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RELATORIO ROTULAGEM DE ALIMENTOS ORGÂNICOS

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ 
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 
DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO 
DISCIPLINA: BIOQUÍMICA DOS ALIMENTOS 
PROFESSORA: Profª. Drª. Regilda Saraiva dos Reis Moreira-Araújo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ROTULAGEM DE ALIMENTOS ORGÂNICOS 
HELLEN SOARES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TERESINA – PI 
MARÇO/ 2021 
 HELLEN SOARES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ROTULAGEM DE ALIMENTOS ORGÂNICOS 
 
 ESTAGIÁRIAS DOCENTES: DÉBORA THAÍS SAMPAIO DA SILVA 
GUIDA GRAZIELA SANTOS CARDOSO 
JULIANA DAYSE DE CARVALHO SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TERESINA – PI 
MARÇO/ 2021 
1 INTRODUÇÃO 
Rotulagem é toda inscrição, legenda, imagem ou toda matéria descritiva 
ou gráfica, escrita, impressa, estampada, gravada, gravada em relevo ou 
litografada ou coloda sobre a embalagem do alimento, segundo a Resolução 
da Diretoria Colegiada (RDC) nº 259/2002. Dessa forma, a rotulagem 
caracteriza-se como um elemento fundamental para saúde pública, uma vez 
que identifica a origem, as características nutricionais e composições dos 
produtos, propiciando ao consumidor escolhas mais apropriadas, sendo 
indispensável à fidedignidade das informações apresentadas nos rótulos dos 
produtos (MARTINEZ; PAULA, 2015). 
O termo de rotulagem Orgânico indica que os produtos são produzidos 
atendendo às normas da produção orgânica e que estão certificados por uma 
estrutura ou autoridade de certificação devidamente constituída. Nesse 
meandro, a agricultura orgânica é caracterizada pelo emprego mínimo de 
insumos orgânicos, visando reduzir a contaminação do ar, do solo e da água 
(MARTINEZ; PAULA, 2015). Dessa forma, no Brasil, a Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária (ANVISA) é a responsável pela fiscalização e normatização 
dos rótulos dos alimentos, objetivando garantir a veracidade das informações 
fornecidas (CAMARA et al.,2008). 
De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 
(MAPA) para ser considerado orgânico o alimento deve evitar qualquer 
contaminação com substâncias indesejadas durante sua produção, sendo seus 
ingredientes inofensivos à saúde do consumidor e deve ser composto por no 
mínimo 95% de ingredientes orgânicos (CARDOSO; RODRIGUES, 2015). 
Além disso, segundo as legislações vigentes no Brasil, no rótulo dos alimentos 
são obrigatórios alguns itens como o tipo de alimento, o nome ou marca, o 
nome do fabricante, a data de fabricação, a data de validade, o local de 
fabricação, entre outras informações (MARTINEZ; PAULA, 2015). 
Ademais, outro processo importante é a certificação dos produtos 
orgânicos para garantia da qualidade, realizado por meio de testes, auditorias 
ou mesmo controles esporádicos em produtos, que devem seguir critérios 
mínimos, pré-estipulados em normas ou leis, com o intuito de assegurar que 
determinado produto, processo ou serviço obedeça às normas e práticas de 
produção orgânica. Desse modo, para que ocorra a comercialização desses 
alimentos, estes devem ser certificados por auditoria e sistema participativos de 
garantia, além de apresentarem o selo do Sistema Brasileiro de Avaliação da 
Conformidade Orgânica (SisOrg) em seus rótulos, dando garantia a quem 
produz e a quem consome (CARDOSO; RODRIGUES, 2015). 
Dessa forma, é notório o crescimento, embora ainda pouco, da procura 
por alimentos orgânicos em detrimento dos produtos convencionais. Isso se 
deve ao fato do sistema convencional utilizar em sua produção a utilização 
intensiva de insumos químicos (agrotóxicos), mecanização pesada e 
melhoramento genético voltado para a produtividade física. Com isso, esse 
padrão de produção visando exclusivamente à produtividade, vem sendo muito 
questionado, em função da divulgação de aspectos negativos, tais como 
esgotamento dos recursos naturais, degradação ambiental, exclusão social, 
elevação dos custos de produção, contaminação dos alimentos por agrotóxicos 
e redução de sua qualidade. Logo, uma consequência da divulgação e da 
percepção desses aspectos indesejáveis tem sido a busca dos consumidores 
por dietas mais saudáveis e sem riscos para a saúde, materializada no 
crescimento da produção de alimentos orgânicos (ARBOS et al, 2010). 
Diante do exposto, o objetivo da prática foi comparar o rótulo de 
alimentos orgânicos e convencionais quanto aos ingredientes e valor nutritivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 METODOLOGIA 
A prática de rotulagem de alimentos orgânicos foi realizada por meio do 
ensino remoto, em uma sala de reunião virtual, através da plataforma digital 
Google Meet. 
Nessa atividade, foram comparados os rótulos das embalagens de 
salgadinhos e cookies, sendo eles convencionais e orgânicos, analisando os 
ingredientes e informações nutricionais de cada produto, para que os alunos 
identificassem as principais diferenças nos rótulos dos alimentos orgânicos em 
detrimento dos convencionais e estabelecessem sua conformidade, ou não, de 
acordo com a legislação vigente. 
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
No Brasil, o sistema orgânico de produção está regulamentado pela Lei 
Federal nº 10.831, de 23 de dezembro de 2003, que contém normas 
disciplinares para a produção, tipificação, processamento, envase, distribuição, 
identificação e certificação da qualidade dos produtos orgânicos, sejam de 
origem animal ou vegetal. Logo, os rótulos dos alimentos orgânicos devem 
conter todas as informações exigidas pela legislação vigente (MAPA, 2003). 
Na prática analisaram-se os ingredientes e o valor nutritivo dos 
alimentos. Para a obtenção dos resultados deste procedimento, comparou-se 
os rótulos de alimentos orgânicos e convencionais. No quadro 1, verifica-se a 
composição de salgadinhos, convencional e orgânico. 
Quadro 1 – Verificação dos ingredientes na rotulagem de salgadinhos 
Salgadinho Ingredientes 
Salgadinho de Cebola Convencional 
(Marca: referência do segmento) 
Farinha de milho fortificada com ferro 
e ácido fólico, óleos vegetais e 
preparado para salgadinho com 
cebola (sal, farinha de arroz, 
especiarias: cebola, salsa e alho, 
alimentos tratados por processo de 
irradiação), açúcar, cloreto de 
potássio, maltodextrina, realçador de 
sabor glutamato monossódico, 
antiumectantes: dióxido de silício e 
fosfato tricálcico e aromatizantes). 
Salgadinho de Cebola Orgânico 
(Marca: Mãe Terra) 
Milho integral orgânico, arroz integral 
orgânico, sal moído, aroma natural de 
cebola, salsa, cúrcuma, extrato de 
levedura. 
Fonte: Dados de pesquisa. Teresina, 2021. 
Com base no quadro 1, observa-se que o Salgadinho de Cebola 
Orgânico (Mãe Terra) apresenta uma composição de ingredientes mais 
saudáveis, sendo estes mais nutritivos, além de apresentar menos aditivos que 
o Salgadinho de Cebola Convencional. Sendo possível observar também que o 
produto orgânico tem uma lista menor de ingredientes que o convencional. 
O consumo por alimentos orgânicos tem crescido bastante, 
principalmente, devido às pessoas manifestarem preocupação no tocante às 
questões éticas, ambientais e de saúde (Torjusen et al., 2001). Além disso, 
pesquisa realizadas por Schuphan (1974) afirmam que quando comparado o 
cultivo com fertilizantes tradicionais e a adoção de adubo orgânico, ocorre um 
decréscimo de 24% na produção orgânica, no entanto, observa-se acréscimos 
em matérias secas, proteínas, vitamina C, ferro, potássio, cálcio e fósforo, 
resultando em alimentos com maior valor nutricional. Logo, nesse quesito os 
alimentos orgânicos apresentam superioridade em relação aos convencionais. 
Ademais, cabe-se mencionar que os produtos orgânicos são produzidos 
com ingredientes mais naturais, livres de pesticidas e fertilizantes, 
configurando-se como uma melhor escolha alimentar de maior valor nutritivo 
em comparação aos convencionais. Além disso, a crescente preocupação com 
a saúde éum dos fatores que tem contribuído para o crescimento do mercado 
orgânico, devido a uma maior procura por esses produtos (BORGUINI; 
TORRES, 2006). 
No quadro 2, logo abaixo, é possível observar as informações 
nutricionais do Salgadinho de Cebola Convencional, apresentando a 
quantidade por porção e o valor diário recomendado (%VD). 
Quadro 2 – Informação Nutricional do Salgadinho de Cebola 
Convencional, para porção de 25 g (2 xícaras) 
Informação Nutricional Quantidade por porção %VD (*) 
Valor energético 120 kcal = 504 kJ 6 
Carboidratos 14 g 5 
Açúcares 0 g ** 
Proteínas 1,4 g 2 
Gorduras Totais 6,7 g 12 
Gorduras Trans 0 g ** 
Fibra Alimentar 0,5 g 2 
Sódio 248 mg 10 
Potássio 12 mg ** 
 Fonte: Dados de pesquisa. Teresina, 2021. 
A seguir, o quadro 3, apresenta as informações nutricionais, contendo a 
quantidade por porção e o valor diário recomendado (%VD), do Salgadinho de 
Cebola Orgânico (Mãe Terra). 
Quadro 3 - Informação Nutricional do Salgadinho de Cebola Orgânico 
(Mãe Terra), para porção de 25 g (1 e 1/2 xícara) 
Informação Nutricional Quantidade por porção %VD* 
Valor Energético 103 kcal = 432 kJ 5 
Carboidratos 14 g 5 
Proteínas 2,0 g 3 
Gorduras Totais 4,3 g 8 
Gorduras Saturadas 2,0 g 9 
Gorduras Trans 0,0 g ** 
Fibra Alimentar 0,8 g 3 
Sódio 161 mg 7 
Magnésio 16 mg 6 
Vitamina B1 0,26 mg 22 
Vitamina B2 17 mcg 7 
 Fonte: Dados de pesquisa. Teresina, 2021. 
Ao comparar as informações nutricionais dos salgadinhos, convencional 
e orgânico, observa-se que embora apresentem informações para a mesma 
porção, o produto orgânico contém menor valor energético, menos proteínas, 
gorduras totais, gorduras saturadas e sódio; maior quantidade de fibra 
alimentar; e a mesma quantidade de carboidratos. 
Com isso, cabe destacar que o salgadinho orgânico se torna uma melhor 
opção de alimento que o convencional, uma vez que apresenta menor 
quantidade de gorduras, principalmente de gorduras saturadas, uma vez que 
seu consumo exagerado pode causar doenças como infarto, acidente vascular 
cerebral e câncer; maior quantidade de fibras, cujo consumo é importante para 
a regulação do intestino, controle da diabetes, eliminação dos metais tóxicos do 
organismo, saciedade, sistema imunológico, diminuição do colesterol e 
prevenção do câncer de cólon; e menos sódio, cujo consumo excessivo está 
relacionado com o aumento de doenças crônicas, como hipertensão arterial, 
doenças cardiovasculares, doenças renais, entre outras (REIS; MESSIAS; 
SOUZA, 2017). 
Em uma pesquisa realizada por Schuphan (1974), utilizou-se no 
processo um fertilizante convencional de alta solubilidade, contendo NPK 
(nitrogênio, fósforo e potássio), e no outro houve a adoção de adubo 
orgânico. Os resultados revelaram um decréscimo de 24% na 
produtividade, quando se utilizou adubo orgânico. No entanto, ao 
examinar os demais resultados, obtidos para os alimentos cultivados com a 
aplicação da adubação orgânica, observou-se acréscimos de matéria seca 
(23%), proteína (18%), vitamina C (28%), açúcares totais (19%), metionina 
(23%), ferro (77%), potássio (18%), cálcio (10%) e fósforo (13%). 
Inversamente, verificou-se o decréscimo do sódio (12%) e do nitrato 
(93%). Logo, embora a produção absoluta tenha sido menor com o uso 
dos adubos orgânicos, o substancial aumento da matéria seca, vitaminas e 
minerais resultou em um alimento com maior valor nutricional, assim como é 
possível observar em relação aos salgadinhos convencionais e orgânicos 
estudados na prática. 
O consumo de alimentos orgânicos tem aumentado consideravelmente 
no mundo, impulsionado principalmente pela preocupação dos consumidores 
com a qualidade dos alimentos, incluindo-se as instituições que produzem 
refeições para coletividades, como restaurantes, hospitais, escolas, entre 
outros. No entanto, apesar dos benefícios dos alimentos orgânicos, sua 
disponibilidade no mercado é pequena, e seu preço, elevado (LIMA; SOUSA, 
2011). 
Diante do exposto, é importante mencionar que a Instrução Normativa 
(IN) sobre os Mecanismos de Garantia e Informação da Qualidade Orgânica 
determina que produtos orgânicos com 70% a 95% de ingredientes orgânicos 
certificados podem utilizar na informação de local, publicidade ou propaganda 
ou no rótulo, a expressão “produto com ingredientes orgânicos”. Ademais, 
produtos com, no mínimo 95% de ingredientes orgânicos certificados, podem 
utilizar a expressão “produto orgânico” ou “orgânico”, permitida a 
complementação da expressão sobre a corrente agrícola adotada (SOARES; 
2008). 
Além de analisados os salgadinhos, comparou-se também cookies, 
convencional e orgânico. A seguir, no quadro 4, é possível observar a lista de 
ingredientes de cada um deles. 
Quadro 4 – Verificação dos ingredientes na rotulagem de cookies 
Cookie Ingredientes 
Cookie Convencional (Marca: Nesfit) Farinha de trigo enriquecida com ferro 
e ácido fólico, farinha de trigo integral, 
gordura vegetal, açúcar, açúcar 
invertido, sal, fermentos químicos, 
bicarbonato de amônio, bicarbonato 
de sódio e pirofosfato dissódico, 
melhorador de farinha metabissulfito 
de sódio e emulsificante lecitina de 
sódio. 
Cookie Orgânico (Mãe Terra) Cereais integrais (farinha de trigo 
integral orgânica, aveia integral 
prensada orgânica, fubá de milho 
integral orgânico enriquecido com 
ferro e ácido fólico, farinha de arroz 
integral orgânica, quinoa em flocos), 
farinha de trigo orgânica enriquecida 
com ferro e ácido fólico, açúcar 
demerara, óleo de soja orgânico (não 
transgênico), gordura vegetal de 
palma orgânica, fibra de aveia, cacau 
em pó, semente de chia orgânica, 
açúcar mascavo orgânico, melado de 
cana orgânico, semente de linhaça 
dourada, sal moído, farinha de 
castanha-do-pará, castanha-de-bauru 
triturada, aromas naturais, fermentos 
químicos, bicarbonato de amônio e 
sódio, emulsificante lecitina de sódio 
(natural) e antioxidantes ácido cítrico 
e tocoferol (natural, também chamado 
de vitamina E). 
Fonte: Dados de pesquisa. Teresina, 2021. 
Com base no quadro 4, nota-se que a lista de ingredientes do Cookie 
Orgânico (Mãe Terra) é bem maior que a do Cookie Convencional (Nesfit). No 
entanto, observa-se que esses ingredientes são quase em sua totalidade 
orgânicos, portanto, apresentam maior valor nutricional que o produto 
convencional, sendo mais benéfico à saúde. 
Segundo Archanjo et al. (2001) o crescimento do consumo de orgânicos 
não está diretamente relacionado só com o valor nutricional dos alimentos, 
mas também aos diversos significados que lhes são atribuídos pelos 
consumidores. Tais significados variam desde a busca por uma 
alimentação mais saudável, de melhor qualidade e sabor, até a 
preocupação ecológica de preservar o meio ambiente. 
No quadro 5, é possível observar as informações nutricionais, contendo 
a quantidade por porção e o valor diário recomendado (%VD), do Cookie 
Convencional (Nesfit). 
Quadro 5 - Informação Nutricional do Cookie Convencional (Nesfit), para 
porção de 30g (5 unidades) 
Informação Nutricional Quantidade por porção %VD (*) 
Valor energético 128 kcal = 538 kJ 6 
Carboidratos 20 g 7 
Proteínas 3,3 g 4 
Gorduras Totais 4,0 g 7 
Gorduras Saturadas 1,4 g 6 
Gorduras Trans Não contém ** 
Gorduras 
Monoinsaturadas 
1,5 g ** 
Gorduras Poli-
insaturadas 
0,7 g ** 
Colesterol 0 mg 0 
Fibra Alimentar 1,4 g 6 
Sódio 52 mg 2 
Fonte: Dados de pesquisa. Teresina, 2021. 
A seguir, o quadro 6, apresenta as informações nutricionais, contendo a 
quantidade por porção e o valor diário recomendado (%VD), do Cookie 
Orgânico (Mãe Terra). 
Quadro 6 - Informação Nutricional do Cookie Orgânico (Mãe Terra), 
para porção de 30g (7 unidades) 
Informação Nutricional Quantidade por porção %VD* 
Valor Energético 130 kcal = 546 kJ 7 
Carboidratos 16 g 5Açúcares 5,6 g ** 
Proteínas 2,3 g 3 
Gorduras Totais 6,1 g 11 
Gorduras Saturadas 1,7 g 8 
Gorduras Trans 0 g ** 
Fibra Alimentar 2,9 g 12 
Sódio 70 mg 3 
Selênio 9,1 µg 27 
Magnésio 24 mg 9 
Zinco 0,42 mg 6 
Ferro 0,69 mg 5 
Vitamina B1 0,07 mg 6 
Vitamina B6 0,06 mg 5 
Vitamina E 0,65 mg 7 
Fonte: Dados de pesquisa. Teresina, 2021. 
Ao analisar os quadros 5 e 6, nota-se que o Cookie Orgânico (Mãe 
Terra) apresenta maior valor energético, maior quantidade de gorduras, de fibra 
alimentar e de sódio; e menor quantidade de carboidratos e de proteínas, 
quando comparado ao Cookie Convencional (Nesfit). Com isso, é importante 
mencionar, que o produto orgânico apresentou mais gordura devido a sua 
composição conter castanhas, sendo estas, a castanha-do-pará e a castanha-
de-bauru, que são oleaginosas, contendo maior quantidade de gordura, por 
isso, também, o cookie orgânico tem maior valor energético. Além disso, o fato 
de conter mais sódio também se deve a presença de alguns aditivos e do sal 
moído. 
No entanto, embora o produto orgânico tenha apresentado alguns 
valores nutricionais maior, isso não quer dizer que seja menos saudável que o 
convencional, ao contrário, nota-se que ele é constituído quase que em sua 
totalidade por ingredientes orgânicos, caracterizados por serem livre de 
defensivos agrícolas e agrotóxicos, e portanto, mais benéfico à saúde. 
Outra característica que pode ser observada entre os alimentos 
orgânicos e convencionais, é o maior teor de vitaminas e minerais tanto no 
salgadinho orgânico quanto no cookie orgânico, em detrimento dos 
convencionais. Em um estudo realizado por Smith (1993), ele analisou o teor 
de minerais de alimentos adquiridos em várias lojas da cidade de 
Chicago, durante o período de dois anos. As frutas (maçãs e pêras), batata e 
milho foram selecionadas entre amostras de alimentos convencionais e 
orgânicos, considerando-se variedades e tamanhos similares. Os resultados 
revelaram que nos alimentos orgânicos, as concentrações foram superiores 
para os seguintes minerais: cálcio (63%), ferro (59%), magnésio (138%), 
fósforo (91%), potássio (125%), zinco (72,5%), sódio (159%) e selênio 
(390%). Inversamente, foi verificado menor conteúdo de alumínio (40%), 
chumbo (29%) e mercúrio (25%). Deste modo, este estudo sugeriu que 
existem diferenças significativas, quando se estabelece a comparação 
entre a composição dos alimentos orgânicos e convencionais, no que diz 
respeito a nutrientes e contaminantes minerais. 
Diante disso, vale ressaltar que a presença de vitaminas nos alimentos 
orgânicos é muito importante, uma vez que elas auxiliam no metabolismo 
celular ao favorecerem reações químicas que permitem a absorção dos 
nutrientes, além de serem essenciais para o bom funcionamento do corpo e 
possuirem funções de coenzimas e antioxidantes. Assim como a presença dos 
minerais nesses alimentos são importantes para a manutenção dos tecidos do 
corpo humano, como, por exemplo, o sistema músculo-esquelético; para a 
composição de diversos sistemas enzimáticos (que garantem as funções vitais, 
tais como: digestão, absorção, destoxificação hepática), além da manutenção 
do sistema nervoso central (CATANIA; BARROS; FERREIRA, 2009). 
Dessa forma, se configura a importância de que os rótulos contenham 
todas as informações obrigatórias para que o indivíduo possa analisar o 
produto e escolher a melhor opção que desejar. Diante disso, os rótulos devem 
declarar o valor energético, carboidratos, proteínas, gorduras totais, gorduras 
saturadas, gorduras trans, fibra alimentar e sódio, e opcionalmente, podem 
conter teores de vitaminas e minerais quando estiverem presentes em 
quantidade igual ou maior a 5% da Ingestão Diária Recomendada (IDR) por 
porção indicada no rótulo (LONGO-SILVA; TOLONI; TADDEI, 2010). E no caso 
dos produtos orgânicos é importante apresentarem o selo do Sistema Brasileiro 
de Avaliação da Conformidade Orgânica (SisOrg) em seus rótulos, fator este 
importante segundo José Carlos Barbieri (2004), pois serve aos consumidores 
como mais um critério na escolha de produtos sustentáveis e saudáveis, além 
de os diferenciar dos convencionais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 CONCLUSÃO 
Mediante o exposto, observou-se o domínio dos discentes quanto aos 
procedimentos da prática de rotulagem de alimentos orgânicos, executando 
com eficiência a comparação entre o rótulo dos alimentos orgânicos e 
convencionais quanto aos ingredientes e ao valor nutritivo, estabelecendo sua 
conformidade, ou não, de acordo com a legislação vigente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
BORGUINI, R. G.; TORRES, E. A. F. DA S. Alimentos orgânicos: qualidade 
nutritiva e segurança do alimento. Segurança Alimentar e Nutricional, v. 13, 
n. 2, p. 64-75, 11. 
CAMARA, Maria Clara Coelho et al. A produção acadêmica sobre a 
rotulagem de alimentos no Brasil. Rev Panam Salud Pública, Washington, v. 
23, n. 1, Jan. 2008. 
CARDOSO, J. B. F.; RODRIGUES, L. G. Embalagem de alimentos orgânico: 
signos entre identidade e convenções. Revista Fronteiras. Janeiro/abril 
2015. Disponível em: 
http://revistas.unisinos.br/index.php/fronteiras/article/view/fem.2015.171.10/456
2. Acesso em: 26 de março. 2021. 
CATANIA, A. S.; BARROS, C. R.; FERREIRA, S. R. G. Vitaminas e minerais 
com propriedades antioxidantes e risco cardiometabólico: controvérsias 
e perspectivas. Arq Bras Endocrinol Metab vol.53 no.5 São Paulo July 2009. 
Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0004-
27302009000500008&script=sci_arttext&tlng=pt. Acesso em: 26 de março. 
2021. 
LIMA, E. E.; SOUSA, A. A. Alimentos orgânicos na produção de refeições 
escolares: limites e possibilidades em uma escola pública em 
Florianópolis. Rev. Nutr., Campinas, 24(2):263-273, mar./abr., 2011. 
Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/rn/v24n2/a07v24n2.pdf. Acesso em: 26 
de março. 2021. 
LONGO-SILVA, G.; TOLONI, M. H. A.; TADDEI, J. A. A. C. Traffic light 
labelling: traduzindo a rotulagem de alimentos. Rev. 
Nutr. vol.23 no.6 Campinas Nov./Dec. 2010. Disponível em: 
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1415-
52732010000600009&script=sci_arttext&tlng=pt. Acesso em: 26 de março. 
2021. 
MARTINEZ, L. P. G.; PAULA, J. N. L. M. Estudos sobre rotulagem de 
alimentos no Brasil. Dissertação – Pontífica Universidade Católica de Goiás. 
2015. Disponível em: 
http://www.cpgls.pucgoias.edu.br/6mostra/artigos/SAUDE/LET%C3%8DCIA%2
0PASTOR%20GOMEZ%20MARTINEZ.pdf. Acesso em: 26 de março. 2021. 
MINISTÉRIO DE ESTADO DA JUSTIÇA (Brasil). Portaria nº 2.658, dezembro 
de 2003. Define o símbolo de que trata o art. 2º, § 1º, do Decreto 4.680, de 24 
de abril de 2003, na forma do anexo à presente portaria. Diário Oficial da 
União, de 22 de dezembro de 2003. 
REIS, I. R. M. S.; MESSIAS, C. M. B. O.; SOUZA, H. M. S. Comparação do 
consumo de sódio e fibras entre adolescentes de ambos os sexos. Revista 
Baiana de Saúde Pública. v. 40, n. 4, p. 957-967.out./dez. 2016. Disponível em: 
http://revistas.unisinos.br/index.php/fronteiras/article/view/fem.2015.171.10/4562
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https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0004-27302009000500008&script=sci_arttext&tlng=pt
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https://www.scielo.br/pdf/rn/v24n2/a07v24n2.pdf
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1415-52732010000600009&script=sci_arttext&tlng=pt
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1415-52732010000600009&script=sci_arttext&tlng=pt
http://www.cpgls.pucgoias.edu.br/6mostra/artigos/SAUDE/LET%C3%8DCIA%20PASTOR%20GOMEZ%20MARTINEZ.pdf
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Acesso em: 26 de março. 2021. 
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https://rbsp.sesab.ba.gov.br/index.php/rbsp/article/view/2080/2120
https://www.organicsnet.com.br/site/wp-content/uploads/cartilha-rotulagem.pdf
ANEXOS 
Figura 1. Embalagens de Salgadinhos de Cebola Convencional e Orgânico 
(Mãe Terra), apresentando os ingredientes contidos no rótulo 
 
Fonte: Dados de pesquisa. Teresina, 2021. 
 
Figura 2. Embalagens de Salgadinhos de Cebola Convencional e Orgânico 
(Mãe Terra), apresentando as informações nutricionais contidas no rótulo 
 
Fonte: Dados de pesquisa. Teresina, 2021 
 
Figura 3. Embalagem de Cookies Convencional (Nesfit) e Orgânico (Mãe 
Terra), apresentando os ingredientes e as informações nutricionais 
 
Fonte: Dados de pesquisa. Teresina, 2021.

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