele, 
deve se usar a palpação, utilizando a face dorsal das mãos ou dos 
dedos. Lembre-se de que temperatura da pele e temperatura 
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corporal são duas coisas bem diferentes, embora algumas vezes 
estejam relacionadas.
Elasticidade e mobilidade: essas duas características devem 
ser analisadas e interpretadas simultaneamente. Para realizar-
se a avaliação da elasticidade, utiliza-se a técnica da palpação, 
realizando uma prega cutânea com o polegar e o indicador, 
fazendo tração, e, ao fim, solta-se a pele. As classificações podem 
ser: elasticidade normal, aumento da elasticidade (hiperelástica), 
diminuição da elasticidade (hipoelástica).
Para a mobilidade, realiza-se a seguinte manobra: coloca-
se a palma da mão sobre a superfície que se quer examinar e 
movimenta-se a mão para todos os lados, fazendo-se deslizar 
sobre as estruturas subjacentes (ossos, articulações, tendões, 
glândula mamária etc.). Quanto à mobilidade, podemos usar 
as seguintes classificações: mobilidade normal, mobilidade 
diminuída e mobilidade aumentada.
Turgor: a avaliação do turgor também é feita pela inspeção 
e palpação, pinçando com o o polegar e o indicador uma prega 
da pele que engloba o tecido subcutâneo.
Sensibilidade: três tipos de sensibilidade podem ser 
encontrados na avaliação clínica do paciente: dolorosa, tátil e 
térmica. A primeira é mensurada pela técnica da palpação, e 
o paciente pode apresentar, em diversas regiões da pele, uma 
sensibilidade aumentada ou diminuída.
A sensibilidade tátil tem como receptores principais as 
terminações nervosas dos folículos pilosos. Para avaliá-la, realize 
uma leve fricção com algodão na parte a ser analisada. A perda 
ou diminuição da sensibilidade tátil classifica-se como anestesia 
ou hipoestesia.
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UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO A SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA, EXAME FÍSICO E SISTEMA TEGUMENTAR
A sensibilidade térmica, por fim, tem como receptores 
específicos, para as temperaturas frias, os bulbos terminais 
de Krause e, para as temperaturas quentes, os corpúsculos de 
Ruffini. Para a avaliação dessa característica, utilizam-se materiais 
quentes e frios colocando-os levemente na pele do paciente.
Edema: trata-se de um acúmulo de líquido no espaço 
intersticial ou no interior das próprias células. Na avaliação 
clínica do edema, utilizam-se as técnicas da inspeção e palpação, 
devendo-se atentar a características de localização, intensidade 
e consistência. 
A localização pode ser generalizada ou localizada. O edema 
generalizado é caracterizado por edemas em diversas partes do 
corpo do paciente (Figura 35), enquanto o edema localizado está 
presente em uma parte do corpo, por exemplo, edema localizado 
na face (Figura 36).
Fonte: Jarvis (2016, p. 181).
Figura 35 Edema generalizado.
48 © SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA EM ENFERMAGEM 
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO A SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA, EXAME FÍSICO E SISTEMA TEGUMENTAR
Fonte: Jarvis (2016, p. 181).
Figura 36 Edema localizado.
A verificação da intensidade é feita por meio da polpa 
digital do dedo polegar ou do dedo indicador, fazendo-se uma 
compressão na estrutura a ser verificada. Se houver edema, ao 
ser retirado o dedo, vê-se uma depressão no local comprimido, 
que é denominado fóvea ou cacifo. A intensidade do edema é 
referida em cruzes, como +, ++, +++ e ++++. Pode-se também 
utilizar o peso do paciente e a medida do perímetro da região 
edemaciada para avaliar a intensidade do edema.
Por fim, a consistência é avaliada com a mesma técnica da 
intensidade. Ela pode ser definida como o grau de resistência 
encontrado ao comprimir a região edemaciada. Pode ser 
classificada em dois tipos: edema mole e duro.
O edema mole é facilmente depressível, a formação da 
fóvea é feita com uma leve compressão por meio da dígitopressão 
(Figura 37). Já o edema duro apresenta maior resistência para a 
obtenção da fóvea.
49© SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA EM ENFERMAGEM 
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO A SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA, EXAME FÍSICO E SISTEMA TEGUMENTAR
Fonte: Jarvis (2016, p. 188).
Figura 37 Edema de membros inferiores, podendo ser vistas as depressões provocadas 
pela digitopressão.
Vídeo complementar –––––––––––––––––––––––––––––––
Neste momento, é fundamental que você assista ao vídeo complementar.
•	 Para assistir ao vídeo pela Sala de Aula Virtual, clique no ícone Videoaula, 
localizado na barra superior. Em seguida, selecione o nível de seu curso 
(Graduação), a categoria (Disciplinar) e o tipo de vídeo (Complementar). 
Por fim, clique no nome da disciplina para abrir a lista de vídeos.
•	 Para assistir ao vídeo pelo seu CD, clique no botão “Vídeos” e selecione: 
Semiologia e Semiotécnica em Enfermagem – Vídeos Complementares–
Complementar 1.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR
O Conteúdo Digital Integrador representa uma condição 
necessária e indispensável para você compreender integralmente 
os conteúdos apresentados nesta unidade.
3.1. EXAME FÍSICO
Estão relacionados, a seguir, artigos para complementar 
alguns temas abordados na anamnese e no exame físico que não 
50 © SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA EM ENFERMAGEM 
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO A SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA, EXAME FÍSICO E SISTEMA TEGUMENTAR
foram amplamente explicados, principalmente relacionados ao 
registro do exame físico, e à avaliação clínica da criança. Confira:
• COSTA, S. P.; PAZ, A. A.; SOUZA, E. N. Avaliação dos 
registros de enfermagem quanto ao exame físico. Revista 
Gaúcha de Enfermagem, Porto Alegre, v. 31, n. 4, p. 62-
69, 2010. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/
rgenf/v31n1/a09v31n1.pdf. Acesso em: 11 maio 2020.
• VASCONCELOS, J. M. B.; PEREIRA, M. A.; OLIVEIRA, E. 
F. Exame físico na criança: um guia para o enfermeiro. 
Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, v. 52, n. 4, p. 
529-538, out./dez. 1999. Disponível em: http://www.
scielo.br/pdf/reben/v52n4/v52n4a06.pdf. Acesso em: 11 
maio 2020.
• SANTOS, N.; VEIGA, P.; ANDRADE, R. Importância 
da anamnese e do exame físico para o cuidado do 
enfermeiro. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, 
v. 64, n. 2, p. 355-358, mar./abr. 2011. Disponível em: 
http://www.scielo.br/pdf/reben/v64n2/a21v64n2.pdf. 
Acesso em: 11 maio 2020.
3.2. SISTEMA TEGUMENTAR 
É de suma importância ler os artigos indicados a seguir, 
referentes ao sistema tegumentar, pois eles complementarão o 
que foi visto até agora. Confira:
• ANSELMI, M. L.; PEDUZZI, M.; FRANÇA JUNIOR, I. 
Incidência de úlcera por pressão e ações de enfermagem. 
Acta paulista de Enfermagem, v. 22, n. 3, p. 257-264, 
2009. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ape/
v22n3/a04v22n3.pdf. Acesso em: 19 maio 2020.
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UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO A SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA, EXAME FÍSICO E SISTEMA TEGUMENTAR
• COSTA, J. B. et al. Proposta educacional on-line sobre 
úlcera por pressão para alunos e profissionais de 
Enfermagem. Acta paulista de Enfermagem, v. 22, n. 5, 
p. 607-611, 2009. Disponível em: <http://www.scielo.
br/pdf/ape/v22n5/02.pdf>. Acesso em: 19 maio 2020.
• SOUZA, T. S. et al. Estudos clínicos sobre úlcera por 
pressão. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, v. 
63, n. 3, p. 470-476, maio/jun. 2010. Disponível em: 
http://www.scielo.br/pdf/reben/v63n3/a20v63n3.pdf. 
Acesso em: 1 ago. 2016.
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para 
você testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em 
responder às questões a seguir, você deverá revisar os conteúdos 
estudados para sanar as suas dúvidas.
1) Em relação à entrevista, marquea alternativa verdadeira:
a) Deve ser realizada ao final do exame físico e sempre com rapidez.
b) Deve ser estruturada em três partes e conter todas as informações do 
paciente.
c) Não deve ser realizada com o paciente.
d) Deve ser realizada com todos os pacientes, mas não necessita ser 
estruturada.
2) Em relação ao exame físico, marque a alternativa incorreta:
a) Som maciço é obtido percutindo regiões desprovidas de ar (mús-
culos, fígado, coração). Esse som transmite a sensação de dureza e 
resistência.
b) A palpação com o dorso dos dedos da mão é realizada para avaliar a 
temperatura.
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UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO A SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA, EXAME FÍSICO E SISTEMA TEGUMENTAR
c) A percussão direta é realizada golpeando-se diretamente com as pon-
tas dos dedos a região alvo.
d) O som timpânico é variação do som maciço, indicando a presença de 
ar em pequena quantidade.
3) Relacione a semiotécnica do exame físico a sua definição/função:
a) Percussão ( ) É utilizado o sentido da visão, realizando a observação do paciente.
b) Ausculta ( ) Levanta dados por meio do tato e pressão.
c) Palpação
( ) Consiste em produzir vibrações com 
pequenos golpes em determinadas partes do 
corpo.
d) Inspeção ( ) é utilizada para ouvir os sons produzidos pelo nosso organizamo.
4) Em relação às lesões elementares, assinale a alternativa falsa:
a) Pápulas são elevações sólidas na pele, menores que 2 cm.
b) Bolhas são uma elevações circunscritas na pele de conteúdo líquido, 
diferenciando-se da vesícula por seu tamanho superior a 1 cm.
c) Manchas ou máculas são modificações da coloração da pele sem 
alteração do relevo ou consistência.
d) Manchas hemorrágicas são resultado de sangue extravasado na derme, 
podendo ser classificadas como petéquias, equimoses e hematomas.
5) Em relação à pele, devem ser investigados:
a) Coloração, intensidade e volume.
b) Textura, volume e sensibilidade.
c) Coloração, textura e sensibilidade.
d) Elasticidade, intensidade e vermelhidão.
53© SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA EM ENFERMAGEM 
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO A SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA, EXAME FÍSICO E SISTEMA TEGUMENTAR
Gabarito 
Confira, a seguir, as respostas corretas para as questões 
autoavaliativas propostas:
1) b.
2) d.
3) d; c; a; b.
4) a.
5) c.
5. CONSIDERAÇÕES
Chegamos ao final da primeira unidade, na qual você teve 
a oportunidade de aprender sobre anamnese, exame físico e 
sistema tegumentar. Esperamos que você tenha compreendido a 
Semiologia e a Semiotécnica que devem ser utilizadas no exame 
físico de cada sistema do nosso organismo, especialmente do 
sistema tegumentar, de que tratamos nesta unidade. Caso tenha 
alguma dúvida, releia o material e assista aos vídeos disponíveis.
Na próxima unidade, serão fornecidos subsídios teóricos 
para que você conheça a Semiologia e a Semiotécnica da cabeça 
e pescoço, do tórax e do sistema cardiovascular e vascular 
periférico.
6. E-REFERÊNCIAS
COREN-SP – CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO. Wanda de 
Aguiar Horta. Disponível em: https://portal.coren-sp.gov.br/wanda-de-aguiar-horta/. 
Acesso em: 6 maio 2020.
54 © SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA EM ENFERMAGEM 
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO A SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA, EXAME FÍSICO E SISTEMA TEGUMENTAR
UNIFESP – UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO. Entrevista e exame físico geral. 
2010. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=7yqTLzvm1Bw. Acesso em: 
17 jul. 2016.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
JARVIS, C. Guia de exame físico para a Enfermagem. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 
2016.
POSSO, M. B. S. Semiologia e Semiotécnica de Enfermagem. São Paulo: Atheneu, 2010.
55
EXAME FÍSICO DE CABEÇA, PESCOÇO E 
TÓRAX
Objetivo 
• Oferecer subsídios teóricos para que o aluno compreenda, na prática, 
os passos para a realização do exame físico de cabeça, pescoço e tórax 
(sistema respiratório, mamas e axilas).
Conteúdos
• Abordagem teórica do exame físico de cabeça e pescoço, abordando 
crânio, face, olhos, ouvidos, nariz, cavidade bucal e pescoço.
• Abordagem teórica do exame físico do tórax, envolvendo sistema 
respiratório, mamas e axilas.
Orientações para o estudo da unidade
Antes de iniciar o estudo desta unidade, leia as orientações a seguir:
1) Não se limite ao conteúdo deste Caderno de Referência de Conteúdo; 
busque outras informações em sites confiáveis e/ou nas referências 
bibliográficas, apresentadas ao final de cada unidade. Lembre-se de que, 
na modalidade EaD, o engajamento pessoal é um fator determinante para 
o seu crescimento intelectual.
2) Busque identificar os principais conceitos apresentados; siga a linha 
gradativa dos assuntos para observar a evolução do estudo da Semiologia 
e Semiotécnica de cabeça, pescoço e tórax.
UNIDADE 2
56 © SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA EM ENFERMAGEM 
UNIDADE 2 – EXAME FÍSICO DE CABEÇA, PESCOÇO E TÓRAX
3) Não deixe de recorrer aos materiais complementares descritos no 
Conteúdo Digital Integrador. 
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UNIDADE 2 – EXAME FÍSICO DE CABEÇA, PESCOÇO E TÓRAX
1. INTRODUÇÃO
Vamos iniciar nossa segunda unidade de estudo, você está 
preparado?
Nesta unidade, estudaremos as técnicas para a realização 
do exame físico, iniciando as atividades pela abordagem teórica 
de cabeça e pescoço; posteriormente, trataremos do tórax, 
englobando sistema respiratório, mamas e axilas.
Para que o exame seja realizado de maneira eficaz, são 
necessários os conhecimentos da anatomia de cabeça, pescoço 
e tórax, assim como o conhecimento das técnicas de inspeção, 
palpação, percussão e ausculta, que serão utilizadas na realização 
desses exames.
A observação durante a realização do exame físico é de 
extrema importância para que sejam identificados sinais e 
sintomas que capazes de passar despercebidos, e que podem ser 
manifestação de muitas doenças.
2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA
O Conteúdo Básico de Referência apresenta, de forma sucinta, os temas 
abordados nesta unidade. Para sua compreensão integral, é necessário 
o aprofundamento pelo estudo do Conteúdo Digital Integrador. 
2.1. EXAME FÍSICO DA CABEÇA E PESCOÇO
Na realização do exame de cabeça e pescoço, é importante compreender 
a anatomia dessas regiões, para que sejam definidas as áreas em que 
as alterações foram identificadas, além de seguir a seguinte ordem de 
execução, que são:
Rebeca
Realce
Rebeca
Realce
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UNIDADE 2 – EXAME FÍSICO DE CABEÇA, PESCOÇO E TÓRAX
• Tamanho, forma do crânio, posição e movimentos 
involuntários.
• Superfície do couro cabeludo.
• Exame da face.
• Exame dos olhos.
• Exame do nariz.
• Exame do ouvido.
• Exame da cavidade bucal.
• Exame do pescoço.
Para que você entenda quais alterações são observadas 
no paciente, é importante que você conheça as condições de 
normalidade. Vamos a elas.
Crânio
O crânio é uma caixa óssea que protege o cérebro e os órgãos do 
sentido, sendo formado pelos ossos do crânio e da face, que recebem 
a denominação de craniofaciais (JARVIS, 2002).
As regiões da cabeça derivam seus nomes de acordo 
com os ossos presentes nelas – por exemplo, área temporal. 
O conhecimento da anatomia óssea é imprescindível para 
a detecção da área em questão (BICKLEY; SZILAGYI, 2010). 
Observe a Figura 1:
Rebeca
Realce
Rebeca
Realce
coloca no meu dicionario do termo tecnico
59© SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA EM ENFERMAGEM 
UNIDADE 2 – EXAME FÍSICO DE CABEÇA, PESCOÇO E TÓRAX
Fonte: Jarvis (2002, p. 252).
Figura 1 Crânio.
Deve ser observado o tamanho do crânio, que apresenta 
variações de acordo com idade e biótipo. Alterações possíveis 
são a macrocefalia e microcefalia. Em situações de hidrocefalia, 
é possível observar que o tamanho do crânio é desproporcional 
ao tamanho da face. É importante examinar, ainda, se existem 
lesões, cistos sebáceos, tumores ósseos, hematomas ou nódulos 
no couro cabeludo, sendo necessário indicar a região em que se 
encontram.
O couro cabeludo é inspecionado e palpado por toda a sua 
extensão,sendo sempre indicadas a distribuição e consistência 
dos cabelos, assim como higiene, presença de seborreia e de pa-
rasitas (POSSO, 2010; BARROS, 2016).
Em relação ao movimento, situação recorrente é a presença do 
torcicolo. Normalmente, a cabeça do paciente deve permanecer 
ereta e em equilíbrio com o corpo. Posições voltadas para frente ou 
para trás podem ser indício de doença nas meninges ou no pescoço; 
Rebeca
Realce
Rebeca
Realce
Rebeca
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Rebeca
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Realce
Rebeca
Realce
Rebeca
Realce
Rebeca
Realce
Rebeca
Realce
Rebeca
Realce
Rebeca
Realce
Rebeca
Realce
coloca no meu dicionario do termo técnico
Rebeca
Realce
Rebeca
Realce
dicionario
Rebeca
Realce
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Realce
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UNIDADE 2 – EXAME FÍSICO DE CABEÇA, PESCOÇO E TÓRAX
movimentos involuntários ou tremores indicam Parkinson ou coreia; 
inclinação da cabeça para o lado pode indicar problemas de audição 
ou visão (PORTO, 2008; BARROS, 2016).
É necessário, então, verifi car e anotar os dados subjeti vos obti dos por 
meio da anamnese: se há cefaleia, lesão na cabeça, tontura, dor no 
pescoço, limitação do movimento, nódulos ou edema (JARVIS, 2002).
Face
No exame da face, devem-se observar simetria e expres-
sões apresentadas pelo paciente.
A assimetria facial (Figura 2) encontra-se nas tumefações 
ou depressões unilaterais (inflamação de glândulas, abscesso 
dentário, tumores e anomalias congênitas) e paralisia facial. É 
importante identificar as alterações da coloração da pele, que 
possam indicar certas doenças, como: palidez, cianose ou icte-
rícia, e os eritemas nas regiões malares (sinal semelhante com 
asa de borboleta) indício de lúpus eritematoso (PORTO, 2008; 
BARROS, 2016).
Fonte: Jarvis (2002, p. 274).
Figura 2 Assimetria facial.
Rebeca
Realce
Rebeca
Realce
Rebeca
Realce
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Realce
Rebeca
Realce
Rebeca
Realce
coloca cianose no dicionario
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UNIDADE 2 – EXAME FÍSICO DE CABEÇA, PESCOÇO E TÓRAX
As alterações ou mímicas observadas na expressão facial do 
paciente são denominadas fácies e, além de seres características 
de determinadas doenças, também demonstram o estado de 
humor do indivíduo: tristeza, desânimo, esperança, desespero, 
ódio ou alegria.
Existem características específicas encontradas em certas 
doenças. Vamos falar de algumas delas a seguir.
1) Fácies Cushingoide (Figura 3): rosto apresenta-se arre-
dondado, avermelhado, com aumento na quantidade 
de pelos e com acne. Aparece nas alterações endócri-
nas por hiperfunção da suprarrenal ou é determinada 
pelo uso de corticoides (BARROS, 2016).
Fonte: Jarvis (2002, p. 276).
Figura 3 Fácies Cushingoide.
2) Fácies Mixedematosa ou do hipotireoidismo (Figura 4): 
rosto arredondado, pele seca, espessada e com acen-
tuação dos sulcos, nariz e lábios grossos, cabelos são 
Rebeca
Realce
Rebeca
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Realce
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62 © SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA EM ENFERMAGEM 
UNIDADE 2 – EXAME FÍSICO DE CABEÇA, PESCOÇO E TÓRAX
secos e sem brilho e pálpebras enrugadas e infiltradas 
(JARVIS, 2002).
Fonte: Jarvis (2002, p. 276).
Figura 4 Fácies Mixedematosa ou do hipotireoidismo.
3) Fácies Basedowiana ou do hipertireoidismo: rosto 
emagrecido, olhos salientes e brilhantes (exoftalmia) e 
presença de bócio (Figura 5).
Fonte: Jarvis (2002, p. 276).
Figura 5 Fácies Basedowiana ou do hipertireoidismo.
Rebeca
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63© SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA EM ENFERMAGEM 
UNIDADE 2 – EXAME FÍSICO DE CABEÇA, PESCOÇO E TÓRAX
4) Fácies Acromegálica: secreção excessiva de hormô-
nios do crescimento pela hipófise. Aumento do crâ-
nio, cabeça alongada, face compacta, nariz e mandí-
bula proeminentes. Características faciais grosseiras 
(Figura 6).
 ANTES DEPOIS
Fonte: Jarvis (2002, p. 273).
Figura 6 Fácies Acromegálica.
Olhos
Os olhos são órgãos sensoriais responsáveis pela visão. 
São compostos pelos seguintes elementos: pálpebras, que 
protegem os olhos contra lesões, luz forte e poeira; fissura 
palpebral, espaço existente entre as pálpebras; cobertura 
conjuntiva, camada protetora transparente normalmente clara, 
que recobre a parte exposta do olho, delineando as pálpebras 
e apresentando muitos capilares sanguíneos; conjuntiva bulbar, 
que envolve o globo ocular, com a esclera branca aparecendo 
Rebeca
Realce
64 © SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA EM ENFERMAGEM 
UNIDADE 2 – EXAME FÍSICO DE CABEÇA, PESCOÇO E TÓRAX
através dela; limbo, região em que a conjuntiva se funde com a 
córnea; córnea, que recobre e protege a íris e a pupila (JARVIS, 
2002). Observe a Figura 7.
Fonte: Jarvis (2002, p. 280).
Figura 7 Estruturas externas dos olhos.
Os olhos possuem um valor semiológico extraordinário, 
merecendo um exame metódico e detalhado (PORTO, 2008). É 
necessário analisar:
1) Pálpebras: devem-se avaliar edema, equimose, 
fechamento e a abertura das pálpebras.
2) Fissura palpebral: é preciso verificar o tamanho 
– ela estará aumentada em caso de exoftalmia 
(deslocamento para frente associado a doença da 
tireoide) e diminuída na ptose palpebral. Deve-se levar 
em consideração diferenças raciais – são horizontais 
em não asiáticos e apresentam inclinação ascendente 
em indivíduos de raça oriental. Observe as Figuras 8 e 
9.
Rebeca
Realce
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65© SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA EM ENFERMAGEM 
UNIDADE 2 – EXAME FÍSICO DE CABEÇA, PESCOÇO E TÓRAX
Fonte: Jarvis (2002, p. 318).
Figura 8 Exoftalmia.
Fonte: Jarvis (2002, p. 318).
Figuras 9 Ptose palpebral.
3) Globos oculares: deve-se verificar presença de 
exoftalmia, enoftalmia (afundamentos dos olhos), 
desvios e movimentos involuntários.
4) Conjuntivas: são saudáveis quando transparentes, 
com a rede vascular levemente desenhada na esclera 
e rósea nas pálpebras.
5) Escleras: apresentam idealmente a cor branca.
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Realce
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66 © SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA EM ENFERMAGEM 
UNIDADE 2 – EXAME FÍSICO DE CABEÇA, PESCOÇO E TÓRAX
6) Pupilas: devem ser isocóricas (tamanhos iguais) e 
fotorreagentes (reflexo pupilar na presença de luz, 
diminuindo de tamanho).
• A anisocoria é uma anormalidade que resulta em 
pupilas com tamanhos diferentes (Figura 10).
Fonte: Jarvis (2002, p. 322).
Figura 10 Anisocoria.
• A miose (Figura 11) é a condição caracterizada por 
pupilas fixas e contraídas.
Fonte: Jarvis (2002, p. 322).
Figura 11 Miose.
•	 Já a midríase (Figura 12) é a condição marcada por 
pupilas fixas e dilatadas.
Fonte: Jarvis (2002, p. 322).
Figura 12 Midríase.
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UNIDADE 2 – EXAME FÍSICO DE CABEÇA, PESCOÇO E TÓRAX
• Movimentação ocular: deve-se testar o movimento dos 
olhos para os lados, para cima e para baixo (Figura 13).
Fonte: Jarvis (2002, p. 293).
Figura 13 Teste do movimento ocular.
Outras situações ainda poderão ser encontradas no exame dos olhos. 
Destacamos a seguir os seguintes achados anormais:
• Fotofobia: intolerância à luminosidade.
• Diplopia: visão dupla.
• Nistagmo: movimentos involuntários, repetitivos e 
rítmicos dos olhos.
• Ectrópio (Figura 14): a pálpebra inferior fica solta e 
gira para fora. As lágrimas não são drenadas e ocorre 
lacrimejamento excessivo. A conjuntiva palpebral fica 
exposta, aumentando o risco de inflamação (JARVIS, 
2002).
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UNIDADE 2 – EXAME FÍSICO DE CABEÇA, PESCOÇO E TÓRAX
Fonte: Jarvis (2002, p. 318).
Figura 14 Ectrópio.
• Entrópio (Figura 15): a pálpebra inferior volta-se para 
dentro como contração do tecido cicatricial (JARVIS, 
2002).
Fonte: Jarvis (2002, p. 318).
Figura 15 Entrópio.
• Calázio (Figura 16): nódulo redondo protuberante na 
pálpebra, como resultado de uma infecção ou um cisto 
RebecaRealce
Rebeca
Realce
69© SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA EM ENFERMAGEM 
UNIDADE 2 – EXAME FÍSICO DE CABEÇA, PESCOÇO E TÓRAX
de retenção de uma glândula. Trata-se de um edema 
não sensível, enrijecido, firme, discreto, com pele móvel 
sobre ele (JARVIS, 2002).
Fonte: Jarvis (2002, p. 319).
Figura 16 Calázio.
• Hordéolo (terçol) (Figura 17): infecção estafilocócica 
localizada nos folículos pilosos na margem palpebral. É 
doloroso, vermelho, edemaciado e assemelha-se a uma 
pústula (JARVIS, 2002).
Fonte: Jarvis (2002, p. 319).
Figura 17 Hordéolo.
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70 © SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA EM ENFERMAGEM 
UNIDADE 2 – EXAME FÍSICO DE CABEÇA, PESCOÇO E TÓRAX
Nariz
O nariz é a primeira estrutura do sistema respiratório. Pos-
sui a função de aquecer, umedecer e filtrar o ar inalado; é tam-
bém o órgão sensorial do olfato. As aberturas ovais na base do 
nariz são denominadas narinas, que são divididas pelo septo na-
sal. Internamente, a cavidade nasal é grande e se estende sobre 
o palato oral. A mucosa nasal tem aparência mais avermelhada 
do que a mucosa oral devido à grande vascularização para aque-
cer o ar inalado (JARVIS, 2002).
É importante atentar para os dados subjetivos colhidos na 
anamnese, como: secreção, infecção de vias aéreas superiores 
(Ivas), dor nos seios da face, trauma, epistaxe (sangramento na-
sal), alergias e alterações do olfato.
A Semiotécnica do nariz envolve as técnicas de inspeção e palpação. 
Os dados verificados no exame, de acordo com os padrões de 
normalidade, são (BARROS, 2016):
• Simetria: deve ser simétrico, localizado na linha média 
do rosto e proporcional às demais características faciais. 
Deve-se examinar qualquer deformidade, assimetria, 
inflamação ou lesão cutânea.
• Perviedade nasal: verificar se apresenta obstruções. 
A ausência de inalação de ar indica obstrução, por 
exemplo, por pólipo nasal, rinite.
• Mucosa nasal: deve ser de coloração avermelhada, com 
superfície lisa e úmida. Observar edemas, secreção, 
sangramento ou corpo estranho.
• Seios paranasais: devem ser examinados com a 
utilização dos polegares, pressionando os seios frontais 
abaixo das sobrancelhas e os seios maxilares acima do 
osso zigomático. Não pressione diretamente os globos 
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oculares. O paciente deve sentir uma pressão firme, 
não dor.
Ouvido
Trata-se do órgão sensorial responsável pela audição e a 
manutenção do equilíbrio. É constituído por três partes: ouvido 
externo, ouvido médio e ouvido interno.
O ouvido externo é composto pelo pavilhão auricular (ore-
lha), formado por cartilagem recoberta de pele, e o conduto au-
ditivo externo. O ouvido médio compreende a caixa do tímpano 
situada entre o ouvido externo e o interno. O tímpano é visua-
lizado como uma membrana puxada para dentro pelo ossículo 
martelo. Já o ouvido interno não pode ser visualizado, e é onde 
está localizada a cóclea (BARROS, 2016; JARVIS, 2002).
Observe a Figura 17.
Fonte: Porto (2008, p. 280).
Figura 17 Tímpano normal.
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No processo de coleta de dados, deve-se atentar aos 
seguintes elementos obtidos na entrevista: dores no ouvido, 
infecções, secreção, perda da audição, zumbido, vertigem e 
tontura (PORTO, 2008).
Na realização da inspeção do pavilhão auricular, devem-se 
observar forma e tamanho, pele íntegra, sem presença de lesões 
e deformações congênitas ou adquiridas, como nódulos, tumo-
rações e hematomas. É importante notar a presença de cerume 
no canal auditivo, que, em excesso, pode prejudicar a audição. É 
necessário, ainda, observar presença de sangue (otorragia) e pus 
(otorreia), sendo um indício de otite média supurada, com rup-
tura do tímpano, traumatismos ou neoplasias (BARROS, 2016).
Cavidade bucal
A cavidade bucal é revestida por uma mucosa 
extremamente vascularizada que deve apresentar-se íntegra, 
na cor rósea avermelhada. Caso sejam observados nódulos ou 
lesões, deve-se palpar a lesão, e observar espessamentos ou 
infiltrações teciduais (BARROS, 2016; BICKLEY; SZILAGYI, 2010).
Os procedimentos técnicos para exame da cavidade bucal 
compreendem inspeção e palpação. Deve ser examinada com 
uma boa iluminação utilizando-se uma espátula para auxiliar 
no exame, e verificando: coloração da mucosa oral, presença de 
úlceras, placas esbranquiçadas e nódulos (BARROS, 2016).
Deve-se observar as gengivas quanto à coloração, 
geralmente rosada, levando em consideração as diferenças 
raciais, como no tocante à pigmentação segmentar, comum 
em pessoas negras. Deve-se inspecionar a borda da gengiva, 
pesquisando edema ou ulceração; e verificar número de dentes 
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Que se refere a ouvido, à orelha.
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Substância gordurosa, amarelo-escura, formada no conduto auditivo externo pelas glândulas que o revestem.
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presentes, posicionamento, alterações no esmalte e cárie 
(BICKLEY; SZILAGYI, 2010).
Cabe observar, também, o posicionamento da língua, 
com o paciente abrindo a boca ao máximo, e verificar a posição 
de repouso, colocando-a para fora da boca, e solicitando ao 
paciente tocar o céu da boca com a ponta da língua. Devem 
ser inspecionados, com a utilização de luvas e gazes, segurando 
a ponta da língua, os lados, a superfície inferior da língua e 
do assoalho da boca, regiões onde o câncer é mais frequente 
(BICKLEY; SZILAGYI, 2010).
As seguintes alterações na língua podem ser encontradas 
(PORTO, 2008):
• Língua saburrosa: indica higiene bucal insatisfatória, 
estados febris, tabagismo, desidratação.
• Língua seca: denota desidratação, respiração pela boca 
e ingestão de medicamentos antidepressivos, febre.
• Língua lisa: indica atrofia de papilas, anemia, desnutrição 
proteica.
• Língua papilosa: apresenta papilas filiformes alongadas, 
parecidas com “pelos”, com cor variando de amarela a 
preta.
• Língua de framboesa: denota escarlatina.
Acima da língua, em posição posterior, encontram-se o 
palato mole e a úvula. As tonsilas palatinas devem ser observadas 
no paciente com a boca aberta, com a ajuda de espátula. No 
adulto, elas se apresentam pequenas ou ausentes, ocorrendo 
aumento de volume e presença de placas de pus na ocorrência de 
infecção. Observa-se também a orofaringe, que pode se apresentar 
hiperemiada nos processos inflamatórios (BARROS, 2016).
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Pescoço
A estrutura que compõe o pescoço é complexa. Nela 
devem ser analisados pele, tireoide, musculatura, vasos 
(jugulares e carótidas), linfonodos e coluna cervical. É necessário 
verificar simetria e presença de massas ou cicatrizes, aumento 
das glândulas parótidas e submandibulares e gânglios linfáticos 
visíveis (PORTO, 2008; BICKLEY; SZILAGYI, 2010).
Realiza-se o exame do pescoço por meio da inspeção, 
palpação e ausculta. A inspeção permite obter dados referentes 
a pele, forma e volume, posição, mobilidade, turgência ou 
ingurgitamento das jugulares e batimentos arteriais e venosos 
(PORTO, 2008). Vejamos cada um desses elementos em detalhe:
• Pele: deve-se verificar a presença de sinais flogísticos 
(edema, calor, rubor e dor) e lesões nas áreas que 
recobrem os linfonodos.
• Forma e volume: podem ser alterados por conta de 
aumento de tireoide (bócio), linfonodos, parótidas e 
tumorações benignas ou malignas, que não têm posição 
específica e deformam de modo irregular o pescoço.
• Posição: a posição normal é mediana, seguindo o eixo 
da

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