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CURSO DE ODONTOLOGIA ATIVIDADE REALIZADA: Simulação de remoção de dentina cariada Data: 25/08/2020 Professor(a): Camila Carvalho Visto do professor(a): (Frequência): REGRISTRO DE PRÁTICA CLÍNICA Antes da prática em si, é importante relembrar alguns conceitos referentes a doença cárie. • O QUE É CÁRIE? - É uma doença complexa onde sua causa principal é o desequilíbrio no balanço entre o mineral do dente e o fluido do biofilme. - Contudo, sua complexidade se dá pelo fato da cárie ser uma doença multifatorial na qual ocorre uma interação entre várias características genéticas, ambientais e comportamentais. - A principal bactéria que causa a cárie é a Streptococcus mutans. - O diagrama de Fejerskov e Manji aborda esses diversos fatores determinantes do processo de doença cárie, classificando-os em: ➢ Fatores que atuam no nível da superfície dentária (círculo interno) – determinantes biológicos ou proximais; ➢ Fatores que atuam no nível do indivíduo/população (círculo externo) – determinantes distais. PORTFÓLIO PRÉ-CLÍNICA l - O controle da cárie dentária deve incluir estratégias múltiplas focadas em determinantes no nível do indivíduo, da família e da população. - Tais estratégias, sempre que possível, precisam abranger fatores de risco comuns à doença cárie e a outras doenças crônicas, como por exemplo, o consumo controlado de açúcar. - Além dessa abordem baseada nos determinantes distais do processo da cárie, estudos de enfoque nos fatores biológicos bem como o monitoramento de seus sinais clínicos são de extrema importância para o controle do processo da doença. • BIOFILME - A doença cárie é biofilme dependente. - Então, o biofilme é o fator biológico indispensável para a formação da lesão cárie. - Ele se desenvolve em superfícies onde possa amadurecer e se estagnar por longos períodos. - Se não for removido, e as bactérias presentes forem alimentadas por substratos indutores da produção de ácido, a doença cárie se estabelece. • MANCHA BRANCA - Estágio inicial da cárie, não cavitada, onde ela se torna visível. - Paciente não apresenta dor (a não ser em casos de cárie oculta). - O tratamento de mancha branca não requer restauração, apenas fazê-la se remineralizar. A cárie é avaliada de acordo com o tempo: - Microscopia eletrônica → Microscopia óptica → Mancha branca → Cavidade → Destruição total. PORTFÓLIO PRÉ-CLÍNICA l - Nos dentes posteriores a propagação da cárie é diferente: geralmente se dá mais fechada; chega até a dentina mais rápido; o paciente pode apresentar dor antes do esmalte colabar. • HIDROXIAPATITA - Preserva o esmalte do dente. - Possui cálcio e fosfato. - Solúvel em baixo pH crítico (5,5). - Abaixo desse pH crítico começa a perda de minerais. - Caso a saliva (através do seu sistema tampão) consiga manter o pH acima de 5,5, ocorre um equilíbrio no des-re. • FLUORAPATITA - Suporta o pH crítico até 4,5. - Abaixo disso começa a perda de minerais. - É mais resistente a acidez do que a hidroxiapatita PH neutro → Início de remineralização → Ganho de cálcio e fosfato → Flúor ajuda na remineralização. PORTFÓLIO PRÉ-CLÍNICA l • CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES DE CÁRIE - Primária: Quando não tem restauração no dente. - Secundária: Quando o dente já possui restaurações anteriores. ➢ Quanto à localização: - Cicatrículas e fissuras; - Superfícies lisas ➢ Quanto à presença de cavidade: - Cavitada. - Não cavitada. ➢ Quanto ao tecido envolvido: - Esmalte. - Dentina. - Cemento. Obs.: Sua evolução muda dependendo do tecido envolvido ➢ Quanto à localização (mancha branca ou cavidade): - Coroa. - Raiz. ➢ Quanto à progressão: - Ativa (mole, marrom claro), mancha branca porosa (opaca). - Inativa (dura, escurecida), mancha branca brilhosa e lisa. Se a cárie se aprofundar na polpa, o tratamento será endodôntico. • DIAGNÓSTICO - Inspeção visual. - Exame tátil. - Exame radiográfico. ATENÇÃO: Nem sempre macha escura será cárie. É necessário uma boa iluminação, secar e limpar bem os dentes para diagnosticar. PORTFÓLIO PRÉ-CLÍNICA l • ATIVIDADE DA LESÃO ➢ Ativa - Cor: Amarela, marrom claro, marrom escuro. - Características superficiais: Superfície coberta por placa, irregular, opaca com mancha branca. - Consistência à sondagem: Amolecida. ➢ Inativa - Cor: Escura e preta. - Características superficiais: Superfície regular, brilhante e polida. - Consistência à sondagem: Dura. • EXAMES RADIOGRÁFICOS - Radiografias interproximais. - Radiolúcido (escuro) X Radiopaco (claro/branco). - Detecta 70% a 90% das lesões. - Não detecta bem a profundidade. - É essencial ser avaliado juntamente com os aspectos clínicos. ➢ Outros exames para diagnóstico (não são muito usados): - Fluorescência induzida por laser. - Fluorescência induzida por luz. - Detecção por condutividade elétrica. • TRATAMENTO ➢ Cárie não cavitada com mancha branca: Escovação, não restaura, alterações dietéticas, alterações de hábitos de higiene, uso de fluoretos, agentes remineralizantes e antimicrobianos. PORTFÓLIO PRÉ-CLÍNICA l ➢ Cárie cavitada: Intervenção operatória → Remoção do tecido cariado → Restauração do dente do paciente. • AULA PRÁTICA - Objetivo: Remover dentina careada dos dois dentes - Materiais utilizados: 1 cureta de dentina; Dois dentes com lesão de cárie artificial; Gazes. • PROCEDIMENTOS - Na prática foi usada uma cureta de dentina para remoção da dentina infectada. - Foi instruído pelos professores que após a retirada da dentina infectada, ficaria visível a dentina afetada (mais durinha do que a infectada). - Ao sentir a dentina um pouco mais dura, a curetagem foi interrompida, e estava visível uma dentina mais rósea, diferente da infectada que tem coloração marrom. Essa é a dentina afetada. - A dentina afetada possui capacidade de ser remineralizada com a ajuda de algumas substâncias colocadas na cavidade antes do fechamento, por isso ela é deixada na cavidade. - Na simulação percebem-se as duas dentinas bastante moles, porém é possível sentir a dentina afetada um pouco mais durinha do que a infectada, pois a afetada requer um pouco mais de força para ela ser retirada. - Salienta-se que no dente real, essa diferença de textura será um pouco mais clara ao fazer a curetagem. - A dentina afetada não é retirada, pois isso estaria causando uma aprofundamento desnecessário, podendo, inclusive afetar a polpa do dente com a cureta. - Para tratar e ajudar a dentina afetada a se remineralizar, é passado um pouco de Hidróxido de cálcio, substância que possui capacidade remineralizante e antimicrobiana. PORTFÓLIO PRÉ-CLÍNICA l - Após esse tratamento, a cavidade seria fechada com ionômero de vidro, e então depois seria realizada a restauração definitiva. - Realizando o procedimento de forma correta, as poucas bactérias presentes na dentina afetada ficarão isoladas do meio, sem acesso aos nutrientes. - Assim elas não serão mais ativadas, impossibilitando uma reincidiva. - Pode acontecer de ficar um pouco de dentina infectada na cavidade, porém foi observado com bastante cautela para descartar essa possibilidade. - Caso aconteça, essa quantidade precisa ser a mínima possível, para que o antimicrobiano seja capaz de agir nessas bactérias e conseguir matá-las. - O risco de ficar parte de dentina infectada se dá pois as bactérias podem avançar e causar mais cárie por baixo da restauração. - Caso essa cárie continue evoluindo e se aprofundando, ela poderá atingir a polpa do dente, e então apenas um tratamento endodôntico será capaz de resolver. - Dentina infectada: Zona necrótica (zona contaminada); - Dentina Afetada: Zona desmineralizada (zona translucente). • DIFICULDADES - A maior dificuldade que percebi nessa prática foi saber diferenciar o que era dentina afetada e infectada, fiquei com medo de retirar muita dentina afetada, ou de deixar dentina infectada no dente. As texturas eram bem semelhantes, e isso dificultavaa diferenciação. PORTFÓLIO PRÉ-CLÍNICA l • IMAGENS DO PROCEDIMENTO Dente cariado. - Durante o procedimento de curetagem. - Dente após a curetagem com a dentina afetada bem visível. PORTFÓLIO PRÉ-CLÍNICA l - Cureta de dentina utilizada para realizar os procedimentos. PORTFÓLIO PRÉ-CLÍNICA l Aluno: Rafael dos Santos Nogueira 19.1.001495
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