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Gustavo Moreno AULA 24: Rastreamento de CA de colo uterino e HPV: Colo uterino: Endocérvice → epitélio glandular (prod. de muco) Ectocérvice → epitélio escamoso Metaplasia – tecido de transformação (JEC)*** (epitélio glandular se transformando num epitélio escamoso) JEC → maior probabilidade de neoplasias (epitélio de mudança – constante inflamação) Rotina de rastreamento: Diretrizes do ministério da saúde Rastreamento: 25-64 anos Após 2 anuais negativos: coletar de 3 em 3 anos Situações especiais: Virgem – não precisa coletar Relação homoafetiva – precisa coletar (HPV pode ser transmitida pelo atrito) Histerectomizadas (por causa benigna não precisar fazer mais a coleta, no caso maligno – CA – contínua acompanhamento, com a coleta do fundo do saco) Imunossuprimidas: Semestre no 1 ano e após anualmente HIV com CD4 <200 – coletar semestralmente Por que não rastrear antes dos 25 anos? HPV – início aos 15 anos NIC – início próximo aos 30 anos Câncer – pico perto aos 35 anos de idade Incidência: Desprezível Sobre Diagnósticos Regressão das lesões é maior Guidelines – ACOG População Recomendação USPSTF – grade de recomendação Menores de 21 anos Sem rastreio D 21-29 anos Citologia a cada 3 anos A 30 - 65 anos Qualquer um dos seguintes: –Citologia a cada 3 anos –Teste primário de hrHPV aprovado pela FDA a cada 5 anos –Avaliação de custo (teste hrHPV e citologia) a cada 5 anos A > 65 anos Sem rastreamento após resultados de triagem anteriores negativos adequados D Histerectomia com remoção do colo do útero Nenhum rastreamento em individuos que não tem histórico de lesões pré-cancerosas cervicais de alto grau ou CA cervical D Sistema particular: (Captura híbrida) Qualquer tipo de HPV ⇒ → Não detectado - → teste de HPV em 5 anos → Detectado + → citologia ⇒ → Negativo → teste de HPV em 1 ano → Anormal → colposcopia ⇒ → Anormal → biópsia ou excisão →Negativo ⇒ → Avaliação da vagina e canal → se cito HSIL+ → Se cito ASC-US/LSIL → teste de HPV em 1 ano Como coletar o exame de citologia? Materiais Adequabilidade do exame: Células metaplásicas, escamosas e glandulares Amostra satisfatória porém não demonstrar a JEC → repetir em 1 ano Amostra insatisfatória → repetir exame Citopatológico do colo: Primária Secundária Terciária Papiloma vírus humano – HPV IST – mais comum** → 18 a 59 anos prevalência de 42,5% (EUA) 70 a 80% indivíduos sexualmente ativos Brasil → 16 a 25 anos Prevalência 54,5% em mulheres e 52,8% em homens Envolvimento no desenvolvimento do CA de colo uterino em 99,7% dos casos** Alta prevalência das infecções → apenas 1% desenvolvem CA cervical 70% o vírus regride espontaneamente em 1 ano 91% em 2 anos .Quantidade de parceiros ⇒ risco de se infectar pelo HPV Início da atividade sexual precoce, uso de contraceptivos hormonais, paridade e tabagismo ⇒ persistência da infecção viral Persistência dos HPVs de alto risco → desenvolvimento, manutenção e progressão das lesões intraepiteliais escamosas para CA no trato genital inferior. 100 subtipos virais humanos: 40 região anogenital 20 oncogênico Baixo risco → 6, 11, 26,30,40,42,43,44,54,70,73 Alto risco → 16, 18, 31, 35, 39,45,50,52,53,55,56,58,59,64,68 Período de incubação HPV → Condiloma acuminado (3 semanas a 8 meses) 90% não tem manifestação clínica Maioria ⇒ infecção latente* (não tem replicação do DNA viral ativamente) Número de cópias do HPV se mantém estável pois a replicação ocorre paralelamente com a divisão celular HPV – métodos diagnósticos: Forma clínica – acuminadas, papilomatosas ou papilares Forma subclínica: Citologia Colposcopia Selecionar o local mais adequado para a biópsia Limar colo com SF 0,9% e avaliação com filtro verde para estuda a arquitetura vascular Avaliação após aplicação do ácido acético a 3% Avaliação após aplicação de iodo – teste de Schiller Forma latente – teste de captura híbrida(pesquisa específica do vírus) Obs – papanicolau → negativo (não significa que não tenha infecção de HPV) HPV – Tratamento: Atuar sobre as lesões no sentido de estimular o sistema imunológico e prevenir a transmissão Tratamento contra as condições causadas pelo HPV e não contra o vírus** Morfologia, tamanho, número e local anatômico das lesões ATA – Ácido tricloroacético (80-90%)**** Pele e mucosa aplicado pelo médico ** 1 a 2 aplicação por semana Pode ser usado em gestantes “corroe” Podofilotoxina: Extrato de planta com atividade antimitótica que inibe a metáfase da divisão celular Creme a 0,15% ou solução diluída a 0,5% Pode Ser aplicado pelo próprio paciente Restrito a pele** 2x ao dia por 3 dias com pausa de 4 dias 5-Fluorouracila (5-FU) Efeitos colaterais Uso bastante restrito Pouco usado: Imiquimode: Induz a formação de alfainterferona endógena e outras citocinas Creme a 5% em região de pele 3x por semana por até 16 semanas Pouco usado Ablativo Eletrocirurgia Crioterapia – destruição térmica induzida por baixas temperaturas Cirurgia a laser Excisional Eletroexcisão – corte e coagulação por meio de um eletrodo com alça Imunoterapia – interferons e retinóides Vacinação HPV: 80% População sexualmente ativa Segunda / quinta década de vida Maior relação de causa e efeito entre um agente e CA em humanos 1 em cada 10 mulheres é contaminada no primeiro contato sexual Após 3 anos – 46% já terão adquirido o vírus História natural HPV: Transmissão HPV penetra no epitélio (microfissuras) ou colo uterino – atinge células das camadas mais profundas Pode permanecer latente ou ascender às camadas superficiais Atuação Formas de atuação: epissomal (produzir cópias virais) ou integrada ao DNA do hospedeiro (processo de oncogênese) Lesões intraepiteliais escamosas Evolução Alta taxa de remissão espontânea em até 2 anos Infecção natural não cursa com viremia → não estimula a produção de anticorpos Vacinação HPV: Partículas semelhantes ao capsídeo viral (desprovidas de material genético DNA – não causam doença) Produção de anticorpos contra o capsídeo viral Capacidade de inativar o HPV Uma vez que o HPV adentra a célula (infecção) – mecanismo de proteção da vacina não ocorre Eficácia máxima → antes do risco de infecção*** Proteção nas mulheres que já iniciaram vida sexual e naquelas tratadas por lesões pelo HPV Infecção natural não leva a produção de anticorpos suficientes ou duradouros Duas vacinas (BR): Tetravalente – 6,11,16,18(gardasil) Vacina contra hpv ONCOGÊNICO 16 e 18 (Cervarix) 2014 FDA 9-valente – 31,33,45,52 e 58 (aprovada pela anvisa mas aguarda licenciamento) Altamente imunogênicas – diminuem incidência, prevalência e a persistência viral Mulheres sexualmente ativas e mulheres que já tiveram infecção não tem contraindicação Tratamento das lesões HPV-induzidas associada a vacinação → redução na recorrência Implementação no PNI – Vacina quadrivalente (março 2014) Quadro do programa oficial de vacinação contra HPV do programa nacional de imunização (PNI) de acordo com gênero, para o periodo de 201 - 2020:
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